Professional Documents
Culture Documents
RELATÓRIO SIMPLIFICADO 07
JULHO DE 2017
Elaborado para:
Elaborado por:
2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 3
5 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................................31
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br ii
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................33
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br iii
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 – Pontos de amostragem do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e
Ictioplâncton da UHE Ferreira Gomes. .................................................................................. 1
Figura 3.2 - Ponto de amostragem P01 (montante do reservatório da UHE Ferreira Gomes),
em junho de 2017.................................................................................................................. 5
Figura 3.3 - Ponto de amostragem P02 (zona intermediária do reservatório da UHE Ferreira
Gomes), em junho de 2017. .................................................................................................. 5
Figura 3.4 - Ponto de amostragem P03 (reservatório da UHE Ferreira Gomes, em frente ao
barramento), em junho de 2017. ........................................................................................... 5
Figura 3.5 - Ponto de amostragem P04 (jusante da UHE Ferreira Gomes, no canal de fuga),
em junho de 2017.................................................................................................................. 5
Figura 3.6 - Ponto de amostragem P05 (jusante da ponte da BR-156), em junho de 2017. .. 5
Figura 3.8 – Detalhe da captura de peixes com redes de emalhar (despesca) durante a nona
campanha de monitoramento, em junho de 2017. ................................................................. 6
Figura 3.9 – Detalhe da captura de peixes com arrasto na nona campanha, em junho de
2017. ..................................................................................................................................... 7
Figura 3.10 – Detalhe da captura de exemplares de peixes com arrasto durante a nona
campanha, em junho de 2017. .............................................................................................. 7
Figura 3.11 - Detalhe da armação de espinhel (anzol e isca) na oitava campanha. .............. 7
Figura 3.12 – Captura de exemplar de peixe com espinhel na nona campanha. ................... 7
Figura 3.14 - Detalhe da armação de pinda (anzol e boia) na primeira campanha. ............... 7
Figura 3.15 - Biometria dos exemplares durante a nona campanha, junho de 2017. ............. 8
Figura 3.16 - Detalhes da pesagem dos exemplares na nona campanha, em junho de 2017.
.............................................................................................................................................. 8
Figura 3.18 - Detalhe da triagem e identificação dos exemplares de pequeno porte e juvenis
na oitava campanha, março de 2017..................................................................................... 8
Figura 3.19 - Detalhe da dissecação de exemplar por meio de incisão ventral para análises
de estádios de maturação gonadal e conteúdo estomacal. ................................................... 9
Figura 3.20 - Detalhe das gônadas de exemplar fêmea de piranha (Serrasalmus cf.
rhombeus) com ovários em maturação inicial (F2). ............................................................... 9
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br iv
Figura 3.21 - Detalhe de estômago de exemplar de peixe-cachorro (Acestrorhynchus cf.
microlepis) e seu conteúdo: peixe. O exemplar foi capturado na nona campanha, realizada
em junho de 2017.................................................................................................................10
Figura 3.22 - Detalhe das coletas de ovos e larvas de ictiofauna com rede de zooplâncton,
na oitava campanha, em março de 2017. .............................................................................14
Figura 3.23 - Detalhe dos procedimentos das coletas de ovos e larvas, na nona campanha,
em junho de 2017.................................................................................................................14
Figura 3.25 - Medições de transparência da água com utilização de disco de Secchi durante
as atividades da sétima campanha, dezembro de 2016. ......................................................15
Figura 4.1 - Captura por unidade de esforço em número (CPUEn), por ponto amostral,
durante as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e
Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e
novembro de 2015; março, junho, setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de
2017. ....................................................................................................................................22
Figura 4.2 - Captura por unidade de esforço em número (CPUEb), por ponto amostral,
durante as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofaun e Ictioplâncton
na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e novembro de 2015;
março, junho, setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de 2017. .......................22
Figura 4.3 - Captura por unidade de esforço em número (CPUEn) por tamanho de malha
(cm entre nós opostos) durante as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da
Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho,
setembro e novembro de 2015; março, junho, setembro e dezembro de 2016; e em março e
junho de 2017. .....................................................................................................................23
Figura 4.4 - Captura por unidade de esforço em biomassa (CPUEb) por tamanho de malha
(cm entre nós opostos) durante as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da
Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho,
setembro e novembro de 2015; março, junho e setembro e dezembro de 2016; e em março
e junho de 2017....................................................................................................................24
Figura 4.5 - Curva de acumulação de espécies elaborada a partir dos dados das sete (7)
primeiras campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e na Área de Influência
da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e novembro de 2015; março, junho e
setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de 2017. .............................................25
Figura 4.6 - Índices diversidade de Shannon (H) e equitabilidade (E) nos pontos amostrais
durante as sete (7) primeiras campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e
Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e
novembro de 2015; março, junho, setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de
2017. ....................................................................................................................................28
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br v
Figura 4.8 - Frequência relativa dos estádios de maturação gonadal de machos e fêmeas
das espécies de peixes analisadas durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa
de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira
Gomes, em junho, setembro e novembro de 2015; março, junho e setembro e dezembro de
2016; e em março e junho de 2017. .....................................................................................31
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.1 - Cronograma Físico de Atividades ...................................................................... 2
Tabela 3.2 - Esforço por malhas, por redes de espera e por campanha de amostragem do
Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE
Ferreira Gomes. .................................................................................................................... 6
Tabela 4.2 - Espécies de peixes registradas durante as nove (9) primeiras campanhas do
Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE
Ferreira Gomes. ...................................................................................................................17
Tabela 4.3 – Número de indivíduos capturados por espécie, biomassa total e amplitude
biométrica, coletados durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes.
.............................................................................................................................................19
Tabela 4.3 – Número de indivíduos capturados por espécie, biomassa total e amplitude
biométrica, coletados durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes
(continuação). ......................................................................................................................20
Tabela 4.3 – Número de indivíduos capturados por espécie, biomassa total e amplitude
biométrica, coletados durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes
(continuação). ......................................................................................................................21
Tabela 4.4 – Abundância de indivíduos por ponto amostral, capturados nas nove (9)
primeiras campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área
de Influência da UHE Ferreira Gomes. .................................................................................26
Tabela 4.4 – Abundância de indivíduos por ponto amostral, capturados nas nove (9)
primeiras campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área
de Influência da UHE Ferreira Gomes (continuação). ..........................................................28
Tabela 4.5 - Frequência absoluta dos estádios de maturação gonadal de machos e fêmeas
de peixes amostrados durante as nove (9)primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e de Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira
Gomes, em junho, setembro e novembro de 2015; março, junho, setembro e dezembro de
2016; e em março e junho de 2017. .....................................................................................30
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br vii
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
1 APRESENTAÇÃO
As próximas atividades que deverão ser realizadas para este Programa são apresentadas
na Tabela 1.1, a seguir.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 1
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Monitoramento de ictiofauna
Monitoramento de ictioplâncton
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 2
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
2 OBJETIVOS
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 3
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 4
³
54°0'0"W 52°0'0"W 50°0'0"W
4°0'0"N
³
2°0'0"N
AP
UHE Ferreira
P-01 PA Gomes
0°0'0"
!
(
PA
10099613
1:15.000.000
Legenda
!
( Pontos de Amostragem da Ictiofauna
P-02 Pontos de Amostragem da Ictiofauna
!
( !
( (exclusivos da 3ª Campanha)
Estrada
Barramento e Estruturas
Reservatório
Ilhas
P-05 P-06
!
( !
(
P-03
10094613
!
(
!
( P-04
Escala:
0 700 1.400 2.100
m
Escala 1:70.000
Fonte:
IBGE (2010), Azurit (2015) e Ferreira Gomes (2015).
Coordenada:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 22S
Projeção: Transverse Mercator
Datum: SIRGAS 2000
Projeto:
UHE FERREIRA GOMES
P-07
!
( Título Pontos de Amostragem do Programa de Monitoramento
da Ictiofauna, Ictioplâncton e Invertebrados Aquáticos
da UHE Ferreira Gomes
Verificação: Geo:
Isabella Zanon Luciene Marques
Data: Figura: Fl.: 01
Abril /2016 Figura 3.1
471346 476346 481346 486346
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Figura 3.2 - Ponto de amostragem P01 Figura 3.3 - Ponto de amostragem P02 (zona
(montante do reservatório da UHE Ferreira intermediária do reservatório da UHE Ferreira
Gomes), em junho de 2017. Gomes), em junho de 2017.
Figura 3.4 - Ponto de amostragem P03 Figura 3.5 - Ponto de amostragem P04
(reservatório da UHE Ferreira Gomes, em (jusante da UHE Ferreira Gomes, no canal de
frente ao barramento), em junho de 2017. fuga), em junho de 2017.
Figura 3.6 - Ponto de amostragem P05 (jusante da ponte da BR-156), em junho de 2017.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 5
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
três (3) despescas em cada ponto, sendo a primeira às 12h00min, a segunda às 18h00min e
a terceira no momento da retirada.
Tabela 3.2 - Esforço por malhas, por redes de espera e por campanha de amostragem do
Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE
Ferreira Gomes.
Total por campanha (m²)
Malha (cm entre nós Comprimento Altura Total por ponto Total Geral
opostos) (m) (m) amostral (m²) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª (m²)
2.0 10.0 1.5 30.0 150.0 150.0 210.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 1410.0
3.0 10.0 1.5 30.0 150.0 150.0 210.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 1410.0
4.0 10.0 1.5 30.0 150.0 150.0 210.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 1410.0
5.0 10.0 1.5 30.0 150.0 150.0 210.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 1410.0
6.0 10.0 1.5 30.0 150.0 150.0 210.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 1410.0
7.0 10.0 1.5 30.0 150.0 150.0 210.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 1410.0
8.0 10.0 1.5 30.0 150.0 150.0 210.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 150.0 1410.0
10.0 10.0 2.0 40.0 200.0 200.0 280.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 1880.0
12.0 10.0 2.0 40.0 200.0 200.0 280.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 1880.0
14.0 10.0 2.0 40.0 200.0 200.0 280.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 1880.0
16.0 10.0 2.0 40.0 200.0 200.0 280.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 1880.0
18.0 10.0 2.0 40.0 200.0 200.0 280.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 1880.0
20.0 10.0 2.0 40.0 200.0 200.0 280.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 200.0 1880.0
TOTAL (m²) 450.0 2250.0 2250.0 3150.0 2250.0 2250.0 2250.0 2250.0 2250.0 2250.0 21150.0
Figura 3.7 - Armação de redes de emalhar Figura 3.8 – Detalhe da captura de peixes
durante a nona campanha de monitoramento, com redes de emalhar (despesca) durante a
em junho de 2017. nona campanha de monitoramento, em junho
de 2017.
A peneira de tela mosquiteira foi utilizada complementarmente ao arrasto, com três (3)
lances por ponto amostral. As amostragens qualitativas foram realizadas no período da
manhã, logo após a retirada das redes de espera, a fim de se incrementar o número de
espécies amostradas com aquelas eventualmente não capturadas.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 6
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
amanhecer. Como complemento às amostragens qualitativas, foi realizada pesca com vara
e anzol em períodos variados, além de utilização de pinda (anzol preso a boias e solto a
deriva).
Figura 3.9 – Detalhe da captura de peixes com Figura 3.10 – Detalhe da captura de
arrasto na nona campanha, em junho de 2017. exemplares de peixes com arrasto durante a
nona campanha, em junho de 2017.
Figura 3.11 - Detalhe da armação de espinhel Figura 3.12 – Captura de exemplar de peixe
(anzol e isca) na oitava campanha. com espinhel na nona campanha.
Figura 3.13 - Utilização de tarrafa na oitava Figura 3.14 - Detalhe da armação de pinda
campanha, em março de 2017. (anzol e boia) na primeira campanha.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 7
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Os peixes capturados foram separados por local de captura e pelo tipo de petrecho utilizado
e posteriormente foram acondicionados em sacos plásticos, contendo etiqueta com
indicações de sua procedência, data de coleta e nome do coletor.
Foi realizada triagem dos peixes baseada em tipos morfológicos e os indivíduos capturados
foram identificados, medidos e pesados para a obtenção dos dados biométricos (peso
corporal em gramas e comprimento total e padrão em centímetros), conforme Figuras 3.15 a
3.18.
Em campo, os peixes destinados aos estudos reprodutivos foram dissecados por meio de
incisão ventral para obtenção do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal, conforme
Figuras 3.19 e 3.20. Após a análise completa foram realizadas descrições macroscópicas do
estádio de maturação gonadal, de acordo com Bazzoli (2003).
Figura 3.15 - Biometria dos exemplares Figura 3.16 - Detalhes da pesagem dos
durante a nona campanha, junho de 2017. exemplares na nona campanha, em junho de
2017.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 8
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Para a identificação das espécies foram utilizadas chaves dicotômicas e diagnoses contidas
principalmente em Gery (1977), Britski et al. (1988), Britski & Garavello (1993), Albert &
Miller (1995), Vari et al., (1995), Kullander (1995), Langeani (1996), Lucena & Menezes
(1998), Garutti & Britski (2000), Vari & Harold (2001), Reis et al. (2003), Camargo, et al.
(2005), Carvalho & Bertaco (2006), Mattox et al., (2006), Buckup et al. (2007), Ferreira
(2007) e Scharcansky & Lucena (2007) além de consultas a especialistas em sistemática de
peixes, ao Fishbase Froese & Pauly (2009) (www.fishbase.org) e ao Catalog of Fishes
Eschmeyer (2009) (http://research.calacademy.org/research/ichthyology/catalog).
Para cada item foi calculada a frequência de ocorrência (Fi = n.o de estômagos em que
ocorre o item i/total de estômagos com alimento) e seu peso relativo (Pi ==. Peso do item i/
peso total de todos os itens), combinados no índice Alimentar (IAi) modificado de Kawakami
& Vazzoler (1980):
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 9
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
i=1
As abundâncias em número e biomassa das guildas tróficas (hábito alimentar das espécies)
foram estimadas com base na captura por unidade de esforço (CPUE), expressas em suas
respectivas frequências de ocorrência.
Alguns indivíduos tiveram seus estômagos removidos, fixados em solução de formol a 4%,
acondicionados e transportados para laboratório, conforme Figura 3.22. O conteúdo
estomacal foi removido e analisado sob estereomicroscópio e microscópio óptico. A
caracterização dos hábitos alimentares das espécies foi baseado na predominância dos
itens alimentares (WELCOME, 1979).
A abundância total e a relativa de cada espécie foram calculadas por meio dos dados das
capturas com redes de emalhar, com a equação da Captura por Unidade de Esforço (CPUE)
(GULLAND, 1969), em número e biomassa. O cálculo das CPUE's foi efetuado para cada
trecho amostrado e tamanho de malha, por meio das seguintes equações:
n n
CPUEn = N / E x 100 e CPUEb = B / E x 100, onde:
i 1 i 1
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 10
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
E = esforço de pesca para um dado tamanho de malha (área de rede empregada) durante o
tempo de exposição.
A constância de ocorrência (C) das espécies foi obtida por meio da utilização do índice de
Dajoz (1983), calculado com base nos valores de distribuição por unidade de amostragem,
que permitirá avaliar o grau de ubiquidade das espécies. Os intervalos para classificação
quanto à ubiquidade das espécies são: espécies ubíquas (C maior que 50%), espécies
preferentes (C maior ou igual a 25% e menor que 50%) e espécies exclusivas (C menor que
25%).
, onde:
Para a análise dos parâmetros ecológicos citados neste documento serão utilizados os
pacotes eco estatísticos Biodiversity pro 2.0, Estimate S 9.1, PAST - statitiscs.
A estrutura em tamanho das populações será analisada, para cada sexo, por meio da
distribuição da frequência das diferentes classes de comprimento padrão e a proporção
sexual deverá ser determinada por meio das frequências percentuais de machos e fêmeas
de cada população estudada. A relação peso/comprimento para cada espécie deverá ser
estabelecida por meio do método dos mínimos quadrados. O coeficiente de alometria dessa
relação deverá ser aplicado na avaliação do fator de condição Fulton (K), o qual deverá ser
calculado de acordo com o proposto por Barbieri & Verani (1987).
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 11
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
, onde:
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 12
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
forma, transparência, tugor, grau de irrigação sanguínea, presença e tamanho dos ovócitos
(fêmeas).
Por meio dessas análises é possível determinar estratégia reprodutiva, época, primeira
maturação sexual e possíveis locais de desovas das diversas espécies de peixes da bacia
do rio Araguari.
Vinte fêmeas em estádio de maturação gonadal avançada serão usadas para a estimativa
da fecundidade. Após a obtenção do peso gonadal, amostras da região medial dos ovários
serão colocadas em solução modificada de Gilson (100 mL de 60% álcool etílico, 880 mL de
água destilada, 15 mL de 80% ácido nítrico, 18 mL de ácido acético glacial e 20 g de cloreto
de mercúrio) até a total dissociação dos ovócitos para a contagem contados com auxílio de
microscópio estereoscópio.
FA = OVA×PG, onde:
A fecundidade relativa será estimada por meio da expressão: FR = FA/PC; na qual FA:
fecundidade absoluta; PC: peso corporal.
Foram realizadas coletas de ovos e larvas em todos os pontos de estudo da ictiofauna. Esta
coleta foi realizada com auxílio de embarcação e as amostragens foram realizadas com uma
rede de ictioplâncton com um fluxômetro acoplado.
A rede foi mantida na água, no sentido contracorrente, por 10 minutos. O barco percorreu o
trecho amostrado em baixa velocidade num percurso levemente inclinado em relação à
direção da corrente (a rede foi mantida em paralelo, partindo de uma margem até o centro
do rio - uma amostra e do centro até a outra margem - outra amostra). As coletas foram
executadas ao amanhecer (6h00min), no início da tarde (12h00min) e ao entardecer
(18h00min) em cada ponto amostral. O material coletado foi pré-filtrado com auxílio de funil,
fixado em formalina a 4% e etiquetado, observando-se local, data, horário e velocidade do
fluxo da água.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 13
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Figura 3.22 - Detalhe das coletas de ovos e Figura 3.23 - Detalhe dos procedimentos das
larvas de ictiofauna com rede de zooplâncton, coletas de ovos e larvas, na nona campanha,
na oitava campanha, em março de 2017. em junho de 2017.
A triagem das amostras consistiu na separação dos ovos e larvas de outros organismos e
de detritos com o auxílio de peneiras metálicas com aberturas gradativas e a análise do
material coletado realizada com auxílio de estereomicroscópio.
A identificação dos ovos e larvas consiste na separação dos espécimes nos níveis genérico
e específico mediante análise morfométrica e merística. As descrições, chaves e ilustrações
publicadas na literatura especializada, são formas de se chegar ao nível taxonômico
específico. Entretanto, o número de espécies com descrição adequada nas fases de
desenvolvimento é reduzido, sendo frequentes situações em que a identificação, mesmo em
níveis taxonômicos superiores, é impossível.
A densidade de ovos e larvas será expressa em número de ovos ou larvas por 10m 3 de
água filtrada, para cada ponto de coleta (SANCHES et al., 2006).
Y=(X/V).10, onde:
V= a. n.c, onde:
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 14
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Os resultados destas análises serão discutidos no relatório consolidado final, que será
apresentado após a execução da oitava campanha de monitoramento.
4 RESULTADOS PARCIAIS
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 15
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Número de
Ordem Família Espécie Nome Popular
Indivíduos (n)
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 16
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.2 - Espécies de peixes registradas durante as nove (9) primeiras campanhas do
Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE
Ferreira Gomes.
Número de
Ordem Família Espécie Nome Popular
Indivíduos (n)
Belonidae Belonidae sp. peixe-agulha 6
Beloniformes
Potamorhaphis sp. "grande" peixe-agulha 8
Acestrorhynchidae Acestrorhynchus cf. microlepis peixe-cachorro 297
Acestrorhynchus falcatus peixe-cachorro 37
Hypomasticus cf. julii piau 5
Hypomasticus sp. "juvenil" piau 3
Laemolyta cf. taeniata piau 5
Leporinus aff. fasciatus piau-flamengo 54
Leporinus aff. maculatus piau 54
Anostomidae
Leporinus aff. parae piau-três-pintas 4
Leporinus cf. melanostictus piau-vermelho 47
Leporinus spp. "juvenil" piau 10
Petulanus cf. intermedius piau-boquinha 3
Schizodon cf. fasciatus aracu 25
Acestrocephalus sp. lambari-bocarra 1
Agoniates halecinus sardinha-dentuda 45
Astyanax aff. bimaculatus lambari-do-rabo-amarelo 84
Charax cf. gibbosus lambari-bocarra 155
Charax sp. "alto" lambari-bocarra 4
Creagrutus cf. cracentis piaba 36
Hemigrammus cf. geisleri piaba 21
Hyphessobrycon cf. eques piaba 6
Characidae
Hyphessobrycon sp. piaba 3
Jupiaba cf. acanthogaster lambari 307
Jupiaba polylepis lambari 232
Moenkhausia cf. ceros lambari 399
Moenkhausia cf. gracilima lambari 2
Moenkhausia copei lambari 2
Tetragonopterus chalceus lambari 15
Triportheus auritus sardinha 77
Ctenoluciidae Boulengerella cuvieri bicuda 60
Characiformes
Curimata inornata branquinha 525
Cyphocharax cf. goldingi sardinha 109
Curimatidae
Curimatella aff. immaculata Sardinha 43
Cyphocharax spiluropsis sardinha 319
Erythrinidae Hoplias aimara trairão 19
Hoplias curupira traíra 7
Hoplias malabaricus traíra 23
Hemiodontidae Bivibranchia sp. "sem mancha" charuto 35
Hemiodus cf. quadrimaculatus sardinha 12
Hemiodus unimaculatus sardinha 2508
Iguanodectidae Bryconops aff. caudomaculatus piaba 14
Bryconops cf. alburnoides piaba 19
Bryconops cf. caudomaculatus piaba 432
Bryconops sp. "faixa na anal" piaba 52
Colossoma macropomum X Piaractus
Serrasalmidae tambacu 1
mesopotamicus
Metynnis cf. maculatus pacuzinho 10
Mylesinus paraschomburgkii pacu-Flaviano 12
Myleus aff. setiger pacu 8
Myleus sp. "juvenil" pacu 2
Myloplus asterias mafurá 3
Myloplus cf. lobatus pacu 3
Myloplus cf. rubripinnis curupeté 6
Myloplus rhomboidalis pacu 10
Mylossoma cf. duriventre pacu 1
Serrasalmus cf. maculatus piranha 9
Serrasalmus cf. rhombeus piranha-preta 216
Serrasalmus sp. "falso hollandi" piranha 6
Serrasalmus sp. "juvenil" piranha 13
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 17
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.2 - Espécies de peixes registradas durante as nove (9) primeiras campanhas do
Programa de Monitoramento da Ictiofaun e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira
Gomes (continuação).
Número de
Ordem Família Espécie Nome Popular
Indivíduos (n)
Anchovia aff. surinamensis manjuba 22
Engraulidae Anchoviella cf. guianensis manjuba 2
Cluperiformes Lycengraulis cf. batesii manjuba 25
Ilisha amazonica apapá-branco 1
Pristigasteridae Pellona castelnaena apapá 3
Pristigaster sp. peixe-borboleta 2
Cyprinodontiformes Rivulidae Rivulus sp. "faixa anal" peixe-anual 5
Apteronotidae Apteronotus sp. sarapó 4
Sternarchella sp. "dorso escuro" sarapó 6
Gymnotiformes Hypopomidae Steatogenys elegans sarapó 2
Rhamphichthyidae Rhamphichthys marmoratus sarapó-bicudo 1
Sternopygidae Eigenmannia aff. trilineata sarapó 24
Paratrygon cf. aireba arraia 1
Potamotrygon cf. motoro arraia 1
Myliobatiformes Potamotrygonidae
Potamotrygon cf. orbignyi arraia 1
Potamotrygon cf. scobina arraia 7
Osteoglossiformes Osteoglossidae Osteoglossum bicirrhosum aruanã 12
Apistogramma cf. linkei acará 2
Caquetaia cf. spectabilis acará 27
Cichla cf. mirianae tucunaré-açu 12
Cichla cf. pinima tucunaré-paca 20
Cichla sp. "juvenil" tucunaré 18
Cichla sp. "pinima juvenil" tucunaré-paca 6
Cichlidae Crenicichla gr. johanna jacundá 6
Crenicichla strigata jacundá 1
Geophagus cf. altifrons acará 153
Geophagus cf. proximus acará 403
Perciformes
Krobia cf. guianensis acará 33
Retroculus cf. lapedifer acará 12
Satanoperca cf. jurupari acará 153
Eleotridae Microphilypnus ternetzi carazinho 10
Gobiidae Awaous cf. flavus gobídeo 173
Bathygobius sp. gobídeo 3
Eleotris cf. pirosis gobídeo 2
Sciaenidae Pachypops fourcroi corvina 40
Plagioscion montei pescada 9
Plagioscion squamosissimus pescada 233
Pleuronectiformes Achiridae Hypoclinemus cf. mentalis chula 2
Aspredinidae Amaralia hypsiura bagre-banjo 1
Ageneiosus cf. inermis palmito 1
Ageneiosus ucayalensis mandubé 173
Auchenipteridae Auchenipterus aff. ambyiacus carataí 124
Centromochlus cf. heckelii carataí 4
Parauchenipterus porosus cumbaca 27
Cetopsidae Cetopsis coecutiens candirú-açu 2
Megalodoras uranoscopus cuiú 3
Doradidae
Opsodoras aff. morei reco-reco 5
Gladioglanis sp. bagre 1
Heptapteridae
Pimelodella cf. howesi bagre 24
Ancistrus sp. "preto" bodó 5
Baryancistrus cf. beggini acari 54
Siluriformes Harttia cf. fowleri cascudo 10
Hypostomus cf. plecostomus acari 90
Loricariidae Hypostomus gr. cochliodon acari 42
Limatulichthys cf. griseus cascudo 27
Loricaria cataphracta cascudo 69
Peckoltia cf. sabajii cascudo 11
Pseudacanthicus sp. "açacu-preto" bodó 7
Pimelodidae Brachyplatystoma filamentosum piraíba, filhote 8
Pimelodus blochii mandi 63
Pimelodus ornatus mandi 37
Platynematichthys notatus piranambú 6
Propimelodus sp. "mancha na dorsal" mandizinho 86
Pseudopimelodidae Pseudopimelodus sp. peixe-sapo 1
Trichomycteridae Acanthopoma sp. "pinta" candirú 5
TOTAL GERAL = 124 espécies 8747
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 18
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Após a realização das nove (9) primeiras campanhas do presente estudo, foram capturados
8747 exemplares de peixes, totalizando uma biomassa de 590.702,57 gramas.
Tabela 4.3 – Número de indivíduos capturados por espécie, biomassa total e amplitude
biométrica, coletados durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes.
CP (cm) PC (g)
ESPÉCIES N B (g)
Mín. Méd. Máx. Mín. Méd. Máx.
Acanthopoma sp. "pinta" 5 69.00 10.00 10.88 12.00 11.00 13.80 18.00
Acestrorhynchus cf. microlepis 297 21323.00 5.00 18.76 34.00 1.00 82.51 429.00
Ageneiosus cf. inermis 1 461.00 30.50 30.50 30.50 461.00 461.00 461.00
Ageneiosus ucayalensis 173 7003.00 9.20 15.40 25.00 9.00 40.79 170.00
Anchovia aff. surinamensis 22 287.00 8.00 10.38 14.00 5.00 14.36 29.00
Anchoviella cf. guianensis 2 1.10 1.80 2.60 3.40 0.10 0.55 1.00
Ancistrus sp. "preto" 5 357.00 9.70 11.92 17.00 28.00 71.40 171.00
Apistogramma cf. linkei 2 1.80 2.30 2.50 2.70 0.70 0.90 1.10
Astyanax aff. b imaculatus 84 696.50 3.00 6.59 10.00 1.00 11.60 32.00
Auchenipterus aff. amb yiacus 124 2751.00 7.50 12.74 20.00 7.00 25.97 81.00
Awaous cf. flavus 173 89.50 1.50 2.83 5.80 0.10 0.69 3.00
Baryancistrus cf. b eggini 54 4370.00 10.00 13.52 24.00 30.00 83.12 271.00
Bathygob ius sp. 3 1.70 1.60 2.33 2.70 0.20 0.57 0.90
Bivib ranchia sp. "sem mancha" 35 155.00 1.80 5.27 17.00 0.10 9.77 73.00
Bryconops aff. caudomaculatus 14 221.50 3.00 7.71 11.40 0.50 12.17 35.00
Bryconops cf. alb urnoides 19 468.40 1.80 10.64 14.50 0.20 21.78 40.00
Bryconops cf. caudomaculatus 432 1835.30 1.70 6.61 11.50 0.10 7.49 22.00
Bryconops sp. "faixa na anal" 52 41.10 2.20 3.60 7.00 0.20 1.47 6.00
Caquetaia cf. spectab ilis 27 2148.40 1.90 12.29 18.50 0.40 85.00 189.00
Centromochlus cf. heckelii 4 48.00 7.00 9.40 10.70 5.00 11.00 15.00
Charax cf. gib b osus 155 5692.00 6.00 11.75 19.00 5.00 37.29 134.00
Charax sp. "alto" 4 105.00 8.30 10.45 12.00 12.00 26.25 39.00
Cichla cf. mirianae 12 1262.30 4.50 9.56 38.00 1.30 125.23 1200.00
Cichla cf. pinima 20 3806.00 7.30 19.81 30.00 8.00 190.11 540.00
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 19
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.3 – Número de indivíduos capturados por espécie, biomassa total e amplitude
biométrica, coletados durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes
(continuação).
CP (cm) PC (g)
ESPÉCIES N B (g)
Mín. Méd. Máx. Mín. Méd. Máx.
Cichla sp. "juvenil" 18 88.90 3.30 5.70 9.50 1.00 5.18 13.00
Cichla sp. "pinima juvenil" 6 65.00 6.80 7.55 8.50 5.00 8.75 15.00
Colossoma macropomum X Piaractus mesopotamicus 1 1050.00 31.00 31.00 31.00 1050.00 1050.00 1050.00
Creagrutus cf. cracentis 36 15.12 0.60 1.94 2.80 0.02 0.27 0.60
Crenicichla gr. johanna 6 256.20 3.20 8.52 24.50 1.00 51.04 246.00
Curimata inornata 525 29806.00 7.00 12.98 19.50 7.00 60.48 190.00
Curimatella aff. immaculata 43 179.00 7.50 8.00 8.70 7.00 9.33 11.00
Cyphocharax cf. goldingi 109 2229.80 1.00 9.00 14.00 0.10 21.33 52.00
Cyphocharax spiluropsis 319 4209.40 0.70 7.71 13.20 0.20 16.49 49.00
Eigenmannia aff. trilineata 24 329.50 14.00 19.33 31.00 7.00 14.23 35.00
Eleotris cf. pirosis 2 1.40 2.10 2.40 2.70 0.40 0.70 1.00
Geophagus cf. altifrons 153 5137.00 1.90 9.76 26.80 0.60 45.27 232.00
Geophagus cf. proximus 403 11678.00 1.20 9.15 23.00 0.10 47.67 298.00
Harttia cf. fowleri 10 296.00 11.00 13.40 15.50 15.00 30.56 48.00
Hemigrammus cf. geisleri 21 4.80 0.80 1.58 3.00 0.10 0.23 0.80
Hemiodus cf. quadrimaculatus 12 254.00 9.50 10.13 10.50 17.00 23.17 29.00
Hemiodus unimaculatus 2508 85211.60 1.30 13.17 21.00 0.10 48.27 285.00
Hoplias aimara 19 13310.00 6.50 27.87 58.00 5.00 700.53 4100.00
Hoplias malab aricus 23 6052.00 12.00 23.40 29.00 30.00 254.18 460.00
Hyphessob rycon cf. eques 6 4.20 2.20 2.67 3.20 0.60 0.67 0.80
Hyphessob rycon sp. 3 0.70 1.90 1.95 2.00 0.20 0.25 0.30
Hypoclinemus cf. mentalis 2 169.00 15.00 15.10 15.20 65.00 84.50 104.00
Hypomasticus cf. julii 5 276.00 9.50 15.88 19.00 12.00 55.20 88.00
Hypomasticus sp. "juvenil" 3 1.20 2.40 2.40 2.40 0.40 0.40 0.40
Hypostomus cf. plecostomus 90 21705.00 10.00 20.95 33.00 22.00 241.59 530.00
Hypostomus gr. cochliodon 42 7163.00 11.50 18.89 26.00 59.00 171.84 307.00
Jupiab a polylepis 232 381.10 2.00 3.77 5.70 0.30 1.97 5.00
Krob ia cf. guianensis 33 176.80 2.00 4.90 8.50 0.20 6.48 21.00
Laemolyta cf. taeniata 5 493.00 15.00 18.50 20.50 48.00 98.60 132.00
Leporinus aff. fasciatus 54 4955.00 8.20 16.72 29.50 8.00 97.60 385.00
Leporinus aff. maculatus 54 1108.50 4.00 10.51 17.00 1.50 25.39 97.00
Leporinus aff. parae 4 556.00 13.80 18.40 21.60 51.00 139.00 197.00
Leporinus cf. melanostictus 47 4600.00 7.50 15.22 24.00 12.00 105.39 346.00
Leporinus spp. "juvenil" 10 46.90 2.20 3.90 9.20 0.30 2.61 13.00
Limatulichthys cf. griseus 27 1347.00 13.50 16.13 18.50 13.00 26.67 36.00
Lycengraulis cf. b atesii 25 1234.00 9.00 16.59 23.00 8.00 51.53 123.00
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 20
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.3 – Número de indivíduos capturados por espécie, biomassa total e amplitude
biométrica, coletados durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes
(continuação).
CP (cm) PC (g)
ESPÉCIES N B (g)
Mín. Méd. Máx. Mín. Méd. Máx.
Metynnis cf. maculatus 10 519.00 2.40 9.34 12.00 1.00 49.89 97.00
Microphilypnus ternetzi 10 0.95 1.20 1.72 1.90 0.05 0.09 0.10
Moenkhausia cf. ceros 399 206.90 1.10 2.20 3.20 0.10 0.50 1.30
Moenkhausia cf. gracilima 2 2.10 3.10 3.10 3.10 1.00 1.05 1.10
Mylesinus paraschomb urgkii 12 5017.00 15.00 23.04 33.50 120.00 418.08 982.00
Myleus aff. setiger 8 2120.00 9.00 17.40 22.00 25.00 265.00 487.00
Myleus sp. "juvenil" 2 1.60 1.30 2.05 2.80 0.10 0.80 1.50
Myloplus asterias 3 508.00 16.00 16.67 17.00 141.00 169.33 185.00
Myloplus cf. lob atus 3 1282.00 12.00 20.50 26.00 54.00 427.33 828.00
Myloplus cf. rub ripinnis 6 11450.00 31.00 36.92 41.00 808.00 1908.33 2525.00
Myloplus rhomb oidalis 10 8795.00 16.30 26.23 34.00 179.00 879.50 1510.00
Mylossoma cf. duriventre 1 730.00 28.00 28.00 28.00 730.00 730.00 730.00
Opsodoras aff. morei 5 119.00 10.00 11.95 13.60 17.00 23.80 38.00
Petulanus cf. intermedius 3 34.00 8.50 9.17 10.00 10.00 11.33 13.00
Pimelodella cf. howesi 24 1071.00 9.50 15.07 24.50 14.00 44.04 137.00
Plagioscion squamosissimus 233 47907.00 9.00 21.39 38.00 10.00 215.55 962.00
Platynematichthys notatus 6 1252.00 15.50 24.87 32.00 103.00 208.67 334.00
Potamorhaphis sp. "grande" 8 492.00 32.70 35.56 38.50 27.00 61.50 84.00
Potamotrygon cf. motoro 1 5700.00 50.00 50.00 50.00 5700.00 5700.00 5700.00
Potamotrygon cf. orb ignyi 1 5500.00 44.00 44.00 44.00 5500.00 5500.00 5500.00
Potamotrygon cf. scob ina 7 66500.00 14.00 52.57 65.00 100.00 9500.00 15000.00
Propimelodus sp. "mancha na dorsal" 86 1707.00 9.50 12.28 16.00 10.00 20.71 41.00
Pseudacanthicus sp. "açacu-preto" 7 1188.00 11.50 17.96 23.00 39.00 169.71 370.00
Retroculus cf. lapedifer 12 9.10 1.50 2.40 3.70 0.20 0.68 2.00
Rivulus sp. "faixa anal" 5 0.70 1.50 1.90 2.30 0.10 0.20 0.30
Satanoperca cf. jurupari 153 1557.30 1.70 6.48 16.10 0.10 13.98 130.00
Schizodon cf. fasciatus 25 3554.00 14.00 20.18 32.00 39.00 144.83 412.00
Serrasalmus cf. maculatus 9 94.00 5.00 7.22 11.00 3.00 10.44 25.00
Serrasalmus cf. rhomb eus 216 31261.00 5.00 14.48 46.70 3.00 187.49 2100.00
Serrasalmus sp. "falso hollandi" 6 253.00 8.00 10.50 15.00 10.00 46.80 150.00
Serrasalmus sp. "juvenil" 13 2.90 1.40 1.48 1.70 0.10 0.15 0.30
Sternarchella sp. "dorso escuro" 6 236.00 28.00 29.60 31.50 28.00 39.33 58.00
TOTAL GERAL 8747 590702.57 0.60 13.70 93.00 0.02 122.58 15000.00
Nota: N - número de indivíduos. B (g) – biomassa em gramas. CP – Comprimento Padrão. PC – Peso Corporal.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 21
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Durante as nove (9) campanhas realizadas (junho, setembro e novembro de 2015; março,
junho, setembro e dezembro de 2016 e março e junho de 2017), o ponto amostral P03 foi
aquele que apresentou maior captura por unidade de esforço para número de indivíduos e
biomassa. Já os menores valores foram registrados em P07. Vale ressaltar, no entanto, que
as amostragens em P06 e P07 foram realizadas somente em novembro de 2015. A
distribuição de capturas por unidade de esforço nos pontos de monitoramento é
apresentada nas Figuras 4.1 e 4.2.
Figura 4.1 - Captura por unidade de esforço em número (CPUEn), por ponto amostral, durante
as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área
de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e novembro de 2015; março, junho,
setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de 2017.
Figura 4.2 - Captura por unidade de esforço em número (CPUEb), por ponto amostral, durante
as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofaun e Ictioplâncton na Área de
Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e novembro de 2015; março, junho,
setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de 2017.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 22
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Um fato de grande relevância para as análises de captura por unidade de esforço por ponto
amostral é a presença de botos a jusante da ponte. Tais mamíferos são piscívoros vorazes
e comumente predam peixes capturados nas redes de emalhar antes mesmo das
despescas realizadas três (3) vezes ao dia. Sendo assim, os pontos amostrais localizados à
jusante da ponte (P05, P06 e P07) apresentam dados de captura por métodos quantitativos
diretamente afetados pela ação dos botos.
Figura 4.3 - Captura por unidade de esforço em número (CPUEn) por tamanho de malha (cm
entre nós opostos) durante as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da
Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e
novembro de 2015; março, junho, setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de 2017.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 23
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Figura 4.4 - Captura por unidade de esforço em biomassa (CPUEb) por tamanho de malha (cm
entre nós opostos) durante as nove (9) campanhas do Programa de Monitoramento da
Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e
novembro de 2015; março, junho e setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de 2017.
De acordo com o estimador de riqueza (Jacknife 1), as amostragens realizadas ainda não
detectaram todas as espécies de peixes que podem estar presentes na área de estudo.
O número de espécies observado após a realização das nove (9) campanhas (n = 124) não
atingiu o número de espécies estimadas (n = ~145) e a curva de acumulação ainda não
mostrou tendência de estabilização (Figura 4.5). Vale ressaltar que as amostragens em P06
e P07 ocorreram somente durante a terceira campanha, realizada em dezembro de 2015.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 24
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Figura 4.5 - Curva de acumulação de espécies elaborada a partir dos dados das sete (7)
primeiras campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e na Área de Influência da
UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e novembro de 2015; março, junho e setembro e
dezembro de 2016; e em março e junho de 2017.
A partir das análises de abundância por ponto amostral, nota-se que as maiores taxas de
captura ocorreram em P04 e P01, nos quais foram capturados, respectivamente, 2048 e
1944 exemplares durante as nove (9) campanhas realizadas. O ponto P07 foi aquele que
registrou o menor número de indivíduos capturados (n=45), no entanto é importante
destacar que amostragens neste ponto ocorreram somente durante a terceira campanha
(novembro de 2015).
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 25
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.4 – Abundância de indivíduos por ponto amostral, capturados nas nove (9) primeiras
campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência
da UHE Ferreira Gomes.
MONTANTE JUSANTE TOTAL
ESPÉCIES
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 GERAL
Acestrorhynchus falcatus 23 10 4 37
Ageneiosus cf. inermis 1 1
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 26
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.4 – Abundância de indivíduos por ponto amostral, capturados nas nove (9) primeiras
campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência
da UHE Ferreira Gomes (continuação).
MONTANTE JUSANTE TOTAL
ESPÉCIES
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 GERAL
Hemiodus cf. quadrimaculatus 2 10 12
Hemiodus unimaculatus 508 359 724 639 203 56 19 2508
Hoplias aimara 4 5 8 2 19
Hoplias curupira 3 4 7
Hoplias malab aricus 10 6 5 1 1 23
Hyphessob rycon cf. eques 6 6
Hyphessob rycon sp. 3 3
Hypoclinemus cf. mentalis 2 2
Hypomasticus cf. julii 5 5
Hypomasticus sp. "juvenil" 3 3
Hypostomus cf. plecostomus 22 20 44 4 90
Hypostomus gr. cochliodon 6 5 26 4 1 42
Ilisha amazonica 1 1
Jupiab a cf. acanthogaster 30 34 76 167 307
Jupiab a polylepis 146 62 11 4 9 232
Krob ia cf. guianensis 22 5 5 1 33
Laemolyta cf. taeniata 4 1 5
Leporinus aff. fasciatus 9 7 11 21 4 2 54
Leporinus aff. maculatus 26 17 10 1 54
Leporinus aff. parae 2 2 4
Leporinus cf. melanostictus 11 3 14 19 47
Leporinus spp. "juvenil" 4 2 3 1 10
Limatulichthys cf. griseus 26 1 27
Loricaria cataphracta 69 69
Lycengraulis cf. b atesii 1 9 12 3 25
Megalodoras uranoscopus 2 1 3
Metynnis cf. maculatus 1 6 3 10
Microphilypnus ternetzi 2 1 3 4 10
Moenkhausia cf. ceros 138 3 73 109 76 399
Moenkhausia cf. gracilima 1 1 2
Moenkhausia copei 1 1 2
Mylesinus paraschomb urgkii 3 9 12
Myleus aff. setiger 6 2 8
Myleus sp. "juvenil" 1 1 2
Myloplus asterias 3 3
Myloplus cf. lob atus 1 2 3
Myloplus cf. rub ripinnis 3 1 2 6
Myloplus rhomb oidalis 4 5 1 10
Mylossoma cf. duriventre 1 1
Opsodoras aff. morei 1 4 5
Osteoglossum b icirrhosum 1 9 2 12
Pachypops fourcroi 1 4 6 28 1 40
Paratrygon cf. aireb a 1 1
Parauchenipterus porosus 7 15 4 1 27
Peckoltia cf. sab ajii 2 4 5 11
Pellona castelnaena 3 3
Petulanus cf. intermedius 3 3
Pimelodella cf. howesi 5 2 8 8 1 24
Pimelodus b lochii 13 35 15 63
Pimelodus ornatus 10 3 14 7 3 37
Plagioscion montei 1 1 6 1 9
Plagioscion squamosissimus 35 41 41 99 17 233
Platynematichthys notatus 4 2 6
Potamorhaphis sp. "grande" 1 7 8
Potamotrygon cf. motoro 1 1
Potamotrygon cf. orb ignyi 1 1
Potamotrygon cf. scob ina 1 5 1 7
Pristigaster sp. 2 2
Propimelodus sp. "mancha na dorsal" 86 86
Pseudacanthicus sp. "açacu-preto" 2 1 1 2 1 7
Pseudopimelodus sp. 1 1
Retroculus cf. lapedifer 6 3 2 1 12
Rhamphichthys marmoratus 1 1
Rivulus sp. "faixa anal" 4 1 5
Satanoperca cf. jurupari 96 20 37 153
Schizodon cf. fasciatus 1 1 16 7 25
Serrasalmus cf. maculatus 5 2 2 9
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 27
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.4 – Abundância de indivíduos por ponto amostral, capturados nas nove (9) primeiras
campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência
da UHE Ferreira Gomes (continuação).
MONTANTE JUSANTE TOTAL
ESPÉCIES
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 GERAL
Serrasalmus cf. rhomb eus 91 56 64 5 216
Serrasalmus sp. "falso hollandi" 4 1 1 6
Serrasalmus sp. "juvenil" 1 1 11 13
Steatogenys elegans 1 1 2
Sternarchella sp. "dorso escuro" 6 6
Tetragonopterus chalceus 5 2 8 15
Triportheus auritus 5 17 20 33 2 77
TOTAL GERAL 1944 1275 1903 2048 1372 160 45 8747
Após a realização das nove (9) primeiras campanhas do monitoramento da ictiofauna, pode-
se dizer que, de maneira geral, a área de influência da UHE Ferreira Gomes apresenta alta
diversidade da ictiofauna (Diversidade média = 2.66), apresentando abundância de espécies
equitativa nos pontos amostrais (Equitabilidade média = 0.71).
Os valores do Índice de Shannon (H) variaram de 1.76 a 3.17, sendo o ponto amostral P05
aquele com maior diversidade e P07 com a menor. A equitabilidade também apresentou
altos valores em todos os trechos amostrais, com variação de 0.66 a 0.77, representando os
pontos P03 e P07, respectivamente, conforme Figura 4.6.
Figura 4.6 - Índices diversidade de Shannon (H) e equitabilidade (E) nos pontos amostrais
durante as sete (7) primeiras campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna e
Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho, setembro e novembro
de 2015; março, junho, setembro e dezembro de 2016; e em março e junho de 2017.
Por meio da análise de similaridade dos pontos amostrais com base na riqueza de espécies,
foi possível observar baixa semelhança entre os pontos amostrais (<80%). Todavia, pela
ictiofauna observada, é válido ressaltar três (3) diferentes agrupamentos, conforme Figura
4.7.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 28
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 29
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Tabela 4.5 - Frequência absoluta dos estádios de maturação gonadal de machos e fêmeas de
peixes amostrados durante as nove (9)primeiras campanhas do Programa de Monitoramento
da Ictiofauna e de Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em junho,
setembro e novembro de 2015; março, junho, setembro e dezembro de 2016; e em março e
junho de 2017.
FÊMEAS MACHOS TOTAL
ESPÉCIES
1 2 3 4A 4B Total 1 2 3 4A 4B Total GERAL
Acanthopoma sp. "pinta" 1 1 1
Acestrorhynchus cf. microlepis 17 20 11 3 51 31 5 36 87
Acestrorhynchus falcatus 4 1 5 3 3 8
Ageneiosus cf. inermis 1 1 1
Ageneiosus ucayalensis 40 3 43 6 2 7 15 58
Agoniates halecinus 6 2 2 10 1 3 4 14
Apteronotus sp. 1 1 1 1 2
Astyanax aff. b imaculatus 1 1 1
Auchenipterus aff. amb yiacus 13 1 2 16 3 1 5 9 25
Baryancistrus cf. b eggini 1 1 1
Boulengerella cuvieri 7 7 19 1 20 27
Brachyplatystoma filamentosum 1 1 1
Bryconops cf. alb urnoides 1 1 3 3 4
Bryconops cf. caudomaculatus 2 1 3 4 4 7
Caquetaia cf. spectab ilis 1 1 1 1 2
Charax cf. gib b osus 20 1 1 22 7 6 2 15 37
Charax sp. "alto" 1 1 1
Cichla cf. pinima 1 1 4 4 5
Curimata inornata 17 4 9 30 33 5 2 40 70
Cyphocharax cf. goldingi 4 1 2 7 9 9 16
Cyphocharax spiluropsis 6 6 3 15 11 11 26
Eigenmannia aff. trilineata 1 1 2 2
Geophagus cf. altifrons 3 3 3 1 4 7
Geophagus cf. proximus 3 1 2 6 3 3 9
Hemiodus cf. quadrimaculatus 1 1 2 1 1 3
Hemiodus unimaculatus 79 5 1 85 91 8 1 100 185
Hoplias aimara 1 1 2 4 1 1 6 8
Hoplias curupira 2 2 2 2 4
Hoplias malab aricus 2 1 1 4 6 6 10
Hypomasticus cf. julii 1 1 1
Hypostomus cf. plecostomus 1 1 1 1 2
Hypostomus gr. cochliodon 2 2 2
Laemolyta cf. taeniata 1 1 1 1 2
Leporinus aff. fasciatus 1 1 7 2 1 10 11
Leporinus aff. maculatus 1 1 1 1 2
Leporinus aff. parae 1 1 1 3 3
Leporinus cf. melanostictus 7 7 2 2 4 11
Limatulichthys cf. griseus 1 1 1
Loricaria cataphracta 1 5 6 6
Lycengraulis cf. b atesii 2 1 3 4 4 7
Megalodoras uranoscopus 1 1 1
Myleus aff. setiger 1 1 1
Myloplus asterias 1 1 1
Myloplus cf. rub ripinnis 1 1 1 1 2
Myloplus rhomb oidalis 1 1 2 2 3
Pachypops fourcroi 3 1 4 3 1 4 8
Parauchenipterus porosus 1 1 2 2 3
Pellona castelnaena 1 1 1
Pimelodella cf. howesi 1 1 5 5 6
Pimelodus b lochii 6 6 5 5 11
Pimelodus ornatus 12 1 13 3 3 16
Plagioscion montei 2 1 3 3 3 6
Plagioscion squamosissimus 56 5 2 63 35 16 6 1 58 121
Potamorhaphis sp. "grande" 1 1 1
Propimelodus sp. "mancha na
3 3 6 6 9
dorsal"
Satanoperca cf. jurupari 1 1 2 1 1 2 4
Schizodon cf. fasciatus 7 1 1 9 1 1 2 4 13
Serrasalmus cf. rhomb eus 7 1 2 10 6 4 1 11 21
Sternarchella sp. "dorso escuro" 2 2 2
Tetragonopterus chalceus 1 1 1
Triportheus auritus 17 3 2 22 11 1 1 13 35
TOTAL GERAL 357 63 60 8 0 488 343 64 36 5 0 448 936
Tratando-se dos ovários das fêmeas, 73,2% do total encontravam-se em repouso (F1),
enquanto 26,8% apresentavam características de atividade reprodutiva (F2, F3 e F4A). Para
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 30
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
machos, a proporção foi de 76,6% dos testículos em repouso (M1) e 23,4% em algum
estádio de atividade reprodutiva (M2, M3 e M4A), conforme Figura 4.8.
Figura 4.8 - Frequência relativa dos estádios de maturação gonadal de machos e fêmeas das
espécies de peixes analisadas durante as nove (9) primeiras campanhas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna e Ictioplâncton na Área de Influência da UHE Ferreira Gomes, em
junho, setembro e novembro de 2015; março, junho e setembro e dezembro de 2016; e em
março e junho de 2017.
5 CONSIDERAÇÕES
Após a realização das nove (9)) primeiras campanhas de monitoramento, é possível afirmar
que a área de influência da UHE Ferreira Gomes apresenta alta diversidade ictiofaunística,
com populações de peixes estabelecidas tanto a montante como a jusante do barramento e
com equilíbrio de dominância entre as espécies.
Os dados acerca das demais análises serão apresentados ao término das campanhas de
campo previstas no Programa, contemplando a sazonalidade, por meio da confecção do
relatório consolidado final.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 31
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
6 EQUIPE TÉCNICA
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 32
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBERT, J.S.A. & MILLER, R.R. 1995. Gymnotus maculosus, a new species of electric fish
(Chordata: Teleostei: Gymnotoidei) from Middle America, with a key to species of Gymnotus.
Proceedings of the Biological Society of Washington, v. 108, n. 4, p. 662-678.
BARBIERI, G. & VERANI, J.R. 1987. O Fator de Condição como Indicador do Período de
Desova em Hypostomus aff. plecostomus (Linnaeus, 1758) (Osteichthyes, Loricariidae) Na
Represa do Monjolinho, São Carlos, SP. Ciência e Cultura, v. 39, n. 7, p. 655-658.
BRITSKI, H.A. & GARAVELLO, J.C. 1993 Descrição de duas espécies novas de Leporinus
da bacia do Tapajós (Pisces, Characiformes). Com Mus Ciênc PUCRS v. 6, p. 29-40.
BUCKUP, P.A.; MENEZES, N.A.; GHAZZI, M.S.A. 2007. Catálogo das espécies de peixes
de água doce do Brasil. Rio de Janeir: Museu Nacional, 195p.
CAMARGO, M.; GIARRIZZO, T.; CARVALHO JR., J. .2005. Levantamento Ecológico Rápido
da Fauna Ictica de Tributários do Médio-Baixo Tapajós e Curuá. Bol. Mus. Para. Emílio
Goeldi, v. 2, p. 229-247.
CARVALHO, T.P. & BERTACO, V.A. 2006. Two new species of Hyphessobrycon (Teleostei:
Characidae) from upper rio Tapajós basin on Chapada dos Parecis, central Brazil.
Neotropical Ichthyology, v. 4, p. 301-308.
GARUTTI, V. & BRITSKI, H.A. 2000. Descrição de uma espécie nova de Astyanax
(Teleostei: Characidae) da bacia do alto rio Paraná e considerações sobre as demais
espécies do gênero na bacia. Comun. Mus. Ciênc. Tecnol. PUCRS. Sér. Zool., v. 13, p. 65-
88.
GÉRY, J. 1977. Characoids of the World, Tropical Fish Hobbyist. New Jersey: Publications,
672p.
GULLAND, J.A. 1969. Manual of methods for fish stock assessment. Part I: fish population
analysis. FAO, Manuals in Fisheries Science, v. 4, 158p.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 33
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
KULLANDER, S.O. 1995. Three new cichlid species from southern Amazonia: Aequidens
gerciliae, A. epae and A. michaeli. Ichthyol Explor Fresh, v. 6, p. 149-170.
LUCENA, C.A. & MENEZES, N.A. 1998. A phylogenetic analysis of Roestes Gunther and
Gilbertolus Eigenmann with a hypothesis on the relationships of the Cynodontidae and
Acestrorhynchidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes). p. 261-278. In: MALABARBA,
L.; VARI, R.; REIS, R.; LUCENA, Z.M.; LUCENA, C.A. (eds.). Phylogeny and classification of
neotropical Fishes. Porto Alegre: EDIPUCRS, 603p.
MAGURRAN, A.E. 2004. Measuring biological diversity, Oxford: Blackwell Science, 384p.
MAGURRAN, A.E. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton: Princeton
University, 179p.
PIELOU, E.C. 1984. The interpretation of ecological data: a primer on classification and
ordination New York: John Wiley & Sons, 263p.
REIS, R.E.; KULLANDER, S.O.; FERRARIS, C.J. 2003. Check List of the Freshwater Fishes
of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, 729 p.
SANCHES, P.V.; NAKATANI, K.; BIALETZKI, A.; BAUMGARTNER, G.; GOMES, L.C.; LUIZ,
E.A. 2006. Flow regulation by dams affecting ichthyoplankton: the case of the Porto
Primavera dam, Paraná River, Brazil. River Research and Applications, v. 22, p. 555-565.
SILVA, W.L.; RAFAEL, P.P.; KAVALCO, K.F.; PAZZA, R. 2012. Peixes do trecho superior do
rio Paranaíba durante a estação chuvosa. Evol. E Cons. Biod. V. 3, n. 1, p. 32-38.
SMITH, E.P. & VAN BELLE, G. 1984. Nonparametric estimation of species richness.
Biometrics, v. 40, p. 119-129.
WELCOME, R.L. 1979. Fisheries ecology of floodplain rivers. London: Longman, 317 p.
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 34
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 35
FERGOM-LO-ICT-RS07-RAZ00
Av. Carandaí, 288 | sala 201 | Funcionários | Belo Horizonte | MG | CEP: 30130060 | Tel. 32275722 | www.azurit.com.br 36