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Pré-Diagnóstico do Concelho de Alenquer

A lenda do Alão Quer

C onta a tradição que na manhã do dia em


que teve logar o combate final, indo o rei
christão com seu sequito banhar-se no rio e fazer
suas correrias, notaram que um cão grande e pardo
que vigiava as muralhas do castelo e que se
chamava Alão calou-se e lhes fez muitas festas. El
rei tomando isso por bom pressagio mandou
começar o ataque dizendo «ALÂO QUER»,
palavras que serviriam de futuro appellido à villa.
A batalha foi sanguínolenta e renhida e os
cavaleiros christãos fizeram prodigios de valor.
Especialmente no postigo próximo aonde estava a
egreja de S. Thiago a lucta foi renhidissima, mas os
portuguezes inspirados pela fé que S. Thiago em
pessoa pelejava na sua frente, venceram todos os
obstáculos e tomaram a praça”.

“Há uma segunda tradição que diz que o cão


«Alão» era encarregado de levar as chaves na boca
todas as noites pela muralha fora até à casa do
governador e os christãos aproveitando os
instinctos do animal prenderam uma cadella
debaixo de uma oliveira à vista do cão que
subjugado por sentimentos amorosos galgou os
muros, entregando assim as chaves aos
portugueses”.

In Melo, António de Oliveira et al., O Concelho


de Alenquer 2, 1985, p. 164

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