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Associação Educacional Dom Bosco

ALEXIS SALVADOR ARANTES NUNES

A INFLUÊNCIA DA EMBALAGEM NO CUSTO DO PRODUTO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Associação Educacional
Dom Bosco como requisito para
conclusão da Pós-graduação em
Engenharia da Qualidade no CPGE.

Orientador: Professora Suzana Maia

RESENDE
2019
ALEXIS SALVADOR ARANTES NUNES
A INFLUÊNCIA DA EMBALAGEM NO CUSTO DO PRODUTO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Associação Educacional
Dom Bosco como requisito para
conclusão da Pós-graduação em
Engenharia da Qualidade no CPGE.

Aprovado em _____ / ______ / ______

Orientador: Professora Suzana Maia


Associação Educacional Dom Bosco

RESENDE
2019

AGRADECIMENTOS
Agradecemos, primeiramente, а Deus qυе iluminou о nosso caminho, pоr tеr nos
dado saúde е força pаrа superar аs dificuldades.

Às nossas famílias e nossas namoradas que sempre nos apoiaram cоm muito
amor e carinho e nãо mediram esforços para qυе chegássemos аté esta etapa
dе nossa vida.

Aоs professores pоr nos proporcionar о conhecimento, nãо apenas acadêmico,


mаs também а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo
dе formação profissional, pela dedicação e empenho demonstrados durante o
curso. Em especial à Profª. Ms. Daniele S. O. Archanjo de Souza е ао nosso
orientador Prof. Marco Valentin pelo apoio dedicado à elaboração deste trabalho.

Aos nossos amigos e companheiros dе turma que sempre estiveram presentes


e contribuíram para nossa formação. A todos qυе direta оu indiretamente fizeram
parte dа nossa caminhada acadêmica, о nosso muito obrigado.

RESUMO

Este estudo de caso visa demonstrar a aplicabilidade de métodos alternativos de


medição que auxiliam na busca da qualidade do produto com maior eficiência e
agilidade, eliminando ao mesmo tempo custos que se agregam quando se faz
necessário a aquisição de muitos equipamentos convencionais ou com a
aquisição de meios de medição ultramodernos que possuem um preço elevado.
Buscando entender melhor este processo, foi realizada uma pesquisa sobre a
área de metrologia que permitisse um entendimento a respeito da aplicação
deste método e explicasse todas as necessidades e ganhos para uma empresa
que busca a qualidade do produto utilizando-se desta área que é tão ampla.
Como meio de demonstrar a aplicação do método de medição alternativo, ou
seja, por calibradores, foi feito um ensaio sobre dois tipos de calibradores
aplicados sobre duas peças com certo grau de complexidade de medição e que
possui uma demanda alta na empresa BMB Mode Center.

Palavras-chave: Medição. Metrologia. Qualidade. Calibração.

ABSTRACT
This base case objective is to demonstrate the viability of an alternative
measurement method that help the product quality area in the search for higher
efficiency and agility, while eliminating costs that are added when it is necessary
to purchase conventional measurement instruments or on the acquisition of an
state-of-the-art ones, which have a higher prices. In order to better to understand
this method, a research was conducted to explore all the needs and benefits from
a company that pursues a product quality of this broad metrology area. Also, to
demonstrate the application of this alternative measuring method (“Calibrators”),
a test study was conducted in two different complex parts that are used on BMB
Mode Center Company.

Key-words: Measurement. Metrology. Quality. Calibration.

FIGURAS
Figura 1 – Pirâmide de Quéops (grande pirâmide) ........... Error! Bookmark not
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Figura 2 – Cúbito real egípcio ............................. Error! Bookmark not defined.
Figura 3 – Unidades naturais .............................. Error! Bookmark not defined.
Figura 4 – Hierarquia do sistema metrológico ..... Error! Bookmark not defined.
Figura 5 – Jogo de bloco padrão cerâmico ......... Error! Bookmark not defined.
Figura 6 – Jogo de bloco padrão aço liga ........... Error! Bookmark not defined.
Figura 7 – Jogo de peso padrão.......................... Error! Bookmark not defined.
Figura 8 – Selos de calibração Acreditada .......... Error! Bookmark not defined.
Figura 9 – Paquímetro digital e analógico ........... Error! Bookmark not defined.
Figura 10 – Máquina tridimensional .................... Error! Bookmark not defined.
Figura 11 – Calibrador de rosca .......................... Error! Bookmark not defined.
Figura 12 – Calibrador passa–não passa ............ Error! Bookmark not defined.
Figura 13 – Representação do erro de paralaxe . Error! Bookmark not defined.
Figura 14 – Representação do nônio .................. Error! Bookmark not defined.
Figura 15 – Pitman Auxiliar ................................. Error! Bookmark not defined.
Figura 16 – Pitman Intermediário ........................ Error! Bookmark not defined.
Figura 17 – Equipamentos convencionais ........... Error! Bookmark not defined.
Figura 18 – Medição Pitman Auxiliar na metrologia convencional ............. Error!
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Figura 19 – Medição Pitman Intermediário na metrologia convencional .... Error!
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Figura 20 – Equipamentos convencionais e calibradores . Error! Bookmark not
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Figura 21 – Medição Pitman Auxiliar com calibrador ........ Error! Bookmark not
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Figura 22 – Medição Pitman Intermediário com calibrador Error! Bookmark not
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Figura 23 – Calibrador tipo unha ......................... Error! Bookmark not defined.
Figura 24 – Avaliação do calibrador tipo unha .... Error! Bookmark not defined.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Equivalência do Sistema de Medição Linear .. Error! Bookmark not


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Tabela 2 – As divisões do metro ......................... Error! Bookmark not defined.
Tabela 3 – Avaliação “Pitman Auxiliar” por medição Convencional. .......... Error!
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Tabela 4 – Avaliação “Pitman Intermediário” por medição Convencional .. Error!
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Tabela 5 – Avaliação “Pitman Auxiliar” por Calibrador ...... Error! Bookmark not
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Tabela 6 – Avaliação “Pitman Intermediário” por Calibrador ... Error! Bookmark
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Tabela 7 – Método convencional x calibradores . Error! Bookmark not defined.
LISTA DE SIGLAS

BIMP – Bureau Internacional de Pesos e Medidas

CBM – Comitê Brasileiro de Metrologia

CGPM – Conferência Geral de Pesos e Medidas

CNI – Confederação Nacional da Indústria

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade


Industrial.

IPEM – Instituto de Pesos e Medidas

ISO – International Organization for Standardization

RBC – Rede Brasileira de Calibração

RBLE – Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios

SI – Sistema Internacional de Medidas

VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................. Error! Bookmark not defined.
1.1 Objetivo ......................................................... Error! Bookmark not defined.
1.1.1 Objetivo geral ............................................. Error! Bookmark not defined.
1.1.2 Objetivos específicos.................................. Error! Bookmark not defined.
1.2 Justificativa ................................................................................................. 11
1.3 Estrutura do trabalho ..................................... Error! Bookmark not defined.
2 Revisão Teórica ............................................................................................ 11
2.1 A história da metrologia ................................. Error! Bookmark not defined.
2.1.1 A metrologia no Brasil ................................ Error! Bookmark not defined.
2.2 A metrologia e suas áreas de atuação .......... Error! Bookmark not defined.
2.3 Sistema de medição ...................................... Error! Bookmark not defined.
2.4 Os padrões .................................................... Error! Bookmark not defined.
2.4.1 Hierarquia e origem dos padrões metrológicos ........ Error! Bookmark not
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2.5 A calibração e sua importância ..................... Error! Bookmark not defined.
2.6 Os laboratórios de calibração ........................ Error! Bookmark not defined.
2.7 Metrologia e as normas ................................. Error! Bookmark not defined.
2.8 Qualidade e a metrologia .............................. Error! Bookmark not defined.
2.9 Atividade de medir ......................................... Error! Bookmark not defined.
2.10 Tipos de medição ........................................ Error! Bookmark not defined.
2.11 Cuidados ao Medir ...................................... Error! Bookmark not defined.
3 METODOLOGIA............................................... Error! Bookmark not defined.
4 ESTUDO DE CASO ......................................... Error! Bookmark not defined.
4.1 Contextualização ........................................... Error! Bookmark not defined.
4.2 O processo de medição convencional ........... Error! Bookmark not defined.
4.3 O processo de medição por calibradores ......Error! Bookmark not defined.
5 ANÁLISE DE RESULTADOS ........................... Error! Bookmark not defined.
5.1 Comentários adicionais ................................. Error! Bookmark not defined.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................. Error! Bookmark not defined.
REFERÊNCIAS ................................................... Error! Bookmark not defined.

1. Introdução.

Com a competitividade do mercado, faz-se necessário que as empresas


busquem redução de custo nas etapas de seu processo e em toda as operações
que agregam custo ao produto final destinado ao cliente.
Baseando-se nesta necessidade, pequenas e grandes melhorias podem
acarretar em reduções de custo significativas para a empresa. Um dos processos
que mais se agrega custo à um componente é o frete, que atualmente é agregado
a toda cadeia logística desde o inicio de produção de um componente, ou seja, no
recebimento da matéria prima até a entrega deste ao consumidor final, passando
pela cadeia de matéria prima até indústria, indústria ao distribuidor, distribuidor até
lojista e lojista até o cliente, podendo esta cadeia ser maior ou menor dependendo
do tipo de produto.
Além da questão de frete, temos um componente de grande importância que
envolve todos os produtos e este pode agregar custo, qualidade, segurança,
facilidade de movimentação no centro logístico e ganhos de processo, visto que,
dependendo do modelo facilita a movimentação dentro da linha de produção. Este
componente de grande importância é a “EMBALAGE DO PRODUTO”, é ela que
garante a qualidade do componente, protegendo-os de avarias, sujeiras entre
outros. Também é ela que auxilia em questões de movimentações dentro do centro
logístico e na linha de produção, proporcionando ganhos com quantidade de peças
por embalagem ou posicionamento destas, facilitando a movimentação junto ao
operador.
1.1 Objetivo
1.1.1 Objetivo geral

Realizar uma fundamentação sobre a importância de um bom projeto de


embalagem para auxiliar na redução de custo, diminuir movimentos de processo na
cadeia produtiva, reduzir riscos de segurança e ergonômicos e por fim, contribuir
para questões ambientais dentro e fora da indústria.

1.1.2 Objetivos específicos

A fim de, conseguir atingir o objetivo deste projeto, iremos:

 Fazer uma fundamentação sobre a questão logística no Brasil e seu fluxo;


 Identificar os principais métodos de embalagens;
 Fazer uma fundamentação sobre os benefícios e a importância de se analisar
e definir embalagens corretamente tanto para insumos como para o produto
acabado;
 Apresentar exemplos de aplicabilidade de modificações de embalagem
dentro de uma indústria de eletrodomésticos na região sul fluminense;
 Apresentar os resultados;
1.1 Justificativa

Devido ao mercado está cada vez mais competitivo e ao mesmo tempo


os clientes cada vez mais exigentes, buscando preço baixo e qualidade, as
empresas cada vez mais buscam reduções de custos em seus projetos de modo
a não afetarem a qualidade, porém, procuram obter uma redução significava no
custo final para o produto ao consumidor. Baseando-se nesta necessidade, foi
feito um levantamento dos problemas gerados pelos conceitos de embalagens
que atualmente a empresa utiliza, buscando assim ter ganhos com uma
renovação no conceito de embalagem.
Para o meio acadêmico, esta pesquisa possibilitará demonstrar a real
necessidade dos estudos nas áreas de logística, pois, auxiliara no aprendizado
e permitirá a aplicação de todo o estudo realizado neste projeto.

2. Revisão Teórica

2.1 O Nascimento das Embalagens

De acordo com Moura e Banzato (1997), o ser humano começou a utilizar-se


das embalagens ainda quando eram primitivos, dado momento em que houve-
se a necessidade de transportar e armazenar mantimentos para sua
sobrevivência. Inicialmente usavam de suas mãos, no entanto, com as mesmas
não era possível o transporte por longas distâncias e estocagem. Aí nasceu as
primeiras embalagens que nada mais era do que crânios de animais, chifres,
grandes conchas e entre outros componentes da natureza.
Com a evolução do ser humano e com o crescimento de suas necessidades,
novos conceitos de embalagens foram elaborados, sendo assim, feitas as
primeiras embalagens artesanais de argila, barro e palha.

Fonte: https://www.brasilpostos.com.br/noticias/noticias-mercado/a-historia-das-
embalagens/

Fonte: https://pt.slideshare.net/fam5255/importancia-da-boa-embalagem

Vaso de estocagem Persa – 3.500 AC

Embalagem
Mas o que é uma embalagem e o que ela representa para o ser humano.
Conforme descrito pela Associação Brasileira de Embalagens (ABRE):
A embalagem é um recipiente ou envoltura que armazena
produtos temporariamente, individualmente ou agrupando unidades,
tendo como principal função protegê-lo e estender o seu prazo de vida
(shelf life), viabilizando sua distribuição, identificação e consumo.

A embalagem tornou-se ferramenta crucial para atender à


sociedade em suas necessidades de alimentação, saúde,
conveniência, disponibilizando produtos com segurança e informação
para o bem-estar das pessoas, possibilitando a acessibilidade a
produtos frágeis, perecíveis, de alto ou baixo valor agregado. A
embalagem possibilita ainda o desenvolvimento de novos produtos e
de formas de preparo com o uso dos eletrodomésticos.

Os conceitos de embalagem bem como suas classificações são inúmeras, sendo estas
classificadas de acordo com sua estrutura e ou o papel que exerce:

Quanto a estrutura:

As embalagens podem ser classificadas como primária, secundária e terciária. Esta classificação
é aplicada conforme a formação estrutural da embalagem, ou seja:

 Embalagem Primária: é aquela que está em contato direto com o produto.

 Embalagem Secundária: contém uma ou mais embalagens primárias, sendo


que em alguns casos ainda não é totalmente indicada para transporte.

 Embalagem Terciária – este tipo agrupa diversas embalagens primárias ou


secundárias para o transporte, ou seja, uma embalagem mais resistente.

Fonte: ABNT NBR 9198

2.2 – As Embalagens

No sistema logístico atual, trabalhamos com diversos conceitos/sistemas de


embalagens. As embalagens desempenham também diversos papéis dentro e
fora da indústria independente da área de atuação, são elas a contenção,
proteção, comunicação e utilidade. (Moura & Banzato, 1997):
 Contenção: conter as unidades de produto;
 Proteção: Servem para proteger os produtos de danos, sujeiras durante
todo fluxo de movimentação e estocagem;
 Comunicação: é por meio desta também quer as empresas divulgam
seus produtos e fortalecem sua marca, apresentando características do
produto. Além da divulgação e nela que se apresenta as identificações
do produto, como códigos e descrição, tornando assim ágil o processo
de estocagem e manuseio.
 Utilidade: Estas podem ser retornável ou não retornáveis.

Além dos papeis citados que a embalagem podem exercer, esta ainda possuí
outras diversas utilidades como cita Moura & Banzato(1997), na qual os mesmos
classificam as embalagens como:
 Embalagens de consumo – aquelas destinadas ao posto de venda, que
serão entregues ao cliente e que também servem como demonstração do
produto;
 Embalagens expositoras – aquelas destinadas a apresentação do
produto ao cliente que ficam expostas, não sendo entregues ao cliente
final;
 De distribuição física –
 De transporte e exportação –
 Industrial ou de Movimentação – são embalagens robustas que
passagem por constantes movimentações dentro da indústria, exemplo
estoque/ linha de produção com grande frequência;
 De armazenagem/estocagem – São embalagens destinadas ao
armazenamento e seu principal objeto é a proteção dos produtos, seja
conta agentes químicos ou físicos.

Todas funções citadas estão ligadas diretamente ao conceito da embalagem no


entanto, além destas funções básicas e auxiliares, as embalagens ocupam um
papel muito importante na atividade econômica de um país, pois por meio de seu
consumo é possível medir o nível de atividade industrial, visto que atualmente
todo bem de consumo utiliza no mínimo um tipo de embalagem. (ABRE, 12-02-
19).

Conforme dados apresentados pela ABRE, “mundialmente a embalagem


movimenta mais de US$ 500 bilhões, representando, dentre 1% e 2,5% do PIB
de cada país. No Brasil, esta movimenta atualmente, R$ 47 bilhões e gera mais
de 200 mil postos de emprego diretos e formais”.

A EMBALGEM E O FLUXO LOGÍSTICO


Independente do produto, algum momento este será embalado e transportado,
movimentado e a embalagem influência diretamente no método de
movimentação, ou seja, tornando este mais fácil, rápido, seguro e ao mesmo
tempo garantindo a qualidade do objeto a ser armazenado/movimentado e ao
final influência até o custo.

O manuseio de materiais é representado por três atividades principais: carga e descarga,

movimentação para e da estocagem e atendimento de pedidos. Segundo Ballou (1993), o

manuseio de materiais é um dos principais fatores geradores de custo no composto de

atividades logísticas. Os produtos podem chegar a ser movimentados diversas vezes ao longo

de operações de estocagem, preparação dos pedidos, expedição e embarque. Estas atividades

exigem intensa mão-de-obra, o que as encarece. Ainda segundo Ballou (1993), os custos de

mão-de-obra estão diretamente relacionados com a quantidade de movimentações


necessárias.

Portanto, os projetos de embalagem devem considerar como embalar o produto para uma

melhor movimentação, para causar menos danos, para melhor utilização da mão-de-obra,

equipamentos, espaço físico e para a melhor interação com outras funções do sistema como

armazenagem e transporte.

Estudo de Caso

Baseando-se na grande necessidade de redução de custos e com base


no acompanhamento constante de entrada de materiais, foi observado um
potencial de melhoria que poderia proporcionar um ganho significativo de custo
e ao mesmo tempo gerar ganhos em outros setores da indústria. Estes ganhos
foram representativos para área de segurança, ergonomia, meio ambiente,
processo, qualidade e logística.
Para este projeto, foi destacado apenas 2 estudos realizados em uma indústria
de eletro portáteis situada na região Sul fluminense. Este projeto nasceu de uma
necessidade de reduzir o índice de resíduos gerado na linha de produção e ao
mesmo tempo permitir ganhos de segurança e nas demais áreas que compõem
o processo.
O primeiro estudo foi realizado sobre um modelo de motor de ventilação o
qual havia certa reclamação da linha de produção e logística quanto ao manuseio
deste até o processo final. Os pontos relatados destes foram:
 Carga solta dentro do container, sendo necessário grande tempo e
movimentos repetitivos em demasia para a montagem do palete com uma
carga de 594 motores, sendo este composta por 9 camadas de 11 caixas,
e ao término sendo necessário a aplicação de no mínimo 3 voltas de
stress para sustentação do palete;
 Risco de segurança com tombamento de carga, 5 casos registrados no
ano de 2018;
 Cada caixa apresentava 2 fitas de nylon fixa em torno nesta para auxiliar
no fechamento;
 Todas caixas vinham com tampa sendo fechada com auxílio de fita crepe;
 Cada unidade de caixa vinha com 6 motores e cada motor com um canudo
protetivo em seu eixo.
O container vinha com um total de 14.964 motores, para o projeto de melhoria
seria necessário a redução desta quantidade, visto que, seria necessária uma
padronização vinda diretamente do fornecedor. Para facilitar o projeto, foi
realizado um comparativo com todos os modelos de motores entregues e
fornecedores diferentes. Com o estudo foi possível identificar uma melhor
condição para os motores do fornecedor X. A condição de entrega apresentada
por este, além de favorecer questões logísticas internamente como descarga do
container, favorecia questões de processo, meio ambiente e segurança e o
próprio fornecedor, conforme apresentado abaixo:
 Sistema paletizado, não sendo necessário utilização de mão de obra para
a formação do palete. Utilizado somente empilhadeira pra retirada do
material do container;
 Melhor condição de posicionamento/amarração da carga dentro do
container, eliminando o risco de tombamento de carga;
 Caixas individuais abertas, sem a tampa eliminando a necessidade de
utilização de estilete por operadores na linha de montagem e
possibilitando ganho de tempo no processo;
 Caixas sem os fitilhos, reduzindo assim a quantidade de resíduos,
eliminando risco de segurança por eliminar o estilete e maior agilidade no
processo;
 Ausência de canudo protetivo no eixo, substituído por fina camada de
óleo;
O único problema apresentado pelo fornecedor X, foi a questão da quantidade
que para este sistema permitia apenas uma quantidade de 10584 motores.
Realizando estudos internamente e em conjunto com o fornecedor Y, o qual seria
alvo do processo de melhoria no processo de carga, foi possível uma
padronização do palete para seguir um tamanho próximo à especificação do
Brasil “palete PBR”.
Com base neste estudo foi possível ajustar a nova condição de carga de 14968
para 12.960 motores. Apesar da perda em quantidades de 2008 motores, foi
possível um ganho com eliminação de resíduos, redução de tempo em processo
e ganhos incalculáveis com questões de segurança.
Após a aplicação e validação deste modelo, para complementar os ganhos foi
feito a mesma abordagem para o fornecedor X, neste caso somente atualizando
o layout do palete para um aumento de carga. Para este fornecedor conseguiu-
se aumentar a carga de 10584 motores para 12.960, tendo um ganho de 2376.
Abaixo segue uma tabela comparativo apresentado as condições e ganhos para
cada fornecedor.

O segundo objeto de estudo foi a embalagem para o termostato do ferro de


passar, o mesmo era entregue em uma embalagem de EPS “Isopor”, conforme
apresentado na figura X, para a produção em si, esta embalagem não
apresentava transtornos de movimentação. No entanto, devido ao alto volume
de produção do ferro, em torno 2700 unidades dia, gerava-se um resíduo de
aproximadamente X embalagens de EPS, que apesar de não representar um
valor alto em Kg, ocupava uma grande área para seu armazenamento e furo
descarte.
Outro fator observado para esta embalagem era a dificuldade para descarte,
sendo necessário a contratação de uma empresa para a retirada deste resíduo
para que fosse feito um descarte ecológico.
Observando-se as questões já citadas anteriormente, foi avaliado qual seria o
melhor conceito para uma nova embalagem que possibilitasse a redução de
resíduos e ao mesmo tempo permitisse um ganho de custo. Levando-se em
consideração que por se tratar de um item importado, embalagem do tipo
retornável foi descartada devido ao custo. Sendo, em conjunto com o fornecedor
foi levantado possibilidades de materias de baixo custo e recicláveis para a nova
embalagem.
Após amostras e reuniões, a proposta apresentada e validade permitiu uma
melhor acomodação e proteção do item, não afetando fluxo de processo, no
entanto, permitindo um aumento de volume de carga por container, gerando
assim um ganho anual de R$ 60.000,00 e eliminando os custos com descarte do
EPS e área para segregação do resíduo, conforme detalhado na tabela.
NELI REGINA. Et al MELHORIAS OBTIDAS A PARTIR DA
MUDANÇA NA EMBALAGEM DE
MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
INTERINDÚSTRIAS – XXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO, 2007
MOURA, R. A.; BANZATO, J. M. Embalagem, unitização & conteinerização. 2.
ed. São Paulo, SP: IMAM, 1997. v. 3,

P. Z. Pereira, R. P. da Silva,
Design de Embalagem e Sustentabilidade: uma análise sobre osmétodos
projetuais, UFRGS, 2010
Caceres Cortez, Ana Tereza, EMBALAGENS: O QUE FAZER COM ELAS ?
Revista Geográfica de América Central, vol. 2, julio-diciembre, 2011, pp. 1-15

Silva, Danilo Gomes da; Leite Vítor de Campos,


A IMPORTÂNCIA DA EMBALAGEM COMO VANTAGEM LOGÍSTICA:
UM ESTUDO DE CASO, 2010

Carvalho, Maria Aparecida, Engenharia de Embalagens: uma abordagem


técnica do desenvolvimento de projetos de embalgem. São Paulo,
Novatec editora, 2008

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