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FICHA DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS 7º ANO

Nome: ____________________________________________________________
Ano: ____ Turma ____ Data: ____/____/20____
Classificação: _____________________ O Professor _______________________
O Encarregado de Educação: __________________________________________

GRUPO I - Leitura e Compreensão

Texto A

Lê, com atenção, o texto que se segue:

Quantas línguas existem no mundo?


Ninguém sabe ao certo quantas línguas são faladas no mundo inteiro. Os linguistas
– assim se chamam os estudiosos das línguas – estimam que existam de 3000 a 5000
línguas em todo o mundo. Mas muitas delas ainda são
desconhecidas. E sabias que nem todas as línguas do mundo usam os mesmos sons
que tão facilmente saem da nossa boca? Os bosquímanos, por exemplo, emitem
complicados estalidos com a língua que são muito estranhos para os nossos ouvidos.
Se um bosquímano, por sua vez, ouvisse uma palavra como “extraordinariamente”, iria
talvez rir até não poder mais. Por isso, se uma palavra é estranha ou não, é apenas
uma questão de gosto... e de tradições, pois claro! As línguas mais faladas no mundo
são o chinês, o inglês e o espanhol. Mas há algo que também pertence à língua, caso
contrário, este livro não podia ser lido: a escrita. A certa altura, há já muito tempo,
deixou de ser suficiente para os homens apenas falarem uns com os outros. Também
queriam que aquilo que tinham para contar pudesse, de algum modo, ser conservado
para a posteridade. Então, a partir deste desejo, a escrita começou a tomar forma. Os
homens das cavernas já desenhavam cenas de caça nos rochedos, e a escrita evoluiu
a partir desses símbolos. Os antigos egípcios utilizavam os seus famosos hieróglifos,
com os quais podiam formar uma frase partindo da combinação de diferentes
símbolos. Ainda demorou muito tempo até que se inventasse uma escrita que já não
usasse imagens mas apenas símbolos para cada som.
Ilse Heil e Oliver Arnim, O grande livro das 555 perguntas, 2.ª ed., ASA
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são
dadas.

1. De acordo com o sentido do texto, assinala com um X se as afirmações são


Verdadeira ou Falsas.
V F
Atualmente, conhecem-se todas as línguas faladas no
mundo

Aqueles que estudam as línguas chamam-se linguistas.


Todas as línguas do mundo utilizam os mesmos sons,
embora combinados de forma diferente.

As línguas faladas por um maior número de pessoas são


o chinês, o inglês e o português.

A escrita foi criada para que outros povos pudessem


aprender línguas estrangeiras.

A escrita foi inventada pelos homens das cavernas.


Os hieróglifos eram símbolos utilizados pelos antigos
egípcios para comunicarem.

2. Sublinha, para cada item, a opção que permite obter a afirmação adequada ao
sentido do texto.

2.1. A palavra “emitem” (l. 6) pode ser substituída por


a. treinam.
b. produzem.
c. Imitam.
2.2. O pronome relativo “que” (l. 7) tem como antecedente
a) “Os bosquímanos”.
b) “estalidos”.
c) “estranhos”.
2.3. A expressão “ser conservado para a posteridade” (l. 14) significa que
a. será guardado numa capsula do tempo.
b. será preservado para as gerações futuras.
c. será mantido em segredo.

Texto B

Lê o excerto do conto Mestre Finezas, de Manuel da Fonseca

A tesoura tinia e cortava junto das minhas orelhas. Eu não podia mexer-me, não
podia bocejar sequer. “Está quieto, menino”, repetia mestre Finezas segurando-me a
cabeça entre as pontas duras dos dedos: “Assim, quieto!” Os pedacitos de cabelo,
espalhados pelo pescoço, pela cara, faziam comichão e não me era permitido coçar.
Por entre as madeixas caídas para os olhos via-lhe, no espelho, as pernas esguias, o
carão severo de magro, o corpo alto, curvado. Via-lhe os braços compridos, arqueados
como duas garras sobre a minha cabeça. Lembrava uma aranha.
E eu - sumido na toalha, tolhido numa posição tão incómoda que todo o corpo
me doía - era para ali uma pobre criatura indefesa nas mãos de mestre Ilídio Finezas.
Nesse tempo tinha-lhe medo. Medo e admiração. O medo resultava do que
acabo de contar. A admiração vinha das récitas dos amadores dramáticos da vila.
Era pelo Inverno. Jantávamos à pressa e nessas noites minha mãe penteava-me
com cuidado. Calçava uns sapatos rebrilhantes e umas peúgas de seda que me
enregelavam os pés. Saíamos. E, no negrume da noite que afogava as ruas da vila, eu
conhecia pela voz famílias que caminhavam na nossa
frente e outras que vinham para trás. Depois, ao entrar no teatro, sentia-me
perplexo no meio de tanta luz e gente silenciosa. Mas todos pareciam corados de
satisfação.
Daí a pouco, entrava num mundo diferente. Que coisas estranhas aconteciam!
Ninguém ali falava como eu ouvia cá fora. E mesmo quando calados tinham outro
aspeto, constantemente a mexerem os braços. Mestre Finezas era o que mais se
destacava. E nunca, que me recorde, o pano desceu, no último ato, com Mestre
Finezas ainda vivo. Quase sempre morria quando a cortina principiava a descer e, na
plateia, as senhoras soluçavam alto.
Aquelas desgraças aconteciam-lhe porque era justo e tomava, de gosto, o
partido dos fracos. E, para que os fracos vencessem, Mestre Finezas não tinha medo
de nada nem de ninguém. Heroicamente, de peito aberto e com grandes falas, ia ao
encontro da morte.
Eu arrepiava-me todo. Uma noite Mestre Finezas morreu logo no primeiro ato.
Foi um desapontamento. Todos criticaram pelo corredor, no intervalo. “O melhor artista
morreu mal entra em cena!... Não está certo! Agora vamos gramar quatro atos só com
canastrões!”, dizia o doutor delegado a meu pai.
Mas a cena tinha sido tão viva e a sua morte tão notada durante o resto do
espetáculo que, no outro dia, me surpreendi ao vê-lo caminhando em direção à loja.
Manuel da Fonseca, Aldeia Nova, Leya, 2009

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

1. Explica o significado da seguinte afirmação: “E eu (…) era para ali uma pobre
criatura indefesa nas mãos do mestre Ilídio Finezas” (linhas 7-8).
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2. Refere duas razões que levam o narrador a fazer esta afirmação.
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3. Lê a frase: “Via-lhe os braços compridos, arqueados como duas garras sobre a


minha cabeça.” (linhas 5-6).
3.1. Identifica o recurso expressivo presente nesta frase.
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4. O narrador admirava mestre Finezas. Qual o motivo? Justifica a afirmação com


uma passagem textual.
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5. Carateriza física e psicologicamente a personagem, Mestre Ilídio Finezas.


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GRUPO II - Conhecimento explícito da língua
1. Associa a palavra sublinhada nas frases da coluna A à classe e subclasse que
lhe correspondem na coluna B.

Coluna A Coluna B
(1) Pronome Indefinido
(A) Cortava junto das minhas orelhas
(2) Adjetivo qualificativo
(B) Os pedacitos de cabelo
(3) Preposição
(C) Ninguém ali falava como eu ouvia cá fora
(4) Pronome demonstrativo
(D) Era justo
(5)Determinante possessivo

2. Identifica o processo de formação das palavras seguintes (Derivação ou


composição).
a) Lealdade __________________________________
b) Engarrafar _________________________________
c) Desmancha-prazeres _________________________
d) Discoteca __________________________________
e) Certeza ____________________________________

3. Identifica a função sintática dos constituintes sublinhados em cada uma das


frases seguintes:
a) “A tesoura tinia.” ___________________________________________
b) “Está quieto, menino” ________________________________________
c) “Agora vamos gramar quatro atos.” _____________________________
d) “Mestre Finezas é um grande homem.” __________________________
e) Carlitos foi ao espetáculo. ____________________________________

4. Completa cada uma das frases seguintes, conjugando o verbo nos tempos e
modos indicados entre parênteses.
a) Achas que daqui a uns anos as pessoas ____________________ (verbo
falar no futuro do indicativo) do Mestre Finezas?
b) Naquela noite, nós _____________________ (verbo caminhar no
pretérito perfeito do indicativo) bastante até chegar ao teatro!
5. Reescreve as frases seguintes, substituindo as expressões sublinhadas pela
forma adequada do pronome pessoal. Faz apenas as alterações necessárias.
a) Não tive escolha. __________________________________________
b) Dei a comida ao cão. _______________________________________
GRUPO III – Escrita

Elabora um texto de opinião coerente e bem estruturado que obedeça a uma


introdução, a um desenvolvimento e a uma conclusão e em que reflitas sobre a
possibilidade certas profissões, poderem desaparecer num futuro próximo como, por
exemplo, o ardina, o amolador de tesouras, facas e reparador de guarda-chuvas, o
engraxador de sapatos...
Para elaborares o teu texto, poderás ter em conta:
 A importância destas profissões;
 Razões para o seu desaparecimento e consequências da sua extinção.

Observações:
1. Redige um texto com um mínimo de 10 linhas e um máximo de 20.
2. Se escreveres menos de 10 linhas, o texto será cotado com 0 ( zero ) pontos.

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Bom Trabalho!
A Professora

Marlene Vieira Silva

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