BACHARELADO PSICOLOGIA

EDNALVA OLIVEIRA
JOILZA DAMASCENO
RAFAEL COSTA
SILAS NASCIMENTO
WILLIAM SANTOS

VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL: A Escola como meio de Prevenção

Salvador
2017
 EDNALVA OLIVEIRA
JOILZA DAMASCENO
RAFAEL COSTA
SILAS NASCIMENTO
WILLIAM SANTOS

VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL: A Escola como meio de Prevenção

Projeto de Intervenção apresentado à bancada de

professores da Universidade Regional da Bahia –
UNIRB, tendo como orientador o Professor: Augusto
Neto como requisito parcial para aprovação da terceira
avaliação 2017.2 do curso de Psicologia.

Salvador
2017
VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL: A Escola como meio de Prevenção

RESUMO: Entende-se que tratar do tema proposto na contemporaneidade é de

suma importância, para que se haja um esclarecimento com o intuito de diminuir a
demanda dos casos que ocorrem no nosso pais, no entanto, tratar da Violência
Sexual Infantil é algo que levanta questionamentos, muitas vezes por não haver uma
preparação social sobre como abordar o tema. O presente projeto tem como foco
promover informação sobre o que é a Violência Sexual Infantil, visando prevenir
esse tipo de violência, tendo como meio de prevenção o ambiente escolar em uma
escola do bairro de Tancredo Neves em Salvador-BA, para que se chegasse a
conclusão de onde aconteceria a atuação, utilizou-se o levantamento de dados
através de pesquisas bibliográficas e dados estatísticos, a intervenção deverá ser
efetuada utilizando o teatro de fantoches pelo fato de se entender que o lúdico
atrairia o atenção de todos os públicos e seria uma forma diferente de promover o
aprendizado.
Palavras Chave: violência sexual infantil; escola; prevenção.
 Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5
2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 6
 GERAL .......................................................................................................................... 6
 ESPECÍFICOS ............................................................................................................... 6
3 META ................................................................................................................................. 6
4 EMBASAMENTO TEORICO ............................................................................................. 6
5 METODOLOGIA ................................................................................................................ 8
6 CRONOGRAMA DE AÇÕES ............................................................................................ 8
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 9
Referência .......................................................................................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO

Diante dos dados levantados a respeito dessa temática pela equipe de

pesquisa no qual segundo o Ministério Público da Bahia (MPBA), na pessoa de
Manuela Damasceno, no ano de 2016, os registros do disque 100 detectaram 800
casos de denúncia de violência sexual contra crianças e adolescentes, e algumas
informações coletadas em diversos jornais digitais como o Correio da Bahia no qual
o redator Bruno Menezes no informa que em 2011 o bairro de Tancredo Neves teve
o maior índice de ocorrência dos casos, entende-se que há uma necessidade de
intervenção como forma de prevenção da violência sexual contra criança e
adolescente, visando a diminuição dessas estatísticas que aterrorizam as crianças e
adolescentes desse bairro que muitas vezes por falta de informação, isso vai
depender do desenvolvimento e da fonte de informação dos tais, aceitam a violência
sem entender o que está acontecendo.
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2 OBJETIVOS

 GERAL

Realizar uma ação de prevenção contra o abuso sexual infantil no bairro de

Tancredo Neves em Salvador-BA.

 ESPECÍFICOS

● Promover o esclarecimento do tema por meio de palestra.

● Incentivar a procura por ajuda, da parte da criança e do cuidador.
● Mostrar uma das maneiras pela qual o âmbito escolar pode ser um
facilitador no combate ao violência sexual infantil.
● Impactar parte da comunidade do bairro de Tancredo Neves a partir da
palestra para que se tenha um novo olhar a respeito do tema, sabendo dos
seus direitos e deveres.

3 META

Alcançar no mínimo de 70% dos estudantes de uma escola situada no bairro

de Tancredo Neves com uma palestra, promover o conhecimento aos alunos, equipe
escolares e familiares que queiram estar presente, visando à capacitação e o
esclarecimento do tema proposto.

4 EMBASAMENTO TEORICO

Tendo em vista o fazer psicológico como forma de gerar autonomia na

criança no que diz a respeito da violação dos direitos pertinentes a criança e ao
adolescente, entendemos que um projeto de intervenção que vise à prevenção da
violência sexual tendo como agente de prevenção o âmbito escolar, é de suma
importância na colaboração e na propagação das informações acerca desse tema,
pois sendo a escola um lugar de promoção de conhecimento e aprendizagem, faz-se
necessário tratar dos diversos assuntos, o que inclui assuntos relacionados a direitos
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e deveres do ser humano, transformando a escola não somente num ambiente

gerador de saber, mas num ambiente de promoção de autonomia no que diz a
respeito dos direitos humanos.
"É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança
e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão". (Art. 277 da Constituição
Federal)

Apesar de ser um direito estabelecido pela Constituição Federal à proteção a

criança e ao adolescente no que diz a respeito da violência contra estes, o que inclui
também a violência sexual, sabe-se que segundo o Ministério dos Direitos Humanos
a Bahia ficou em 2016 como o segundo maior numero de registros denunciados pelo
disque 100, isso somente no primeiro quadrimestre onde foram denunciados 447
casos, esses são dados registrados, porém esse número pode ser ainda maior, pois
existem casos onde não são feitas denuncias.

O abuso sexual pode ser prevenido se as crianças forem capazes

de reconhecer o comportamento inapropriado do adulto, reagir rapidamente,
deixar a situação e relatar para alguém o ocorrido. Tais programas para
crianças têm sido usados na América do Norte em escolas, envolvendo
todas as idades, incluindo o jardim de infância (Wolfe, 1998 apud Bruno,
2008, p. 211).

Tendo como referencia as palavras de Wolfe entende-se que a informação

quando passada de forma clara e sem tabus, propicia a prevenção, pois quando não
existe um esclarecimento a respeito do que esta acontecendo, o individuo não
saberá o que fazer, portanto, faz-se necessário a elucidação do que é a violência
sexual e quais as formas que essa possa acontecer, isso para um melhor
entendimento do individuo quanto ao tema o qual poderá ser usada como uma
ferramenta para escapar ou ate mesmo denunciar casos de violência sexual.
Com a prerrogativa de diminuir cada vez mais o sofrimento físico e
psicológico do indivíduo que sofre de violência sexual, faz-se necessário destacar o
tema na tentativa de fazer com que as pessoas se atentem cada vez mais a
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importância do seu papel ao combate do abuso sexual, esse ato pode se dar através
de uma simples ligação anônima ao disque 100.

5 METODOLOGIA

A metodologia utilizada tem como base a pesquisa bibliográfica para

levantamento de dados que respaldem a intervenção e a pesquisa-ação.
A pesquisa–ação acontece quando há interesse coletivo na
resolução de um problema ou suprimento de uma necessidade (...).
Pesquisadores e pesquisados podem se engajar em pesquisas
bibliográficas, experimentos, etc. Interagindo em função de um resultado
esperado.
Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores e os participantes
envolvem-se no trabalho de forma cooperativa. A pesquisa-ação não se
refere a um simples levantamento de dados ou de relatórios a serem
arquivados. Com a pesquisa-ação os pesquisadores pretendem
desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observados.
(Soares, p.5)
Baseado em levantamentos estatísticos chegou-se a conclusão do bairro ao
qual seria executada a intervenção, foi feito o contato com a escola para que fosse
feito a intervenção de forma lúdica, através de teatro de fantoches ao qual retrataria
o tema prevenção à violência sexual infantil.
Diante das discursões levantadas pelo grupo, procurou-se uma estratégia a
qual se pudesse chamar a atenção das diversas faixas etária que fossem estar
presente na palestra e pensou que o teatro de fantoches viesse a ser eficiente no
que diz a respeito de focar a atenção dessas pessoas por ser algo que não é de fácil
acesso, entendendo que o lúdico serviria para a melhor compreensão do publico a
ser atingido.

6 CRONOGRAMA DE AÇÕES

Datas Ações
01/Novembro Entrar em contato com a escola.
10/Novembro Visita técnica, para um primeiro contato com responsáveis pela
escola e divulgação nas salas.
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17/Novembro Realização da intervenção por meio do teatro de fantoches.

24/Novembro Contato com a escola para saber o feedback
24/Novembro Reunião do Grupo para discussão dos resultados obtidos durante
a aplicação.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em consideração os dados que foram levantados na elaboração do

trabalho, destaca-se o quanto é importante trabalhar com menores e cuidadores a
fim de fazer com que os mesmos se deem conta de como o comportamento pode
dar sinais de que alguém está em sofrimento ou ainda em violação de direitos.

O Ministério Público faz um trabalho em conjunto com a população para

garantir a integridade de pessoas que estão em situação de violação de direitos,
porém este é frágil para atender todas as demandas, que por sua vez, não são
relatados na totalidade dos fatos.

No intuito de levar informações acerca de prevenção à violação de diretos,

nosso projeto tem como ferramenta de interesse o uso de teatro de bonecos
utilizando fantoches para de uma forma lúdica alertar as crianças e cuidadores sobre
comportamentos suspeitos. É de suma importância também fazer a divulgação do
disque 100 durante o projeto.

Contudo, faz-se necessário que novos projetos sejam elaborados para que
cada vez mais as pessoas tenham autonomia.
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Referência

DAMASCENO, M. Campanha de Combate à Violência Sexual Infanto juvenil é

lançada pelo Ministério Público. Disponível em: <
https://www.mpba.mp.br/noticia/33845> Acesso em: 12 de outubro de 2017

MENEZES, B. Bahia é o estado com maior número de denúncias de abuso de

crianças. Disponível em: http://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/bahia-e-o-
estado-com-maior-numero-de-denuncias-de-abuso-de-criancas/ >Acesso em: 12 de
outubro de 2017

BRINO, Rachel de Faria; WILLIAMS, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque. Professores

como agentes de prevenção do abuso sexual infantil. Educação e Realidade, v. 2, p.
211, 2008. Disponível em: < http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=317227052014>
Acesso em: 12 de outubro de 2017
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SOARES, J. J.; Metodologia do trabalho científico. Viçosa, MG, p.6, 2011.

Disponível em: < http://www.bemvin.org/unesav--unidade-de-ensino-a-aprendizado-
de-vicosa-prof-marinez.html> Acesso em: 12 de outubro de 2017