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Faculdade Santı́ssimo Sacramento

Curso: Engenharia de Produção


Disciplina: Pesquisa Operacional
Prof. Me. Rolando Restany

Informações:
⋆ Esse documento contém as questões resolvidas e comentadas das provas do Enade nos anos 2011 e 2014,
e que contemplam os conteúdos próprios da disciplina Pesquisa Operacional I e II.
⋆ As provas do Enade e seus respectivos gabaritos, podem ser obtidos através do link:
http://portal.inep.gov.br/enade/provas-e-gabaritos-2014, para a prova de EPO de 2014 e
no link http://portal.inep.gov.br/enade/provas-e-gabaritos-2011 para a prova do ano 2011
(Engenharia Grupo VI).

Questão 19 - ENADE 2014:

Inicialmente, podemos organizar as informações dadas na questão por meio de uma tabela:

Extrato Delta Extrato Gama Água Lucro(R$)


Refrigerante A 01 − 01 R$ 5, 00
Refrigerante B − 01 02 R$ 2, 00
Disponibilidades 3.000 pcts 4.000 pcts 9.000 lt

A partir dela podemos construir um modelo de programação linear com função objetivo (F.O.) e respectivas
restrições: M ax. L = 5x1 + 2x2 , sujeito a:



 x1 ≤ 3.000,

 x ≤ 4.000,

2


 x1 + 2x2 ≤ 9.000,


 x , x ≥ 0.
1 2

Para podermos utilizar o Algoritmo Simplex, faremos os devidos ajustes na F.O., transformando-a em
uma equação linear homogênea e nas restrições, transformando-as em igualdades, através da inserção de
variáveis de folga: L − 5x1 − 2x2 = 0, sujeito a:



 x1 + x3 = 3.000,

 x + x = 4.000,

2 4


 x1 + 2x2 + x5 = 9.000,


 x , x , x , x , x ≥ 0.
1 2 3 4 5

Com os ajustes devidamente efeitos, inserimos essas informações no quadro resolutivo do Simplex:

BASE x1 x2 x3 x4 x5 bi
L −5 −2 0 0 0 0
x3 1 0 1 0 0 3000
x4 0 1 0 1 0 4000
x5 1 2 0 0 1 9000
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As variáveis que aparecem na base, além da variável L, são aquelas em que, na sua coluna só aparecem
1 ou 0 e isso ocorre inicialmente sempre para as variáveis de folga. Em seguida, escolhemos como coluna
pivô, a coluna da variável x1 (passa a compor a base) pois apresenta o menor número negativo (−5) como
coeficiente presente na F.O. Para linha pivô, escolhemos a linha 2, por apresentar menor resultado do
quociente entre os bi s e os coeficientes da coluna pivô (exceto o zero e valores negativos). Na intersecção
da linha com a coluna pivô temos o número pivô, que deve ser igual a 1, e isso já ocorre, então reduziremos
os outros números dessa coluna a zero, utilizando as seguintes operações elementares: L1 → L1 −L2 ; L4 →
L4 − 5L2 .

BASE x1 x2 x3 x4 x5 bi
L 0 −2 5 0 0 15000
x1 1 0 1 0 0 3000
x4 0 1 0 1 0 4000
x5 0 2 −1 0 1 6000

Repetindo-se os mesmos procedimentos anteriores, escolhemos para coluna pivô, a coluna da variável x2
(passa a compor a base) e como linha pivô a linha 4. Realizaremos as seguintes operações elementares:
L4 → L4 /2; L1 → L1 + 2L4 ; L3 → L3 − L4 , obtendo:

BASE x1 x2 x3 x4 x5 bi
L 0 0 4 0 1 21000
x1 1 0 1 0 0 3000
x4 0 0 1/2 1 −1/2 1000
x2 0 1 −1/2 0 1/2 3000

Notamos que esse último quadro é o que apresenta a solução ótima, pois, na linha da F.O. (linha L)
não há coeficientes negativos, portanto a solução ótima para o problema é x1 = 3.000, x2 = 3.000 com
L = 21.000. Ademais, algumas outras conclusões podemos tirar do quadro final:

i) x3 = 0, significa que não há folga na utilização do extrato delta;

ii) x4 = 1.000, significa que há folga de 1.000 pacotes na utilização do extrato gama;

iii) x5 = 0, significa que não há folga na utilização da água.

Questão 24 - ENADE 2014:

Da mesma forma como procedemos na resolução da questão 19, organizaremos as informações dadas por
meio de uma tabela:

Centros de Trabalho
Produto A B C D Lucro(R$)
P 15 min. 15 min. 15 min. 15 min. 80, 00
Q 10 min. 30 min. 5 min. 5 min. 90, 00
Dispon. 2.400 min/sem. 2.400 min/sem. 2.400 min/sem. 2.400 min/sem.

A partir dela e das informações de demanda dos produtos, podemos construir um modelo de programação

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linear com função objetivo (F.O.) e respectivas restrições: M ax. L = 80xP + 90xQ , sujeito a:


 xP ≤ 100,


xQ ≤ 50,






 15xP + 10xQ ≤ 2.400,



15xP + 30xQ ≤ 2.400,


15xP + 5xQ ≤ 2.400,





15xP + 5xQ ≤ 2.400,






xP , xQ ≥ 0.

Reorganizamos as informações para inseri-las no quadro resolutivo Simplex: L − 80xP − 90xQ = 0, sujeito
a: 

 xP + x1 = 100,


xQ + x2 = 50,






 15xP + 10xQ + x3 = 2.400,



15xP + 30xQ + x4 = 2.400,


15xP + 5xQ + x5 = 2.400,





15xP + 5xQ + x6 = 2.400,






xP , xQ , x1 , x2 , x3 , x4 , x5 , x6 ≥ 0.

BASE xP xQ x1 x2 x3 x4 x5 x6 bi
L −80 −90 0 0 0 0 0 0 0
x1 1 0 1 0 0 0 0 0 100
x2 0 1 0 1 0 0 0 0 50
x3 15 10 0 0 1 0 0 0 2400
x4 15 30 0 0 0 1 0 0 2400
x5 15 5 0 0 1 0 1 0 2400
x6 15 5 0 0 1 0 0 1 2400

Com base no mesmo protocolo utilizado na questão 19, escolhemos como coluna pivô a coluna da variável
xQ e para linha pivô a linha 5. Realizaremos as seguintes operações elementares: L5 → L5 /30; L1 →
L1 + 90L5 ; L3 → L3 − L5 ; L4 → L4 − 10L5 ; L6 → L6 − 5L5 ; L7 → L7 − 5L5 , obtendo:

BASE xP xQ x1 x2 x3 x4 x5 x6 bi
L −35 0 0 0 0 3 0 0 7200
x1 1 0 1 0 0 0 0 0 100
x2 −1/2 0 0 1 0 −1/30 0 0 −30
x3 10 0 0 0 1 −1/3 0 0 1600
xQ 1/2 1 0 0 0 1/30 0 0 80
x5 25/2 0 0 0 0 −1/6 1 0 2000
x6 25/2 0 0 0 0 −1/6 0 1 2000

Neste último quadro, observamos que a solução ainda não é ótima, pois há coeficientes negativos na linha
da F.O., procederemos então escolhendo como coluna pivô, a coluna da variável xP e como linha pivô, a
1
linha 2. As seguintes operações serão necessárias: L1 → L1 + 35L2; L3 → L3 + L2 ; L4 → L4 − 10L2 ;
2
1 25 25
L5 → L5 − L2 ; L6 → L6 − L2 ; L7 → L7 − L2 , obtendo:
2 2 2

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BASE xP xQ x1 x2 x3 x4 x5 x6 bi
L 0 0 35 0 0 3 0 0 10700
xP 1 0 1 0 0 0 0 0 100
x2 0 0 1/2 1 0 −1/30 0 0 20
x3 0 0 −10 0 1 −1/3 0 0 600
xQ 0 1 −1/2 0 0 1/30 0 0 30
x5 0 0 −25/2 0 0 −1/6 1 0 750
x6 0 0 −25/2 0 0 −1/6 0 1 750

Notamos que esse último quadro é o que apresenta a solução ótima, pois, na linha da F.O. (linha L) não há
coeficientes negativos, portanto a solução ótima para o problema é xP = 100, xQ = 30 com L = 10.700.
Ademais, algumas outras conclusões podemos tirar do quadro final:

i) x1 = 0, significa que a demanda do produto P é totalmente satisfeita;

ii) x2 = 20, significa que a demanda do produto Q não é totalmente satisfeita, fabricando-se apenas 30
produtos dos 50 demandados;

iii) x3 = 600, significa que há folga de 600 min na utilização do centro de trabalho A;

iv) x4 = 0, significa que não há folga na utilização do centro de trabalho B;

v) x5 = 750, significa que há folga de 750 min na utilização do centro de trabalho C;

vi) x5 = 750, significa que há folga de 750 min na utilização do centro de trabalho D.

Questão 27 - ENADE 2014:

Para analisarmos essa questão e as proposições feitas, vamos lembrar inicialmente a equação que determina
D Q
o custo total do lote econômico (que aliás, é uma função de Q): CT = D · C + · S + · Cm ; em que:
Q 2
D: Demanda anual do produto (cte);

C: Custo unitário do produto (cte);

S: Custo unitário de fazer o pedido;

Cm : Custo unitário de manutenção em estoque por ano;

Q: quantidade de produtos por pedido.

a) (F) O custo de armazenagem depende do tamanho do lote, note que na ultima parcela da equação do
Q
custo temos · Cm .
2
b) (F) Há sempre um custo a se considerar.

c) (F) A demanda é sim, uma variável presente na equação do custo total.

d) (F) Essa variável não é computada no custo total.

e) (V) De fato, por definição, D e C na equação do custo total, são sempre variáveis constantes.

Questão 09 - ENADE 2011:

Através da leitura da questão podemos organizar as seguintes informações: D = 75 ton./mensal; S = R$


50, 00; H = R$ 1, 00/ano/ton.

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Há uma não uniformidade nas unidades de tempo das variáveis D e H; adotaremos então a unidade de
tempo “ano” e assim, obtemos D = 900 ton./anual. Substituindo essas informações na equação dada,
encontramos:
r
2·D·S
Q ∗
=
H
r
2 · 900 · 50
Q∗ =
1

Q∗ = 90000
Q∗ = 300

Questão 16 - ENADE 2011:

Nessa questão, observamos uma aplicação do conteúdo Teoria das Filas. Vamos analisar cada uma das
alternativas apresentadas:

a) (F) O custo total (médio) é obtido pela expressão: CT = Ca · µ + Ce · N S. Nas condições informadas,
18
temos: CT = Ca · 24 + 2 · 3, na qual N S = = 3.
24 − 18
b) (F) A probabilidade de encontrar mais que três clientes na fila, com um tempo de atendimento de
2 min e maior do que encontrar mais que quatro clientes, com um tempo de atendimento de 2, 5 min.

c) (V) São equivalentes; pois, no total tem-se três clientes no sistema.


 r+1  6
λ 18
d) (F) Temos que p(n > r) = daı́, p(n > 5) = = 0, 04665 ≈ 4, 66%
µ 30
e) (F) A condição de equilı́brio (µ < λ) é respeitada tanto no tempo de atendimento atual de 2, 5 min
1
donde µ = = 0, 4 clientes/min., ou seja µ = 24 clientes/h; como na configuração futura,
2, 5
1
na qual, o tempo de atendimento passaria a 2 min; donde µ = = 0, 5 clientes/min., ou seja,
2
µ = 30 clientes/h. Note que, a taxa de chegada, λ = 18 clientes/h é informada na questão.

Questão 17 - ENADE 2011:

Novamente, mais uma questão, envolvendo o conteúdo Teoria das Filas, temos algumas informações a
listar:

i) a taxa de “entrada” de caminhões quebrados no sistema é de λ = 2 caminhões/dia;


ii) a oficina A tem taxa de atendimento de µ = 3 caminhões/dia e custo de atendimento fixo (Ca ) de R$
2.000, 00/dia;

iii) a oficina B tem taxa de atendimento de µ = 4 caminhões/dia e custo de atendimento fixo (Ca ) de
R$ 4.000, 00/dia;

iv) o custo de espera (Ce ) no sistema é de R$ 2.400, 00/dia.

Analisaremos cada uma das afirmações feitas:

I) Errado. O custo total no sistema de filas é obtido pela expressão: CT = Ca · µ + Ce · N S, neste


problema em particular, como o custo de atendimento é fixo, a expressão anterior pode ser reescrita
como CT = Ca + Ce · N S. O número de elementos no sistema pode ser obtido pela expressão:
λ
NS = ; calculemos então os seus valores para a oficina A e para a oficina B:
µ−λ
2 2
N SA = =2 N SB = =1
3−2 4−2

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Calculando os respectivos custos para as oficinas A e B encontramos:

CT (A) = 2000 + 2400 · 2 = 6800;


CT (B) = 4000 + 2400 · 1 = 6400.

Assim, o custo médio total de contratar B é menor que o custo médio total de contratar A.
 
λ 2
II) Errado. Embora a taxa de utilização ρ = da oficina A: ρA = = 66, 67% seja maior que o da
µ 3
2
oficina B: ρB = = 50%; esse não deve ser o critério de decisão, para fins de contratação, e sim, o
4
de menor custo total.

III) Correto. Valor já calculado anteriormente nos comentários do item (I).

IV) Correto. O complementar da taxa de utilização (calculada nos comentários do item (II)) é a taxa
de ociosidade, assim sendo a oficina A fica ociosa em 50% e a oficina B em 33, 33%.

Bastante atenção e bons estudos!

Texto composto em LATEX 2ε , Rolando Restany, 01/07/2016.

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