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DO GESTOR
IMOBILIÁRIO
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
ISBN 978-85-8084-920-2
CDD - 22 ed. 333.33
CIP - NBR 12899 - AACR/2
SEJA BEM-VINDO(A)!
Querido(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a) ao mercado imobiliário. É com muita satis-
fação que abro as portas desse nobre caminho ao Universo do Conhecimento para que
juntos possamos alcançar lugares ainda desconhecidos, descobrir novas possibilidades,
conquistar nossos objetivos e realizar nossos sonhos.
Basta observar ao nosso redor para ver que muitos corretores de imóveis exercem a profis-
são sem ter preparo, conhecimento ou qualificação. Eles não sabem quais são as leis apli-
cáveis em cada caso, não sabem diferenciar um conselho de um sindicato, não conhecem
o alcance das leis, muito menos sabem interpretar documentos e que, acima de tudo, po-
derão ser responsabilizados por seus atos ou omissões se vierem a prejudicar seu cliente.
Essa situação é compreensível, uma vez que a legalização da nossa profissão se deu há
pouco mais de 50 anos, com a legislação COFECI – Conselho Federal de Corretores de Imó-
veis, quando foram instituídos nossos deveres e direitos, complementados, em 2002, com
o Código Civil Brasileiro, em seu Capítulo XIII, por 8 artigos relacionados à corretagem.
Nesta disciplina, aprenderemos que a profissão deve ser exercida com preparo, conheci-
mento e qualificação, apresentarei a você quais são as leis diretamente relacionadas ao nos-
so dia a dia, à forma correta dos procedimentos e, claro, quais são nossos direitos e deveres.
Você saberá o que significa COFECI Conselho Federal de Corretores de Imóveis, CRECI
– Conselho Regional de Corretores de Imóveis, SECOVI – Sindicato da Habitação e Con-
domínios, SINDIMÓVEIS – Sindicato dos Corretores de Imóveis, para que servem e qual
é a importância da sua participação nos conselhos e nos sindicatos.
O Papel Legal do Gestor Imobiliário transpassa a esfera legal, atingindo o universo da so-
ciedade como lugar onde nós vivemos, nos desenvolvemos, formamos família, criamos
nossos filhos e realizamos nossos sonhos.
Nossa profissão tem um grau de nobreza na dimensão da responsabilidade, em que
devemos conhecer e cumprir com nosso Papel Legal.
Para que você possa vislumbrar o que consideraremos nesta obra, passarei a seguir os
redundância principais tópicos a serem tratados:
Na unidade I, veremos a história da profissão de corretor de imóveis, a história da lega-
lização desta profissão, organismos fundamentais para o corretor de imóveis, que são o
COFECI e o CRECI, e outros, como o SINDIMÓVEIS e o SECOVI.
Na unidade II, veremos que a legislação se divide em RESOLUÇÕES, LEIS, DECRETOS e
PORTARIAS. Estudaremos os aspectos mais relevantes da parte legal, apresentando para
os artigos mais importantes comentários úteis ao desempenho da profissão.
A primeira é a Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962, a primeira a ser devidamente apro-
vada. Por meio dela, o poder legislativo nacional reconheceu a profissão de CORRETOR
DE IMÓVEIS.
Em seguida, vem a Lei 6.530, de 12 de maio de 1978, que substitui a anterior com al-
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
15 Introdução
16 História da Profissão
19 História da Legalização
40 Corretor X Gestor
41 Sindicatos
42 Secovi
43 Sindimóveis
44 SINCIL
46 Considerações Finais
UNIDADE II
51 Introdução
52 Código De Ética
79 Considerações Finais
SUMÁRIO
UNIDADE III
85 Introdução
88 Lei de Locação
UNIDADE IV
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
131 Introdução
149 Remuneração
UNIDADE V
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
165 Introdução
177 O Cliente
184 Qualificação
189 CONCLUSÃO
191 REFERÊNCIAS
193 GABARITO
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
PROFISSÃO: CORRETOR DE
I
UNIDADE
IMÓVEIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer o histórico da profissão de Corretor de Imóveis.
■■ Saber qual é o caminho para se tornar corretor.
■■ Identificar os conselhos e órgãos da nossa categoria.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ História da profissão
■■ História da legalização
■■ COFECI
■■ CRECI
■■ Como me tornar um corretor de imóveis?
■■ Corretor x Gestor
■■ Sindicatos
■■ SECOVI
■■ SINDIMÓVEIS
■■ SINCIL
15
INTRODUÇÃO
Introdução
I
Nesta obra, abordaremos os principais itens que darão suporte para o bom
desempenho na profissão. Obterá sucesso aquele que se conscientizar de que o
conteúdo estudado é apenas o primeiro degrau a ser galgado no infinito cami-
nho em busca do saber. Não é exagero usar a palavra que representa o que não
tem fim, pois o conhecimento não tem limites, e quanto mais aprendermos, mais
teremos a certeza da necessidade de aprender mais e mais.
Para ingressar no mercado imobiliário com altivez e honra, é preciso conhecer
a HISTÓRIA DO CORRETOR. Como surgiu a profissão, em que lugar, quando
e quais foram as pessoas protagonistas, por meio das quais, tudo se tornou pos-
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sível, real e legalizado.
O conhecimento da história torna o profissional orgulhoso da luta e da per-
severança de quem o antecedeu.
HISTÓRIA DA PROFISSÃO
É claro que, uma vez pago o preço, o comprador queria segurança sobre seu
direito à propriedade, mas como pode se observar no texto, por não haver legis-
lação específica, acontecia de ser vendido o mesmo imóvel para mais de uma
pessoa, porém, naquela época, não havia registro ainda da intermediação de um
corretor de imóveis.
Quando a Família Real veio morar no Brasil, nosso país deixou de ser Colônia
para ser Reino Unido a Portugal e Algarves, assim, naturalmente, houve uma
progressiva e completa reorganização na forma de administrar, a começar pela
transferência de todas as Secretarias de Estado, repartições públicas e Tribunais,
que até então funcionavam em Lisboa, para o Brasil.
Essa mudança provocou uma verdadeira revolução, pois houve a instala-
ção definitiva da vida administrativa para a cidade do Rio de Janeiro, mudando
História da Profissão
I
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tes imobiliários, com um caderno de apontamentos na mão, muita disposição,
o mesmo sonho que temos até hoje de vencer na vida, passaram a intermediar
negócios imobiliários utilizando, para isso, os anúncios nos jornais para divul-
gar suas ofertas.
O profissional da época contava com duas ferramentas muito poderosas: a
sola dos sapatos e os jornais de circulação diária. Para que tivesse conhecimento
das ofertas e dos negócios que estavam à disposição, o agente precisava andar
muito, conversar com muita gente e, claro, convencer o cliente a assinar a auto-
rização de venda.
Desde aquela época, existia a preocupação em obter a autorização de venda,
senão não faria sentido caminhar e trabalhar tanto para publicar no jornal uma
oferta que outro agente publicaria também.
A partir de 1.821, surgiram os primeiros registros de anúncios nos jornais
que se deu no mesmo período da introdução da imprensa no país e do início
da legalização. Os primeiros jornais publicados no Brasil foram: o Sentinela e
o Tamoio, ambos do Rio de Janeiro, e nos dois já haviam anúncios de imóveis.
No início do século XX, a sociedade ainda era formada por grandes lati-
fundiários e a maior parte da população vivia na zona rural. Quando surgiu a
pequena burguesia ligada ao funcionalismo público e às pequenas atividades de
especulação financeira, o desenvolvimento da cidade fez com que aumentasse a
comercialização de imóveis por intermédio dos anúncios feitos em jornais e os
agentes passaram a usar a atividade como profissão.
Não existiam cursos de formação, tudo que os agentes sabiam aprendiam
na prática, nas atividades do dia a dia e observando a atuação uns dos outros.
HISTÓRIA DA LEGALIZAÇÃO
História da Legalização
I
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honra do agente.
Será que atualmente alguém nos indicaria ou teríamos tranquilidade em
indicar, como se estivéssemos avalizando o ingresso no mercado imobiliário de
uma pessoa?
No início de 1.942, a Associação de Corretores de Imóveis regulamentou a
profissão, por meio de um projeto rigoroso na admissão de novos associados,
visto que somente eram aceitos os profissionais que estivessem exercendo a pro-
fissão efetiva e seguidamente, por no mínimo dois anos comprovadamente, além
de preencherem todos os requisitos de absoluta idoneidade moral e profissional.
Eram recusadas inscrições de pessoas que estivessem cumprindo penas
durante o tempo de condenação, para isso, eram exigidos atestados de antece-
dentes criminais e atestados político-sociais, sempre com a indicação de dois
associados.
Na falta de legislação específica, os sindicatos dos corretores de São Paulo e
do Rio de Janeiro elaboraram regulamentos que foram adotados por inúmeras
cidades brasileiras. Por intermédio de um convênio firmado entre os sindica-
tos dos Corretores de Imóveis de São Paulo e do Rio de Janeiro, no dia 10 de
outubro de 1.942, os dois sindicatos passaram a adotar as mesmas medidas de
interesse para classe e para o aperfeiçoamento das transações imobiliárias no
Brasil. Muitos dos documentos firmados nesse convênio, estabelecendo usos e
costumes, constituíam na época uma verdadeira legislação adotada também por
inúmeras cidades brasileiras.
O regulamento estabelecia que a obrigação do Corretor iria até o ajuste
das partes interessadas, quando somente então lhe seria devida a remuneração
conveniada. Esta remuneração deveria ser mantida se, antes de esgotado o prazo
da autorização concedida ao Corretor, o cliente revogasse ou desistisse da tran-
sação, ou mesmo se ele dispensasse os serviços ou embaraçasse a atuação do
corretor. A remuneração deveria ser paga pelo vendedor no ato do recebimento
do sinal ou princípio de pagamento ou no ato da assinatura da promessa de
venda. O regulamento estabelecia o que deveria ser feito em cada caso em que
a venda se realizasse, seja por meio de empréstimo, financiamento ou outro. O
sinal deveria corresponder entre 10% e 20% do preço ajustado na transação.
Muitas das normas que seguimos hoje, já eram praticadas na década de 40.
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História da Legalização
I
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destaque, reconhecimento e gratidão de todos os corretores de imóveis do Brasil:
Estado de São Paulo, fez publicar uma mensagem que traduz o espírito de nossa
profissão que dizia:
Corretor de Imóveis [...] sempre o primeiro a chegar e a descobrir as
possibilidades ocultas de uma região; dotado de uma segunda nature-
za, sabe para que lado caminha o progresso, e adiantando-se a ele, é o
primeiro a transformar matas em cidades, e cidades em metrópoles, é
o mago que transmuda esperanças em realidade, proporcionando um
teto ao pobre e ao rico uma satisfação (BRASIL, 2010b, online).
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Rubens Coelho foi figura muito importante para o mercado imobiliário de São
Paulo, lançou mais de duzentos edifícios na capital, sendo o maior destaque o
Edifício Itália, um dos cartões postais da cidade, situado ao lado do Copan com
1.143 apartamentos, lojas e garagens. O empreendimento inteiro foi vendido
pela empresa de Rubens Coelho em menos de um mês. Performance como essa
é invejada até hoje por todos os profissionais da área.
Muito caminho foi percorrido até atingirmos o patamar em que nos encontramos
História da Legalização
I
O Edifício Itália foi inaugurado em 1965. Naquela época, era o prédio mais
alto da América do Sul, medindo 150 metros a partir do nível da rua, tinha
uma das estruturas mais altas do mundo em concreto armado. A obra teve
o projeto assinado pelo arquiteto Franz Heep e foi construída pela Constru-
tora R. Cecchi & Cia. Ltda., de propriedade do Sr. Rubens Coelho. Pela impo-
nência e importância da obra, a representatividade que teve como secre-
tário na Diretoria do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São
Paulo teve tanta importância. Além de atuar significativamente em prol da
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categoria, foi profissional muito bem-sucedido e visionário.
Em 1967, no alto da construção, nos andares 41º e 42º, foi inaugurado o
famoso Restaurante Terraço Itália, que permitia aos visitantes uma vista exu-
berante de 180º da cidade. Atualmente a edificação é protegida pelo Con-
selho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico
(Condephaat).
Fonte: Respirando Imóveis (2014, online)
hoje. Personagens de nossa história deixam claro que pessoas com ATITUDE
ajudaram a escrever capítulos importantes para regulamentar a profissão e garan-
tir DIREITOS e DEVERES.
A história se faz dia após dia e agora os personagens somos nós. Cabe a cada
profissional corretor de imóveis atuar no cenário imobiliário desempenhando
seu papel com responsabilidade e ética, honrando todos aqueles que saíram de
cena por já terem cumprido sua missão.
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I - eleger sua Diretoria;
Grifei algumas atribuições dos CRECIs para destacar que cabe a esse conselho
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CONSIDERANDO que para atender ao seu objetivo institucional de
disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis, cabe adotar
as medidas necessárias ao funcionamento regular e eficiente dos Con-
selhos Regionais;
R E S O L V E:
CAPÍTULO I
I - originária ou principal;
II - secundária ou suplementar.
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Parágrafo Único - Aplica-se à suspensão da inscrição o disposto neste
artigo.
CAPÍTULO II
IV - da residência profissional;
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submetendo-o ao reexame do Plenário.
II - filiação;
IV - data do nascimento;
CAPÍTULO III
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qüinqüênio.
CAPÍTULO IV
DA INSCRIÇÃO SECUNDÁRIA
CAPÍTULO V
Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do trimestre de cada
ano, salvo a primeira que será devida no ato da inscrição.
ocorrência da modificação.
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II - no prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer alteração contratual que
vier a sofrer.
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
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anuidade, no período da suspensão da inscrição.
CAPÍTULO VIII
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e voltar a se inscrever no mesmo Conselho Regional será atribuído o
mesmo número de inscrição.
CORRETOR X GESTOR
SINDICATOS
Sindicatos são associações que têm por objetivo defender interesses comuns de
uma categoria ou classe de profissionais. No caso do mercado imobiliário, existe
o SECOVI – Sindicato da Habitação e Condomínios, que defende os interesses
Sindicatos
I
SECOVI
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Vamos tomar o SECOVI-PR como parâmetro apenas para conhecer a natureza
deste sindicato e a importância para o nosso mercado.
É o Sindicato da Habitação e Condomínios e representa todas as empre-
sas de compra, venda, locação, administração, incorporação e loteamentos
de imóveis, e dos edifícios em condomínios residenciais e comerciais em todo
o Estado do Paraná.
MISSÃO DO SECOVI-PR
VISÃO DO SECOVI-PR
também de condomínios.
O Secovi-PR está há 31 anos em 2015 defendendo os interesses do mercado
imobiliário e condominial.
Sua atuação junto a órgãos do poder público tem por objetivo principal
coordenar, esclarecer e orientar as pessoas que gerenciam e trabalham em condo-
mínios (síndicos e funcionários), além de empresários e profissionais do mercado
imobiliário que estão diretamente ligados a este Sindicato, o qual, por meio da
infraestrutura de sua nova sede, disponibiliza toda uma gama de serviços; não
apenas no âmbito do próprio Sindicato, mas também mediante seus agentes de ser-
viços, como: Universidade Livre do Mercado Imobiliário e Condominial (Unihab),
que coordena os cursos; Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do
Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), importante órgão que fornece
às empresas dados estatísticos do mercado; Câmara de Mediação e Arbitragem
(CMA); além dos diversos serviços, como a assessoria jurídica, serviços de saúde
por meio do Serviço Social da Habitação (SecoviMed), entre outros.
SINDIMÓVEIS
Sindimóveis
I
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participar também.
SINCIL
O SINCIL foi criado de forma bem peculiar, sendo que a ideia nasceu em uma fes-
tiva comemoração pelo dia do corretor, em 26 de agosto de 1988, mediante uma
conversa entre o prefeito da cidade de Londrina-PR, na época, Wilson Rodrigues
Moreira e o jornalista Francisco das Chagas Marinho, quando indagado pelo pre-
feito do porquê de Londrina, com tantos corretores, estes ainda ficavam filiados
ao sindicato da capital, respondeu que faltava incentivo. Assim, apoiado pelo pre-
feito e mesmo sem atuar no ramo imobiliário, mas detentor da carteira do CRECI,
Francisco das Chagas convocou os colegas a criarem o seu próprio sindicato e,
muito aplaudido, foi apoiado, nascendo assim o SINCIL, que tem área de atua-
ção em alguns municípios, como Abatiá, Alvorada do Sul, Andirá, Apucarana,
Arapongas, Assaí, Bandeirantes, Barra do Jacaré, Bela Vista do Paraíso, Califórnia,
Cambará, Cambé, Carlópolis, Congonhinhas, Conselheiro Mayrink, Cornélio
Procópio, Florestópolis, Guapirama, Ibiporã, Itambaracá, Jacarezinho, Jaguapitã,
Jataizinho, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul, Leópolis, Londrina, Marilândia do
Sul, Miraselva, Nova América da Colina, Nova Fátima, Porecatu, Primeiro de
Maio, Rancho Alegre, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Rio Bom, Rolândia,
Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão, Santa Mariana, Santo Antônio da Platina,
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A atitude que o corretor tem como cidadão perante seu país ele tem como
membro de um conselho perante o CRECI. Quer dizer que se para ele é in-
diferente a sorte de quem vai governar nosso município, nosso estado ou
nossa nação, por que ele estaria interessado em quem vai dirigir nosso
conselho? Essa omissão é muito perigosa, pois o corretor é um elemento
participativo em todas essas esferas que citamos e delas depende para o
desenvolvimento de sua vida, quer seja ela social, profissional ou familiar.
Reflita sobre isso.
SINCIL
I
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Toda história é feita por pessoas destemidas, corajosas e preocupadas com o bem
comum. O início da legalização da nossa profissão é muito bonito, pois dependeu
da garra de pessoas firmes que não desistiram, mesmo diante de muitos desafios.
É só acessar o site do COFECI para ver em quantos capítulos tudo aconteceu.
Foram muitas batalhas, muitas reuniões, horas dedicadas sem remuneração, sim-
plesmente doadas voluntariamente na esperança de ter nossos direitos garantidos.
Por isso o orgulho que temos por nossa profissão aumenta na medida em
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que conhecemos o passado, nos situamos dentro do mercado presente e assu-
mimos nosso papel na sociedade visando ao futuro.
Você pode perceber que sempre fomos muito importantes para a história de
nosso país. Por meio dos agentes imobiliários, pessoas iam e vinham, compra-
vam, vendiam, investiam e faziam as cidades crescerem. Os agentes imobiliários
eram e são até hoje os detentores das informações a cerca dos imóveis que estão
disponíveis para compra, venda, locação etc.
Mesmo antes de conseguirmos a legalização da nossa profissão, a classe já era
unida por meio do sindicato e lutava para o bem comum. Essa primeira unidade
ficará como um chamamento, um despertar para a sua participação nos movi-
mentos de nossa classe. Não precisa se candidatar a delegado do CRECI, basta
você prestar mais atenção no que acontece ao seu redor e iniciar sua participa-
ção, mesmo que timidamente, assim, com certeza cresceremos fortes.
De que forma queremos ser respeitados se muitos de nossos colegas sequer
conhecem a legislação que norteia seu trabalho, garante seus direitos e delimita
seus deveres? Não sabem a função do CRECI, muito menos a dos sindicatos!
Terá destaque o profissional que estiver preparado e for detentor de conhe-
cimentos. A base da construção da profissão de um Corretor de Imóveis e,
principalmente, de um Gestor Imobiliário é conhecer qual é o seu papel legal.
SITE DO SINCIL
http://www.sincil.com.br/
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
II
UNIDADE
O PAPEL LEGAL DO GESTOR
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar o Código de Ética e demais legislações aplicáveis à
profissão.
■■ Comentar artigos com temas importantes.
■■ Ressaltar a importância do conhecimento da legislação.
■■ Conscientizar sobre a necessidade do cumprimento das normas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Código de Ética
■■ Lei nº 6.530/78
■■ Decreto nº 81.871/78
■■ Resolução nº 458/95
51
INTRODUÇÃO
O correto seria que nenhum gestor imobiliário praticasse um ato que fosse
contrário à legislação, independente ou não da punição, dependente apenas do
bem comum; isso seria ético. Seguindo essa linha de raciocínio: onde entra a
moral nesse assunto? É moral colocar duas placas de imobiliárias diferentes no
mesmo imóvel, embora a lei seja clara a esse respeito proibindo esse ato, mas os
usos e costumes da região o aceitam?
A máxima “faço o que todos fazem” serve de argumento até que ponto?
Agindo dessa forma, para que caminho está indo nossa profissão?
Vamos observar quais são as normas aplicáveis à nossa profissão e no final
desta unidade, refletiremos sobre qual deve ser nossa conduta.
Introdução
II
CÓDIGO DE ÉTICA
A palavra ÉTICA vem do grego ethos e diz respeito ao modo de ser e de agir da
pessoa, com base em seu caráter, comportamento e pensamentos em relação ao
seu convívio social.
Ser ético significa agir sem prejuízo às pessoas que nos cercam; é exercer a
atividade profissional tendo como norteadora das ações a própria consciência.
O Conselho Federal, com o intuito de salvaguardar o bom relacionamento
entre os profissionais, empresas, conselhos, sindicatos e entidades relacionadas à
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
profissão, achou por bem aprovar o Código de Ética Profissional dos Corretores
de Imóveis.
O ponto alto da legislação é o CÓDIGO DE ÉTICA, também apresentado
em sua íntegra, tem os principais artigos comentados. Quando o profissional
tem como forma de vida os princípios éticos, guiará a sua carreira zelando pelo
bem-estar das pessoas, da comunidade e da sociedade, tendo como objetivo prin-
cipal não causar dano a ninguém.
A ética deve servir de base para todas as pessoas, não somente aos corretores
de imóveis. Sobre ela, alicerçado por comportamentos e atitudes irrefutavelmente
corretas, o profissional com certeza obterá o merecido sucesso.
A RESOLUÇÃO-COFECI Nº 326/1992 (BRASIL, 1992), aprova o Código
de Ética Profissional dos Corretores de Imóveis e descreve-o em dez artigos:
“Art. 1º - Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela
qual deve se conduzir o Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional”.
Todo Corretor de Imóveis, devidamente habilitado junto ao CRECI, deve
exercer sua profissão, com base no Código de Ética Profissional. Isso quer dizer
que todas as ações contrárias, estarão de alguma forma prejudicando o inte-
resse de terceiros.
“Art. 2°- Os deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa
do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoa-
mento da técnica das transações imobiliárias”.
É dever do Corretor de Imóveis:
a. Defender os interesses que lhe forem confiados para o desempenho de
toda e qualquer operação imobiliária (venda, compra, locação, administra-
Uma vez escolhida a profissão, é mister que o profissional zele pelo respeito à
classe, assim ele terá, acima de tudo, orgulho de ser um Corretor de Imóveis.
“II - prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado,
para o sucesso de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e
da coletividade”.
Todo corretor de imóveis deveria atender a esse inciso. A participação de
profissionais em iniciativas da classe, como cursos, congressos, seminários, confra-
ternizações, comemorações e solenidades de entregas de Carteiras de Identidade
Profissional, por exemplo, estimula as iniciativas e chama a atenção da sociedade
para a evolução e progresso da profissão.
“III - manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, pro-
curando aprimorar o trabalho desse órgão”.
O contato com os Conselhos, tanto Regional como Federal, atualmente está
mais fácil, em função da tecnologia da informática. Os sites estão sempre atu-
alizados e apresentam artigos importantes e bem diversificados relacionados à
profissão, além de divulgar cursos e congressos.
“IV - zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais,
aceitando mandatos e encargos que lhes forem confiados e cooperar com os que
forem investidos em tais mandatos e encargos”.
A participação nos Conselhos proporciona conhecimento do funcionamento
Código De Ética
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VIII - zelar pela própria reputação mesmo fora do exercício profissio-
nal.
Esse inciso vem coroar a presente obra. Não há sentido em tratar do PAPEL
LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIO sem elencar de forma inequívoca todos
os seus preceitos legais, tendo como objetivo além do estudo, a divulgação.
“Art. 4º - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes:
I - inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-lo”.
O bom profissional deve conhecer o produto que está sob sua responsabilidade.
Isso quer dizer que ele deve analisar o imóvel por meio de vistoria criteriosa,
estudo da documentação, preço, condições de pagamento, bem como documen-
tação do proprietário.
“II - apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca
omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais
circunstâncias que possam comprometer o negócio”.
Esse inciso vem reforçado pelo artigo 723 do Código Civil Brasileiro.
“III - recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou imoral;
IV - comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou docu-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a
qualquer título;
Código De Ética
II
I - aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajus-
tem às disposições vigentes, ou ainda, que possam prestar-se a fraude;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
“IV - locupletar-se, por qualquer forma, a custa do cliente;
V - receber comissões em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens
que não correspondam a serviços efetiva e licitamente prestados”.
O recebimento de comissões em desacordo com a tabela caracteriza infra-
ção legal. Como o que mais ocorre é o recebimento inferior ao previsto, além
de não cumprir a lei, o profissional está descumprindo a regra mais importante;
falta de respeito próprio.
Todo bom profissional merece receber o que lhe é de direito, caso ele concorde
em receber valor menor, talvez seja porque ele não tem certeza do merecimento
por serviços prestados com qualidade, segurança e domínio de conhecimen-
tos técnicos.
“VI - angariar, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com
prejuízo moral ou material, ou desprestígio para outro profissional ou para a
classe”.
A angariação direta ou indireta, em desrespeito ao colega, é atitude desleal
que pode prosperar algumas vezes, mas que com o passar do tempo e conhe-
cimento do mercado vai colocar o profissional à margem da profissão e, com
certeza, o levará à exclusão.
A modernização da profissão, a busca de qualificação e a exigência dos clien-
tes se encarregarão de separar os bons dos maus profissionais.
VII - desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imóveis;
XX - receber sinal nos negócios que lhe forem confiados caso não esteja
expressamente autorizado para tanto.
Nas autorizações por escrito e com exclusividade, para que possa receber sinal
nos negócios, o Corretor de Imóveis deve estar expressamente autorizado por
meio de cláusula específica.
Código De Ética
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 8º - Comete grave transgressão ética o Corretor de Imóveis que
desatender os preceitos dos artigos 3º, I, V, VI e IX; 4º, II, III, IV, V, VII,
VIII, IX e X; 6º, I, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX e XX,
e transgressão de natureza leve o que desatender os demais preceitos
deste Código.
LEI Nº 6.530/78
A partir desta Lei, o Conselho Federal passa a exigir como condição obrigatória
a conclusão do curso técnico, que implica também na necessidade de compro-
vação de grau de escolaridade média, ou seja, somente pode obter o título de
Técnico em Transações Imobiliárias quem tiver concluído o ensino médio.
Art. 3º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Aufere poder de representatividade da categoria aos Conselhos Federal e
Regional, em conformidade com suas respectivas áreas de competência.
Art. 8º - O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e
jurisdição em todo o Território Nacional.
I - por renúncia;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
XIV - intervir temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando
Diretoria provisória, até que seja regularizada a situação ou, se isso não
ocorrer, até o término do mandato:
II - a renda patrimonial;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 19 - Constituem receitas de cada Conselho Regional:
II - a renda patrimonial;
I - advertência verbal;
II - censura;
III - multa;
Mais uma vez, aplica-se o bom senso, sendo permitida a atuação dos profissio-
nais já habilitados pela lei anterior.
Art. 24 - Esta Lei será regulamentada no prazo de trinta dias a partir
de sua vigência.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 26 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei
n.º 4.116, de 27 de agosto de 1962 (BRASIL, 1978).
DECRETO Nº 81.871/78
O Decreto nº 81.871 de 29 de junho de 1978, entrou em vigor para regulamen-
tar a Lei 6.530 e dar novas providências à profissão de Corretor de Imóveis, bem
como disciplinar o funcionamento de seus órgãos e dar outras providências.
Tendo entrado em vigor apenas pouco mais de um mês após a Lei 6.530,
demonstra o cuidado em complementar a legislação. Constituído de 48 artigos,
muitos deles já foram abordados nas leis anteriores.
Art. 1º - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o
território nacional somente será permitido:
O parágrafo único desse artigo deixa claro que o atendimento ao público deve
ser feito por profissionais habilitados também. Entende-se por atendimento ao
público:
a. atender clientes para locação, LOCADOR/LOCATÁRIO/FIADOR;
b. mostrar imóveis para locação;
c. angariar imóveis para locação ou venda, e todas as ações feitas direta-
mente ao cliente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria,
bem como elaborar a previsão orçamentária para o exercício seguinte;
II - a renda patrimonial;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de pessoas jurídicas;
II - as multas;
IV - as contribuições voluntárias;
I - por renúncia;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 28 - A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será
efetuada no Conselho Regional da jurisdição, de acordo com Resolu-
ção do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.
O corretor de imóveis que se inscreveu no CRECI de uma região, que queira atuar
em outra região simultaneamente ou exercer temporária ou definitivamente a
profissão em área de jurisdição diversa da originária, deverá se inscrever e aver-
bar novamente no CRECI em que pretende atuar.
II - filiação;
IV - data do nascimento;
VI - natureza da habilitação;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sujeitos ao pagamento de anuidade e emolumentos fixados pelo Con-
selho Federal.
Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimes-
tre de cada ano, salvo a primeira, que será devida no ato da inscrição do
Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica.
Na lei 4.116/1962, foram elencadas sete faltas, na Lei 6.530/1978 foram dez proi-
bições e, agora, treze infrações disciplinares.
Art. 39 - As sanções disciplinares consistem em:
I - advertência verbal;
II - censura;
III - multa;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
elementos comprobatórios do alegado (BRASIL, 1978).
RESOLUÇÃO Nº 458/95
A RESOLUÇÃO-COFECI N° 458/95 dispõe sobre a obrigatoriedade do desta-
que do registro profissional em documentos e anúncios publicitários, sobre o
número do registro ou da incorporação imobiliária e também sobre a necessi-
dade da autorização com exclusividade para anunciar imóvel.
Segue dispositivo legal:
O CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS- COFE-
CI, no uso das atribuições que lhe confere o Artigo 16, Inciso XVII, da
Lei n° 6.530, de 12 de maio de 1978,
R E S O L V E:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Com a tecnologia avançada, o uso da internet tem sido uma excelente forma
de comunicação e divulgação de produtos e serviços, porém, ainda nos depara-
mos com várias empresas anunciando o mesmo imóvel, e por falta de autorização,
desconhecem as informações verdadeiras, chegando a anunciar por valores dife-
rentes e com dados de metragem também em desacordo com os reais.
O cliente, detectando essa situação, com certeza ficará inseguro e descon-
fiado. A melhor forma de conquistar o cliente e espaço de respeito no mercado
imobiliário é estudando, se qualificando, agindo de acordo com princípios éti-
cos e, acima de tudo, com honestidade.
Art. 2° - Dos anúncios e impressos constará o número da inscrição
de que fala o Artigo 4° da Lei n° 6.530/78, precedido da sigla CRECI,
acrescido da letra “J” quando se tratar de pessoa jurídica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O autor Mario Sérgio Cortella explica muito bem essa questão ética e moral,
quando cita o apóstolo Paulo na I Carta aos Coríntios 6.12, onde diz: “Tudo me
é lícito, mas nem tudo me convém”.
A questão ética para o mercado imobiliário surge como uma questão mer-
cadológica no mesmo nível que a economia, a política, lei da oferta e procura,
planos de financiamentos e crises, ou seja, um grande desafio. Ainda é muito forte
em nossa profissão o chamado jeitinho brasileiro, a esperteza, a lei da vantagem.
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Considerações Finais
1. José deixa um imóvel para o corretor de imóveis Leonardo vender por R$200
mil. Muito bom profissional, Leonardo vende o imóvel por R$250 mil, mas fala
para José que vendeu por R$200 mil. José paga a comissão para Leonardo de
R$12 mil e fica com R$188 mil. Que infração ética Leonardo cometeu?
2. Os funcionários que atendem clientes no setor de locação devem ser creden-
ciados junto ao CRECI?
3. Qual é a sua opinião sobre o artigo abaixo?
“Art. 1° - Somente poderá anunciar publicamente o Corretor de Imóveis, pessoa
física ou jurídica, que tiver, com exclusividade, contrato escrito de intermedia-
ção imobiliária” (BRASIL, 1995).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
CONHECIMENTO DA LEI DE
III
UNIDADE
LOCAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender a importância da habilitação do profissional no
Conselho Regional.
■■ Destacar os pontos mais importantes da Lei de locação.
■■ Comentar temas da Lei de Locação pertinentes a outras operações
imobiliárias.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Exercício legal da profissão
■■ Lei de Locação
85
INTRODUÇÃO
Introdução
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(BRASIL, 1978).
A Câmara analisa projeto (PL 3608/12) que aumenta a pena para detenção
de dois a três anos, além de multa, para quem exercer ilegalmente qualquer
profissão ou atividade econômica. A pena atual é de prisão simples, de 15
dias a três meses, ou multa. Para o autor da proposta, o projeto se justifica
pelo dano causado à sociedade pelos leigos que praticam ações como se
fossem profissionais habilitados.
Disponível em: <http://www.oab.org.br/noticia/24410/camara-estuda-pe-
na-maior-para-quem-exercer-profissao-ilegalmente>. Acesso em: 20 Nov
2015. 2014.
LEI DE LOCAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
estudo das principais normas legais que norteiam o PAPEL LEGAL DO GESTOR.
Aproveite as observações feitas em alguns artigos e faça as anotações que achar
pertinente para facilitar a consulta quando for necessário, assim seus estudos
ficarão mais práticos e agradáveis.
LEI Nº 8.245/1991
Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta lei:
a) as locações:
ou superiores a dez anos é que se faz necessária a vênia conjugal, quer dizer, a
concordância do cônjuge.
Art. 4o Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não
poderá o locador reaver o imóvel alugado. O locatário, todavia, poderá
devolvê-lo, pagando a multa pactuada, proporcionalmente ao período
de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente
estipulada. (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009) (BRASIL, 1991).
No decorrer dos estudos dos artigos da lei de locação, ficará clara a recorrência
da necessidade do prazo de 30 dias para a maior parte das desocupações.
Neste caso, a isenção da multa ficará vinculada à notificação por escrito com
antecedência mínima de 30 dias.
Art. 5º Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do
locador para reaver o imóvel é a de despejo.
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O contrato é firmado por um prazo, exemplo: doze meses. Terminado esse prazo,
se as partes não se manifestarem, o contrato se prorroga por tempo indetermi-
nado. Todas as cláusulas e condições são automaticamente prorrogadas, com
exceção do valor do aluguel que sofre reajuste anual.
Querendo, o LOCATÁRIO pode desocupar o imóvel a qualquer momento,
porém deverá avisar por escrito o LOCADOR com antecedência mínima de
trinta dias. Caso ele não avise, o LOCADOR poderá exigir o equivalente a um
mês de aluguel.
Art. 7º Nos casos de extinção de usufruto ou de fideicomisso, a locação
celebrada pelo usufrutuário ou fiduciário poderá ser denunciada, com
o prazo de trinta dias para a desocupação, salvo se tiver havido aquies-
cência escrita do nu proprietário ou do fideicomissário, ou se a proprie-
dade estiver consolidada em mãos do usufrutuário ou do fiduciário.
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
III - em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encar-
gos;
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
locador.
Art. 15. Rescindida ou finda a locação, qualquer que seja sua causa,
resolvem-se as sublocações, assegurado o direito de indenização do su-
blocatário contra o sublocador.
Todas as ações devem ser feitas visando ao bem comum, nesse momento, é
fundamental a perspicácia e destreza em conduzir o processo de reajuste por parte
do Corretor de Imóveis. Grande parte do sucesso de um Contrato de Locação
depende da qualificação e bom profissionalismo que intermedia a relação.
“Art. 19. Não havendo acordo, o locador ou locatário, após três anos de
vigência do contrato ou do acordo anteriormente realizado, poderão pedir revi-
são judicial do aluguel, a fim de ajustá-lo ao preço de mercado” (BRASIL, 1991).
O uso do bom senso e a realização de um acordo são sempre a melhor saída,
porém, quando os interesses das partes continuam conflitantes, após o decurso
de três anos contratuais, a parte que se sentir prejudicada poderá pedir revisão
judicial do aluguel.
O reajuste do aluguel terá como norteador o preço de mercado. Conforme
explicitado no artigo anterior, os valores dos aluguéis podem ficar muito altos
ou muito baixos em relação aos imóveis similares.
Ninguém melhor que o Corretor de Imóveis para saber analisar o mercado
imobiliário, por essa razão, no caso de uma Ação Judicial de Revisão de Aluguel,
é imprescindível que os advogados recorram a ele. A operação imobiliária a ser
desenvolvida será o Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica – PTAM.
Deverão ser apresentados ao Juiz, em média, três PTAMs junto com os argu-
mentos jurídicos e demais provas, e assim, adequar o valor do aluguel.
No caso de continuar a locação, tal revisão somente poderá ser feita após
três anos novamente.
“Art. 20. Salvo as hipóteses do art. 42 e da locação para temporada, o loca-
dor não poderá exigir o pagamento antecipado do aluguel” (BRASIL, 1991).
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
habitações coletivas multifamiliares, a soma dos aluguéis não poderá
ser superior ao dobro do valor da locação.
Lei de Locação
III
-- O inciso V trata da vistoria, que deve ser realizada pelo LOCADOR e for-
necida no final da locação, para que se façam os consertos necessários;
-- O fornecimento do recibo detalhado e NÃO genérico dos valores pagos
é obrigação do LOCADOR, assim o LOCATÁRIO pode conferir valores
e saber o que está sendo cobrado;
-- As taxas devidas ao Corretor de Imóveis ou Empresa Imobiliária em rela-
ção à administração, intermediação e análise de cadastro são de obrigação
do LOCADOR, afinal de contas, foi ele que contratou a intermediação;
-- Os IMPOSTOS, TAXAS e SEGUROS COMPLEMENTARES CONTRA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FOGO devem ser pagos pelo LOCADOR, entretanto, a lei permite que
sejam cobrados do LOCATÁRIO, sendo necessário para tal, que o con-
trato apresente cláusula expressa em contrário. Normalmente acontece do
LOCADOR incluir essa cláusula e cobrar IPTU e seguro contra incêndio;
-- As despesas extraordinárias de condomínio também são obrigação do
LOCADOR. Elas dizem respeito a melhorias que valorizam o imóvel
num todo e não à locação propriamente dita. A atenção maior desse
artigo deve ser dada ao FUNDO DE RESERVA. Ele deve ser descontado
do LOCATÁRIO ante à apresentação da quitação do pagamento, porém
o Corretor de Imóveis deve estar atento a não deixar acumular valores.
Art. 23. O locatário é obrigado a:
visitantes ou prepostos;
mediante combinação prévia de dia e hora, bem como admitir que seja
o mesmo visitado e examinado por terceiros, na hipótese prevista no
art. 27;
b) consumo de água e esgoto, gás, luz e força das áreas de uso comum;
Lei de Locação
III
início da locação;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mento das despesas referidas no § 1º deste artigo, desde que compro-
vadas (BRASIL, 1991).
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
priedade ou venda por decisão judicial, permuta, doação, integraliza-
ção de capital, cisão, fusão e incorporação.
Lei de Locação
III
I - caução;
II - fiança;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IV - cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. (Incluído
pela Lei nº 11.196, de 2005)
Parágrafo único. É vedada, sob pena de nulidade, mais de uma das mo-
dalidades de garantia num mesmo contrato de locação (BRASIL, 1991).
A observação neste artigo deve ser feita em relação à fiança. O artigo é claro ao
ressaltar que salvo disposição em contrário, o fiador é responsável pelo contrato
de locação até a efetiva devolução do imóvel, mesmo que o contrato tenha sido
prorrogado por prazo indeterminado.
Art. 40. O locador poderá exigir novo fiador ou a substituição da mo-
Lei de Locação
III
I - morte do fiador;
IV - exoneração do fiador;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ajustada por prazo certo;
Nas hipóteses citadas acima, a lei permite a exigência de novo fiador, mas per-
mite também que na falta deste, pode haver a substituição por outra modalidade
de garantia.
Art. 41. O seguro de fiança locatícia abrangerá a totalidade das obriga-
ções do locatário.
Art. 42. Não estando a locação garantida por qualquer das modalida-
des, o locador poderá exigir do locatário o pagamento do aluguel e en-
cargos até o sexto dia útil do mês vincendo (BRASIL, 1991).
Fora o aluguel por temporada, esse é o único caso em que a lei permite a cobrança
antecipada do aluguel.
Art. 43. Constitui contravenção penal, punível com prisão simples de
cinco dias a seis meses ou multa de três a doze meses do valor do últi-
mo aluguel atualizado, revertida em favor do locatário:
O LOCADOR que incorrer nas infrações acima poderá ser condenado por con-
travenção penal e sofrer pena pecuniária ou de prisão.
Na verdade, a lei quer coibir que o LOCADOR abuse da sua situação e exerça
qualquer tipo de coação contra o LOCATÁRIO.
Art. 44. Constitui crime de ação pública, punível com detenção de três
meses a um ano, que poderá ser substituída pela prestação de serviços
à comunidade:
Esse artigo visa coibir ações de má-fé do LOCADOR. Por estar na condição de
Lei de Locação
III
denúncia cheia, alguns LOCADORES alegam alguns dos itens acima no pedido
de rescisão contratual, quando, na verdade, o que querem é a desocupação do
imóvel por outro motivo.
Para evitar prejuízo ao LOCATÁRIO de boa-fé, a lei imputa punições que
chegam até a detenção do culpado.
Art. 45. São nulas de pleno direito as cláusulas do contrato de locação
que visem a elidir os objetivos da presente lei, notadamente as que pro-
íbam a prorrogação prevista no art. 47, ou que afastem o direito à reno-
vação, na hipótese do art. 51, ou que imponham obrigações pecuniárias
para tanto (BRASIL, 1991).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quando o legislador fala em nulidade de cláusulas, ele quer dizer que mesmo
constantes no contrato, elas não possuem nenhum valor jurídico, é como se não
existissem.
Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior
a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipula-
do, independentemente de notificação ou aviso.
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No caso da locação por temporada, a lei permite a cobrança antecipada dos alu-
guéis. (vide artigo 20)
“Art. 49. O locador poderá receber de uma só vez e antecipadamente os
aluguéis e encargos, bem como exigir qualquer das modalidades de garantia pre-
vistas no art. 37 para atender as demais obrigações do contrato” (BRASIL, 1991).
Quando a lei usa a palavra PODERÁ, significa que ela dá ao LOCADOR a
faculdade de optar ou não pela aplicação da lei.
Normalmente, o aluguel nas locações por temporada é cobrado antecipada-
mente, não se pede garantias, nem é feita vistoria. Essa situação caracteriza os usos
e costumes. No momento em que o LOCADOR sentir necessidade de outra pro-
vidência diferente da que está habituado, está legalmente autorizado a tomá-la.
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência
de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da
maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente.
1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso
do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o
fundo de comércio, com as instalações e pertences.
Art. 56. Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por
prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o prazo estipulado,
independentemente de notificação ou aviso.
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
telex ou fac-símile , ou, ainda, sendo necessário, pelas demais formas
previstas no Código de Processo Civil;
Art. 60. Nas ações de despejo fundadas no inciso IV do art. 9º, inciso
IV do art. 47 e inciso II do art. 53, a petição inicial deverá ser instruída
com prova da propriedade do imóvel ou do compromisso registrado
(BRASIL, 1991).
Ao corretor de imóveis, cabe zelar pelo bom andamento da locação, para tanto,
ele deverá certificar-se da propriedade do imóvel e legitimidade do LOCADOR
em locar o imóvel, caso não seja ele o proprietário.
Art. 61 Nas ações fundadas no § 2º do art. 46 e nos incisos III e IV do
art. 47, se o locatário, no prazo da contestação, manifestar sua concor-
dância com a desocupação do imóvel, o juiz acolherá o pedido fixando
prazo de seis meses para a desocupação, contados da citação, impondo
ao vencido a responsabilidade pelas custas e honorários advocatícios
de vinte por cento sobre o valor dado à causa. Se a desocupação ocorrer
dentro do prazo fixado, o réu ficará isento dessa responsabilidade; caso
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II – o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuan-
do, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da citação, o pagamento do
débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito
judicial, incluídos: (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
c) os juros de mora;
Esse artigo, com nova redação, trouxe duas novidades para as ações de despejo que valem
a pena ser observadas pelo corretor de imóveis:
a. O LOCATÁRIO e o fiador têm o prazo de 15 dias a contar do recebi-
mento da citação, para efetuar os pagamentos em atraso, caso queiram
evitar a rescisão contratual;
b. Somente se admitirá a emenda da mora, ou seja, o pagamento do débito,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EXEMPLO:
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 64. Salvo nas hipóteses das ações fundadas no art. 9o, a execução
provisória do despejo dependerá de caução não inferior a 6 (seis) meses
nem superior a 12 (doze) meses do aluguel, atualizado até a data da
prestação da caução. (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
I - a petição inicial, além dos requisitos exigidos pelo art. 282 do Có-
digo de Processo Civil, deverá especificar os aluguéis e acessórios da
locação com indicação dos respectivos valores;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Lei de Locação
III
Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumário, obser-
var-se-á o seguinte: (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
I - além dos requisitos exigidos pelos arts. 276 e 282 do Código de Pro-
cesso Civil, a petição inicial deverá indicar o valor do aluguel cuja fixa-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção é pretendida;
Art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no art. 282 do Código de
Processo Civil, a petição inicial da ação renovatória deverá ser instru-
ída com:
III - prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imó-
vel e cujo pagamento lhe incumbia;
Lei de Locação
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
III - ter proposta de terceiro para a locação, em condições melhores;
Art. 75. Na hipótese do inciso III do art. 72, a sentença fixará desde logo
a indenização devida ao locatário em conseqüência da não prorrogação
da locação, solidariamente devida pelo locador e o proponente.
Art. 76. Não se aplicam as disposições desta lei aos processos em curso.
Art. 77. Todas as locações residenciais que tenham sido celebradas an-
teriormente à vigência desta lei serão automaticamente prorrogadas
por tempo indeterminado, ao término do prazo ajustado no contrato.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 79. No que for omissa esta lei aplicam-se as normas do Código
Civil e do Código de Processo Civil.
Art. 81. O inciso II do art. 167 e o art. 169 da Lei n° 6.015, de 31 de de-
zembro de 1973, passam a vigorar com as seguintes alterações:
II - .....................................................................
..............................................................................
Lei de Locação
III
“Art. 3° .................................................................
.............................................................................
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
acrescido o seguinte § 4°:
.............................................................................
Art. 89. Esta lei entrará em vigor sessenta dias após a sua publicação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
III
Claro que ficamos impactados ao constatar esses fatos, porém, não é somente
em nossa profissão que isso ocorre, pessoas que trabalham ilegalmente existem
aos montes, o que falta são pessoas que trabalham bem.
Este é o nosso filão de mercado, é exatamente nesse ponto que devemos
investir, na nossa qualificação pessoal. Os clientes estão exigentes e o mundo
muito moderno e diferente.
Para acompanhar a evolução do mercado imobiliário, o bom profissional
precisa se dedicar à qualificação e aos estudos. Nesta unidade, pudemos ver que
a Lei de Locação é de fácil compreensão e interpretação, e o que não for tão sim-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ples para entender, contamos com os recursos tecnológicos, que nos possibilitam
acesso rápido a informações em qualquer lugar em que estivermos, por isso jus-
tificativas não cabem mais para o amadorismo.
Todo corretor de imóveis deve conhecer, no mínimo, a legislação COFECI,
a Lei de Locação e o capítulo do Código Civil que se refere à nossa profissão.
1. Cecília é casada com Nelson e resolveu alugar um imóvel comercial para Júlio
pelo prazo de 12 anos. O Contrato de Locação saiu somente em nome da Ce-
cília, mas Júlio pediu que o Nelson assinasse também. Por que Júlio fez essa
solicitação, sendo que Cecília já aluga outro imóvel comercial para Júlio pelo
prazo de 5 anos e, nesse Contrato de Locação o Nelson não teve que assinar?
2. Um imóvel alugado pode ser colocado à venda?
3. Cite três obrigações do LOCADOR e três obrigações do LOCATÁRIO.
MATERIAL COMPLEMENTAR
RESPONSABILIDADE DO
IV
UNIDADE
GESTOR
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar o capítulo do Novo Código Civil Brasileiro que trata da
corretagem.
■■ Proporcionar uma visão dos aspectos jurídicos da atuação do
profissional.
■■ Destacar a importância do conhecimento da responsabilidade do
gestor.
■■ Caracterizar a figura do corretor de imóveis.
■■ Apresentar a Tabela de Honorários.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Código Civil Brasileiro: da Corretagem
■■ O Corretor de Imóveis
■■ Remuneração
131
INTRODUÇÃO
Chamamos de Novo Código Civil brasileiro, mas a lei data de 2002. Entretanto,
o caráter de ser novo não se refere apenas ao ano de sua criação, mas também
ao fato de ser a primeira vez que é dado espaço exclusivo dentro do Código Civil
para a nossa profissão.
O capítulo intitulado “Da corretagem” trata exclusivamente da atividade do
corretor de imóveis, instituindo direitos e deveres. Um dos assuntos de maior
interesse para nossa profissão foi abordado de forma bem clara; trata-se daquele
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
típico caso do cliente que deixa o imóvel para que trabalhemos na venda por um
tempo determinado com opção de venda, e após investirmos em propaganda,
jornal, internet, placas, telefonemas e visitas, ele aguarda o término do prazo do
contrato e concretiza o negócio com a pessoa que você apresentou para evitar
ter que pagar a comissão. Sobre esse assunto, a lei é bem clara em proteger nos-
sos direitos.
A lei fala também sobre a responsabilidade que o corretor tem na atuação
enquanto profissional, dispondo sobre os honorários e sobre a parceria, assun-
tos importantíssimos para o desenvolvimento de nosso trabalho.
Abordaremos também o perfil do novo profissional, discorrendo desde a for-
mação até a forma de se vestir, de falar, de se comportar, de se comunicar, para
atingir todos os seus objetivos.
Nossa unidade terminará de forma bem prazerosa, pois falaremos da remune-
ração do corretor, ou seja, dos honorários pelos quais trabalhamos e merecemos.
Introdução
IV
Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a ou-
tra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer
relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais
negócios, conforme as instruções recebidas (BRASIL, 2002).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mento específico escrito:
a. VENDA:
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
133
Nesses casos, pelo volume das transações, os contratos são redigidos por advoga-
dos em que se estabelecem honorários para implantação, venda e administração
de LOTEAMENTOS, e para permuta ou venda do imóvel a ser incorporado e
venda dos imóveis.
e. ASSESSORIA:
f. CONSULTORIA:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com diligência
e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informa-
ções sobre o andamento do negócio. (Redação dada pela Lei nº 12.236,
de 2010)
Esse é um dos artigos mais importantes desse capítulo. O caput é claro em rela-
cionar os DEVERES do Corretor de Imóveis. Ele deve obrigatoriamente executar
a mediação com diligência e prudência. A palavra MEDIAÇÃO deixa claro que
mesmo tendo sido contratado por apenas uma das partes, o cuidado deve ser
dispensado a ambos.
A obrigação de prestar ao cliente todas as informações sobre o andamento
do negócio deve ser feita espontaneamente.
Caso o profissional deixe de executar as obrigações acima, ele poderá ser res-
ponsabilizado pela parte que se sentir prejudicada civil e criminalmente.
O corretor deverá também prestar todos os esclarecimentos acerca da segu-
rança ou do risco do negócio, alteração dos valores e de outros fatores que possam
influir nos resultados da incumbência sob pena de responder por perdas e danos.
Infelizmente, o mercado ainda é ocupado por pessoas sem ética, sem pre-
paro e desconhecedoras da presente lei, por isso continuam acreditando na lei
da vantagem e correndo o risco. Esses maus profissionais apresentam imóveis
tentando enganar os clientes, omitindo fatos ou dados, deixando de levar ao
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
135
conhecimento das partes fatores como: planejamento urbano, lei de uso e ocu-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ cadastros;
■■ processos bancários para financiamentos;
■■ contatos com tabelionatos e registros de imóveis etc.
Art. 726. Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes,
nenhuma remuneração será devida ao corretor; mas se, por escrito, for
ajustada a corretagem com exclusividade, terá o corretor direito à re-
muneração integral, ainda que realizado o negócio sem a sua mediação,
salvo se comprovada sua inércia ou ociosidade (BRASIL, 2002).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
esse artigo. Pessoas sem ética podem atuar em qualquer função ou segmento.
Existem proprietários que “usam” o conhecimento e habilidade do Corretor de
Imóveis para avaliar, publicar e mostrar seu produto, depois, na iminência de
pagar a remuneração devida, tentam excluir o corretor do negócio, e muitas
vezes conseguem.
Por questão de justiça, somente não terá direito ao recebimento da comissão,
o profissional que demonstrar inércia e ociosidade devidamente comprovadas.
Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dis-
pensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da
sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará se
o negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por
efeito dos trabalhos do corretor (BRASIL, 2002).
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
137
O CORRETOR DE IMÓVEIS
Essas são algumas perguntas que quase todo ser humano faz ou pelo menos já
fez uma vez na vida. São reflexões que norteiam nossos caminhos e nos ajudam
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a fazer escolhas e tomar decisões.
Vamos imaginar que essas dúvidas sejam de caráter pessoal e subjetivo, e as
que seguem são de caráter profissional e objetivo.
Tenho credenciais para atuar como Corretor de Imóveis, mas tenho
qualificação para desempenhar a função?
Como fiz para me tornar um Corretor de Imóveis?
O que faz de mim um Corretor de Imóveis?
Que nota atribuo ao meu desempenho como Corretor de Imóveis?
Eu me considero um bom profissional?
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
139
Lançado e aceito o desafio, agora nos resta dar início aos nossos trabalhos na
pessoa do corretor de imóveis.
Quando falamos do PAPEL LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIO, estamos
nos referindo às atribuições, ao desempenho e funções de um profissional na
ordem moral, jurídica e técnica.
O desafio desta unidade será respondermos juntos, uma a uma, às ques-
tões abaixo:
1. Quais são as atribuições de um Gestor imobiliário?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O Corretor de Imóveis
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
isso precisamos surpreender.
Precisamos demonstrar que o profissional mudou. A nomenclatura “gestor”
não existe apenas por questão de grafia, mas porque surgiu um novo perfil de
agente imobiliário, diferente desde a forma de falar, de escrever, de se relacionar
com as pessoas e, principalmente, ético.
Forma de falar
A linguagem é utilizada como uma forma de comunicação. Por meio dela, o cor-
retor de imóveis encanta seu cliente conquistando-o e realizando bons negócios.
Entretanto, é preciso cuidado ao utilizar a forma correta de linguagem, sendo
assim, a melhor forma de falar é aquela de acordo com as regras gramaticais e,
acima de tudo, com profissionalismo.
Não fica bem para um Gestor Imobiliário atender seu cliente falando alto,
usando gírias, palavras de baixo calão ou sendo excessivamente artificial.
O cliente quer e merece ser tratado com respeito, para tanto, nada melhor do
que saber falar. É preciso investir em leitura, qualificação e estar sempre atuali-
zado quanto às notícias de sua região, do país e do mundo, assim, entre a visita
de um imóvel e outro, o percurso se torna agradável e o encantamento do cliente
é feito naturalmente.
Forma de escrever
O mundo dos negócios imobiliários gira em torno de papéis e documentos. A
maioria deles é padronizada, feita por tabeliães ou segue modelos, porém, com
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
141
redes sociais, celulares, aplicativos, por serem realizados, muitas vezes, mediante
dispositivos móveis de pequeno porte, dificultam a digitação, sendo assim, abre-
viações são recursos muitas vezes utilizados, assim como figuras, ilustrações,
desenhos, símbolos, repetições de letras etc.
Realmente não fica bem enviar uma mensagem para o seu cliente dessa forma:
“Sr. Carlos ass. Contrat. Hj a tarde no Cart. Frederico Blz? T+”
Traduzindo: “Sr. Carlos, a assinatura do contrato será hoje à tarde no Cartório
Frederico. Grato até mais”.
O Corretor de Imóveis
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Naum - Não
Nd - Nada
Pq - Porque
Q - que
Qdo - Quando
Qq - Qualquer
Rs - Risos
T+ - Até mais
Tb - Também
Tc - Teclar
Td - Tudo
Vc - Você
Vlw - Valeu!
:) - Feliz
:* - Beijo
:T - Mascando chicletes
kkk - Risos
Disponível em: <http://www.revistaliteraria.com.br/internetes.htm>. Aces-
so em: 25 nov. 2014.
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
143
O Corretor de Imóveis
IV
Ter hombridade significa ter caráter, dignidade, enfim ter palavra. Todas as
vezes em que for se comprometer, é preciso pensar bem sobre o cumprimento.
Muitos corretores prometem que vão prestar informações, enviar documentos,
fazer ligações, visitar imóveis e simplesmente não o fazem.
Muitas vezes, nossa profissão fica estigmatizada pelo mau comportamento
de algumas pessoas.
Postura Profissional
As palavras PROFISSIONAL e AMADOR servem para diferenciar a pessoa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que tem habilidade para exercer uma função daquela que tem conhecimentos
superficiais.
O bom profissional tem sempre DISPONIBILIDADE para executar a sua
função, está sempre disposto a trabalhar e não vê nas dificuldades uma barreira,
e sim uma oportunidade de crescimento.
Deve ter COMPETÊNCIA para lidar com problemas e adversidades, para
encontrar soluções e compreender que nem sempre os negócios realizados são
excelentes. O bom, o regular e o satisfatório também podem ser considerados
sucesso.
Um corretor com QUALIFICAÇÃO é aquele que desenvolve suas habilida-
des, que aprimora seus conhecimentos para ser respeitado e competitivo, por
isso a ATITUDE diferencia quem prefere ficar parado se lamentando das intem-
péries daquele que decide mudar.
PERSISTÊNCIA e PERSEVERANÇA são, sem dúvida, as características mais
louváveis e admiráveis do Corretor de Imóveis.
Ele trabalha incansavelmente, vai à busca do imóvel, tenta conquistar o cliente,
não tem horário definido para almoçar, domingos e feriados são dias úteis, lida
com maus profissionais, lida com maus clientes, e quando acredita estar próximo
de conseguir a realização do negócio, acontece um infortúnio e todo o esforço
foi em vão. O Corretor, austero e altivo, ergue a cabeça e começa todo o traba-
lho novamente. Não é por acaso que o colibri é o símbolo do gestor. O colibri é
a única ave que voa em marcha ré e fica parado no ar.
O bom profissional tem também NOÇÃO DE HIERARQUIA, sabe respei-
tar os colegas que ocupam cargos superiores da mesma forma que respeita os
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
145
O bom gestor deve saber avaliar o bem e o mal e agir de forma correta, não
prejudicando ninguém. Nesta oportunidade, pensaremos na ética como atitudes
que não são passíveis de punições pecuniárias ou legais, mas sim condenáveis
pela própria consciência.
Conhecedor das normas de convivência aplicáveis ao relacionamento humano
e também em conformidade com o código de ética profissional, cada pessoa
deve escolher os caminhos pelos quais deseja conduzir sua vida e sua carreira.
Postura Pessoal
Sabemos que somos nosso próprio cartão de visitas, por esse motivo, o Corretor
de Imóveis deve prezar pela sua postura pessoal. Ao lidar com pessoas, os itens
abaixo são vitais para a sobrevivência no mercado imobiliário.
■■ ASSEIO
É muito bom ser atendido por profissional sempre limpo e bem cuidado.
■■ CABELO
Os cabelos devem ser mantidos sempre bem cortados e igualmente limpos.
■■ UNHAS
Não há necessidade de recorrer a profissionais para cuidar das unhas,
basta mantê-las limpas e higienizadas.
■■ HÁLITO
Uma boa escovação e o uso de enxaguantes bucais evitam o mau hálito.
O atendimento ao cliente é dado com muita aproximação física, portanto,
não tem como o mau hálito passar despercebido.
O Corretor de Imóveis
IV
■■ DESODORANTES
O desodorante deve ser utilizado na medida correta e na oportunidade
adequada. Talvez a aplicação de desodorante seja inútil, quando a provi-
dência a ser tomada é um bom banho.
■■ PERFUMES
Da mesma forma que o desodorante, pode acontecer do cliente ser alérgico,
então se deve tomar muito cuidado com o uso de perfumes, principal-
mente em excesso.
■■ ROUPAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O mais aconselhável para o exercício das atividades profissionais seria,
sem dúvida, o uniforme. Além de padronizar as vestimentas de todos os
colaboradores, evitaria excessos.
Para os homens, sem dúvida, calça, camisa e sapatos, não há necessi-
dade do uso da gravata, porém as roupas devem ser adequadas, limpas
e bem passadas.
Para as mulheres, roupas discretas e comedidas, não é aconselhável, sob
pena de perder o cliente ou ser mal interpretada, o uso de decotes, trans-
parências, roupas curtas ou demasiadamente chamativas.
■■ CALÇADOS
Para os homens, deve-se evitar o uso de tênis, por ser calçado esportivo
e causar impressão de descaso ou falta de comprometimento.
Uso de chinelos nem pensar. Uma boa alternativa seria o chamado sapa-
tênis, esse calçado alia a elegância de um sapato com o conforto de um
tênis, mas em todas as alternativas, o asseio é fundamental. Os calçados
devem estar sempre limpos e higienizados.
Para as mulheres, a melhor opção é aquela que permita que a Corretora
de Imóveis se locomova com facilidade, sem proporcionar dor ou descon-
forto para ela e a impressão, ao cliente, de que está indo para uma festa.
A mulher deve ter sempre em mente que está se preparando para o exer-
cício de seu trabalho.
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
147
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O Corretor de Imóveis
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tom da expressão do saber-fazer, mas do saber driblar as normas como forma
de obter vantagens ou velocidade no resultado.
Querido(a) aluno(a), vamos nos esforçar para convencer nossos colegas da
importância de não deixar contaminar nem comprometer nossa carreira e nossa
identidade. Atitudes contra a moral depõem contra nossa carreira e nosso futuro.
Nem todas elas se apresentam adaptadas ao mercado imobiliário, por isso está
lançado o desafio ao corretor, de desenvolver as técnicas na medida em que forem
se fazendo necessárias e conquistar assim um bom desempenho profissional.
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
149
REMUNERAÇÃO
Remuneração
IV
R E S O L V E:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
analisar cadastro, confeccionar vistoria e Contrato de Locação, é devido o valor
correspondente a 01 (um) aluguel mensal.
O cliente deve ser muito bem informado pelo Corretor de Imóveis sobre a
diferença entre LOCAÇÃO e ADMINISTRAÇÃO, razão pela qual a lei fala em
recebimento pelos serviços prestados para a locação, sem prejuízo da cobrança
de honorários devidos pelos serviços de administração, por se tratar de situa-
ções diversas.
“II - Para a administração de imóveis, um percentual de até 12% (doze por
cento) do montante dos recebimentos mensais, salvo a hipótese de aluguel garan-
tido, por todo o tempo de duração da locação” (BRASIL, 1992).
ALUGUEL GARANTIDO é um serviço que algumas empresas ou até mesmo
corretores de imóveis, pessoa física, oferecem ao cliente, que consiste em interme-
diar a locação, comprometendo-se a repassar mensalmente os aluguéis devidos
pelo locatário, mesmo que ele se atrase ou deixe de pagar.
Essa prática foi muito utilizada anos atrás, pois era uma forma de conquis-
tar e manter o cliente. Consistia em fazer uma análise criteriosa do cadastro do
locatário e do fiador, que era a garantia mais utilizada e arriscar contando ape-
nas com a honestidade e adimplemento do locatário.
A população aumentou, da mesma forma o número de imóveis e dos deve-
dores, assim, a empresa que detinha uma carteira de locação grande sofria um
desencaixe financeiro proporcional quando tinha que honrar com a palavra,
repassando ao locador o aluguel que ainda nem havia recebido.
Arrebatados por diversas crises financeiras, econômicas e políticas, e per-
cebendo a inviabilidade dessa modalidade de administração, a cada dia, menos
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
151
Remuneração
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
penalidades legais previstas para faltas graves.
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
153
MODELO DE TABELA
HONORÁRIOS - SINDIMÓVEIS
Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. VENDA DE IMÓVEIS
1.1 - Municípios Urbanos e Rurais: sobre o valor total da venda: 6% (seis por
cento).
1.2 - Nos imóveis financiados o percentual acima incidirá sobre a soma do valor
da cessão de direitos mais o saldo devedor apurado junto ao agente financeiro.
2. LOTEAMENTOS
2.1 - IMPLANTAÇÃO
2.1.1 - Organização, aprovação, plano de vendas sobre o valor original do lote:
8% (oito por cento).
2.2 – VENDAS
2.2.1 – Loteamento Urbano: 6% (seis por cento).
2.2.2 – Loteamento Rural: 6% (seis por cento).
2.2.3 – Loteamento no Litoral: 6% (seis por cento).
2.3 – ADMINISTRAÇÃO
2.3.1 – Loteamento Urbano, Rural e Litoral: 10% (dez por cento).
3. PERMUTA
Nas permutas os honorários serão pagos sobre todas as propriedades nego-
ciadas, pelos respectivos proprietários, de acordo com os itens 1.1 e 1.2 desta
Tabela, incidindo os percentuais acima sobre os valores de cada propriedade.
3.1 – Nos casos de permuta em que houver torna, em espécie e/ou bens móveis
aplica-se o previsto no item 1.1 desta tabela.
4. COMPRA
Incumbência expressa para compra de imóvel, com honorários pagos pelo solici-
tante de acordo com os itens 1.1 e 1.2 desta Tabela.
Fonte: www.sindimoveis.org.br/conteudo.php?iD=117
Modelo de Tabela
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
equivalente a 10% (dez por cento) dos valores mensais recebidos (aluguéis e
todas as taxas como IPTU, condomínio etc.), sem garantia dos valores.
5.5 - Taxa de Administração de Imóvel com Aluguel Garantido: 12% (doze por
cento) do montante dos recebimentos mensais, com garantia mínima de dois
alugueres.
5.5.1 - Ficam ressalvados nos itens 5.4 e 5.5 os contratos anteriormente a
13/11/1992, que previam taxas inferiores e a sua incidência apenas sobre o
aluguel líquido.
6. PARECER SOBRE O VALOR DE MERCADO
6.1 - Valor de Venda: taxa mínima de R$ 300,00 - (trezentos reais), corrigidos
pelo CUB.
6.2 - Valor Locatício: taxa mínima de 50% (cinquenta por cento) do valor do
aluguel.
6.2.1 - O parecer sobre o valor de mercado compreende os trabalhos desenvolvi-
dos pela fixação do valor de venda e/ou aluguel inicial e somente será cobrado
quando não houver outorga de contrato de administração ou autorização de
venda.
Fonte: www.sindimoveis.org.br/conteudo.php?iD=117
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
155
O percentual para cálculo dos honorários deverá ser aplicado sobre o valor en-
contrado para a locação.
Para locações de valor superior a R$ 25.001,00, justificar o percentual de acordo
com a complexidade do trabalho.
Fonte: www.sindimoveis.org.br/conteudo.php?iD=117
Modelo de Tabela
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de R$ 85.001,00 até R$ 105.000,00 R$ 1.302,00
de R$ 105.001,00 até R$ 110.000,00 R$ 1.375,73
de R$ 110.001,00 até R$ 120.000,00 R$ 1.470,07
de R$ 120.001,00 até R$ 130.000,00 R$ 1.548,54
de R$ 130.001,00 até R$ 140.000,00 R$ 1.619,30
de R$ 140.001,00 até R$ 150.000,00 R$ 1.685,12
de R$ 150.001,00 até R$ 200.000,00 R$ 1.972,98
de R$ 200.001,00 até R$ 250.000,00 R$ 2.223,40
de R$ 250.001,00 até R$ 300.000,00 R$ 2.425,66
de R$ 300.001,00 até R$ 400.000,00 R$ 2.871,60
de R$ 400.001,00 até R$ 500.000,00 R$ 3.255,75
de R$ 500.001,00 até R$ 600.000,00 R$ 3.616,06
de R$ 600.001,00 até R$ 700.000,00 R$ 3.958,50
de R$ 700.001,00 até R$ 800.000,00 R$ 4.286,77
de R$ 800.001,00 até R$ 900.000,00 R$ 4.603,39
de R$ 900.001,00 até R$ 1.000.000,00 R$ 4.910,18
de R$ 1.000.001,00 até R$ 1.500.000,00 R$ 6.335,30
de R$ 1.500.001,00 até R$ 2.000.000,00 R$ 7.635,28
de R$ 2.000.001,00 até R$ 3.000.000,00 R$ 10.004,78
de R$ 3.000.001,00 até R$ 4.000.000,00 R$ 12.173,82
de R$ 4.000.001,00 até R$ 5.000.000,00 R$ 14.206,35
de R$ 5.000.001,00 até R$ 10.000.000,00 R$ 23.178,78
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
157
Valores diferentes dos acima previstos poderão ser obtidos mediante aplicação
de simples regra de três.
IMPORTANTE
I - Constituem, entre outras, infrações graves ao código de ética instituído pela
Resolução-COFECI nº 326/1992:
a) a cobrança de honorários inferiores a esta Tabela;
b) a cobrança de qualquer valor ou percentual além do convencionado na auto-
rização ou no contrato de prestação de serviços.
c) a cobrança de sobre - preço (over-price).
II - Esta Tabela substitui e revoga todas as anteriores e deve ser colocada em local
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
visível ao público.
III - A presente Tabela de Honorários foi homologada em Reunião Plenária do
CRECI – PR. Em 27/11/2008.
Quadro 1: Honorários - Sindimóveis
Fonte: Brasil (2014, online) http://www.crecipr.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3
71:honorarios-sindimoveis&catid=38:honorarios&Itemid=34
Modelo de Tabela
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Resolução–Cofeci nº 334/92:
Art. 3° - Se a elaboração do contrato de locação for atribuída a corre-
tor ou empresa administradora de imóveis, devidamente inscritos no
CRECI de sua jurisdição, os honorários serão cobrados da parte que a
contratar, devendo essa contratação ser necessariamente escrita, com
os destaques exigidos pelo Código de Defesa do Consumidor e conter
as assinaturas de 2 (duas) testemunhas (BRASIL, 1992).
A própria tabela que estabelece os valores a serem cobrados tem como denomi-
nação TABELA DE HONORÁRIOS.
Restou provado pelas citações acima, que não há consenso sobre a nomencla-
tura a ser adotada, mas é notória a evolução da classe e a qualidade dos serviços
prestados pelos bons profissionais que têm buscado se qualificar e dominar téc-
nicas específicas.
O ser humano sabe reconhecer facilmente o que é bom e sabe principalmente
detectar o que é ruim. Aos poucos, o próprio mercado tem se encarregado de
deixar à margem os profissionais que insistem em levar vantagem, em aplicar
apenas conhecimentos empíricos, ignorando a evolução científica e tecnológica.
A discussão sobre qual o melhor termo a ser utilizado: HONORÁRIOS,
COMISSÃO OU CORRETAGEM pode demorar um pouco para ter fim, mas
a participação de pessoas oportunistas, desonestas e desqualificas no mercado
imobiliários deve encerrar imediatamente.
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
159
O fato do corretor aceitar comissão abaixo da tabela não seria o valor que
ele mesmo dá ao seu trabalho, ou seja, menor do que o estabelecido por lei?
Qual relação teria o profissionalismo, o direito à justa remuneração e o reco-
nhecimento ao trabalho com o fato de trabalhar sempre dando um jeitinho
para tudo? Qual é o seu objetivo ao estudar na Unicesumar?
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
161
DESENVOLVIMENTO DA
V
UNIDADE
PROFISSÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar as Operações Imobiliárias.
■■ Conhecer o perfil do cliente.
■■ Compreender formas de atender, conquistar e fidelizar clientes.
■■ Importância da qualificação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Operações Imobiliárias
■■ O Cliente
■■ Qualificação
165
INTRODUÇÃO
Introdução
V
OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Compra
Quando decide comprar um imóvel, o cliente bem informado sabe que é fun-
damental poder contar com o profissional que ele já conhece e em quem confia.
Em todas as situações em que a realização do negócio imobiliário contar com a
participação de um corretor, a comissão será devida, então, o melhor a ser feito
é contratar o corretor para auxiliar na compra.
O cliente expõe suas necessidades, interesses, preferências, valor pretendido,
forma de pagamento e demais detalhes, e o corretor, com base nos dados, preenche
o Contrato de Prestação de Serviços para Compra de Imóvel e dá início à busca.
Essa prática é reconhecida pelo Código Civil Brasileiro, no Art. 722, porém
não é muito utilizada por falta de cautela do corretor.
Muitas vezes, o profissional é procurado e solicitado para obter negócios
conforme as instruções dadas pelo cliente, mas não tem o hábito de firmar con-
trato por escrito, então, ele procura em jornais, entra em contato com parceiros
por meio de telefone, desloca-se até os locais indicados e, depois de todo tra-
balho desenvolvido, recebe a notícia de que o cliente já comprou o imóvel por
meio de outro profissional.
Todo o tempo, dedicação e despesas feitas com a procura terão sido em vão.
Esse é o retrato da falta de profissionalismo.
Cabe ao corretor explicar para o cliente de que forma se dá a busca e as vanta-
gens que ele terá em contar com seus préstimos e convencê-lo a assinar o contrato.
Sem essa prática, o mercado continuará na mesma e o trabalho de um bom
profissional nunca será devidamente reconhecido.
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
167
Venda
É a modalidade na qual o cliente procura o corretor de imóveis para auxiliar na
promoção da venda de um imóvel. Ao contrário do que possa parecer, essa, assim
como as outras modalidades de operações imobiliárias, requer alguns cuidados.
É preciso conhecer dados do imóvel, do vendedor e também a situação do mer-
cado imobiliário. O domínio de todas as informações dará segurança ao cliente
comprador e credibilidade sobre a competência do corretor.
Tanto para a COMPRA quanto para a VENDA é muito importante o
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA VENDA DE IMÓVEL
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Permuta
A permuta é uma operação imobiliária não muito frequente, em função da sua
própria natureza. Por meio dela, os contratantes permutam imóveis de igual
valor mediante a transferência de título de propriedade.
Partindo-se do princípio de que a escolha de um imóvel para compra não
é tarefa fácil, imagine então a probabilidade de duas pessoas gostarem uma do
imóvel da outra simultaneamente e ambos terem o mesmo valor de venda?
Por meio da permuta, acontece uma troca de propriedade de imóveis. Em
tese, a permuta deve ser feita entre imóveis de valores equivalentes. Quando a
permuta não for perfeita (situação em que os valores são próximos, mas não
iguais) e a diferença for de pouca monta, é possível que o complemento se faça
por meio de pagamento em espécie: móveis e eletrodomésticos instalados nos
imóveis ou mesmo com a transferência de automóveis.
Uma vez realizada a permuta, os procedimentos são iguais aos expostos nos
casos de compra e venda, ou seja, procede-se a visitação e a troca de títulos de
propriedade, tudo em conformidade com a lei, contando com os serviços do
tabelião e os documentos devidamente registrados.
No que diz respeito à comissão devida, o assunto é polêmico e motivo de
discussões judiciais. Algumas tabelas estabelecem que o valor devido ao corre-
tor é 6% (seis por cento) e deverá ser pago por cada uma das partes, e outras,
que o valor é de 3% (três por cento) para cada uma das partes.
Operações Imobiliárias
V
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Lembrando que cada CRECI tem autonomia para aprovar a Tabela de
Honorários apresentada pelos sindicatos, logo, nem sempre os valores são os
mesmos, eles variam conforme a região.
Existe uma corrente de corretores, juristas e advogados que entendem ser
justo o pagamento de 6% (seis por cento), e deve ser feito por cada uma das par-
tes em função do trabalho ser literalmente dobrado.
Outra linha segue o raciocínio de que caso venha a ser cobrado 6% (seis por
cento) de cada parte, o corretor estaria recebendo em duplicidade, logo, o mais justo
seria receber metade de cada lado, ou seja, 3% (três por cento) de cada permutante.
Cabe ao corretor analisar o grau de complexidade de cada caso e ajustar o
valor obedecendo à tabela (aprovada pelo CRECI em que está registrado) por
meio de contrato escrito de forma inequívoca, a fim de evitar constrangimen-
tos e ações judiciais futuras.
Locação
Existem situações em que o corretor de imóveis ou a empresa imobiliária são
contratados somente para promover a LOCAÇÃO do imóvel. O valor da remune-
ração será o da Tabela homologada pelo CRECI da região, e o trabalho constitui
na avaliação do imóvel, visita e registro fotográfico, anúncio, busca e triagem de
interessados locatários, análise de cadastros, confecção de vistoria, Contrato de
Locação e demais documentos.
Quando o imóvel estiver na posse do locatário, encerra-se a locação, o
profissional devolve ao locador todos os documentos utilizados e ele passa a
administrar o próprio imóvel.
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
169
Administração
A falta de conhecimento das normas aplicáveis à locação e também a como-
didade em ter um intermediário para resolver problemas oriundos do contrato
levam muitos proprietários a optar pelos serviços de uma administradora ou
corretor de imóveis autônomo.
Todas as questões referentes ao Contrato de Locação deverão ser interme-
diadas pelo profissional, evitando que as partes entrem em contato.
São atividades exercidas na administração:
-- Recebimento dos aluguéis do LOCATÁRIO;
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Operações Imobiliárias
V
Loteamentos
Conforme a cidade vai crescendo, aumenta a demanda por moradia. Assim, as
áreas no entorno começam a ser ocupadas. Em função das áreas serem muito
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extensas, há a necessidade de parcelamento. O parcelamento do solo para fins
urbanos poderá ser feito mediante LOTEAMENTO ou DESMEMBRAMENTO,
tudo em conformidade com a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979.
Ao Corretor de Imóveis cabe, nos loteamentos, a função de IMPLANTAÇÃO,
VENDA e ADMINISTRAÇÃO.
Incorporações
Assim como no caso dos loteamentos, as incorporações acontecem quando a
cidade cresce e aumenta a necessidade de moradia, entretanto, nesse caso,
de acordo com a Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro de 1964, considera-se
incorporação imobiliária a atividade exercida com o intuito de promover e
realizar a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou
conjunto de edificações compostas de unidades autônomas.
Atualmente, o número de incorporações tem crescido muito, em função do
aumento da demanda e incentivos por parte do governo, quer seja em
liberação de fundos, quer seja na redução de impostos.
As incorporações são compostas de várias fases, dentre as quais, a
participação do corretor é importante em algumas e fundamental em outras.
É o corretor o profissional que está em contato direto com o cliente e
conhece suas necessidades e interesses. Da mesma forma, ele está atento às
novas tendências de mercado e poderá auxiliar engenheiros e arquitetos na
busca de um modelo de imóvel altamente vendável.
Muitas incorporações são fadadas ao insucesso porque os profissionais
envolvidos projetam obras com produtos de acordo com o que eles julgam
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
171
Administração de condomínios
Com o aumento do número de imóveis em condomínio, surgiu um novo
tipo de empresa: a ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS.
São empresas que tratam de executar todos os serviços pertinentes ao condo-
mínio: recebimentos, pagamentos, assistência jurídica, cobranças, administração
de pessoal, manutenção, conservação etc.
O contato com condomínios já faz parte do dia a dia do corretor; adminis-
trar imóveis também é função que ele domina, portanto, essa passa a ser mais
uma operação imobiliária passível de ser exercida.
Operações Imobiliárias
V
Assessoria
A Assessoria Imobiliária consiste em uma operação imobiliária que requer
do profissional conhecimentos técnicos e o domínio de todas as outras opera-
ções. Por assessoria, entende-se o conhecimento especializado dos trâmites e
documentos. É a forma correta de fazer.
■■ O profissional será solicitado para tarefas e informações, como:
■■ Confecção de Contrato de Locação;
■■ Auxílio em consultas e análise de cadastros;
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■■ Termo de Vistoria de entrada e saída de imóvel;
■■ Recibos de pagamento e recebimento de aluguel;
■■ Solicitações;
■■ Avisos;
■■ Notificações;
■■ Comunicados;
■■ Notificação do Direito de Preferência do locatário na compra do imóvel;
■■ Termo de recebimento de Imóvel em Compra e Venda;
■■ Contrato de Compra e Venda;
■■ Proposta de Compra e Venda;
■■ Auxílio no preparo de documentos do comprador, vendedor e imóvel
para financiamentos;
■■ Auxílio para a regularização de documentos de imóveis;
■■ Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica;
■■ Análise de Taxas de Condomínio;
■■ Verificação sobre IPTU, dentre outras.
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
173
algumas tarefas que fazem parte da assessoria, razão pela qual o profissional deve
estar sempre atualizado sobre os assuntos pertinentes a um mercado tão dinâmico.
Consultoria imobiliária
Ao contrário do que pensam muitos corretores insensatos, consultoria é uma
modalidade de operação imobiliária completamente diferente da assessoria.
Enquanto uma fundamenta-se em opinião, parecer e aconselhamento, ou seja,
de caráter subjetivo e pessoal, dependendo apenas e tão somente do conhe-
cimento até então adquirido, a outra tem por sustentáculo ações de natureza
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
técnica e objetiva.
Por se tratar de operação imobiliária de caráter subjetivo, requer muito pre-
paro, ética, consciência profissional e prudência.
Partindo do pressuposto de que quando se procura uma opinião, um pare-
cer ou aconselhamento, a pessoa escolhida precisa ser de confiança, assim, ao
ser consultado, o corretor deve estar muito seguro do que irá falar e mais seguro
ainda para deixar de falar, caso não tenha domínio completo sobre o assunto ou
falta de conhecimento e dados para exarar sua opinião.
Normalmente, o termômetro do mercado imobiliário é o próprio corretor,
pois no desenvolvimento do trabalho no dia a dia, ele sabe qual tipo de imó-
vel está sendo mais rentável para locação, mais fácil para compra e venda, qual
melhor área para comércio, residência, investimentos. Sabe também para qual
direção a cidade tem possibilidade de se expandir; quais os melhores investimen-
tos a curto, médio ou longo prazo; quais terão mais valorização; quais possuem
melhor liquidez; enfim, trata-se pura e simplesmente de opinião.
Nem por isso é correto afirmar que a consultoria imobiliária pode ser feita
de forma descompromissada, sem base técnica alguma. Muito pelo contrário,
porque ao requerer a consultoria imobiliária, imediatamente o cliente pergunta
qual razão levou o corretor a pensar dessa forma, ou seja, automaticamente ele
solicita embasamento para a opinião dada.
Por ser o seu campo de trabalho, o corretor detém um número muito grande
de informações, e algumas até privilegiadas, sobre o mercado imobiliário. O
número de informações será ainda bem maior se ele for atuante nos órgãos
Operações Imobiliárias
V
representativos da classe, pois ele será um dos primeiros, a saber, por exemplo:
da implantação de uma nova rede de supermercados na cidade, da instalação
de centros educacionais, hospitais, shoppings centers, feiras livres, calçadões,
enfim, acontecimentos que irão influenciar na valorização ou depreciação de
alguns imóveis existentes no entorno dessas notícias.
Munido dessas informações, conhecedor da situação política, social e eco-
nômica do país e município, conhecimentos técnicos e experiência profissional,
ele estará capacitado para indicar outro imóvel para compra, aconselhar o cliente
a não comprar no momento, a esperar um pouco para vender, enfim, prestar
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uma boa consultoria.
Lembrando que o profissional incauto poderá responder judicialmente por
danos causados para o cliente com base no Código de Defesa do Consumidor.
Sendo assim, caso o corretor não se sinta preparado para prestar consultoria
imobiliária, não ofereça o serviço, tampouco o execute. Acima de tudo, deve vir
o respeito ao próximo.
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
175
Gestor x Corretor
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O Gestor Imobiliário teve como formação curso superior de tecnologia com matri-
zes curriculares que cumprem o exigido por lei, complementadas por várias outras
disciplinas, que variam de acordo com a proposta de cada instituição de ensino.
Operações Imobiliárias
V
Observe um exemplo:
■■ Estatística e Pesquisa Imobiliária;
■■ O Papel Legal do Gestor Imobiliário;
■■ Planejamento Urbano e Meio Ambiente;
■■ Incorporações imobiliárias e loteamentos;
■■ Sistema Registral e Notarial;
■■ Operações Imobiliárias;
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■■ Conceitos da Administração e Ética Empresarial;
■■ Economia e Sociedade;
■■ Matemática Financeira e Plano de Negócios;
■■ Sistema de Investimentos Imobiliários;
■■ Direito e Legislação Imobiliária;
■■ Comunicação Empresarial e Negociação;
■■ Sustentabilidade e Responsabilidade Social;
■■ Administração de Conflitos e Relacionamentos;
■■ Avaliação Imobiliária;
■■ Administração de Locação e de Condomínios.
Embora a resolução que exige a matriz curricular mínima para a formação de
um corretor tenha sido aprovada em 30 de outubro de 2001, já se tornou insu-
ficiente para as exigências do mercado.
As disciplinas abordadas nos cursos de Gestão estão cada vez mais volta-
das a auxiliar o profissional a obter o melhor desempenho possível de seu papel.
O profissional está cada vez mais sentindo necessidade de ter um diferencial
para que ele se destaque e esse diferencial diz respeito diretamente à formação
educacional.
Quando a pessoa opta por um curso superior de tecnologia percebe a dife-
rença. O profissional passa a enxergar o mercado com outros olhos, além de
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
177
O CLIENTE
O Cliente
V
classe evoluiu, que os profissionais estão cada vez mais qualificados e são mere-
cedores da remuneração devida.
O que parece ser missão impossível deve ser encarado de forma técnica. Como
fazer o cliente entender que não tem razão, mas será bem atendido e esforços serão
empreendidos para satisfazer seus desejos e necessidades? TRANSPARÊNCIA!
Os princípios e valores do profissional devem estar bem claros e definidos,
assim como os interesses de todas as partes envolvidas. O corretor explicará ao
cliente todos os aspectos do negócio, quem pagará a quem, quanto, quando, por
que, as vantagens, os interesses de cada um e, conhecendo bem o seu cliente, dei-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
xará bem claro que a situação ideal é aquela que é favorável a todos, o que não
significa satisfação em 100%.
Atualmente, o melhor a ser feito no mundo dos negócios é a relação em que
todos ganham, porém, não existe solução matemática de equilíbrio em que não
existam concessões, assim, um profissional bem preparado, qualificado e munido
de informações facilmente conseguirá levar o cliente à compreensão de que ao
ceder um pouco, todos sairão ganhando.
“Um profissional bem preparado com certeza saberá lidar com situações di-
fíceis, afinal, nenhuma intransigência resiste a uma boa argumentação com
bases técnicas, lógicas e feitas de forma honesta”.
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
179
O Cliente
V
quando o cliente não conhecia seus direitos, ou mesmo, não os tinha resguar-
dados e também desconhecia seu valor no mercado.
Sabemos que o imóvel é um bem durável e pode trazer ao cliente grande
satisfação com a boa escolha ou enorme frustração, tristeza e sensação de ter
sido enganado, caso realize um mau negócio.
O cliente é a nossa maior propaganda, ele irá comentar com as pessoas o
resultado do nosso atendimento e despertará nelas interesse por nossos prés-
timos, ou reação totalmente contrária, alertando sobre o descontentamento e
desaconselhando sobre a contratação dos serviços.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Por essa razão, não é aconselhável forçar o cliente a fazer o que ele não deseja.
O bom atendimento consiste em, conhecendo o cliente, o Corretor localizar exa-
tamente o negócio que ele procura.
Quando a lei fala em intermediar o negócio, conforme as instruções recebi-
das, já salienta a necessidade de saber entender o cliente.
c. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DO CLIENTE
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
181
Atendimento online
As empresas imobiliárias entraram definitivamente na era da informática. Imagine
o trabalho que tinham os corretores quando da legalização da profissão; todos os
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O Cliente
V
Pós-venda
O pós-venda se inicia logo após realizado o negócio imobiliário. Nessa oportu-
nidade, é muito importante o profissional se colocar à disposição do cliente para
que a satisfação seja completa e ele possa, enfim, usufruir de todos os benefícios
da operação imobiliária realizada.
Para cada operação será necessária uma ação pós-venda diferente, em fun-
ção da natureza da transação: COMPRA, VENDA, PERMUTA, LOCAÇÃO,
ADMINISTRAÇÃO, LOTEAMENTOS, INCORPORAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO
DE CONDOMÍNIOS, ASSESSORIA, CONSULTORIA e PTAM.
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Muitas vezes, o profissional, ao invés de procurar o cliente para avaliar o grau
de satisfação, evita encontrá-lo, pois sabe que ele está insatisfeito.
Para evitar essa situação, o trabalho preventivo deve ser realizado de maneira
séria e eficaz. No decorrer da negociação, tudo deve ser dito às claras. Nem sem-
pre existe 100% de satisfação de todas as partes envolvidas, mas os clientes devem
ter 100% de certeza de que o profissional se empenhou o máximo que pôde para
que tudo ocorresse dentro das expectativas.
No Mercado Imobiliário, não é comum a ação no pós-venda. Ao adotar
uma postura diferenciada, o bom profissional irá surpreender o cliente ao ques-
tioná-lo sobre a satisfação no negócio realizado. E causará maior perplexidade
ainda ao se empenhar na solução de algum problema que tenha sido detectado.
Mais uma vez, a melhor ótica será por meio da empatia. Assim, você saberá
como o cliente gostaria de ser tratado e tomará as atitudes necessárias.
Fidelização do cliente
A fidelização do cliente, depois da remuneração, é a maior realização do pro-
fissional; é a coroação de toda dedicação e profissionalismo. Ao ser procurado
novamente pelo mesmo cliente, o Corretor de Imóveis terá a certeza de que houve
o reconhecimento pelo trabalho.
No mercado imobiliário, conquistar a fidelização do cliente é muito mais fácil
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
183
do que no comércio, por exemplo. Não existe a oferta de produtos por preços mais
baixos ou melhores condições de pagamento, porque essa decisão normalmente
não cabe ao corretor. O que existe é o melhor atendimento, é a segurança na rea-
lização dos negócios, a satisfação dos objetivos alcançados e a ética demonstrada.
Os negócios imobiliários não acontecem com frequência, por isso é pre-
ciso ser sempre lembrado pelo cliente; para isso, ações como: envio de cartões
de aniversário, datas comemorativas, notícias do mercado, lançamentos, opor-
tunidades de negócios devem ser sempre realizadas.
A internet é um excelente meio de comunicação e muitas das ações sugeri-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
das acima podem ser feitas por meio dela, por outro lado, algumas, se feitas do
modo tradicional, causarão mais impacto, como, por exemplo, o envio de cartões
pelo correio e com, pelo menos, o nome do remetente e destinatário manuscri-
tos, para dar mais pessoalidade.
O Cliente
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
QUALIFICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
185
Qualificação
V
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
penal, porém o Papel Legal do Gestor Imobiliário vai muito além da carteira.
É preciso que ele tenha conhecimento de toda legislação aplicável, que res-
peite o código de ética, que saiba exatamente o que almeja, que conheça todas as
operações imobiliárias, seu produto, o cliente, e nunca pare de estudar.
A qualificação é a palavra-chave desta unidade. Quem congelar seu conhe-
cimento, acreditando que o que conhece é o suficiente, assistirá ao mercado
fluindo na sua frente como se fosse um espetáculo, em que o papel da plateia é
apenas observar e aplaudir.
Tenha iniciativa, aposte e invista em você e em seu conhecimento, não tenha
preguiça, toda forma de aprender vale a pena.
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
187
Caro(a) colega, é com muito prazer que compartilho algumas de minhas ideias com
você. Desejo que, juntos, consigamos fazer com que nossos clientes e a sociedade
vejam no Corretor de Imóveis um profissional nobre, distinto e honrado.
191
REFERÊNCIAS
UNIDADE I
1) Foi regulamentada no dia 27 de agosto de 1962.
2) Inscrição secundária ou suplementar é a efetuada no Conselho Regional diverso
daquele em que a pessoa física ou jurídica possuir a inscrição principal, para permi-
tir o exercício da atividade profissional além dos limites fixados no § 3º do artigo 5°
da RESOLUÇÃO-COFECI Nº 327/92.
Art. 5º - Inscrição originária ou principal é aquela feita no CRECI da
Região onde o Corretor de Imóveis tenha o seu domicílio e exerça a
sua atividade permanente ou esteja sediada a matriz da pessoa jurídica.
......................................................................................................
Do decreto nº 81.871/78
3) A resposta é pessoal, mas os Conselhos Federal e Estadual defendem ser essa a
forma mais segura de atender o cliente, visto que apenas um profissional ficará res-
ponsável por promover a intermediação e por ela responderá civil e criminalmente.
UNIDADE III
1) Júlio pediu que Nelson assinasse porque, de acordo com o artigo 3ª da lei de
GABARITO
locação, o contrato com prazo igual ou superior a dez anos deve ter a assinatura do
cônjuge, porque sem a vênia conjugal, o cônjuge não estará obrigado a observar o
prazo excedente.
2) Sim, de acordo com a lei de locação artigo 8º.
3) São obrigações do LOCADOR:
I - entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a
que se destina;
mentos internos;
b) consumo de água e esgoto, gás, luz e força das áreas de uso comum;
UNIDADE IV
1) Ele consegue provar por meio de documentos comprobatórios que podem ser:
GABARITO
Deve-se ter sempre em mente que a nossa profissão é nosso meio de sub-
sistência e conhecer o produto é no mínimo demonstração de conheci-
mento e profissionalismo.
b) CONHECIMENTO DO CLIENTE
Os clientes que mais requerem conhecimento do Corretor de Imóveis são
os de COMPRA e VENDA, não que as outras operações imobiliárias não
mereçam dedicação, é que a procura é maior e mais direcionada, ou seja,
o cliente de locação, de avaliação, assessoria consultoria etc., já sabe o
que está procurando, onde e por quê.
Os clientes de COMPRA e VENDA são disputados no mercado, pois enseja-
rão negociações com taxas superiores e têm à sua disposição uma gama
de ofertas e muitos profissionais disputando a exclusividade na interme-
diação.
Para conhecer o cliente, é preciso identificar suas características, seus de-
sejos, suas possibilidades financeiras, suas preocupações, seus receios,
suas inseguranças etc.
Uma das formas de fazer isso é saber ouvir o cliente e, assim, entendê-lo.
Já ouvi muitos colegas comentando que não se deve dar muitas opções
de escolha para o cliente. O bom corretor deve apresentar, no máximo,
três imóveis e depois usar seu poder de convencimento para forçar o fe-
chamento do negócio.
Pode ser que essa técnica tenha sido muito eficaz em tempos passados,
quando o cliente não conhecia seus direitos, ou mesmo não os tinham
resguardados e também desconhecia seu valor no mercado.
Sabemos que o imóvel é um bem durável e pode trazer ao cliente grande
satisfação com a boa escolha ou enorme frustração, tristeza e sensação de
ter sido enganado, caso realize um mau negócio.
O cliente é nossa maior propaganda, ele irá comentar com as pessoas o
resultado do nosso atendimento e despertará nelas interesse nos nossos
préstimos ou reação totalmente contrária, alertando sobre o desconten-
tamento e desaconselhando sobre a contratação dos serviços.
Por essa razão, não é aconselhável forçar o cliente a fazer o que ele não
deseja. O bom atendimento consiste em, conhecendo o cliente, o Corre-
tor localizar exatamente o negócio que ele procura.
Quando a lei fala em intermediar o negócio conforme as instruções rece-
bidas, já salienta a necessidade de saber entender o cliente.
c) IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DO CLIENTE
Quando o Corretor já conseguiu fazer uma leitura das necessidades do
GABARITO