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PLANO DE ENSINO

CURSO: Psicologia
SÉRIE: 8º Semestre
DISCIPLINA: Práticas Psicológicas – PP – (Supervisão)
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 horas/aula
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas

I – EMENTA

Atividade prática de estágio curricular obrigatório supervisionada por professor


orientador. Atendimento psicossocial em instituições públicas e privadas
voltadas às necessidades jurídicas, educacionais, de saúde, de qualidade de
vida e bem estar social, de usuários por meio de diferentes intervenções
psicológicas.

II – OBJETIVOS GERAIS

Identificação das demandas psicológicas em contextos institucionais e na vida


cotidiana, levando em conta as necessidades do usuário e seu contexto sócio-
cultural.
Intervenção em diferentes contextos coerentemente com o referencial teórico
que fundamenta a prática psicológica, adequando-a à população atendida.
Avaliação crítica do planejamento de intervenção considerando seus resultados
para a população atendida.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Tal competência será desenvolvida a partir das seguintes habilidades:

 Analisar e interpretar as relações entre os determinantes normativos


institucionais (escopo de atuação, propósitos, interesses e limites), onde é
realizado o estágio, e as demandas psicológicas dos usuários que são
objeto da intervenção.
 Conhecer e aplicar estratégias de intervenção próprias a cada demanda
segundo referencial teórico e técnico.
 Identificar as especificidades de intervenção em diferentes contextos.
 Fazer interlocução eticamente orientada com profissionais de áreas afins e
saber conduzir-se em equipes interprofissionais.
 Elaborar relatórios e laudos adequados aos diferentes contextos.

IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Intervenções psicossociais em diferentes campos de atuação do


psicólogo.
2. Modalidades de intervenção em situação de crise e em situação de
vulnerabilidade social de crianças e jovens.
3. Fundamentação teórica e técnica das diferentes modalidades de
intervenção psicológica.
4. Identidade – alteridade – diversidade – diferença.
5. Psicologia e compromisso social.

V – ESTRATÉGIAS DE TRABALHO

 Apresentação do Plano de Ensino da disciplina, contemplando os


objetivos gerais e específicos, estratégias de trabalho, avaliação e
bibliografia básica e complementar.
 Leituras e discussão de textos, inclusive específicos ao atendimento.
 Planejamento e implementação de diferentes modalidades de
intervenção psicológica no judiciário, em situações de crise e de
vulnerabilidade social, em experiências de criação e exploração de
recursos expressivos, e em atendimento de situações de risco.
 Supervisão do atendimento psicossocial em diferentes instituições com
discussão da articulação teórico-prática.
 Orientação para elaboração do relatório semanal das sessões de
atendimento e sua devida correção pelo professor orientador.
 O professor orientador deve receber semanalmente estes relatórios
impressos, corrigi-los e devolvê-los ao aluno, que deve realizar as
correções determinadas pelo professor orientador. O original corrigido
pelo professor também deve ser entregue junto com o relatório definitivo
“passado a limpo”, e ambos serão arquivados no mesmo prontuário do
cliente / instituição em plásticos separados.
 Orientação para elaboração do relatório final que articule a prática à
análise teórica e apresente fundamentação técnica para as estratégias
utilizadas.
 Orientação para a devolutiva e encaminhamento.
 Acompanhamento do estagiário pelo professor orientador na
organização dos prontuários.
 Avaliação dos efeitos da ação profissional do ponto de vista do usuário.
 Avaliação da atuação acadêmica e profissional do estagiário.
 Atividade Prática de Estágio em Instituições – Toda e qualquer
atividade de estágio deverá ter – obrigatoriamente – o documento de
estágio (Acordo de Cooperação com a instituição concedente do estágio
e Termo de Compromisso individual para cada estagiário). A observação
da existência ou não destes documentos, cada um com quatro vias
segundo normatização da Central de Estágios da UNIP, é de
responsabilidade do professor orientador e este deve acompanhar o
prazo de elaboração dos mesmos antes do início do estágio,
diretamente com o Coordenador do Centro de Psicologia Aplicada da
UNIP.
VI – AVALIAÇÃO

O processo de avaliação nessa disciplina de estágio deve ser contínuo e


abrangente quanto aos aspectos teórico-conceituais, técnicos, operacionais,
éticos e atitudinais por meio de duas atividades:

1. Exercícios Teórico-Práticos

Os exercícios teórico-práticos de avaliação parcial (P1) e final (P2) deverão ser


aplicados de forma bimestral, nos meses de março e maio, respectivamente,
seguindo um cronograma apresentado pelo Coordenador do CPA, e têm a
finalidade de avaliar objetivamente a aprendizagem do aluno.

a. Estes Exercícios Teórico-Práticos são elaborados pelo professor


orientador e devem considerar o Conteúdo Programático descrito no
Plano de Ensino do Estágio, bem como a Bibliografia recomendada.
b. No primeiro bimestre os Exercícios Teórico-Práticos de avaliação parcial
(P1) deverão conter 3 (três) questões. No segundo bimestre os
Exercícios Teórico-Práticos de avaliação final (P2) deverão conter 4
(quatro) questões.
c. As questões deverão ser dissertativas e devem versar sobre a
problematização dos conteúdos relacionados no Plano de Ensino,
contemplando 3 (três) vértices: situacional, temático e teórico.
d. Os Exercícios Teórico-Práticos - P1 e P2 - devem ser pensados de
forma a realizar uma verificação criteriosa, cuidadosa e homogênea da
aprendizagem do aluno em consonância ao grupo de supervisão, por
isso não serão aceitas propostas de exercícios que versem
exclusivamente no caso atendido pelo próprio aluno.
e. Todos os Exercícios deverão conter a expectativa de resposta ao serem
enviados ao líder da disciplina para avaliação segundo a Sistemática de
Auto Avaliação do Curso de Psicologia (PPC).
f. Os Exercícios só poderão ser aplicados após o retorno do Líder da
disciplina, que os encaminhará para arquivo da Diretoria do ICH com
cópia para a Coordenação do CPA.
g. Exercícios não enviados ou não aptos não poderão ser aplicados.

2. Avaliação de Estágio Supervisionado

A avaliação do estágio deverá ser apresentada pelo professor orientador ao


estagiário por meio da Ficha de Avaliação do Estágio Supervisionado com a
finalidade de avaliar o desempenho do estagiário no processo de atendimento
clínico. Esta avaliação subjetiva deverá ser respondida pelo professor
orientador considerando os aspectos: Conceitual, Atitudinal, Participação,
Postura Ética, Raciocínio Clínico e Produção Escrita, que compõem a
respectiva Ficha, no grupo de supervisão.

3. Conceito a ser Aplicado


O estagiário é avaliado pelo conceito Suficiente ou Insuficiente, tanto nos
Exercícios Teórico-Práticos quanto na Avaliação de Estágio Supervisionado, de
acordo com o Regulamento do Estágio Supervisionado do Curso de Psicologia.

VII – BIBLIOGRAFIA

BÁSICA

1 - Plantão Psicológico

ALMEIDA, F. M. “Dizer-se ouvindo dizer: ser clínico” In Ser clínico como


educador: uma leitura fenomenológica existencial de algumas temáticas
na prática de profissionais de saúde e educação. São Paulo, 2005, 205 p.
Tese (Doutorado), Instituto de Psicologia, USP. Cap. VI, p. 174-211.

HALPERN-CHALOM, M. Contar histórias e expressar-se: aprendizagem


significativa e plantão psicológico abrindo possibilidades para a clínica.
São Paulo, 2001. 178p., Dissertação (Mestrado) – Instituto de Psicologia,
Universidade de São Paulo.

MORATO, H. T. P.; BARRETO, C. L. B. T.; NUNES, A. P. (Coord.)


Aconselhamento psicológico numa perspectiva fenomenológica
existencial: uma introdução. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

2 - Acompanhamento Terapêutico

BARRETO, K. D. Ética e técnica no Acompanhamento Terapêutico:


andanças com o D. Quixote e Sancho Pança. 3ª ed. São Paulo:
Sobornost/Unimarco Editora, 2005.

SAFRA, G. A face estética do self: teoria e clínica. 5ª ed. São Paulo:


Idéias&Letras/Unimarco, 2009.

_________ A po-ética na clínica contemporânea. 2ª ed. Aparecida:


Idéias&Letras, 2005.

3 - Oficina de Criatividade

BOCK, A. M. B. Psicologia e sua ideologia: 40 anos de compromisso com as


elites. In BOCK, A. M. B. (org.) Psicologia e o compromisso social. São
Paulo: Cortez, 2003.

CUPERTINO, C. M. B. (org.) Espaços de criação em Psicologia: oficinas na


prática. São Paulo: Annablume, 2008.

LÉVY, A. Ciências Clínicas e Organizações Sociais – sentido e crises do


sentido. Belo Horizonte: Autêntica/FUMEC, 2001. (cap. 1).
4 - Psicologia Jurídica: Práticas e Referências Teóricas

BRANDÃO, E. P.; GONÇALVES, H. S. (org.) Psicologia Jurídica no Brasil.


Rio de Janeiro: Ed. Nau, 2005.

BRITO, L. M. T. (org.) Temas de Psicologia Jurídica. Rio de Janeiro: Relume


Dumará, 1999.

CEZAR-FERREIRA, V. A. da M. Família, Separação e Mediação – Uma visão


psicojurídica. 3ª ed. São Paulo: Editora Método, 2011.

COMPLEMENTAR

1 - Plantão Psicológico

ANDRADE, A. N. de Práticas psicológicas e agoridade. VIII Simpósio


Nacional de Práticas Psicológicas em Instituição. São Paulo: USP, 2008.

BRAGA, Tatiana Benevides Magalhães; MOSQUEIRA, Sáshenka Meza;


MORATO, Henriette Tognetti Penha. Cartografia clínica em plantão psicológico:
investigação interventiva num projeto de atenção psicológica em distrito
policial. Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 20, n. 2, dez. 2012.
Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2012000200020&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 10 dez. 2014. http://dx.doi.org/10.9788/TP2012.2-20.

CRITELLI, D. M. História pessoal e sentido da vida: historio biografia. São


Paulo: EDUC: FAPESP, 2012.

MORATO, H. T. P. Pedido, queixa e demanda no Plantão Psicológico: querer,


poder ou precisar. VI Simpósio de Práticas Psicológicas em Instituição:
Psicologia e Políticas Públicas. Anais. Vitória: UFES, 2006.

POMPÉIA, J. A.; SAPIENZA, B. T. Na presença do sentido: uma


aproximação fenomenológica a questões existenciais básicas. São Paulo:
EDUC Paulus, 2004.

2 - Acompanhamento Terapêutico

Atravessar: Revista de Acompanhamento Terapêutico. São Paulo: AAT e


Dobra. Nº 1, 2º Semestre de 2012.

CHAUÍ-BERLINCK, L. Novos andarilhos do bem: caminhos do


Acompanhamento Terapêutico. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
POSSANI, T. Acompanhamento Terapêutico: a clínica como
acontecimento. São Paulo: Dobra, 2012.

POSSANI, T.; CRUZ, M. S.; PINÉ, A. Contornos do AT. Cadernos HabitAT.


São Paulo: Dobra Editorial, 2012.

AGUIRRE, A. E. A. (org.) Acompanhamento Terapêutico: casos clínicos e


teorias. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.

3 - Oficina de Criatividade

CUPERTINO, C. M. B. (2007) O cultivo da imaginação e a atenção à


diversidade. Anais do 7º Simpósio Nacional de Práticas Psicológicas em
Instituição. São Paulo, PUC-SP.
KREMER, N. Deslocamentos – experiências de Arte-educação na periferia
de São Paulo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/Imprensa
Oficial do Estado de São Paulo/Vitae, 2003.

MERLEAU-PONTY Conversas – 1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

PETIT, M. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Ed. 34,
2009. (CAPÍTULOS 2 e 3).

SÁ, R. N. (2008) A noção fenomenológica de existência e as práticas


psicológicas clínicas. Anais do 8º Simpósio Nacional de Práticas Psicológicas
em Instituição. São Paulo, USP.

4 - Psicologia Jurídica: Práticas e Referências Teóricas

AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. (org.) Crianças vitimizadas: a síndrome do


pequeno poder. São Paulo: Iglu, 1989.

COSTA, L. F. et al. Adolescente em conflito com a lei: o relatório


psicossocial como ferramenta para promoção do desenvolvimento. Psicol.
estud., Maringá, v. 16, n. 3, Sept. 2011.

FRANÇA, F. Reflexões sobre a Psicologia Jurídica e seu panorama no Brasil.


In Psicologia Teoria e Prática, 6 ( I ) :73-80.

SHINE, S. A Espada de Salomão: a psicologia e a disputa de guarda dos


filhos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

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