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CONJUNTOS IGUAIS
Dizemos que dois conjuntos são iguais quando
Figura 1: Diagrama de Venn. Na representação do
Diagrama de Venn, temos a ∈ A, b ∈ A e d ∉ A.
têm exatamente os mesmos elementos, os
conjuntos A e B são iguais se todos os elementos
Consideremos um conjunto B dos números de A também pertencem a B e todo elementos de
naturais ímpares. Observe que este conjunto B também pertence a A. Exemplo: seja A o
está caracterizado por uma propriedade dos conjunto das vogais da palavra Bola:
seus elementos. São números naturais A = {o, a}.
ímpares. Podemos representá-los assim: Seja B o conjunto das vogais da palavra Campo:
B = {x | x é número natural ímpar} ou B = {a, o}.
B = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13,...}. É fácil ver que A = B (a ordem em que
Colocamos as reticências para indicar que o escrevemos os elementos não importa).
conjunto não tem fim, trata-se de um conjunto {o, a} = {a, o}.
infinito (tem infinitos elementos). Às vezes Conjunto E das letras da palavra Amar:
usamos a reticência para indicar conjuntos (que E = {a, m, a, r}.
têm finitos elementos) com grandes números E o conjunto F das palavras Amarrar:
de elementos. Exemplo: o conjunto C dos F = {a, m, a, r, r, a, r}.
números naturais impares menores que 100 Todo elemento de E pertence a F e também todo
podem ser indicados assim: elemento de F pertence a E, logo temos E=F. Este
C = {1, 3, 5, 7, 9, 11,...,99}. exemplo mostra que não precisamos repetir
Há conjuntos que apresenta um único elementos dentro de um mesmo conjunto; basta
elemento, os chamados conjuntos unitários; e indicar cada elemento uma vez só.
há também os conjuntos sem nenhum {a,m,a,r} = {a, m, a, r, r, a, r} = {a, m, r}.
elemento; que chamamos conjunto vazio. Se dois conjuntos A e B não são iguais,
1. Conjunto unitário: o conjunto D dos escrevemos A ≠ B (A é diferente de B). Para isso
números naturais que são pares e primos ocorrer é preciso que haja pelo menos um
ao mesmo tempo: elemento que pertença a um dos conjuntos e não
D = {2}; pertence ao outro.
Conjunto E das capitais do Brasil:
E = {Brasília}.
SUBCONJUNTO Então no caso do conjunto A = {6, 8, 9, 10, 12}
Consideremos o conjunto A das vogais da temos:
palavra Teoria: ⩝ x ∈ A, x é natural;
A = {e, o, i, a} e o conjunto B de todas as ∃ x ∈ A | x é par;
letras da palavra teoria. ∃I x ∈ A | x é ímpar;
B = {t, e, o, r, i, a}. ∄ x ∈ A | x é primo.
É evidente que todo elemento do conjunto A Já a sentença (⩝ x ∈ A, x é par) é falsa, porque 9
também pertence ao conjunto B. Quando isto ∈ A e 9 não é par. Em outras palavras, a sentença
ocorre dizemos que A é subconjunto de B, ou (⩝ x ∈ A, x é par) é falsa porque (∃ x ∈ A | x não é
que A é parte de B, e indicamos: par) é verdadeira. Dizemos que a sentença (∄ x ∈
A ⊂ B (A está contido em B); A, x é par).
B ⊃ A (B contém A). Quando uma sentença é a negação lógica de
o A ⊂ B quando todo elemento de A também outra, sendo uma delas verdadeira a outra é falsa.
pertence a B. A negação lógica de uma sentença do tipo (∃ x | x
Num diagrama, se A ⊂ B a linha fechada que tem a propriedade p) é a sentença (∄ x | x tem a
contornam os elementos de A fica dentro da que propriedade p). Exemplo, para negar que existe
contorna os de B. o símbolo ⊂ é chamado sinal menino de cabelos verdes, podemos dizer não
de inclusão. Note que ele é colocado entre dois existe menino de cabelos verdes ou nenhum
conjuntos e a sentença A ⊂ B é verdadeira se todo menino tem cabelos verdes, ou ainda, todo
elemento de A também pertencer a B. menino não tem cabelo verde.
Caso exista ao menos um elemento de A que não
pertença B, então a sentença A ⊂ B é falso; nesse IMPLICAÇÃO E EQUIVALÊNCIA
caso, devemos escrever A ⊄ B (A não está Se for verdade que todo brasileiro entende de
contido em B) ou então B ⊅ A ( B não contêm A). futebol, então também é verdade que todo
maranhense entende de futebol (porque, os
maranhenses são brasileiros). Isto significa que da
afirmativa a, todo brasileiro entende de futebol,
podemos tirar como contra conclusão b: todo
maranhense entende de futebol. Também
podemos tirar a conclusão de que todo paulista
entende de futebol, todo gaucho entende de
futebol e até todo carioca entende de futebol.
Quando de uma afirmação a podemos tirar uma
conclusão b dizemos que a implica b. Indicamos:
a ⇒ b = a implica b, ou se a então b.
Figura 3: A ⊂ B e B ⊃ A.
Se também de b podemos tirar como conclusão
a, dizemos que a e b são equivalentes. Neste
QUANTIFICADORES
caso indicamos:
Em relação ao conjunto A = {6, 8, 9, 10, 12}
a ⇔ b = a é equivalente a b, ou a se e
podemos dizer que:
somente se b.
Qualquer que seja o elemento de A, ele é
um numero natural;
Existe um único elemento de A que é impar;
Não existe elemento de A que é numero
primo.
Na matemática dispomos de símbolos próprios
para representar as expressões grifadas acima.
Estes símbolos são chamados quantificadores,
são os seguintes:
⩝ = qualquer que seja;
Ǝ = existe;
∃I = existe um único;
∄ = não existe.
Colocando-se x ∈ A ao lado de cada um deles,
temos.
⩝ x ∈ A = qualquer que seja x pertence a
A (ou para todo x pertencente a A);
∃ x ∈ A = existe x pertencente a A;
∃I x ∈ A = existe um único x pertencente a
A;
∄ x ∈ A = não existe x pertencente a A;
INTERSECÇÃO E UNIÃO Conjuntos disjuntos
Conectivo E e OU Quando dois conjuntos não têm elemento comum
Usando dois conjuntos dados, A e B, podemos eles são chamados conjuntos disjuntos. Os
construir outros conjuntos. Exemplo: Se estamos conjuntos A e B são disjuntos quando A ⋂ B = Ø.
interessados nos elementos que pertencem Exemplo:
simultaneamente a ambos os conjuntos, {1, 3, 5, 7, 9} ⋂ {2, 4, 6, 8, 10} = Ø
formamos com eles o conjunto, chamado inter (ou {1, 3, 5, 7, 9} e {2, 4, 6, 8, 1} são conjuntos
intersecção) de A e B, indicam por A ⋂ B = A disjuntos.
inter B. definimos:
A ⋂ B = { x | x ∈ A e x ∈ B}.
Exemplo:
A = {1, 3, 5, 7, 9, 11};
B = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19};
Figura 5: A ⋂ B = Ø.
o A ⋂ B = {3, 5, 7, 11}.
Propriedades: Qualquer que sejam os conjuntos
A, B e C vale as igualdades seguintes:
Propriedades idempotente:
A ⋂ A = A e A ⋃ A = A.
Propriedade comutativa:
A ⋂ B = B ⋂ A e A ⋃ B = B ⋃ A.
Propriedade associativa:
(A⋂B)⋂C = A ⋂ (B⋂C) e (A ⋃ B) ⋃C = A
Observe que ``x ∈ A e x ∈ B´´ significa que a ⋃(B⋃C).
condição x ∈ A e também a condição x ∈ B devem
ser obedecidas. Colocamos o conectivo e entre
duas condições quando queremos que ambos
sejam verificados. O conectivo e pode ser
representado pelo símbolo ˄ = lê-se E.
Sendo:
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6};
B = {2, 4, 6, 8, 10};
o A-B = {1, 3, 5} e B-A = {8,10}.
Quando B ⊂ A a diferença A-B também é
chamada complementos de B em A e indicamos
por CAB= leia: complementar de B em A.
LEI DE MORGAN
Sejam A e B dois conjuntos contidos num
universo U e vamos considerar o complemento da
união: (A ⋃ B)C ⇔ x ∉ (A ⋃ B) ⇔ (x ∉ A ˄ x ∉ B)
⇔ ( x ∈ AC ˄ x ∈ BC) ⇔ x ∈ (AC ⋂ BC) .
Isto significa que os conjuntos (A⋃B)C e AC ⋂ BC
são formados pelos mesmos elementos. Logo:
Figura 12: (a) ângulo raso (180º); (b) ângulo de uma volta (360º);
(c) ângulo nulo.
Ângulos congruentes
São dois ângulos de medidas iguais. Indica-se a
congruência de dois ângulos AÔB e C𝑉D por AÔB
≅ C𝑉D. Duas retas r e s que têm um único ponto
em comum (retas concorrentes) são
perpendiculares quando formam ângulos retos
Exterior do ângulo AÔB
entre si. Indicamos isso da seguinte forma r ⟘ s.
É o conjunto dos pontos internos ao ângulo. A
reunião de um ângulo com seu interior é um setor
ângulo ou ângulo completo e também é conhecido
por ângulo convexo. O exterior do ângulo AÔB é
conjunto dos pontos que não pertence nem ao
ângulo AÔB nem ao seu interior. O exterior de
AÔB é a reunião de dois semiplano abertos, a
saber:
Ângulos consecutivos
Dois ângulos são consecutivos se, e somente se, Medida de um ângulo (amplitude)
um lado de um deles é também lado do outro (um A medida de um ângulo AÔB será indicada por
lado de um deles coincide com um lado do outro). m(AÔB). A medida de um ângulo é um número
real positivo associado ao ângulo de tal forma que:
1º. Ângulos congruentes têm medidas iguais e,
reciprocamente, ângulos que têm medidas
iguais são congruentes:
AÔB ≡ C𝑃D ⇔ m(AÔB) =(C𝑃D).
Ângulos adjacentes
Dois ângulos consecutivos são adjacentes se, e
somente se, não têm pontos internos comuns.
AÔB e BÔC são ângulos adjacentes.
Figura 20: (a) lado; (b) vértice; (c) diagonal; (d) ângulo interno;
(e) ângulo externo.
Figura 22: (1) triângulo retângulo (um ângulo interno reto): (a) Figura 27: mediatriz relativa ao lado 𝑩𝑪.
hipotenusa; (b) e (c) cateto. (2) triângulo (os três ângulos
internos agudos); (3) triângulos obtusângulos (um ângulo
interno obtuso). Ângulo no triângulo
1. Soma dos ângulos de um triângulo:
Quanto aos lados: consideremos um triângulo qualquer ABC
cujos ângulos Â, 𝐵 e 𝐶 têm medidas 𝝰, 𝝱 e 𝝷,
respectivamente.
Logo:
𝝰 + 𝝱 + 180° - e = 180º
Figura 26: (a) mediana relativa ao lado 𝑩𝑪 ou ao vértice A.
A medida de um ângulo externo de um triângulo
é igual à soma das medidas dos ângulos internos
não adjacentes a ele.
CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULO CASOS DE CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULO
Conceituação A definição de congruência de triângulos exige
Imagine dois triângulos recortados em cartolina que sejam obedecidas seis condições: três
de modo que seja possível colocar um sobre o congruências entre lados e três ângulos. Porém,
outro para que cada ponto de qualquer um deles escolhendo adequadamente algumas dentre
coincida com algum ponto do outro: essas condições, percebemos que, se for
adequadamente algumas dentre essas condições,
percebemos que, se elas forem obedecidas, as
outras também o serão. Qualquer conjunto,
formado por uma quantidade mínima de condições
capazes de garantir formado por uma quantidade
mínima de condições capazes de garantir a
congruência de dois triângulos é chamado de caso
de congruência.
1. Caso LAL (lado, ângulo e lado): dois
triângulos são congruentes se, e somente se,
têm dois lados e o ângulo compreendido por
Figura 28: O símbolo 𝞝 deve ser lido coincide.
eles, respectivamente.
Isso só é possível se para cada ângulo de
qualquer um dos triângulos existe um ângulo
congruente no outro, e para cada lado de qualquer
um dos triângulos existe um lado congruente no
outro. Sob essas condições dizemos que os dois
triângulos são congruentes.
2. Caso ALA (ângulo, lado, ângulo): Dois
Definição: dois triângulos são congruentes se, e
triângulos são congruentes se, e somente se,
somente se, existe uma correspondência
têm um lado e os ângulos adjacentes a eles,
biunívoca que associa os três e vértices de uns
respectivamente, congruentes.
dos triângulos aos três vértices de outro, tal que:
1. Ângulo com vértices correspondentes são
congruentes;
2. Lados opostos a vértices correspondentes são
congruentes.
𝐵 ≅Ê
ΔABC ≅ ΔDEF 𝐵𝐶 ≅ 𝐸𝐹
𝐶 ≅ 𝐹
𝐵𝐶
AM = 2
𝐵𝑒𝐸
𝝙ABC ≅ 𝝙DEF 𝐴𝐶 ≅ 𝐷𝐹 A PROPORÇÃO E A GEOMETRIA
𝐴𝐵 ≅ 𝐷𝐸 Um dos teoremas associados ao nome de Tales
trata da proporção entre segmentos da reta,
Propriedades dos ângulos isósceles consideremos três retas paralelas p, q e r cortadas
Um triângulo e isósceles quando tem dois lados por duas transversais s e t:
congruentes. Esse tipo de triângulo possui Dizemos que dois segmentos das transversais s e
algumas propriedades que merecem destaque, t são correspondentes quando seus extremos
devido a sua grande aplicação na resolução de
pertencem às mesmas paralelas. Ex.: 𝐴𝐸 e 𝐷𝐸
problemas. Para facilitar a compreensão dessas
são correspondentes, pois seus extremos
propriedades, convencionamos que num triângulo
pertencem às mesmas paralelas p e q,
isósceles o vértice comum aos lados congruentes
analogamente são correspondentes 𝐸𝐺 e 𝐹𝐻 , 𝐴𝐺
é chamado de vértice do triângulo Isósceles.
e 𝐷𝐻.
Desse modo, temos que:
Os ângulos da base de um triângulo isósceles
são congruentes;
A mediana, a bissetriz e a altura relativas à
base do triângulo isósceles coincidem;
A mediatriz, a bissetriz e a altura relativa à
base do triângulo isóscele coincidem;
A mediatriz relativa à base de um triângulo
isóscele contém a mediana, a bissetriz e a
altura relativas a essa base.
Para justificar essas propriedades, vamos traçar a Tales demonstrou que a razão entre dois
mediana 𝐴𝑀 relativa à base 𝐵𝐶 de um triângulo segmentos de uma mesma transversal é igual à
isóscele ABC: razão entre os segmentos correspondentes na
Pelo caso LLL de congruência de triângulo outra transversal, isto é:
temos que 𝝙AMB ≅ 𝝙AMC.
Consequentemente: 𝐴𝐸 𝐷𝐹 𝐺𝐸 𝐻𝐹 𝐴𝐸 𝐷𝐹
𝐸𝐺
= 𝐹𝐻 𝐺𝐴
= 𝐻𝐷 𝐴𝐺
= 𝐷𝐻
𝐵 ≅Ê
ΔABC ∽ ΔDEF 𝑒
𝐶≅ 𝐹
Obs.:
Ao indicar a semelhança por 𝝙ABC ∽ 𝝙DEF
estamos afirmado que os vértices A, B e C
são, respectivamente, os correspondentes
dos vértices D, E e F.
Lados opostos a ângulos correspondentes
são chamados de lados correspondentes;
A razão entre dois lados correspondentes é 𝐴𝐵 𝐵𝐶
chamada razão de semelhança. = 𝐸𝐹
𝐷𝐸
𝝙ABC∽𝝙DEF ⇔ 𝐸
Casos de semelhanças de triângulo 𝐵≅ 𝐹
A definição de semelhança de triângulo exige
que sejam obedecidas seis condições: três Caso LLL (lado, lado, lado): Dois triângulos são
congruências e três proporcionalidades, porém, semelhantes se, e somente se, têm os três lados,
escolhendo adequadamente algumas dentre respectivamente, proporcionais.
essas seis condições, percebemos que, se elas
forem obedecidas, as outras também o serão.
Qualquer conjunto formado por uma quantidade
mínima de condições capazes de garantir a
semelhança de dois triângulos é chamado de caso
de semelhança a seguir apresentamos os casos
principais.
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
𝐷𝐸
= 𝐸𝐹 = 𝐷𝐹 ⇔ 𝝙ABC ∽𝝙DEF.
Razão de semelhança Vamos demonstrar as seguintes relações
Vimos que a razão de semelhança de dois métricas:
triângulos é a razão entre as medidas de dois ah=bc;
lados correspondentes. Porém, existem outras c2=am;
maneiras para se calcular essa razão, por b2=na;
exemplo, a razão entre alturas correspondente é ch=bm;
igual à razão de semelhança, conforme bh=cn;
demonstração a seguir. h2=mn;
Consideremos que 𝝙ABC ∽ 𝝙DEF. a2 = b2 + c2 (teorema de Pitágoras).
Figura 31: (a) circunferência; (b) ponto exterior à circunferência; Figura 36: r ⋂ λ = {T}.
(c) ponto pertencente à circunferência; (d) ponto interior à
circunferência. Propriedade: A reta tangente à
circunferência é perpendicular ao raio no
A reunião de uma circunferência com o conjunto ponto de tangência.
de seus pontos interiores é chamado de circulo.
Ângulos e circunferência
Arcos e cordas 1. Ângulo central de uma circunferência: todo
Dois pontos A e B de uma circunferência dividem- ângulo cujo vértice é o centro de uma
na em duas partes chamadas arcos. O segmento circunferência é chamado de ângulo central
de reta 𝐴𝐵 é chamado de corda, uma corda que dessa circunferência.
passa pelo centro C da circunferência é chamada
diâmetro.
Figura 38: (a) ângulo central; (b) arco determinado pelo ângulo
central.
Figura 33: (a) Diâmetro 𝑫𝑬; (b) arco AB; (c) corda 𝑨𝑩.
Define-se a medida, em graus, de um arco m(A𝑉B) =
𝑚 𝐴𝐶 𝐷 + 𝑚 (𝐵𝐶 𝐷)
.
circunferência como sendo a medida do ângulo 2
central que o determina. Ex.: E como:
m(A𝐶 B) = m(A𝐶 D) + m(A𝐶 D);
Concluímos que:
𝑚 𝐴𝐶 𝐵
m(A𝑉B) = 2
.
Isto é,
𝛽
𝝰 = 2.
Figura 39: m(A𝑪B) = 60° ⇔(AB) = 60°.
3º caso: O centro C é exterior ao ângulo inscrito.
2. Ângulo inscrito numa circunferência: todo
ângulo cujo vértice pertence a uma
circunferência e os lados são secantes a ela é
chamado de ângulo inscrito nessa circunferência.
Traçando o diâmetro 𝑉𝐷, temos: Figura 41: (a) ângulo de segmento; (b) arco determinado pelo
ângulo de segmento.
Potência de ponto
Ponto interior à circunferência: se numa
circunferência duas cordas 𝐴𝐵 e 𝐶𝐷 concorrem
num ponto P, então:
PA x PB = PC x PD.
𝛼 3
2𝑥 𝛼 3
R= 2
⇔r=
3 3 𝞪 𝟑
Figura 45: r = , pois r é a medida da altura de um triângulo
𝟐
𝑎 3
2𝑥 𝑎 3
r= 3
2
⇔R= 6
Hexágono regular
Os vértices de um hexágono regular dividem a
circunferência circunscrita em seis áreas
congruentes, logo, cada um desses arcos mede
60°. assim, o ângulo central corresponde a cada
um desses arcos também mede 60°.
Figura 48: A = b x h.
Note que dividimos o metro quadrado em 100 Quadrado: É um retângulo, logo sua área A é o
decímetros quadrados. Concluímos então, que: produto da medida da base pela medida da altura.
1m2 = 100dm2.
Raciocinando de forma análoga, concluímos
também que:
1km2 = 100hm2;
Figura 49: A =a2.
1hm2 = 100dam2;
1dam2=100m2;
1cm2=100mm2.
Isto é, na escalada de unidade de área, cada
unidade vale 100 vezes ou imediatamente inferior.
Paralelogramo: A área de um paralelogramo de Hexágono regular: As diagonais que passam
base b e altura h é igual à área de um retângulo pelo centro de hexágono regular dividem-no seis
da base b e altura h. obs.: triângulos equiláteros. Assim, a área, A de um
hexágono regular de lado 𝝰 é igual a seis vezes a
área do triângulo equilátero de lado 𝝰:
2. Subconjuntos de:
8. Subconjuntos de:
{x ∈ ℝ| a < x < b} {x ∈ ℝ| x < a};
Símbolo:
Símbolo:
]a, b[;
]-∞, a[;
Nome:
Nome:
Intervalo fechado de extremos 𝝰 e 𝝱; Intervalo incomensurável aberto à direita em
Representação no eixo real:
𝝰;
Representação no eixo real:
3. Subconjuntos de:
{x ∈ ℝ| a ≤ x < b} 9. Subconjuntos de:
Símbolo: ℝ;
[a, b[; Símbolo:
Nome: ]-∞, +∞[;
Intervalo fechado à esquerda, e aberto à Nome:
direita de extremidade 𝝰 e 𝝱; -∞ a +∞;
Representação no eixo real: Representação no eixo real:
Obs.: GEOMETRIA ESPACIAL
∞ = infinito; Estuda as figuras geométricas no espaço.
A palavra incomensurável = que não se pode Entendemos espaço como um lugar onde
medir. podemos encontrar todas as propriedades
geométricas e mais de duas dimensões. Podemos
Convenções: representar o espaço por meio de projeções
espaciais das três dimensões, que são: altura,
•
1. A bolinha cheia ( ) num extremo de intervalo comprimento e largura, as coordenadas
indica que o numero associado. a esse extremo cartesianas são dadas pelos eixos x, y e z.
pertence ao intervalo; Usando a localização de pontos, podemos traçar
2. A bolinha vazia (o) num extremo do intervalo retas no espaço que formam planos e definem
indica que o número associado a esse extremo formas e estruturas geométricas. Na geometria
não pertence ao intervalo; espacial estudamos os seguintes conteúdos:
3. Usaremos sempre a denominação ``aberto´´ no Plano e espaço; Volume do prisma; Volume da
+∞ e no -∞. esfera; Volume da pirâmide; Posições relativas
ponto, reto e plano; Posições relativas de duas
Exemplos retas.
a. O conjunto {x ∈ ℝ| 3≤ x ≤5} é o intervalo 1. Posições relativas entre duas retas: duas
fechado de extremos 3 e 5, ou seja, [3,5]. Sua retas coplanares podem ter duas posições
representação no eixo real é: relativas possíveis: paralelas (distintas ou
coincidentes) ou concorrente.
a. Retas paralelas: duas retas coplanares são
paralelas se, e somente se, não têm ponto
b. O conjunto {x ∈ ℝ| -1 < x <4} é o intervalo de em comum, ou têm todos os seus pontos em
extremos -1 e 4, seja, ]-1, 4[. Sua comum.
representação no eixo real é:
Figura 51: (a) r e s são retas paralelas distintas (r//s e r ≢ s); (b) r
e s são retas paralelas coincidentes (r ≡ s).
4. Perpendicularidade:
a. Retas perpendiculares: Duas retas r e s são
perpendiculares se, e somente se, são
concorrentes e formam ângulos retos entre si.
Obs.: dizemos que um segmento de reta 𝐴𝐵 é
paralela a um plano se, e somente se, a reta 𝐴𝐵 é
paralela a 𝝰.
b. Reta secante (ou concorrente) a plano: um Figura 57: Indicamos que r e s são perpendiculares por: r⊥ s ou
s⊥r.
reta r e um plano 𝝰 são secantes ( ou
concorrentes) se, e somente se, têm um
único ponto em comum. b. Reta perpendicular a plano: uma reta r
secante a um plano 𝝰 é perpendicular a 𝝰 se,
e somente se, todas as retas do plano 𝝰 que
concorrem com r são perpendiculares a r.
Figura 54: r ⊂ 𝝰.
POLIEDROS
Os próprios ângulos 𝑥 e 𝑦. Quando duas retas 1. Região poligonal convexa: toda região plana
são reversas e formam ângulos entre si, elas são cujo contorno é um polígono convexo é
chamadas de retas ortogonais. chamado de região poligonal convexa.
Exemplo: Na caixa de sapatos abaixo, as retas Ex.: a região s da figura abaixo é uma região
poligonal convexa.
𝐴𝐵 e 𝐶𝐷 são reversas e formam ângulos retos
entre si, por isso, são chamadas de retas
ortogonais.
Figura 60: (a) ângulo triédrico; (b) ângulo tetraédrico; (c) ângulo
As regiões poligonais de G são chamadas pentaédrico.
RAZÕES NOTÁVEIS
1. Escala: é a representação de uma razão
entre duas grandezas de medidas, em que o
antecedente representa a medida a ser
usada e ao consequente, a medida real.
Geralmente usam-se na construção de
mapas, plantas, etc.
a. Na escala natural: o desenho tem as
mesmas dimensões do objeto real: 1:1 (1
para 1), ou seja, 1cm normal do desenho é
igual a 1cm do objeto.
b. Na escala de redução: a representação
gráfica é menor que a dimensão do objeto:
1:2 (1para2) ,ou seja, 1cm do desenho
representa 2cm do objeto.
c. Na escala ampliação: a representação
gráfica é maior que a dimensão do objeto:
2:1 (2 para 1), ou seja, 2cm do desenho
equivale a 1cm do objeto. Podemos usar a
seguinte relação matemática:
𝑇
E = 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
𝑇
𝑟𝑒𝑎𝑙
Onde:
Treduzido: tamanho reduzido;
E: escala usada;
Treal: tamanho real.
A medida real e a medida representada deverão
ter a mesma unidade de medida (ambos em km,
hm, dm, m, cm, mm etc). Quando a escala está
relacionada à área, devemos elevar ao quadrado
a referida escala:
𝑎𝑟𝑒𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎
E2= á𝑟𝑒𝑎
𝑟𝑒𝑎𝑙
‘
Tensidade populacional: é dada pelo quociente
da divisão entre a quantidade de habitantes de
uma determinada região pela grandeza de
habitantes de uma determinada região pela
grandeza que exprime a área dessa região.
Podemos usar a seguinte relação matemática.
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
D0= á𝑟𝑒𝑎
30𝑥15 450
→ Ttotal → Ttotal= → Ttotal = 10 minutos.
30+15 45
4𝑥6 24
→ Ttotal = 6−4 → Ttotal = 2 → Ttotal =12 minutos.
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Classificação dos números
Números naturais
Qualquer número que resulte de uma contagem
de unidade. É chamado numero natural, Indica-
se por N o conjunto dos números naturais e por N*
o conjunto dos números naturais não nulos:
Números inteiros
A subtração nem sempre é possível em N. ex.:
não existe o natural que represente a diferença
entre 3-5. Por isso, foi criado o conjunto dos
números inteiros. Nesse conjunto a diferença 3-5
é representada por -2 indica-se por Z, o conjunto
dos números inteiros e por Z* não nulos.
Números racionais
A divisão nem sempre é possível em Z, exemplo,
não existe numero inteiro que represente o
quociente -3:2. Por isso, foi criado o conjunto dos
números racionais. Nesse conjunto quociente -3/2
3
é indicado por - 2 ou por -1,5. Indica se por Q o
conjunto dos números racionais não-nulos.
𝑎
Q = {𝑏 ⎹ a ∈ Z e b ∈ Z*};
𝑎
Q = {𝑏 ⎹ a ∈ Z e b ∈ Z*}.
Notas:
É evidente que N ⊂ Z ⊂ Q;
Toda dizima periódica e um número racional,
pois é sempre possível escrever uma dizima
periódica na forma de uma fração.
4
Ex.: 0,4444 = .
9
Números reais conjunto A-B, o conjunto dos elementos de A
Qualquer numero racional ou irracional é que não pertencem a B. como símbolo:
chamado de número real. Podemos dizer que 𝐶𝐴𝐵 ou𝐴
número real é todo número decimal, finito ou
infinito. Indica-se por R conjunto dos números Conjunto unitário e vazio
reais e por R* o conjunto dos números reais não Chama-se conjunto unitário aquele que possui
nulos. um único elemento:
R = {x⎹ x é número racional ou irracional}; Conjunto dos divisores de 1, inteiros e positivos:
R* = {x⎹ x é número real diferente de zero}. {1};
Notas: Conjunto das soluções da equação 3x+1={3};
É obvio que N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R; Conjunto dos estados brasileiros que fazem
I ⊂ R; fronteira com o Uruguai: {rio grande do sul}
I U Q=R. Chama-se conjunto vazio aquele que não
Um numero real é racional ou irracional, não possui elemento algum. O símbolo usual para o
existe outra hipótese. conjunto vazio é Ø, obtemos um conjunto vazio
quando descrevemos um conjunto através de
Números irracionais uma propriedade P logicamente falsa.
Dentre os números decimais existem as dizimas {x|x é ímpar e múltiplo de 2}=Ø
não-periodicas, que são numeros com infinitos {x|x [e ímpar e múltiplo de 2}=Ø
casas decimais e não periodica. esses numeros {x|x>0 e x<0}=Ø
são chamados de irracionais, e o conjunto
formado por eles é indicado por Q, isto é.
Q= {x⎹x é dizima não-periodica} Subconjunto
ex.: Um conjunto A é subconjunto de um conjunto b
a. Um dos numeros irracionais mais conhecidos é se, e somente se, todos os elementos de A
o quociente do perimetro de uma circuferecia pertence também a b. com a notação A⊂B
pela medida de seu diametro, esse numero é indicamos que A é subconjunto de B ou A está
representado pela letra grega 𝜋 (pi); contido em B ou A é parte de B.
b. Imaginarmos uma dizima não periodica O símbolo ⊂ é denominado sinal de inclusão:
qualquer: 5,1212122212222. (aumenta um {a,b} ⊂ {a, b, c, d};
algarismo 2 de cada vez). Esse numero é {a} ⊂ {a,b};
irracional, qualquer dizima não-periodica que {a,b}⊂}a,b}.
voce pode imaginar é um numero irracional. Quando A⊂B também podemos escrever BﬤA
que se lê B contém A com a notação A⊄B
indicamos que A não está contido em B, isto é a
negação de A⊂B. que é evidente que A⊄B
somente se existe ao menos um elemento de A
que não pertence a B.
{a, b, c}⊄{b, c, d, e}
{a, b} ⊄ {c,d, e}
{x|x é inteiro e par} ⊄ {x|x é inteiro e primo}
Operações com conjuntos
União (U): chama-se união de A com B, o
conjunto formado pelos elementos de A ou B.
fórmula para união de dois conjuntos: n(AUB)=
n(A)+n(B)-n(A∩B).
Intersecção (∩): chama-se intersecção de A
com B, o conjunto formado pelos elementos que
pertencem a A e B. Figura: A⊂B A esta contido em B; BﬤA B contém A.
Diferencia (-): chama-se diferença de A com B,
indica-se por A-B, ao conjunto formados pelos
Intersecção de conjunto
elementos que pertencem a A e não pertence a
Dados dois conjuntos A e B, chama-se
B.
intersecção de A e B o conjunto formado pelos
elementos que pertencem a A e a B.
Conjunto das partes
A∩B={x|x ∈A e x∈B}
É dada pelo fórmula P(A)=2n(n=elemento)
O conjunto A∩B (lê se A inter B) é formado
pelos elementos que pertencem aos dois
Complemento de B em A
conjuntos (A e B) simultaneamente.
Dado dois conjuntos A e B, tais que B⊂A,
Se x∈A∩B, significa que x pertence a A e
chama-se complemento de B em relação a A
também x pertence a B. o conectivo é colocado
entre duas condições significa que elas devem Os números inteiros podem ser representados
ser obedecidas ao mesmo tempo: sobre uma reta orietada através dos seguintes
{a, b, c}∩{b, c, d, e}={b, c} procedimentos:
{a, b}∩{a, b, c, d}= {a, b} Sobre a reta estabelecemos um sentido positivo e
{a, b, c}∩{a, b, c}={a, b, c} um ponto 0 que representa o inteiro 0.
Número racionai ℚ
Números inteiros
Conjunto dos números racionais q≠1 e –1 o
Chama-se conjunto dos números inteiros (símbolo 1
ℤ o seguinte conjunto. inverso de q não existe em ℤ: ∉ℤ. É o conjunto
𝑞
𝑎
ℤ:{...-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...} dos pares ordenados onde a∈ℤ e b∈ℤ+, para os
,
𝑏
No conjunto ℤ distinguimos três subconjunto
quais adotamos as seguintes definições.
notáveis:
ℤ={0,1,2,3,...}=ℕ chamado conjunto dos inteiros 𝑎 𝑐
Igualdade:𝑑 = 𝑑 ⇔ad=bc
mão-negativos
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 +𝑏𝑐
Adição: = :
𝑑 𝑑 𝑏𝑑
ℤ={0,-1,-2,-3...} chamado conjunto dos inteiros 𝑎 𝑐 𝑎𝑐
Multiplicação: :𝑑 . 𝑑 = 𝑏𝑑
não-positivos
ℤ={..., -3, -2, -1, 1, 2, 3,...} chamado conjunto dos Para conjuntos dos racionais destacamos os
inteiros não-nulos. subconjuntos:
ℚ: conjunto dos racionais não negativos;
Simétricos ou opostos para adição ℚ-: conjunto dos racionais não positivos;
Para todos a∈ℤ existe –a∈ℤ tal que a+-(-a)=0 ℚ*= conjunto dos racionais não nulos.
𝑎
Na fração 𝑏 , a é o numerador e ab denominados se
a e são primos entre si, dizemos a é uma fração
2 3 7
irredutivel. Assim, as frações 3 . 7 𝑒 15 são
6
irredutiveis mas não é:
10
𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
1
+1 = 1
⇔a+b=a+b