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Resumo:
Este texto visa compreender a articulação entre escola/comunidade/PIBID a partir de
um olhar reflexivo sobre as atividades desenvolvidas no Projeto Agro Horta:
Tecnologias sociais para a sustentabilidade rural pelos bolsistas do PIBID/Diversidade
da UFRB em parceria com professores do CEPMJLS, no município de Feira de
Santana/Bahia. Apresentamos como questão-problema: em que medida as atividades
do Projeto contribuem para a articulação entre escola/comunidade/PIBID e as
implicações para a formação dos bolsistas?. O acompanhamento das atividades do
projeto e a análise dos depoimentos dos envolvidos indicam uma articulação entre
escola/comunidade/bolsistas do PIBID que favorece o diálogo e a troca de
conhecimentos.
Palavras-chave: PIBID/Diversidade. Educação do Campo. Projeto Agro Horta.
Introdução
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desenvolvimento social, economicamente justo e ambientalmente
sustentável, em articulação com o mundo do trabalho;
III – Desenvolvimento de políticas de formação de profissionais da
educação para o atendimento da especificidade das escolas do campo,
considerando-se as condições concretas da produção e reprodução
social d vida no campo;
IV - Valorização da identidade da escola do campo por meio de
projetos pedagógicos com conteúdos curriculares e metodologia
adequada às reais necessidades dos alunos do campo, bem como
flexibilidade na organização escolar, incluindo adequação do
calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições
climáticas; e
V – Controle social da qualidade da educação escolar, mediante a
efetiva participação da comunidade e dos movimentos sociais do
campo. (Decreto 7.352, de 04/11/2010).
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Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS) no município de Feira
de Santana/Bahia visa garantir aos discentes do curso de Licenciatura em Educação do
Campo nas áreas de Ciência e Matemática um primeiro contato e ou experimentação
inicial sobre a docência com um olhar acerca das diversas práticas educativas nos
diferentes espaços escolares e não escolares. Para tanto, o referido programa estabelece
parcerias com Secretarias de Educação; ONG; Centros educacionais; Sindicatos
Rurais; Movimentos Sociais entre outros e desenvolve junto às escolas do campo
encontros de formação teórico-prática, visitas, pesquisas, intervenções nas escolas do
Ensino Fundamental e Ensino Médio, realização de oficinas, seminários e mutirões.
Este texto tem como objetivo compreender a articulação entre
escola/comunidade/PIBID a partir de um olhar reflexivo sobre as atividades
desenvolvidas no Projeto Agro Horta: Tecnologias sociais para a sustentabilidade rural
pelos bolsistas do PIBID/Diversidade da UFRB em parceria com os professores da
área de ciências e matemática no Colégio Estadual Professora Maria José de Lima
Silveira, localizado numa comunidade rural do município de Feira de Santana/Bahia.
Desta forma, a partir da descrição das atividades desenvolvidas no projeto
vislumbramos refletir sobre a seguinte questão - em que medida as atividades
propostas no Projeto Agro Horta: Tecnologias sociais para a sustentabilidade rural
vem contribuindo para a articulação entre escola/comunidade/PIBID e quais as
implicações desta articulação para a formação dos bolsistas do PIBID/Diversidade?.
O Projeto Agro Horta tem como objetivo promover estudos, pesquisas, debates
e atividades articulando escola/comunidade/PIBID através da criação de uma horta e
do uso da tecnologia sustentável envolvendo as diferentes áreas do conhecimento. Para
tanto estão sendo desenvolvidas várias atividades que visam a articulação dos bolsistas
do PIBID e professores da escola junto a comunidade escolar e local. A horta
apresenta-se enquanto dispositivo de aprendizagem e contribui para o fortalecimento
da relação aluno/ escola/ PIBID/ comunidade.
PIBID/Diversidade na UFRB
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oferecido pelo Centro de Formação de Professores (CFP), no campus de Amargosa, e
o segundo oferecido pelo Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e
Sustentabilidade (CETENS), campus de Feira de Santana.
O PIBID/Diversidade envolve dois subprojetos, a saber: Educação do Campo e
Agroecologia sediado no CFP com 60 bolsistas atuando em escolas do campo nos 20
municípios de procedência dos alunos/bolsistas; e Tecendo Saberes e constituindo a
docência no contexto do campo, sediado no CETENS com 60 bolsistas atuando em
escolas de 2 municípios.
O PIBID/Diversidade visa garantir aos discentes do curso de Licenciatura em
Educação do Campo a partir da concessão de bolsas e em parceria com as escolas do
campo, um primeiro contato e/ou experimentação inicial sobre a docência com um
olhar a cerca das diversas práticas pedagógicas, contribuindo para o aperfeiçoamento e
a valorização da formação de professores para a educação básica. Segundo o Decreto
de nº 7 219 de 24 de Julho de 2010,
Art. 1o O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência -
PIBID, executado no âmbito da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior - CAPES, tem por finalidade fomentar a
iniciação à docência, contribuindo para o aperfeiçoamento da
formação de docentes em nível superior e para a melhoria de
qualidade da educação básica pública brasileira.
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necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade
(LIBÂNEO, 2013, p.15).
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Inicialmente os bolsistas realizaram o diagnóstico da comunidade com o
objetivo de melhor conhecer os seus aspectos: históricos, culturais, de produção, entre
outros. Em seguida sob a orientação da supervisora (professora da escola), foi
elaborado um Plano de Ação para o desenvolvimento do Projeto Agro Horta:
Tecnologias sociais para sustentabilidade rural em consonância
O primeiro semestre de existência do PIBID/Diversidade no CEPMJLS, em
particular no desenvolvimento do Projeto Agro Horta: Tecnologias Sociais para a
sustentabilidade rural já nos oportuniza perceber alguns resultados interessantes no que
diz respeito ao trabalho realizado junto a escola com os professores e alunos do Ensino
Fundamental II. Apresentaremos a seguir as atividades do desenvolvida no Projeto
Agro Horta: Tecnologias sociais para a sustentabilidade rural pelos bolsistas do
PIBID/Diversidade da UFRB em parceria com os professores da área de ciências e
matemática no Colégio Estadual Professora Maria José de Lima Silveira, e uma breve
análise das implicações dessas atividades, dando ênfase às contribuições para a
formação dos bolsistas segundo relatórios do primeiro semestre.
O Projeto Agro Horta: Tecnologias Sociais para a sustentabilidade rural, tendo
como público alvo os alunos das turmas do 6º B, 8º B 9º B 9º C do Ensino
Fundamental do Colégio Estadual Professora Maria José de Lima Silveira, vem sendo
desenvolvido desde o mês de março em parceria firmada entre os bolsistas do PIBID e
os professores do CEPMJLS, juntamente com a comunidade local. O Projeto é
resultante do diagnóstico da comunidade realizado pelos bolsistas num momento
anterior a sua inserção no espaço escolar o qual apontou a existência de apenas uma
horta e que não atendia a demanda de consumo de hortaliças da comunidade local.
Após a inserção e integração dos bolsistas no espaço escolar em um dos encontros com
os professores da área de matemática e ciências naturais, diante dos dados obtidos no
diagnóstico da comunidade surge a ideia de elaborar um projeto em que a criação de
uma horta contribuísse enquanto espaço de construção e troca de conhecimento entre a
escola e a comunidade.
Após a elaboração coletiva do Projeto Agro Horta envolvendo bolsistas,
professores, alunos do Ensino Fundamental e representantes da comunidade, foi
realizado o lançamento do projeto no auditório do CEPMJLS que contou com a
presença dos alunos, dos professores da escola, da comunidade local e representantes
de associações, sindicatos e cooperativas rurais.
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Durante o lançamento do projeto os depoimentos dos professores sinalizaram o
compromisso com o projeto ao qual reafirmaram a parceria no trabalho a ser
desenvolvido, por outro lado os depoimentos dos representantes de associações e
sindicatos indicaram que as proposições do projeto apresentavam a possibilidade dos
alunos se apropriarem das especificidades do campo e da comunidade na qual estão
inseridos e pontuaram a necessidade da escola sendo do campo de se apropriar cada
vez mais dos princípios e práticas pedagógicas desenvolvidas em outros espaços pelos
sujeitos do campo. Esses depoimentos geraram a necessidade dos professores e
bolsistas criarem paralelamente ao desenvolvimento do projeto atividades como ciclo
de palestras e grupo de estudos sobre os seguintes temas: Educação do Campo,
Agroecologia, Práticas educativas no campo em espaços escolares e não-escolares,
entre outros.
A divulgação do Projeto foi feito através da criação do blog
http://educampescola.blogspot.com.br/ e de Jornal Mural na escola, além disso foi
feita a passada de sala que consistia na formação de pequenos grupos formados pelos
bolsistas para divulgação do projeto nas salas de aula nos turnos de funcionamento da
escola. Em seguida foram realizadas oficinas sob a responsabilidade dos bolsistas
envolvendo os alunos e professores da escola. A primeira oficina intitulada “Horta:
passo a passo” com o objetivo de compreender a horta desde o plantio até a colheita
das hortaliças, conforme os depoimentos dos alunos a oficina possibilitou novos
conhecimentos sobre os diferentes tipos de hortas; os cuidados necessários com o solo,
tipos de solo, os que eram apropriados para a produção e caso não fosse apropriado
alternativas naturais de corrigir, preparação; a preparação das sementeiras e dos
canteiros; a adubação da terra; a semeadura; os instrumentos de trabalhos utilizados na
horta; época de plantio e cultivo das hortaliças; plantio; cuidados com a horta; controle
de pragas e colheita.
A participação dos alunos durante o desenvolvimento das oficinas foi
considerado excelente pelos bolsistas e professores, pois os mesmos questionaram,
tiraram dúvidas, acrescentaram informações obtidas através do trabalho desenvolvido
na roça no período de plantio por eles e/ou por seus familiares. Os depoimentos dos
alunos demonstraram o interesse pelo tema e a relevância da discussão do mesmo,
apontaram ainda o quanto foi significativo o conhecimento obtido durante as oficinas e
a oportunidade de discutir e estudar sobre algo da vivência deles.
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Para os bolsistas o processo desde a elaboração até a execução das oficinas tem
sido “um verdadeiro exercício de docência” (bolsista da área de ciências). Após a
realização e avaliação da primeira oficina foram organizadas as próximas com os
seguintes temas: oficina 2 “Compostagem/Adubação”; oficina 3 “Controle de Pragas”;
oficina 4 “Horticultura/Orgânicos/Alimentação”; Oficina 5 “Os Quintais
Agroecológicos” ; oficina 6 “Tecnologias Sustentáveis”.
Entre as atividades em processo de desenvolvimento estão a Mesa-redonda com
o tema: “A Horta na comunidade” que contará com a participação de um agrônomo da
região e de dois produtores rurais da comunidade; uma visita a horta na comunidade e
uma outra a uma horta orgânica; Pesquisa de campo junto a comunidade sobre o
cultivo de hortas (culturas cultivadas na comunidade; plantio/colheita; tecnologia
utilizada); Campanha de arrecadação de garrafas pet e de esterco para adubação da
terra onde será criada a horta horizontal e vertical na área da escola.
Considerações finais
Referência
ARROYO, Miguel G. CALDART, Roseli S.MOLINA, Monica C. (orgs) Por uma Educação do
Campo. Petrópolis, Rio de janeiro: Vozes, 2004.
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RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 1, DE 03 DE ABRIL DE 2002 In: BRASIL. Ministério da Educação.
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI. Educação
do Campo: marcos normativos/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade
e Inclusão – Brasília: SECADI, 2012
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