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Manual Nutrição Hospitalar

MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA

ÁREA HOSPITALAR

ADRIANA CRUZ LOPES


CLÁUDIA REGINA FELICETTI

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 1


Manual Nutrição Hospitalar

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ADULTOS / IDOSOS

ANTROPOMETRIA

1. PESO

1.1 Peso atual:


Adultos: Utiliza-se balança calibrada de plataforma ou eletrônica, o indivíduo deverá
posicionar-se em pé, no centro da base da balança, descalço e com roupas leves.

1.2 Peso usual (ou habitual):


Relatado pelo paciente ou familiar. Utiliza-se em casos de impossibilidade de medir o peso atual
ou utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso.

1.3 Peso ideal ou desejável: calculado pelos métodos abaixo:

1.3.1 CÁLCULO DE PESO IDEAL

1.3.1.1 PELO IMC

Homens = altura 2 x 22

Mulheres = altura 2 x 21
OBS: Altura em metros.

1.3.1.2 MÉTODO DA COMPLEIÇÃO (OSSATURA)

Compleição = altura (cm)


Circunferência do pulso(cm)

Onde:
Compleição (ossatura) Pequena Média Grande
Homens > 10.4 10.5 – 9.5 < 9.6
Mulheres > 10.9 10.8 - 9.8 < 9.9
OBS.: Para cálculo do peso ideal utilizar a tabela Metropolitan Life Insurance Company – 1959 em
anexo.

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1.3.1.3 FÓRMULA DE LORENTZ

PI = (A – 100) – (A – 150) = +5 ou –5
4

OBS: A = altura em centímetros; +5 = compleição grande


-5 = compleição pequena
0 = compleição média.

1.3.2 PERCENTUAIS PARA CLASSIFICAÇÃO DO PESO

1.3.2.1 PERCENTUAL DE PESO CORPORAL IDEAL (PA/PI x 100)

> 200% Obesidade Grau III


141 – 200% Obesidade Grau II
120 – 140% Obesidade Grau I
91 – 119% EUTROFIA
80 – 90% Desnutrição Leve
70 – 79% Desnutrição Moderada
0 – 69% Desnutrição Grave
Adaptado de BLACKBURN et al. (1977) e BERNARD (1988)

1.3.2.2 PERCENTUAL DE PESO CORPORAL HABITUAL (PA/PH x 100)


85 – 95% Desnutrição Leve
75 – 84% Desnutrição Moderada
0 – 74% Desnutrição Grave
Adaptado de BLACKBURN et al. (1977)

1.4 ESTIMATIVA DE PESO

Utilizada quando não se consegue pesar o paciente. É possível estimar o peso por meio das
seguintes equações:

1.4.1 CHUMLEA (1985):

Homem = [ (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69 ]

Mulher = [ (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35 ]

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CP – Circunferência da Panturrilha
AJ – Altura do joelho
CB – Circunferência do braço
PCSE – Prega cutânea subescapular

1.4.2.ESTIMATIVA DE PESO COM EDEMA

Edema Excesso de Peso Hídrico


+ Tornozelo 1 Kg
++ Joelho 3 a 4 Kg
+++ Raiz da coxa 5 a 6 Kg
++++ Anasarca 10 a 12 Kg

1.4.3 ESTIMATIVA DE PESO NA AMPUTAÇÃO

Para corrigir o peso corpóreo ideal para amputados, deve-se subtrair o peso da
extremidade amputada do peso ideal calculado.

Membro Amputado Proporção de Peso (%)


Mão 0,7
Antebraço 1,6
Braço até ombro 2,7
Pé 1,5
Perna abaixo do joelho 4,4
Perna acima do joelho 10,1
Perna inteira 16,0
FONTE: OSTERKAMP, 1995.

1.5. PERCENTUAL DE PERDA DE PESO

É muito utilizado para avaliar se a perda de peso de pacientes doentes é significativa


clinicamente ou não.

Perda de peso (%) = (peso usual – peso atual) x 100


Peso usual

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Tempo Perda significativa Perda grave de


de peso % peso %

1 semana 1-2 >2


1 mês 5 >5
3 meses 7,5 > 7,5
6 meses 10 > 10

Fonte: BLACKBURN, 1977

2. ESTATURA / ALTURA

O termo estatura significa tanto comprimento como altura, porém comprimento é a medida
do indivíduo deitado e altura é a medida do indivíduo em pé.

2.1 MÉTODOS DE AFERIÇÃO


2.1 .1 Aferição normal: Utiliza-se estadiômetro, antropômetro ou fita métrica fixada em parede
lisa sem rodapé. O indivíduo deve ficar em pé, descalço, com os calcanhares juntos, costas
retas, braços estendidos e olhar para o horizonte.

2.1.2 Extensão dos braços ou envergadura: Os braços devem ficar estendidos formando um
ângulo de 90º com o corpo. Pode-se medir de um dedo médio ao outro dedo médio ou do dedo
médio ao osso esterno e multiplicar por 2.

2.1.3 Estatura recumbente: O indivíduo deverá estar deitado com o leito horizontal por completo.
Marcar a altura da extremidade da cabeça e a base do pé. Medir com fita métrica.

2.2 ESTIMATIVA DA ESTATURA: é possível estimar a estatura por meio das seguintes
equações de Chumlea (1985):

Homem = [ 64,19 – (0,04 x idade) ]+ (2,02 x altura do joelho em cm)

Mulher = [ 84,88 – (0,24 x idade) [+ (1,83 x altura do joelho em cm)].

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3. ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA - IMC


3.1 Adultos

IMC(Kg/m2) CLASSIFICAÇÃO
< 16 Magreza grau III
16 a 16,9 Magreza grau II
17 a 18.4 Magreza grau I
18.5 a 24.9 Eutrofia
25 a 29.9 Pré-obeso
30 a 34.9 Obesidade grau I
35 a 39.9 Obesidade grau II
≥ 40 Obesidade grau III
Fonte: OMS, 1995 e 1997.

3.2 Idosos (Acima de 65 anos)


IMC Classificação
< 22 Magreza
22 - 27 Eutrofia
> 27 Excesso de peso
Fonte: LIPSCHITZ, 1994.

3.2.1 Percentis de IMC para idoso (FONTE: BURR & PHILLIPS, 1984).
HOMENS
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95
65-69 18,1 19,4 21,8 24,3 26,9 29,2 30,5
70-74 18,9 20,2 22,6 25,1 27,7 30,0 31,3
75-79 17,5 18,9 21,3 23,9 26,5 28,9 30,3
80-84 18,1 19,4 21,4 23,7 26,0 28,1 29,3
> 85 17,9 19,0 21,0 23,1 25,2 27,2 28,4

MULHERES
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95
65-69 17,2 19,2 22,7 26,5 30,3 33,8 35,9
70-74 18,4 20,2 23,1 26,3 29,5 32,4 34,2
75-79 18,1 19,8 22,8 26,1 29,4 32,4 34,1
80-84 17,1 19,0 22,1 25,5 28,9 32,0 33,9
> 85 16,7 18,2 20,8 23,6 26,4 29,0 30,5

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Classificação:
Percentil Classificação
<5 Desnutrição
5 – 10 Risco de desnutrição
10 – 90 Eutrofia
90 – 95 Sobrepeso
> 95 Obesidade

4. CIRCUNFERÊNCIAS DE IMPORTÂNCIA NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL


4.1 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB):
Para realizá-la, o braço deve estar flexionado em direção ao tórax, formando um ângulo de
90º. Marcar o ponto médio entre o acrômio e olécrano. Solicitar ao indivíduo que fique com o braço
estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa e medir sem apertar o
braço.
Para avaliar o estado nutricional pode-se fazê-lo da seguinte forma:

4.1.1.Olhar diretamente na tabela do Frisancho (anexo) e classificar pelo percentil em que se


encontra:
Valor encontrado Classificação
< P5 Desnutrido
P5-P10 Risco de desnutrição
P10 – P85 Eutrofia
P85 – P90 Sobrepeso
>P90 Obeso

4.1.2. Fazer a adequação através do valor encontrado no P50:

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100


CB percentil 50

Valor encontrado Classificação


< 70% Desnutrição grave
71-80% Desnutrição moderada;
81-90% Desnutrição leve
91 – 110% Eutrofia
111 – 120% Sobrepeso
> 120% Obesidade
Fonte: Blackburn, G.L. & Thornton,P.A.,1979

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4.1.3 PERCENTIS DE CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO


• Olhar diretamente na tabela do Frisancho e classificar pelo percentil em que se encontra:

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4.14 Método de BURR & PHILLIPS – 1984 (IDOSOS)

HOMENS
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95
65-69 20,6 21,8 23,8 26,0 28,2 30,2 31,4
70-74 20,9 21,9 23,6 25,5 27,4 29,1 30,1
75-79 19,7 20,8 22,6 24,5 26,4 28,2 29,3
80-84 19,3 20,2 21,9 23,7 25,5 27,2 28,1
> 85 18,9 19,8 21,3 23,0 24,7 26,2 27,1

MULHERES
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95
65-69 21,2 22,3 24,3 26,4 28,5 30,5 31,7
70-74 20,1 21,3 23,3 25,5 27,7 29,7 30,9
75-79 19,3 20,6 22,6 24,9 27,2 29,3 30,5
80-84 17,9 19,2 21,2 23,5 25,8 27,9 29,1
> 85 16,4 17,6 19,8 22,1 24,5 26,6 27,8

4.2 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB)


Este parâmetro avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea).

TABELA 7: LOCAIS PARA MEDIDAS DE CIRCUNFERÊNCIAS

1. Braço Esta circunferência é medida no ponto médio entre o acrômio e o olécrano


da escápula e da ulna. O braço deve pender relaxado ao lado do paciente
2. Coxa O indivíduo fica de pé com os pés ligeiramente afastados e com peso
igualmente distribuído nos dois pés. A fita é colocada horizontalmente no
ponto intermediário entre a parte inferior da prega glútea e o sulco
imediatamente posterior a patela
3. Panturrilha Com o indivíduo de pé, na mesma posição da medida da circunferência da
coxa, a medida é feita com a fita colocada horizontalmente na
circunferência máxima da panturrilha.

Retiraldo de Heymsfield SB, Baumgartner RN, Pan SF. Nutritional assessment of mal nutrition
by antropometric methods. In: Shils. Modern Nutrition in Health and Disease, 1999.

CMB (cm) = CB (cm) – [ 0,314 x DCT (mm) ]

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4.2.2 CLASSIFICAÇÃO DA CMB:

Valor encontrado Classificação


< P5 Desnutrido
P5-P10 Risco de desnutrição

≥ P10 Eutrofia

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4.2.3 Fazer a adequação através do valor encontrado no P50:

Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100


CMB percentil 50

Valor encontrado Classificação


< 70% Desnutrição grave
71-80% Desnutrição moderada;
81-90% Desnutrição leve
> 91 Eutrofia

4.2.4 Método de BURR & PHILLIPS – 1984 (IDOSOS)


HOMENS MULHERES
Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90
60 – 69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4
70 – 79 24,4 27,2 30,5 20,3 23,0 27,0
80 + 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26,0

Classificação:
Percentil Classificação
< 10 Desnutrição
> 10 Eutrofia

4.2.4 Método de NHANES III – 1988 -1991 (IDOSOS)


HOMENS MULHERES
Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90
60 – 69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4
70 – 79 24,4 27,2 30,5 20,3 23,0 27,0
80 + 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26,0

Classificação:
Percentil Classificação
< 10 Desnutrição
> 10 Eutrofia

ATENÇÃO: NÃO EXISTE CLASSIFICAÇÃO DE SOBREPESO E OBESIDADE ATRAVÉS DA


CMB, POIS ESTA MEDIDA AVALIA MASSA MAGRA !!!

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4.3 CIRCUNFERÊNCIA DO ABDÔMEN


A medição deve ser realizada com o paciente em pé, com uma fita métrica inelástica. A
região deve circundar o indivíduo na linha natural da cintura, na região mais estreita entre o tórax e
o quadril, no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca, no momento da expiração. Esta
medida pode ser utilizada isolada, avaliando risco de complicações metabólicas associadas à
obesidade.
Risco de complicações Metabólicas Associadas à Obesidade
Elevado Muito elevado
Homem > 94 cm > 102 cm
Mulher > 80 cm > 88 cm
OMS, 1998

4.4 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA


A medida da cintura se dá no ponto a dois centímetros acima do umbigo, circundar a região com a
fita métrica para medição.

4.5 CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL


A fita deverá circundar o quadril na região de maior perímetro entre a cintura e a coxa.

4.6 RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL


O meio como a gordura está distribuída no corpo tem grande relação com o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. A gordura acumulada no abdômen
(obesidade superior ou andróide) é a mais susceptível a estes eventos quando comparadas com a
gordura acumulada nos glúteos, quadris e coxas (obesidade inferior ou ginecóide). Já a gordura
acumulada em excesso nos glúteos, quadris e coxas possibilita maiores propensões de doenças
ortopédicas.

RCQ = Circunferência da cintura


Circunferência do quadril

4.6.1 Classificação do Risco de Complicações Cardiovasculares


Risco
Homem >1
Mulher > 0,85
FONTE: OMS, 1998

5. DOBRAS CUTÂNEAS
5.1 DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL (DCT)

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A dobra cutânea ou prega cutânea tricipital (PCT) é a mais rotineiramente utilizada na


prática clínica. Sua medida isolada é comparada ao padrão de referência de Frisancho, podendo
se avaliada diretamente pelo percentil ou pela adequação.

TABELA 3: MÉTODOS PARA MEDIR PREGAS CUTÂNEAS E CIRCUNFERÊNCIAS

PREGAS CUTÂNEAS
1. Acesse o local anatômico como descrito na tabela 4
2. Levante a pele e o tecido gorduroso do tecido subjacente segurando os tecidos entre o polegar e o
indicador.
3. Aplique o paquímetro aproximadamente a 1 cm distalmente do polegar e do indicador, a meio
caminho entre o ápice e a base da prega.
4. Continue a segurar a prega com o polegar e o indicador durante a medida
5. Depois de aplicar o paquímetro por 2 a 3 segundos, leia a medida da prega com precisão de 0,5 mm.
6. As medidas são então feitas em triplicata até que as leituras se estabilizem com precisão de ± 1,0
mm.
CIRCUNFERÊNCIAS
1. A fita deve ser mantida em posição horizontal tocando a pele e seguindo os contornos do membro,
mas sem comprimir os tecidos subjacentes.
2. As medidas devem ser realizadas com aproximação de 1 mm, em triplicata, como previamente
descrito para as pregas cutâneas.

Conforme Heymsfield (1999)

TABELA 4: LOCAIS PARA MEDIDAS DE PREGAS CUTÂNEAS

Prega cutânea do Bíceps – levante a prega cutânea da face anterior do braço, no mesmo nível da prega
cutânea do tríceps e da circunferência central do braço. O braço pende relaxadamente ao lado do corpo
do paciente, e a crista da prega deve estar paralela ao eixo longo do braço.
Prega cutânea do Tríceps – Segure a pele e o tecido subcutâneo 1cm acima do ponto médio entre a
ponta do processo acromial da escápula e o olecrano da ulna. A prega deve estar paralela ao maior eixo
do braço. Deve-se ter cuidado para assegurar que a medida seja feita na linha mediana da face posterior
e que o braço esteja relaxado e na vertical.
Prega cutânea Subescapular – A pele é levantada 1cm abaixo do ângulo inferior da escápula, com o
braço e o ombro do paciente relaxados. A prega deve estar paralela às linhas naturais da pele;
usualmente, é uma linha a 45° da horizontal que se estende medial e cranialmente.
Prega cutânea da Supra-ilíaca – Pegue esta prega 2 cm acima da crista ilíaca na linha axilar média. A
crista desta prega deve se situar horizontalmente.
Prega cutânea da Coxa – A pele é segurada na face posterior, no mesmo nível da circunferência da
coxa. A crista da prega deve estar paralela à perna.
Prega cutânea da Panturrilha – A pele é segurada na face posterior, no mesmo nível da circunferência
da panturrilha. A crista da prega deve estar paralela à perna
Conforme Heymsfield SB, Baumgartner RN, Pan SF. Nutritional assessment of mal nutrition by
antropometric methods. In: Shils. Modern Nutrition in Health and Disease, 1999.

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5.1.1 PERCENTIS DE DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL - PCT


Olhar diretamente na tabela do Frisancho e classificar pelo percentil em que se encontra:

Valor encontrado Classificação


< P5 Desnutrido
P5-P10 Risco de desnutrição
P10 – P85 Eutrofia
P85 – P90 Sobrepeso
>P90 Obeso
FONTE: BLACKBURN, 1979
5.1.2 FAZER A ADEQUAÇÃO ATRAVÉS DO VALOR ENCONTRADO NO P50:

Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100


PCT percentil 50

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Valor encontrado Classificação


< 70% Desnutrição grave
71-80% Desnutrição moderada;
81-90% Desnutrição leve
91 – 110% Eutrofia
111 – 120% Sobrepeso
> 120% Obesidade
Fonte: BlACKBURN & THORNTON,1979

5.1.3 MÉTODO DE BURR & PHILLIPS – 1984 (IDOSOS)


HOMENS
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95
65-69 3,6 4,3 5,9 8,1 11,3 15,2 18,2
70-74 3,7 4,3 5,8 8,0 10,9 14,6 17,3
75-79 3,6 4,2 5,3 7,0 9,2 11,7 13,6
80-84 3,5 4,1 5,1 6,6 8,5 10,7 12,3
> 85 3,4 3,9 5,0 6,5 8,4 10,6 12,2
MULHERES
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95
65-69 9,9 11,3 14,1 18,0 22,9 28,5 32,5
70-74 8,2 9,5 12,1 15,9 20,9 26,8 31,1
75-79 7,5 8,6 11,1 14,6 19,1 24,5 28,4
80-84 6,2 7,2 9,5 12,7 17,1 22,4 26,2
> 85 6,0 7,0 8,8 11,5 14,9 19,0 21,8
CLASSIFICAÇÃO:
Percentil Classificação
<5 Desnutrição
5 – 10 Risco de desnutrição
10 – 90 Eutrofia
90 – 95 Sobrepeso
> 95 Obesidade

5.1.4 MÉTODO DE NHANES III – 1988-1991 (IDOSOS)


HOMENS MULHERES
Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90
60 – 69 7,7 12,7 23,1 14,5 24,1 34,9
70 – 79 7,3 12,4 20,6 12,5 21,8 32,1
80 + 6,6 11,2 18,0 9,3 18,1 28,9
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CLASSIFICAÇÃO:
Percentil Classificação
< 10 Desnutrição
10 – 90 Eutrofia
> 90 Obesidade

SOMATÓRIA DAS 4 PREGAS PARA CÁLCULO DA % DE GORDURA CORPORAL

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CALCULO PARA PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL


Soma das dobras: subescapular e tricipital.

¾ MENINAS

Se a soma for menor ou igual que 35mm:


%G = 1,33 (DCSe+DCT) – 0,013 (DCSe+DCT)2 + 2,5
Se a soma for maior que 35mm:
%G = 0,546 (DCSe+DCT) + 9,7

¾ MENINOS

Se a soma for menor ou igual que 35mm:


%G = 1,21 (DCSe+DCT) – 0,008 (DCSe+DCT)2 – Coeficiente.
Se a soma for maior que 35mm:
%G = 0,783 (DCSe+DCT) – Coeficiente
Coeficiente segundo a Idade:
Pré-adolescente: 1,7
Adolescente: 3,4
Adulto Jovem: 5,5

TABELAS DE NORMALIDADE PARA O PERCENTUAL DE GORDURA


Crianças e Adolescentes de 7 a 17 anos
Classificação Masculino Feminino
Excessivamente baixa Até 6% Até 12%
Baixa 6,01 a 10% 12,01 a 15%
Adequada 10,01 a 20% 15,01 a 25%
Moderadamente alta 20,01 a 25% 25,01 a 30%
Alta 25,01 a 31% 30,01 a 36%
Excessivamente Alta > 31,01% > 36,01%
Fonte: DEURENBERG, P. , PIETERS, J.J.L., HAUTUAST.J.G.L.. The assessment of the body fat
percentage by skinfold thickness measurement in childhood e young adolescent. British Journal of
Nutrition, v. 63, n. 2, 1990.

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Valores de referências para percentuais de gordura corporal para sedentários e ou


praticantes de atividade física leve:

Gordura corporal (%)


Homens Mulheres
Risco de doenças e desordens associadas à desnutrição <5 <8
Abaixo da média 6 - 14 9 – 22
Média 15 23
Acima da média 16 - 24 24 – 31
Risco de doenças associadas à obesidade > 25 > 32
Fonte: LOHMAN et al, 1992
6. EXAME FISICO (Fonte: Adaptado de JELLIFE , 1966)
LOCAL SINAIS ASSOCIADOS À DESNUTRIÇÂO POSSIVEL DEFICIÊNCIA
OU DOENÇA
Cabelo Perda de brilho natural, seco; fino e esparso; Kwashiorkor e, menos comum, marasmo.
despigmentado; sinal de bandeira; fácil de arrancar sem
dor.
Cegueira noturna Vitamina A, zinco
Manchas de Bitot, xerose conjuntival e de córnea. Vitamina A
Olhos Ceratomalacia
Inflamação conjuntival Riboflavina, vitamina A
Vermelhidão e fissuras nos epicantos Riboflavina, piridoxina
Defeito no campo de retina Vitamina E
Estomatite angular, queilose Riboflavina, piridoxina, niacina
Língua inflamada Acido nicotínico, ácido fólico, riboflavina, vitamina
B12, piridoxina e ferro
Língua magenta(púrpura) Riboflavina
Fissura na língua Niacina
Boca Atrofia das papilas Riboflavina, niacina, ferro
Redução da sensibilidade ao sabor Zinco
Hemorragia gengival Vitamina C, riboflavina
Perda do esmalte do dente Flúor, zinco
Glândulas Aumento da tireóide Iodo
Aumento da paratireóide Inanição
Xerose, hiperqueratose folicular Vitamina A
Petéquias (pequenas hemorragias) Vitamina C
Hiperpigmentação Niacina
Pele Palidez Ferro, vitamina B12, folato
Seborréia nasolabial Riboflavina, ácidos graxos essenciais

Dermatose vulvar e escrotal Riboflavina


Dermatose cosmética descamativa Kwashiorkor
Pelagra Ácidos nicotínico
Machuca facilmente Vitamina K ou C
Unhas Quebradiças, rugosas, coiloníquas Ferro
Tecido subcutâneo Edema Kwashiorkor

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Gordura abaixo do Normal Inanição, marasmo


Tórax Fraqueza do músculo respiratório Proteína, Fosforo
Sistema Hepatoesplenomegalia Kwashiorkor
gastrintestinal
Desgaste muscular Inanição, marasmo

Ossos do crânio frágeis, fossa frontoparietal Kwashiorkor


Músculo esquelético
Alargamento epifisário, persistência da Vitamina D
Abertura da fontanela anterior e pena em X
Rosário raquítico Vitamina D ou C
Frouxidão das panturrilhas Tiamina
Alteração psicomotora Kwashiorkor
Perda do senso vibratório e deposição da capacidade Tiamina, Vitamina B12
Sistema Nervoso de contração do punho,fraqueza motora, parestesia
Demência Niaciana, Vitamina B12, Tiamina
Neuropatia periférica Tiamina, piridoxina, Vitamina E
Tetania Cálcio, magnésio
Desorientação aguda Fósforo, niacina
S. cardiovascular Aumento do coração, taquicardia Tiamina

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6.1 EXAME FISICO DA AVALIAÇÃO GLOBAL SUBJETIVA DO ESTADO NUTRICIONAL
Local Dicas Desnutrição Grave Desnutrição Bem nutrido
Leve/moderada
Gordura subcutânea
Círculos escuros, depressão, pele solta Deposito de gordura visível
Abaixo dos alhos flácida, ”olhos fundos”
Regiões do tríceps e do Cuidado para não prender o músculo ao Pouco espaço de gordura entre os Tecido adiposo abundante.
bíceps pinçar o local; movimentar a pele entre os dedos ou os dedos praticamente se
dedos. tocam.
Massa Muscular
Têmporas Observar de frente;olhar dos dois lados É possível observar o músculo bem
Depressão Depressão leve definido
Clavícula Observar se o osso está proeminente Osso protuberante Osso levemente Em homens, não está visível; em
proeminente mulheres, pode estar visível, mas não
proeminente.
Ombros O paciente deve posicionar os braços ao lado Ombro em forma quadrada com osso Acrômio levemente Formato arredondado na curva da
do corpo; procurar por ossos proeminentes. poeminentes. protuberante. junção do corpo com o pescoço e do
ombro com o braço.

Escapula Procurar por ossos proeminentes; o paciente Ossos proeminentes, visíveis; depressão Depressões leves ou ossos Ossos não proeminentes, sem
deve estar com o braço esticado para frente e entre escapula, costelas, ombro e coluna levemente proeminentes depressões significativas.
a mão encostada numa superfície sólida. vertebral.

Músculo interosseo Observar no dorso da mão o músculo entre o Área entre o dedo indicador e o polegar Com pequena depressão ou Músculo proeminente, pode estar
polegar e o indicador quando esses dedos achatada ou com depressão levemente achatado levemente achatado (sobretudo nas
estão unidos. mulheres)
Joelho (A parte inferior do O paciente deve estar sentado com os pés Ossos proeminentes Músculos proeminentes, ossos não
corpo é menos sensível as apoiados em uma superfície sólida. protuberantes.
alterações nutricionais)
Quadríceps Pinçar e sentir o volume do músculo Parte interna da coxa com depressão Parte interna da coxa com Sem depressão
leve depressão
Edema / Ascite
Tentar identificar outras Em pacientes com mobilidade, observar o Edema aparente significativo Edema leve a moderado Sem sinais de retenção de líquidos.
causas não relacionadas com tornozelo, naqueles com atividade muito leve,
a desnutrição observar o sacro

Fonte: Destky,1987.

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7. RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS PARA ADULTOS E IDOSOS

7.1 Cálculo das necessidades energéticas totais pelo método de HARRIS BENEDICT

Esta fórmula é utilizada habitualmente para pacientes internados ou em acompanhamento ambulatorial que
apresentam doenças crônicas.

Homens: TMB = 66 + (13.7 x P) + (5.0 x A) – (6.8 x I)


Mulheres: TMB = 655 + (9.6 x P) + (1.8 x A) – (4.7 x I)

Onde: P: Peso em Kg
A: Altura em cm
I: Idade em anos

Parâmetros para aplicação:


- Peso ideal se o objetivo é o ganho de peso
- Peso atual se o paciente for eutrófico
- No caso de obesidade pode-se usar o peso ajustado:
Peso ajustado = Peso ideal – ( (peso atual – peso ideal) x 0.25)

GET = TMB X FA X FI X FT

FATOR ATIVIDADE:
Paciente confinado ao leito: 1,2
Paciente acamado, porém móvel: 1,25
Paciente que deambula: 1,3

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FATOR INJÚRIA:
• Câncer: 1.1 – 1.45 • Pancreatite: 1.3 – 1.8
• Cirurgia eletiva: 1.0 a 1.1 • Pequena cirurgia: 1.2
• Desnutrição grave: 1.5 • Pequena cirurgia: 1.2
• Doença cardiopulmonar com cirurgia: 1.3 – 1.55 • Pequeno trauma de tecido: 1.14 – 1.37
• Doença cardiopulmonar: 0.8 – 1.0 • Peritonite: 1.2 – 1.5
• DM; 1.1 • PO de cirurgia cardíaca: 1.2 –1.5
• DPOC: 1.2 • PO de cirurgia geral: 1.0 – 1.5
• Fraturas múltiplas: 1.2 – 1.35 • Politraumatizados: 1.9
• Infecção grave: 1.3 – 1.35 • Queimadura: ( até 20%): 1.0 - 1.5
• Insuficiência cardíaca: 1.3 – 1.5 • Queimadura: (20 – 40%): 1.5 – 1.85
• Insuficiência hepática: 1.3 – 1.55 • Queimadura: (40 – 100%): 1.85 – 2.05
• Insuficiência renal aguda: 1.3 • Septicemia: 1.4 – 1.8
• Jejum ou Inanição: 0.8 – 1.0 • SIDA: 1.45
• Manutenção de peso: 1.2 - 1.5 • Transplante de fígado: 1.2 – 1.5
• Neurologia / coma: 1.15 – 1.2 • Transplante de medula óssea: 1.2 – 1.3
• Operação eletiva: 1.0 - 1,05 • Trauma esquelético: 1.35
• Paciente não complicado: 1.0 • TCE: 1.4

Fonte: - Elaborado por LONG & col., 1979; EWAL, G & MACKENZIE, C.R. 1995

FATOR TÉRMICO
Sem febre: 1,0 39º C 1,2
38º C: 1,1 40º C: 1,3

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8. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PEDIATRIA


8.1 Recomendações para avaliação
Perímetro cefálico e torácico Na admissão
Até 1 ano de idade – semanalmente
Até 2 anos Peso: Na admissão e diariamente
Estatura : Na admissão e 1 vez / semana
Se desnutrido Peso: Na admissão e diariamente
Estatura : Na admissão e 1 vez / semana
> 2 anos de idade Peso: na admissão e 2 vezes / semana
Estatura: Na admissão e 1 vez / semana
CB Na admissão e 1 vez / semana, se:
PCT > 1 ano (Tabela Frisancho)
CMB < 1 ano (compara com ele mesmo)

8.2 Avaliação Antropométrica


8.2.1 PESO / IDADE (Critério de Gomez)
Utilizado em crianças até 2 anos de idade. Na presença de edema comprovadamente nutricional,
independente do índice de peso para a idade (P/I), a criança será considerada como desnutrida de terceiro grau
(Bengoa apud LOPEZ et al., 2002)

P/I = Peso aferido x 100


Peso ideal (p50)
Onde p50 = percentil 50 do padrão de referência (NCHS, 1977)
Classificação
Eutrófico P/I superior a 90% do p50
Desnutrido 1º grau P/I entre 76 e 90% do p50
Desnutrido 2º grau P/I entre 60 e 75% do p50
Desnutrido 3º grau P/I inferior a 60% do p50

8.2.2 ESTATURA / IDADE e PESO / ESTATURA (Classificação de Waterlow / Batista)


Recomendada para crianças entre 2 e 10 anos de idade, baseia-se no índices:

E/I = Estatura aferida x 100


Estatura ideal (p50)
Onde p50 = percentil 50 do padrão de referência (NCHS, 1977)
P/E = Peso aferido x 100
Peso ideal para a estatura aferida

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Classificação
Eutrófico E/I superior a 95%
P/E superior a 90%
Desnutrido atual ou agudo E/I superior a 95%
P/E inferior ou igual a 90%
Desnutrido crônico E/I inferior ou igual a 95%
P/E inferior ou igual a 90%
Desnutrido pregresso E/I inferior ou igual a 95%
P/E superior a 90%

AVALIAÇÃO DO PT/PC
A relação PT/PC segue o seguinte valor:
Até o 6º mês = PT/PC < 1 em criança normal
Após o 6º mês = PT/PC > 1 (gradativamente)
Valor diagnóstico de 6 meses a 3 anos
Até 6 meses de idade → praticamente iguais
Após → tórax cresce + rápido
Entre 6 meses e 5 anos de idade, se PT for menor que PC (PT/PC < 1) → falha no crescimento cerebral ou gasto
muscular e de gorduras → DEP

IMC DO ADOLESCENTE

Percentil de IMC por Idade Percentil de IMC por Idade


Adolescentes Sexo Feminino Adolescentes Sexo Masculino
Idade 5 15 50 85 95 Idade 5 15 50 85 95
10 14,23 15,09 17,00 20,19 23,20 10 14,42 15,15 16,72 19,60 22,60
11 14,60 15,53 17,67 21,18 24,59 11 14,83 15,59 17,28 20,35 23,70
12 14,98 15,98 18,35 22,17 25,95 12 15,24 16,06 18,87 21,12 24,89
13 15,36 16,43 18,95 23,08 27,07 13 15,73 16,62 18,53 21,93 25,93
14 15,67 16,79 19,32 23,88 27,97 14 16,18 17,20 19,22 22,77 26,93
15 16,01 17,16 19,69 24,29 28,51 15 16,59 17,76 19,92 23,63 27,76
16 16,37 17,54 20,09 24,74 29,10 16 17,01 18,32 20,63 24,45 28,53
17 16,59 17,81 20,36 25,23 29,72 17 17,31 18,68 21,12 25,28 29,32
18 16,71 17,99 20,57 25,56 30,22 18 17,54 18,89 21,45 25,95 30,02
19 16,87 18,20 20,80 25,85 30,72 19 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66
Fonte: WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Physica, Status: the use and interpretation of anthropometry.
WHO Technical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995.

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CLASSIFICAÇÃO DO IMC
Adolescentes (OMS, 1995) (≥ 10 anos e < 20 anos de idade)

Percentil do IMC DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL


< p5 Baixo peso
≥ p 5 e < p 15 * Risco de baixo peso
≥ p15 e < p85 Eutrófico
≥ p85 e < p95 Sobrepeso
≥ p 95 Obesidade
* A OMS não considera o risco de baixo peso
CRITÉRIO DE TANNER - ESTÁDIO PUBERAL

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AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE TANNER

Rapazes
G2: Inicio do crescimento
G3: Crescimento
G3: Estirão
G5: Declínio na velocidade de crescimento

Garotas
M1: Inicio de crescimento
M2:Crescimento
M3-M4: Menarca
M4:Declínio na velocidade de crescimento
M5: Fase adulta

Pré-púbere:
Meninos: Genitais e pelos púbicos I e Volume testicular 1-3 ml.
Meninas: Mamas e pelos púbicos I

Púbere:
Meninos: Genitais e pelos púbicos II,III e IV, volume 4-12 ml
Meninas: Mamas e pelos púbicos II, III, IV.

Pós-pubere
Meninos : Genitais e pelos púbicos IV e volume 15-25 ml.
Meninas: Mamas e pelos púbicos V

NOTA: As fases G3 e G4 para meninos e M2 e M3 para meninas são as melhores para uma intervenção
dietoterápica, tanto para ganho como para perda de peso.

8.3 OFERTA CALÓRICA

PACIENTE ESTÁVEL
RDA para idade
EQUAÇÃO DE SEASCHORE:
GER (Kcal/Kg/dia) = (55 – (2 x idade em anos)) x 1,2

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GET (Kcal/Kg/dia) = GER x FA x FE


Onde:

Fator Atividade (FA): 1,0 – 1,25

Fator Estresse (FE)


Em respirador: 1,2
Respiração espontânea: 1,4
Febre/Sepse: 1,13 para cada grau acima de 37ºC
Trauma: 1,1 – 1,4
Crescimento/anabolismo: 1,5
Queimadura:
0 – 20%: 1,1 – 1,5
20 – 40%: 1,5 - 1,85
> 40%: 1,85 – 2,0
FONTE: SEASCHORE, J. Nutritional Management of the Pediatric Critical Care Patient, 1995.

ESTIMATIVA DE CALORÍAS / PESO CORPORAL

Pré – termo < 1000 g 150


Pré – termo > 1000 g 100 – 150
1 – 10 Kg 100
11 – 20 Kg 1000 kcal + 50 kcal/kg para cada kg > 10kg
> 20 Kg 1500 kcal + 20 kcal/kg para cada kg > 20kg
FONTE: MARTINS, C.C. Terapia Nutricional Enteral e Parenteral, 2000.

8.3.2 PACIENTE CRÍTICO (kcal / kg/dia)


IDADE TMB

Muito baixo peso 47


< 1 ano 55
1 ano 55
2 anos 55
5 anos 47
10 anos 37
Fonte: Current Concepts in Pediatric Critical Care, 1999

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Acrescentar 10, 20 ou 30% na TMB conforme tolerância do paciente

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8. 4 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL PARA CASOS PEDIÁTRICOS ESPECIAIS

8.4.1 ESTIMATIVA DE ALTURA

1. Altura da Tíbia (AT) (cm)

A = (3,26 x AT) + 30,8 ± 1,7

2. Comprimento do Braço (CB) (cm)

A = (4,35 x CB) + 21,8 ± 1,4

8.4.2 SÍNDROME DE DOWN


Índice de Massa Corpórea (IMC)
Eutrofia Sobrepeso Obeso
Masculino 20 a 27 27 a 31 > 31
feminino 22 a 29,5 29,5 a 32,5 > 32

IMC PARA MENINOS

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SÍNDROME DE DOWN – IMC PARA MENINAS

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8.4.3 CRIANÇAS NEUROPATAS

- Comparar com os dados da própria criança (P/E), embora não se espere que tenha 100% de adequações devido
às distrofias musculares.
- PCT como o ponto de corte mínimo para avaliar eutrofia é de P10.

FONTE: Arch. Pediatr. Adolesc. Med., 149: 658 – 62, 1995, Steverson, RD

ANAMNESE ADICIONAL PARA CRIANÇAS NEUROPATAS

Questionário para crianças neuropatas


1. A criança é capaz de alimentar-se sozinha
2. A criança mastiga?
3. A língua tem: a) hipertonicidade?
b) movimento temporo-mandibular?
4. Apresenta sucção?
5. Saliva (baba) muito?
6. Tosse durante a refeição?
7. Engasga durante a refeição?
8. Abre a boca com amplitude?
9. Fecha a boca ao redor da colher?
10. Vômitos: a) com facilidade?
b) nº de vezes/dia:
c) período do dia:
12. Constipação?
13. Infecção de repetição? Se sim responda freqüência (nº vezes/mês ou ano)
a) Infecções de vias aéreas superiores
b) Otites
c) Sinusopatia
d) Broncoespasmo
e) Broncopneumopatias
f) Insuficiência Respiratória
g) Dor torácica
14. A criança ronca à noite?
15. Posição que se alimenta:
16. Posição em que dorme:
17. Tempo para realizar as refeições: a) Desjejum
b) Almoço
c) Jantar
18: Consistência dos alimentos ingeridos: a) líquido
b) pastoso
c) sólido

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9. PARÂMETROS BIOQUÍMICOS PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

Os parâmetros bioquímicos auxiliam no diagnóstico nutricional, mas também sofrem com a influência de
fatores não nutricionais. São importantes para auxiliar na identificação precoce de alterações nutricionais em
conjunto com outros parâmetros e não isolados.
O pedido de exames laboratoriais está aprovado na regulamentação da profissão, lei nº 8234, artigo 3, item
VIII: solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico.

1 – Refletem a massa protéica somática:

ÍNDICE CREATININA-ALTURA (ICA)


A creatinina é um metabólito excretado na urina derivado da hidrólise não enzimática da creatina e da
fosfocreatina. A creatina é sintetizada em vários órgãos (fígado, pâncreas, cérebro, baço, glândula mamária e,
sobretudo, o rim) a partir da arginina e glicina. Esta é, depois, acumulada no músculo através de um
mecanismo,ativo contra um gradiente de concentração. O pool da creatina é caracterizado por um turnover
relativamente lento de 1,5-2%/dia e por uma vida média de 42 dias. A creatina está localizada em 98% dos
músculos. Assumindo que o conteúdo da creatina no músculo seja constante, a dieta seja restrita em creatina e
creatinina e a função renal seja normal, a excreção urinária de creatinina pode ser considerada um índice de
massa muscular. Nestas condições o organismo elimina com a urina um grama de creatinina a cada 17-22kg de
tecido muscular. Uma cota de creatinina provém também da musculatura lisa; cerca de 2% da excreção total de
creatinina acontece por via fecal. Pode-se verificar um significativo consumo exógeno de creatinina e creatina
com a dieta: carne e peixe contêm, de fato, por 100 de produto cru comestível, cerca de 350 mg de creatina e 18
mg de creatinina. Com o cozimento, cerca de 60 dos 350mg de creatina são convertidos em creatinina. A
eliminação da carne e peixe da dieta provoca uma redução na excreção urinária de creatinina de 21% após um
período de 6 semanas. A creatinina tem vida média muito curta, cerca de 4 horas, e é prontamente eliminada na
urina. As proteínas da dieta influenciam a excreção da creatinina, provavelmente pelo efeito da arginina e glicina,
aminoácidos precursores da creatina. Então, antes de proceder a coleta de material para dosagem de creatinina
urinária prescreve-se uma dieta restrita em carne ou peixes apenas durante as 24-48 horas precedentes e
durante os dias de coleta da urina, com o objetivo de eliminar o efeito da creatinina presente no alimento.
Além da dieta existem outros fatores que podem modificar a excreção da creatinina
Sexo
Idade
Mas mulheres – fase de ciclo menstrual
Idosos – queda progressiva de massa muscular
Obesidade
Exercício físico
Infecção e trauma
Insuficiência renal

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Fator importante também é a precisão da coleta de urina nas 24 horas: a coleta com erro de 15 min em 24 horas,
antes ou depois do tempo marcado, é responsável por um erro no valor final de 1%. É preferível efetuar 3
períodos consecutivos de coleta da urina de 24 horas e fazer a média da excreção de creatinina urinária.. a
dosagem de creatinina urinária é efetuada com o método de picrato alcalino. Cefalosporina, ácido ascórbico e
levodopa aumentam os níveis de creatinina.
A combinação da excreção urinária de creatinina foi combinada com a altura do indivíduo, categorizado por sexo
e idade, formando o índice de creatinina altura (ICA). O ICA é a maneira laboratorial de exprimir um índice
antropométrico.

ICA = creatinina urinária do paciente nas 24h x 100


Creatinina urinária ideal

Um ICA de 60-80% é indicativo de uma depleção moderada da massa muscular, valore menores de 60% são
indicativos de depleção grave. Encontra-se uma correlação significativa em o ICA e a área muscular do braço e a
massa corpórea magra. Dados estes não confirmados em obesos.
A massa magra pode ser calculada pelos valores de creatinina urinária (expressos em mg/dia) através das
seguintes fórmulas:

1. Massa Magra (kg) = 0,0291 x CU (mg/dia) + 7,38 em ∆ dieta livre


2. Massa Magra (kg) = 0,0241 x CU (mg/dia) + 20,7 em ∆ dieta restrita carne

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Tabela referencial para avaliação da excreção de creatinina urinária ideal


Homens
Altura (cm) 20-29anos 30-39anos 40-49anos 50-59anos 60-69anos 70-79anos > 80anos
146 1258 1169 1079 985 896 807 718
148 1284 1193 1102 1006 915 824 733
150 1308 1215 1123 1025 932 839 747
152 1334 1240 1145 1045 951 856 762
154 1358 1262 1166 1064 968 872 775
156 1390 1291 1193 1089 990 892 793
158 1430 1322 1222 1115 1014 913 812
160 1452 1349 1246 1137 1035 932 829
162 1481 1376 1271 1160 1055 950 845
164 1510 1403 1296 1183 1076 969 862
166 1536 1427 1318 1203 1094 986 877
168 1565 1454 1343 1226 1115 1004 893
170 1598 1485 1372 1252 1139 1026 912
172 1632 1516 1401 1278 1163 1047 932
174 1666 1548 1430 1305 1187 1069 951
176 1699 1579 1458 1331 1211 1090 970
178 1738 1615 1491 1361 1238 1115 992
180 1781 1655 1529 1395 1269 1143 1017
182 1819 1690 1561 1425 1296 1167 1038
184 1855 1724 1592 1453 1322 1190 1059
186 1894 1759 1625 1483 1349 1215 1081
188 1932 1795 1658 1513 1377 1240 1103
190 1968 1829 1689 1542 1402 1263 1123

Mulheres
Altura (cm) 20-29anos 30-39anos 40-49anos 50-59anos 60-69anos 70-79anos > 80anos
140 858 804 754 700 651 597 548
142 877 822 771 716 666 610 560
144 898 841 790 733 682 625 573
146 917 859 806 749 696 638 586
148 940 881 827 768 713 654 600
150 964 903 848 787 732 671 615
152 984 922 865 803 747 685 628
154 1003 940 882 819 761 698 640
156 1026 961 902 838 779 714 655
158 1049 983 922 856 796 730 670
160 1073 1006 944 877 815 747 686
162 1100 1031 968 899 835 766 703
164 1125 1054 990 919 854 783 719
166 1148 1076 1010 938 871 799 733
168 1173 1099 1032 958 890 817 746
170 1199 1124 1055 980 911 835 766
172 1224 1147 1077 1000 929 853 782
174 1253 1174 1102 1023 951 872 800
176 1280 1199 1126 1045 972 891 817
178 1304 1223 1147 1065 990 908 833
180 1331 1248 1171 1087 1011 927 850

Fonte: Walser, JPEN 11(5), Suppl, 1987.

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Manual Nutrição Hospitalar

• A 3 METIL-HISTIDINA (3-MH) urinária é geralmente indicada como um marcador de catabolismo do músculo


esquelético. É um metabólito que se forma por metilação da histidina após a síntese da miosina e da actina
musculares. Não é reutilizada para a síntese protéica e é excretada inalterada na urina, onde pode ser dosada
por meio de técnicas cromatográficas. A 3-MH é correlacionada tanto com a massa muscular quanto o
catabolismo protéico. A terapia nutricional adequada reduz a excreção urinária de 3-MH. A sua excreção é
influenciada por diversos fatores:
ƒ Consumo de carne na dieta
ƒ Sexo
ƒ Idade
ƒ Exercício físico
ƒ Infecções
ƒ Traumas, etc
• Devido ao alto custo e dificuldades nas dosagens, o uso da 3-mh urinária não é comum na prática clínica em
terapia nutricional, sendo reservado para pesquisa.

2 – Refletem a massa protéica visceral:


Proteínas plasmáticas:

ALBUMINA
- A albumina é a mais abundante proteína circulante do plasma e dos líquidos extracelulares e tem
importância na determinação da pressão colóido-osmótica do plasma. Exerce também a função de proteína
de transporte (cálcio, cobre, ácidos graxos de cadeia longa, esteróides, remédios, etc.). a massa de
albumina circulante é de 120g e a cada dia são sintetizadas 10-12g nas células hepáticas.
- A hipoalbuminemia depende de vários fatores. No trauma e sepse a síntese de albumina está reduzida, seu
catabolismo aumentado. Valores baixos de albumina sérica, na ausência de estresse, podem sugerir uma
carência nutricional. Existem outras causas de hipoalbuminemia, além da baixa ingestão protéica: má
absorção intestinal, perda profusas (síndrome nefrótica, queimaduras, etc.), síntese inadequada
(insuficiência cardíaca congestiva, cirrose, etc.), eclampsia, hiper-hidratação, carência de zinco, traumas,
enterites tropicais, infecções. Foi verificada queda de concentração sérica de albumina em indivíduos idosos,
sendo atribuída à queda da síntese hepática. A longa vida média da albumina é de 18-20 dias.
- Apesar das numerosas limitações, a albumina constitui bom índice de avaliação nutricional em todas as
idades, capaz de discriminar entre os grupos normais e mal nutridos. Numerosos estudos encontraram uma
correlação entre a hipoalbuminemia e complicações nos pacientes hospitalizados. Em pacientes agudos, o
prognóstico melhora se os níveis de albumina aumentarem durante a terapia nutricional. Pacientes com
desnutrição hipoalbuminêmica apresentam maior incidência de mortalidade. Valore de referência conforme
Blackburn e col.

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Manual Nutrição Hospitalar

Normal: > 3,5mg/dL


Depleção leve: 3,0 - 3,5mg/dL
Depleção moderada: 2,4 – 2,9mg/dL
Depleção grave: < 2,4mg/dL

PRÉ-ALBUMINA
- Pré-albumina ou transtirretina é uma proteína de síntese hepática de rápido turnover, com vida média de dois
dias. A pré-albumina se reduz em condições de desnutrição protéico-energética, mas também nas doenças
hepáticas, em conseqüência de terapêutica de ferro, na restrição calórica e nas situações em que aumentam as
proteínas de fase aguda.
- Apenas 10% da pré-albumina transporta os hormônios da tireóide, enquanto é geralmente saturada com a
proteína carreadora do retinol e com a vitamina. Valor de referência, conforme ASPEN:
Normal: 20mg/dL
Depleção leve: 10-15mg/dL
Depleção moderada: 5-10mg/dL
Depleção grave: < 5mg/dL

TRANSFERRINA
- A vida média da transferrina é de 7-8 dias. Apenas 30-40% é empregada no transporte de ferro. A transferrinemia
aumenta na carência de ferro na gravidez, na fase precoce das hepatites agudas e por perdas hemáticas
crônicas: reduz-se em várias anemias, nas infecções crônicas, neoplasias e na sobrecarga de ferro. Ela não é um
índice específico do estado de nutrição protéica. Valor de referência:
Depleção leve: 150-200mg%
Depleção moderada: 100-150mg%
Depleção grave: < 100mg%

PROTEÍNA FIXADORA DO RETINOL (RBP)


Proteína transportadora do retinol (Retinol Binding Protein, RBP) transporta a forma alcoólica da vitamina A e
está ligada em quantidade equimolar à pré-albumina. A vida média é de 10 a 12 horas, portanto, um índice muito
sensível da restrição protéica e/ou energética. A RBP se reduz também diante de uma carência de Vitamina A,
nas doenças hepáticas e carência de zinco. Valor de referência, conforme ASPEN: 3 – 5mEq/dL
PROTEÍNA C REATIVA
Proteína C reativa ou PCR é uma das principais proteínas de fase aguda. Sua concentração pode aumentar
precocemente de 10 a 100 vezes nas primeiras 12 horas, em processos infecciosos, inflamatórios, infarto do
miocárdio, neoplasias, etc. Também é usada para discriminar processos infecciosos bacterianos de virais. A
PCR compõe, junto com a alfa 1-glicoproteína ácida, a albumina e a pré-albumina, o índice prognóstico
inflamatório e nutricional (Prognostic Inflammatory and Nutritional Index, PINI). Valor de referência: < 0,8
mg/dL.

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Manual Nutrição Hospitalar

3 – Avaliação da imunidade
- Medição da competência imunológica
- A relação entre imunidade e nutrição é complexa, pelos múltiplos efeitos dos nutrientes no sistema imunitário e,
em geral, nos mecanismos de defesa do organismo. A carência de nutrientes específicos como aminoácidos,
vitaminas, zinco, ferro, outros minerais e ácidos graxos são acompanhados por numerosas alterações do sistema
imunológico refletindo na morfologia dos órgãos linfóides, nas respostas imunitárias celulares e humorais, nas
funções das células fagocitárias e de vários mediadores.
- Um estado de imunodepressão reduz a resistência às infecções e incide na morbidade e mortalidade dos
pacientes.
- Os testes imunológicos mais freqüentemente utilizados na avaliação do estado nutricional são a contagem de
linfócitos totais e os testes de hipersensibilidade cutânea retardada em resposta a vários antígenos. Outros
métodos de avaliação compreendem as medições dos linfócitos T, e eventualmente das subpopulações T, a
blastogênese em resposta a vários mitógenos tanto in vitro quanto in vivo, as culturas celulares mistas, dosagem
de imunoglobulinas e dos fatores de complemente e os testes de funcionalidade dos neutrófilos.

CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS OU LINFOCITOMETRIA


A contagem total de linfócitos (CTL) mede de maneira grosseira as reservas imunológicas momentâneas,
indicando as condições do mecanismo de defesa celular do organismo. Pode ser calculada através do
leucograma, utilizando-se o percentual de linfócitos e a contagem total de leucócitos:

CTL = % linfócitos x leucócitos


100
Interpretação dos resultados, conforme Blackburn e col.6
Depleção leve: 1.200-2.000/mm3
Depleção moderada: 800-1.199/mm3
Depleção grave: < 800/mm3

TESTES CUTÂNEOS
Permitem avaliar a imunidade celular através da hipersensibilidade cutânea tardia a antígenos específicos.os
antígenos mais utilizados são: candidina, tricofitina, estreptoquinase, estreptodoquinase, varidase e tuberculina.
A administração destas substâncias é intradérmica (braço, antebraço ou coxa), e após 24 a 72 horas, avalia-se o
diâmetro da induração (pápula) formada. Interpretação dos resultados:

BALANÇO NITROGENADO

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Manual Nutrição Hospitalar

O BN consiste no cálculo da diferença entre o nitrogênio (N) introduzido e aquele eliminado.

BN = N introduzido – N eliminado

Permite avaliar o grau de equilibro nitrogenado, mas não pode ser considerado um índice do estado nutricional no
sentido estrito. Em indivíduos normais, com adequada introdução de proteínas e de energia, as perdas de N
dependem do N total consumido através da dieta e das relações recíprocas dos aminoácidos. Quando a introdução
é suficiente para substituir as perdas, temos um BN positivo (exemplo: indivíduos em fase de crescimento,
mulheres grávidas, atletas em fase de treinamento, fase anabólica sucessiva a um evento catabólico). Se, ao
contrário, as perdas superarem as introduções, temos um BN negativo (introdução inadequada de nutrientes ou de
energia, desequilíbrio entre os aminoácidos essenciais e não essenciais, catabolismo aumentado em seguida a
trauma, sepse, queimaduras, perdas de nutrientes, aumentadas pelo trato gastrintestinal, por fístulas,
queimaduras, drenagens, etc.).
O N introduzido é avaliado dividindo-se por 6,25 as proteínas consumidas pelo paciente, já que 16% das proteínas
são N (100:16 = 6,25). Nos indivíduos em nutrição artificial, o N infundido é calculado pela quantidade de
aminoácidos infundidos e pelo fator de conversão em N próprio da fórmula de aminoácidos empregada.
As perdas de N se calculam somando N urinário, N fecal e as perdas de N por outras vias. Se forem consideradas
apenas perdas urinárias e fecais, denomina-se Balanço Aparente do N.
O N uréico urinário obtido por meio da multiplicação da uréia urinária por 0,46 representa normalmente 70-90% do
N excretado pelo organismo e 80-90% do N eliminado com a urina. O N não uréico da urina compreende ácido
úrico, creatinina, amônia, aminoácidos, peptídeos e microproteínas. A excreção urinária da uréia é influenciada
pela dieta, pelo estado de hidratação, pelas variações da função renal e pela situação de anabolismo ou
catabolismo do indivíduo. A excreção urinária dos produtos do catabolismo protéico e da excreção de N fecal são
pouco correlacionadas com o N introduzido através da dieta. O N urinário não uréico atinge em média cerca de
2g/dia. Com as fezes, elimina-se cerca de 1g de N/dia. Outro N é perdido através do aparelho tegumentário (cútis,
pés, unhas), e atinge cerca de 0,2-0,4g/dia. Na mulher existe perdas variáveis com o sangue menstrual. Mais N
pode ser perdido em condições mórbidas através do vômito, drenagens, fístulas, superfícies queimadas, etc. na
prática clínica, o N total excretado pode ser extrapolado pelas perdas urinárias de uréia, onde é adicionado um
fator f de 2-4g de N.
BN = g de proteínas introduzidas
6,25

Peso molecular da uréia = 60


Peso molecular do N uréico = 28
N uréico = Uréia x 28 = Uréia x 0,46
60

Testes bioquímicos e laboratoriais são relevantes na avaliação nutricional, desde que associados a outros
parâmetros, o que torna o diagnóstico do estado nutricional mais preciso.
Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 40
Manual Nutrição Hospitalar

Depleção moderada: 5-10 mm de induração


Depleção grave: < 5 mm de induração

Considera-se reativo o indivíduo que apresenta 2 ou mais respostas positivas, relativamente anérgico o que
apresenta uma resposta positiva e anérgico o que não apresenta positiva. Este resultado é comum em pacientes
portadores de desnutrição grave, devido à redução do substrato para a produção de imunoglobulinas e células
de defesa orgânica.
Índice prognóstico nutricional (Prognostic Nutritional Index, PNI)

PNI (%) 158 – (16,6 x ALB) – (0,78 TST) – (0,2 X TRS) – (5,8 X DCH)

ALB = albumina sérica (g/dL)


TST = espessura da prega triciptal (min.)
TRS = transferrina sérica (mg/dL)
DCH = hipersensibilidade cutânea retardada (0= reatividade nula; 1= diâmetro ≤ 5 min; 2 = ≥ 5 mm

Este índice deriva dos estudos de Mullen e col., sobre um grupo de pacientes cirúrgicos não agudos, cujo estado
nutricional fora avaliado no momento da hospitalização e durante o período de internação hospitalar por meio
dos índices nutricionais múltiplos. São considerados de baixo risco os pacientes com PNI < 40%, de risco
intermediário PNI entre 40 e 50% e de alto Risco PNI > 50%. Método muito criticado pois contém dois
parâmetros (albumina e transferrina) que não são independentes um do outro.

Índice prognóstico hospitalar (Hospital Prognostic Index, HPI)


Proposto por Blackburn, utiliza dois índices nutricionais, albumina e resposta aos testes de hipersensibilidade
retardada, e dois índices clínicos, a presença ou ausência de câncer ou sepse.

HPI = (0,91 X ALB) – (1 X DCH) – (1,44 X SEP) + (0,98 X Dx) – 1,09

ALB = albumina sérica (g/dL)


DCH = hipersensibilidade cutânea retardada (grau 1 = resposta positiva a um ou mais antígenos; grau 2 =
resposta negativa a todos os antígenos)
SEP = sepse (1 = presente; 2 = ausente)
Dx = diagnóstico (1 = presença de neoplasia; 2 = ausência de neoplasia

Avaliação nutricional instantânea (Instant Nutritional Assessment, INA)

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Manual Nutrição Hospitalar

Adotada por Seltzer e col., para pacientes com terapia intensiva. Utiliza para definir os pacientes com risco de
complicações a albumina (< 3,5 g/dL) e o número dos linfócitos (< 1.500/mm3).

Avaliação nutricional (Nutritional Assessment, NA)


Proposta por Cristallo e col. Para pacientes cirúrgicos neoplásicos. Risco de complicações infecciosas pós-
operatórias: albumina (< 3,5 g/dL) ou TIBC ( Total Iron Binding Capacity; capacidade total de ligação com o ferro)
≤ 200 mg/dL ou perda de peso, em relação ao peso habitual, de ≥ 10% nos últimos 6 meses.

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Manual Nutrição Hospitalar
Proteína Síntese Valor de referência Meia vida Função Limitação do uso Comentários
Albumina Hepatócito Normal: > 3,5 g/dl 18-20 dias Manter a pressão Está reduzida nas Apesar de muito utilizada
DEP leve: 3-3,5 g/dl coloidosmótica do doenças hepáticas e por na prática clínica, a vida
DEP moderada: 2,4-2,9 g/dl plasma; carrear ser uma proteína de média longa a torna um
DEP grave: < 2,4 g/dl pequenas moléculas. fase aguda, na fase índice pouco sensível às
aguda e de infecção. rápidas variações do
Doença renal, estado nutricional. O
hidratação também intervalo de tempo para
alteram a resultado repetir a dosagem deve
ser de 20 dias
Pré-albumina Hepatócito Normal: 20 mg/dl 2-3 dias Transportar Está elevada na A vida média curta a torna
DEP leve: 10-15 mg/dl hormônios da insuficiência renal. Está um índice bastante
DEP moderada: 5-10 mg/dl tireóide, mas reduzida nas doenças sensível para
DEP grave: < 5 mg/dl geralmente é hepáticas e por ser uma identificação da restrição
saturada com a proteína de fase aguda, protéica ou energética.
proteína carreadora na presença de
do retinol e com a inflamação e infecção.
vitamina A Doença renal,
hidratação também
alteram a resultado

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Manual Nutrição Hospitalar

Transferrina Hepatócito DEP leve: 150-200 mg/dl 7-8 dias Transportar o ferro Está aumentada na O intervalo de tempo
DEP moderada:100-150mg/dl do plasma gravidez e hepatites para repetir a
DEP grave: < 100 mg/dl aguda. Está reduzida dosagem é semanal.
nas anemias, hepatites
crônicas, neoplasias,
sobrecarga de ferro e
por ser uma proteína de
fase aguda, na presença
de inflamação e infecção
Doença renal, hidratação
também alteram a
resultado
Proteína Hepatócito Normal: 3-5 mg/dl 10-12 Transporta a Está elevada na A vida média curta a
transportadora do horas vitamina A na forma Insuficiência renal. Está torna um índice
retinol retinol. Está ligada reduzida nas doenças muito sensível para
em quantidade hepáticas, na carência a identificação da
equimolar à pré- de Vitamina A e zinco e restrição protéica ou
albumina por ser uma proteína de energética
fase aguda, na presença
de inflamação e infecção

Fonte: Adaptado de CUPPARI , L, 2002.

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Manual Nutrição Hospitalar

10. DIETAS PADRÃO EM HOSPITAL

A. MODIFICADAS NA CONSISTÊNCIA:
1. Dieta normal/ livre/ geral/padrão
2. Dieta leve/ branda
3. Dieta pastosa
4. Dieta semi-líquida/líquida -pastosa
5. Dieta líquida
6. Dieta líquida restrita

B. MODIFICADAS EM NUTRIENTES:
1. Dieta assódica ou hipossódica (2gr de sal)
2. Dieta hipo ou hiperprotéica
3. Dieta hipo ou hiperglicídica
4. Dieta hipo ou hiperlipidica
5. Dieta hipo ou hipercalórica
6. Dieta isenta de glúten
7. Dieta isenta de lactose

C. PARA CONDIÇÕES ESPECIAIS:


1. Dieta para pacientes cirúrgicos (gastrectomia, colostomia, ileostomia, colecistectomia, etc.)
2. Dieta para diarréia/ obstipante/ constipante
3. Dieta laxativa/ rica em fibras
4. Dieta para insuficiência hepática/renal
5. Dieta para diabetes
6. Dieta para gota/hipouricêmica
7. Dieta para úlcera e gastrite
8. Dieta por sonda (gastrostomia, jejunostomia, nasogástrica, nasoentérica)

DIETA NORMAL / GERAL/ LIVRE/ PADRÃO/ COMPLETA

OBJETIVO:Atender as necessidades individuais em calorias e nutrientes, mantendo o estado nutricional adequado.


INDICAÇÃO: pacientes cuja condição clínica não exige modificações dietoterápicas, pois apresenta integridade do
aparelho digestivo.

ALIMENTOS PERMITIDOS:Todos.

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DIETA BRANDA/ LEVE

OBJETIVO:Facilitar a digestão e diminuir o tempo em que é realizada. É uma dieta de transição entre as dietas geral
e pastosa. A consistência é atenuada através de cocção e/ou divisão e é restrita em resíduos fermentáveis. Possui o
mesmo teor calórico da dieta normal e a mesma composição.
INDICAÇÃO:pós-operatório, absorção diminuída e problema de mastigação, ou seja, todas as patologias que
necessitam de trabalho digestivo diminuído.
ALIMENTOS PERMITIDOS
•Hortaliças bem cozidas e sem casca, carnes bem cozidas (moída, desfiada, bem picada) ovo cozido,frutas em
compota, assadas, ou bem maduras sem casca e sem bagaço amassadas ou picadas bem pequeno.,torradas
bolachas,pão de leite, bolo ,leite, iogurte, requeijão, suflês,gelatina, pudim, flam.,sopas,arroz branco bem
cozido,purê, batata cozida.,caldo de feijão,café, chás.,sucos, vitaminas, bebidas sem gás.
ALIMENTOS EVITADOS
•Hortaliças folhosas cruas, brócolis, abóbora, couve-flor, pepino, pimentão, e outras formadoras de gases, pães
duros e sem sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias.,frutas cruas e as cítricas , queijos muito gordurosos.
carnes duras, crocantes, empanadas e ovos fritos.

DIETA PASTOSA

OBJETIVO: Facilitar a deglutição, digestão e absorção dos nutrientes. É de consistência menos sólida que a dieta
branda, modificada pela cocção.
INDICAÇÃO: situações que comprometem as fases mecânicas do processo digestivo, como falta de dentes,
dificuldade de deglutição e em fases críticas de doenças crônicas como insuficiência cardíaca e respiratória.

ALIMENTOS PERMITIDOS
•Leite, iogurte sem polpa de fruta,requeijão,margarina, geléia, carne liquidificada,ovo cozido,frutas em forma de
purê ou sucos, sopa amassada,arroz papa,creme de leite,caldo de feijão,sorvete,doce em pasta,pudim,flam,
sagu,arroz doce,suflês,legumes em forma de purê,vitaminas,mingau
ALIMENTOS EVITADOS
•Pães duros e com sementes, biscoitos amanteigados,hortaliças folhosas cruas,hortaliças com sementes e/ou
cascas, frutas com polpas que são difíceis de transformar em purê; iogurte com pedaços de frutas; carnes duras e
crocantes, empanadas; ovos fritos; bacon, azeitonas e coco;

DIETA SEMI-LÍQUIDA

OBJETIVO: propiciar repouso digestivo ou atender às necessidades do paciente quando os alimentos sólidos não
são bem tolerados. Exclui a mastigação e requer o mínimo de trabalho digestivo.

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ALIMENTOS PERMITIDOS:
Chás, café, sucos (carne, verduras e frutas) caldo de carne e vegetais,Sopas liquidificadas,Leite, Gelatina,
Vitaminas, Sorvete derretido, Pode-se acrescentar:
• Dextrina a 10%,Farinhas a 15%
• Clara e gema de avos
• Hidrolizado protéico comercial (caseinato)
• Óleo vegetal, creme de leite

ALIMENTOS EVITADOS
•Frituras, Hortaliças cruas, Frutas duras, Cereais integrais (arroz, pão bolacha), Condimentos fortes, Alimentos
flatulentos como: repolho, brócolis, couve-flor, rabanete, pepino, pimentão, cebola crua, feijão (grão), melão,
melancia, doces muito concentrados, bebidas com gás, carnes gordas e mal passadas.

DIETA LÍQUIDA

OBJETIVO:Reduzir o trabalho digestivo, facilitando a digestão e absorção de nutrientes. Promove repouso intestinal
maior que as anteriores.
INDICAÇÃO: pré e pós-operatórios, preparo de exames, casos graves de infecção, transtornos gastrintestinais. Se
utilizada em períodos prolongados , torna-se necessário suplementar para evitar desnutrição.
Composta de preparações liquidas na temperatura corporal.

ALIMENTOS PERMITIDOS:
•Leite, iogurte líquido, bebidas lácteas, gelatina , chá, café, bebidas sem gás, suco de frutas o/ou vegetais cozidos,
caldos de carnes e de feijão, margarina, creme de leite, sopas liquidificadas e coadas.
ALIMENTOS EVITADOS:
•Alimentos integrais/ farelos/sementes ,hortaliças cruas e inteiras ,frutas inteiras, queijos ricos em gorduras,
carnes ricas em gorduras, embutidos.

DIETA LÍQUIDA RESTRITA

OBJETIVO: Hidratação em períodos curtos.


INDICAÇÃO: pós -operatório e no preparo de algumas cirurgias e exames. É utilizada por períodos curtos, caso
contrário, exige-se obrigatoriamente complementação nutricional.

ALIMENTOS PERMITIDOS
•Água, líquidos claros, chá, café, açúcar, dextrosol, suco de fruta coado, caldo de legumes e carne coados, gelatina .

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Manual Nutrição Hospitalar

ALIMENTOS EVITADOS:
Leite e todos os não citados

QUADRO COMPARATIVO:
ALIMENTOS NORMAL BRANDA PASTOSA
Arroz Preparo comum Preparo comum Forma de papa
Feijão Preparo comum Preparo comum Liquidificado
Carne bovina Bife Ensopada Moída
Cenoura Crua, (salada) Cozida Purê
Batata Frita Cozida Purê
Alface Salada - -
Banana Crua Cozida Creme

ORIENTAÇÃO DE ALIMENTAÇÃO POR SONDA

Tipos de Dietas
- Artesanal: é a dieta que contém alimentos na sua forma natural (ex.: leite, mel, açúcar, ovo, maisena, óleo de
vegetais, caldo de carne, etc.) que deve ser liquidificada e coada. É necessária uma boa combinação dos alimentos
para que a dieta esteja completa e equilibrada.
- Industrializada: é a dieta que está em forma de pó ou líquida e pronta para ser liquidificada com água ou já
está na forma líquida pronta para ser administrada. Estas dietas possuem todos os nutrientes necessários.

Preparo das Dietas


Se usar a dieta caseira, deverá:

- Medir corretamente os alimentos;


- Separar todo o material utilizado para o preparo e deixá-lo exclusivamente para esse fim;
- Lavar todo o material utilizado com água corrente, enxaguar bem e passar água fervida;
- Lavar os frascos com água corrente e detergente utilizando uma escova roliça do tipo de mamadeira para facilitar
a higienização;
- Se utilizar água, filtrar e ferver (no momento de liquidificar a água deve estar morna);
- Se utilizar leite, ferver e deixar morno no momento de liquidificar;
- Liquidificar todos os ingredientes no mesmo momento por 2 a 3 minutos até que não fique nenhum pedaço
visível.
- Depois de batido, passar 2 vezes em uma peneira de malha fina.
- Conservar a dieta na geladeira em recipiente tampado (de plástico ou de vidro);
- As preparações com leite e sucos devem ser passadas logo após o preparo.

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Manual Nutrição Hospitalar

- A sopa pode ser feita de manhã, guardada na geladeira e ir tirando a quantidade a ser utilizada. Amornar em
banho-maria. Servir à temperatura ambiente. NUNCA UTILIZAR SOPA DO DIA ANTERIOR. A sopa pode ficar
na geladeira por no máximo 24 horas
- A dieta deve ser servida sempre à temperatura ambiente
- Os frascos deverão ser separados: um para água, outro para sopa e outro para preparações doces com leite.
- Os exclusivos para água poderão ser utilizados por 10 dias, os outros no máximo 3 dias, depois desprezar;
- Passar 50ml (copo de cafezinho) de água logo após ter terminado de passar a dieta.
- Serve tanto para limpar a sonda quanto para ajudar a hidratar o paciente. Essa água deve ser fervida por 5
minutos e ser passada à temperatura ambiente.
- NÃO usar alimentos fortes e irritantes como: refrigerantes, temperos fortes, alimentos ácidos, hortelã, café,
chocolates, etc.

Se usar a dieta industrializada, deverá:

- Utilizar a quantidade de pó determinada;


- Utilizar água filtrada e fervida;
- Liquidificar o pó com a água morna;
- Passar em temperatura ambiente;
- Caso prepare antecipadamente conservar em geladeira e retirar o volume a ser administrado 30 a 60 min antes
até que atinja a temperatura ambiente;
- Se líquida e pronta para uso, administrar a quantidade prescrita;

CUIDADOS PRELIMINARES PARA A ADMINISTRAÇÃO:

• Elevar a cabeça do paciente (30º) com dois travesseiros para alimentar e permanecer nesta posição ate 1 hora
após a refeição ter sido administrada.
• Observar perdas e ganhos de peso. Se isso ocorrer de maneira rápida ou inesperada, procure a nutricionista
para readaptar a dieta.
• Observe as fezes: cor, consistência (diarréia ou intestino preso), presença de sangue (nesse caso, entre em
contato com seu médico).
• É importante receber todas as dietas. No entanto, quando acontecer de perder ou atrasar o horário, não tentar
compensar uma dieta perdida, dobrando o volume da próxima dieta. Isto poderá causar mal estar gástrico ou
diarréia.
• Em caso de intestino preso: passar suco de mamão com ameixa preta e 1 colher (chá) de óleo.
• Em casos de vômito: suspender os horários seguintes ate cessar o vômito. Reiniciar com 100ml de chá. No
horário seguinte 200ml de suco de fruta (não ácida) e no 3º horário voltar à dieta prescrita.

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Manual Nutrição Hospitalar

ROTEIRO PARA ESTUDOS DE CASO - HOSPITAL

1. Identificação do paciente
- Nome (iniciais)
- Idade
- Sexo
- Profissão
- Numero do prontuário
- Atual residência (cidade e bairro)
- Estado civil
- Grau de instrução
- Doença (s) do paciente (motivo da internação hospitalar)
- Data da internação e da alta.
- Período de acompanhamento
- Condições gerais de saúde antes do internamento ( atividade física, tabagismo, etilismo, apetite,
dentição, funcionamento do TGI).

2. Histórico do paciente na internação.


- Antecedentes médicos
- Antecedentes familiares

3. Comentar sobre os hábitos alimentares anteriores à internação.


(Se for pertinente relacionar com as patologias apresentadas)

4. Diagnostico clínico
- Colocar as patologias existentes e a fisiopatologia (LITERATURA)

5. Tratamento clinico ou cirúrgico e dietoterápico preconizado (LITERATURA)

6. Medicamentos (UTILIZADOS NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR)


- Medicamento
- Principio ativo
- Indicação
- Interação droga x nutriente

7. Avaliação nutricional
- Dados antropométricos (Colocar os cálculos necessários para a recomendação nutricional (TMB, NET , Peso
Ideal...)
Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 50
Manual Nutrição Hospitalar

- Exame físico
- Exames laboratoriais - Interpretação
- Diagnostico nutricional.
8. Comentar, se for pertinente, a historia de ganho e perda de peso.
9. Conduta nutricional do hospital
10. Conduta nutricional do acadëmico

11. Anexar registro de 24 horas (calculado)

12. Anexar cardápio calculado proposto pelo acadëmico

13. Avaliar e comentar a evolução clinica diária

14. Anexar às orientações de alta.

Apresentar um caso por semana:


- Escrito - seguir o roteiro – Visto semanal.
- Oral – mais suscinto.

AO FINAL DO ESTAGIO ENTREGAR RELATÓRIO CONTENDO:

INTRODUÇÂO

- Nome do hospital
- Período de realização de estagio
- Clinica (s) em que realizou o estagio
- Nome do responsável pela supervisão
- Relato suscinto sobre os casos estudados
- Informar o nº de pacientes visitados.
- Explicar o objetivo do acompanhamento nutricional hospitalar:

DESENVOLVIMENTO
- Anexar todos os estudos de casos.

CONCLUSÃO
Finalizar com criticas e sugestões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Todas as utilizadas nos estudos de casos.

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 51


Manual Nutrição Hospitalar

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Manual Nutrição Hospitalar

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Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 53


Manual Nutrição Hospitalar

PROTOCOLO DIETOTERÁPICO - PEDIATRIA


1) IDENTIFICAÇÃO
• Leito___________ número do prontuário___________

• Nome_________________________________________________________________________

• Idade_____________Data de nascimento______________ Pré termo ( ) Termo ( )

• Data da internação________ Data da alta ________ Data atendimento_________________

2) DIAGNÓSTICO CLÍNICO___________________________________________________________

3) MEDICAMENTOS ATUAIS
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________

4) HISTÓRIA PREGRESSA (doenças anteriores e atuais)


_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________

5) TRATO GASTRINTESTINAL
• Disfagia ________ odinofagia________ condição cavidade oral _________________

• Regurgitação ______dentição____________________________________

• Intolerância alimentar _______________________________alergia ________________________

• Dor abdominal_____________________refluxo_________________náuseas__________________

• Vômitos____________pirose_________________ distensão abdominal_______________________

• Diarréia____________hematêmese________________ melena___________estase______________

• Constipação_________laxantes______________flatulência_________

• Aspecto das fezes: consistência__________cor_________odor________frequencia______________

6) DADOS SOBRE ALIMENTAÇÃO


• Aleitamento materno ( ) sim ( )não ( ) exclusivo Período: ___________________________
( ) predominante Período ___________________________
( ) misto Período____________________________
• Alimentação artificial : ________________________________________________________________
• Introdução de água/ chá:_______________________________________________________________
• Introdução de papinhas: _______________________________________________________________
• Utiliza chupeta: ( ) Sim ( ) Não Período de introdução: _________________________________
• Utiliza mamadeira: ( ) Sim ( ) Não Período de introdução: ______________________________
• Nº de refeições habituais ao dia: ( ) café da manhã ( ) lanche ( ) almoço ( ) lanche ( ) jantar ( ) ceia

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 54


Manual Nutrição Hospitalar

RECORDATÓRIO ALIMENTAR HOSPITALAR DE 1 DIA (Registro de 24h):

HORÁRIO ALIMENTO/PREPARAÇÃO QUANTIDADE OBS.

7) ALTERAÇÕES DE PESO
• Peso ao nascer________________________________

• Perda de peso_____________desde quando______________________quantos g________________

• Ganho de peso___________desde quando__________________________quantos g ____________

8) AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
• Peso medido_____________Relatado_______________estimado_____________________

• Altura aferida________relatada__________estimada_________ IMC_____ Interpretação________

• P/A______________________ P/I_______________________ A/I_____________________

• PC_____________ PT ___________________ PC/PT_______________________________

• CB _____ Interpretação__________________ PCT ______ Interpretação_____________________

• CMB ______ Interpretação__________________

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 55


Manual Nutrição Hospitalar

9) EXAMES LABORATORIAIS

Hemáceas 4.6 a 6.2

Hemoglobina 14 a 18.0

Hematócrito 42 a 54

VCM 83 a 93

HCM 27 a 32

CHCM 32 a 36

RDW 7 a 12%
Leucócitos
Global 4mil a 10mil

Bastonetes 3 a 5%

Segmentados 55 a 66

Linfócitos 20 a 35%

Monócitos 3 a 8%

Eosinofilos 2 a 4%

Plaquetas 150 s 450mil

Creatinina 0.5 a 1.5

Glicose 60 a 110

Uréia 10 a 40

Bilirrubina Total Até 1%

Bilirubina Direta Até 0.3


Bilirubina
Indireta Até 0.7

TGO Até 40

TGP Até 50
Proteína C
Reativa 6a8

Potássio 3.5 a 5.5

Sódio 130 a 148mil

Albumina 2.5 a 3.5

Amilase 125

Des. Lactica 200 a 400


Fosfatase
Alcalina 27 a 100

Lipase Até 60.0


OUTROS

• Diagnóstico nutricional______________________________________________________________

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 56


Manual Nutrição Hospitalar

9) AVALIAÇÃO METABÓLICA
• Peso ideal___________TMB_____________VET________________________________________

10) CONDUTA NUTRICIONAL HOSPITALAR


• Prescrição dietética ____________________________________ Consistência _______________

• Mamadeira __________ volume _______________ freqüência ______________________________

• Via de administração______________ Volume (se enteral ou parenteral) _______________ Frequencia / horários _________

11) CONDUTA DO ACADÊMICO


_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 57


Manual Nutrição Hospitalar

12) EVOLUÇÃO NUTRICIONAL


_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 58


Manual Nutrição Hospitalar

PROTOCOLO DIETOTERÁPICO - ADULTO

2) IDENTIFICAÇÃO

• LEITO___________NÚMERO DO PRONTUÁRIO___________

• NOME___________________________________________________________________________

• DATA DE NASCIMENTO__________IDADE_________PROFISSÃO______________________

• DATA DA INTERNAÇÃO________DATA DA ALTA________DATA ATENDIMENTO_______

2) DIAGNÓSTICO MÉDICO
________________________________________________________________________________________

3) MEDICAMENTOS ATUAIS
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________

4) HISTÓRIA PREGRESSA (história das doença anteriores e atuais)


_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
______________________________

5) TRATO GASTROINTESTINAL
• Disfagia ( ) Odinofagia ( ) Regurgitação ( ) Dor Abdominal ( ) náuseas ( ) vômitos ( ) pirose ( ) distensão abdominal ( ) diarréia ( )
hematêmese ( ) melena( ) estase ( ) constipação ( ) hemorróida ( ) laxantes ( ) flatulência ( )

• Aspecto das fezes: consistência________________ cor______________ odor______________________


freqüência________________________________________

6) TRATO URINÁRIO

MICÇÃO:
• Cor _________ odor _________volume_________

• Edema: anasarca ( ) extremidades ( )

7) ALTERAÇÕES DE PESO – ÚLTIMOS 3 MESES


• Perda de peso___________desde quando____________________quantos kg_________ Significativo Sim ( ) Não ( )

• Ganho de peso_______desde quando________________________quantos kg ________

• Intolerância alimentar _________________________alergia______________________

• Alteração da ingestão alimentar nos últimos 3 meses? qual. ______________________________________________________________

8) AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
• Peso medido____________relatado_______________estimado___________________

• Altura aferida ________ relatada_______________ estimada _________ aj ________

• IMC______ Interpretação _________________CB ____ Interpretação _____________ CMB _____Interpretação _______________

• PCT_____ Interpretação ____________ PCB _____ PCSE _____ PCSI ____ SOMA DAS 4 = ______ Interpretação ____________

• CPANT _______ CPULSO _______ CINTURA _____ Interpretação _______________ Peso Ideal __________________________
Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 59
Manual Nutrição Hospitalar

9) EXAME FÍSICO: Assinale com X o estado nutricional de cada área corporal avaliada
EXAME FÍSICO DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO EUTROFIA OBESIDAD
Gordura GRAVE LEVE A MODERADA E
Subcutânea
Abaixo dos olhos Círculos escuros, ( ) Deposito de gordura
pele solta ( ), olhos ( ) Visível ( ) , tecido adiposo ( )
fundos ( ) abundante ( )
Regiões do tríceps e Os dedos praticamente ( ) ( ) ( )
do bíceps se tocam ( )
Massa muscular ( ) ( ) ( )
Depressão ( ) Depressão leve É possível ver o ( )
( ) músculo bem definido (
Têmporas )
Ossos protuberante ( ) Levemente Sem sinal de perda ( ) ( )
Clavicula protuberante ( )
Ossos da escápula, ( ) Ossos levemente Sem depressão ( )
costela e coluna visíveis ( ) significativa ( )
vertebral bem visíveis (
Escapula )
Área entre o dedo Pequena depressão ( ( ) ( )
polegar e o indicador )
Músculo interósseo achatada ( )
Joelho (a parte Ossos proeminentes ( ) ( ) ( )
inferior do corpo é ( )
menos sensível as
alterações
nutricionais)
Quadríceps Depressão grave ( ) Leve ( ) Sem depresão ( ) ( )

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 60


Manual Nutrição Hospitalar

10 - EXAMES LABORATORIAIS

Hemáceas 4.6 a 6.2

Hemoglobina 14 a 18.0

Hematócrito 42 a 54

VCM 83 a 93

HCM 27 a 32

CHCM 32 a 36

RDW 7 a 12%
Leucócitos
Global 4mil a 10mil

Bastonetes 3 a 5%

Segmentados 55 a 66

Linfócitos 20 a 35%

Monócitos 3 a 8%

Eosinofilos 2 a 4%

Plaquetas 150 s 450mil

Creatinina 0.5 a 1.5

Glicose 60 a 110

Uréia 10 a 40

Bilirrubina Total Até 1%

Bilirubina Direta Até 0.3


Bilirubina
Indireta Até 0.7

TGO Até 40

TGP Até 50
Proteína C
Reativa 6a8

Potássio 3.5 a 5.5

Sódio 130 a 148mil

Albumina 2.5 a 3.5

Amilase 125

Des. Lactica 200 a 400


Fosfatase
Alcalina 27 a 100

Lipase Até 60.0


OUTROS

10) DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL _________________________________________________________________

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 61


Manual Nutrição Hospitalar

11) AVALIAÇÃO METABÓLICA


• TMB______________________ VET ____ _________________

12) HISTÓRIA ALIMENTAR HABITUAL DO PACIENTE


• Nº de refeições ao dia:
( ) café da manhã ( ) lanche ( ) almoço ( ) lanche ( ) jantar ( ) ceia

• Registro alimentar 1 dia (registro 24h):

HORÁRIO ALIMENTO/PREPARAÇÃO QUANTIDADE OBS.

13) PRESCRIÇÃO DIETÉTICA HOSPITALAR


• DIETA HOSPITALAR PRESCRITA ________________________________________________________________

• COMPOSIÇÃO (se nutrição enteral ou parenteral) ______________________________________________________

• VIA DE ADMINISTRAÇÃO________________________________________________________________________

• VOLUME (se nutrição enteral ou parenteral)____________________________________________________________

• FREQUENCIA/HORÁRIOS/ESQUEMA_______________________________________________________________

14) CONDUTA ACADÊMICA


_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 62


Manual Nutrição Hospitalar

15) EVOLUÇÃO NUTRICIONAL


_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

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Manual Nutrição Hospitalar

PROTOCOLO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL – UTI

Data internação: ____/____/_____ Data Avaliação: ____/____/________


Nome: ______________________________________________ Leito: _____ Prontuário: ______
Sexo ( ) F ( ) M Data nascimento: ____/___/____ Idade: _____________
Diagnóstico clínico: _____________________________________________________________________________

1. TRATO GASTRINTESTINAL:
Mastigação: ( )S ( )N ( )Dificuldade Deglutição: ( )S ( )N ( )Dificuldade
Dor abdominal: ( )S ( )N Distensão abdominal: ( )S ( )N
Estase gástrica: ( )S ( )N Drenagem gástrica: ( )S ( )N Volume: _____
Náuseas: ( )S ( )N Vômito: ( )S ( )N Episódios: ____ Refluxo: ( )S ( )N
Função intestinal: ( )Presente ( )Ausente Diarréia ( )S ( )N Episódios: ____ _____________
Constipação: ( )S ( )N

2. TRATO URINÁRIO
Anúria ( ) Oligúria ( ) Poliúria ( ) Volume/dia____________
Edema: MID ( ) MIE ( ) MSD ( ) MSE ( ) Extremidades ( ) Raiz ( ) Anasarca ( )

3. ALTERAÇÕES DE PESO (ÚLTIMOS 3 MESES)


Perda de Peso: ( ) Superior a 3 kg ( ) Até 3 kg ( ) Sem perda ( ) Não sabe informar
Ganho de Peso: ( ) Superior a 3 kg ( ) Até 3 kg ( ) Sem perda ( ) Não sabe informar
Motivo aparente: _______________________________________________________________________

4. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Peso: ____ ( )Aferido ( )Relatado ( )Estimado
Altura: ____ ( )Aferido ( )Relatado ( )Estimado
IMC: ( )Obesidade Grau III ( ) Obesidade Grau II ( ) Obesidade Grau I ( ) Sobrepeso
( ) Desnutrição Grau III ( ) Desnutrição Grau II ( ) Desnutrição Grau I ( ) Eutrofia
Prega Cut. Supra – Ilíaca:____ Prega Cut. Sub-Escapular: ____ Prega Cut. Bicipital: ____
Prega Cut. Tricipital: ____
( )Desnutrição ( )Risco de Desnutrição ( )Eutrofia ( )Sobrepeso ( )Obeso
Circ. de Braço :____ ( )Desnutrição ( )Risco de Desnutrição ( )Eutrofia ( )Sobrepeso ( )Obeso
Circ. Musc. do Braço:___ ( )Desn. ( )Risco de Desn. ( )Eutrofia ( )Sobrepeso ( )Obeso
Somatório das 4 Pregas: ____ ( ) % de gordura acima do ideal ( ) % de gordura abaixo do ideal
Exame físico:
Massa Magreza: ( )Perda aparente superior 50% do corpo ( )Perda aparente inferior 50% do
corpo ( )Sem perda aparente
5. ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________

6. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
( )Obesidade Grau III ( ) Obesidade Grau II ( ) Obesidade Grau I ( ) Sobrepeso
( ) Desnutrição Grau III ( ) Desnutrição Grau II ( ) Desnutrição Grau I ( ) Eutrofia

Profa Me Adriana Cruz Lopes & Profa Me Claudia Regina Felicetti 64


Manual Nutrição Hospitalar

7. AVALIAÇÃO METABÓLICA

Peso Ideal: ______________ TMB: ______________ VCT: ________________

8. CONDUTA NUTRICIONAL

Via de Administração: ( ) Oral ( ) Enteral ( ) Parenteral Obs.: _____________________


Composição % dieta: ______ CHO ________ PTN _______LIP
Gotejamento: ( ) gravitacional ( ) Sistema fechado contínuo
Volume Inicial: _________ Volume Final: ______________

Observações:
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
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