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MATEMÁTICA

Elementos do triângulo ................... 11 ASSOCIANDO NÚMEROS REAIS A


TEORIA DOS CONJUNTOS ......................2
Ângulo no triângulo ......................... 11 PONTOS DE UMA RETA OU DE
ELEMENTOS PERTINÊNCIA.................... 2 CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULO .......... 12 UM PLANO ..................................... 24
CONJUNTOS IGUAIS .............................. 2 Conceituação ................................... 12 Eixo real ........................................... 24
SUBCONJUNTO ..................................... 3 CASOS DE CONGRUÊNCIA DE GEOMETRIA ESPACIAL ........................ 25
QUANTIFICADORES .............................. 3 TRIÂNGULO .................................... 12 POLIEDROS ......................................... 27
IMPLICAÇÃO E EQUIVALÊNCIA ............. 3 Propriedades dos ângulos Relação de Euler .............................. 28
INTERSECÇÃO E UNIÃO ......................... 4 isósceles ..................................... 13
RAZÕES ............................................... 29
Conectivo E e OU ............................... 4 A PROPORÇÃO E A GEOMETRIA.......... 13
Conjuntos disjuntos ........................... 4 Semelhança de triângulo ................. 14 RAZÕES NOTÁVEIS ............................. 29
DIFERENÇA E COMPLEMENTO .............. 5 Casos de semelhanças de CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS ...... 31
Conjunto universo .............................. 5 triângulo .................................... 14 Classificação dos números .............. 31
LEI DE MORGAN .................................... 5 Razão de semelhança ...................... 15 Números naturais ................ 31
CIRCUNSFERÊNCIA E CIRCULO ............ 16 Números inteiros ................. 31
GEOMETRIA ...........................................6 Números racionais ............... 31
Arcos e cordas ................................. 16
ÂNGULOS.............................................. 6 Números reais...................... 32
Posições relativas entre reta e
Interior do ângulo AÔB.......... 6 Números irracionais ............. 32
circunferência. ........................... 16 Operações com conjuntos ............... 32
Exterior do ângulo AÔB ......... 6
Ângulos e circunferência ................. 16 Conjunto das partes ........................ 32
Ângulos não geométricos ...... 6
Ângulo do segmento........................ 17 Complemento de B em A ..... 32
Ângulos geométricos ......................... 6
Ângulos congruentes ............. 6
Potência de ponto ........................... 18 Subconjunto..................................... 32
Ângulos consecutivos ............ 7 PERÍMETRO DA CIRCUNFÊRENCIA ...... 19 CONJUNTOS NUMÉRICOS .................. 33
Ângulos adjacentes ............... 7 Circunferência circunscrita e Números naturais ............................ 33
Ângulos opostos pelo vértice 7 inscrita, em polígonos Números inteiros ............................. 33
Medida de um ângulo regulares .................................... 19
(amplitude) ............................ 7 TRIÂNGULO EQUILÁTERO ................... 20 MÁXIMO DIVISOR COMUM ................ 34
Unidade de medida de um Hexágono regular ............................ 20 Pelo processo prático ...................... 35
ângulo ................................... 8
CÁLCULO DE ÁREAS ............................ 21 Propriedades básicas do MDC ......... 35
Ângulos formados por duas
Unidade de medida de área ............ 21
retas paralelas e uma MINIMO MULTIPLO COMUM .............. 35
transversal ............................. 8
Áreas de algumas figuras planas .... 21
5º postulado de Euclides ....... 8 ÁREA DE ALGUMAS FIGURAS.............. 21
TRIÂNGULOS....................................... 11 Razão entre áreas de figuras
Classificação .................................... 11 semelhantes .............................. 23
TEORIA DOS CONJUNTOS Já o conjunto F dos estados do Brasil que são
Conjunto é praticamente a mesma coisa que banhados pelo oceano pacífico é um conjunto
se usa na linguagem comum: é o mesmo que vazio. Indicamos assim:
agrupamento, classe, coleção ou sistema. Na  F = { } ou, então F = Ø.
teoria dos conjuntos três noções são aceitas
sem definições, isto é, são consideradas ELEMENTOS PERTINÊNCIA
noções primitivas: Conjunto, Elemento e Para indicar que um elemento x pertence a um
Pertinência entre elementos e conjunto. conjunto A, escrevemos assim:
Cada membro ou objeto que entra na  x∈A
formação do conjunto é chamado elemento. Para indicação que o elemento x não pertence
Um elemento de um conjunto é representado ao conjunto A escrevemos:
por uma letra, um número, um nome, etc.  x∉A
Indicamos um conjunto por uma letra É comum representar um conjunto pelos pontos
maiúscula A, B, C, e um elemento com uma interiores a uma linha fechada e não entrelaçada.
letra minúscula a, b, c, d, e, x, y,... Assim, na representação ao lado temos:
Sejam A um conjunto e x um elemento se X a ∈ A, b ∈ A e d ∉ A
pertencer ao conjunto A escrevemos.
 x ∈ A.
Para indicar que x na é elemento do conjunto
A, escrevemos:
 x ∉ A.
Se indicarmos os elementos dentro de uma
curva fechada simples temos outra
representação do conjunto A, conhecida como
Figura 2: representação do conjunto A.
Diagrama Venn.
Nos casos de usarmos um círculo para
representar um conjunto, estaremos usando os
assim chamados diagramas de Euler–Venn.

CONJUNTOS IGUAIS
Dizemos que dois conjuntos são iguais quando
Figura 1: Diagrama de Venn. Na representação do
Diagrama de Venn, temos a ∈ A, b ∈ A e d ∉ A.
têm exatamente os mesmos elementos, os
conjuntos A e B são iguais se todos os elementos
Consideremos um conjunto B dos números de A também pertencem a B e todo elementos de
naturais ímpares. Observe que este conjunto B também pertence a A. Exemplo: seja A o
está caracterizado por uma propriedade dos conjunto das vogais da palavra Bola:
seus elementos. São números naturais  A = {o, a}.
ímpares. Podemos representá-los assim: Seja B o conjunto das vogais da palavra Campo:
 B = {x | x é número natural ímpar} ou  B = {a, o}.
 B = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13,...}. É fácil ver que A = B (a ordem em que
Colocamos as reticências para indicar que o escrevemos os elementos não importa).
conjunto não tem fim, trata-se de um conjunto  {o, a} = {a, o}.
infinito (tem infinitos elementos). Às vezes Conjunto E das letras da palavra Amar:
usamos a reticência para indicar conjuntos (que  E = {a, m, a, r}.
têm finitos elementos) com grandes números E o conjunto F das palavras Amarrar:
de elementos. Exemplo: o conjunto C dos  F = {a, m, a, r, r, a, r}.
números naturais impares menores que 100 Todo elemento de E pertence a F e também todo
podem ser indicados assim: elemento de F pertence a E, logo temos E=F. Este
 C = {1, 3, 5, 7, 9, 11,...,99}. exemplo mostra que não precisamos repetir
Há conjuntos que apresenta um único elementos dentro de um mesmo conjunto; basta
elemento, os chamados conjuntos unitários; e indicar cada elemento uma vez só.
há também os conjuntos sem nenhum  {a,m,a,r} = {a, m, a, r, r, a, r} = {a, m, r}.
elemento; que chamamos conjunto vazio. Se dois conjuntos A e B não são iguais,
1. Conjunto unitário: o conjunto D dos escrevemos A ≠ B (A é diferente de B). Para isso
números naturais que são pares e primos ocorrer é preciso que haja pelo menos um
ao mesmo tempo: elemento que pertença a um dos conjuntos e não
 D = {2}; pertence ao outro.
Conjunto E das capitais do Brasil:
 E = {Brasília}.
SUBCONJUNTO Então no caso do conjunto A = {6, 8, 9, 10, 12}
Consideremos o conjunto A das vogais da temos:
palavra Teoria:  ⩝ x ∈ A, x é natural;
 A = {e, o, i, a} e o conjunto B de todas as  ∃ x ∈ A | x é par;
letras da palavra teoria.  ∃I x ∈ A | x é ímpar;
 B = {t, e, o, r, i, a}.  ∄ x ∈ A | x é primo.
É evidente que todo elemento do conjunto A Já a sentença (⩝ x ∈ A, x é par) é falsa, porque 9
também pertence ao conjunto B. Quando isto ∈ A e 9 não é par. Em outras palavras, a sentença
ocorre dizemos que A é subconjunto de B, ou (⩝ x ∈ A, x é par) é falsa porque (∃ x ∈ A | x não é
que A é parte de B, e indicamos: par) é verdadeira. Dizemos que a sentença (∄ x ∈
 A ⊂ B (A está contido em B); A, x é par).
 B ⊃ A (B contém A). Quando uma sentença é a negação lógica de
o A ⊂ B quando todo elemento de A também outra, sendo uma delas verdadeira a outra é falsa.
pertence a B. A negação lógica de uma sentença do tipo (∃ x | x
Num diagrama, se A ⊂ B a linha fechada que tem a propriedade p) é a sentença (∄ x | x tem a
contornam os elementos de A fica dentro da que propriedade p). Exemplo, para negar que existe
contorna os de B. o símbolo ⊂ é chamado sinal menino de cabelos verdes, podemos dizer não
de inclusão. Note que ele é colocado entre dois existe menino de cabelos verdes ou nenhum
conjuntos e a sentença A ⊂ B é verdadeira se todo menino tem cabelos verdes, ou ainda, todo
elemento de A também pertencer a B. menino não tem cabelo verde.
Caso exista ao menos um elemento de A que não
pertença B, então a sentença A ⊂ B é falso; nesse IMPLICAÇÃO E EQUIVALÊNCIA
caso, devemos escrever A ⊄ B (A não está Se for verdade que todo brasileiro entende de
contido em B) ou então B ⊅ A ( B não contêm A). futebol, então também é verdade que todo
maranhense entende de futebol (porque, os
maranhenses são brasileiros). Isto significa que da
afirmativa a, todo brasileiro entende de futebol,
podemos tirar como contra conclusão b: todo
maranhense entende de futebol. Também
podemos tirar a conclusão de que todo paulista
entende de futebol, todo gaucho entende de
futebol e até todo carioca entende de futebol.
Quando de uma afirmação a podemos tirar uma
conclusão b dizemos que a implica b. Indicamos:
 a ⇒ b = a implica b, ou se a então b.
Figura 3: A ⊂ B e B ⊃ A.
Se também de b podemos tirar como conclusão
a, dizemos que a e b são equivalentes. Neste
QUANTIFICADORES
caso indicamos:
Em relação ao conjunto A = {6, 8, 9, 10, 12}
 a ⇔ b = a é equivalente a b, ou a se e
podemos dizer que:
somente se b.
 Qualquer que seja o elemento de A, ele é
um numero natural;
 Existe um único elemento de A que é impar;
 Não existe elemento de A que é numero
primo.
Na matemática dispomos de símbolos próprios
para representar as expressões grifadas acima.
Estes símbolos são chamados quantificadores,
são os seguintes:
 ⩝ = qualquer que seja;
 Ǝ = existe;
 ∃I = existe um único;
 ∄ = não existe.
Colocando-se x ∈ A ao lado de cada um deles,
temos.
 ⩝ x ∈ A = qualquer que seja x pertence a
A (ou para todo x pertencente a A);
 ∃ x ∈ A = existe x pertencente a A;
 ∃I x ∈ A = existe um único x pertencente a
A;
 ∄ x ∈ A = não existe x pertencente a A;
INTERSECÇÃO E UNIÃO Conjuntos disjuntos
Conectivo E e OU Quando dois conjuntos não têm elemento comum
Usando dois conjuntos dados, A e B, podemos eles são chamados conjuntos disjuntos. Os
construir outros conjuntos. Exemplo: Se estamos conjuntos A e B são disjuntos quando A ⋂ B = Ø.
interessados nos elementos que pertencem Exemplo:
simultaneamente a ambos os conjuntos,  {1, 3, 5, 7, 9} ⋂ {2, 4, 6, 8, 10} = Ø
formamos com eles o conjunto, chamado inter (ou  {1, 3, 5, 7, 9} e {2, 4, 6, 8, 1} são conjuntos
intersecção) de A e B, indicam por A ⋂ B = A disjuntos.
inter B. definimos:
 A ⋂ B = { x | x ∈ A e x ∈ B}.
Exemplo:
 A = {1, 3, 5, 7, 9, 11};
 B = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19};
Figura 5: A ⋂ B = Ø.
o A ⋂ B = {3, 5, 7, 11}.
Propriedades: Qualquer que sejam os conjuntos
A, B e C vale as igualdades seguintes:
Propriedades idempotente:
 A ⋂ A = A e A ⋃ A = A.
Propriedade comutativa:
 A ⋂ B = B ⋂ A e A ⋃ B = B ⋃ A.
Propriedade associativa:
 (A⋂B)⋂C = A ⋂ (B⋂C) e (A ⋃ B) ⋃C = A
Observe que ``x ∈ A e x ∈ B´´ significa que a ⋃(B⋃C).
condição x ∈ A e também a condição x ∈ B devem
ser obedecidas. Colocamos o conectivo e entre
duas condições quando queremos que ambos
sejam verificados. O conectivo e pode ser
representado pelo símbolo ˄ = lê-se E.

O conectivo ou, quando colocado entre duas


condições, indica que pelo menos uma delas deve
Figura 6: (a) A ⋂ B ⋂ C; (b) A ⋃ B ⋃ C.
ser verificada: só a primeira ou só a segunda ou
ambos. Chamamos união ou reunião de dois
conjuntos A e B. e indicamos por A ⋃ B = lê-se: A Propriedade distributiva:
união B, ao conjunto dado por:  A ⋂ (B ⋃ C) = (A ⋂ C) ⋃ (A ⋂ C) e A ⋃ (B ⋂
 A ⋃ B = {x | x ∈ A ou x ∈ B}. C) = (A ⋃ B) ⋂ (A ⋃ C).
Exemplo:
 A = {a, b, c, d, e};
 B = {a, e, i, o, u};
o A ⋃ B = {a, b, c, d, e, i, o, u}.

Figura 7: (a) A ⋂ (B ⋃ C); (b) A ⋃ (B ⋂ C).

Figura 4: (a) elementos que pertencem só a A; (b)


elementos que pertencem a ambos; (c) elementos que
pertence só a B.

Para formar o conjunto A ⋃ B reunimos num só


conjunto todos os elementos de A com todos os
de B (não é necessário escrever o mesmo
elemento duas vezes). O conectivo ou pode ser
representado pelo símbolo ˅ = lê-se ou.
DIFERENÇA E COMPLEMENTO
Conjunto universo
Chamamos diferença entre os conjuntos A e B,
que indicamos por A-B, ao conjunto formado pelos
elementos que pertencem a A e não pertencem a
B.
A-B = {x | x ∈ A e x ∉ B}.
Figura 10: (A ⋂ B)C = AC ⋃ BC (o complemento da interseção e a
união dos complementos).

Sendo:
 A = {1, 2, 3, 4, 5, 6};
 B = {2, 4, 6, 8, 10};
o A-B = {1, 3, 5} e B-A = {8,10}.
Quando B ⊂ A a diferença A-B também é
chamada complementos de B em A e indicamos
por CAB= leia: complementar de B em A.

Figura 8: CAB = A-B (sendo B⊂A).

LEI DE MORGAN
Sejam A e B dois conjuntos contidos num
universo U e vamos considerar o complemento da
união: (A ⋃ B)C ⇔ x ∉ (A ⋃ B) ⇔ (x ∉ A ˄ x ∉ B)
⇔ ( x ∈ AC ˄ x ∈ BC) ⇔ x ∈ (AC ⋂ BC) .
Isto significa que os conjuntos (A⋃B)C e AC ⋂ BC
são formados pelos mesmos elementos. Logo:

Figura 9: (A ⋃ B)C = AC ⋂ BC (o complemento da união é a


intersecção dos complementares).

Consideremos agora o complemento da


intersecção: (A⋂B)C, temos:
x ∈ (A ⋂ B)C ⇔ x ∉ (A ⋂ B) ⇔ (x ∉ A ˅ x ∉ B) ⇔ (x
∈ AC ˅ x ∈ BC) ⇔ x ∈ (AC ⋃ BC).
Isto significa que os conjuntos (A ⋂ B)C e AC ⋃
BC são formados pelos mesmos elementos logo.
GEOMETRIA  𝝰2 com origem na 𝑂𝐴 e que não contém o
A geometria é um ramo da matemática dedicada ponto 𝝱 (oposto ao 𝝰1) e 𝝱2, com origem na
ao estudo das formas, planas e espaciais, e suas 𝑂𝐴 e que não contém o ponto A (oposto ao
propriedades. Baseiam-se em vários axiomas, 𝝱1).
postulados, definições, teoremas e corolátorios. Exterior de AÔB = 𝝰2 ⋃ 𝝱2.
ÂNGULOS  Exterior de um ângulo é côncavo: Os
Chama-se ângulo à reunião de duas semirretas pontos do exterior de um ângulo são pontos
de mesma origem, não contidas numa mesma reta externos ao ângulo. A reunião do ângulo com
(não colineares). seu exterior também são conhecidos por
AÔB = 𝑂𝐴 ⋃ 𝑂𝐵 Angulo côncavo.
O ponto O é o vértice do ângulo. As semirretas
𝑂𝐴 e 𝑂𝐵 são os lados do ângulo. Ângulos não geométricos
É todo aquele cuja medida é maior ou igual a
180º, ou é menor ou igual a 0º.

Figura 12: (a) ângulo raso (180º); (b) ângulo de uma volta (360º);
(c) ângulo nulo.

Obs.: Indicamos por AÔB um ângulo de vértice 0 e


Figura 11: AÔB = aôb = 𝒂𝒃. lados 𝑂𝐴 e 𝑂𝐵. A medida desse ângulo será
simbolizada, por m(AÔB).
Costuma-se denotar o ângulo por uma única letra
(O) seu vértice. Nas figuras, os ângulos podem ser Ângulos geométricos
destacados, marcando-se um pequeno arco É todo aquele cuja medida é maior que 0º e
próximo ao seu vértice, algumas vezes usamos menor que 180º. Por comodidade omitiremos o
também uma única letra grega: 𝝰, 𝝱, 𝝲 etc. para termo geométrico, chamando simplesmente de
indicar tanto um ângulo numa figura como sua ângulo.
medida.  Ângulo reto é todo ângulo congruente a seus
suplementes adjacentes;
Interior do ângulo AÔB  Ângulo agudo é um ângulo menor que um
É a intersecção de dois semiplanos abertos, a ângulo reto;
 Ângulo obtuso é um ângulo maior que um
saber: 𝝰1 com origem na reta 𝑂𝐴 e que contém o
ângulo reto.
ponto B e 𝝱1 com origem em 𝑂𝐵 e que contém o
ponto A. interior AÔB = 𝝰1 ⋂ 𝝱1.
 Interior de um ângulo é convexo: O ponto do
interior de um ângulo são pontos internos ao
ângulo. A reunião de um ângulo com seu
interior é um setor angular ou ângulo completo Figura 13: (a) ângulo reto (90º); (b) ângulo agudo (𝝰 < 90º); (c)
e também é conhecido por ângulo convexo. ângulo obtuso (𝝰 > 90º).

Ângulos congruentes
São dois ângulos de medidas iguais. Indica-se a
congruência de dois ângulos AÔB e C𝑉D por AÔB
≅ C𝑉D. Duas retas r e s que têm um único ponto
em comum (retas concorrentes) são
perpendiculares quando formam ângulos retos
Exterior do ângulo AÔB
entre si. Indicamos isso da seguinte forma r ⟘ s.
É o conjunto dos pontos internos ao ângulo. A
reunião de um ângulo com seu interior é um setor
ângulo ou ângulo completo e também é conhecido
por ângulo convexo. O exterior do ângulo AÔB é
conjunto dos pontos que não pertence nem ao
ângulo AÔB nem ao seu interior. O exterior de
AÔB é a reunião de dois semiplano abertos, a
saber:
Ângulos consecutivos
Dois ângulos são consecutivos se, e somente se, Medida de um ângulo (amplitude)
um lado de um deles é também lado do outro (um A medida de um ângulo AÔB será indicada por
lado de um deles coincide com um lado do outro). m(AÔB). A medida de um ângulo é um número
real positivo associado ao ângulo de tal forma que:
1º. Ângulos congruentes têm medidas iguais e,
reciprocamente, ângulos que têm medidas
iguais são congruentes:
AÔB ≡ C𝑃D ⇔ m(AÔB) =(C𝑃D).

2º. Se um ângulo é maior que outro, sua medida


Figura 14: AÔB e AÔC São consecutivos (𝑶𝑨 é o lado comum). é maior que a deste outro.
AÔB > C𝑃D ⇔ m(AÔB)>m(C𝑃D).

3º. A um ângulo soma está associado a uma


medida que é a soma das medidas dos
ângulos parcelas.
𝑟𝑡 ≡ 𝑎𝑏 +𝑐𝑑 ⇒ m(𝑟𝑡) = m(𝑎𝑏) + m(𝑐𝑑)
A medida de um ângulo dá-se o nome de
Figura 15: AÔC e BÔC são consecutivos (𝑶𝑪 é o lado comum).
amplitude do ângulo. Em geral, associa-se um
número a um ângulo tomado como unidade.

Figura 16: AÔB e BÔC são consecutivos (𝑶𝑩 é o lado comum).

Ângulos adjacentes
Dois ângulos consecutivos são adjacentes se, e
somente se, não têm pontos internos comuns.
AÔB e BÔC são ângulos adjacentes.

Ângulos opostos pelo vértice


Dois ângulos São opostos pelo vértice se, e
somente se, os lados de um deles são os
respectivos. Semirretas opostas aos lados do
outro.

AÔB e CÔD são opostos pelo vértice


𝑂𝐴 𝑒 𝑂𝐶 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜

𝑂𝐵𝑒 𝑂𝐷 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
Notemos que duas retas concorrentes
determinam dois pares de ângulos oposto pelo
vértice.
Unidade de medida de um ângulo 5º postulado de Euclides
a. Ângulos de um grau (1°): são o ângulo Sejam r e s duas retas distintas e seja t uma reta
submúltiplo segundo 90 de um ângulo reto: que cruza a r em P e s em Q. a reta t é chamada
â𝑛𝑔 𝑢𝑙𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑜 transversal às retas r e s.
Ângulo de um grau =
90 Estas retas determinam oito ângulos com vértices
Um ângulo reto tem 90 graus (90°). A medida de
P e Q (quatro pares de ângulos oposto pelo
um ângulo agudo é menor que 90° (um ângulo
vértice) com denominação especifica.
agudo tem menos de 90º). A medida 𝝰 de um
ângulo é tal que: 0° < 𝝰 < 180°.

b. Ângulo de um minuto (1´): é o ângulo


submúltiplo segundo 60 do ângulo de um grau.

1´= 60
Um minuto tem 60 segundos (60´´)

c. Ângulo de um segundo (1´´): é o ângulo


submúltiplo segundo 60 do ângulo de um
minuto.
1´  Os ângulos dos pares (A𝑃Q, D𝑄 P) e (C𝑃Q,
1´´=60
F𝑄 P) são alternos internos;
 Os ângulos dos pares (A𝑃B, F𝑄 P), (C𝑃B,
d. Ângulo de um grado (1gr): é o ângulo D𝑄 P), (A𝑃D, F𝑄 E) e (C𝑃Q, D𝑄 E) são
submúltiplo segundo 100 de um ângulo reto. chamados correspondentes;
â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑜
Ângulo de um grado = 100  Os ângulos cujos lados contêm o seguimento
Dos submúltiplos de grado, dois se destacam: 𝑃𝑄 são chamados ângulos internos
 O centigrado (o,o1 gr), também chamado resultantes da intersecção da transversal com
minuto de grado; as retas r e s.
 O decimiligrado (0,0001gr), também chamado
segundo grado. Exemplo 1: calcule o valor de x nas figuras a
seguir:
Ângulos formados por duas retas paralelas e
uma transversal
Duas retas coplanares r e s são paralelas se,
e somente se, não têm ponto em comum ou
têm todos os seus pontos em comum.

Figura 18: (b) solução de (a): x = 30° + 40° =70°.

Figura 17: indicamos que r é paralela a s pelo símbolo r//s. (a)


retas paralelas distintas (r e s coplanares e r⋂s) = Ø; (b) retas
paralelas coincidentes (r⋂s = r =s).
Figura 19: (b) solução de (a): x = 50° + 40° = 90°.
Exemplo 2: Os ângulos 𝝰 e 𝝱 são
suplementares, e a razão entre os complementos
do 1° e o suplemento do 2°, nessa ordem, é ¼.
Calcule 𝝰 e 𝝱.
Solução: sendo os ângulos 𝝰 e 𝝱 suplementares,
temos que:
𝝰 + 𝝱 = 180°
O complemento 𝝰 é 90° -𝝰. e o suplemento de 𝝱 é
180° -𝝱. Daí, de acordo com o enunciado, teremos
a igualdade.
90° − 𝛼 1
=
180° − 𝛽 4
Temos duas equações e duas incógnitas.
Isolando 𝝱 na primeira equação e substituindo na
segunda, teremos:
90°−𝛼 1
=
180°−(180°−∝) 4
Resolvendo:
90°−∝

4 x (90° - ∝) = 𝝰
360° - 4𝝰 = 𝝰
𝝰 = 72/
Daí: 𝝱 = 180° - 𝝰 = 180º - 72° = 108.
Nomenclatura e elementos de um polígono:
Polígono é um conjunto de segmento de retas
coplanares tais que:
 Cada extremidade de qualquer um deles é
extremidade de dois e apenas dois deles;
 Dois segmentos consecutivos quaisquer,
dentre eles, não são colineares:

Polígono regular: um polígono convexo que


possui todos os lados congruentes entre si e todos
os ângulos internos congruentes entre si é
chamado de polígono regular.

Figura 20: (a) lado; (b) vértice; (c) diagonal; (d) ângulo interno;
(e) ângulo externo.

Figura 21: (a) quadrilátero regular (quadrado); (b) triângulo


Número de lados Nome do polígono regular (triângulo equilátero); (c) hexágono regular.
3 Triângulo.
4 Quadrilátero.
5 Pentágono.
6 Hexágono.
7 Heptágono.
8 Octógono.
9 Eneágono.
10 Decágono.
Tabela 1: A tabela mostra os nomes que recebem os
polígonos, conforme o seu número de lados (ou de vértices).

Polígonos convexos: observe que a reta r que


contém o lado 𝐴𝐵 do pentágono abaixo deixa os
demais lados contidos num mesmo semiplano de
origem.

O mesmo acontece com as retas que contêm


qualquer um dos outros lados. Por isso, dizemos
que esse pentágono é convexo.
 Um polígono é convexo se, e somente se, a
reta que contém qualquer um de seus lados
deixa os demais lados contidos num mesmo
semiplano de origem nessa reta.
Observando o polígono ABCDEFG, constatamos
que ele não é convexo, pois a reta r que contém o
lado 𝐴𝐵 não deixa os demais lados contidos num
mesmo semiplano de origem r.
TRIÂNGULOS Mediatriz de um triângulo: é a reta perpendicular
Classificação a um dos lados pelo ponto médio.
Quanto aos ângulos:

Figura 22: (1) triângulo retângulo (um ângulo interno reto): (a) Figura 27: mediatriz relativa ao lado 𝑩𝑪.
hipotenusa; (b) e (c) cateto. (2) triângulo (os três ângulos
internos agudos); (3) triângulos obtusângulos (um ângulo
interno obtuso). Ângulo no triângulo
1. Soma dos ângulos de um triângulo:
Quanto aos lados: consideremos um triângulo qualquer ABC
cujos ângulos Â, 𝐵 e 𝐶 têm medidas 𝝰, 𝝱 e 𝝷,
respectivamente.

Figura 23: (a) triângulo equilátero (os três lados congruentes


entre si); (b) triângulo isóscele (dois lados congruentes entre si);
(c) triângulo escaleno (os três lados com medidas diferentes
entre si).
Traçando por B a reta DE paralela a AB,
Elementos do triângulo determinamos ângulos alternos congruentes.
Altura: altura de um triângulo é o segmento de
reta que liga um vértice ao lado oposto,
perpendicularmente.

Como o ângulo D𝐵E é raso, concluímos que 𝝰 +


𝝱 + 𝝷 =180°, isto é: A soma das medidas dos
ângulos internos de um triângulo qualquer é 180°.

2. Teorema do ângulo externo de um


Figura 24: altura relativa ao lado 𝑩𝑪 ou ao vértice A.
triângulo: Na figura abaixo, o ângulo BÂD é
adjacente e suplementar de um ângulo interno
Bissetriz interna de um triângulo: é o segmento do triângulo ABC: por isso, BÂD é chamado de
de reta contido na bissetriz de um ângulo interno ângulos externo desse triângulo.
ligando um vértice ao lado oposto.

Sendo 𝝰 e 𝝱 as medidas dos ângulos internos C e


Figura 25: Bissetriz interna relativa ao vértice A.
B respectivamente, e indicando por e a medida do
ângulo externo relativo ao vértice A temos:
Mediana de um triângulo: é segmento de reta
que liga um vértice ao ponto médio do lado
oposto.

Logo:
𝝰 + 𝝱 + 180° - e = 180º
Figura 26: (a) mediana relativa ao lado 𝑩𝑪 ou ao vértice A.
A medida de um ângulo externo de um triângulo
é igual à soma das medidas dos ângulos internos
não adjacentes a ele.
CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULO CASOS DE CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULO
Conceituação A definição de congruência de triângulos exige
Imagine dois triângulos recortados em cartolina que sejam obedecidas seis condições: três
de modo que seja possível colocar um sobre o congruências entre lados e três ângulos. Porém,
outro para que cada ponto de qualquer um deles escolhendo adequadamente algumas dentre
coincida com algum ponto do outro: essas condições, percebemos que, se for
adequadamente algumas dentre essas condições,
percebemos que, se elas forem obedecidas, as
outras também o serão. Qualquer conjunto,
formado por uma quantidade mínima de condições
capazes de garantir formado por uma quantidade
mínima de condições capazes de garantir a
congruência de dois triângulos é chamado de caso
de congruência.
1. Caso LAL (lado, ângulo e lado): dois
triângulos são congruentes se, e somente se,
têm dois lados e o ângulo compreendido por
Figura 28: O símbolo 𝞝 deve ser lido coincide.
eles, respectivamente.
Isso só é possível se para cada ângulo de
qualquer um dos triângulos existe um ângulo
congruente no outro, e para cada lado de qualquer
um dos triângulos existe um lado congruente no
outro. Sob essas condições dizemos que os dois
triângulos são congruentes.
2. Caso ALA (ângulo, lado, ângulo): Dois
Definição: dois triângulos são congruentes se, e
triângulos são congruentes se, e somente se,
somente se, existe uma correspondência
têm um lado e os ângulos adjacentes a eles,
biunívoca que associa os três e vértices de uns
respectivamente, congruentes.
dos triângulos aos três vértices de outro, tal que:
1. Ângulo com vértices correspondentes são
congruentes;
2. Lados opostos a vértices correspondentes são
congruentes.

𝐵 ≅Ê
ΔABC ≅ ΔDEF 𝐵𝐶 ≅ 𝐸𝐹
𝐶 ≅ 𝐹

3. Casos LLL (lado, lado, lado): Dois triângulos


são congruentes se, e somente se, têm os três
 ≅ 𝐷 𝐴𝐵 ≅ 𝐷𝐸 lados, respectivamente, congruentes.
 𝝙ABC ≅ ADEF ⇔ 𝐵 ≅ Ê e 𝐴𝐶 ≅ 𝐷𝐹
Ê ≅ 𝐹 𝐵𝐶 ≅ 𝐸𝐹
Notas:
Ao indicar a congruência por:
 𝝙ABC≅𝝙DEF.
Estamos afirmando que os vértices A, B, C são,
respectivamente, os correspondentes dos vértices 𝐴𝐵 ≅ 𝐷𝐸
D, E, F. 𝝙ABC ≅ 𝝙DEF ⇔ 𝐵𝐶 ≅ 𝐸𝐹
Lados opostos a vértices correspondentes são 𝐴𝐶 ≅ 𝐷𝐸
chamados de lados correspondentes.
4. Casos LAAa (lado, ângulo, ângulo oposto):
dois triângulo são congruentes se, e somente
se, têm um lado, um ângulo adjacente e o
ângulo oposto a esse lado, respectivamente,
congruente.
𝐵𝐶 ≅ 𝐸𝐹
𝝙ABC≅𝝙DEF 𝐵 ≅Ê
 ≅ 𝐷

5. Casos RHC (ângulo, reto, hipotenusa, cateto):


dois triângulos retângulos são congruentes se, e
somente se, têm a hipotenusa e um cateto,
respectivamente, congruentes.

Figura 30: m = Ponto médio.

𝐵𝐶
AM = 2
𝐵𝑒𝐸
𝝙ABC ≅ 𝝙DEF 𝐴𝐶 ≅ 𝐷𝐹 A PROPORÇÃO E A GEOMETRIA
𝐴𝐵 ≅ 𝐷𝐸 Um dos teoremas associados ao nome de Tales
trata da proporção entre segmentos da reta,
Propriedades dos ângulos isósceles consideremos três retas paralelas p, q e r cortadas
Um triângulo e isósceles quando tem dois lados por duas transversais s e t:
congruentes. Esse tipo de triângulo possui Dizemos que dois segmentos das transversais s e
algumas propriedades que merecem destaque, t são correspondentes quando seus extremos
devido a sua grande aplicação na resolução de
pertencem às mesmas paralelas. Ex.: 𝐴𝐸 e 𝐷𝐸
problemas. Para facilitar a compreensão dessas
são correspondentes, pois seus extremos
propriedades, convencionamos que num triângulo
pertencem às mesmas paralelas p e q,
isósceles o vértice comum aos lados congruentes
analogamente são correspondentes 𝐸𝐺 e 𝐹𝐻 , 𝐴𝐺
é chamado de vértice do triângulo Isósceles.
e 𝐷𝐻.
Desse modo, temos que:
 Os ângulos da base de um triângulo isósceles
são congruentes;
 A mediana, a bissetriz e a altura relativas à
base do triângulo isósceles coincidem;
 A mediatriz, a bissetriz e a altura relativa à
base do triângulo isóscele coincidem;
 A mediatriz relativa à base de um triângulo
isóscele contém a mediana, a bissetriz e a
altura relativas a essa base.
Para justificar essas propriedades, vamos traçar a Tales demonstrou que a razão entre dois
mediana 𝐴𝑀 relativa à base 𝐵𝐶 de um triângulo segmentos de uma mesma transversal é igual à
isóscele ABC: razão entre os segmentos correspondentes na
 Pelo caso LLL de congruência de triângulo outra transversal, isto é:
temos que 𝝙AMB ≅ 𝝙AMC.
Consequentemente: 𝐴𝐸 𝐷𝐹 𝐺𝐸 𝐻𝐹 𝐴𝐸 𝐷𝐹
𝐸𝐺
= 𝐹𝐻 𝐺𝐴
= 𝐻𝐷 𝐴𝐺
= 𝐷𝐻

Esse teorema pode ser generalizado para mais


três paralelas, como segue.
 Se três ou mais retas paralelas concorrem
com duas retas transversais, então a razão
entre dois segmentos de uma mesma
Figura 29: BMC = Base.
transversal é igual à razão entre os
Valem também as recíprocas dessas segmentos correspondentes da outra
propriedades, isto é: transversal.
 Se um triângulo possui dois ângulos internos
congruentes, então ele é isósceles;
 Se a mediana relativa a um lado de um
triângulo coincide com a bissetriz ou com a
altura relativa a esse lado, então. Esse
triângulo é isósceles;
 Se a mediatriz relativa a um lado de um
triângulo contém a mediana, a bissetriz ou a
altura relativa a esse lado, então esse
triângulo e isósceles.
Semelhança de triângulo Casos AA (ângulo, ângulo): dois triângulos são
O conceito intuitivo de semelhança é muito semelhantes, e somente se, têm dois ângulos
importante, porem, devemos formalizá-lo, para respectivamente congruentes.
isso, adotamos a definição a seguir.
Dois triângulos são semelhantes se, e somente
se, existe uma correspondência biunívoca que
associa os três vértices de um dos triângulos aos
três vértices do outro lado, tal que:
 Ângulos com vértices correspondentes são
congruentes;
 Lados opostos a vértices correspondentes
são proporcionais.

𝐵 ≅Ê
ΔABC ∽ ΔDEF 𝑒
𝐶≅ 𝐹

Caso LAL (lado, ângulo, lado): dois triângulos


são semelhantes se, e somente se, têm dois
 ≅ 𝐷
𝝙ABC ∽ 𝝙DEF ⇔ 𝐵 ≅ Ê lados, respectivamente, proporcionais: e são
congruentes os ângulos formados por esses
𝐶≅ 𝐹
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶 lados:
E = =
𝐷𝐸 𝐸𝐹 𝐷𝐹

Obs.:
 Ao indicar a semelhança por 𝝙ABC ∽ 𝝙DEF
estamos afirmado que os vértices A, B e C
são, respectivamente, os correspondentes
dos vértices D, E e F.
 Lados opostos a ângulos correspondentes
são chamados de lados correspondentes;
 A razão entre dois lados correspondentes é 𝐴𝐵 𝐵𝐶
chamada razão de semelhança. = 𝐸𝐹
𝐷𝐸
𝝙ABC∽𝝙DEF ⇔ 𝐸
Casos de semelhanças de triângulo 𝐵≅ 𝐹
A definição de semelhança de triângulo exige
que sejam obedecidas seis condições: três Caso LLL (lado, lado, lado): Dois triângulos são
congruências e três proporcionalidades, porém, semelhantes se, e somente se, têm os três lados,
escolhendo adequadamente algumas dentre respectivamente, proporcionais.
essas seis condições, percebemos que, se elas
forem obedecidas, as outras também o serão.
Qualquer conjunto formado por uma quantidade
mínima de condições capazes de garantir a
semelhança de dois triângulos é chamado de caso
de semelhança a seguir apresentamos os casos
principais.

𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
𝐷𝐸
= 𝐸𝐹 = 𝐷𝐹 ⇔ 𝝙ABC ∽𝝙DEF.
Razão de semelhança Vamos demonstrar as seguintes relações
Vimos que a razão de semelhança de dois métricas:
triângulos é a razão entre as medidas de dois  ah=bc;
lados correspondentes. Porém, existem outras  c2=am;
maneiras para se calcular essa razão, por  b2=na;
exemplo, a razão entre alturas correspondente é  ch=bm;
igual à razão de semelhança, conforme  bh=cn;
demonstração a seguir.  h2=mn;
Consideremos que 𝝙ABC ∽ 𝝙DEF.  a2 = b2 + c2 (teorema de Pitágoras).

Demonstrações: O triângulo retângulo ABC pode


ser separado em três triângulos semelhantes entre
si.

A razão de semelhança do triângulo ABC para


DEF é o numero k tal que:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
 k = 𝐷𝐸 = 𝐸𝐹 = 𝐷𝐹 (1)
Traçando as alturas correspondentes 𝐴𝐻 e 𝐷𝐼,
temos pelo caso AA que os triângulos ABH e DEI
são semelhantes:

Logo, temos que:


𝐴𝐻 𝐴𝐵
 = (2)
𝐷𝐼 𝐷𝐸
𝐴𝐵 Assim temos:
Em (1) observamos que 𝐷𝐸 = K, Logo, em (2), 𝑎 𝑏 𝑐
podemos concluir que:  𝝙ABC∽𝝙HBA ⇔ 𝑐 = 𝑕 = 𝑚 .
𝐴𝐻 Logo. ah = bc;
 𝐷𝐼 = k.
c2 = am;
Ou seja, a razão entre as alturas correspondentes
ch = bm.
𝐴𝐻 e 𝐷𝐼 é a razão de semelhança entre os
triângulos. Analogacamente, podemos demonstrar 𝑎 𝑏 𝑐
que a razão de semelhança se mantém para dois  𝝙ABC ∽ 𝝙HBA ⇔ 𝑏 = 𝑛 = 𝑛 .
quaisquer comprimentos correspondentes: logo, b2=cn;
mediana, bissetriz, perímetro etc. ah=cb;
bh=cn.
Relação métricas no triângulo retângulo
𝑐 𝑕 𝑚
No triângulo ABC: 𝝙HBA ∽ 𝝙HAC ⇔ = =
𝑏 𝑛 𝑕
logo, bh = cn;
ch = bm;
h2 = mm.

Para demonstrar o teorema de Pitágoras, basta


adicionarmos, membro a membro, as relações b2
= an e e c2=am, obtendo.
 b2 + c2 = na + am ∴ b2 + c2 = a (n+m).
Como n + m = a, concluímos que:
 b2 + c2 = a2.
Temos que:
 b e c são as medidas dos catetos;
 a é a medida da hipotenusa;
 h é a medida da altura relativa à
hipotenusa;
 m é a medida da projeção ortogonal do
cateto 𝐴𝐶 sobre a hipotenusa.
CIRCUNSFERÊNCIA E CIRCULO Posições relativas entre reta e
Consideremos uma abertura do compasso tal que circunferência.
a distância entre a ponta do grafite e a ponta seca Uma reta r e uma circunferência λ, contidas num
seja 5cm. Ao fixar a ponta seca num ponto C da mesmo plano, admitem as seguintes posições
folha do caderno e desenhar uma linha com a relativas:
ponta do grafite, fazendo-a girar uma volta  r é secante a λ quando têm em comuns dois
completa em torno do ponto C, estamos marcando pontos distintos.
todos os pontos da folha que distam 5cm de C.
essa linha é chamada de circunferência do
centro C e raio 5cm.

Figura 34: r ⋂ λ = {A, B}.


 r é exterior a λ quando não têm pontos em
comum.

A reunião de uma circunferência com o conjunto Figura 35: r ⋂ λ = Ø.


de seus pontos interiores é chamado de círculo.  r é tangente e λ quanto tem um único ponto
em comum:

Figura 31: (a) circunferência; (b) ponto exterior à circunferência; Figura 36: r ⋂ λ = {T}.
(c) ponto pertencente à circunferência; (d) ponto interior à
circunferência.  Propriedade: A reta tangente à
circunferência é perpendicular ao raio no
A reunião de uma circunferência com o conjunto ponto de tangência.
de seus pontos interiores é chamado de circulo.

Figura 37: r ⋂ λ = {T}.


Figura 32: circulo.

Ângulos e circunferência
Arcos e cordas 1. Ângulo central de uma circunferência: todo
Dois pontos A e B de uma circunferência dividem- ângulo cujo vértice é o centro de uma
na em duas partes chamadas arcos. O segmento circunferência é chamado de ângulo central
de reta 𝐴𝐵 é chamado de corda, uma corda que dessa circunferência.
passa pelo centro C da circunferência é chamada
diâmetro.

Figura 38: (a) ângulo central; (b) arco determinado pelo ângulo
central.

Figura 33: (a) Diâmetro 𝑫𝑬; (b) arco AB; (c) corda 𝑨𝑩.
Define-se a medida, em graus, de um arco  m(A𝑉B) =
𝑚 𝐴𝐶 𝐷 + 𝑚 (𝐵𝐶 𝐷)
.
circunferência como sendo a medida do ângulo 2
central que o determina. Ex.: E como:
 m(A𝐶 B) = m(A𝐶 D) + m(A𝐶 D);
Concluímos que:
𝑚 𝐴𝐶 𝐵
 m(A𝑉B) = 2
.
Isto é,
𝛽
 𝝰 = 2.
Figura 39: m(A𝑪B) = 60° ⇔(AB) = 60°.
3º caso: O centro C é exterior ao ângulo inscrito.
2. Ângulo inscrito numa circunferência: todo
ângulo cujo vértice pertence a uma
circunferência e os lados são secantes a ela é
chamado de ângulo inscrito nessa circunferência.

Faça como exercício a demonstração desse caso.


Figura 40: (a) ângulo inscrito; (b) arco determinado pelo ângulo Sugestão: trace o diâmetro 𝑉𝐷 e aplique o
inscrito.
primeiro caso. Ex.:
 A medida do ângulo central A𝐶 B é igual à
 Propriedades: a medida de um ângulo medida do arco que ele determina, isto é, 140º.
inscrito é metade da medida do ângulo Como a medida do ângulo inscrito é metade do
central correspondente. ângulo central correspondente, concluímos
Temos que justificar essa propriedade, separando- 140°
que 𝝰= 2 = 70°.
a em três casos.
1° caso: um lado do ângulo inscrito passando pelo
centro C da circunferência.

O triângulo VCA é isósceles, pois 𝐶𝑉 ≅ 𝐶𝐴. Ângulo do segmento


Como 𝝱 é medida de um ângulo externo A𝐶 B do Todo ângulo cujo vértice pertence a uma
𝛽
triângulo ACV, temos que 𝝱 =2𝝰 ∴ 𝝰 = 𝛼 . circunferência, um lado é tangente e o outro é
secante à circunferência, é chamado de ângulo de
2° caso: o centro C é ponto interior ao ângulo segmento.
inscrito:

Traçando o diâmetro 𝑉𝐷, temos: Figura 41: (a) ângulo de segmento; (b) arco determinado pelo
ângulo de segmento.

Um ângulo de segmento e um ângulo central que


determinam o mesmo arco são chamados de
ângulos correspondentes nessa circunferência.
 Propriedade: a medida de um ângulo de
Pelo primeiro caso, obtemos: segmento é metade da medida do ângulo
𝑚 (𝐴𝐶 𝐷) 𝑚 (𝐴𝐶 𝐷) central correspondente.
 m(A𝑉D) = 2 e m(B𝑉D) = 2 Temos que justificar essa propriedade
Mas como:
separando-a em dois casos:
 m(A𝑉B) = m(A𝑉D) + m(B𝑉D).
Temos que:
1° caso: o centro da circunferência não pertence a Ponto exterior à circunferência: se duas retas r
um lado do ângulo. e s, concorrentes, em P, interceptam uma
circunferência em A, B, C e D, conforme a figura
abaixo, então:
 PA x PB = PC x PD.

O ângulo C𝑉A é complementar de A𝑉B, logo,


m(C𝑉A)=90°-𝝱. Como o triângulo CVA é isósceles,
pois 𝐶𝑉 ≅𝐶𝐴, temos m(C𝑉A) =m(C𝐴V) = 90°-𝝱. Cada um dos produtos PA x PB e PC x PD é
𝛼 chamado de potência do ponto P. para justificar
 𝝰 + 90° - 𝝱 + 90° - 𝝱 ≅ 180° ∴ 𝝱 = 2
que esses produtos são iguais, basta observar
que os triângulos PAD e PCB são semelhantes,
2º caso: O centro C pertence a um lado de pelo caso AA (𝑃 é ângulo comum aos dois
ângulo. triângulos e 𝐵≅ 𝐷 porque são ângulos inscritos
que determinam o mesmo arco). Assim, temos a
proporção:
𝑃𝐴 𝑃𝐷
 𝑃𝐶 = 𝑃𝐵 ∴ PA x PB = PC x PD.

Esse caso é imediato, pois A𝑉B é reto e o arco


VA determinado por esse ângulo mede 180°,
portanto:
𝑚 (𝑉𝐴)
 m(A𝑉B) = 2

Potência de ponto
Ponto interior à circunferência: se numa
circunferência duas cordas 𝐴𝐵 e 𝐶𝐷 concorrem
num ponto P, então:
 PA x PB = PC x PD.

Cada um dos produtos PA x PB e PC x PD é


chamado de potência do ponto P. para justificar
que esses produtos são iguais, observe que o
triângulo APC e DPB é semelhantes, pelo caso AA
(Ô ≅ Â), pois são ângulos inscritos que
determinam o mesmo arco; e D𝑃B ≅ A𝑃C, pois
são opostos pelo vértice. Assim, temos a
proporção:
𝑃𝐴 𝑃𝐶
 = ∴ PA x PB = PC x DP.
𝑃𝐷 𝑃𝐵
PERÍMETRO DA CIRCUNFÊRENCIA
Todas as circunferências são semelhantes entre
si, por isso, a razão entre a medida c do
comprimento (perímetro) de uma circunferência e
a medida 2r do seu diâmetro é constante, isto é:
𝐶
2𝑟
= constante.
O matemático grego Arquimedes de Siracusa foi
o primeiro homem a conseguir um método correto
para a obtenção dessa constante. O sábio grego
inscreveu e circunscreveu polígonos regulares a
uma mesma circunferência e dividiu pelo diâmetro
os perímetros do polígono inscrito e do polígono Figura 43: (a) raio R da circunferência circunscrita: R =
𝞪 𝟐
; (b)
𝟐
circunscrito. 𝒂
raio r da circunferência inscrita (apótema): r = .
𝟐

Figura 42: perímetro da circunferência = c; perímetro do


polígono inscrito = 6r; perímetro do polígono circunscrito =
6,928r.

Assim, o matemático grego calculou:


6𝑟 𝑐 9,928𝑟 𝑐
 < < ⇔ 3< < 3,464.
2𝑟 2𝑟 2𝑟 2𝑟

Arquimedes iniciou os cálculos om hexágonos


regulares e foi dobrando o número de lados até
chegar em 96 lados para os polígonos inscrito e
circunscrito, obtendo:
𝑐
 ≅ 3,14.
2𝑟
 𝝅 = 3,14159265...
𝑐
Da sentença 2𝑟 = 𝝅, conclui-se que:
c=2𝝅r.
Isto é, o perímetro de uma circunferência é igual
aos produtos da medida do diâmetro por 𝝅.

Circunferência circunscrita e inscrita, em


polígonos regulares
Todo polígono regular admite a circunferência
circunscrita (aquela que passa por todos os
vértices do polígono). Essas duas circunferência
têm o mesmo centro 0. Chamado, também, de
centro do polígono. Ao raio da circunferência
inscrita num polígono regular, damos o nome de
apótema.
1. Quadrado: A medida da diagonal de um
quadrado de lado 𝝰 e 𝝰 2, portanto, temos:
TRIÂNGULO EQUILÁTERO
A medida da altura h de um triângulo equilátero
𝛼 3
de lado 𝝰 é 2 como no triângulo equilátero as
alturas estão contidas nas mediatrizes e
coincidem com as bissetrizes e (centro da
circunferência circunscrita). É também incentro
(centro da circunferência inscrita), e também é
baricentro (divide cada mediana na razão 2 para
1).
Figura 44: R = 𝝰 (pois o triângulo AOB é equilátero).
 Raio R da circunferência circunscrita:
Raio da circunferência inscrita (apótema):

𝛼 3
2𝑥 𝛼 3
R= 2
⇔r=
3 3 𝞪 𝟑
Figura 45: r = , pois r é a medida da altura de um triângulo
𝟐

Raio r da circunferência inscrita (apótema). equilátero de lado 𝝰.

𝑎 3
2𝑥 𝑎 3
r= 3
2
⇔R= 6

Hexágono regular
Os vértices de um hexágono regular dividem a
circunferência circunscrita em seis áreas
congruentes, logo, cada um desses arcos mede
60°. assim, o ângulo central corresponde a cada
um desses arcos também mede 60°.

Como AO=OB e m(AÔB)=60º, temos que


m(OÂB)=m(O𝐵A)=60° e, portanto, o triângulo AOB
é equilátero. Sendo 𝝰 a medida do lado desse
hexágono concluímos:
 Raio R da circunferência circunscrita:
CÁLCULO DE ÁREAS Áreas de algumas figuras planas
Unidade de medida de área Retângulo: consideremos um retângulo cuja
O piso de uma garagem foi completamente base mede 5cm e a altura mede 3cm. Para
forrado com 220 lajotas de mesmo tamanho. calcular sua área em cm2, vamos dividi-los em
Considerando a superfície ocupada por uma lajota quadrados menores de lado 1cm, isto é:
como uma unidade 𝝻.
Medir a área de uma superfície significa compará-
la com uma superfície adotada como unidade.
A unidade fundamental da área é o metro
quadrado, simbolizado por m2, que é uma
superfície quadrada com 1m de lado. Obtivemos 5 colunas com 3 quadrados menores
em cada uma, logo, o número de quadrados
pequenos é 5+3. Assim, a área A do retângulo é:
A = 15cm2.
A área A de um retângulo é o produto da medida
da base pela medida da altura.
Figura 46: A = 1m2. A = b + h.

Analogamente definem-se: km2; hm2; dam2, dm2, ÁREA DE ALGUMAS FIGURAS


cm2 e mm2 como sendo quadrados com lados de Retângulo: consideremos um retângulo cuja base
1km, 1hm, 1dam,m1dm, 1cm e 1mm, mede 5cm e a altura mede 3cm. Para calcular sua
respectivamente. Essas unidades de área podem área em cm2, vamos dividi-lo em quadrado
ser apresentadas na escala abaixo. menores de lado 1cm, isto é:

Cada unidade dessa escala vale quantas vezes à


unidade imediatamente inferior? Figura 47: (a) 3cm; (b) 5cm.
Para responder a essa pergunta, vamos dividir um
quadrado de 1m de lado em quadrados menores Obtivemos 5 colunas com 3 quadrados menores
de 1dm de lado: em cada uma, logo, o número de quadrados
menores é 5 x 3. Assim, a área A do retângulo é:
A = 15cm2.
A área A de um retângulo é o produto da medida
da base pela medida da altura.

Figura 48: A = b x h.

Note que dividimos o metro quadrado em 100 Quadrado: É um retângulo, logo sua área A é o
decímetros quadrados. Concluímos então, que: produto da medida da base pela medida da altura.
1m2 = 100dm2.
Raciocinando de forma análoga, concluímos
também que:
 1km2 = 100hm2;
Figura 49: A =a2.
 1hm2 = 100dam2;
 1dam2=100m2;
 1cm2=100mm2.
Isto é, na escalada de unidade de área, cada
unidade vale 100 vezes ou imediatamente inferior.
Paralelogramo: A área de um paralelogramo de Hexágono regular: As diagonais que passam
base b e altura h é igual à área de um retângulo pelo centro de hexágono regular dividem-no seis
da base b e altura h. obs.: triângulos equiláteros. Assim, a área, A de um
hexágono regular de lado 𝝰 é igual a seis vezes a
área do triângulo equilátero de lado 𝝰:

O triângulo azul no paralelogramo é congruente


ao triângulo pontilhado. Assim, se colocarmos no
lugar pontilhado, obtermos um retângulo da base,
𝑎2 3 3𝑎 2 3
b e a altura h, a área A do paralelogramo é o A=6x ∴A=
4 2
produto da medida base pela medida da altura.
A= b x h. Trapézio: Traçando uma diagonal de um trapézio
de altura h e base b e B, dividimo-lo e dois
Triângulo: consideremos um triângulo NMP cuja triângulo de altura h em relação as base da
base 𝑀𝑁 mede b e a altura relativa a essa base medida b e B. A área A do trapézio é a soma da
mede h. trançando por p a reta r paralela à base, e área desses dois triângulos:
por N a reta s paralela ao lado 𝑀𝑃, obtemos o
paralelogramo NMPQ abaixo.

𝐵𝑥𝑕 𝑏𝑥𝑕 𝐵𝑥 𝑕 +𝑏 𝑥 𝑕 𝐵+𝑏 𝑕


A= 2
x 2
∴ A= 2
∴A= 2

Ou seja, a área A do trapézio é igual à metade do


produto da altura pela soma das bases.

Losango: Consideremos um losango cujos


diagonais medem D e d as diagonais de um
Como a área A do triângulo NMP é metade da losango. São perpendiculares entre si e o ponto
área do paralelogramo, temos: em que elas concorrem é ponto médio de cada
𝑏𝑥𝑕 uma. Observe que a área A do losango é o dobro
A=
2 𝐷
da área do triângulo de base d e altura 2 .
Ou seja, a área do triângulo é metade do produto
da medida da base pela medida da altura.

Triângulo equilátero: Calculando a medida h da


altura de um triângulo equilátero de lado 𝝰,
obtendo:
𝑎 3
h= 2

𝒂 𝟑 Obs.: O losango também é paralelogramo, logo,


Figura 50: h= .
𝟐 sua área pode ser calculada como a área de um
Logo, a área A desse triângulo é: paralelogramo.
𝛼 3
𝛼𝑥 𝑎2 3
A= 2
2
⇔ A= 4
Círculo: Considera um polígono regular n lados
inscritos num círculo de raio r:
 A área desse polígono é:
𝑎𝑕 𝑕 𝑕
h x = (na) x = (perímetro do polígono) x .
2 2 2

Essa área é menor que a área do círculo, porém,


se fizermos o número de lados aumentarem
indefinidamente (n tender para o infinito), teremos:
 O perímetro do polígono tenderá a se igualar
ao perímetro da circunferência (2𝝅r);
 A altura h de cada triângulo tenderá a se
igualar ao raio r da circunferência;
 A área desse polígono tenderá se igualar à
área a do circulo. Ou seja, a expressão
𝑛 𝑟
(perímetro poligonal) x 2 tenderá a 2𝝅r x 2 que
é a área A do círculo:
A = 𝝅r2.

Razão entre áreas de figuras semelhantes


Consideremos os triângulos semelhantes ABC e
DEF, tal que a razão de semelhança do 1º para o
2º seja k:
Calculando a razão da área do 1º para a área do
2º triângulo temos:
𝑎𝑝
𝐴(𝐴𝐵𝐶 ) 𝑎𝑝 𝑎 𝑝
= 2
𝑑𝑞 = = 𝑥 = k x k = k2
𝐴(𝐷𝐸𝑃 ) 𝑑𝑞 𝑑 𝑞
2

Propriedade: a razão entre as áreas de dois


triângulos semelhantes é igual ao quadrado da
razão de semelhança entre eles:
 Essa propriedade pode ser generalizada para
quaisquer figuras semelhantes, isto é:
 A razão entre as áreas de duas figuras
semelhantes é igual ao quadrado da razão de
semelhança entre essas figuras.
ASSOCIANDO NÚMEROS REAIS A PONTOS 4. Subconjuntos de:
DE UMA RETA OU DE UM PLANO  {x ∈ ℝ| a < x ≤ b}
Eixo real Símbolo:
Consideremos uma reta r e associemos o número  ]a, b];
0 (zero) a um ponto O de r. Nome:
 Intervalo aberto à esquerda e fechado à
direita de extrema 𝝰 e 𝝱;
Representação no eixo real:
O ponto O separa a retrair em duas semirretas
opostas de origem 0. A cada ponto A, A ≠ 0, de
uma dessas semirretas, associemos um número 5. Subconjuntos de:
real positivo x, que indica a distância de A até O,  {x ∈ ℝ| x ≥ a};
numa certa unidade u. A cada ponto A, simétrico Símbolo:
de A em relação a O, associemos o oposto de x.  [a, + ∞[;
Nome:
 Intervalo incomensurável aberto à esquerda
em 𝝰;
Dizemos que esse sistema é o eixo real, cuja Representação no eixo real:
origem é o ponto O e o sentido é o que concorda
com o crescimento dos valores dos números.
Assim, temos: 6. Subconjuntos de:
 {x ∈ ℝ| x > a};
Símbolo:
 ]a, + ∞[;
Nome:
 Intervalo incomensurável aberto à esquerda
em 𝝰;
Intervalos reais: sejam 𝝰 e 𝝱 números reais tais Representação no eixo real:
que 𝝰<𝝱, chamam-se intervalos reais os
subconjuntos de ℝ mostrados abaixo:
1. Subconjuntos de:
 {x ∈ ℝ| a ≤ x ≤ b} 7. Subconjuntos de:
Símbolo:  {x ∈ ℝ| x ≤ a};
 [a, b]; Símbolo:
Nome:  ]-∞, a];
 Intervalo fechado de extremos 𝝰 e 𝝱; Nome:
Representação no eixo real:  Intervalo incomensurável fechado à direita em
𝝰;
Representação no eixo real:

2. Subconjuntos de:
8. Subconjuntos de:
 {x ∈ ℝ| a < x < b}  {x ∈ ℝ| x < a};
Símbolo:
Símbolo:
 ]a, b[;
 ]-∞, a[;
Nome:
Nome:
 Intervalo fechado de extremos 𝝰 e 𝝱;  Intervalo incomensurável aberto à direita em
Representação no eixo real:
𝝰;
Representação no eixo real:
3. Subconjuntos de:
 {x ∈ ℝ| a ≤ x < b} 9. Subconjuntos de:
Símbolo:  ℝ;
 [a, b[; Símbolo:
Nome:  ]-∞, +∞[;
 Intervalo fechado à esquerda, e aberto à Nome:
direita de extremidade 𝝰 e 𝝱;  -∞ a +∞;
Representação no eixo real: Representação no eixo real:
Obs.: GEOMETRIA ESPACIAL
 ∞ = infinito; Estuda as figuras geométricas no espaço.
 A palavra incomensurável = que não se pode Entendemos espaço como um lugar onde
medir. podemos encontrar todas as propriedades
geométricas e mais de duas dimensões. Podemos
Convenções: representar o espaço por meio de projeções
espaciais das três dimensões, que são: altura,

1. A bolinha cheia ( ) num extremo de intervalo comprimento e largura, as coordenadas
indica que o numero associado. a esse extremo cartesianas são dadas pelos eixos x, y e z.
pertence ao intervalo; Usando a localização de pontos, podemos traçar
2. A bolinha vazia (o) num extremo do intervalo retas no espaço que formam planos e definem
indica que o número associado a esse extremo formas e estruturas geométricas. Na geometria
não pertence ao intervalo; espacial estudamos os seguintes conteúdos:
3. Usaremos sempre a denominação ``aberto´´ no Plano e espaço; Volume do prisma; Volume da
+∞ e no -∞. esfera; Volume da pirâmide; Posições relativas
ponto, reto e plano; Posições relativas de duas
Exemplos retas.
a. O conjunto {x ∈ ℝ| 3≤ x ≤5} é o intervalo 1. Posições relativas entre duas retas: duas
fechado de extremos 3 e 5, ou seja, [3,5]. Sua retas coplanares podem ter duas posições
representação no eixo real é: relativas possíveis: paralelas (distintas ou
coincidentes) ou concorrente.
a. Retas paralelas: duas retas coplanares são
paralelas se, e somente se, não têm ponto
b. O conjunto {x ∈ ℝ| -1 < x <4} é o intervalo de em comum, ou têm todos os seus pontos em
extremos -1 e 4, seja, ]-1, 4[. Sua comum.
representação no eixo real é:

Figura 51: (a) r e s são retas paralelas distintas (r//s e r ≢ s); (b) r
e s são retas paralelas coincidentes (r ≡ s).

b. Retas concorrentes: duas retas são


concorrentes se, e somente se, têm um único
ponto em comum.

Figura 52: r e s são retas concorrentes.


No espaço, duas retas podem ter outra posição,
relativa possível elas podem ser reversas.

c. Retas reversas: duas retas são reversas se, e


somente se, não são coplanares. em outras
palavras, duas retas são reversas se, e
somente se, não existe um plano que
contenha as duas simultaneamente para
visualizar duas retas reversas, observe a caixa
de sapato abaixo: as retas 𝐴𝐵 e 𝐶𝐷 são
reversos, pois não existe um plano que
contenha ambas ao mesmo tempo.
b. Planos secantes: dois planos 𝝰 e 𝝱 são
secantes se, e somente se, têm uma única
reta em comum.

2. Posições relativas entre retas e planos


a. Retas paralelas ao plano: uma reta r e um
plano são paralelos se, e somente se, não têm
nenhum ponto em comum.
Figura 56: 𝝰 e 𝝱 são planos secantes.

4. Perpendicularidade:
a. Retas perpendiculares: Duas retas r e s são
perpendiculares se, e somente se, são
concorrentes e formam ângulos retos entre si.
Obs.: dizemos que um segmento de reta 𝐴𝐵 é
paralela a um plano se, e somente se, a reta 𝐴𝐵 é
paralela a 𝝰.

b. Reta secante (ou concorrente) a plano: um Figura 57: Indicamos que r e s são perpendiculares por: r⊥ s ou
s⊥r.
reta r e um plano 𝝰 são secantes ( ou
concorrentes) se, e somente se, têm um
único ponto em comum. b. Reta perpendicular a plano: uma reta r
secante a um plano 𝝰 é perpendicular a 𝝰 se,
e somente se, todas as retas do plano 𝝰 que
concorrem com r são perpendiculares a r.

Figura 53: r é secante a 𝝰. Figura 58: indicamos que r é perpendicular a 𝝰 por r ⊥ 𝝰 ou 𝝰 ⊥


r.
c. Retas contidas em planos: uma reta r contida
num plano 𝝰 se, e somente se, todos os c. Teorema: se uma reta r é perpendicular a
pontos da reta pertencem ao plano. duas retas concorrentes de um plano 𝝰, então
r é perpendicular a 𝝰.

Figura 54: r ⊂ 𝝰.

3. Posições relativas entre dois planos: planos


paralelos.
a. Planos paralelos: dois planos são paralelos
se, e somente se, não tem ponto em comum, Para visualizar concretamente uma reta
ou têm todos os seus pontos em comum. perpendicular a um plano, imagine um lustre preso
por um fio ao teto de uma sala. o fio do lustre
representa uma reta perpendicular ao plano do
teto.

Figura 55: (a) 𝝰 e 𝝱 são planos paralelos distintos (𝝰//b e a 𝝰≢𝝱).


(b) 𝝰 e 𝝱 são planos paralelos coincidentes (𝝰≡𝝱).
5. Planos perpendiculares: dois planos são b. Ângulo entre reta e plano: consideremos
perpendiculares se, e somente se, existe uma uma reta r secante a um plano 𝝰 num ponto
reta contida num deles e perpendicular ao A; e um ponto B dessa reta. B≢A. sendo 𝐵𝐶 a
outro. reta perpendicular a 𝝰 em C, os ângulos
formados por r e 𝐵𝐶 são os ângulos formados
por r e 𝝰.

Obs.: se a reta é paralela ao plano ou está


contida nele, então o ângulo formado por ambas é
Figura 59: Indicamos que um plano 𝝰 é perpendicular a um o ângulo nulo.
plano 𝝱 pelo símbolo 𝝰⊥𝝱 ou 𝝱⊥𝝰.
c. Ângulo entre dois planos: consideremos
6. Ângulos no espaço. dois planos secantes, 𝝰 e 𝝱, cuja reta comum
a. Ângulos entre duas retas reversas: sejam r é t. sendo r e s retas contidas em 𝝰 e 𝝱,
e s duas retas reversas. Consideremos uma respectivamente tal que r ⊥ t e s ⊥ t, os
reta r paralela a r e concorrentes com s. ângulos entre r e s são os ângulos entre 𝝰 e
𝝱.

A reta r´ forma com a s os ângulos 𝑥 e 𝑦.


Definem-se como ângulos formados pelas retas
reversas r e s. Obs.:
 As retas r e s não precisam ser concorrentes,
podem ser reversas;
 O ângulo formado entre dois planos paralelos
é o ângulo nulo.

POLIEDROS
Os próprios ângulos 𝑥 e 𝑦. Quando duas retas 1. Região poligonal convexa: toda região plana
são reversas e formam ângulos entre si, elas são cujo contorno é um polígono convexo é
chamadas de retas ortogonais. chamado de região poligonal convexa.
Exemplo: Na caixa de sapatos abaixo, as retas Ex.: a região s da figura abaixo é uma região
poligonal convexa.
𝐴𝐵 e 𝐶𝐷 são reversas e formam ângulos retos
entre si, por isso, são chamadas de retas
ortogonais.

2. Poliedro convexo: consideremos um conjunto


g obtido pela reunião de n, n≥4, regiões
poligonais convexas tais que:
 Não há duas dessas regiões contidas num
mesmo plano;
 Cada lado de qualquer uma dessas regiões é
lado de duas e somente duas delas;
 O plano que contém qualquer uma dessas
regiões deixa as demais num mesmo semi-
espaço.
 A porção finita do espaço cuja superfície é o
conjunto G é chamado de poliedro convexo.
Obs.: ângulo poliédrico com 3, 4, 5,..., arestas são
chamadas de ângulos triédricos, tetraédrico,
pentaérico,..., respectivamente.

Figura 60: (a) ângulo triédrico; (b) ângulo tetraédrico; (c) ângulo
 As regiões poligonais de G são chamadas pentaédrico.

de faces dos poliedros convexos;


 Cada lado de uma face qualquer é 3. Nomenclatura: Os poliedros, convexos ou não
chamado de vértice do poliedro convexo; recebem nomes de acordo com os números de
 Cada vértice de uma face qualquer é faces que possuem.
chamado de vértice do poliedro convexo; Número Nome
 Diagonal de uma face: é qualquer de
diagonal do polígono dessa face; faces
 Diagonal do poliedro: é qualquer 4 Tetraedro
segmento de reta cujos extremos dois 5 Pentaedro
vértices que não pertencem a uma mesma 6 Hexaedro
face; 7 Heptaedro
 O conjunto G é chamado de superfície do 8 Octaedro
poliedro convexo; 9 Eneaedro
 A porção do espaço cuja superfície é a 10 Decaedro
reunião dos ângulos da face que têm um 11 Undecaedro
mesmo vértice é chamado de ângulo 12 Dodecaedro
poliédrico. 13 Tridecaedro
... ...
Ex.: 20 Icosaedro

A região poligonal HIJK é uma das seis faces do


poliedro:
 O segmento J é uma dos dozes arestas do Figura 61: (a) hexaedro; (b) eneaedro; (c) octaedro.
poliedro;
 O ponto J é um dos oitos vértices do Relação de Euler
poliedro; Em seus estudos sobre superfície, Euler,
 O segmento 𝐼𝑀 é diagonal da face INMJ; demonstrou o teorema:
 O segmento 𝐻𝑀 é diagonal do poliedro.  Em todo poliedro convexo cujo número de
A reunião das seis faces é a superfície do vértices é V, o número de arestas é A e o
poliedro. A porção do espaço limitado pelos número de faces é F, face a relação:
ângulos das faces I𝐽M, K𝐽I e K𝐽M é um ângulo V–A+F=2
poliédrico. Ex.: no poliedro convexo abaixo temos V=8, A=12
e F=6. Observe que:
Obs.: V – A + F = 8 – 12 + 6 = 2.
Existem poliedros não-convexo, como, por
exemplo, o poliedro da figura a seguir. Isso por
que a face ADITGEF não é uma região poligonal
convexa.
RAZÕES
A razão entre dois números é o quociente da
divisão do primeiro pelo segundo. Ex.: a razão
4
entre 4 e 7 e . O primeiro termo de uma razão
7
chama-se antecedente, e o segundo consequente.
Na razão de 4 para 7 ou 4/7, o antecedente é 4 e
o consequente 5.
Quando a razão é um número inteiro, o
consequente é a unidade. Ex.: a razão 5 ou 5/1, o
antecedente é o 5 e o consequente é o 1 (a
unidade).
Obs.: a razão de duas grandezas da mesma
espécie o quociente da divisão dos números que
exprimem duas medidas, com a mesma unidade.
A razão de duas grandezas da mesma espécie é o
quociente da divisão dos números que exprimem
suas medidas, com a mesma unidade. Assim,
para determinarmos a razão entre dois estados da
mesma grandeza, ou ainda, entre duas grandezas
da mesma espécie, é necessário medi-las com a
mesma unidade. Ex.: a razão entre dois
segmentos de 2dm e 60cm, respectivamente, será
de:
Reduzindo as duas medidas a centímetro,
obtemos a razão:
2𝑑𝑚 20𝑐𝑚 1
60𝑐𝑚
= 60𝑐𝑚 = 3

RAZÕES NOTÁVEIS
1. Escala: é a representação de uma razão
entre duas grandezas de medidas, em que o
antecedente representa a medida a ser
usada e ao consequente, a medida real.
Geralmente usam-se na construção de
mapas, plantas, etc.
a. Na escala natural: o desenho tem as
mesmas dimensões do objeto real: 1:1 (1
para 1), ou seja, 1cm normal do desenho é
igual a 1cm do objeto.
b. Na escala de redução: a representação
gráfica é menor que a dimensão do objeto:
1:2 (1para2) ,ou seja, 1cm do desenho
representa 2cm do objeto.
c. Na escala ampliação: a representação
gráfica é maior que a dimensão do objeto:
2:1 (2 para 1), ou seja, 2cm do desenho
equivale a 1cm do objeto. Podemos usar a
seguinte relação matemática:
𝑇
E = 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
𝑇
𝑟𝑒𝑎𝑙
Onde:
 Treduzido: tamanho reduzido;
 E: escala usada;
 Treal: tamanho real.
A medida real e a medida representada deverão
ter a mesma unidade de medida (ambos em km,
hm, dm, m, cm, mm etc). Quando a escala está
relacionada à área, devemos elevar ao quadrado
a referida escala:
𝑎𝑟𝑒𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎
E2= á𝑟𝑒𝑎
𝑟𝑒𝑎𝑙

Tensidade populacional: é dada pelo quociente
da divisão entre a quantidade de habitantes de
uma determinada região pela grandeza de
habitantes de uma determinada região pela
grandeza que exprime a área dessa região.
Podemos usar a seguinte relação matemática.

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑕𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
D0= á𝑟𝑒𝑎

Velocidade: o conceito de velocidade está


relacionado à razão entre a distância percorrida
pelo tempo gasto para percorrê-la, ou seja:

𝑑𝑖𝑠𝑡 â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎


V= 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜

As unidades físicas que representam as


velocidades mais usuais são quilômetros por hora
(Km/H) e o metro por segundo (m/s), e existe uma
relação de conversão muito usual entre elas, a se
ver:

Vazão: é a vazão entre a quantidade de líquido


que escoa de uma torneira (ralo escoadouro ou
sifão etc). Por unidade de tempo.
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑑𝑜
V= 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
Obs.: os problemas mais usuais de vazão que nos
aparecem vários certames são os que envolvem
torneiras. Aqui avaliaremos quatro vazões
específicas.
1º caso: problemas envolvendo duas torneiras.
Ex.: uma torneira enche um tanque, sozinha, em
30 minutos, outra torneira enche o mesmo tanque,
também sozinha, em 15 minutos. juntas, encherão
esse tanque em?:
Para determinarmos o tempo em que as duas
encherão esse tanque, basta usar uma dica muito
importante, para esse tipo de problema, ou seja,
dividir o produto dos tempos pela soma dos
mesmos tempos.
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠
Ttotal = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠

30𝑥15 450
→ Ttotal → Ttotal= → Ttotal = 10 minutos.
30+15 45

2º caso: problemas envolvendo uma torneira e um


ralo. Ex.: uma torneira enche um tanque, sozinha,
em 4 minutos, e um ralo esvazia por completo
esse mesmo tanque em 6 minutos abertos,
simultaneamente, ou seja, agora, basta dividir o
produto dos tempos pela diferença positiva dos
mesmos tempos.
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠
Ttotal = 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛 ç𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠

4𝑥6 24
→ Ttotal = 6−4 → Ttotal = 2 → Ttotal =12 minutos.
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Classificação dos números
Números naturais
Qualquer número que resulte de uma contagem
de unidade. É chamado numero natural, Indica-
se por N o conjunto dos números naturais e por N*
o conjunto dos números naturais não nulos:

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,...};


N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,11,...}.

Números inteiros
A subtração nem sempre é possível em N. ex.:
não existe o natural que represente a diferença
entre 3-5. Por isso, foi criado o conjunto dos
números inteiros. Nesse conjunto a diferença 3-5
é representada por -2 indica-se por Z, o conjunto
dos números inteiros e por Z* não nulos.

Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...};


Z* {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}.

Observe que todo numero natural é inteiro. Por


isso, escrevemos N ⊂ Z. lê-se IN está contido em
Z ou IN é subconjunto de Z.

Números racionais
A divisão nem sempre é possível em Z, exemplo,
não existe numero inteiro que represente o
quociente -3:2. Por isso, foi criado o conjunto dos
números racionais. Nesse conjunto quociente -3/2
3
é indicado por - 2 ou por -1,5. Indica se por Q o
conjunto dos números racionais não-nulos.
𝑎
Q = {𝑏 ⎹ a ∈ Z e b ∈ Z*};

𝑎
Q = {𝑏 ⎹ a ∈ Z e b ∈ Z*}.

Temos então que o número racional é aquele que


pode ser escrito na forma de uma fração p/q onde
p e q são números inteiros, com denominador
diferente de zero. não existe divisão por zero.
2 −3 1 3
; ;
3 7
0,001=1000 ; 0,75 = 4

Notas:
 É evidente que N ⊂ Z ⊂ Q;
 Toda dizima periódica e um número racional,
pois é sempre possível escrever uma dizima
periódica na forma de uma fração.
4
 Ex.: 0,4444 = .
9
Números reais conjunto A-B, o conjunto dos elementos de A
Qualquer numero racional ou irracional é que não pertencem a B. como símbolo:
chamado de número real. Podemos dizer que 𝐶𝐴𝐵 ou𝐴
número real é todo número decimal, finito ou
infinito. Indica-se por R conjunto dos números Conjunto unitário e vazio
reais e por R* o conjunto dos números reais não Chama-se conjunto unitário aquele que possui
nulos. um único elemento:
R = {x⎹ x é número racional ou irracional}; Conjunto dos divisores de 1, inteiros e positivos:
R* = {x⎹ x é número real diferente de zero}. {1};
Notas: Conjunto das soluções da equação 3x+1={3};
 É obvio que N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R; Conjunto dos estados brasileiros que fazem
 I ⊂ R; fronteira com o Uruguai: {rio grande do sul}
 I U Q=R. Chama-se conjunto vazio aquele que não
 Um numero real é racional ou irracional, não possui elemento algum. O símbolo usual para o
existe outra hipótese. conjunto vazio é Ø, obtemos um conjunto vazio
quando descrevemos um conjunto através de
Números irracionais uma propriedade P logicamente falsa.
Dentre os números decimais existem as dizimas {x|x é ímpar e múltiplo de 2}=Ø
não-periodicas, que são numeros com infinitos {x|x [e ímpar e múltiplo de 2}=Ø
casas decimais e não periodica. esses numeros {x|x>0 e x<0}=Ø
são chamados de irracionais, e o conjunto
formado por eles é indicado por Q, isto é.
Q= {x⎹x é dizima não-periodica} Subconjunto
ex.: Um conjunto A é subconjunto de um conjunto b
a. Um dos numeros irracionais mais conhecidos é se, e somente se, todos os elementos de A
o quociente do perimetro de uma circuferecia pertence também a b. com a notação A⊂B
pela medida de seu diametro, esse numero é indicamos que A é subconjunto de B ou A está
representado pela letra grega 𝜋 (pi); contido em B ou A é parte de B.
b. Imaginarmos uma dizima não periodica O símbolo ⊂ é denominado sinal de inclusão:
qualquer: 5,1212122212222. (aumenta um {a,b} ⊂ {a, b, c, d};
algarismo 2 de cada vez). Esse numero é {a} ⊂ {a,b};
irracional, qualquer dizima não-periodica que {a,b}⊂}a,b}.
voce pode imaginar é um numero irracional. Quando A⊂B também podemos escrever B‫ﬤ‬A
que se lê B contém A com a notação A⊄B
indicamos que A não está contido em B, isto é a
negação de A⊂B. que é evidente que A⊄B
somente se existe ao menos um elemento de A
que não pertence a B.
{a, b, c}⊄{b, c, d, e}
{a, b} ⊄ {c,d, e}
{x|x é inteiro e par} ⊄ {x|x é inteiro e primo}
Operações com conjuntos
União (U): chama-se união de A com B, o
conjunto formado pelos elementos de A ou B.
fórmula para união de dois conjuntos: n(AUB)=
n(A)+n(B)-n(A∩B).
Intersecção (∩): chama-se intersecção de A
com B, o conjunto formado pelos elementos que
pertencem a A e B. Figura: A⊂B A esta contido em B; B‫ﬤ‬A B contém A.
Diferencia (-): chama-se diferença de A com B,
indica-se por A-B, ao conjunto formados pelos
Intersecção de conjunto
elementos que pertencem a A e não pertence a
Dados dois conjuntos A e B, chama-se
B.
intersecção de A e B o conjunto formado pelos
elementos que pertencem a A e a B.
Conjunto das partes
A∩B={x|x ∈A e x∈B}
É dada pelo fórmula P(A)=2n(n=elemento)
O conjunto A∩B (lê se A inter B) é formado
pelos elementos que pertencem aos dois
Complemento de B em A
conjuntos (A e B) simultaneamente.
Dado dois conjuntos A e B, tais que B⊂A,
Se x∈A∩B, significa que x pertence a A e
chama-se complemento de B em relação a A
também x pertence a B. o conectivo é colocado
entre duas condições significa que elas devem Os números inteiros podem ser representados
ser obedecidas ao mesmo tempo: sobre uma reta orietada através dos seguintes
{a, b, c}∩{b, c, d, e}={b, c} procedimentos:
{a, b}∩{a, b, c, d}= {a, b} Sobre a reta estabelecemos um sentido positivo e
{a, b, c}∩{a, b, c}={a, b, c} um ponto 0 que representa o inteiro 0.

Propriedades da intersecção A partir de 0, no sentido positivo, marcamos um


Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem as segmento unitário u≠0 cuja extremidade passará
seguintes propriedades: a representar o inteiro 1.
A∩A=A
A∩U=A (elemento neutro) Para cada inteiro positivo n apartir de 0,
A∩B=B∩A (comutativa) marcamos um segmentos de medida nu no
A∩(B∩C)=(A∩B)∩C(associativa) sentido cuja extremidade representará o inteiro –
n.
CONJUNTOS NUMÉRICOS Um conceito importante sobre os números é o
Números naturais conceito de divisor. Dizemos que o a é divisor do
Chama-se conjunto dos números naturais inteiro b- símbolo a/b quando existe um inteiro c
(simbolo ℕ) o conjunto formado pelo número 0, tal que ca=b
1, 2, 3... a/b⇔cx∃ c Eℤ/ca=b
ℕ={0,1, 2, 3...} ex.:
Neste conjunto são definidos duas operações 2/12 pois 6x2=12
fundamentais a adição e a multiplicação, que 3/-18 pois (-6)x3=-18
apresentam as seguintes propriedades: -5/20 pois (-4)x(-50=20
Associativa da adição (a+b)+c=a+(b+c) para
todos, a, b e ∈ ℕ

Comutativa da adição a+b=b+a : a+b ∈ ℕ

Elemento neutro da adição a+0=a para todo a∈ℕ

Associativa da multiplicação ab=ba para todos a,


b, ∈ℕ

Elemento neutro multiplicação ax1=a para todo


a∈ℕ ax1=a para todo a∈ℕ

Distribuitiva da multiplicação relativamente à


adição: a b+c =ab+ac para todos a, b, c∈ℕ

Número racionai ℚ
Números inteiros
Conjunto dos números racionais q≠1 e –1 o
Chama-se conjunto dos números inteiros (símbolo 1
ℤ o seguinte conjunto. inverso de q não existe em ℤ: ∉ℤ. É o conjunto
𝑞
𝑎
ℤ:{...-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...} dos pares ordenados onde a∈ℤ e b∈ℤ+, para os
,
𝑏
No conjunto ℤ distinguimos três subconjunto
quais adotamos as seguintes definições.
notáveis:
ℤ={0,1,2,3,...}=ℕ chamado conjunto dos inteiros 𝑎 𝑐
Igualdade:𝑑 = 𝑑 ⇔ad=bc
mão-negativos
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 +𝑏𝑐
Adição: = :
𝑑 𝑑 𝑏𝑑
ℤ={0,-1,-2,-3...} chamado conjunto dos inteiros 𝑎 𝑐 𝑎𝑐
Multiplicação: :𝑑 . 𝑑 = 𝑏𝑑
não-positivos

ℤ={..., -3, -2, -1, 1, 2, 3,...} chamado conjunto dos Para conjuntos dos racionais destacamos os
inteiros não-nulos. subconjuntos:
ℚ: conjunto dos racionais não negativos;
Simétricos ou opostos para adição ℚ-: conjunto dos racionais não positivos;
Para todos a∈ℤ existe –a∈ℤ tal que a+-(-a)=0 ℚ*= conjunto dos racionais não nulos.
𝑎
Na fração 𝑏 , a é o numerador e ab denominados se
a e são primos entre si, dizemos a é uma fração
2 3 7
irredutivel. Assim, as frações 3 . 7 𝑒 15 são
6
irredutiveis mas não é:
10

Consideremos o conjunto ℚ+ formado pelos


números racionais com denominadores unitários:
𝑥
ℚ+={1 |x∈ℤ} temos:
𝑎 𝑏
1
= 1 ⇔a=b
𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
1
+1 = 1
⇔a+b=a+b

𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
1
+1 = 1
⇔a+b=a+b

MÁXIMO DIVISOR COMUM


O máximo divisor comum (MDC) entre dois ou
mais números naturais é o maior de seus divisores
comuns.
Processos para determinar o MDC: usamos três
processos, mostrados a seguir, para determinar o
MDC entre dois ou mais números e, por ultimo,
usaremos o algoritmo de Euclides, outro processo
prático, para determinar o MDC.
Por intersecção (U=N*)
Qual o MDC entre 18, 27 e 45?
Primeiro determinamos os divisores dos números
18,45 e 27.
 D(18)= 1,2, 3, 6, 9, 18;
 D(27)= 1, 2, 9, 27;
 D45= 1, 3, 5, 9, 15, 45;
Fazendo a intersecção entre D(18), D(27) e D(45),
temos:
 D(18)= 1, 2, 3, 6, 9, 18;
 D(27)= 1, 3, 9, 27;
 D(45)= 1, 3, 5, 9, 15, 45.
D18∩D27∩D45 = 1, 3, 9.
Dentre os divisores comuns achados,
consideramos que o maior MDC 18, 27, 45 = 9.
Por decomposição em fatores primos (fatoração
completa). achar os fatores comuns aos dois ou 4 6 8 2
mais números naturais com seu menos expoente. 2 3 4 2
decompondo os números em fatores primos 1 3 2 2
obtemos 54= 2.32 e 405= 34.5. 1 3 1 3
O fator comum a 54 e 405 com menos expoente é 1 1 1 Mmc (4,6,8) = 23x3=24
33 logo o MDC (54, 405) = 33x27.
Propriedades
Pelo processo prático 1ª propriedade: o mmc de dois números primos
Acha MDC dos números 180, 240 e 270. entre si é o produto deles.
fatorando-se, simultaneamente, os três valores ex.: (6,11) = 6 x 11=66
anteriores:
180 240 270 2 2ª propriedade: o mmc de dois números em que o
90 120 135 2 maior é divisível pelo menor é o maior deles.
45 60 135 2 ex.: mmc (4,12)=12.
45 30 135 2
45 15 135 3 3ª propriedade: dividindo-se o mínimo múltiplo
15 5 45 3 comum de dois números pelo máximo divisor
5 5 45 3 comum entre eles, o quociente obtido é igual ao
5 5 5 5 produto de dois números primos entre si.
1 1 1 𝑚𝑚𝑐 (12,18) 36
Tabela 2: 2, 3, e 5 divisores comuns entre 180, 240 e 270. MDC = = 2 x 3 a=2 e b=3.
(180, 240 e 270)= 2x3x5=30. 𝑚𝑑𝑐 (12,18) 6

Propriedades básicas do MDC 5ª propriedade: multiplicando-se o mínimo múltiplo


1ª propriedade: se o MDC (a;b)=1 então, a e b comum de dois números pelo máximo divisor
são chamados primos relativos ou primos entre comum entre eles, o resultado obtido é o produto
si. desses números.
ex.: MDC (8;15) = 1, então 8 e 15 são primos
entre si. mmc (A,B) x mdc (A,B)=AxB;
2ª propriedade: se o MDC (a;b)=9, então MDC mmc (A,B) x mdc (A,B)=AxB.
36𝑥6 12𝑥18
(kxa; kxb)=kq com k=0. → 216 = 16
ex.:MDC (5;11)=1, então, MDC (30;66), pois:
MDC (6x5;6x11)=6x1=6.
3º propriedade: dois números consecutivos são
sempre primos entre si, ou seja: MDC (k +1) =1.
Ex.: MDC (21;22)=1.
MINIMO MULTIPLO COMUM
Minimação (operação), menor múltiplo comum
(resultado); minimação é a operação que associa
a dois ou mais números naturais o seu menos
múltiplo, comum, cuja abreviatura, é MMC,
excluindo-se o zero.
Processo para determinar o MMC.
mmc (4;6;8)=? Ou 4M, 6M, e 8M = ?
Por intersecção (U=N*).
M4 = 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 40, 44, 48, 52.
M6 = 6, 12, 18, 24, 32, 40, 48, 54, 60, 66, 72.
M8 = 8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, 72, 80, 88, 96.
M4∩M6∩M8 = 24, 48,...
O mmc de dois ou mais número é dado pelo
menos valor da intersecção dos conjuntos dos
múltiplos desses números, portanto:
4=22;
6=2x3;
8=23.
O mmc de dois ou mais números é o produto dos
fatores primos comuns e não comuns cada um
deles tomando com o seu maior expoente.
Portanto: 4=22; 6=2x3; 8=23.
mmc (4, 6, 8) = 23x3=8x3=24.

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