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IMED
ESCOLA POLITÉCNICA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

THALYS AUGUSTO MENEGAZZO TROMBETTA

ANÁLISE GLOBAL DOS NÓS DE PÓRTICO RÍGIDO E SEMIRRÍGIDO EM


CONCRETO ARMADO

PASSO FUNDO-RS
2017

THALYS AUGUSTO MENEGAZZO TROMBETTA

ANÁLISE GLOBAL DOS NÓS DE PÓRTICO RÍGIDO E SEMIRRÍGIDO EM


CONCRETO ARMADO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade


Meridional de Passo Fundo, como requisito para obtenção do
título de bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Me. Jackson Deliz Ditz

PASSO FUNDO
2017

THALYS AUGUSTO MENEGAZZO TROMBETTA

ANÁLISE GLOBAL DOS NÓS DE PÓRTICO RÍGIDO E SEMIRRÍGIDO EM


CONCRETO ARMADO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade


Meridional de Passo Fundo, como requisito para obtenção do
título de bacharel em Engenharia Civil.

Área de concentração: Estruturas de concreto armado.

Passo Fundo, xx de ..............de 201x. (data da defesa)

BANCA EXAMINADORA

Prof. Fulano de Tal - Titulação - (Instituição) - Orientador

Prof. Fulano de Tal -Titulação - (Instituição)

Prof. Fulano de Tal - Titulação - (Instituição)


A Deus, pela proteção, saúde e paz. Aos meus pais,


Ivanio e Nilva, ao meu irmão Júlio e aos meus avós
Hilário e Elvira (in memorian), pelo grande amor,
apoio e incentivo nesta caminhada.

AGRADECIMENTO

A gradeço a Deus, pela proteção e permissão de chegar até aqui e realizar um de meus
grandes sonhos na vida.
A minha mãe Nilva, meu pai Ivanio e meu irmão Júlio por sempre estarem ao meu lado,
em todas as escolhas, motivando e apoiando com atitudes e pensamentos positivos de paz e
amor.
Ao prof. Jackson Deliz Ditz pela brilhante orientação, paciência, amizade e pela grande
confiança depositada em mim ao longo desta pesquisa, sinceramente muito obrigado.
A minha amiga Leticia, pela grande amizade, carinho, respeito e pela motivação ao
longo da minha jornada como acadêmico.
Ao meu colega Marcos Vinícius pela amizade e apoio técnico ao decorrer desta
pesquisa.
Aos meus amigos Alexandre, Bruna, Kevin e Leonardo pela amizade, companheirismo
ao longo destes cinco anos de estudo e dedicação.
A todos os professores e funcionários da Faculdade Meridional de Passo Fundo, que
tive a oportunidade de conhecer e conviver nestes últimos anos.
A todas as pessoas que diretamente ou indiretamente contribuíram para a realização
desta pesquisa.

“Na vida não vale tanto o que temos, nem tanto


importa o que somos. Vale o que realizamos com
aquilo que possuímos, e acima de tudo, importa o que
fazemos de nós.”
Chico Xavier

RESUMO

Neste estudo, será (cuide o tempo verbal. A essa altura, já foi feito) feita uma comparação entre
o dimensionamento de uma estrutura de concreto armado, considerando as ligações vigas e
pilares de pórticos como elementos totalmente rígidos. Posteriormente, fazer o mesmo estudo
mantendo a mesma geometria e seções de pilares e vigas, porém considerando as ligações vigas
e pilares como elementos semirrígidos. Será utilizado software de dimensionamento estrutural
para a realização desta pesquisa, onde a estrutura de um edifício de oito pavimentos será
analisada e dimensionada. Este projeto visa a possibilidade de diminuir a quantidade de
materiais, dimensionando a estrutura utilizando ligações semirrígidas, levando em consideração
a NBR 6118(2014).

ABSTRACT

In this study, it is practically considered as a consortium and a looting of porticos as elements


one hundred percent rigid. In addition to study tests, maintaining the same geometry and
sections of pillars and beams, but considering as links beams and pillars as semi-rigid elements.
Structural design software is used for a research search, where an eight-story building structure
will be analyzed and scaled. This project aims at a possibility of reducing a quantity of steel
and concrete, dimensioning a structure of semi-rigid operations, leading in critical to NBR 6118
(2014).

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1- DEMONSTRAÇÃO ESQUEMÁTICA DE NÓ DE PÓRTICO DE CONCRETO ARMADO. .......... 15


FIGURA 2-CLASSIFICAÇÃO DOS NÓS DE PÓRTICOS. .................................................................... 16
FIGURA 3- DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE E MOMENTO FLETOR......................................... 17
FIGURA 4- FLAMBAGEM NO PILAR. ............................................................................................ 18
FIGURA 5- DESLOCAMENTO DA ESTRUTURA DEVIDO AÇÕES HORIZONTAIS................................ 20
FIGURA 6- DIAGRAMA DE TENSÃO-DEFORMAÇÃO DO CONCRETO: (A) LINEAR; (B) NÃO-LINEAR.
.......................................................................................................................................... 21
FIGURA 7- BARRA VERTICAL COM MUDANÇA DE PROJEÇÃO NO ESPAÇO. ................................... 22
FIGURA 8- BARRA VERTICAL SUBMETIDA A ESFORÇOS HORIZONTAIS E VERTICAIS. ................... 23
FIGURA 9- BARRA VERTICAL DEFORMADA DEVIDO AS AÇÕES HORIZONTAIS E VERTICAIS. ....... 23
FIGURA 10- DEFORMAÇÃO DE UMA LIGAÇÃO ............................................................................ 24
FIGURA 11- TIPOS DE RIGIDEZ EM LIGAÇÕES ............................................................................. 26
FIGURA 12- TRAMOS SUPERIOR E INFERIOR DE PILAR DE CONCRETO. ........................................ 28
FIGURA 13- PLANTA BAIXA TÉRREO. ......................................................................................... 30
FIGURA 14- PLANTA BAIXA TÉRREO. ......................................................................................... 31
FIGURA 15- PLANTA BAIXA GARAGEM. ..................................................................................... 32
FIGURA 16- PLANTA BAIXA TÉRREO SEM ESQUADRIAS E MOBÍLIA. ............................................ 32
FIGURA 17- PLANTA BAIXA TIPO SEM ESQUADRIAS E MOBÍLIA. ................................................. 33
FIGURA 18- PLANTA BAIXA GARAGEM SEM ESQUADRIAS E MOBÍLIA. ........................................ 34
FIGURA 19- CORTE AA ............................................................................................................. 34
FIGURA 20- CORTE BB .............................................................................................................. 34
FIGURA 21- FACHADA PRINCIPAL .............................................................................................. 35
FIGURA 22- FACHADA LATERAL ................................................................................................ 35
FIGURA 23-PERCENTUAL DE AÇO CA-50 EM RELAÇÃO Á VINCULAÇÃO ...................................... 43
FIGURA 24-PERCENTUAL DE AÇO CA-60 EM VIRTUDE DA VINCULAÇÃO .................................... 43
FIGURA 25-PERCENTUAL DE MADEIRA EM VIRTUDE DA VINCULAÇÃO ....................................... 44
FIGURA 26-PERCENTUAL DE CONCRETO EM RELAÇÃO A VINCULAÇÃO UTILIZADA .................... 44

LISTA DE TABELAS

TABELA 1- CONSUMO DE MATERIAIS POR PAVIMENTO, NÓS RÍGIDOS ......................................... 39


TABELA 2-CONSUMO DE MATERIAIS POR PAVIMENTO, NÓS SEMIRRÍGIDOS ................................ 40
TABELA 3-QUANTITATIVO DE MATERIAIS, NÓS RÍGIDOS ............................................................ 41
TABELA 4-QUANTITATIVO DE MATERIAIS, NÓS SEMIRRÍGIDOS .................................................. 42
TABELA 5-ANÁLISE COMPARATIVA ........................................................................................... 42
TABELA 6- ESTUDO DE CUSTO AÇO CA-50 ................................................................................. 45
TABELA 7- ESTUDO DE CUSTO AÇO-60 ...................................................................................... 46
TABELA 8- ESTUDO DE CUSTO DO VOLUME DE CONCRETO EM RELAÇÃO A RESISTÊNCIA A
COMPRESSÃO ..................................................................................................................... 46

TABELA 9- ESTUDO DE CUSTO ÁREA DE FORMA......................................................................... 46


TABELA 10- CUSTO TOTAL ESTRUTURA DE NÓS RÍGIDOS ........................................................... 47
TABELA 11-ESTUDO DE CUSTOS AÇO CA-50 .............................................................................. 47
TABELA 12- ESTUDO DE CUSTO AÇO-60 .................................................................................... 48
TABELA 13-ESTUDO DE CUSTO DO VOLUME DE CONCRETO EM RELAÇÃO A RESISTÊNCIA A
COMPRESSÃO ..................................................................................................................... 48

TABELA 14-ESTUDO DE CUSTO ÁREA DE FORMA ....................................................................... 48


TABELA 15-CUSTO TOTAL ESTRUTURA DE NÓS SEMIRRÍGIDOS .................................................. 49
TABELA 16- ANÁLISE DE CUSTOS .............................................................................................. 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AISC/ASD Specification for Structural Steel Buildings
CEB Comité Euro-International du Béton
COST C1 Controlo of the Semi-rigid Behavior of Civil Engineergin Structural
Connections
Ecs.Ic Medida da rigidez
FH força na horizontal
FV força na vertical
Htot Altura total da edificação
Ii Inércia do elemento estudado
LE Distância na vertical
Li Comprimento dos tramos inferior e superior do pilar ou comprimento da viga
Meng pef Momento de engastamento perfeito
Meng par Momento de engastamento parcial
Minf Momento no tramo inferior
Msup Momento no tramo superior
N Número de nível acima da fundação
NK Somatório de todas as cargas verticais atuantes na estrutura
RH Resistência na horizontal
RV Resistência na vertical
Ri Rigidez no elemento "i" no nó considerado
Rinf Rigidez de tramo inferior de pilar em uma ligação tramo inferior de pilar-viga-
tramo superior de pilar
Rsup Rigidez de tramo superior de pilar em uma ligação tramo inferior de pilar-viga-
tramo superior de pilar
Rvig Rigidez de uma viga em uma ligação tramo inferior de pilar-viga-tramo superior
de pilar
U Deslocamento horizontal no topo do pórtico

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO: ................................................................................................................. 11
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA DA PESQUISA .................................................................. 12
2.1 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................................ 12
2.2 HIPÓTESE ......................................................................................................................... 12
2.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 12
2.4 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13
2.4.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 13
2.4.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 13
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 14
3.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
.................................................................................................................................................. 14
3.1.1 Vantagens sobre os demais materiais estruturais ....................................................... 14
3.1.2 Desvantagens sobre os demais materiais estruturais ................................................. 14
3.2 NÓ DE PÓRTICO .............................................................................................................. 15
3.2.1 Classificação dos nós de pórticos.................................................................................. 16
3.3 ESTABILIDADE GLOBAL DAS ESTRUTURAS .......................................................... 16
3.3.1 Estrutura de nós fixos ................................................................................................... 17
3.3.2 Estrutura de nós móveis ................................................................................................ 19
3.4 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES VIGA-PILAR ....................................................... 24
3.5 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES VIGA-PILAR SEGUNDO AISC/ASD (1989) .... 25
3.6 LIGAÇÕES SEMIRRÍGIDAS ........................................................................................... 26
3.6.1 Formulações para obtenção da semirrígidez no concreto armado ........................... 27
4. MÉTODO ............................................................................................................................ 29
4.1 PLANO DE COLETA E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................................... 30
4.1.1. População e amostra ..................................................................................................... 30
4.1.2. Cenário de pesquisa ...................................................................................................... 36
4.1.3. Variáveis analisadas ..................................................................................................... 36
4.1.4 Coleta de dados e instrumento de coleta ..................................................................... 36
4.1.5 Instrumento de análise utilizados................................................................................. 37
4.2 LANÇAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS .................................................. 38
4.3 DIMENSIONAMNETO DA ESTRUTURA COM NÓS RÍGIDOS ................................. 38

4.5 RESULTADO FINAL (esse seria o item 5. Mas o coloque como análise e discussão dos
resultados)................................................................................................................................. 39
4.5.1 Consumo de materiais por pavimento em virtude da vinculação adotada .............. 39
4.5.2 Quantitativos de materiais e análise comparativa entre as vinculações adotadas,
rígidas e semirrígidas ............................................................................................................. 41
4.5.3 Representação gráfica dos resultados obtidos ............................................................ 43
4.5.4 Estudo de custos, estrutura de nós rígidos .................................................................. 45
4.5.5 Estudo de custos, estrutura de nós semirrígidos......................................................... 47
4.5.6 Análise comparativa de custos ..................................................................................... 49
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................................................ 52
11

1. INTRODUÇÃO:

As vinculações adotadas em pórtico de concreto armado, a resistência à compressão do


concreto e a quantidade de material contribuem para avaliação da rigidez do mesmo.
Os esforços nas estruturas são absorvidos em maior quantidade nas vinculações mais
rígidas em relação as menos rígidas, ou seja, em uma estrutura tradicional de concreto armado,
existem pilares e vigas com dimensões e áreas de aço diferente, fazendo com que os esforços
sejam distribuídos por toda a estrutura respectivamente. Para que seja descontando a rigidez e
consequentemente a quantidade de material é necessário analisar a possiblidade da redução do
momento aplicado no nó de pórtico, passando de momento de engastamento perfeito, para
momento de engastamento parcial. Essa redução deixa o nó de pórtico semirrígido e de acordo
com a norma brasileira de projeto de concreto armado NBR 6118(2014) pode-se reduzir o
momento de engastamento perfeito quinze por cento, para se obter o momento de engastamento
parcial, que será utilizado para dimensionar os componentes da estrutura. A inércia, o
comprimento da viga e dos tramos superiores e inferiores dos pilares, também são necessários
conhecer.
Os desenvolvimentos ao decorrer da pesquisa, mostrará (plural) de maneira clara como
serão reduzidos ou redistribuídos os esforços em uma edificação de concreto armado de oito
pavimentos, utilizando software de dimensionamento estrutural, além de apresentar as fórmulas
propostas pela NBR 6118(2014) e os conceitos de rigidez e semirrígidez.
12

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA DA PESQUISA

A pesquisa refere-se na análise comparativa entre dimensionar uma estrutura de


concreto armado considerando as ligações entre viga-pilar de pórticos espaciais como
elementos rígidos e semirrígidos, utilizando a norma brasileira de projeto de concreto armado
NBR 6118 (2014).
O estudo compara os resultados que serão obtidos do Eberick v10 (software de
dimensionamento de estrutura de concreto armando). O mesmo está configurado para seguir as
recomendações da NBR 6118 (2014), no qual torna possível dimensionar a estrutura utilizando
quinze por cento de semirrígidez (reduzindo a rigidez em 15% - acho que assim fica melhor).

2.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Como na prática não existe um engaste perfeito, uma ligação completamente rígida,
esta pesquisa busca verificar se dimensionar a estrutura de concreto armado com nós
semirrígidos pode levar a diminuição de materiais (custos), mesmo que a NBR 6118 (2014)
permite reduzir a rigidez em somente 15%.

2.2 HIPÓTESE

Existe a possibilidade do consumo de materiais de toda a edificação diminuir, pois o


momento de engaste parcial é cerca de 15% menor que o momento de engaste perfeito, segundo
a NBR 6118 (2014). Esta possibilidade será estudada no decorrer da pesquisa.
NÃO PRECISA COLOCAR ISSO NO TCC
2.3 JUSTIFICATIVA

Antes de dimensionar uma estrutura, deve-se analisar os esforços que a mesma está
sendo submetida, material utilizado e a rigidez das ligações (entre outros né). Neste estudo, será
feita uma comparação entre o dimensionamento de uma estrutura de concreto armado
considerando as ligações vigas e pilares de pórticos como elementos rígidos. Posteriormente,
fazer-se (tem de cuidar o tempo que você escreve os verbos, Thalys. Em vários momentos, você
usa o verbo com conjugação incorreta) "fazer-se-á" o mesmo estudo, mantendo a mesma
geometria e seções de pilares e vigas porém, considerando as ligações vigas e pilares como
13

elementos semirrígidos. A utilização de um software de dimensionamento estrutural é


imprescindível para a realização desta pesquisa, que é de grande importância pois busca através
da tecnologia melhorar o dimensionamento de uma estrutura. Além disso, conseguir diminuir
a quantidade de material utilizado na construção civil também é uma maneira de contribuir com
o meio ambiente. Cuidado com parágrafos muito longos.

2.4 OBJETIVOS

2.4.1 Objetivo Geral

Realizar uma análise comparativa de edificação multipavimentos de concreto armado,


considerando ligações de nó de pórtico rígidas e semirrígidas.

2.4.2 Objetivos específicos

 Verificar a compatibilização do projeto arquitetônico, planta baixa térreo e tipo, para


que o software entenda os comandos atribuídos no momento de lançar pilares, lajes e vigas.
 Processar a estrutura considerando nós rígidos.
 Processar a estrutura considerando nós semirrígidos.
 Realizar quantitativo de materiais e um estudo de custos, comparando os resultados
obtidos com nós rígidos e semirrígidos.
14

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O concreto armado segundo Araújo (2014) é o resultado da união de dois materiais: o


concreto e barras de aço. Em relação a baixa resistência do concreto a tração, cerca de 10% da
resistência a compressão, as barras de aço têm como principal utilidade absorver os esforços de
tração na estrutura. A associação destes dois materiais só é possível por causa da aderência.
Devido a esta aderência as deformações das barras de aço são praticamente iguais em relação
às deformações do concreto que as envolve.

3.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

As principais vantagens e desvantagens quanto ao uso de estruturas de concreto armado


sobre os demais materiais estruturais podem ser, segundo Araújo (2014), identificadas
conforme segue.

3.1.1 Vantagens sobre os demais materiais estruturais

 Economia
 Facilidade de execução em diversos tipos de formas
 Resistência ao Fogo
 Resistente a agentes atmosféricos e desgastes mecânicos
 Praticamente não requer manutenção ou conservação
 Permite com facilidade a construção de estruturas hiperestáticas

3.1.2 Desvantagens sobre os demais materiais estruturais

 O elevado peso nas construções


 Dificuldade para a execução de reformas
 Dificuldade para a execução de demolições
 Menor proteção térmica
15

3.2 NÓ DE PÓRTICO

O termo nó de pórtico é utilizado para referir-se à união entre vigas e pilares que dão
origem a pórticos. Estes nós podem ser considerados rígidos, semirrígidos ou flexíveis.
Segundo a norma brasileira de projeto de concreto armado NBR 6118(2014), identificados
conforme segue.
A Figura 1 demonstra esquematicamente a união entre viga e pilar de concreto armado,
onde forma um nó de pórtico.

Figura 1- Demonstração esquemática de nó de pórtico de concreto armado.

Viga

Pilar
Fonte: O AUTOR (Adaptado de Alva e El Debs, 2005)
16

3.2.1 Classificação dos nós de pórticos

Segundo ALVA e EL DEBS (2005), os nós de pórticos podem ser classificados como:
 Nós externos
 Nós internos
 Nós de canto
Na Figura 2 é demostrado claramente (cuide com esses termos fortes. Pode ser claro pra
vc, mas não para o leitor) onde se encontram os nós de pórtico na estrutura.

Figura 2- Classificação dos nós de pórticos.

Nó de canto

Nó externo
Nó interno

Fonte: O AUTOR (Adaptado de Alva e El Debs, 2005)

3.3 ESTABILIDADE GLOBAL DAS ESTRUTURAS

A NBR 6118 (2014) afirma que em toda a estrutura de concreto armado, deve-se
verificar a estabilidade global da mesma. É possível identificar dentro da estrutura,
subestruturas que devido a sua elevada rigidez, resistem em grande quantidade os esforços das
ações horizontais, são chamadas de subestruturas de contraventamento e podem ser de nós fixos
ou de nós móveis.
17

Espaçamento

3.3.1 Estrutura de nós fixos

Quando os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos, e os efeitos globais de


segunda ordem são desprezados (inferior a 10% dos esforços de primeira ordem). Portanto, os
pilares podem ser calculados de maneira isolada considerando apenas os efeitos de primeira
ordem mais os efeitos locais de segunda ordem NBR 6118 (2014).

 Efeitos de primeira ordem

Os efeitos de primeira ordem são os que surgem diretamente da análise da estrutura.


Onde é considerado os carregamentos de peso próprio da estrutura, cargas variáveis como
carregamento causado por pessoas ou reservatórios e demais ações que a mesma está sendo
submetida diretamente NBR 6118 (2014).
A Figura 3 apresenta uma viga com carga distribuída e a obtenção dos valores do
diagrama de esforço cortante e o digrama de momento fletor, obtidos através de conhecimento
de isostática.

Figura 3- Diagrama de esforço cortante e momento fletor

Carregamento
50 KN/m

250.0

DEC
DEC

- 250.0

DMF
DMF

625.0

Fonte: O AUTOR (2017) Para o leitor, o que é DMF e DEC? Legenda.


18

 Efeitos locais de segunda ordem

Os efeitos locais de segunda ordem são a não-linearidade em que peças comprimidas


ficam sujeitas, ou seja, quando os eixos de um lance de pilar não se mantem retilíneos devido a
um determinado carregamento NBR 6118 (2014).
A Figura 4 ilustra a deformação que a peça comprimia fica sujeita devido a um
carregamento aplicado fora do eixo de simetria da mesma. Exemplo: Carregamento normal
aplicado em uma excentricidade.

Figura 4- Flambagem no pilar.

F1 F1

Fonte: O AUTOR (2017)

 Deslocabilidade da estrutura de nós fixos

Como adotado na NBR 6118 (2014) a estrutura pode ser considerada de nós fixos
quando 𝛼 for menor que o valor de 𝛼1.
19

𝑁𝐾
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 √
𝐸𝑐𝑠. 𝐼𝑐

𝛼1 = 0.2 + 0.1. 𝑛 = Se 𝑛 ≤ 3 (𝑝𝑎𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠)

𝛼1 = 0.6 Se 𝑛 ≥ 4 (𝑝𝑎𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠)

𝑛 = É 𝑜 𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑎çã𝑜 (𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠)


𝐻𝑡𝑜𝑡 = É 𝑎 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜
𝑁𝐾 = 𝑆𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝑠𝑖𝑡𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒
𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜
𝐸𝑐𝑠. 𝐼𝑐 = 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑒𝑧 = 𝐸𝐼𝑒𝑞

Segundo o Comité Euro-International du Béton CEB (1990), a rigidez equivalente 𝐸𝐼𝑒𝑞


pode ser determinada pela seguinte fórmula:

𝐹ℎ. ℎ𝑜𝑡 3
𝐸𝐼𝑒𝑞 =
3𝑈

𝐹ℎ = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑝ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜


𝐻𝑡𝑜𝑡 = É 𝑎 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜
𝑈 = 𝐷𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑛𝑒𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜, 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑜𝑓𝑡𝑤𝑎𝑟𝑒

3.3.2 Estrutura de nós móveis

Quando os deslocamentos horizontais dos nós não são pequenos, portanto, os efeitos
globais e locais de segunda ordem são considerados (superior a 10% dos esforços de primeira
ordem). Estes surgem devido a não-linearidade física e geométrica (global e local) NBR 6118
(2014).
20

 Efeitos globais de segunda ordem

Os efeitos globais de segunda ordem surgem devido a esforços externos, que deformam
a estrutura na horizontal. Como cargas de vento, que são distribuídas na sua grande maioria na
horizontal de uma edificação. Essa deformação na horizontal se dá devido a não-linearidade
geométrica NBR 6118 (2014).
Na Figura 5 pode-se observar o deslocamento que a estrutura está sujeita correspondente
a ações horizontais.

Figura 5- Deslocamento da estrutura devido ações horizontais.

Deslocamento horizontal da
Deslocamento
estrutura
horizontal da
estrutura

Carga de vento
eCarga
outras ações
de vento e
outras ações
horizontais
horizontais

Fonte: O AUTOR (2017)

A NBR 6118 (2014) diz que devido a esforços horizontais aplicados na lateral das
edificações as estruturas sempre são calculadas como deslocáveis, o fato da estrutura ser
classificada de nós fixos dispensa apenas os efeitos globais de segunda ordem. A não-
linearidade física e geométrica deve ser obrigatoriamente considerada na análise de estruturas
de nós móveis e no dimensionamento os efeitos globais e locais de segunda ordem.
21

 Não linearidade-física

Segundo a NBR 6118 (2014), a não-linearidade física existe devido a um


comportamento não linear dos materiais que constituem o concreto armado e a deformabilidade
dos elementos deve ser calculadas com base nos gráficos de tensão x deformação.
O deslocamento lateral que sofre uma edificação devido a um determinado esforço afeta
diretamente a rigidez dos membros que constituem a mesma, deve se estimar esta rigidez
através de processos que consideram a não-linearidade física dos materiais que compõem a
estrutura. Esta não linearidade física é um procedimento difícil de ser incorporado em estruturas
de concreto armado de grande porte, devido ao procedimento ser interativo para cada nível da
estrutura e a rigidez ser estabelecida pela quantidade de material que existe nos elementos em
cada pavimento. O escoamento do aço, a fissuração do concreto e a fluência, são efeitos que
existem devido a uma tensão existente nos materiais que constituem o concreto armado e
causam um comportamento não-linear (PINTO,1997).
A figura 6 apresenta dois gráficos de tensão x deformação do concreto, um linear e outro
não-linear.

Figura 6- Diagrama de tensão-deformação do concreto: (a) linear; (b) não-linear.

(a) (b)

Fonte: MONCAYO (2011)


22

 Não linearidade geométrica

No desenvolvimento de projetos relacionados a edifícios altos, deve-se tomar cuidado


com problemas de não-linearidade geométrica, as ações horizontais podem deslocar a estrutura
e os carregamentos verticais atuando na estrutura que foi deslocada pode fazer com que a
mesma entre em colapso. Estruturas com maior rigidez os efeitos da não-linearidade geométrica
são menores em relação a estruturas flexíveis (PINTO e RAMALHO, 2002).
PINTO (1997) afirma que os efeitos da não-linearidade geométrica são determinados
quando se analisa um objeto, que sofre um determinado carregamento na sua posição
deformada. Pode se observar conforme segue:
A Figura 7 representa uma barra vertical que deformou na perpendicular ao plano, a
posição antes da deformação está indicada com linha pontilhada, a posição da barra deformado
com linha continua.

Figura 7- Barra vertical com mudança de projeção no espaço.

FH

Fonte: MONCAYO (2011)

A consequência da não-linearidade geométrica é estabelecida observando a deformação


horizontal que a barra engastada na base e livro no topo sofre, correspondente a um
carregamento no ponto mais elevado da mesma, ou seja, quando se analisa a barra na linha
cheia da figura 7. (MONCAYO, 2011)
Para tornar a observação dos efeitos da não-linearidade geométrica mais objetivos,
considera-se a barra da Figura 8 com ações na horizontal e vertical.
23

Figura 8- Barra vertical submetida a esforços horizontais e verticais.


FV
FH

LE

RH = FH

M1= FH. LE

RV = RV

Fonte: MONCAYO (2011)

Segundo Moncayo (2011), como a barra está engastada na base e livre no seu ponto
mais alto, sofrendo um esforço horizontal no topo, onde uma deformação será gerada, (como
pode-se observar na figura 9) é necessário acrescentar um esforço a mais no momento de
primeira ordem devido a esta não-linearidade geométrica, resultando de momento de primeira
ordem 𝑀1 mais o momento local de segunda ordem 𝑀2 . Identificados conforme segue na figura
9.
A Figura 9 identifica um carregamento aplicado sobre a linha cheia da barra, a distância
deformada também está explicita na figura abaixo.

Figura 9- Barra vertical deformada devido as ações horizontais e verticais.

U FV
FH

LE

RH = FH

M2= FH. LE + FH. U

RV = FV

Fonte: MONCAYO (2011)


24

Através da análise de equilíbrio da estrutura é que a não-linearidade geométrica é


considerada, no momento em que o esforço que causou a deformação é acrescentado no
momento inicial 𝑀1 vindo a ser chamado de momento 𝑀2 (MONCAYO, 2011).

RELACIONAR AS LIGAÇÕES RÍGIDAS OU SEMIRRÍGIDAS COM ESTA ESTABILIDADE GLOBAL QUE


VOCÊ COMENTAR. POR QUE VOCÊ RELATA SOBRE ESTABILIDADE GLOBAL? FAZER ESSA
RELAÇÃO, É IMPORTANTE.

3.4 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES VIGA-PILAR

Segundo Aguiar e El Debs (2009), as ligações são regiões de comportamento variado e


pouco conhecidas, nestas regiões existem grandes concentrações de tensões e com isso é
necessário ter atenção na análise do mesmo. A necessidade de se entender as reações de cada
ligação, principalmente a semirrígida que é de grande importância para o desenvolvimento de
um projeto estrutural mais econômico e que assegura a estabilidade global da estrutura.
Sawasaki (2010), diz que as ligações podem ser classificadas de duas maneiras distintas,
quanto a sua rigidez e quanto a resistência. Quanto a rigidez: ela pode ser considerada: rígida,
semirrígida ou articulada. Devido à resistência: articuladas de resistência total ou articuladas de
resistência parcial.
El Debs (2000) afirma que a definição da deformabilidade de uma ligação é causada
pelo deslocamento dos elementos da ligação, definida por uma força atuando no mesmo sentido
da direção deste deslocamento. A deformação ao momento fletor da ligação viga-pilar, está
associado a rotação da viga em relação a rigidez do nó.
A Figura 10 ilustra a deformação de uma ligação viga-pilar devido a deslocamentos dos
elementos causados pela rotação da viga.

Figura 10- Deformação de uma ligação


25

M
M
M

Ligação indeformável Ligação deformável

Fonte: EL DEBS (2000)

 Ligação rígida

Teoricamente, uma ligação rígida pode ser compreendida, bem como aquela que
assegura a sequência da estrutura ou seja que garante a continuidade da mesma, limitando
totalmente as rotações relativas. Possibilitando assim a transferência total do momento fletor
da viga para o pilar (AGUIAR, 2010).

 Ligação articulada

Quando é permitido rotações na viga e o momento fletor da mesma não é transmitido


para o pilar (AGUIAR, 2010).

 Ligação semirrígida

Ligação entre viga e pilar que possui uma conduta intermediária, ou seja, não é rígida
nem articulada, sendo assim capaz de transferir parcialmente o momento fletor aplicado na viga
para o pilar (AGUIAR, 2010).

3.5 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES VIGA-PILAR SEGUNDO AISC/ASD (1989)

A norma americana “Specification for Structural Steel Buildings” AISC/ASD (1989),


voltada para estruturas de aço, classifica a rigidez da ligação viga-pilar como elementos de tipo
1, tipo 2 e tipo 3 conforme segue:
26

 Tipo 1

Quadro rígido onde o nó de pórtico tem rigidez o suficiente para não alterar os ângulos
originais entre os membros.

 Tipo 2

Enquadramento simples, sem restrições onde a viga é livre para girar sob a carga
gravitacional.
 Tipo 3

Enquadramento semirrígido pressupõem um momento intermediário entre a rigidez do


tipo1 e a flexibilidade do tipo 2.

3.6 LIGAÇÕES SEMIRRÍGIDAS

Como o estudo das ligações semirrígidas era pouco estudado pelos pesquisadores da
área estrutural e muitos questionamentos sobre a mesma foram surgindo com o passar do tempo,
no final do século vinte, mais preciso no ano de mil novecentos e noventa e um o programa
COST C1 ( Controlo of the Semi-rigid Behavior of Civil Engineergin Structural Connections)
foi iniciado com o objetivo de reduzir custo nas estruturas e gerar novos conceitos para a
elaboração de normas, com a participação de vinte e três países o programa foi efetivo por sete
anos onde mais de cento e vinte e cinco pesquisas foram publicadas em diferentes áreas:
estruturas concreto armado, estruturas de aço, estruturas mista e de madeira (AGUIAR, 2010).
No Brasil, a norma NBR 6118 (2014) de concreto mais especificamente no item:
14.6.6.2, diz que é possível reduzir a rigidez de torção das vigas por fissuração, utilizando-se
15% de rigidez elástica ou seja no sistema monolítico de concreto armado pode se reduzir o
momento de engastamento perfeito 15% e assim obter o momento de engastamento parcial já
admitindo a semirrígidez do pórtico.
A Figura 11 ilustra os tipos de rigidez nas ligações em função do momento fletor
existente em um nó de pórtico.

Figura 11- Tipos de rigidez em ligações


27

M Ligação semirrígida
Ligação rígida
Ligação
rígida
Ligação com fraca rigidez

Articulação
(Ligação flexível)


Fonte: EL DEBS (2000)

3.6.1 Formulações para obtenção da semirrígidez no concreto armado

Segundo a NBR 6118 (2014) é possível aplicar a semirrígidez nos pórticos espaciais de
concreto armado utilizando as seguintes formulações:

 Para se obter o momento de engastamento parcial deve se determinar a rigidez da


viga e dos tramos superior e inferior do pilar.

Ii
ri =
Li

ri: É a rigidez no elemento "i" no nó considerado


Ii: Inércia do elemento estudado
Li: É o comprimento dos tramos inferior e superior do pilar ou comprimento da viga

 Para se determinar o momento de engastamento parcial na viga.

𝑟𝑖𝑛𝑓 + 𝑟𝑠𝑢𝑝
𝑀𝑒𝑔𝑝𝑎𝑟 = . 𝑀𝑒𝑔𝑝𝑒𝑟𝑓
𝑟𝑠𝑢𝑝 + 𝑟𝑖𝑛𝑓 + 𝑟𝑣𝑖𝑔𝑎

 Para se determinar o momento de engastamento parcial no tramo superior do


pilar.
28

𝑟𝑠𝑢𝑝
𝑀𝑠𝑢𝑝 = . 𝑀𝑒𝑔𝑝𝑒𝑟𝑓
𝑟𝑠𝑢𝑝 + 𝑟𝑖𝑛𝑓 + 𝑟𝑣𝑖𝑔𝑎

 Para se determinar o momento de engastamento parcial no tramo inferior do pilar.

𝑟𝑖𝑛𝑓
𝑀𝑖𝑛𝑓 = . 𝑀𝑒𝑔𝑝𝑒𝑟𝑓
𝑟𝑠𝑢𝑝 + 𝑟𝑖𝑛𝑓 + 𝑟𝑣𝑖𝑔𝑎

Espaçamento

A Figura 12 demonstra a localização dos tramos superior e inferior e o comprimento da


viga, necessário para aplicar nas formulações.

Figura 12- Tramos superior e inferior de pilar de concreto.

l sup
2

l inf Viga
l viga
2

Pilar
Fonte: O AUTOR (2017)
29

4. MÉTODO

Neste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos da pesquisa, como o


dimensionamento da estrutura com nós rígidos e semirrígidos, além de realizar uma análise
comparativa dos resultados. Para que a pesquisa seja realizada de maneira organizada e clara,
faz-se necessário delinear a mesma.
A natureza da pesquisa pode ser: básica ou aplicada. Segundo Gil (2008), a pesquisa
básica busca o progresso da ciência, desenvolver conhecimento científico sem preocupação
direta com sua aplicação na prática, por sua vez a pesquisa aplicada utiliza os conhecimentos
decorrentes da pesquisa básica onde tem como característica fundamental a aplicação destes
conhecimentos na prática. Esta pesquisa é de natureza básica, pois seu objetivo é gerar
conhecimento para contribuir com o avanço ciência sem aplicação prevista na prática.
A análise do conteúdo pode ser quantitativa ou qualitativa: análise quantitativa, requer
o uso de técnicas estatísticas (moda, mediana, porcentagem) e uma das estratégias para a análise
quantitativa é do aparelhamento, que consiste em associar os dados recolhidos a um modelo
com finalidade de compará-los. A análise qualitativa é menos formal e depende de muitos
fatores, tais como, a natureza dos dados coletados, extensão da amostra, instrumentos de
pesquisa e os pressupostos teóricos que nortearam a investigação. Pode então definir este
processo como uma sequência de atividades que não dependem de técnicas estatísticas (GIL,
2002). A pesquisa em questão é do tipo qualitativa e quantitativa. Qualitativa pois não utiliza
nenhum método estatístico para a avaliação dos dados e sim uma sequência de atividades que
deve ser seguida, onde o pesquisador é o instrumento essencial para a realização da mesma. É
30

quantitativa, pois a utilização de um software de dimensionamento estrutural que apresente


resultados numéricos é imprescindível para a realização da mesma.
O propósito deste estudo é realizar uma pesquisa exploratória. Segundo Gil (2002), este
tipo de estudo proporciona maior familiaridade com o problema, tem como principal objetivo
o aprimoramento de ideias ou a descoberta de novos métodos de aplicações.
Pesquisa experimental é o conteúdo que mais se aproxima deste trabalho. Segundo Gil
(2002), este tipo de pesquisa consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as
variáveis que são capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos
efeitos que a variável produz no objeto. Pode ser desenvolvida em qualquer lugar, desde que
apresente as seguintes propriedades: manipulação, controle e distribuição aleatória.

4.1 PLANO DE COLETA E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

4.1.1. População e amostra

Serão analisadas todas as ligações de vigas e pilares de uma edificação de oito


pavimentos, primeiramente as ligações rígidas, posteriormente as semirrígidas e por fim
compará-las.
A Figura 13 apresenta a planta baixa do pavimento térreo da edificação que será
analisada.

Figura 13- Planta baixa térreo.


31

J=1.40X1.10/1.10

ESCADA
A=13.00m²

ELEVADOR DESCE SOBE


CAP: 8 Pessoas

J=1.60X1.30/0.90 J=1.60X1.30/0.90
J=1.00X0.60 P=1.60

P=0.60x2.20
Lavabo
A=01.82m²

J=1.00X0.60 P=1.60
J=1.00X0.60 P=1.60

A A
Lavabo
J=1.00X0.60 P=1.60

J=1.00X0.60 P=1.60
A=01.82m²

Academia
A=70.13m² HALL
A=37.70m² Brinquedoteca Salão de Festas
A=19.50m² A=70.13m²

Vest. MASC. Vest. FEM.


A=04.50m² A=06.45m²

J=4.50X2.10 P=10 J=4.40X2.10 P=10 J=4.40X2.10 P=10 J=4.50X2.10 P=10

J=0.60X0.60/1.50 J=0.60X0.60/1.50 J=2.00X0.70/1.50

B PLANTA BAIXA TÉRREO


A=277.30m²

Fonte: O autor

A Figura 14 apresenta a planta baixa do pavimento tipo da edificação que será estudada.

Figura 14- Planta baixa térreo.

J=1.40X1.10/1.10

ESCADA
A=13.00m²

N ELEVADOR DESCE SOBE


CAP: 8 Pessoas
P=0.90x2.20

J=1.60X1.30/0.90 J=1.60X1.30/0.90

Sala Estar/Jantar Sala Estar/Jantar


A=23.15m² A=23.15m²
Cozinha/Serviço Cozinha/Serviço
A=8.33m² A=8.33m²
A Sacada Sacada A
GUARDA CORPO H=1.20m

A=7.74m² A=7.74m²

Estar e Jantar Estar e Jantar


P=1.60X2.20

P=1.60X2.20

A=22.75m² A=22.75m²

Circ. Circ.
A=1.18m² A=1.18m²
J=1.60X1.30/0.90
P=0.60x2.20

P=0.60x2.20

Dormitório Suíte Suíte Dormitório


A=09.10m² A=10.68m² A=10.68m² A=09.10m²
WC WC WC WC
A=02.70m² A=02.70m² A=02.70m² A=02.70m²

J=1.60X1.30/0.90 J=1.60X1.30/0.90
WC Dormitório Dormitório WC
J=0.60X0.60/1.60 J=0.60X0.60/1.60
A=03.05m² A=09.10m² A=09.10m² A=03.05m²
J=0.60X0.60/1.60 J=0.60X0.60/1.60
Coz./A.S Coz./A.S
A=6.70m² A=6.70m²

J=1.60X1.10/1.10 J=0.60X0.60/1.60 J=1.60X1.30/0.90 J=1.60X1.30/0.90 J=0.60X0.60/1.60 J=1.60X1.10/1.10


PLANTA BAIXA TIPOx7-2º ao 8º
A=277.30m²
B

Fonte: O autor
32

A Figura 15 apresenta a planta baixa do pavimento garagem da edificação que será


estudada.

Figura 15- Planta baixa garagem.

N
B

BOX 01 BOX 02 BOX 03 BOX 04 BOX 05 BOX 06 BOX 07 BOX 08 BOX 09 BOX 10 BOX 11 BOX 12 BOX 13
5.00

BOX 14 BOX 15 BOX 16 BOX 20 BOX 21 BOX 22 BOX 23

4.09
ESCADA
A=13.00m²

ELEVADOR DESCE SOBE


CAP: 8 Pessoas
P=0.90x2.20

A A
7.06 BOX 17 BOX 18 BOX 19 BOX 24 BOX 25 BOX 26 BOX 27
5.00

SAÍDA ENTRADA

B
PLANTA BAIXA SUBSOLO
A=780.00m²

Fonte: O autor

A Figura 16 demonstra a planta baixa do pavimento térreo pronta para receber os


elementos estruturais.

Figura 16- Planta baixa térreo sem esquadrias e mobília.


33

Fonte: O AUTOR (2017)

A Figura 17 demonstra a planta baixa do pavimento tipo pronta para receber os


elementos estruturais.

Figura 17- Planta baixa tipo sem esquadrias e mobília.

Fonte: O AUTOR (2017)

A Figura 18 demonstra a planta baixa do pavimento garagem pronta para receber os


elementos estruturais.
34

Figura 18- Planta baixa garagem sem esquadrias e mobília.

Fonte: O AUTOR (2017)

A Figura 19 demonstra o corte AA do edifício estudado.

Figura 19- Corte AA


2.65
2.65
2.65
2.65
2.65
2.65
2.65

Sacada Cozinha Estar/Jantar Corredor de Acesso Corredor de Acesso Estar/Jantar Cozinha Sacada
2.65

0.15

Academia Vest. Hall Brinquedoteca Salão de Festas

-2.65

Subsolo BOX 17 BOX 18 BOX 19 BOX 24 BOX 25 BOX 26 BOX 27

Corte AA'

Fonte: O AUTOR (2017)


A Figura 20 demonstra o corte BB do edifício estudado.

Figura 20- Corte BB


35

Dormitório Estar/Jantar Circ.

Dormitório Estar/Jantar Circ.

Dormitório Estar/Jantar Circ.

Dormitório Estar/Jantar Circ.

Dormitório Estar/Jantar Circ.

Dormitório Estar/Jantar Circ.

Dormitório Estar/Jantar Circ.

0.15

Hall

-2.65

Subsolo

Corte BB'

Fonte: O AUTOR (2017)

A Figura 21 demonstra a fachada principal do edifício estudado.

Figura 21- Fachada principal

Fachada

Fonte: O AUTOR (2017)


A Figura 22 demonstra a fachada lateral do edifício estudado.
Figura 22- Fachada lateral
36

Fachada Lateral

Fonte: O AUTOR (2017)

4.1.2. Cenário de pesquisa

A pesquisa será realizada em um ambiente virtual, e pode ser realizada em qualquer


cidade ou local, desde que a tecnologia necessária para realizar a mesma esteja em perfeitas
condições de uso.
Indicar que as pranchas estão em CD anexo. É preciso identificar as cotas.

4.1.3. Variáveis analisadas

A única variação neste estudo é da vinculação adotada, rígida ou semirrígida. A seção


dos pilares, vigas e os vãos do projeto estrutural permanecerão os mesmos para as duas
vinculações. Independentemente se existir ou não diferença significativa na variação de
materiais entre as duas ligações, o quantitativo dos insumos é uma variável que será analisada
para ambas considerações.

Cuide os espaçamentos em geral

4.1.4 Coleta de dados e instrumento de coleta


37

O dimensionamento da estrutura será realizado utilizando o Eberick v10 (software de


dimensionamento de estrutura de concreto armado) da empresa Altoqi-Software para
engenharia. O mesmo apresentará as pranchas com os dados da área de aço de cada viga e pilar
de acordo com o tipo de vinculação adotada e detalhamento.

4.1.5 Instrumento de análise utilizados

Será feito uma análise comparativa entre os dados gerados pelo software Eberick nas
ligações rígidas e semirrígidas, ou seja, uma comparação das pranchas com os dados da área
(acho que consumo de aço fica melhor) de aço, metros cúbicos de concreto e metros quadrados
de madeira.
..." uma comparação das pranchas com os dados do consumo de aço, concreto e madeira das
fôrmas"
38

4.2 LANÇAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

A estrutura foi lançada respeitado os critérios da NBR 6118 (2014), área da seção dos
pilares não pode ser menor que 361cm² a seção transversal das viga não pode apresentar largura
menor que 12 cm, a laje maciça de cobertura não em balanço deve ter espessura de no mínimo
7 cm, laje de piso não em balanço espessura mínima é de 8 cm, a velocidade (básica?) do vento
para a cidade de Passo Fundo que será considerado nesta pesquisa é de 45m/s. Os elementos
estruturais foram lançados da esquerda para a direita de cima para baixo como pode se observar
nas plantas de forma em anexo a seguir.
Em anexo no CD as 9 plantas de forma da edificação estudada e as 7 plantas do projeto
arquitetônico, em formato A2:

4.3 DIMENSIONAMNETO DA ESTRUTURA COM NÓS RÍGIDOS

A estrutura foi processada primeiramente considerando as ligações de vigas e pilares


como elementos cem por cento rígido, onde com auxílio do software foi calculado a área (bitola)
e o tipo de aço (foi calculado o tipo de aço??) para cada pilar e viga da edificação de oito
pavimentos, o volume de concreto e os metros quadrados de madeira para as formas também
foram calculados.
A seguir (a seguir não. A seguir aonde?) em anexo em no CD, apresenta-se 13 pranchas,
em formato A0, com os dados da área de aço, volume de concreto e metros quadrados de
madeira das formas dos pilares e vigas que constitui os nós rígidos deste projeto.

Não tem uma imagem do pórtico 3D para colocar?


4.4 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA COM NÓS SEMIRRÍGIDOS

Após ter processado a estrutura com nós rígidos, foi dimensionada a estrutura
considerando as ligações de vigas e pilares como elementos semirrígidos, admitindo se quinze
por cento de semirrígidez conforme indicado na NBR 6118 (2014).
39

A seguir em anexo no CD, apresenta-se 13 pranchas, em formato A0, com os dados da


área de aço, volume de concreto e metros quadrados de madeira das formas dos pilares e vigas
que constitui os nós semirrígidos deste projeto.

Se você já está apresentando os resultados e os analisando, trata-se agora do item 5.


Análise e apresentação dos resultados
4.5 RESULTADO FINAL

4.5.1 Consumo de materiais por pavimento em virtude da vinculação adotada

A seguir, apresenta-se em forma de tabela o quantitativo de matérias por pavimento na


edificação estudada, considerando os nós de pórticos como elementos rígidos.
Não quebre uma tabela em mais de uma página
Tabela 1- Consumo de materiais por pavimento, nós rígidos (e das lajes, não?)

Área de
Pavimento Elemento Peso do aço Volume de
forma Consumo de
Concreto
+10 % (kg) (m²) aço (kg/m³)
(m³)
Vigas 74.7 1.7 22.7 44.9
Reservatório Pilares 105.1 1.2 20.0 87.6
Total 179.8 2.9 42.7 62.8
Vigas 1152.3 19.3 244.9 59.8
Tipo 6 Pilares 1068.9 8.0 118.5 133.4
Total 2221.2 27.3 363.4 81.4
Vigas 1452.0 19.0 241.6 76.4
Tipo 5 Pilares 1008.0 8.4 122.4 119.9
Total 2459.9 27.4 364.1 89.7
Vigas 1483.9 19.1 242.4 77.8
Tipo 4 Pilares 1019.1 9.0 128.0 113.7
Total 2503.0 28.0 370.4 89.3
Vigas 1530.3 19.1 242.7 80.2
Tipo 3 Pilares 1023.6 9.4 131.9 109.4
Total 2553.9 28.5 374.7 89.8
Vigas 1593.2 19.2 243.6 83.2
Tipo 2 Pilares 1304.9 10.1 139.8 128.7
Total 2898.1 29.3 383.3 98.9
Tipo 1 Vigas 1631.9 18.8 239.2 86.7
40

Pilares 733.4 8.7 114.7 84.8


Total 2365.3 27.5 353.9 86.1
Vigas 2006.3 39.6 457.1 50.7
Térreo Pilares 1477.2 19.4 247.1 76.2
Total 3483.5 59.0 704.2 59.1
Vigas 1900.8 38.9 450.3 48.9
Garagem Pilares 581.1 6.5 82.4 89.9
Total 2481.9 45.4 532.7 54.7
Fonte: O AUTOR (2017)
Apresenta-se em forma de tabela o quantitativo de materiais por pavimento na
edificação estudada, considerando os nós de pórticos como elementos semirrígidos.

Tabela 2-Consumo de materiais por pavimento, nós semirrígidos

Pavimento Elemento Peso do aço Volume de Área de Consumo de


forma
concreto
+10 % (kg) (m²) aço (kg/m³)
(m³)

Reservatório Vigas 74.0 1.7 22.7 44.7

Pilares 105.1 1.2 20.0 87.6


Total 179.1 2.9 42.7 62.7
Tipo 6 Vigas 1141.0 19.3 244.9 59.2

Pilares 1045.0 8.0 118.5 130.4

Total 2186.0 27.3 363.4 80.1


Tipo 5 Vigas 1443.9 19.0 241.6 76.0
Pilares 1033.4 8.3 122.4 123.8
Total 2477.3 27.4 364.1 90.6
Tipo 4 Vigas 1472.2 19.1 242.4 77.2
Pilares 1038.4 8.9 128.0 116.5
Total 2510.5 28.0 370.4 89.7
Vigas 1456.0 19.1 242.7 76.3
Tipo 3 Pilares 979.0 9.2 131.9 105.9
Total 2435.0 28.3 374.7 86.0
Vigas 1512.9 19.2 243.6 79.0
Tipo 2 Pilares 1272.9 10.1 139.8 125.5
Total 2785.9 29.3 383.3 95.1
Vigas 1652.1 19.4 239.2 85.4
Tipo 1
Pilares 729.4 8.7 114.7 84.3
41

Total 2381.5 28.0 353.9 85.0

Vigas 1971.4 39.6 457.1 49.8


Térreo
Pilares 1468.9 19.4 247.1 75.7
Total 3440.3 59.0 704.2 58.3
Vigas 1893.9 38.9 450.3 48.7
Garagem Pilares 582.0 6.5 82.4 90.0
Total 2475.9 45.4 532.7 54.6
Fonte: O AUTOR (2017)

4.5.2 Quantitativos de materiais e análise comparativa entre as vinculações adotadas,


rígidas e semirrígidas

A tabela a seguir apresenta o quantitativo de materiais informando o diâmetro da barra,


tipo de aço, resistência a compressão do concreto e o consumo de madeira obtido considerando
os nós de pórticos como elementos rígidos.

Tabela 3-Quantitativo de materiais, nós rígidos

Diâmetro Peso + 10 % (kg)


Aço
(mm) Vigas Pilares Total
CA50 6.3 669.5 669.5
CA50 8.0 2497.1 2497.1
CA50 10.0 3265.7 321.1 3586.8
CA50 12.5 1863.5 5478.0 7341.5
CA50 16.0 1801.1 460.7 2261.8
CA50 20.0 628.1 432.5 1060.6
CA60 5.0 2068.7 1629.0 3697.7
CA60 6.0 31.7 31.7

Vigas Pilares Total


Peso total CA50 10725.0 6692.3 17417.3
+ 10% (kg) CA60 2100.3 1629.0 3729.4
Total 12825.4 8321.3 21146.7
C-25 17.6 17.6
Volume concreto C-30 28.5 28.5
(m³) C-35 194.6 34.5 229.1
Total 194.6 80.6 275.2
42

Área de forma (m²) 2384.6 1104.8 3489.5


Consumo de aço (kg/m³) 65.9 103.2 76.9
Fonte: O AUTOR (2017)

Apresenta o quantitativo de materiais informando o diâmetro da barra, tipo de aço,


resistência à compressão do concreto e o consumo de madeira obtido considerando os nós de
pórticos como elementos semirrígidos.

Tabela 4-Quantitativo de materiais, nós semirrígidos

Diâmetro Peso + 10 % (kg)


Aço
(mm) Vigas Pilares Total
CA50 6.3 685.0 7.5 692.5

CA50 8.0 2632.7 2632.7

CA50 10.0 3102.8 319.7 3422.5


CA50 12.5 2433.3 5399.1 7832.3
CA50 16.0 1353.9 716.3 2070.2
CA50 20.0 306.0 116.4 422.4
CA50 25.0 85.0 85.0
CA60 5.0 2072.5 1610.2 3682.7
CA60 6.0 31.2 31.2
Vigas Pilares Total
Peso total CA50 10513.7 6644.0 17157.7
+ 10% (kg) CA60 2103.7 1610.2 3713.9
Total 12617.4 8254.2 20871.5
C-25 17.6 17.6
Volume concreto C-30 28.3 28.3
(m³) C-35 195.1 34.5 229.6
Total 195.1 80.4 275.5
Área de forma (m²) 2384.6 1104.8 3489.5

Consumo de aço (kg/m³) 64.7 102.7 75.8


Fonte: O AUTOR (2017)

A seguir a análise comparativa, aço ca-50, ca-60, m² de madeira e m³ de concreto

Tabela 5-Análise comparativa


43

Resultado final CA-50 (kg) CA-60 (kg) m² madeira m³ concreto


Nós rígidos 17417.3 3729.4 3489.5 275,2
Nós semirrígidos 17157.7 3713.9 3489.5 275,5
Diferença 259,6 15,5 0 0,3
Fonte: O AUTOR (2017)

4.5.3 Representação gráfica dos resultados obtidos


CA maiúsculo
A figura 23 apresenta de forma gráfica a quantidade de aço ca-50 em virtude da
vinculação adotada e a diferença entre as mesmas.

Figura 23-Quilogramas de aço ca-50 em relação à vinculação

CA-50 (kg)
18000
16000 17417.3 17157.7
14000
12000
10000
Nós rígidos Nós semirrígidos
8000
6000
4000
2000
0
1 2

Fonte: O AUTOR (2017)

A figura 24 apresenta a quantidade de aço ca-60 em relação à vinculação adotada e a


diferença entre as mesmas.

Figura 24-Quilograma de aço ca-60 em virtude da vinculação (em função; não em virtude)
44

CA-60 (kg)
4000
3500 3729.4 3713.9
3000
2500
Nós rígidos Nós semirrígidos
2000
1500
1000
500
0
1 2

Fonte: O AUTOR (2017)


A figura 25 apresenta de forma gráfica a quantidade de madeira em virtude da
vinculação adotada e a diferença entre as mesmas.
Pq não usa fundo branco? Menos colorido é melhor
Figura 25-Quantidade de madeira em virtude da vinculação

m² madeira
4000
3500
3489.5 3489.5
3000
2500 Nós rígidos Nós semirrígidos
2000
1500
1000
500
0
1 2

Fonte: O AUTOR (2017)

A figura 26 apresenta o volume de concreto em relação à vinculação adotada e a


diferença entre as mesmas.

Figura 26-Volume de concreto em relação a vinculação utilizada


45

m³ concreto
300

250 275.2 275.5

200
Nós rígidos Nós semirrígidos
150

100

50

0
1 2

Fonte: O AUTOR (2017) APRESENTE AS DIFERENÇAS PERCENTUAIS

4.5.4 Estudo de custos, estrutura de nós rígidos

A tabela a seguir apresenta os quilogramas de aço ca-50 em relação ao diâmetro das


barras de aço utilizados neste projeto considerando nós rígidos, assim foi realizado o estudo de
custo utilizando a tabela sinapi do mês de agosto de 2017.

Tabela 6- Estudo de custo aço ca-50

Nós Rígidos - CA-50


Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017

Código Diâmetro (mm) (kg) de aço Preço por (kg) Total


32 6.3 669,5 R$ 3,51 R$ 2.349,95
33 8.0 2497,1 R$ 3,94 R$ 9.838,57
34 10.0 3586,8 R$ 3,35 R$ 12.015,78
31 12,5 7341,5 R$ 3,19 R$ 23.419,39
27 16.0 2261,8 R$ 3,19 R$ 7.215,14
29 20.0 1060,6 R$ 2,98 R$ 3.160,59
TOTAL R$ 57.999,41
Fonte: O AUTOR (2017)
46

A tabela 7 expõem os quilogramas de aço ca-60 em virtude ao diâmetro das barras


utilizados neste projeto, considerando nós rígidos, o estudo de custo foi realizado usando a
tabela sinapi do mês de agosto de 2017.

Tabela 7- Estudo de custo aço-60

Nós Rígidos - CA-60


Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017
Código Diâmetro (mm) (kg) de aço Preço por (kg) Total
39 5.0 3697,7 R$ 3,32 R$ 12.276,36
40 6.0 31,7 R$ 3,40 R$ 107,78
TOTAL R$ 12.384,14

Fonte: O AUTOR (2017)

A tabela 8 exibe o volume de concreto utilizado neste projeto em relação à resistência à


compressão do mesmo, estudo de custo foi realizado utilizando a tabela sinapi do mês de agosto
de 2017.

Tabela 8- Estudo de custo do volume de concreto em relação a resistência a compressão

Nós Rígidos-Concreto usinado bombeável, com serviço de bombeamento


Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017
Código Fck do concreto Volume (m³) Preço por m³ Total
1527 C-25 17,6 R$ 328,26 R$ 5.777,38
1525 C-30 28,5 R$ 339,31 R$ 9.670,34
11145 C-35 229,1 R$ 351,47 R$ 80.521,78

TOTAL R$ 95.969,49
Fonte: O AUTOR (2017)

A tabela 9 exibe a área de forma necessária para este projeto, o estudo de custo foi
realizado utilizando a tabela sinapi do mês de agosto de 2017.

Tabela 9- Estudo de custo área de forma

Nós Rígidos - Chapa de madeira compensada resinada para forma de concreto 14 mm


Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017
47

Código Área de forma (m²) Valor por m² Total


1355 3489,5 R$ 20,63 R$ 71.988,39
Fonte: O AUTOR (2017)

A tabela 10 apresenta o custo total de insumos necessários para a estrutura de nós


rígidos.

Tabela 10- Custo total estrutura de nós rígidos

Custo de materiais da estrutura de nós rígidos (pilares e vigas)


Total R$ 238.341,43
Fonte: O AUTOR (2017)

4.5.5 Estudo de custos, estrutura de nós semirrígidos

A tabela a seguir apresenta os quilogramas de aço ca-50 em relação ao diâmetro das


barras de aço utilizados neste projeto, considerando nós semirrígidos, assim foi realizado o
estudo de custo utilizando a tabela sinapi do mês de agosto de 2017.

Tabela 11-Estudo de custos aço ca-50

Nós semirrígidos - CA-50


Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017

Código Diâmetro (mm) (kg) de aço Preço por (kg) Total

32 6.3 692,5 R$ 3,51 R$ 2.430,68


33 8.0 2632,7 R$ 3,94 R$ 10.372,84
34 10.0 3422,5 R$ 3,35 R$ 11.465,38
31 12,5 7832,3 R$ 3,19 R$ 24.985,04
27 16.0 2070,2 R$ 3,19 R$ 6.603,94
29 20.0 422,4 R$ 2,98 R$ 1.258,75
28 25.0 85 R$ 3,44 R$ 292,40
TOTAL R$ 57.409,02
Fonte: O AUTOR (2017)
48

A tabela 12 expõem os quilogramas de aço ca-60 em virtude ao diâmetro das barras


utilizados neste projeto, considerando nós semirrígidos, o estudo de custo foi realizado usando
a tabela sinapi do mês de agosto de 2017.

Tabela 12- Estudo de custo aço-60

Nós semirrígidos - CA-60


Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017 ver fonte
Código
Diâmetro (mm) (kg) de aço Preço por (kg) Total
39 5.0 3682,7 R$ 3,32 R$ 12.226,56
40 6.0 31,2 R$ 3,40 R$ 106,08

TOTAL R$ 12.332,64
Fonte: O AUTOR (2017)
A tabela 13 exibe o volume de concreto utilizado neste projeto em relação a resistência
a compressão do mesmo, estudo de custo foi realizado utilizando a tabela sinapi do mês de
agosto de 2017.

Tabela 13-Estudo de custo do volume de concreto em relação a resistência a compressão

Nós semirrígidos-Concreto usinado bombeável, com serviço de bombeamento


Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017
Código Fck do
concreto Volume (m³) Preço por m³ Total
1527 C-25 17,6 R$ 328,26 R$ 5.777,38
1525 C-30 28,3 R$ 339,31 R$ 9.602,47
11145 C-35 229,6 R$ 351,47 R$ 80.697,51
TOTAL R$ 96.077,36

Fonte: O AUTOR (2017)

A tabela 14 exibe a área de forma necessária para este projeto, o estudo de custo foi
realizado utilizando a tabela sinapi do mês de agosto de 2017.

Tabela 14-Estudo de custo área de forma

Nós semirrígidos - Chapa de madeira compensada resinada para forma de concreto 14


mm
Estudo de custo, tabela sinapi agosto de 2017
49

Código Área de forma (m²) Valor por m² Total

1355 3489,5 R$ 20,63 R$ 71.988,39


Fonte: O autor

A tabela 15 apresenta o custo total de insumos necessários para a estrutura de nós


semirrígidos.

Tabela 15-Custo total estrutura de nós semirrígidos

Custo de materiais da estrutura semirrígida (pilares e vigas)


Total R$ 237.807,41
Fonte: O AUTOR (2017)

4.5.6 Análise comparativa de custos

A tabela a seguir apresenta uma análise comparativa de custos da estrutura com nós
rígidos em relação a estrutura de nós semirrígidos, o valor dos insumos foi calculado utilizando
a tabela sinapi do mês de agosto de 2017.

Tabela 16- Análise de custos

Análise comparativa de custos


Nós rígidos Material Custo
Aço ca-50 R$ 57.999,41
Aço ca-60 R$ 12.384,14
Concreto R$ 95.969,49
Madeira R$ 71.988,39
Total R$ 238.341,43
Nós semirrígidos Material Custo
Aço ca-50 R$ 57.409,02
Aço ca-60 R$ 12.332,64
Concreto R$ 96.077,36
Madeira R$ 71.988,39
Total R$ 237.807,41
Diferença de custo R$ 534,03
Fonte: O AUTOR (2017)
50

5. CONCLUSÃO

O desenvolvimento da construção civil com a chega de novas tecnologias, que visam


qualidade, agilidade e percentual de lucro maiores, diminuindo as perdas nas obras atraem cada
vez mais pesquisa desta natureza. É pensado nisso que o presente trabalho buscou dimensionar
e analisar uma mesma estrutura variando as vinculações para os nós de pórticos com auxílio da
tecnologia, visando a possiblidade de reduzir custos de matérias nas estruturas de concreto
armado.
O dimensionamento dos nós de pórticos rígidos, apresentou resultados diferentes em
relação aos nós de pórticos semirrígidos. Como foi reduzido o momento de engastamento
perfeito quinze por cento na estrutura semirrígida e mantido a mesma seção de pilares e vigas
nas duas vinculações, o aço ca-50 foi o material que apresentou maior redução, para a
vinculação rígida o quantitativo de aço ca-50 necessário para a estrutura é de 17417.3
quilogramas, já para a vinculação semirrígida a quantidade de aço ca-50 necessário na estrutura
é de 17157.7 quilogramas, uma diferença de 259.6 quilogramas, o aço ca-60 também
apresentou uma diferença porém bem menor, de 3729.4 quilograma nas estrutura rígida para
3713.9 quilogramas na estrutura semirrígida, uma diferença de 15.5 quilogramas, o volume de
concreto e os metros quadrados de madeira permaneceram praticamente o mesmo para ambas
51

as vinculação, pois a seção de pilares e vigas foram mantidos as mesmas para as duas
considerações. Parágrafo muito grande e sem pontuação adequada.
O custo dos materiais também foi estudado nesta pesquisa e o levantamento foi realizado
utilizando a tabela sinapi do mês de agosto de 2017. O aço ca-50 foi o insumo que apresentou
maior variação de custo, na estrutura rígida são necessários 57.999,41 reais para adquirir a
quantidade de aço da mesma, já na estrutura semirrígida o custo de aço ca-50 é de 57.409,02
reais. O aço ca-60 na vinculação rígida apresentou um custo de 12.384,14 reais, na semirrígida
um custo de 12.332,64 reais. O custo do volume de concreto na estrutura rígida é de 95.969,49
reais e na semirrígida 96.077,36 reais. O valor dos metros quadrados de madeira necessário nas
vinculações rígidas é de 71.988,39 reais e na semirrígida manteve-se o mesmo valor. A
diferença total de valor de uma estrutura para outra é de 534,03 reais, a estrutura rígida necessita
de maior aquisição financeira para ser executada em relação a estrutura semirrígida.
Por fim, entende-se que esta pesquisa proporcionou um maior conhecimento a respeito
da rigidez e semirrígidez nas estruturas de concreto armado, proporcionando maior clareza entre
a diferença de optar por uma vinculação à outra. As cargas não se alteram em nem uma das
considerações, permanecem as mesmas para ambas e por mais que a diferença do quantitativo
de materiais e do custo seja pequena, a economia existe devido a redistribuição dos esforços na
estrutura semirrígida, onde pode se perceber por exemplo: na tTabela 11 do item 4.5.5 que um
diâmetro a mais de bitola foi inserido no dimensionamento da estrutura semirrígida.
Comparando as prancham consideradas rígidas e semirrígidas que estão em anexo com os dados
do detalhamento, pode se perceber que algumas vigas diminuíram significativamente a
quantidade de aço e outras aumentaram, tornando assim o processo de decalagem mais
uniforme(?), provando desta maneira que na estrutura semirrígida existem uma redistribuição
dos esforços que gera uma pequena economia. Deixe claro que isso se aplicou no seu trabalho,
que não há generalização.
52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Aurélio Barros; DEBS, Mounir Khalil El. Comportamento de ligações viga-pilar
parcialmente resistentes a momento fletor mediante chumbadores grauteados. 2009.

AGUIAR, Eduardo Aurélio Barros. Comportamento de chumbadores grauteados de


ligações viga-pilar parcialmente resistentes a momento fletor. 2010

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capacidade resistente de nós de pórtico externo de concreto armado. 2005.

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ARAÚJO, José Milton de. Curso de concretos armado. 4. ed. Rio Grande: Dunas, 2014. 1 v.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118:2014: Projeto de


estruturas de concreto. 3 eds. Rio de Janeiro, 2014. 238 p.

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GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas,
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PINTO, Rivelli da Silva. Não linearidade-física e geométrica no projeto de edifícios usuais


de concreto armado. 1997. 108 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil,
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PINTO, Rivelli da Silva; RAMALHO, Marcio Antônio. Não linearidade-física e geométrica


no projeto de edifícios usuais de concreto armado. 2002.

SAWASAKI, Fábio Yoshio. Estudo teórico experimental de ligação viga pilar com
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188 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 2010.

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