Professional Documents
Culture Documents
Capítulo 36
· 2006,
BCA. 2006. O t~xto. a se~uir tem como objetivo orientar engenheiros, arquitetos e
p~ofiss10nrus da ~ea na concepção de projetos de edificações com O sistema
\\· Hill. 1999.
L1ght Steel _Framm g ~SF), sendo baseado no Manual da Construção em Aço -
arco elétrico -
Steel Frammg : Arqmtetura (CBCA) (FREITAS, 2007) e em extensa pesquisa
bibliogr áfica objeto da dissertação de mestrado intitulada "Arquitetura e
2010. Tecnolo gia em Sistema s Construtivos Industrializados - Light Steel Framing"
aneiro: ABNT. (CRAS TO, 2005) do Program a de Pós-graduação em Construção Metálica da
Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto.
ABNT. 2005. O Light Steel Framing (LSF), assim conhecido mundialmente, é um sistema
construtivo de concepção racional, que tem como principal característica uma estrutura
constituída por perfis formados a frio de aço galvanizado que são utilizados para a
composição de painéis estruturais e não-estruturais, vigas secundárias, vigas de piso,
NT, 2006.
neiro: ABNT.
tesouras de telhado e demais componentes (Figura l). Por ser um sistema
industrializado, possibilita uma consttução a seco com grande rapidez de execução.
equisitos. Rio Assim devido a essas características, o sistema Light Steel Framing também é
conh~i do por Sistema Auto-po1tante de Construção a Seco .
• 2009.
~
·cte nci·a em Light Steel Framing, São Paulo. (Fonte: Construtora Seqüência)
Figura J - Estrutura de res1
0
(i F · é a designação utilizada internacionalmente para descrever sistema construtivo que uti~a
I ve,
t~ rammg u~ . al !emento estrutural. O sistema também é conhecido por Estruturas em Aço
~anrzado como pnnc1p e .
( ção LSF ou Construção com Aço Galvanizado.
:expressão Steel Framing, do inglês steel = aço e framing que
dva Jrame (estrutura, esqueleto, disposição, construção). (DICIONARio
:MíeHÁlllilS, 1987), pode ser definida por: Processo pelo qual compõe-se um
esqueleto estrutural em aço fonnado por diversos elementos individuais ligados
entre si, passando estes a funcionar em conjunto para resistir às cargas que
solicitam a edificação e dando forma a mesma. Assim, o sistema LSF não se
resume apenas a sua estrutura. Como um sistema destinado à construção de
edificações, ele é composto por vários componentes e "subsistemas". Esses
subsistemas são, além do estrutural, de fundação, de isolamento termo-acústico,
de fechamento interno e externo, e instalações elétricas e hidráulicas. (CONSUL
STEEL, 2002). Muitas publicações usam o termo Light Gauge Steel Frame onde
gauge é uma unidade de medida, agora quase em desuso, que define a espessura
das chapas de metal.
Para que o sistema cumpra com as funções para o qual foi projetado e
construído é necessário que os subsistemas estejam corretamente inter-
relacionados e que os materiais utilizados sejam adequados. Dessa forma , a
escolha dos materiais e de mão-de-obra é essencial na velocidade de
construção e no desempenho do sistema (Figura 2).
Figura 2 - Montagem de residência em Light Steel Framing, São Paulo- SP (Fonte: Construtora Seqüência)
Apesar de ser considerada uma tecnologia nova, a ori~em .do Light _S~e~l
Framino-
0
remonta ao início do século XIX. Na verdade, h1stoncamente m1cia
com as habitações em madeira construídas pelos colonizadores no territóri~
americano naquela época. Para atender ao crescimento da população, foi
necessário empregar métodos mais rápidos e produtivos na construção_ de
habitações, utilizando os materiais disponíveis na região, no caso a made1:ª·
Esse método consistia em uma estrutura composta de peças em madeira
serrada de pequena seção transversal conhecido por Balloon Framing
(CONSUL STEEL, 2002) (Figura 3).
Figura 3 - Ba/10011 framing
tcel
icia
rio
foi
de
fé).
·ra
,g
. . d , d
. t ira são denon1ma a e .painéis e
d trutura1s
erfis
\s paredes que const1tu:~ ~~!;o~tos por grande q~_ant~a!:do: e~tre si
auto-portantes e sa d minados montantes. que sao d p ordo com o
anizados muito lev~s en~) Esta dimensão é def1n1da e ac
00 ou 600 mm (Figura .
•
e ãetermina a modulação do proj to. m dula ão otimiza
d~obra na medida que se padronizam o ompon nt s struturnis,
;OS d~ fécbamento e de revestimento. Os painéi t m a fun ão d distribuir
uniformemente as cargas e encaminha-las até o olo. O fi chnmento deNsci4
painéis pode ser feito por vários materiais, ma , normalm nt , utilizam -se
placas cimentícias ou placas de OSB (oriented strand board)l t mamente, e
chapas de gesso acartonado internamente.
Figura 8 - Painéis do pavimento térreo de casa residenciul Belo l lori/Ontc - MO {Ftllll ·: nrquiv(l tln outor)
Figura 9 - Vista da estrutura do piso com vigus em purfis 1•11lvnnl1ml11\ 1• 1·11111t"111~111111 < ,li
(Fonte: nrquivo do 11111or)
1
Mais informações sobre OSB ver Capítulo 39 . Madeiras purn m:11h,1111l' t1h1'
. A.!_lJalmente, com a pluralidade de . _ .
dtspoe de várias soluções para c o b e ~ ~w~tõni • o
escolha do telhado pode remeter a wn ~ seus editic1os. Muitas v a
Independente da tipologia adotada, desde :1º
ou uma tendencia d época.
elaborados, a versatilidade do LSF possibilita aOcobe~ pl~a até telhado mai
Quando se trata de coberturas inclinadas
cons~ção convencional com O uso d: :°
~~teto liberdade de pre lo.
uçao se as emelha muito à da
madeiramento por perfis galvanizados (Fi~ 1~ ) porém _uh tituindo o
cobertura podem ser cerâmicas, de aço. de c. · As telhas utilizadas para a
ou de concreto. Também são usadas as telh:S~~~~o ~f~~ado ~r fio intéticos
material asfáltico. mg es , que ao compotas de
r)
erfis
dos
L'
Figura 1O - Estrutura do telhado de residência em Light Steel Framing. tFonte: Arquivo do autor)
36.3. Aplicações
LSF.
tados As aplicações do sistc':1a ~ight Stccl Framing são variadas confonne os
exemplos ilustrados a seguir (Figuras 12 a 16).
ojeto
pré-
ntos
.a"
e
3 Imagem originalmente publicada em Dias, Luís Andrade de Mattos. Aço e Arquitetura: Estudo de Edificações no Brasil. Sií
eco11
Paulo: Zígurate Editora, 200 l . pg. 169. des
4 l<ctrofit consiste em conservar a estrutura original do edifício, acrescentando a ela materiais e equipamentos modernos. ?
' Ver
l(clrofit difere da simples restauração, que consiste na restituição do imóvel à sua condição original 1u da reforma, que v,sii à
i11tmduçifo de melhorias, sem compromisso com suas características anteriores. Também é denominado 1k Rev11ali111ção.
Figura 19 - Reforma de fachada usando
Light Steel Framing(Fonte: disponível em: Figura 20 - Reforma de telhados substituindo por
http://www.steel-sci.org/lightsteel ) tesouras fabricadas com perfis formados a frio. (Fonte: SCI)
: d
f1 io 36.4. Perfis Formados a Frio e sua Utilização na Construção Civil5
Quadro l - Revestimento mínimo dos perfis estruturais e não-estruturais. Fonte: NBR 15253: 2005
f
bw
J l~
1,. bf .J
jo U enrijecido
Ue bw XbtXDXtn
Bloqueador
Enrijecedor de alma
Montante
Verga
Viga
1- bf -1
ação
1-j
~oJ
j~~
l b,. Cartola
Cr bw X brX D X tn Ripa
b1
c antoneira de
~
~ ' abas desiguais Cantoneira
,. b1 ' ..
L br1 X br2 X tn
90 40
140 40
200 40
ontante 250 40
Montante 300 40
Gula 92 38
Ox40 Gula 142 38
U200x40 Gula 202 38
U 250x40 Gula 252 38
U 300x40 Gula 302 38
Cantoneira de
L 150x40 150 40
abas desl uais
Cantoneira de
L 200x40 200 40
abas desl uais
Cantoneira de
L 250x40 250 40
abas desi uais
Cr 20x30 Cartola 30 20 12
b)Mét
Painéis
36.6. Métodos de Construção telhado p
23).Alg
Há essencialmente três métodos de construção utilizando o Light Steel diminuir
Framing: usando
a) Método Stick: atarrachan
Neste método de construção os perfis são cortados no canteiro da obra, e • Veloc 1
painéis, lajes, colunas, contraventamentos e tesouras de telhados são montados no • Alto c
local (Figura 22). Os perfis podem vir perfurados para a passagem das instalações • Minº
elétricas e hidráulicas e os demais sub-sistemas são instalados posteriormente a •Aui:i
montagem da estrutura. Essa técruca pode ser usada em locais onde a pré-
fabricação não é viável. As vantagens desse método construtivo são:
monJ
• Não há a necessidade do construtor possuir um local para a pré-fabricação do
sistema;
• Facilidade de transporte das peças até o canteiro;
• As ligações dos elementos são de fácil execução, apesar do aumento de
atividades na obra.
Figura 22-Light Steel framing montado pelo método stick (Fonte: Robert Scharff).
ará a
, ...
uJ1l
gas 17 l·o,qu,•11111 , ll · con ...1rn~·110 ltpn p/atfor,11 lhmll· SCll
l 11•111a
te
/lbiCAS. f1iBR 1S253: Perfis de ap, fonnados a frio, com revestimento
.Ulk:aç&w: lleqalsllm Gerais.Rio de Janc:uo, 2005.
6355: per11sí~iÕtiíifà&,de11ÇQformàdos afrlo-Padranbaçio.R iodeJaneiro, 2005.
!'706: C o o ~ modulár c1a coiastruç1o. Rio c1e Janeiro, 1m.
ifuos, M. M. B.; SA)3BATINI, F. H. Diretrizes pano processo de projeto para a implanlação de tecnologias construtivas
ndonllllzadas na produção de edlfrclm, Sio Paulo: EPUSP, 2003. 24 p. (Boletim técnico BT/PCC/172).
~ NBR 7008: Chapas e bobinas de aço revestidas com zinco ou com liga ferro-zinco pelo P ~ continuo de imersão a
quente. EspecUlcaçio. Rio de Janeiro,ABNT, 2003.
_ _, NBR 14964: Chapas e bobinas de aço zincadas pelo ~ contínuo de eletrodeposição - Requisitos gerais. Rio de
Janeiro, ABNT, 2003.
_ _, NBR 15578: Bobinas e chapas de aço revestidas c:om liga 55% de alumínio-zinco pelo P ~ contínuo de imersão a
quente. Especificação. Rio de Janeiro,ABNT, 2008.
_ _• NBR NM 278: Determinação da massa de zinco no revestimento de chapas e tubos de aço galvanizado ou
eletrogalvanizado. Rio de Janeiro, ABNT, 2002).
_ _, NBR 6673: Produtos planos de aço - Determinação das propriedades mecânicas à tração. Rio de Janeiro, ABNT, 1981.
BATEMAN, B. W. Light gauge steel verses con,·entlonal ll"ood framing in residential c:onstruction. Texas: Department of
construction science of A&M University. College Station, 1998.
BROCKENBROUGH,R. L. &ASSOCIATES. Shear wall design guide. Washington: American lron and Steel lnstitute (AIS!), 1998.
BRUNA. P. J. V. Arquitetura, industrialização e desem·ohimento. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1976.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Sistema construth'o ulili7.ando perfis estruturais formados a frio de aços revestidos (steel
framing) -Requisitos e Condições Mínimos para Financiamento pela Caixa. Disponível em:http://www.cbca-
ibs.org.br/biblioteca_manuais_caixa.asp. Acesso em Fev. 2004.
CAMBIAGHI, H. Projeto frente às novas tecnologias. Disponível em <hnp://www.asbea.org.br/midia/artigos/cambiaghi/projtech>.
Acesso em: abril, 2005.
CIRIBINJ , G. Architettura e industria, lineamenti di técnica della produzione edilizia. Milano: Ed. Tamburini. 1958.
CONSTRUTORA SEQüêNCIA. Portfólio de Obras. Disponível em:
http://www.construtorasequencia.com.br/portfolio_obrassteel.htm Acesso entre Set. 2003 e Março 2005.
CONSUL STEEL. Construcción coo acero liviano - Manual de Procedimiento. Buenos Aires: Consul Steel, 2002. I CD-ROM.
CRASTO, R. C. M. Arquitetura e Tecnologia em Sistemas Construtivos Industrializados - Light Steel Framing. Dissertação
(Mestrado)- Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto, 2005.
DAVIES, J. Michael. Light gauge steel framing systems for low-rise construction. ln: encontro nacional de construção metálica e
mista, 2. Anais ... 1999. Coimbra.
DIAS, Luís Andrade de Mattos. Estruturas de aço: conceitos. técnicas e linguagem. São Paulo: Zigurate Editora, 1997.
_ _. Aço e arquitetura: estudo de edificações no Brasil. São Paulo: Zigurate Editora, 2001 .
ELHAJJ, Nader R.; CRANDELL, Jay. Horizontal diaphragm vnlues for cold-formed steel framing. Upper Marlboro, MD:
National Association of Home Builders (NAHB), 1999.
ELHAJJ Nader; BIELAT, Kevin. Prescriptive method for residentinl cold-formed steel framing. USA: North American Steel
Framing Alliance (NASFA), 2000.
ELHAJJ, Nader. Fastening of ligbt frame steel housing: an intemational perspective. Upper Mnrlboro, MD: National Association of
Home Builders (NAHB), 2004.
FREITAS.A. M. S., CRASTO, R. C. M. Steel framing • nrquiteturn. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro da Construção em Aço, 2006.
_ _. Residential steel framing: fire and acoustic details. Uppcr Mnrlboro. MD: National Associntion of Home Builders (NAHB),
2002.
FRECHEITE, Leon A .. Building smarter with nlternntive mnterials. Disponível em: http://www.build-smarter.com. Acesso em
Out. 2004.
GARNER, Chad J . Guia do construtor em steel froming. Tradução de Sidnei Palatnik. Disponível em: http://www.cbca-ibs.org.br/.
Acesso em Março 2004.
GRUBB, P. J.; LAWSON, R. M. Building design using cold ronned steel sections: construction detaíling and prnctice. Berkshire:
St.eel Construction Institute (SCI) Publication. 1997.
INTERNATIONAL lRON ANO STEEL INSTITUTE. lnov11çõcs cm aço: construções residenciais em todo O mundo. Bruxelas:
Intemational Iron and Steel lnstitute, 1996.
ll'ITERNATIONAL OROANIZATION FOR STANDARDIZATI<>N ISO 1006· Ba1111aa ClllllltradluD • Mddida'
Ballc Module. Londres, 1983.
IS0624t. Pert'onnwlellaldanllln buldlnp:........_ ...........,......... ,.......,beCllliâlefflLI.cma, 19M
LOn'RCO, Bruno. Chapas cimcntlciu do allemativa r4pida para UIO inferno ou externo. Rmata TKJme, Sio Paulo, nº 79, p. 62-
66 PI 1. Out. 2003.
M ' ISA. Paintl mrutural OSB maslsa: recomendações práticas. Cat4togo Ponta Grossa: Masisa, 2003.
MICHAEi. IS. Dicionário Pr6tlco lnglfs-Portu111h1Portugu&-Ing1&, Slo Paulo: Melhoramentos, 1987.
f'f. lTERSON. F..duard. Arqultedura Minimalista. Barcelona: Abium Group de Ediciones y Publicaciones, s. L, 2001.
RODRIULIES, F. C. Ught steel framlnR ·engenharia.Rio de Janeiro: Centro BrasileirodaConstruçioemAço,2007.
ROSSO. T. Racionalização da construção. Silo Paulo: Ed. FAU-USP, 1980.
SCIIARFf. Roben. R'5ldentlal steel l'ramlng handbook, New York: McGraw Hill, 1996.
STFF.l. CONSTRUCTION INSTITUTE (SCIJ. Llght steel framlng case studles. Disponível em: http://www.steel-
"-'i llfl! lightstl't.'li. Acl·sso cm Abril de 2004.
s rR t 'C:TlTRAL BllARD ASSCX' IATION. OSB wall shealhlnR works. Vancouver: Structural Board Association, 2004.
rRFBll COCK . Pcll·r J. Uulldlng design IL~lng cold fonnecl steel sections: an architect's guide. Berkshire: Steel Construction
ln,111u1c lSCI\ Publication. 1994.
WAITE. Timoth) J. Steel-frame hOIL'iC constructlon. Calífomia: Craftsman Boole Company. 2000.
OM .
senação
etálica e
ationof
.-?0()6
AJIB).
sSO ertl