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1

Governador

João Doria

Secretário da Educação

Rossieli Soares

Secretário Executivo

Haroldo Corrêa Rocha

Chefe de Gabinete

Renata Hauenstein

Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB

Caetano Siqueira

Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação Básica –


DEGEB

Herbert Gomes da Silva

Centro do Ensino Fundamental dos Anos Finais, do Ensino Médio e da Educação


Profissional – CEFAF

Ana Joaquina Simões Sallares de Mattos Carvalho


3

Professoras e professores,

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo considera fundamental as ações


colaborativas na rede de ensino para a consolidação de políticas educacionais voltadas à
qualidade da aprendizagem dos alunos. A colaboração dos professores na construção de
materiais de apoio articula o Currículo proposto com a prática pedagógica, onde a
aprendizagem ocorre nos espaços escolares. Esse é o desafio para 2019.
A Educação Paulista, nos últimos anos, passou da universalização da Educação
Básica, etapa praticamente vencida, para a construção de uma escola de qualidade, em que
os gestores, os professores e os alunos, sujeitos do processo educativo, e que levam o ensino
à aprendizagem profícua, possam encontrar espaço efetivo para o desenvolvimento pessoal
e coletivo, na perspectiva democrático-participativa. Nesse sentido, desde 2008, foi
implementado o Currículo Oficial do Estado de São Paulo, com o apoio dos materiais didáticos
do Programa São Paulo Faz Escola.
Após dez anos da implantação do Currículo os materiais de apoio foram importantes,
no sentido de fornecer subsídios necessários para orientações e ações pedagógicas em sala
de aula que, pelo histórico, sempre se resguardaram na convergência das políticas públicas
educacionais em prol da aprendizagem à luz das diretrizes do Currículo Oficial do Estado de
São Paulo.
Em 2019, um ano de transição, os materiais de apoio devem ser reconstruídos à luz
da Base Nacional Comum Curricular - BNCC e do Currículo Paulista, que representa um novo
período educacional, marcado pelo regime de colaboração entre o Estado e os Municípios.
Reafirmando os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em
seu trabalho, atribuindo significado e assegurando a construção colaborativa, apresentamos
o Guia de Transição do São Paulo faz Escola, que tem como objetivo orientar diversas práticas
e metodologias em sala de aula, que sirvam como ponto de partida para a construção dos
novos materiais em 2020, com a participação de todos.
Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com as equipes
curriculares da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica, apresentam sugestões que
podem ser adequadas, redefinidas e reorientadas a partir da prática pedagógica, e, importante
ressaltar, que para sua implementação na sala de aula, teremos como protagonistas os
professores e os alunos.
Juntos podemos redefinir o papel da escola, fortalecendo-a como uma instituição
pública acessível, inclusiva, democrática e participativa, com a responsabilidade de promover
a permanência e o bom desempenho de toda a sua população estudantil.
Contamos com o engajamento e a participação de todas e todos!

Caetano Siqueira
Coordenador da CGEB
4

Apresentação

O Guia de Transição é um documento que transpassa o Currículo Oficial do Estado de


São Paulo, a Base Nacional Comum Curricular - BNCC e o Currículo Paulista, fundamentando
as ações para a implementação de novos materiais de apoio ao professor do Ensino
Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio. O conjunto do guia, em dois volumes, é
composto por 4 cadernos de orientações para o professor, por área de conhecimento.

Espera-se que esses materiais de cada componente possam ser adaptados e


reeditados pelo professor conforme o desenvolvimento das atividades realizadas com seus
alunos.

Em cada caderno do guia, são apresentadas orientações pedagógicas, metodológicas


e de recursos didáticos, conjunto de competências e habilidades a serem desenvolvidas no
percurso escolar, incluindo em seus tópicos a avaliação e a recuperação. Além de apoiar a
prática docente, oferecem fundamentos importantes para as ações de acompanhamento
pedagógico e de formação continuada, que contam com a mediação dos Professores
Coordenadores, dos Supervisores de Ensino, dos Diretores do Núcleo Pedagógico e dos
Professores Coordenadores do Núcleo Pedagógico, alinhando-se ao planejamento escolar
2019.

É importante ressaltar que as orientações e atividades foram construídas pela rede


estadual, o que faz que a sua implementação se apoie na experiência docente.

Equipes Curriculares da CGEB


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Sumário
Fundamentos da Área de Linguagens ------------------------------------------------------- 07
Língua Portuguesa --------------------------------------------------------------------------------- 08
Fundamentos do Componente Curricular – Língua Portuguesa -------------------------- 09
Ensino Fundamental – Anos Finais -------------------------------------------------------------- 10
6º Ano ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
7º Ano ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 19
8º Ano ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 37
9º Ano ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 48
Ensino Médio-------------------------------------------------------------------------------------------- 60
1ª Série -------------------------------------------------------------------------------------------------- 68
2ª Série -------------------------------------------------------------------------------------------------- 75
3ª Série -------------------------------------------------------------------------------------------------- 84
Anexos – Sequências de Atividades e Grades de Correção------------------------------- 94
Arte ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 140
Introdução------------------------------------------------------------------------------------------------ 141
Fundamentos do Componente Curricular – Arte----------------------------------------------- 141
Ensino Fundamental – Anos Finais -------------------------------------------------------------- 151
6º Ano ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 151
7º Ano----------------------------------------------------------------------------------------------------- 156
8º Ano----------------------------------------------------------------------------------------------------- 161
9º Ano----------------------------------------------------------------------------------------------------- 169
Ensino Médio-------------------------------------------------------------------------------------------- 177
1ª Série---------------------------------------------------------------------------------------------------- 177
2ª Série---------------------------------------------------------------------------------------------------- 181
3ª Série---------------------------------------------------------------------------------------------------- 185
Anexos – Arte-------------------------------------------------------------------------------------------- 191
Educação Física--------------------------------------------------------------------------------------- 202
Fundamentos do Componente Curricular – Educação Física------------------------------ 203
Ensino Fundamental – Anos Finais -------------------------------------------------------------- 207
6º Ano----------------------------------------------------------------------------------------------------- 207
7º Ano----------------------------------------------------------------------------------------------------- 209
8º Ano----------------------------------------------------------------------------------------------------- 211
9º Ano----------------------------------------------------------------------------------------------------- 214
Ensino Médio-------------------------------------------------------------------------------------------- 216
1ª Série--------------------------------------------------------------------------------------------------- 216
2ª Série--------------------------------------------------------------------------------------------------- 218
3ª Série--------------------------------------------------------------------------------------------------- 219
Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos----------------------------------- 221
Língua Estrangeira Moderna--------------------------------------------------------------------- 241
Apresentação------------------------------------------------------------------------------------------ 242
Fundamentos do Componente Curricular – Língua Estrangeira Moderna------------- 243
Ensino Fundamental – Anos Finais ------------------------------------------------------------- 263
6º Ano -------------------------------------------------------------------------------------------------- 263
7º Ano -------------------------------------------------------------------------------------------------- 265
8º Ano -------------------------------------------------------------------------------------------------- 267
9º Ano -------------------------------------------------------------------------------------------------- 270
Ensino Médio------------------------------------------------------------------------------------------ 272
1ª Série ------------------------------------------------------------------------------------------------- 272
2ª Série ------------------------------------------------------------------------------------------------- 274
6

3ª Série ------------------------------------------------------------------------------------------------- 276


Orientações para o componente de língua espanhola - EM-------------------- 278
1ª Série -------------------------------------------------------------------------------------------------- 279
2ª Série -------------------------------------------------------------------------------------------------- 280
3ª Série -------------------------------------------------------------------------------------------------- 281
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Fundamentos da Área de Linguagens

A área de Linguagens, considerando os momentos históricos, sociais e


culturais, privilegiados nas práticas educativas, configura condições de interação entre
sujeitos nos mais variados campos de atuação social.
Com base nessa perspectiva, os materiais que compõem o Guia de Transição
procuram contemplar o trabalho com as diferentes linguagens e estão estruturados
conforme preceitos defendidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), pelo
Currículo do Estado de São Paulo (ainda em vigência), pelo Currículo Paulista (a ser
implementado a partir de 2019) e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de Nove Anos (conforme Resolução CNE/CEB nº 7/2010 1), que
organiza a área de Linguagens a partir dos seguintes componentes curriculares:
Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa.
Esses componentes visam a integrar-se a um sujeito entendido como
socialmente constituído, dinâmico, atemporal, capaz de explorar diversas práticas de
linguagem (já consolidadas, contemporâneas e futuras), sejam elas artísticas,
corporais e/ou linguísticas, em decorrência dos variados campos sociais.
Ao serem exploradas, essas linguagens devem considerar os dialogismos
presentes na esfera dos sensos crítico, estético e, sobretudo, ético, que envolvem
pertinências comunicativas ligadas às instâncias do verbal, corporal, visual, sonoro
e/ou digital, com o intuito de garantir os direitos fundamentais à aprendizagem.

1
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução Nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Disponível em <
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em 08 jul. 2018.
8
9

Fundamentos do componente curricular: Língua


Portuguesa

O Currículo de Língua Portuguesa vigente e a Base Nacional Comum Curricular


(BNCC) podem propiciar experiências envolvendo a linguagem em situações
reflexivas, utilizando-se das práticas sociais de linguagem.
Leitura, escrita e oralidade, em suas variadas esferas comunicativas, somam-se
às Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), instrumentos capazes
de permitir a relação dialógica entre os interlocutores, colaborando para a
(re)significação e formação de valores e de conhecimentos.
O desenvolvimento das habilidades previstas na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), estimula o

[...] pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do


fortalecimento da capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de
argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de
tecnologias de informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua
compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres
humanos entre si e com a natureza [...] (Brasil, 2017).

É com base nessa prática diversificada de linguagens que esse novo documento,
intitulado Guia de Transição (1º Bimestre), se estabelece. Sua configuração visa a
promover a articulação entre o Currículo do Estado (que ainda será utilizado em 2019),
o Currículo Paulista (a ser implementado a partir de 2019) e a Base Nacional Comum
Curricular, no intuito de subsidiar os professores nesse período de transição entre os
currículos.
A estrutura do Guia de Transição não intenciona esgotar as possibilidades de
trabalho do professor. Nele são sugeridas algumas propostas para a elaboração de
planos de aula e de materiais pedagógicos (situações de aprendizagem e sequências
de atividades, por exemplo).
10

ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe desdobramentos que


envolvem competências e habilidades ligadas às práticas sociais de linguagem,
visando à formação integral do sujeito.
Falar, escrever, ler e escutar são ações que se concretizam nos variados
campos de atuação da atividade humana, o que significa, por exemplo, compreender
e respeitar as variedades linguísticas, enquanto construções históricas, sociais e
culturais.
O documento está organizado em duas partes:
1. Tabela subdividida em: Tema/Conteúdo/Objetos de conhecimento; Habilidades
do Currículo vigente a partir de 2008; Habilidades do Currículo Paulista (versão
a ser implementada a partir de 2019).
2. Orientações pedagógicas: sugestões de como trabalhar com os objetos de
conhecimento associados às habilidades do Currículo vigente, articuladas às
do Currículo Paulista.
O Guia de Transição de Língua Portuguesa delineia, portanto, o caminho básico
que poderá nortear as práticas pedagógicas. Esse desenho destaca as práticas2
sociais de leitura, oralidade, produção textual e análise linguística, mas com o intuito
de que esse viés vá além do prescrito no documento.

2Nas tabelas, a subdivisão das práticas associadas às habilidades e aos objetos de conhecimento
deve ser considerada como sugestão. Lembramos que o professor possui autonomia para redirecionar
os itens propostos e/ou complementá-los, conforme necessidade ou construção de seu plano de aula.
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6º Ano
1º Bimestre

Tema/ Habilidades do Habilidades do Currículo Paulista


Conteúdo/Objetos de Currículo (2008-2019) (a partir de 2019)
conhecimento

1 - Prática de Leitura
Traços característicos de Reconhecer elementos (EF06LP05B) Utilizar diferentes
textos narrativos: enredo, da narrativa. gêneros textuais, considerando a
personagem, foco Inferir aspectos intenção comunicativa, o estilo e a
narrativo, tempo e relevantes dos finalidade dos gêneros.
espaço. elementos da narrativa. (EF67LP28A) Compreender, por
Gêneros textuais Analisar narrativas meio de estratégias de leitura,
narrativos: fábulas, ficcionais: enredo, diferentes objetivos e características
lendas, mitos. personagem, espaço, dos gêneros.
Interpretação de texto tempo e foco narrativo. (EF67LP28B) Ler textos literários e
literário e não literário. Selecionar textos para a multissemióticos de forma
leitura de acordo com autônoma.
diferentes objetivos ou (EF67LP28C) Selecionar
interesses (estudo, procedimentos e estratégias de
formação pessoal, leitura adequados a diferentes
entretenimento, objetivos, a características dos
realização de tarefas gêneros e ao suporte.
etc.) (EF67LP27) Analisar referências
explícitas ou implícitas quanto aos
temas, personagens e recursos
literários e semióticos, em textos
literários e outras manifestações
artísticas (como cinema, teatro,
música, artes visuais e midiáticas).

2 - Prática de Escrita
Gêneros textuais:
fábulas, lendas, mitos, Produzir texto com (EF67LP22) Produzir resumos, a
contos, notícias etc. organização narrativa. partir das notas e/ou esquemas
12

Produção de síntese, feitos, com o uso adequado de


resumos. Saber procurar paráfrases e citações.
Produção de ilustração. informações (EF35LP09)3 Empregar marcas de
complementares em segmentação em função do projeto
dicionários, gramáticas, textual e das restrições impostas
enciclopédias, internet pelos gêneros: título e subtítulo,
para a produção escrita. paragrafação, inserção de
elementos paratextuais (notas, box,
figura).
(EF67LP30) Criar narrativas
ficcionais, que utilizem cenários e
personagens realistas ou de
fantasia, observando os elementos
da estrutura narrativa próprios ao
gênero pretendido, tais como
enredo, personagens, tempo,
espaço e narrador, utilizando
tempos verbais adequados à
narração de fatos passados,
empregando conhecimentos sobre
diferentes modos de se iniciar uma
história e de inserir os discursos
direto e indireto.
3 - Prática de Oralidade

Roda de leitura.
Roda de conversa. Selecionar textos para a (EF67LP23A) Respeitar os turnos
Apresentação oral. leitura de acordo com de fala, na participação em
diferentes objetivos ou conversações e em discussões ou
interesses (estudo, atividades coletivas.
formação pessoal, (EF67LP23B) Formular perguntas
entretenimento, coerentes e adequadas em
realização de tarefas, momentos oportunos em situações
etc.) de aulas, apresentação oral,
seminário etc.

3 Habilidade da BNCC correspondente aos anos iniciais.


13

4- Prática de Análise
Linguística

Substantivo, adjetivo, Analisar norma-padrão


pronomes, formas de em funcionamento no EF06LP03) Relacionar palavras e
tratamento, verbo, texto. expressões, em textos de diferentes
advérbio. gêneros (escritos, orais e
Sinônimos e antônimos e multimodais), pelo critério de
uso dos “porquês.” aproximação de significado
Coerência e coesão. (sinonímia) e os efeitos de sentido
Variedades Linguísticas. provocados no texto.
(EF06LP04A) Analisar o uso de
elementos gramaticais
(substantivos, adjetivos e verbos
nos modos Indicativo, Subjuntivo e
Imperativo afirmativo e negativo) na
produção (escrita/oral), leitura de
diferentes gêneros.
(EF06LP04B) Empregar elementos
gramaticais (substantivos, adjetivos
e verbos nos modos Indicativo,
Subjuntivo e Imperativo afirmativo e
negativo) adequando-os aos usos
da língua (formal ou informal), em
diferentes gêneros (escritos, orais e
multimodiais).
(EF06LP05A) Identificar os efeitos
de sentido dos modos verbais.
(EF67LP34) Relacionar palavras e
expressões, em textos de diferentes
gêneros, pelo critério de
aproximação de significado
(antônimos/campo semântico,
acréscimo de prefixos) e seus
efeitos de sentido.
14

(EF06LP12) Utilizar, ao produzir


diferentes gêneros, recursos de
coesão referencial (nomes e
pronomes), recursos semânticos de
sinonímia, antonímia e homonímia e
mecanismos de representação de
diferentes vozes (discurso direto e
indireto).
(EF06LP11) Utilizar, ao produzir
diferentes gêneros, conhecimentos
linguísticos e gramaticais: tempos
verbais, concordância nominal e
verbal, regras ortográficas,
pontuação etc.
(EF69LP55) Reconhecer em
diferentes gêneros as variedades da
língua falada, o conceito de norma-
padrão e o de preconceito
linguístico.
(EF69LP56) Fazer uso consciente e
reflexivo de regras e normas da
norma-padrão em situações de fala
e escrita em diferentes gêneros,
levando em consideração o contexto
de produção e as características do
gênero.

Orientações pedagógicas

(EF67LP05B, EF67LP27, EF67LP28A, EF67LP28B, EF67LP28C)


(EF67LP22, EF35LP09, EF67LP30)

As habilidades acima agrupadas estão ligadas às práticas de linguagem, com


ênfase em leitura e escrita.
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Para auxiliar o professor na estruturação de seu Plano de Aula, sugerimos a


sequência abaixo:
- escolher uma fábula, um conto ou um trecho de romance, entre outras
possibilidades, visando ao estudo dos elementos da narrativa (vozes do narrador e
das personagens, características das personagens, tempo, espaço e enredo)
presentes no texto escolhido;
- ler, em voz alta, o texto para os alunos, no intuito de desenvolver habilidades
de escuta;
- chamar a atenção para os pontos relevantes da sequência dos
acontecimentos, promovendo, assim, a recuperação do enredo e, com ela, a retomada
dos demais elementos da narrativa;
- solicitar, após essa conversa inicial, a reescrita do texto4, conforme a ordem
dos acontecimentos.
Essa atividade pode ser considerada uma ferramenta avaliativa5 com foco na
proficiência da escrita dos estudantes.
Após essa etapa, que visa a promover o resgate sequencial das ações, há a
possibilidade de os alunos criarem uma narrativa, por meio da construção de uma
nova personagem. Essa criação, que pode ser executada coletivamente e com a
mediação do professor, requer elaboração de características físicas, comportamentais
e emocionais. A construção escrita desse perfil dá margens para a representação da
nova personagem, utilizando-se desenhos ou colagens, por exemplo.
Concretizada a personagem, passa-se à produção escrita, agora com o
estabelecimento dos outros traços narrativos: as ações desencadeadas, o momento
em que elas ocorrem, o lugar em que a personagem está, os obstáculos pelos quais
ela passa, como os supera, o desfecho, entre outros aspectos que o professor
considerar pertinentes.
Associada à dinâmica de criação e no intuito de exemplificar ou retomar os
elementos da narrativa, há a possibilidade de, nesse momento, recuperar-se o texto
lido no início das atividades, questionando os alunos a respeito da voz do narrador:
• A história está sendo contada em 1ª ou 3ª pessoa?
• O que acarreta para a história a escolha de uma dessas pessoas?

4 No Anexo 1, há uma sugestão para essa atividade.


5 No Anexo 2, há uma sugestão de grade de correção para essa atividade.
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Em seguida, os alunos produzem a história que, no primeiro momento, pode


ser coletiva. Faz-se uma leitura compartilhada da narrativa e, sob mediação do
professor, apontam os acertos, os problemas e as sugestões de melhoria. A produção
escrita individual pode ser solicitada e gerar material de análise pedagógica para o
docente. Para isso, consulte grade de correção (Anexo 3), que poderá ser adaptada
conforme necessidade da turma6:

(EF67LP23A, EF67LP23B)

A organização de uma roda de leitura pode ser um estímulo ao trabalho com


estratégias que exercitam a participação em conversações e em discussões ou
atividades coletivas, além de propiciar a organização do pensamento durante troca de
ideias que envolvem práticas de oralidade.
Sugere-se, nesse primeiro momento, escolher uma fábula, um mito, uma lenda
ou um conto, entre outras possibilidades narrativas, para o início da atividade de
leitura, com o intuito de enfatizar a sequência dos fatos.
Nesse ínterim, os outros elementos da narrativa, além do enredo, podem ser
destacados em um quadro, usando o texto escolhido: a personagem, o lugar, o tempo,
o espaço e o foco narrativo.
Quanto ao foco narrativo, sugere-se chamar a atenção para a análise da “voz”
que conta a história (narração em 1ª ou em 3ª pessoa e o que isso significa). Esse
exercício também pode ser desenvolvido por meio do compartilhamento da história
que ouviram, com a possibilidade de teatralização.

(EF06LP03, EF06LP04A, EF06LP04B, EF06LP05, EF06LP34, EF06LP12,


EF69LP55, EF69LP56, EF06LP11 )

Dentro da prática de análise linguística, sugerimos:


• identificar os verbos que marcam a 1ª e/ou a 3ª pessoa;
• identificar e refletir sobre o efeito de sentido provocado pelo foco
narrativo;

6 No Anexo 3, há sugestão de uma grade de correção para a atividade de escrita.


17

• verificar como o verbo é usado e como esse uso contribui para o


desenvolvimento da narrativa que se lê;
• discutir a sequência narrativa;
• compreender a progressão das ações marcada pelo uso dos verbos;
• compreender a passagem de tempo ou a marca temporal da história
(também identificada pelos advérbios);
Depois dessa análise, voltar ao texto e, a partir dele, desenvolver o conceito de
verbo com os alunos. Favorecer a compreensão da gramática, como material de
consulta, também contribui para a comparação e sistematização de conceitos
normativos e consolidados pela Língua Portuguesa.
Sugere-se também voltar ao texto lido, destacar as palavras dentro de um
mesmo campo semântico e trabalhar com conceitos de sinônimos e antônimos. Caso
o professor trabalhe com conto de terror, solicitar atenção aos alunos quanto ao
vocabulário usado e à tomada de nota dos termos que trazem horror, terror e medo
(exemplo: aterrorizam, apavorar, demoníaca, atrocidade, assombro).
A partir das anotações, colocar as palavras na lousa e construir com eles os
conceitos gramaticais/linguísticos, com o apoio, se necessário, de livros de gramática
e dicionários.
Uma outra prática de análise linguística sugerida é utilizar os textos produzidos
pelos alunos e mostrar a necessidade da coesão e coerência para a clareza e a fluidez
de um texto.
Sugere-se que, ao olhar para os textos, no intuito de revisá-los, o professor
estimule os alunos a:
• identificarem se há repetição de palavras,
• discutirem coesão referencial,
• utilizarem pronomes (para garantirem a coesão textual),
• considerarem o uso de sinonímia.

Referências Bibliográficas

Currículo do Estado de São Paulo. Disponível em:


<http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/237.pdf>. Acesso
em: 20 dez. 2018.
18

BNCC (para Anos Finais). Disponível em:


<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-
site.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2018.

Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - A ocasião faz o escritor:


orientação para produção de textos. Equipe de produção Maria Aparecida Laginestra,
Maria Imaculada Pereira. São Paulo: Cenpec, 2010. (coleção Olimpíada). Disponível
em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/colecao-da-olimpiada/artigo/232/cadernos-do-professor. Acesso em: 21
dez. 2018.
19

7º Ano
1º bimestre
Tema/ Conteúdo/Objetos de Habilidades do Currículo Habilidades do Currículo
conhecimento Paulista7

1- Prática de Leitura
Leitura de textos organizados nasLer e interpretar textos da (EF07LP01) Distinguir diferentes
tipologias narrar e relatar em tipologia relatar, inferindo seus propostas editoriais-
diferentes situações de traços característicos em sensacionalismo, jornalismo
comunicação. situações específicas de investigativo etc., de forma a
Estudos de gêneros narrativos comunicação. identificar os recursos utilizados
Narrar e relatar: semelhanças e Inferir informações subjacentes para impactar/chocar o leitor que
diferenças aos conteúdos explicitados no podem comprometer uma análise
Traços característicos de textos texto. crítica da notícia e do fato
jornalísticos. Analisar textos, identificando os noticiado.
Inferência valores e as conotações que (EF07LP02A) Comparar
Formulação de hipótese veiculam. convergências e divergências em
Interpretação de textos literário e Distinguir e ressignificar as notícias e/ou reportagens
não literário características da tipologia multissemióticas sobre o mesmo
Leitura em voz alta narrativa em contraste ao fato divulgadas em diferentes
agrupamento tipológico relatar. mídias.
Criar hipótese de sentido a partir (EF07LP02B) Analisar as
de informações dadas pelo especialidades das mídias no
texto (verbal e não verbal). processo de (re)elaboração de
notícias e reportagens
multissemióticas.
(EF69LP16A) Analisar as formas
de composição dos gêneros
textuais do campo jornalístico.
(EF67LP28) Ler, de forma
autônoma, e compreender –
selecionando procedimentos e
estratégias de leitura adequados a
diferentes objetivos e levando em

7 Habilidades retiradas da versão preliminar.


20

conta características dos gêneros


e suportes –, romances infanto-
juvenis, contos populares, contos
de terror, lendas brasileiras,
indígenas e africanas, narrativas
de aventuras, narrativas de
enigma, mitos, crônicas,
autobiografias, histórias em
quadrinhos, mangás, poemas de
forma livre e fixa (como sonetos e
cordéis), vídeo-poemas, poemas
visuais, dentre outros,
expressando avaliação sobre o
texto lido e estabelecendo
preferências por gêneros, temas,
autores.
(EF69LP30) Comparar conteúdos,
dados e informações de diferentes
fontes, levando em conta seus
contextos de produção e
referências, identificando
coincidências,
complementaridades e
contradições, de forma a poder
identificar erros/imprecisões
conceituais, compreender e
posicionar-se criticamente sobre
os conteúdos e informações em
questão.
(EF07LP14) Identificar, em textos,
os efeitos de sentido do uso de
estratégias de modalização e
argumentatividade.

(EF67LP38) Analisar os efeitos de


sentido do uso de figuras de
21

linguagem, como comparação,


metáfora, metonímia,
personificação, hipérbole, dentre
outras.
(EF69LP56) Fazer uso consciente
e reflexivo de regras e normas da
norma-padrão em situações de
fala e escrita nas quais ela deve
ser usada.

2- Prática de Escrita
Reconhecer o processo de
Produção de textos organizados composição textual como um (EF69LP16B) Utilizar as formas de
nas tipologias narrar e relatar em conjunto de ações interligadas. composição dos gêneros textuais
diferentes situações de do campo jornalístico.
comunicação. (EF69LP56) Fazer uso consciente
Etapas de elaboração da escrita e reflexivo de regras e normas da
Paragrafação norma-padrão em situações de
fala e escrita nas quais ela deve
ser usada.
(EF67LP32) Escrever palavras
com correção ortográfica,
obedecendo as convenções da
língua escrita.
(EF67LP33) Pontuar textos
adequadamente.

3- Prática de Oralidade
Fruir esteticamente objetos
Escuta de textos organizados nasculturais. (EF69LP56) Fazer uso consciente
tipologias narrar e relatar em e reflexivo de regras e normas da
diferentes situações de norma-padrão em situações de
comunicação. fala e escrita nas quais ela deve
Roda de leitura oral ser usada.
22

Roda de conversa

4- Prática de Análise
Linguística
Analisar a norma-padrão em
Frase, oração, período funcionamento no texto. (EF07LP04) Reconhecer, em
Tempos e modos verbais textos, o verbo como o núcleo das
Locução verbal orações.
Formas nominais (EF07LP09) Identificar, em textos
Advérbio e locução adverbial lidos ou de produção própria,
Conectivos: preposição, advérbios e locuções adverbiais
conjunção que ampliam o sentido do verbo
Artigo núcleo da oração.
Numeral (EF07LP11A) Identificar, em
Interjeição diferentes gêneros, períodos
Pontuação compostos nos quais duas orações
Oralidade × escrita: registros são conectadas por vírgula, ou por
diferentes conjunções que expressem soma
Acordo Ortográfico da Língua de sentido (conjunção “e”).
Portuguesa (EF07LP11B) Identificar, em
Questões Ortográficas diferentes gêneros, períodos
Acentuação compostos nos quais duas orações
Variedades linguísticas são conectadas por conjunções
Linguagens conotativa e que expressem oposição de
denotativa sentidos (conjunções “mas”,
“porém”).
(EF07LP12) Reconhecer recursos
de coesão referencial:
substituições lexicais (de
substantivos por sinônimos) ou
pronominais (uso de pronomes
anafóricos – pessoais,
possessivos, demonstrativos).
(EF69LP56) Fazer uso consciente
e reflexivo de regras e normas da
norma-padrão em situações de
23

fala e escrita nas quais ela deve


ser usada.
(EF07LP14) Identificar, em textos,
os efeitos de sentido do uso de
estratégias de modalização e
argumentatividade.
(EF67LP38) Analisar os efeitos de
sentido do uso de figuras de
linguagem, como comparação,
metáfora, metonímia,
personificação, hipérbole, dentre
outras.
(EF67LP32) Escrever palavras
com correção ortográfica,
obedecendo as convenções da
língua escrita.
(EF67LP33) Pontuar textos
adequadamente.

Orientações pedagógicas

(EF69LP16A, EF69LP16B, EF69LP30, EF07LP01, EF67LP28, EF69LP32,


EF07LP02A, EF07LP02B)

Essas habilidades estão voltadas tanto ao trabalho com os textos do campo


jornalístico quanto aos do universo literário. Para exemplificar, tomaremos como base
atividades com o jornal em sala de aula, no intuito de que os estudantes explorem as
funcionalidades dos textos que circulam nesse campo.
Sugerimos ao professor oferecer a seus alunos jornais impressos e/ou digitais,
incentivando-os a responderem às perguntas:
• Vocês já leram notícias em jornal impresso?
• Vocês conhecem pessoas que ouvem notícias pelo rádio?
• É mais comum conhecer as notícias pelo jornal impresso, pelo digital,
pela TV ou pelo rádio?
• Quais jornais vocês conhecem?
24

• Quais são as notícias principais (divulgadas nos diferentes jornais)


dessa semana?
• Qual a diferença estrutural e de alcance público que podemos
estabelecer entre os jornais digitais e impressos?

A finalidade, nesse primeiro momento, é o envolvimento da turma com o jornal


e o entendimento dele como suporte para vários gêneros textuais.
Para analisar e utilizar as formas de composição desses gêneros que povoam
o campo jornalístico, recomendamos ao professor um estudo baseado na comparação
entre textos do mesmo gênero e de gêneros distintos, levando em conta seus
contextos referenciais e de produção.
Nesse sentido, recomendamos estimular os alunos a explorarem livremente (e
em grupos) os jornais, que poderão ser os impressos. Feito isso, eles poderão
escolher algumas notícias e compartilhá-las com a turma.
É interessante também mediar o trabalho dos estudantes por meio de
perguntas-chave de localização das estruturas jornalísticas. Essa atividade pode ser
iniciada pela leitura do lide e acompanhada de questionamentos, como:
• O quê?
• Quando?
• Onde?
• Como?
• Por quê?

Em seguida, explicar as principais características dos textos que compõem os


jornais (notícia, editorial, reportagem, crônica, entre outros) e utilizar vários modelos
deles (incluindo os digitais) para que o aluno:
• identifique coincidências, complementaridades, contradições, imprecisões
conceituais;
• compreenda e se posicione criticamente sobre os conteúdos e informações em
questão;
• identifique os recursos utilizados para impactar/chocar o leitor que podem
comprometer uma análise crítica da notícia e do fato noticiado;
25

• selecione informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas,


digitais, orais etc.);
• avalie a qualidade e a utilidade dessas fontes utilizadas;
• organize, esquematicamente, as informações necessárias (sem excedê-las)
com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos;
• leia, de forma autônoma;
• compreenda procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos;
• leve em conta características dos gêneros e suportes (romances, contos,
lendas, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás,
sonetos, cordéis, poemas visuais, entre outros);
• expresse opinião sobre o texto lido.

Nas atividades com o jornal, o trabalho com a produção escrita de notícias (em
grupos) a respeito de acontecimentos locais pode ser desenvolvido. Essa produção,
após ajustes linguísticos (por meio de revisões feitas coletivamente pelo professor),
pode ganhar o formato de esquetes a serem apresentados para a turma ou entre
turmas, através da representação de notícias transmitidas por emissoras de TV ou de
rádio. Outras possibilidades: montagem do jornal mural, do jornal digital (blog).
Para subsidiar o trabalho com essas habilidades, sugerimos como material de
apoio:
• Portal do professor. “Notícias de jornal: como trabalhar”. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23177>.
Acesso em: 28 dez. 2018.
• Nova Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/324/leitura-
de-jornal-na-sala-de-aula>. Acesso em: 28 dez. 2018.
• Tema 1: As várias formas de dizer uma mesma coisa: quem conta um conto
acrescenta um ponto. Disponível em:
<http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/33/arquivos/linguagen
s_24-37.pdf>. Acesso em: 28 dez. 2018, p. 24-26.
26

• Tema 2: A construção do texto opinativo. Disponível em:


<http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/33/arquivos/linguagen
s_24-37.pdf>. Acesso em: 28 dez. 2018, p. 27-30.

(EF07LP01, EF07LP02A, EF07LP02B)

O trabalho com essas habilidades pode ser iniciado pela comparação entre
textos de um mesmo gênero e, em seguida, de gêneros diferentes, com o objetivo de
propiciar um espaço para a identificação dos elementos que os determinam como
pertencentes ao campo jornalístico.
É importante que o professor direcione o estudo para o reconhecimento das
semelhanças e diferenças, nos âmbitos linguístico-textual e de estilo, visando, entre
outras estratégias, movimentos de leitura, tais como:

• compartilhar, entre os estudantes, diferentes estruturas textuais, como


artigos de opinião, reportagens, notícias, editoriais, que apresentem
elementos multissemióticos, a fim de compará-los aos mesmos gêneros
que circulam em jornais impressos;
• diferenciar propostas editoriais a partir da comparação entre jornais
televisivos, levando em consideração o momento do dia no qual são
transmitidos, o público alvo a que se destinam, por exemplo;
• analisar a forma que um mesmo fato é tratado por diferentes jornais e
mídias;
• propor momentos de reflexão, por meio de rodas de conversa, pequenos
debates, apresentações orais, sobre o posicionamento dos diferentes
veículos de comunicação, a forma como esses gêneros representam a
realidade e como se posicionar diante dela;
• avaliar a fidedignidade das fontes dos textos que circulam no campo
jornalístico;
• escolher um dos gêneros textuais (acima destacados) para o trabalho
com produção escrita,
27

• distribuir aos alunos uma seleção de temas semelhantes do gênero


textual escolhido;
• refletir com a turma sobre as escolhas de palavras e de outros recursos
semióticos (imagens, cores, fontes de letras etc.) que ajudarão a
produzir sentidos no momento da criação dos textos;
• solicitar a elaboração, que pode ser individual ou em grupo, de texto
escrito, respeitando as condições de produção;
• realizar a mesma atividade, em outro momento, utilizando gêneros
diferentes, como histórias em quadrinhos, charge, crônica, entre outros;
• solicitar que os alunos leiam seus textos para os colegas, para isso,
pode-se sugerir ambientes diferenciados (a leitura audível pode ser feita
por meio da representação de um telejornal, de um podcast, por
exemplo).

(EF69LP30, EF69LP32)

As habilidades estão relacionadas às estratégias e às ferramentas de


curadoria. É um campo de pesquisa que desenvolve no aluno conhecimentos de
seleção, comparação entre diferentes fontes, levando em conta os seus contextos de
produção e referências, com ênfase em uma análise reflexiva do texto.
Sugerimos ao professor que, durante o desenvolvimento das atividades,
contemple a pesquisa e mobilize a turma a usar ferramentas de busca.
Para exercitar e utilizar as variadas formas de curadoria, em especial comparar
e selecionar textos diversos durante as aulas, é importante que, no processo de
execução das atividades, o estudante compreenda a importância de:
• escolher fontes confiáveis;
• buscar recursos de apoio à compreensão;
• tomar notas durante as aulas;
• produzir esquemas;
• construir repertórios.
Para o desenvolvimento dos conteúdos, deve-se praticar com a turma a
pesquisa de seleção e comparação de dados e elementos de diferentes fontes,
identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder
28

localizar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente


sobre os conteúdos e informações em questão.
Para selecionar dados e subsídios relevantes de fontes diversas (impressas,
digitais, orais etc.), é necessário avaliar a utilidade, os aspectos qualitativos dessas
fontes e organizar as informações necessárias. Essas informações podem ser
montadas em formato de esquemas e apresentadas em quadros, tabelas ou gráficos,
com ou sem apoio de ferramentas digitais. Assim, ao longo dessas práticas, o aluno
será capaz de compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e
informações em questão.

(EF67LP28)

Para essa habilidade, os atos de ler, compreender e selecionar enfatizam a


leitura e a construção de sentidos ligados a textos literários. Para desenvolver
atividades que a envolvam, sugerimos que o professor trabalhe com projetos literários,
no qual a escolha dos gêneros a serem analisados poderá centrar-se em romances,
contos, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, sonetos,
cordéis, vídeo-poemas, poemas visuais, entre outros.
Vale ressaltar a importância do fator motivação do aluno em todo o processo
literário, principalmente em relação às leituras autônomas. Considerando esses
aspectos e buscando o amplo repertório literário de gêneros citados, os projetos
poderão ser concluídos em eventos culturais relacionados, como mostras de música,
de teatro, saraus entre outros.
Para subsidiar o trabalho, sugerimos como material de apoio:
• Tema 4: O poema na letra de música popular brasileira. Disponível em:
<http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/33/arquivos/linguagen
s_24-37.pdf>. Acesso em: 28 dez. 2018, p. 34-37.
• Projeto “Mediação e Linguagem”. Disponível em:
<https://mediacaoelinguagem.wixsite.com/mediacaoelinguagem>. Acesso em:
28 dez. 2018.
29

(EF07LP04, EF07LP09, EF07LP11A e EF07LP11B)

No desenvolvimento das habilidades desse agrupamento, recomendam-se


atividades que possibilitem aos alunos o contato e a exploração de diferentes
alternativas de estruturação de um mesmo enunciado, o que contribui para a
percepção e compreensão da natureza e do funcionamento dos mecanismos
sintáticos em questão.
Essa dinâmica pode considerar o trabalho com textos8 que estimulem o aluno
a reconhecer o verbo como núcleo das orações e transmissor de sentido; identificar
advérbios e locuções adverbiais, responsáveis pela ampliação do sentido do núcleo
da oração; compreender (na estrutura de períodos compostos) o uso de conjunções
que expressem soma (conjunção “e” etc.) ou oposição de sentidos (conjunções “mas”,
“porém” etc.) e a entender a funcionalidade da colocação das vírgulas entre as
orações.
Inicialmente, propomos que se retomem as características do gênero textual
notícia, em especial, manchete/título, perguntando aos estudantes as características
das manchetes, onde elas aparecem, quais as funções desempenhadas por elas, por
exemplo. Com base nas respostas, reiterar que não podem ser muito longas, que
devem conter uma informação-chave (ou algo que se quer dar destaque) e, em geral,
um verbo nocional como núcleo da oração - a escolha é fundamental para a
informação que se quer transmitir.
Na sequência, pode-se organizar os alunos em grupos para a atividade de
desenvolver manchetes para três notícias hipotéticas, situações trazidas pelo
professor, a serem divulgadas no jornal do bairro, no mural da escola ou em outro
suporte que considerarem conveniente para o momento.
É importante destacar a importância de se trabalhar com a apropriação da
realidade local, tratando questões que façam parte do cotidiano dos alunos.
Para ampliar a discussão, sugerimos que o professor forneça um exemplo de
manchete, como:

8 Sugerimos o trabalho com manchetes de jornais, impressos ou online.


30

“Museu Nacional resgata crânio de Luzia quebrado e identifica 80% das


partes”9

Em seguida, ele pode levantar junto aos alunos algumas informações (essa
atividade acolhe, a critério do professor, outros questionamentos), tais como:
• Quem é Luzia?
• Onde fica o Museu Nacional?
• O que aconteceu com o Museu?
• Quais foram as consequências provocadas pelo ocorrido?
• Qual é sentido esperado pela manchete?
• A informação é verdadeira?
• Quanto aos verbos em destaque, por que foram escritos no presente? Que
sinônimos podem substituí-los?
• A manchete, sem o conhecimento do ocorrido ou sem a leitura do texto que a
sucede, faz sentido?
• Informações históricas a respeito de Luzia fazem diferença para o
entendimento da manchete?
Como sequência do trabalho, convém retomar os conceitos de advérbio e
locução adverbial, vírgula e conjunções, mesmo que estes não estejam no corpo da
manchete. Nesse sentido, após a retomada, a mesma manchete pode ser modificada,
ampliada. A escrita coletiva, nesse caso, tende a colaborar com a atividade dos
alunos.
Salientamos que a reflexão e a observação sobre a organização sintática na
construção da textualidade e na produção de efeitos de sentido do texto são o foco do
trabalho a ser desenvolvido. Os elementos que permitem a devida identificação e
classificação de períodos compostos por coordenação aditiva ou adversativa, tanto
sindéticas (com conectivos) quanto assindéticas (conectadas por vírgulas), e o
reconhecimento do papel dos advérbios e locuções adverbiais na ampliação de
sentidos do núcleo do predicado oracional podem ser analisados com os alunos. Cabe
ressaltar a importância de um olhar prévio para as classes de palavras e para as
funções e categorias gramaticais. Lembrando que esse tipo de atividade precisa

9Disponívelem: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2018/10/19/equipe-
resgata-cranio-da-luzia-no-museu-nacional.htm>. Acesso em: 20 dez. 2018.
31

pautar-se no texto como objeto de entendimento e reflexão, afastando, assim, a ideia


de análise descontextualizada e/ou focada apenas em aspectos gramaticais.
Para subsidiar o trabalho com essas habilidades, indicamos os seguintes
materiais de apoio:

• Museu Nacional resgata crânio de Luzia quebrado e identifica 80%


das partes. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-
noticias/redacao/2018/10/19/equipe-resgata-cranio-da-luzia-no-museu-
nacional.htm>. Acesso em: 20 dez. 2018.
• O jornal na sala de aula: leitura e escrita. Disponível
em:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1
1934>. Acesso em: 27 dez. 2018.
• Jornal na sala de aula: leitura e assunto novo todo dia. Disponível
em: <https://novaescola.org.br/conteudo/324/leitura-de-jornal-na-sala-
de-aula>. Acesso em: 27 dez. 2018.
• Locução Adverbial. Disponível em:
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/locucao-
adverbial.htm>. Acesso em: 27 dez. 2018.
• Conjunções. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/portugues/conjuncoes/>. Acesso em: 27
dez. 2018.
• Classes de palavras. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classes-palavras.htm>.
Acesso em: 27 dez. 2018.

(EF07LP12, EF07LP14, EF67LP38)

As habilidades desse agrupamento têm como norte ampliar aspectos


relacionados à construção dos sentidos do texto por parte do aluno, desde o
reconhecimento de elementos referenciais como substituições lexicais ou
pronominais, ampliando para a identificação de estratégias de modalização e
argumentatividade, até a análise dos efeitos de sentido referentes ao uso de figuras
de linguagem.
32

O professor poderá utilizar (entre outros textos) o soneto “Amor é fogo que arde
sem ver” de Luiz Vaz de Camões, a fim de estimular os alunos a analisarem o uso de
comparação, metáfora e antítese, por exemplo.
Para o trabalho com metonímia, o uso de propagandas é recomendado, o que
também permite verificar os recursos persuasivos utilizados. Além disso, o professor
pode solicitar que os alunos tomem nota das observações feitas e, junto com eles,
busque definições para as figuras de linguagem no livro didático ou na gramática
utilizada, com o objetivo de sistematizar os conceitos e compará-los com as definições
levantadas em grupos.
Quanto às substituições lexicais, sugerimos (entre outros possíveis) o texto
“Baratas servem para algo de bom?”10. Há nesse texto vários termos que se referem
às baratas (cucarachas, espécies, elas, injustiçadas). O professor pode realizar a
leitura compartilhada do texto e refletir com os alunos sobre o objetivo das
substituições realizadas pelo autor. O importante é que os alunos percebam como a
construção textual ocorre a partir do uso dos recursos de coesão referencial e da
concordância adequada. Também é possível verificar as relações de causa e
consequência presentes no texto e como a argumentação é construída a partir de um
argumento de autoridade, já que as informações utilizadas no texto são fornecidas por
um pesquisador renomado de uma universidade. A identificação de estratégias
argumentativas e de modalização, envolvendo a compreensão das atitudes
assumidas pelo locutor/escritor ao expor seu ponto de vista, além dos recursos
utilizados para convencer ou persuadir o ouvinte/leitor, devem envolver propostas de
leitura ou de produção de textos que solicitem estratégias de modalização e de
argumentação.
Para subsidiar o trabalho com essas habilidades, sugerimos como material de
apoio:

• Amor é fogo que arde sem se ver. Disponível em:


<https://www.revistaprosaversoearte.com/amor-e-fogo-que-arde-sem-se-ver-
camoes/>. Acesso em: 27 dez. 2018.

10
<https://super.abril.com.br/blog/oraculo/baratas-servem-para-algo-de-bom/>. Acesso em: 27 dez. 2018.
33

• Baratas servem para algo de bom? Disponível em:


<https://super.abril.com.br/blog/oraculo/baratas-servem-para-algo-de-bom/>.
Acesso em: 27 dez. 2018.
• Figuras de Linguagem. Disponível em:
<https://www.figuradelinguagem.com/metonimia/>. Acesso em: 27 dez. 2018.
• O papel das figuras de linguagem na construção do sentido textual.
Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20284>
Acesso em: 28 dez. 2018.
• Caderno do Professor – Artigo de Opinião. Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/colecao-da-olimpiada/artigo/232/cadernos-do-professor>. Acesso
em: 28 dez. 2018.
• Coesão referencial por substituição - pronomes possessivos. Disponível
em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31430>.
Acesso em: 28 dez. 2018.
• Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Língua
Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem 5 - AAA5: estilo,
coerência e coesão (Versão do Aluno). Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me004680.pdf>. Acesso
em: 28 dez. 2018.

(EF67LP32, EF67LP33, EF69LP56)

Para o trabalho com essas habilidades, recomendamos ao professor iniciar um


debate com os alunos sobre o uso adequado da pontuação. A exibição de um vídeo
produzido pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa) que trata da importância da
pontuação, disponível em sites de compartilhamento, é um bom motivador inicial para
as discussões. Em seguida, o professor pode apresentar trechos de obras literárias
ou de textos jornalísticos sem a pontuação, em papel kraft ou na lousa, para discutir
com os alunos a melhor forma de pontuar, realizando uma reescrita coletiva,
atentando para atribuição de significados dados ao texto a partir das escolhas
realizadas. É importante lembrar que a pontuação tem função de atribuir/inferenciar
34

sentidos aos textos e é nessa perspectiva que o trabalho deve ser desenvolvido. No
intuito de comparar formas, o professor pode apresentar o texto com a pontuação
original para que os alunos verifiquem se fizeram as mesmas escolhas (ou próximas)
do conteúdo original e identifiquem as variações de significação possíveis a partir
dessas escolhas. Nesse processo de reescrita coletiva, seria interessante atentar
também para questões de ortografia, acentuação, concordância verbal e nominal e
coesão, que surgirem ao longo das discussões feitas.
Na sequência, sugerimos que o professor solicite aos alunos uma pesquisa, em
fontes diversas, sobre um determinado assunto, privilegiando a realidade local. A
proposta para a pesquisa pode preferencialmente privilegiar um assunto que seja
relevante para comunidade no entorno escolar (descarte indevido de resíduos,
poluição, bullying, cyberbullying, vandalismo, saúde pública etc.). A partir dessas
informações, é possível elaborar gráficos, tabelas ou quadros.
Após a realização da pesquisa (em jornais, revistas, sites, entrevistas), os
alunos reunirão os materiais coletados para discussão em sala e elaboração de um
texto coletivo com as informações elencadas, que pode ser um relato da experiência
de pesquisa, baseado em coleta de dados. Essa produção (com interferências de
revisão mediadas pelo professor) poderá ser exposta em um mural, acompanhado
dos quadros, tabelas e gráficos elaborados pela turma.
Todas essas etapas, e outras que o docente considerar convenientes acrescentar,
podem focar tanto o estudo da variação linguística quanto da compreensão dos
valores atribuídos às diferentes variedades, o que demanda uma reflexão sobre
situações formais orais e escritas (palestras, seminários, debates, notícias,
reportagem multimidiática, entre outros). Como estratégia para essa possibilidade de
ampliação, sugerimos atividades que propiciem a comparação de normas e regras
das variedades da língua com o objetivo de explorar a ideia de adequação e
inadequação em textos escritos e falados, privilegiando a intencionalidade
comunicativa. Essas reflexões permitem ainda discutir a questão do preconceito
linguístico.
É possível realizar as mesmas reflexões utilizando textos literários, por exemplo,
em atividades que contemplem a construção de certas personagens, os contextos nos
quais estão inseridos e a forma como utilizam a língua.
Para subsidiar o trabalho com essas habilidades, indicamos os seguintes materiais
de apoio:
35

• Propagandas Históricas ABI (Vírgula) - 2008. Disponível em


<https://www.youtube.com/watch?v=NDn1tukRE_E>. Acesso em: 27 dez.
2018.
• No site da TV escola, há várias sugestões de atividades que podem ser
desenvolvidas em sala com os alunos. Sugerimos que o professor acesse
especificamente a que trata do trabalho com pontuação. Quédima –
Pontuação. Disponível em: <https://tvescola.org.br/videos/4695/>. Acesso em:
27 dez. 2018.
• “Ortografia e ensino”, Carlos Alberto Faraco – Escrevendo o Futuro (Revista
“Na Ponta do Lápis”). Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/revista/artigos/artigo/1742/ortografia-e-ensino>. Acesso em: 28
dez. 2018.
• Portal do Letramento – Especial “Ortografia Reflexiva”. Disponível em:
<http://www.plataformadoletramento.org.br/hotsite/especial-ortografia-
reflexiva/>
• Letra e Vida - “Como é que se escreve?” - Videoaula Artur Morais. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=lXrZA_p11H8>. Acesso em: 28 dez.
2018.
• Nova Escola - “Como ensinar pontuação” - Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/161/como-ensinar-pontuacao>. Acesso
em: 28 dez. 2018.
• Portal do professor – Ortografia. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8295>.
Acesso em: 28 dez. 2018.

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36

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Roxane Rojo e Gláis Sales Cordeiro. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2004.
37

8º Ano
1º Bimestre
Tema/ Conteúdo/Objetos de Habilidades do Currículo Habilidades do Currículo
conhecimento (2008-2019) Paulista

1- Prática de Leitura

Traços característicos de textos Ler e interpretar textos (EF69LP02A) Analisar


prescritivos (receitas, regras de prescritivos/injuntivos, peças publicitárias
jogo, anúncios publicitários); inferindo seus traços variadas.
Gênero textual anúncio característicos em (EF69LP02B) Comparar
publicitário; situações específicas de peças publicitárias
Estudos de gêneros prescritivos; comunicação variadas.
Textos prescritivos e situações Analisar textos (EF69LP02C) Perceber a
de comunicação; prescritivos/injuntivos e articulação entre peças
Interpretação de textos literário e construir quadro-síntese publicitárias em
não literário (poemas, haicais, Inferir características de campanhas.
poemas concretos, propagandas, anúncios publicitários a (EF08LP15) Estabelecer
anúncios publicitários); partir de conhecimento relações entre partes do
Intertextualidade implícita e prévio texto, por meio da
explícita; Analisar a intertextualidade identificação do
Leitura, produção e escuta de presente em um texto antecedente de um
textos prescritivos em diferentes Comparar características pronome relativo ou o
situações de comunicação; da tipologia prescritiva referente comum de uma
Fruição (textos de diversos injuntiva em textos de cadeia de substituições
gêneros). diferentes gêneros. lexicais.
EF08LP16B) Analisar os
elementos que marcam os
efeitos de sentido do uso,
em textos, de estratégias
de modalização e
argumentatividade.
(EF69LP54) Analisar os
efeitos de sentido
decorrentes da interação
entre os elementos
38

linguísticos e os recursos
paralinguísticos e
cinésicos, que funcionam
como modificadores,
percebendo sua função na
caracterização dos
espaços, tempos,
personagens e ações
próprios de cada gênero
narrativo.

2- Prática de Escrita

Leitura, produção e escuta de Ler e interpretar textos (EF08LP16A) Utilizar


textos prescritivos em diferentes prescritivos/injuntivos, elementos que marquem
situações de comunicação inferindo seus traços os efeitos de sentido do
Gênero textual anúncio característicos em uso, em textos, de
publicitário situações específicas de estratégias de
Textos prescritivos e situações comunicação modalização e
de comunicação Analisar textos argumentatividade (sinais
Etapas de elaboração e revisão prescritivos/injuntivos e de pontuação, adjetivos,
da escrita construir quadro-síntese substantivos, expressões
Traços característicos dos textos Inferir características de de grau, verbos e
prescritivos. anúncios publicitários a perífrases verbais,
partir de conhecimento advérbios etc.).
prévio.

3- Prática de Oralidade

Leitura oral: ritmo, entonação, Analisar a intertextualidade (EF69LP02A) Analisar


respiração, qualidade de voz, presente em um texto peças publicitárias
elocução e pausa Comparar características variadas.
Leitura dramática da tipologia prescritiva (EF69LP02B) Comparar
Roda de conversa injuntiva em textos de peças publicitárias
diferentes gêneros. variadas.
39

Leitura, produção e escuta de (EF69LP02C) Perceber a


textos prescritivos em diferentes articulação entre peças
situações de comunicação. publicitárias em
campanhas.

4- Prática de Análise
Linguística

Processos de formação de Analisar a norma-padrão (EF08LP05A) Identificar


palavras por composição em funcionamento no texto processos de justaposição
(aglutinação e justaposição); Comparar usos linguísticos e de aglutinação em
Textos prescritivos e situações na norma-padrão e palavras compostas.
de comunicação coloquial (EF08LP05B) Apropriar-
Conceito de verbo (regência se de regras básicas de
verbal) uso do hífen em palavras
Modo imperativo nas variedades compostas.
padrão e coloquial (EF08LP05C) Analisar
Imperativo negativo processos de formação de
Pesquisa no dicionário palavras compostas.
Coesão (conjunções e (EF08LP07A) Diferenciar,
articuladores textuais) em gêneros textuais,
Modo indicativo (verbos complementos diretos e
regulares) indiretos de verbos
“Tu”, “vós” e variedades transitivos.
linguísticas (EF08LP07B) Identificar,
Irregularidades do indicativo em gêneros textuais, a
Discurso citado regência de verbos de uso
Frase e oração frequente.
(EF08LP12A) Identificar,
em gêneros textuais,
orações subordinadas com
conjunções de uso
frequente.
(EF08LP12B) Utilizar
orações subordinadas em
40

práticas de produção
textual.
(EF08LP13A) Analisar
efeitos de sentido
decorrentes do uso de
recursos de coesão
sequencial: conjunções e
articuladores textuais.
(EF08LP13B) Utilizar
recursos de coesão
sequencial: conjunções e
articuladores textuais em
práticas de escrita.
(EF08LP16A) Utilizar
elementos que marquem
os efeitos de sentido do
uso, em textos, de
estratégias de
modalização e
argumentatividade (sinais
de pontuação, adjetivos,
substantivos, expressões
de grau, verbos e
perífrases verbais,
advérbios etc.).
(EF08LP15) Estabelecer
relações entre partes do
texto, por meio da
identificação do
antecedente de um
pronome relativo ou o
referente comum de uma
cadeia de substituições
lexicais.
(EF08LP16B) Analisar os
elementos que marcam os
41

efeitos de sentido do uso,


em textos, de estratégias
de modalização e
argumentatividade.
(EF69LP54) Analisar os
efeitos de sentido
decorrentes da interação
entre os elementos
linguísticos e os recursos
paralinguísticos e
cinésicos, que funcionam
como modificadores,
percebendo sua função na
caracterização dos
espaços, tempos,
personagens e ações
próprios de cada gênero
narrativo.

Orientações pedagógicas

(EF08LP05A, EF08LP05B, EF08LP05C, EF08LP07A, EF08LP07B, EF69LP54)

Nesse agrupamento, para trabalhar com o emprego das figuras de linguagem


e o efeito de sentido do texto poético, sugerimos o livro Espelho mágico11, de Mário
Quintana. A obra contém 111 poemas breves, cujos títulos espelham os dois primeiros
versos. Em cada um deles, o poeta reflete sobre os costumes, os sentimentos, os
defeitos e as qualidades do ser humano; para tanto, se vale da ironia e, ao mesmo
tempo, se ocupa do tom poético que lhe é peculiar.

11
QUINTANA, Mario. Espelho mágico. São Paulo: Globo, 2005.
42

Esses e outros poemas permitem a reflexão voltada ao processo de formação


de palavras12; ao emprego de pontuação; ao uso de figuras de linguagens; à aplicação
de regência verbal, entre outros recursos da língua. Nesse sentido, as habilidades
dialogam com o modo utilizado para construir/tecer o texto poético.
Quanto ao texto narrativo, para trabalhar a caracterização dos espaços,
tempos, personagens e ações próprios de sua estrutura, o professor pode selecionar
um conto, uma crônica, trechos de novela ou romance e, por meio de exemplos,
retomar a função dos elementos da narrativa. O livro Como Analisar Narrativas13, da
Professora Cândida Vilares Gancho, exemplifica esses gêneros textuais, definindo-os
e sugerindo análises que contribuirão para o planejamento de aulas, voltadas à prática
interpretativa.

(EF69LP02A, EF69LP02B, EF69LP02C)

Para o desenvolvimento do trabalho com esse agrupamento de habilidades, o


professor pode selecionar textos prescritivos/injuntivos, como peças publicitárias.
Nesse contexto, o Portal do Professor14, por meio do link
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19132, oferece
aulas referentes a essa tipologia. Além disso, no Canal do Educador - Brasil

12
ARAÚJO, Luciana Kuchenbecker. "Composição"; Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/composicao.htm>. Acesso em: 22 nov.
2018.
13
GANCHO, Cândida Vilares. Como Analisar Narrativas. Disponível em:
<http://files.letrasunip2010.webnode.com.br/200000008-
989c398f4e/Como%20Analisar%20Narrativas.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018.

14
LACERDA, Priscila Brasil Gonçalves. Portal do Professor. Texto injuntivo: dando
ordens e direcionamentos. Coautoria de Luiz Antônio dos Prazeres. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19132>. Acesso
em: 11 out. 2018.
43

Escola15 (https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/textos-
injuntivos-na-sala-aula.htm), há duas aulas que exploram o gênero prescritivo:
receita, regras do jogo de xadrez e manual de instruções de jogo. Tais gêneros são
analisados, considerando semelhanças e diferenças entre as linguagens utilizadas em
sua composição.

(EF08LP12A, EF08LP12B, EF08LP13A, EF08LP13B, EF08LP15)

Para o desenvolvimento das habilidades desse agrupamento, indicamos a


consulta ao Portal da Educação16
(https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/projeto-publicidade-e-
propaganda/24995), que traz uma sugestão de trabalho com propaganda, texto
publicitário, notícia, entrevista, entre outros gêneros que compõem um jornal, por
exemplo. Disponibilizam também modos de elaboração da escrita jornalística, de
criação de notícias (impressas e on-line) e de um projeto de criação de um jornal.
Com isso, é possível desenvolver com os alunos efeitos de sentido decorrentes
do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais, bem
como estabelecer relações entre partes do texto, identificando o antecedente de um
pronome relativo ou o referente comum de uma cadeia de substituições lexicais.
Nos links abaixo, também são encontrados trabalhos referentes a:

• Orações subordinadas substantivas. Disponível em:


<www.infoescola.com/portugues/oracoes-subordinadas-substantivas/>.
Acesso em: 22 nov. 2018.

15
Canal do Educador- Brasil Escola. Textos injuntivos na sala de aula. ARAUJO, Ma. Luciana
Kuchenbecker. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/textos-
injuntivos-na-sala-aula.htm>. Acesso em: 10 out. 2018.

16 SILVA, Aise dos Santos. Projeto Publicidade e Propaganda. Disponível em:


<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/projeto-publicidade-e-
propaganda/24995>. Acesso em: 10 out. 2018.
44

• Conjunções coordenativas. Disponível em:


<https://www.infoescola.com/portugues/conjuncao-coordenativa/>.
Acesso em: 22 nov. 2018.

(EF08LP13A, EF08LP13B, EF08LP16A, EF08LP16B)

Para o trabalho com esse agrupamento, que propõe a reflexão sobre a


inferência de efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial:
conjunções e articuladores textuais, juntamente com a atribuição de efeitos de sentido
do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de
pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais,
advérbios etc.), sugerimos atividades a partir de situações de uso em textos de
diversos gêneros, sobretudo os prescritivos, como regras de jogo, por exemplo.
Para o planejamento de uma ou mais aulas sobre esse gênero, indicamos o
site do Portal do Professor, por disponibilizar uma série de mais de 100 17 jogos
educativos e multidisciplinares. Na descrição das regras, sugerimos o trabalho com
as conjunções e articuladores textuais, bem como os efeitos de sentido do uso de
estratégias de modalização e argumentatividade.

(EF08LP07A) (EF08LP07B), (EF08LP15), (EF08LP16A), (EF08LP16B)

Essas habilidades sugerem a reflexão sobre os processos que permitem


estabelecer relações entre partes do texto, identificando o antecedente de um
pronome relativo ou o referente comum de uma cadeia de substituições lexicais, bem
como a diferenciação, em textos lidos ou de produção própria, dos complementos
diretos e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da regência de verbos de uso
frequente.

17
Jogos Educativos. Portal do Professor. Disponível
em:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categoria=258>. Acesso em: 11 out. 2018.
45

Para tanto, os processos textuais que permitem explicar os efeitos de sentido


do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de
pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais,
advérbios etc.) podem ser sugeridos através de atividades que permitam a reflexão
sobre os aspectos linguísticos do texto.
No site do Portal do Professor18, em “A propaganda e suas características
textuais”, há aulas de leitura, análise e criação de propagandas. O trabalho com esse
gênero enfoca, também, o seu estudo em contexto social, aliado ao trabalho com as
estratégias de modalização e argumentatividade, bem como a regência dos verbos.

(EF08LP05A, EF08LP05B, EF08LP05C, EF08LP13A, EF08LP13B, EF08LP16A,


EF08LP16B, EF69LP54)

Para desenvolver habilidades que trabalhem com a palavra, sua formação e


composição, sugerimos o site de Ziraldo19. Em sua página, o autor disponibiliza o
clássico “Menino Maluquinho”, na íntegra, além de brincar com as palavras por meio
de cartazes, marcas e logotipos, cartuns e piadas. Com esse material, sugerimos o
trabalho com as figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora,
personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os
efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e
conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que
funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos
espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo. O
professor pode, também, aproveitar o texto para inferir os efeitos de sentido

18
CARNEIRO, Miriam Chaves.; Coautoria de Sulamita Nagem Dias Lima. A
propaganda e suas características textuais. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25093>. Acesso
em: 11 out. 2018.

19
ZIRALDO. Site oficial do escritor. Disponível em:
<http://www.ziraldo.com/historia/home.htm>. Acesso em: 9 out. 2018.
46

decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e articuladores


textuais.
A obra de Arnaldo Antunes20, sobretudo a do livro Psia, é aqui sugerida para a
análise do processo de formação de palavras. Além dessa atividade, buscar os efeitos
de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e
articuladores textuais etc.) em poemas, letras de música, textos narrativos, entre
outras estruturas, possibilita aprofundamento dos estudos linguísticos.

(EF08LP05A, EF08LP05B, EF08LP05C, EF08LP15, EF69LP54)

Nesse agrupamento de habilidades, com intuito de sugerir estudo e fruição de


textos literários como poemas e a leitura oral de textos poéticos para trabalhar ritmo,
entonação, respiração, qualidade de voz, elocução e pausa, indicamos o site da
escritora Roseana Murray21 que, além da apresentação de sua biografia, disponibiliza
poemas, fotos e livros digitais integrais.
O texto poético dá margem para o professor trabalhar, também, os processos
de formação de palavras por composição (aglutinação e justaposição), bem como o
uso do hífen em palavras compostas.
Com tal material, é possível trabalhar com os sentidos e significados da escolha
do léxico para compor o texto poético pelo autor, bem como estabelecer relações entre
partes do texto, identificando o antecedente de um pronome relativo ou o referente
comum de uma cadeia de substituições lexicais.

Outros textos complementares para consulta do professor:

• BATISTA, Antonio Augusto Gomes: p. 12. Alfabetização, leitura e ensino de


Português: desafios e perspectivas curriculares. Revista Contemporânea de
Educação Nº 12 – agosto. Disponível em:

20
ANTUNES, Arnaldo. Site oficial do escritor. Disponível em:
<http://www.arnaldoantunes.com.br/new/sec_livros_list.php?view=1>. Acesso em: 10 out. 2018.

21MURRAY, Roseana. Site oficial da escritora. Disponível em:


<http://roseanamurray.com/site/index.php/category/e-books/>. Acesso em: 11 out. 2018.
47

<https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/download/1638/1486>. Acesso
em: 22 nov. 2018.
• BRÄKLING, K. L. Educação. Fazer e Aprender na Cidade de São Paulo.
Fundação Padre Anchieta/Secretaria Municipal de Educação. São Paulo (SP):
SME/DOT; 2008 (pp. 174-185). Disponível em:
<http://www.academia.edu/18096270/As_Pr%C3%A1ticas_Sociais_de_Leitur
a_e_de_Escrita_no_Processo_de_Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o>. Acesso
em: 22 nov. 2018.
48

9º Ano
1º Bimestre
Tema/ Conteúdo/Objetos de Habilidades do Habilidades do Currículo
conhecimento Currículo (2008-2019) Paulista
1- Prática de Leitura

Leitura em voz alta de textos Fruir esteticamente (EF89LP33A) Ler, de forma


literários - Reconstrução das objetos culturais (textos autônoma, textos de gêneros
condições de recepção dos literários). variados.
textos. Ler e interpretar textos (EF89LP33B) Compreender
Leitura e interpretação de textos argumentativos e textos de gêneros variados,
não literários: comentários, posts expositivos, inferindo selecionando estratégias de
de blog e de redes sociais, seus traços leitura adequadas a diferentes
charges, memes, gifs. característicos objetivos.
Inferência Analisar textos (EF89LP33C) Analisar as
Relação entre textos argumentativos e características dos gêneros
construir quadros-síntese textuais e suportes.
dos traços característicos (EF89LP03) Analisar, de forma
desta tipologia crítica, fundamentada, ética e
Inferir informações respeitosa, gêneros
implícitas argumentativos da cultura
Analisar temas e textos digital e impressa.
diversos, selecionando (EF09LP12A) Identificar
argumentos que estrangeirismos.
justifiquem pontos de (EF09LP12B) Caracterizar
vista divergentes estrangeirismos segundo a
conservação, ou não, de sua
forma gráfica de origem.
(EF09LP12C) Avaliar a
pertinência, ou não, do uso de
estrangeirismos.
(EF09LP01A) Analisar o
fenômeno da disseminação de
notícias falsas nas redes
sociais.
49

(EF09LP01B) Desenvolver
estratégias para
reconhecimento de notícias
falsas nas redes sociais,
considerando, por exemplo,
fonte, data, local da publicação,
autoria, URL,
comparação de diferentes
fontes, consulta a sites de
curadoria que atestam a
fidedignidade de fatos
relatados.
(EF09LP02A) Analisar a
cobertura da imprensa sobre
fatos de relevância social.
(EF09LP02B) Comparar
diferentes enfoques por meio
do uso de ferramentas de
curadoria.
2- Prática de Escrita

Tipos de argumentos Identificar tipos de (EF89LP14A) Analisar, em


Estudo e produção de gêneros argumentos em textos de textos orais e escritos, os
da tipologia argumentativa e opinião movimentos de sustentação,
expositiva Reconhecer o efeito de refutação e negociação de
Coerência sentido decorrente do uso argumentos.
Coesão de elementos persuasivos (EF89LP14B) Analisar, em
Paragrafação presente em um texto textos orais e escritos, a força
Adequação vocabular (artigo de opinião, carta persuasiva dos argumentos
Reconstrução das condições do leitor, trecho de utilizados."
de produção dos textos romance, conto, poema, (EF89LP06A) Reconhecer o
Etapas de elaboração e anúncio publicitário) uso de recursos persuasivos
revisão de escrita (MAP 9º ano – 2º Bim.) em diferentes textos
Elaboração de fichas Produzir resenhas, argumentativos.
utilizando os (EF89LP06B) Analisar efeitos
conhecimentos de sentido referentes ao uso de
50

adquiridos sobre textos recursos persuasivos em


argumentativos textos argumentativos.
Saber revisar textos, (EF08LP04A) Identificar
reconhecendo a aspectos linguísticos e
importância das questões gramaticais (ortografia,
linguísticas para a regências e concordâncias
organização coesa e nominal e verbal, modos e
coerente de ideias e tempos verbais, pontuação,
argumentos acentuação, hifenização, estilo
Selecionar informações e etc.) em funcionamento em um
fazer anotações em fichas texto.
ou listas (Caderno do (EF08LP04B) Utilizar, ao
Professor – 9º ano - produzir diferentes gêneros
Volume 1 - Situação de textuais, conhecimentos
Aprendizagem 1) linguísticos e gramaticais.
Conhecer e saber utilizar (EF89LP26) Produzir
adequadamente os textos resenhas, a partir das notas
expositivos como fontes e/ou esquemas feitos, com o
de informação (Caderno manejo adequado das vozes
do Professor – 9º ano - envolvidas (do resenhador, do
Volume 1 – Situação de autor da obra e, se for o caso,
Aprendizagem 1) também dos autores citados na
obra resenhada), por meio do
uso de paráfrases, marcas do
discurso reportado e citações.
(EF69LP08) Revisar/editar o
texto produzido, tendo em vista
sua adequação ao contexto de
produção, a mídia em questão,
características do gênero,
aspectos relativos à
textualidade, a relação entre as
diferentes semioses, a
formatação e uso adequado
das ferramentas de edição (de
texto, foto, áudio e vídeo,
51

dependendo do caso) e
adequação à norma culta.
3- Prática de Oralidade

Escuta de textos argumentativos Debater oralmente sobre (EF89LP12A) Planejar


e expositivos em diferentes temas variados, coletivamente a realização de
situações de comunicação selecionando argumentos um debate sobre tema
Roda de conversa coerentes para a defesa previamente definido, de
Apresentação oral de um dado ponto de vista interesse coletivo, com regras
Debate regrado Avaliar o funcionamento acordadas.
da situação comunicativa (EF89LP12B) Organizar, em
na qual se insere o debate grupo, participação em debate
(Caderno do Professor – a partir do levantamento de
9º ano - Volume 1 - informações e argumentos que
Situação de possam sustentar o
Aprendizagem 4) posicionamento a ser
defendido, com base nas
condições de produção.
(EF89LP12C) Colocar em ação
o debate planejado.
(EF69LP15) Apresentar
argumentos e contra-
argumentos coerentes,
respeitando os turnos de fala,
na participação em discussões
sobre temas controversos e/ou
polêmicos.
(EF89LP15) Utilizar
operadores argumentativos
que marcam a defesa de ideia
e de diálogo com a tese do
outro.
4- Prática de Análise
linguística
52

Marcas dêiticas (pronomes Analisar a norma-padrão (EF89LP29A) Identificar


pessoais) em funcionamento no mecanismos de progressão
Pontuação texto temática, tais como retomadas
Elementos coesivos (preposição anafóricas, catáforas, uso de
e conectivos) organizadores textuais, de
Concordância nominal e verbal coesivos etc.
Questões ortográficas (EF89LP29B) Utilizar, em
Pronome relativo textos de diversos gêneros,
Período simples mecanismos de progressão
Crase temática.
Variedade linguística (EF89LP29C) Analisar os
mecanismos de reformulação e
paráfrase utilizados nos textos
de divulgação do
conhecimento.
(EF08LP04A) Identificar
aspectos linguísticos e
gramaticais (ortografia,
regências e concordâncias
nominal e verbal, modos e
tempos verbais, pontuação,
acentuação, hifenização, estilo
etc.) em funcionamento em um
texto.
(EF08LP04B) Utilizar, ao
produzir diferentes gêneros
textuais, conhecimentos
linguísticos e gramaticais.

Orientações pedagógicas

(EF89LP33A, EF89LP33B, EF89LP33C, EF89LP26, EF69LP08)

Essas habilidades foram agrupadas por se referirem:


- ao uso de procedimentos e de estratégias de leitura,
53

- à fruição,
- ao trabalho com gêneros, temas ou autores.
Para desenvolvê-las, sugerimos a realização de práticas de leitura
diversificadas, como:
- leitura em voz alta22,
- roda de leitura23,
- produção textual que contemple as etapas de revisão e edição.
No que se refere à produção de resenha, atentar aos procedimentos de
planejamento e à elaboração do texto resultantes das diferentes leituras feitas. Além
disso, considerar, dentre outras, a capacidade de leitura24 de reconstrução do
contexto de produção, para que a escrita aconteça, de fato, como prática social.
Nesse caso, a habilidade que trata dessa prática pode se relacionar às habilidades
EF09LP01A, EF09LP01B, EF09LP02A e EF09LP02B, quanto ao tratamento dos
dados coletados durante a curadoria das informações. É preciso que outras
capacidades sejam postas em jogo, como a elaboração de apreciações estéticas
e/ou afetivas e elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou
políticos25.
Quando se trata de produzir textos, é de fundamental importância considerar
que a revisão é uma das etapas da produção textual. A afirmação “a chave é ler muito
e revisar continuamente”, encontrada no texto “Produção de texto: como ensinar os
alunos a escrever de verdade”, extraído do site da Nova Escola26, refere-se a
procedimentos para a produção textual a qual deve ser entendida como prática social.
Além disso, enfatiza que “Para produzir textos de qualidade, os alunos têm de saber
o que querem dizer, para quem escrevem e qual é o gênero que melhor exprime
essas ideias”.
Salientamos, também, no caso de textos que utilizam as diferentes linguagens,
a importância do uso das ferramentas de edição de texto (Word, Powerpoint, e-mail

22
Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/155-ca82cpSlyEBAOWsk_Qn07CFVpyUS0/view?usp=sharing>.
Acesso em: 18 dez. 2018.
23 Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/13D1RkGG75-euVA3xw4ihRF0beCET4zkZ/view?usp=sharing>.

Acesso em: 18 dez. 2018.


24 ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE: CENP, 2004. Disponível

em: <http://www.academia.edu/1387699/Letramento_e_capacidades_de_leitura_para_a_cidadania>. Acesso em:


17 dez. 2018.
25 Idem.
26
Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/231/producao-de-texto-como-ensinar-os-alunos-
a-escrever-de-verdade>. Acesso em: 12 dez. 2018.
54

etc.), foto, áudio e vídeo (Audacity, Moviemaker, VSDC free video editor, Paint etc.),
entre outros recursos.

(EF89LP03, EF89LP14A, EF89LP14B, EF89LP06A, EF89LP06B)

Esse agrupamento de habilidades compreende o trabalho com textos


argumentativos, tipos de argumentos27 e recursos persuasivos.
É importante considerar que tanto a leitura (para a alimentação temática e
conhecimento dos elementos constitutivos dos textos do gênero argumentativo),
quanto a escrita (da primeira até a última produção, com as etapas de revisão e
edição) podem acontecer para que o aluno desenvolva tais habilidades. Assim,
sugerimos:
• oficina 6: Por dentro do artigo de opinião28, do Caderno do Professor Ponto
de vista, da coleção Olimpíada de Língua Portuguesa. Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/colecao-da-olimpiada/artigo/232/cadernos-do-professor>, p.78.
Acesso em: 20 dez. 2018.
• oficina 9: Sustentação de uma tese29, do Caderno do Professor Ponto de
vista, da coleção Olimpíada de Língua Portuguesa. Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/colecao-da-olimpiada/artigo/232/cadernos-do-professor>, p. 113.
Acesso em: 20 dez. 2018.
• Atividade 8: Movimento Argumentativo, da Sequência Didática – Artigo de
Opinião – coordenação de Jacqueline Barbosa, material do Programa Ensino
Médio em Rede. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/elislimaescapacherri/artigo-de-opinio-sequncia-
didtica>. Acesso em: 17 dez. 2018.
• jogo Grêmio, que favorece o trabalho com argumentos consistentes. Trata-se
de um dos materiais da Olimpíada de Língua Portuguesa. Disponível em:

27 Para complementar os estudos referentes a tipos de argumentos, sugerimos consultar o link


https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/etapa/tipos-de-argumento/. Acesso em: 20 dez.
2018.
28 Para acessar o material do Escrevendo o Futuro, é necessário efetuar cadastro em

https://www.escrevendoofuturo.org.br/cadastro-usuario. Acesso em: 20 dez. 2018.


29 Idem.
55

<https://www.escrevendoofuturo.org.br/jogo_virtual/opiniao/Balloons.html>.
Acesso em: 13 dez. 2018
• jogo O Foca, que favorece o trabalho com identificação , em diferentes trechos
de um texto, de um fato ou da opinião do articulista sobre a notícia. Disponível
em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/jogo_virtual/opiniao/Ceu.html>.
Acesso em: 06 dez. 2018.

Para complementar esse estudo, recomendamos a leitura do texto disponível em:


<https://drive.google.com/file/d/1XxlH4h_aYq5114wtMTW-
6MydoXojpg9e/view?usp=sharing>. (acesso em: 18 dez. 2018), que traz recursos
persuasivos e sugestões de atividades.

(EF09LP12A, EF09LP12B, EF09LP12C)

Para trabalhar atividades que envolvam essas habilidades, entre outros


recursos materiais, o professor pode orientar os alunos a realizarem pesquisa sobre
estrangeirismo, indicando-lhes a leitura dos conteúdos disponíveis nos sites:

• Texto expositivo sobre estrangeirismo. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/redacao/estrangeirismos.htm>. Acesso em: 04 dez.
2018.
• Dicionário de estrangeirismos. Disponível em:
<http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=loanwords&act=list&lett
er=s>. Acesso em: 04 dez. 2018.

A partir dessa leitura, cujo objetivo é ler para pesquisar, é possível realizar uma
roda de conversa com os alunos, a fim de socializar o conteúdo pesquisado e refletir
sobre esse fenômeno linguístico e o dinamismo da língua. A partir do reconhecimento
e do estudo conceitual do termo, pode-se fazer um levantamento do uso cotidiano de
estrangeirismos presentes em logomarcas, letras de música, termos da internet/redes
sociais, propagandas, vitrines de lojas, placas, cardápios entre outros.

(EF09LP01A, EF09LP01B, EF09LP02A, EF09LP02B)


56

Essas habilidades foram agrupadas, considerando os procedimentos de


pesquisa, bem como as capacidades de leitura30 que poderão ser trabalhados nas
práticas com os diferentes textos: notícias, mensagens e comentários feitos nas redes
sociais. Além disso, conforme o que se espera dos alunos quanto à atuação crítica e
respeitosa no compartilhamento de informações, ao se desenvolver essas
habilidades, é preciso que eles se posicionem com ética na produção de textos
escritos ou orais.
A fim de contextualizar as atividades tanto de leitura como de escrita a serem
desenvolvidas, convém conversar com os alunos sobre a existência, no Brasil, de
agências especializadas em checar a veracidade de notícias suspeitas e de boatos,
as chamadas fact-checking. Há, também, alguns portais de notícias que criaram
setores para checagem de informações. Seguem algumas páginas de fact-
checking no Brasil, que podem ser pesquisadas: Agência Lupa, UOL Confere, Truco,
Boatos.org.
Caso considere pertinente, promova situações para que os alunos possam
selecionar e analisar comentários nas redes sociais a respeito do que eles e as
pessoas com quem convivem, nas diferentes esferas, vêm divulgando nos variados
espaços de comunicação.
Para auxiliar no trabalho com essas habilidades, recomendamos, ainda, a
leitura de artigos disponíveis nos sites abaixo:
• <https://revistacult.uol.com.br/home/site-mappa-curadoria-de-conhecimento/>.
Acesso em: 19 nov. 2018.
• <https://www.mobiletime.com.br/rss-site-antigo/08/12/2017/conteudo-mappa-
brasileiras-criam-servico-de-curadoria-de-conhecimento-com-inteligencia-
artificial/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
• <https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2018/09/14/crescimento-das-
fake-news-influencia-agenda-publica-e-requer-acoes >Acesso em: 04 dez.
2018.
• <https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-
disciplinas/atualidades/desinformacao-na-era-da-informacao-o-

30Sugerimos a leitura do texto “Letramento e capacidades de leitura para a cidadania”, de Roxane Rojo,
disponível em
<https://www.academia.edu/1387699/Letramento_e_capacidades_de_leitura_para_a_cidadania>
(acesso em: 21 dez. 2018)
57

compartilhamento-de-mentiras-e-boatos-na-internet.htm> Acesso em: 04 dez.


2018.

Outra possibilidade de complementação para esse trabalho, encontra-se no site


Observatório31 da Imprensa, em especial a leitura do texto “Fala cum nois”!!!.32, que
trata de assunto polêmico a partir de um fato de relevância social no país.
A seguir, elencamos mais algumas sugestões que abrangem o trabalho a
respeito da cobertura da imprensa sobre a concentração de fatos de relevância social.
São elas:
• iniciar uma aula por meio de conversa em torno de textos como, por
exemplo, a tirinha que se encontra no site Observatório33 da Imprensa, no
menu “Blog OI”, opção “ObjEthos”, ou com a frase atribuída ao ideólogo do
nazismo Joseph Goebbels (1897-1945), ministro da Propaganda de Adolph
Hitler: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
• dar sequência à aula com a leitura e análise de um dos textos indicados
acima ou outros de livre escolha, para desenvolver procedimentos e
capacidades de leitura, conforme objetivo estabelecido com os alunos.
• finalizar a aula com a produção de frases para uma campanha contra a
publicação de notícias falsas e para a conscientização de quem lê e as
divulga.

(EF08LP04A) (EF08LP04B) (EF89LP29A) (EF89LP29B) (EF89LP29C)

Essas habilidades foram agrupadas por abordarem questões sobre


conhecimentos linguísticos, os quais podem ser identificados e aplicados nos textos
de divulgação do conhecimento (blogs, revistas, murais etc.). Para o desenvolvimento
do trabalho com essas habilidades, recomendamos que as atividades propostas
venham associadas às práticas de leitura e/ou produção de textos dos mais diversos
gêneros e campos de atuação. Além disso, sugerimos que os objetos de

31 Disponível em:< http://observatoriodaimprensa.com.br>


32 Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/monitor-da-imprensa/fala-cum-nois/>. Acesso
em: 06 dez. 2018.
33 Disponível em: <https://objethos.wordpress.com/2018/10/15/eleicoes-no-brasil-evidenciam-o-
entrelacamento-da-crise-do-jornalismo-com-a-crise-politica/>. Acesso em:04 dez. 2018.
58

conhecimento sejam definidos e tratados a partir de atividades que favoreçam a


reflexão sobre o uso da língua.
No blog de João Wanderley Geraldi, há um texto intitulado Atividades
epilinguísticas no ensino de língua materna, a respeito de como lidar com a correção
formal. Esse texto está disponibilizado, na íntegra, em
<http://blogdogeraldi.com.br/atividades-epilinguisticas-no-ensino-de-lingua-materna/>
(acesso em: 12 dez. 2018).
Além disso, indicamos a leitura de Análise linguística e produção de textos:
reflexão em busca de autoria, de Márcia Mendonça, que compõe acervo do site da
Olimpíada de Língua Portuguesa, disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/arquivos/5917/npl27-03ago2016.pdf>, p. 40
(acesso em: 13 dez. 2018).
Para o estudo dos mecanismos de progressão temática, também há a
possibilidade da realização de leitura compartilhada. Assim, sugerimos a atividade
disponível em
<https://drive.google.com/file/d/0BzdzrlkTd3NrX3pOMWpLU0RaNFE/view>, que
contribui para a análise do conto O homem da favela, de Manoel Lobato34.

(EF89LP12A) (EF89LP12B) (EF89LP12C) (EF69LP15) (EF89LP15)

As habilidades foram agrupadas por tratarem de questões relativas aos


operadores e movimentos argumentativos e aos diferentes papéis (debatedor,
mediador, espectador etc.) nas produções orais.
Para desenvolver o trabalho com essas habilidades, sugerimos a leitura de “Os
10 mandamentos para o ensino da oralidade”35, de Joaquim Dolz, disponível em
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/formacao/percurso-
formativo/artigo/1842/pergunte-a-olimpia-pelo-ensino-da-oralidade-na-escola>
(acesso em: 10 dez. 2018), os quais reproduzimos abaixo:
1. Passagem da língua familiar e local à língua da escola. Considerar as
variações e a necessidade de uma “língua padrão”;

34 LOBATO, Manoel. O homem da favela. In: RIBEIRO, Alciene (Org.). O fino do conto. Belo
Horizonte: Rhj, 1989.
35 Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/formacao/pergunte-a-olimpia/152>. Acesso

em: 20 dez. 2018.


59

2. Considerar as línguas em presença para o desenvolvimento da linguagem


dos alunos e não unicamente a língua portuguesa;
3. Equipar a classe para permitir o desenvolvimento de atividades orais;
4. Dispor de suportes (corpus orais, variedade de gêneros e documentos com
variações regionais) e multimídia;
5. Apresentar modelos de expressão oral;
6. Verificar a compreensão;
7. Diversificar as práticas de produção oral;
8. Considerar as capacidades e as necessidades de linguagem dos alunos;
9. Focalizar as atividades nos obstáculos da produção e compreensão;
10. Regular as aprendizagens.
Além disso, recomendamos:
• o uso da atividade da 1ª etapa da Oficina 1 – Argumentar é preciso? do
Caderno do Professor Ponto de vista, da coleção Olimpíada de Língua
Portuguesa. Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/colecao-da-olimpiada/artigo/232/cadernos-do-professor>, p.22.
Acesso em: 20 dez. 2018.
• o uso das atividades da Oficina 2 – O movimentos da argumentação, do
Caderno do Professor Ponto de vista, da coleção Olimpíada de Língua
Portuguesa. Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/colecao-da-olimpiada/artigo/232/cadernos-do-professor>, p.38.
Acesso em: 20 dez. 2018.
60

Ensino Médio

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que determina o


conjunto de aprendizagens fundamentais que todos os estudantes, cursando a
Educação Básica, devem desenvolver, de forma progressiva. A BNCC possui como
“espinha dorsal”, dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito
pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
De acordo com a BNCC (Brasil, 2017),

“Competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e


procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais),
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “educação deve
afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da
sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada
para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013) 36, mostrando-se também
alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) 37.
É imprescindível destacar que as competências gerais inter-relacionam-se e
desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da
Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio),
articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de
habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da Lei de
Diretrizes e Base.”

Considerando que a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio está
em processo de homologação, foram utilizadas como referência para a construção
desse material, as dez competências gerais da BNCC, articuladas ao Currículo do
Estado de São Paulo, visando ao desenvolvimento de um aluno protagonista,
autônomo e competente.
É importante esclarecer que a intenção desse Guia não é orientar para o
planejamento de aulas no sentido de desenvolver essa ou aquela competência. Trata-

36
BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Caderno de Educação em Direitos Humanos. Educação
em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais. Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos,
Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=32131-educacao-dh-diretrizesnacionais-
pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 23 mar. 2017.
37
ONU. Organização das Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Disponível em: <https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>. Acesso em: 7 nov. 2017.
61

se de articular seu desenvolvimento ao de diversas habilidades relacionadas às


diferentes áreas de conhecimento e incorporá-las ao dia a dia do professor,
objetivando à formação integral38 do estudante: não apenas na dimensão cognitiva,
mas também social, física, afetiva, cultural, ética e estética.

Entendendo as competências

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o


mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

Essa competência apresenta a proposta de um aluno protagonista, que não


apenas perceba a importância do seu aprendizado, mas, principalmente, compreenda
como ocorre o conhecimento (aprendizagem significativa), que seja autônomo, capaz
de atuar com autonomia em outras esferas, ou seja, organizar os conhecimentos para
intervenção na realidade e ter condições para proposição na solução de problemas.
Para ampliar as possibilidades de trabalho, sugerimos o estudo de algumas
obras literárias, que favorecem o desenvolvimento dessa competência, como por
exemplo: “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo; “O auto da compadecida”, de Ariano
Suassuna; “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos; “Auto da barca do Inferno”, de Gil
Vicente, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, de Machado de
Assis, ou outras que o professor achar conveniente, bem como o uso de sites que se
tratam sobre autores da literatura.
Ainda sobre a competência descrita, o professor pode estimular nos alunos, a
curiosidade o desejo de aprender e a metacognição. Assim, aluno deve compreender
a importância da curadoria de informações, considerando sua importância,
procedência e veracidade. Também é válido que o professor contextualize essas
informações, para que os conteúdos dialoguem com a realidade em que os alunos
vivem.

38Para saber mais sobre Educação Integral, recomendamos leitura de texto sobre o assunto. Disponível em:
<http://educacaointegral.org.br/conceito/>. Acesso em: 18 dez. 2018.
62

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das


ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

A competência citada tem como premissa desenvolver nos alunos o


pensamento científico, a curiosidade, a criatividade e a criticidade. Envolve
habilidades de investigação, dedução e inferência. Nesse sentido, Linguagens e
Ciências da Natureza são as áreas que contribuem para o desenvolvimento dela. Ao
desenvolvê-la, os alunos ampliam, por exemplo, a capacidade de testar, identificar,
comparar, questionar, investigar informações e dados e propor soluções para
problemas de maneira criativa e ética.
Cabe ao professor, ofertar aos alunos, o desenvolvimento de atividades que
incentivem a liberdade de criação e o levantamento de hipóteses. A realização de
estudos, experimentos em laboratório e pesquisas de campo são atividades que
podem despertar-lhes o desejo de descobrir, instigá-los ao questionamento e
estimulá-los para a proposição de intervenção na realidade em que vive.
O trabalho com estudo e elaboração de textos de opinião, que foquem temas
socialmente relevantes, nos quais os alunos exercitem a criticidade diante de
questões polêmicas e incentivem a pesquisa, análise e elaboração de hipóteses para
a construção de propostas de intervenção que não violem os direitos humanos,
possibilita o desenvolvimento dessa competência, considerando as habilidades
envolvidas neste processo.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das


locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural.

Ao planejar as aulas, é preciso garantir o acesso dos alunos às diversas


produções culturais, a participação nos eventos culturais da escola e da comunidade,
a fim de ampliar seu repertório cultural e promover sua aprendizagem para fazer uso
das diferentes linguagens. Essa habilidade está articulada à leitura dos textos
63

literários, pois propicia ao aluno perceber a presença de valores sociais e humanos


presentes na literatura.
Dessa forma, recomendamos o uso dos materiais abaixo listados, disponibilizados
anteriormente pela SEE, caso façam parte do acervo das escolas:
• do Caderno “Sabores da Leitura” (São Paulo, 2012);
• de materiais de apoio ao currículo (caso estejam disponíveis nas escolas)
DVDs Teatro, Poesia e Cordel e TV Escola, que compõem o acervo do material
do professor “Caderno do Professor - Leitura e Produção de Textos (LPT)” e
“Caderno do Professor Literatura” (São Paulo, 2010);
• de materiais que compõem o acervo do “Programa Cultura é Currículo – Projeto
Cinema vai à Escola (Cadernos do Professor 1, 2, 3 e 4)” (São Paulo, 2008,
2009, 2010).
Esta competência, também, visa à expansão do repertório cultural dos alunos,
ensinando-os a valorizar, fruir, expressar-se e produzir arte e cultura, favorecendo a
construção de sua identidade cultural e de seu senso de pertencimento. O professor
deve incentivar a multiculturalidade, promovendo a experimentação, a apreciação, a
discussão e o respeito à diversidade de manifestações artísticas e culturais do país e
do mundo. Para incentivar e ilustrar a diversidade cultural, sugerimos a utilização de
filmes indicados no acervo do material do Programa Cultura é Currículo, no projeto
Cinema vai à escola, entre outras possibilidades.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como


Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.

Para desenvolver o conhecimento do aluno sobre as linguagens, é necessário


que o professor oportunize situações de aprendizagem para compreensão e utilização
das diferentes linguagens, em diferentes contextos, de acordo com aquelas
predominantes nas diversas manifestações culturais, favorecendo o desenvolvimento
do protagonismo do aluno nas interações sociais.
64

A utilização de ferramentas de áudio e vídeo, hipertextos, imagens, fotos,


filmes, programas, documentários, músicas, podcasts, vlogs, etc, contribuem para o
desenvolvimento desta competência.
Ainda para auxiliar o desenvolvimento dessa competência, espera-se que o
professor promova práticas de multiletramentos39, levando os alunos à reflexão sobre
o uso da linguagem verbal e não verbal, bem como das diferentes mídias e
plataformas, considerando as dimensões ética, estética e política.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

O letramento digital é fator primordial para o ensino nas escolas nos dias de
hoje. Diariamente, os alunos se deparam com as tecnologias digitais nas práticas
sociais em que estão inseridos. Considerando este cenário, cabe ao professor
desenvolver situações de aprendizagem que contemplem o uso das TDIC (tecnologias
digitais de informação e comunicação) para estudo, produção e tomada de
consciência do uso racional dos recursos tecnológicos, aprendendo a posicionar-se
diante de inúmeras informações e constatar sua confiabilidade, a fim de desenvolver
nos alunos o senso crítico e ético no uso das diferentes mídias. Além disso, o
professor também pode criar espaços para rodas de conversa que abordem temáticas
sobre o uso consciente da internet e das redes sociais.

39 Rojo e Moura (2012, p. 13) destacam que o conceito de letramentos (múltiplos) se refere à multiplicidade e
variedade das práticas letradas, valorizadas ou não pelas sociedades, enquanto que o conceito de multiletramentos
“aponta para dois tipos específicos e importantes de multiplicidade presentes em nossas sociedades,
principalmente urbanas, na contemporaneidade: a multiplicidade cultural das populações e multiplicidade semiótica
de constituição dos textos por meio dos quais ela se informa e se comunica”.
Assim, em relação ao letramento propriamente dito, os autores lembram que ele tende a se tornar multiletramentos:
"são necessárias novas ferramentas – além das da escrita manual (papel, pena, lápis, caneta, giz e lousa) e
impressa (tipografia, imprensa) – de áudio, vídeo, tratamento de imagem, edição e diagramação”. 4
4 Ibidem, p. 21.
65

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.

Esta competência compreende a autonomia do aluno para tomada de decisão, diante


da diversidade cultural e de saberes. Espera-se que aluno tenha projetos para delinear
suas metas, objetivos profissionais e compreender as relações que se estabelecem
no mundo do trabalho, que propiciam transformações pessoais e sociais. Favorece,
ainda, ao aluno, a aprendizagem da corresponsabilização pelo processo de ensino-
aprendizagem, considerando a avaliação do outro e de si mesmo.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para


formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.

Para desenvolvimento dessa competência, sugere-se que o professor, a partir


de situações reais (do mundo do trabalho, por exemplo), selecione gêneros textuais
como Relatórios, Requerimentos, Atas de Reunião etc. que possibilitem a
experimentação do aluno a fim de compreender e vivenciar a constituição desses
gêneros como prática social. Assim, ao produzir, a partir de uma situação de
comunicação real, um relatório no trabalho, por exemplo, ele pode demonstrar não
somente o domínio dos aspectos constitutivos do gênero, como também entender seu
propósito comunicativo, o que possibilita assumir um papel social, posicionando-se
criticamente frente ao assunto tratado e tendo condições de propor uma intervenção
na realidade.
Além disso, o professor pode promover aos alunos a ampliação de repertório dos
temas propostos, para que a argumentação seja clara, consistente e aconteça
baseada em fatos, dados e evidências, visando à defesa de ideias e de diferentes
pontos de vista. É importante que os temas sejam contemporâneos e oportunizem,
66

com a mediação do professor, compreensão e reflexão sobre o mundo, por meio de


discussões, debates e júris simulados, atque fomentem o confronto de ideias e
opiniões, sem deixar de considerar os direitos humanos, a consciência
socioambiental, a ética e a responsabilidade.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,


compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com
elas.

Vide competência 9.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.

As competências 8 e 9 foram agrupadas, pois se referem às competências


socioemocionais.
Dentre os quatro pilares da educação, os que dizem respeito a aprender a ser
e aprender a conviver estão ligados ao desenvolvimento dessa competência. À
escola, não cabe apenas priorizar o aprendizado cognitivo, a educação do século XXI
prevê, também, o desenvolvimento das competências socioemocionais. É preciso que
os professores, proponham ações como projetos em comum, por exemplo, a fim de
que os alunos constatem a interdependência que existe entre eles; que percebam que
há diversidade de saberes e de personalidade e que, em um ambiente igualitário,
todos têm o mesmo valor. Ao propiciar atividades de interação entre os alunos, há
condições de se criar um ambiente favorável ao combate à intolerância, à
compreensão da diversidade cultural, sexual, religiosa e social e da percepção sobre
a necessidade das regras no convívio social.
É preciso ainda, promover situações, como rodas de conversa, por exemplo,
para discussões sobre as transformações pelas quais passam os adolescentes e a
importância do cuidado com sua saúde e bem-estar, bem como levá-los a refletir sobre
67

os fatores que influenciam seu crescimento em todos os aspectos (pessoal, social,


físico, intelectual e emocional).
Para conhecer mais sobre as competências socioemocionais, recomendamos
a leitura dos textos disponíveis no portal Porvir. Disponível em:
<http://porvir.org/especiais/socioemocionais/>. Acesso em: 13 dez. 2018.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,


flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Os alunos necessitam saber refletir sobre seus direitos e responsabilidades. Na


escola, é possível desenvolver situações de aprendizagem que coloquem o aluno
como protagonista, sendo capaz de intervir de modo consciente e ético na tomada de
decisão que acarretará na edificação de uma sociedade mais justa e solidária.
Precisam constatar que suas ações e intervenções afetam a todos os indivíduos e não
somente a si mesmo e tomar consciência de que são agentes transformadores. O
professor pode propor projetos como diferentes formas de descarte de lixo reciclável
e sua reutilização; racionalização do consumo de água e energia e sobre a importância
da preservação do patrimônio e da natureza. Esses projetos, se realizados na escola,
poderão ampliar a consciência do aluno sobre seu papel enquanto cidadão nas ações
de sustentabilidade.
68

1ª Série
1º Bimestre
Tema/ Conteúdo/Objetos de conhecimento Habilidades do Currículo
(2008 – 2019)

Prática de leitura

Relações de conhecimento sobre o gênero Elaborar estratégias de leitura de textos


do texto e antecipação de sentidos a partir de diversos, respeitando as diferentes
diferentes indícios. características de gênero.
Conto. Reconhecer os elementos básicos de
Lusofonia. textos literários.
A história da língua portuguesa. Reconhecer a língua portuguesa como
A língua e a constituição psicossocial do realidade histórica, social e geográfica,
indivíduo. como manifestação do pensamento, da
Literatura e Arte. cultura e identidade de um indivíduo, de
A literatura na sociedade atual. um povo e de uma comunidade.
Sinonímia e ideias-chave em um texto. Valorizar a identidade histórico-social
Poema. possibilitada pelo estudo das origens da
Notícia: informação, exposição de ideias e língua portuguesa, sua evolução e uso
mídia impressa. em diferentes contextos.
Lexicografia: dicionário, glossário, Identificar ideias-chave em um texto.
enciclopédia. Relacionar linguagem verbal com
linguagem não verbal presentes em
textos literários.
Atribuir significados pela comparação
entre textos a partir de diferentes
relações intertextuais.
Relacionar linguagem verbal com
linguagem não verbal presentes em
textos literários.
69

Prática de escrita

Estruturação da atividade escrita: projeto de Elaborar estratégias de produção de


texto, construção do texto, revisão. textos diversos (verbais e não verbais),
Notícia. respeitando as suas diferentes
Tomada de notas. características de gênero e os
Atividade midiática para o estudo dos procedimentos de coesão e coerência
gêneros (reportagem fotográfica, textuais.
propaganda, documentário em vídeo, entre Elaborar sínteses de textos de diversos
outros). gêneros, compreendendo a linguagem
Resumo de texto audiovisual (telenovela, como realização cotidiana em circulação
filmes, documentários, vídeos da internet, social, em mídias diversas, por meio de
entre outros). diferentes tipologias.
Legenda.

Prática de oralidade

A oralidade nos textos escritos. Elaborar discursos que expressem


Discussão de pontos de vista. valores pessoais e sociais, com base na
Expressão oral e tomada de turno. construção histórico-social do indivíduo,
preservando os direitos humanos e a
consciência reflexiva, crítica e cidadã.

Prática de análise linguística

Poema: estrutura do texto em verso e Relacionar o uso da norma-padrão às


prosa. diferentes esferas de atividade social.
Análise estilística: verbo - adjetivo - Analisar os efeitos semânticos e
substantivo expressivos produzidos pelo uso das
Aspectos linguísticos específicos da diferentes classes morfológicas (verbo,
construção dos gêneros apontados na adjetivo, substantivo).
prática da escrita.
Construção da textualidade.
70

Orientações pedagógicas

Prática de leitura e de oralidade

Para trabalhar essas práticas de linguagem, o professor pode partir de


discussões sobre o que é Literatura e Arte. As possibilidades de respostas para tais
conceitos objetivam ampliar repertório cultural. Essa estratégia favorece o exercício
da tomada de notas40 que, atrelada a atividades de oralidade, de escrita e de leitura,
tendem a confirmar dados, informações, buscar novos conhecimentos e conceitos não
discutidos previamente.
Nesse contexto, o professor tem a oportunidade de explorar o gênero verbete
de dicionário ou de enciclopédia, para complementar o debate anteriormente
estabelecido com os estudantes.
Os conceitos identificados, quando ligados ao tema Lusofonia41, por exemplo,
podem ser direcionados à realização de leituras e discussões, permitindo que,
também de forma empírica, se conceitue lusofonia, segundo experiências individuais
com a Língua Portuguesa. Para ilustrar a temática e repertoriar a discussão, sugere-
se o vídeo Língua, Vidas em Português, do programa Cultura é Currículo42.
Outra possibilidade é apresentar o texto Língua43, de autoria de Caetano
Veloso, que se mostra pertinente para o trabalho com intertextualidade temática.
Ainda nesse contexto, considera-se relevante a leitura de Origem da língua
portuguesa: um resumo da sua história44 (Flavia Neves) e do poema Mar
Português45 (Fernando Pessoa), para que o aluno perceba a intertextualidade
temática entre eles.

40 NOVA ESCOLA. A turma vai saber como tomar notas. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/2078/a-turma-vai-saber-como-tomar-notas>. Acesso em: 18 dez. 2018.
41 PEREIRA, Domingos Simões. O Conceito de Lusofonia e a cooperação na promoção e difusão da Língua

Portuguesa. Disponível em:


https://www.cplp.org/Files/Filer/cplp/Domingos_Simoes_Pereira/Discursos_DSP/SE_TNOVAS_13NOV08.pdf.
Acesso em: 18 dez. 2018.
42 O site Cultura é Currículo disponibiliza materiais que o professor pode utilizar com os alunos para o trabalho

com o vídeo Línguas em Português. Disponível em:


<http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/administracao/Anexos/Documentos/320140410110434caderno_cinema1_w
eb.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2018.
43
VELOSO. Caetano. Língua. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/44738/>. Acesso
em: 17 dez. 2018.
44 NEVES, Flávia. Origem da Língua Portuguesa: um resumo da sua história. Disponível em:
<https://www.normaculta.com.br/origem-da-lingua-portuguesa-um-resumo-da-sua-historia/.> Acesso em: 21 dez.
2018.
45 PESSOA, Fernando. Mar Português. In. Mensagem. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000004.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2018.
71

Quanto à leitura de textos narrativos, sugerimos a escolha de um conto, de uma


crônica, de um trecho de romance, entre outros que possibilitem o estudo de
elementos básicos da narrativa literária.
Antes de iniciar a leitura, o professor pode fazer perguntas para estimular os
alunos a discutirem a temática e o gênero textual escolhido, para ter um diagnóstico
a respeito do que eles já sabem sobre os elementos da narrativa.
Além da narrativa escolhida, recomenda-se a leitura e discussão de contos de
Machado de Assis, como Cantiga dos Esponsais46; de Lygia Fagundes Telles e/ou
Mia Couto.
Enfatiza-se que, durante o ato de leitura, é necessário discutir o tema, a
intencionalidade do texto, a ideia chave do conto, os elementos da narrativa (o espaço,
o tempo, as personagens, o narrador e o enredo). O objetivo, além de rever
nomenclaturas e conceitos básicos, é fazer com que percebam como esses elementos
funcionam dentro do texto. Para isso, o professor pode solicitar que os alunos tomem
notas e, a partir delas, construam um quadro-síntese a respeito do que foi discutido.
Importante também recomendar leitura de contos diversificados – autores de
diversas origens que produzam em Língua Portuguesa para a fruição da leitura
literária.

Prática de escrita

Levar para sala uma notícia, ler e discutir o texto com os alunos. Importante
que seja uma notícia atual do dia ou da semana. Pretende-se a discussão do gênero
texto informativo dentro da esfera jornalística e o estudo da estrutura composicional
desse gênero. Sugere-se, de início, a análise do lide (lead), como verificar a presença
de verbos na voz ativa e ênfase no tempo presente do modo indicativo. Importante
considerar as mídias impressa e digital e a intencionalidade comunicativa.
Na sequência da atividade, selecionar várias outras notícias, retirar o título e
levar à sala para trabalhar a escrita de possíveis títulos. Dessa forma, trabalha-se a
ideia chave de um texto, assim como o uso dos verbos no tempo presente.

46ASSIS, Machado. Cantiga dos Esponsais. Disponível em:


<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000198.pdf.>. Acesso em: 20 dez. 2018.
72

Pedir que os alunos levem à aula imagens retiradas de jornais, de revistas ou


da internet a fim de produzir legendas, após uma análise prévia com a classe, mediada
pelo professor.
Disponibilizar todas as imagens com suas respectivas legendas (trabalho já
concluído e exposto no mural da sala) para que escolham uma delas e a partir daí
escrevam suas próprias notícias. Nesse caso, considerar o mural como suporte
midiático.
Nessa atividade, pode-se chamar a atenção às etapas de construção de um
texto – planejamento, escrita, revisão. Alinhado à escrita da notícia, encontra-se o
estudo dos aspectos linguísticos próprios do gênero (uso dos verbos, escolhas lexicais
como adjetivos e substantivos), que permitem aos alunos a reflexão sobre os efeitos
de sentido de algumas escolhas. No trabalho de revisão dentro da prática escrita, o
estudo de pronomes e modalizadores permite a reflexão sobre a coesão e coerência.

Prática de análise linguística

Sugerimos que o trabalho com as habilidades de relacionar o uso da norma-


padrão às diferentes esferas de atividade social, bem como analisar os efeitos
semânticos e expressivos produzidos pelo uso de diferentes classes morfológicas,
propostas dentro da prática de análise linguística, seja pautado pelo uso,
aprofundamento e revisão dos aspectos linguísticos do texto. Esse movimento pode
auxiliar no processo de entendimento e reconstrução textual, de atribuição de sentidos
e ampliação de repertório.
O livro de gramática pode ser utilizado como material de consulta e pesquisa,
para o entendimento de definições. O uso adequado de verbos, substantivos e
adjetivos previstos para o bimestre, contribui para que o aluno compreenda os
mecanismos linguísticos envolvidos na escrita em conformidade com o proposto pela
norma-padrão.

Referências Bibliográficas

ASSIS, Machado. Cantiga dos Esponsais. Disponível em:


<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000198.pdf.>. Acesso em: 20
dez. 2018.
73

BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Caderno de


Educação em Direitos Humanos. Educação em Direitos Humanos: Diretrizes
Nacionais. Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos,
Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013. Disponível
em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=32
131-educacao-dh-diretrizesnacionais-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 21 dez. 2018.

CENTRO DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO INTEGRAL. O que é educação


Integral?. Disponível em: em: <http://educacaointegral.org.br/conceito/>. Acesso em:
18 dez. 2018.

CULTURA É CURRICULO. Línguas em Português. Disponível em:


<http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/administracao/Anexos/Documentos/320140410
110434caderno_cinema1_web.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2018.

NEVES, Flávia. Origem da Língua Portuguesa: um resumo da sua história.


Disponível em: <https://www.normaculta.com.br/origem-da-lingua-portuguesa-um-
resumo-da-sua-historia/>. Acesso em: 21 dez. 2018.

NOVA ESCOLA. A turma vai saber como tomar notas. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/2078/a-turma-vai-saber-como-tomar-notas>.
Acesso em: 18 dez. 2018.

ONU. Organização das Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: a Agenda


2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Disponível
em:<https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>. Acesso em: 21 dez. 2018.

PEREIRA, Domingos Simões. O Conceito de Lusofonia e a cooperação na


promoção e difusão da Língua Portuguesa. Disponível em:
<https://www.cplp.org/Files/Filer/cplp/Domingos_Simoes_Pereira/Discursos_DSP/SE
_TNOVAS_13NOV08.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2018
74

PESSOA, Fernando. Mar Português. In. Mensagem. Disponível em:


<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000004.pdf>. Acesso em: 21
dez. 2018.

PORTAL PORVIR. Especial Socioemocionais. Disponível em:


<http://porvir.org/especiais/socioemocionais/>. Acesso em: 13 dez. 2018.

VELOSO. Caetano. Língua. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/caetano-


veloso/44738/>. Acesso em: 17 dez. 2018.
75

2ª Série
1º bimestre
Conteúdos/Temas/Objetos de Habilidades do Currículo
conhecimento (2008 – 2019)

Prática de Leitura

Relações de conhecimento sobre o Relacionar conhecimentos sobre o gênero do


gênero do texto e antecipação de texto e antecipar sentidos a partir de diferentes
sentidos a partir de diferentes indícios.
indícios Distinguir as diferenças entre leitura de distração
Organização da informação e e leitura literária, atentando para o valor estético
utilização das habilidades do texto ficcional.
desenvolvidas em novos contextos Organizar a informação e utilizar as habilidades
de leitura desenvolvidas em novos contextos de leitura.
Texto narrativo Mobilizar informações, conceitos e
Textos em prosa: romance procedimentos em situações e gêneros textuais
Comédia diversos.
Texto lírico Reconhecer os elementos constitutivos que
Poema: visão temática caracterizam os gêneros romance, comédia de
Texto argumentativo costumes, poema, artigo de opinião e anúncio
Artigo de opinião publicitário.
Anúncio publicitário Identificar a presença de valores sociais e
A linguagem e a crítica de valores humanos atualizáveis e permanentes no
sociais patrimônio literário.
Distinguir notícia de artigo de opinião.
Analisar textos publicitários.
Distinguir enunciados objetivos e enunciados
subjetivos.
Reconhecer, em textos, os procedimentos de
convencimento utilizados pelo enunciador.
Reconhecer o impacto social das diferentes
tecnologias de comunicação e informação.
76

Relacionar – em artigos de opinião e anúncios


publicitários – opiniões, temas, assuntos,
recursos linguísticos, identificando o diálogo
entre as ideias e o embate dos interesses
existentes na sociedade.
Identificar em manifestações culturais,
individuais e/ou coletivas, elementos estéticos,
históricos e sociais.
Identificar categorias pertinentes para a análise e
interpretação do texto literário, bem como as
relações entre tema, estilo e contexto de
produção.

Prática de Escrita

Projeto de texto Desenvolver projeto de texto como momento de


Construção do texto o indivíduo construir a sua autoria e enfatizar sua
Revisão importância no cotidiano escolar.
Textos prescritivos Sintetizar opiniões.
Texto argumentativo (foco: escrita)
Artigo de opinião
Anúncio publicitário
Argumentação, expressão de
opiniões e mídia impressa
Intencionalidade comunicativa
A palavra e o tempo: texto e contexto
social
Os sistemas de arte e de
entretenimento
O século XIX e a poesia
O estatuto do escritor na sociedade

Prática de Oralidade
77

Discussão de pontos de vista em Estabelecer relações entre texto, valores e


textos publicitários. contemporaneidade.

Prática de Análise linguística:

Análise estilística: conectivos Elaborar estratégias de interpretação poética,


Aspectos linguísticos específicos da relacionando os elementos linguísticos do texto
construção da textualidade aos contextos de produção e leitura.
Construção linguística da superfície Estabelecer relações lógico-discursivas,
textual: uso de conectores analisando o valor argumentativo dos
Coordenação e subordinação conectivos.
Intertextualidade: interdiscursiva, Analisar, em textos de variados gêneros,
intergenérica, referencial e temática elementos sintáticos utilizados na sua
Lexicografia: dicionário, glossário, construção.
enciclopédia Analisar os efeitos semânticos e expressivos
Períodos simples e composto produzidos pela coordenação e subordinação de
Valor expressivo do período simples. períodos na construção de textos
argumentativos
Analisar os efeitos semânticos e expressivos, em
um texto, produzidos tanto pelo uso de períodos
simples ou compostos como pelo uso das
conjunções.

Orientações pedagógicas

Parte significativa do processo de análise dos sentidos de um texto está


diretamente relacionada à percepção de suas condições de produção, o que permite
ao leitor situá-lo como um evento discursivo. Nesse sentido, iniciar o trabalho a partir
da localização dos objetivos do texto, do suporte utilizado, das características do
gênero textual, do campo de circulação, do público a que se destina, da autoria,
do momento histórico, dos valores sociais predominantes é uma das ações que
exemplifica os primeiros passos para uma ação leitora mediada pelo professor.
78

Propiciar situações de aprendizagem em que se discutam semelhanças e


diferenças entre gêneros que circulam em campos artístico-literários47 e jornalísticos
amplia o escopo da análise. Essa comparação permite ao aluno:
• realizar inferências, por meio da ativação dos conhecimentos prévios e de
mundo, com o objetivo de reconstruir o sentido do texto;
• reconhecer e comprovar suportes característicos de determinados gêneros;
• aplicar conhecimentos para a produção de gêneros textuais (orais e escritos)
em estudo.
O grau de dificuldade da tarefa de leitura, entretanto, dependerá da
familiaridade do leitor com os gêneros textuais, com o assunto neles tratado, entre
outros elementos, e, por esse motivo, sugere-se ao professor oferecer ao aluno a
maior variedade possível dos gêneros propostos para o bimestre. Essa seleção de
gêneros é válida, também, para repertoriar o estudante para atividades de escrita e
de oralidade.
Com o objetivo de ampliar as possibilidades de compreensão global do texto,
é importante que os alunos possam participar de diferentes situações de leitura
(silenciosa, coletiva, oral, individual e compartilhada) para, por exemplo:
• formular hipóteses sobre o texto a ser lido, baseando-se no gênero, no título,
no subtítulo, nas ilustrações;
• trocar ideias sobre o que foi lido na forma de discussões e/ou debates.
Recomenda-se, além disso, o trabalho com as relações de intertextualidade
e de interdiscursividade, que pode ter como base as seguintes concepções48:

Percepção de relações de Quanto maior é o número de relações


intertextualidade que o leitor estabelece entre o que está
lendo e o que já leu, ouviu, conversou,
assistiu etc., sobre o mesmo tema, mais
efetivo é o diálogo que ele trava com o
texto. Assim, por meio de comentários,
perguntas, retomadas, solicitação de

47 Animações letradas na Plataforma. Disponível em:


<http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-dica-letrada/982/animacoes-letradas-na-
plataforma.html>. Acesso em: 21 dez. 2018.
48 BARBOSA, J.; GARCIA, A. L. M. ―Síntese das capacidades de leitura com sugestões de como

desenvolver‖. Programa Ensino Médio Em Rede. CENP/SEE-SP/MEC/PNUD, 2004.


79

pesquisas etc., é muito útil ―refrescar


sua memória lembrando-o de conteúdos
presentes em outros textos relacionados
ao que está lendo, imaginando outros
textos possíveis.
Segundo Bakhtin, todo texto é de
alguma forma resposta a textos
anteriores e está prenhe de respostas
ulteriores.

O mesmo princípio anterior vale para


Percepção de relações de esta capacidade no que diz respeito
interdiscursividade agora não a conteúdos do texto, mas a
outros discursos aos quais o texto em
questão remete. Assim, por exemplo,
muitas vezes só é possível
compreender uma referência, uma nota
bibliográfica, uma ironia ou mesmo
realizar uma inferência quando se leva
em conta os discursos com os quais o
texto dialoga, o que sempre inclui, para
além dos textos, os contextos de
produção desses textos. Atividades que
levem o aluno a identificar ou explicitar
tais diálogos favorecem esta
capacidade.

Percebe-se, com isso, que a mediação da leitura feita pelo professor sempre
será importante no ambiente escolar e está inteiramente ligada à condução de
estratégias de leitura que podem propiciar aos alunos experiências como
comprovação de informações, ligações com o repertório de conhecimento que já
possuem, contato com novas aprendizagens, entre outras múltiplas possibilidades
que envolvem desde o estabelecimento de relações entre textos até a análise
linguística que requer compreensão de conceitos e de escolhas gramaticais presentes
no texto.
80

Prática de escrita e análise linguística

A organização de um projeto de texto importa a incorporação de práticas que


levem à autonomia da produção escrita.
Isso implica entender que produção textual não se refere apenas à construção
de um texto de determinado gênero, para uma situação de comunicação estabelecida,
mas também à realização de atividades que solicitam do aluno a escrita de pequenos
trechos para respostas a perguntas, comentários para interpretar textos,
apontamentos durante leituras etc.
Especificamente, para a prática de escrita, orientamos que se deixe clara a
situação comunicativa a partir da qual o texto – oral ou escrito – será produzido,
apresentando aos alunos os elementos que constituem o contexto de produção,
conforme Bräkling49 aponta:
• definir o leitor do texto;
• dizer qual a finalidade do texto;
• estabelecer onde o texto vai circular;
• determinar o portador do texto;
• propor o gênero a ser produzido;
• combinar de que posição social o autor vai falar.
Dessa forma, os alunos poderão perceber, com a ajuda do professor, a
necessidade de adequar sua produção textual a elementos do contexto de produção
e aos conhecimentos linguístico-gramaticais, a fim de que adequem suas escolhas às
possibilidades de compreensão de seus interlocutores.
Além disso, ressalta-se que as atividades associadas às práticas de leitura e/ou
produção de textos dos mais diversos gêneros e campos de atuação favorecem
a reflexão sobre o uso da língua. Recomendamos, para isso, a leitura do texto de
Geraldi50, intitulado Atividades epilinguísticas no ensino de língua materna, a
respeito de como lidar com a correção formal.

49BRAKLING, Kátia Lomba. O contexto de produção de textos. Disponível em:


<http://www.academia.edu/18097435/Apontamentos._O_Contexto_de_Produ%C3%A7%C3%A3o_de_Textos>.
Acesso em: 21 dez. 2018.
50 GERALDI, João Wanderley. Atividades epilinguísticas no ensino de língua materna. Disponível
em:<http://blogdogeraldi.com.br/atividades-epilinguisticas-no-ensino-de-lingua-materna/> Acesso em:12 dez.
2018.
81

Referências Bibliográficas

BRÄKLING, Kátia Lomba. Leitura Colaborativa. Disponível em: <


http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/leitura-colaborativa>.
Acesso em: 12 dez.2018.

____________________________________. O contexto de produção de textos.


Disponível em:
<http://www.academia.edu/18097435/Apontamentos._O_Contexto_de_Produ%C3%
A7%C3%A3o_de_Textos>. Acesso em: 21 dez. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros em Ação, Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
Brasília: MEC; SEMTEC, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN


+ Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais. Brasília: MEC; SEMTEC, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Orientações


Curriculares para o ensino médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
volume 1. Brasília: MEC; SEB, 2006.

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. O uso de estrangeirismos - Uma forte


influência entre os falantes. Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-uso-estrangeirismosuma-forte-influencia-
entre-os-.htm>. Acesso em: 04 dez. 2018.
82

GERALDI, João Wanderley. Atividades epilinguísticas no ensino de língua


materna. Disponível em: <http://blogdogeraldi.com.br/atividades-epilinguisticas-no-
ensino-de-lingua-materna/>. Acesso em: 12 dez. 2018.

GIARDINELLI, Mempo. Voltar a ler – propostas para ser uma nação de leitores. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 2010.

NÓBREGA, Maria José. O tempo da leitura e a organização das sequências


didáticas. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/358638349/OTempo-Da-
Leitura-e-a-Organizacao-Das-Sequencias-Didaticas>. Acesso em: 12 dez. 2018.

PEREZ, Luana Castro Alves. Estrangeirismos. Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/redacao/estrangeirismos.htm>. Acesso em: 04 dez.
2018.

PLATAFORMA DO LETRAMENTO. Animações letradas na Plataforma. Disponível


em: <http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-dica-letrada/982/animacoes-
letradas-na-plataforma.html>. Acesso em: 21 dez. 2018.

PLATÃO, Francisco; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto – Leitura e redação.
São Paulo: Ática, 2001.

RAMOS, Elaine Cristina Gonçalves. Capacidades de Leitura: da leitura à prática.


Disponível em:
<https://drive.google.com/file/d/0BzdzrlkTd3NrcEZwUExwQlBjUUU/view>. Acesso
em: 21 dez. 2018.

______. Fruição. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/155-


ca82cpSlyEBAOWsk_Qn07CFVpyUS0/view?usp=sharing>. Acesso em: 18 dez.
2018.

______. Roda de Leitura. Disponível em:


<https://drive.google.com/file/d/13D1RkGG75-
euVA3xw4ihRF0beCET4zkZ/view?usp=sharing>. Acesso em: 18 dez. 2018.
83

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (Org.). Multiletramentos na escola. São Paulo:


Parábola Editorial, 2012.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São


Paulo: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. São Paulo: SEE, 2010

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do Professor de Leitura e


Produção de Texto. São Paulo: SEE, 2010.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do Professor de


Literatura. São Paulo: SEE, 2010.

SÃO PAULO (Estado). Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e


suas tecnologias. Secretaria da Educação. São Paulo, SP: SEE, 2010.
<http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/237.pdf>. Acesso
em: 12 dez. 2018.
84

3ª Série
1º Bimestre
Tema / Conteúdo / Habilidades do Currículo
Objeto do Conhecimento (2008 – 2019)

Práticas de Leitura

Textos para leitura e escrita. Ler, compreender, analisar e


Relatos de experiência, páginas de interpretar: relatos de experiência,
internet, boletins informativos. páginas de internet, boletins
Características do trabalho voluntário. informativos, piadas, adivinhas,
Depoimento de experiência de trabalho verbetes de dicionário, diálogos,
voluntário. cartum, HQ, resenha, entre outros,
Poemas. inferindo traços característicos, bem
Linguagem verbal e linguagem visual nos como finalidades e usos sociais.
textos em quadrinhos. Relacionar diferentes produções
A literatura e a construção da artísticas e culturais contemporâneas
modernidade e do moderno. com outras obras do passado,
Linguagem e o desenvolvimento do olhar procurando aproximações de tema e
crítico. sentido.
A narrativa moderna.
A lírica moderna.
Resenha crítica.

Práticas de Escrita

Texto prescritivo. Localizar e interpretar informações em


Depoimento de experiência de trabalho um texto para apresentar uma opinião
voluntário. e construir argumentação.
Resenha Crítica. Produzir um depoimento de
Antologia Poética. experiência de trabalho voluntário,
HQ. compreendendo a produção como um
Texto de opinião.
85

processo em etapas de elaboração e


reelaboração.
Produzir Antologia Poética, HQ,
resenha crítica, texto de opinião.

Práticas de Oralidade

Construção de opinião / argumentação. Produzir um depoimento de


Depoimento de experiência de trabalho experiência de trabalho voluntário,
voluntário. compreendendo a produção como um
Discussão de pontos de vista em textos processo em etapas de elaboração e
literários. reelaboração.
Identificar e analisar características
próprias da modernidade.

Práticas de Análise Linguística

O uso dos tempos verbais: presente e Identificar as situações de uso de


presente perfeito. diferentes tempos verbais.
As regras de uso de numerais em textos. Identificar diferentes usos do presente
Vocativo e Aposto. perfeito (expressar continuidade de
Eco. ações, falar de experiência de vida,
Concordância Nominal e Verbal. dar notícias).
Elementos de coesão. Reconhecer e diferenciar vocativo e
aposto.
Identificar e saber utilizar, em
produções textuais, os conceitos de
concordância e de elementos de
coesão.
Reconhecer a intencionalidade da
aplicação do eco em textos escritos.
86

Orientações pedagógicas

Para iniciar o trabalho com esse grupo de práticas sociais de linguagem,


sugerimos a leitura e a análise do texto “Bom Conselho”, de Chico Buarque51. A letra
da canção contribui para a identificação de alguns ditos ou provérbios populares e
possibilita a associação de sentidos diferentes para eles.
Ao lermos os trechos (1) “Faça como eu digo/Faça como eu faço”; (2) “Devagar
é que não se vai longe”, o sentido consolidado pela cultura popular é resgatado e
alterado. Nesse momento, o professor pode estimular a retomada de concepções que
deram origem às novas atribuições de sentido.
Sendo assim, um “Faça como eu digo/Faça como eu faço” compreende efeito
de sentido diferente ao captado em “Faça como eu digo/Não faça o que eu faço” ou
“Devagar é que não se vai longe” para “Devagar é que se vai longe”. Os opostos são
reafirmados e a intencionalidade pode ser comprovada por meio dessa aproximação.
Novas configurações para essas (e outras) orações podem ser criadas e exploradas,
atentando para a adequação linguística (escolha de conectivos, modificadores,
vocábulos etc.).
Para esse trabalho, sugerimos a construção de tabela com colunas
comparativas, duas delas contendo as expressões acima elencadas e uma terceira
reservada para criação de novas versões:

Versos da canção Versão popular Nova versão


conhecida52
Faça como eu digo/Faça Faça como eu digo/Não
como eu faço faça o que eu faço
Devagar é que não se vai Devagar é que se vai
longe longe

A atividade, a critério do professor, pode conter variações, tais como:

51HOLANDA, Chico Buarque de. Bom Conselho. Disponível em: Disponível em:
<http://www.chicobuarque.com.br/letras/bomcons_72.htm >. Acesso em: 18 dez. 2018.
52 Por serem populares e terem um longo caminho historicamente percorrido, essas expressões

podem carregar modificações em sua estrutura.


87

• Ampliação da tabela comparativa com a inserção de outros ditos/provérbios


populares.
• Produção de paródias baseadas no texto de Chico Buarque (que também
podem ser transformadas em músicas com ritmos variados).
• Criação de um ambiente de debate que propicie a discussão a respeito da
intencionalidade pretendida pelo autor.
• O levantamento de intencionalidades pode motivar, por exemplo, a criação de
enunciados argumentativos, de frases de efeito publicitário, de artigos de
opinião.

Depois de rever a motivação de alguns ditos/provérbios populares, o conto “Cem


Anos de Perdão”, de Clarice Lispector, confere outra possibilidade de trabalho
interpretativo, desde a exploração do título, que pode partir de um levantamento de
hipóteses, até a busca de informações que relacionem essas hipóteses ao enredo.
Nessa atividade, é possível, entre outros elementos, enfatizar (pela leitura do conto)
procedimentos que requeiram:
• antecipação e comprovação de informações;
• organização de ideias;
• defesa de argumentos;
• concepções intertextuais;
• levantamento dos elementos da narrativa;
• reconhecimento da estrutura do gênero textual.

Quanto à constituição de intencionalidades e considerando o trabalho com


provérbios populares, sugerimos, após a leitura, apreciação e reflexão do texto
proposto, a análise do seguinte trecho retirado do conto de Clarice:

“[...] Nunca ninguém soube. Não me arrependo: ladrão de rosas e de pitangas tem
100 anos de perdão. As pitangas, por exemplo, são elas mesmas que pedem para ser
colhidas, em vez de amadurecer e morrer no galho, virgens”.
Disponível em: https://www.revistaprosaversoearte.com/cem-anos-de-perdao-clarice-lispector/
88

Estimular os alunos a localizarem o trecho que remete ao provérbio popular


consolidado e compará-los, possibilita a identificação das semelhanças e diferenças
entre eles:

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

“ladrão de rosas e de pitangas tem 100 anos de perdão”.

Se considerarmos a ausência nos recortes acima dos trechos “que rouba


ladrão” e “de rosas e de pitangas”, concluímos a importância das escolhas ao
produzirmos textos. Dizer “Ladrão tem cem anos de perdão” carrega um sentido
completamente diferente do pretendido pelos enunciados completos.
Podemos, com isso, perceber a importância que deve ser direcionada à escolha
das palavras no ato da escrita de um texto, assim como o cuidado com o uso dos
conectivos, da pontuação, da adequação vocabular, entre outros procedimentos.
Com relação a atividades que envolvem pontos de vista, pode-se suscitar um
debate em defesa dos sentidos provocados pelas duas expressões: a popular e a de
Clarice. Elas possuem o mesmo objetivo? Por quê? O que diferencia esse tipo de
roubo daquele que acontece no nosso dia a dia?
Procura-se, a partir desses questionamentos, incentivar a defesa de pontos de
vista para uma possível produção de um artigo de opinião. Para a escrita de uma
resenha53 crítica54, o texto “Cem anos de perdão” carrega um material propício, que
demandará pesquisa sobre a obra que contém o conto, sobre a autora, apontamentos
referentes ao contexto histórico-literário etc.
Lembramos que a condução das aulas atreladas às várias estratégias de leitura
e de escrita podem possibilitar o aperfeiçoamento da proficiência esperada para o
aluno da 3ª série do Ensino Médio. Pretende-se, com isso, que ele seja capaz de agir
ética, crítica e criativamente em todos os campos de atuação que envolvem as
práticas sociais.

53Como prática, sugere-se também a construção de uma Resenha Crítica utilizando uma música, um
poema, um filme, um livro etc.
54GAZOLA, André. Como fazer uma resenha. Disponível em < https://www.lendo.org/como-fazer-uma-

resenha/ >. Acesso em: 18 dez 2018.


89

Prática de Análise Linguística

Salientamos que a análise dos aspectos linguísticos do texto está presente nas
demais práticas, enfatizando a importância de atribuir sentidos ao estudo e reflexão
sobre os usos da língua nos processos de escrita.
Sugerimos que o trabalho com as habilidades de relacionar o uso da norma-
padrão às diferentes esferas de atividade social, bem como analisar os efeitos
semânticos e expressivos produzidos pelo uso das classes morfológicas, propostas
dentro da prática de análise e reflexão sobre a escrita, seja pautada pelo uso,
aprofundamento e revisão dos aspectos linguísticos que auxiliam no processo de
entendimento e reconstrução textual, focando nos processos de atribuição de sentidos
e ampliação de repertório.
O livro didático pode ser utilizado como material de consulta e pesquisa para o
entendimento de definições e reflexões sobre o uso linguístico-gramatical.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Questões do Enem. Disponível em <


http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos >. Acesso em: 18 dez 2018.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros em Ação, Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
Brasília: MEC; SEMTEC, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN


+ Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais. Brasília: MEC; SEMTEC, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Orientações


Curriculares para o ensino médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
volume 1. Brasília: MEC; SEB, 2006.
90

BUNDE, Mateus. Antologia Poética. Disponível em: <


https://www.todoestudo.com.br/portugues/antologia-poetica >. Acesso em: 19 dez
2018.

CENPEC. Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o futuro. Jogos de


Aprendizagem. Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-
publicacoes/colecao-da-olimpiada/artigo/213/jogos-de-aprendizagem-artigo-de-
opiniao>. Acesso em: 20 dez 2018.

GAZOLA, André. Como fazer uma resenha. Disponível em <


https://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/ >. Acesso em: 18 dez 2018.).

HEINE, Evelyn. Como fazer uma história em quadrinhos. Disponível em: <
http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html>. Acesso em: 19 dez
2018.

HOLANDA, Chico Buarque de. Bom Conselho. Disponível em: Disponível em:
<http://www.chicobuarque.com.br/letras/bomcons_72.htm>. Acesso em: 18 dez 2018.

__________________________. João e Maria. Disponível em: <


http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=jooemari_77.htm >.
Acesso em: 19 dez 2018.

INTRO PICTURES. Tudo que é sólido pode derreter. 12º episodio– O guardador de
rebanhos. (24m10s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bTEq-
IXKu0k>. Acesso em: 18 dez 2018.

MATTE, Ana. Avaliar uma resenha... Disponível em:


<http://ueadsl.textolivre.pro.br/arquivos/sobreEscrita/AvaliarResenha.pdf>. Acesso
em: 20 dez 2018. (Adaptado)
91

NETO, Pasquale Cipro. Meias Palavras – Sua Língua. Disponível em: <
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co
_obra=50386 > Acesso em: 18 dez 2018

PACHECO, Mariana do Carmo. Diferenças entre resenha crítica e resumo. Disponível


em < https://brasilescola.uol.com.br/redacao/diferencas-entre-resenha-critica-
resumo.htm >. Acesso em: 18 dez 2018.

REGINA, ELIS. Tiro ao Álvaro. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/elis-


regina/101410/>. Acesso em: 20
dez 2018.

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (Org.). Multiletramentos na escola. São Paulo:


Parábola Editorial, 2012.

Avaliação

“A ação avaliativa de acompanhamento e reflexão necessita de consciência


metodológica”. Essa é uma das práticas defendidas por Jussara Hoffmann55 (2007,
p.54) e que contempla o viés desejável quando tratamos de avaliação, um tema
passível de várias concepções e especulações.
Longe de debater uma fortuna crítica, cabe-nos aqui destacar a avaliação
associada a processo, que atrai fazeres contínuos, evolutivos, gradativos em termos
de complexidade. É essa concepção que entendemos ser a resposta para alcançar a
diversidade e a heterogeneidade constantemente encontradas nas salas de aula. Para
isso, variar instrumentos avaliativos56 é sinônimo de oportunizar aos alunos a
utilização de diferentes estratégias e procedimentos para o entendimento dos mais
variados objetos de conhecimento.

55 Jussara Hoffmann - avaliação mediadora: disponível em


<https://www.youtube.com/watch?v=N2rWnlyzw40> (acesso em 20 dez. 2018).
56 Para saber mais: <http://novaescolaclube.org.br/sites/revista_digital/files/especial-planejamento-

40-avaliacao-tabela.pdf >. Acesso em: 11 dez. 2018.


92

Provas objetivas, provas dissertativas, projetos, seminários, debates, relatórios,


autoavaliação, observação diária do professor, entre outros, exemplificam a prática
docente e acolhem as várias possibilidades de acompanhar o desempenho
pedagógico do estudante.
É o acompanhamento do processo de aprendizagem que colabora com o ato
reflexivo inerente ao educador. Com base nesse contexto, destacamos, a seguir, dois
questionamentos propostos por Hoffmann (2008, p. 55) que, se respondidos
coerentemente, podem conferir pistas importantes para o trabalho do professor. São
eles:
• O que meu aluno compreende?
• Por que ele não compreendeu?
Segundo a autora (HOFFMANN, 2008, p. 56), esse é “o primeiro passo no
sentido de aproximar-se do aluno, refletindo sobre o significado de suas respostas
construídas a partir de vivências próprias”.
Avaliar nossos alunos da educação básica no sentido de simplesmente medir
conhecimentos aprendidos afasta o fazer pedagógico da tríade acompanhar-refletir-
mediar. O trabalho metodológico deve estar a serviço da aprendizagem que,
entendida aqui como direito de todos, precisa ser inclusiva, processual e diversificada.
A efeito de sugestão, recomendamos que o professor retome as orientações do
bimestre, de cada ano/série, considerando os objetos de conhecimento, as
habilidades e as abordagens para as diferentes práticas (leitura, escrita, oralidade e
análise linguística); além de associar esse processo às atividades de recuperação.

Recuperação

Os trabalhos voltados à recuperação de aprendizagens precisam considerar


diagnósticos realizados por meio de instrumentos avaliativos – situações de
aprendizagem, sequências didáticas, sequências de atividades57, provas, trabalho em
grupo, entre outros.
Esse processo deve se dar de forma contínua e coligado ao fazer diário do
docente em sala de aula, a partir de ferramentas que favoreçam a aplicação, pelo

57 Ver Anexos.
93

professor, de métodos de intervenções pontuais, ligadas às dificuldades específicas


apresentadas pelos estudantes.
A recuperação contínua precisa dialogar com os objetos de conhecimento
fundamentais para o desenvolvimento de determinada habilidade e,
consequentemente, necessários para a continuidade dos estudos.
Entre outros recursos que o professor considerar convenientes e adequados ao
contexto, sugerimos a utilização de:
• aulas destinadas à revisão de objetos de conhecimento;
• atividades para estudo e pesquisas;
• aulas envolvendo instrumentos multimidiáticos (videoaulas, curta metragens,
filmes, imagens etc.);
• agrupamentos produtivos;
• aulas invertidas;
• atividades com projetos.
Diante disso, salientamos que as atividades de recuperação precisam considerar
o estudo contínuo e progressivo dentro do percurso escolar do estudante, garantindo
a ele a possibilidade de gerenciar sua própria aprendizagem. Para isso, é relevante
que o professor o auxilie a:
• atuar em grupos de estudos colaborativos;
• entender que os objetos de conhecimento estão atrelados às habilidades e às
competências;
• compreender que as atividades escolares estão articuladas às práticas sociais.
• trabalhar com projetos.
94

ANEXOS – SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES58 E GRADES DE CORREÇÃO

Anexo 1 – Atividade de leitura e produção textual

Orientações para o professor

Sugere-se, abaixo, uma sequência de estratégias de leitura que poderá subsidiar a


atividade de produção textual, a partir do conto59 “O lobisomem bondoso”, extraído do
livro “Lá vem história outra vez”60, de Heloisa Prieto.
Para o desenvolvimento da atividade, o professor necessitará ter o texto em mão.
Os alunos, por sua vez, utilizarão uma folha para rascunho e outra para passar a
produção escrita a limpo.
O trabalho poderá ser dividido em dois momentos e aplicado em duas ou mais aulas,
de acordo com as necessidades apresentadas pela turma.

1ª Etapa

• Para essa atividade, somente o professor deverá ter o texto em mão.


• A leitura, a ser feita pelo professor, pretende utilizar a apreensão do enredo,
dos principais acontecimentos do conto, da sequência dos fatos e da linguagem
utilizada, entre outros, a partir da estratégia da escuta. Para tanto, caso
necessário, o texto poderá ser lido mais de uma vez.

• Em seguida à leitura, o professor solicitará aos alunos que contem oralmente a


história e observará se, durante o reconto, eles se apropriaram dos principais
elementos narrados:

58Material disponibilizado para o Planejamento de 2018


59O conto de Heloisa Prieto é somente uma sugestão. O professor, caso considere pertinente, poderá
escolher outro texto para explorar elementos da narrativa e sequência de acontecimentos.
60
PRIETO, Heloisa. O lobisomem bondoso. In: Lá vem história outra vez: contos do folclore mundial Il. Daniel
Kondo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. p. 72-73.
95

✓ Quem são as personagens que aparecem na história?


✓ Onde se passa a história?
✓ O que aconteceu primeiro? E depois? Como acabou a história?
(sequência dos acontecimentos)
2ª Etapa
Após a realização da atividade acima, sugere-se que o professor oriente o aluno a

• escrever o que lembra do texto,


• fazer um rascunho,
• verificar se o leitor de seu texto compreenderá o que você escreveu,
• passar o rascunho a limpo, utilizando caneta de tinta azul ou preta,
• caprichar na letra,
• colocar título,
• utilizar a modalidade padrão da Língua Portuguesa.

Observação: Nessa etapa, é aconselhável que o professor não faça


intervenções, pois o objetivo principal é observar o que os alunos apreenderam
da narrativa lida, o que eles já sabem sobre a estrutura do gênero e também
sobre os elementos ligados às práticas de linguagem.

Atenção: Caso não seja possível aplicar as duas etapas na mesma aula, o
professor poderá ler o conto novamente, antes da segunda etapa, como forma
de assegurar que a turma recupere elementos importantes da história.

Para analisar a escrita do aluno, sugerimos ao professor utilizar os critérios


abaixo61:

61
Grade adaptada do Caderno Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - A ocasião faz o escritor:
orientação para produção de textos. Equipe de produção Maria Aparecida Laginestra, Maria Imaculada Pereira.
São Paulo: Cenpec, 2010. (coleção Olimpíada).
96

Critérios Descritores

1. Adequação ao tema O texto reconta o que foi lido?

O tempo e o espaço estão determinados?


As personagens estão presentes?
2. Adequação às características do Há introdução do elemento
gênero complicador/conflito?
O texto garante a presença da maioria dos
acontecimentos narrados?
Há condução ordenada no desenvolvimento
das ações?
Há relação de causa e consequência entre os
fatos narrados?
A narrativa está em primeira pessoa?
O conflito/desfecho criado foi resolvido?
3. Uso das convenções da escrita As palavras estão segmentadas corretamente?
As palavras obedecem às regras ortográficas?
O texto apresenta adequadamente letras
maiúsculas e minúsculas?
A pontuação está adequada?
O discurso direto e/ou indireto foi utilizado
adequadamente?
O texto apresenta uso adequado de concordância
nominal e verbal?
A paragrafação está adequada?
Sinônimos foram utilizados para evitar repetição de
determinadas palavras?
97

Texto “O lobisomem bondoso”, Heloisa Prieto

O lobisomem bondoso

Na antiga França vivia um menino que adorava passear ao luar. Para ele, a
noite era um período mágico e, embora seus pais não gostassem desses passeios,
quando a lua estava cheia, ele não conseguia ficar em casa. Foi justamente numa
dessas noites que acabou chegando ao bosque das bruxas. Ele estava caminhando
pela mata quando ouviu uma estranha melodia e resolveu descobrir de onde ela vinha.
Porém, nesse instante uma sombra passou por ele. O menino virou-se a tempo de ver
o que era: um homem imenso, todo peludo, com cabeça de lobo — um lobisomem!
Morrendo de curiosidade, o garoto deixou o medo de lado e seguiu o
lobisomem, floresta adentro. Viu-o dirigir-se até uma clareira onde havia um estranho
círculo e, dentro dele, bruxas horríveis dançavam sem parar. Era o sabá, a terrível
reunião das bruxas. Serpentes de fogo desciam dos céus, dragões imensos
sobrevoavam as bruxas, sapos caíam por terra. O menino começou a ficar com medo.
“E se uma delas me descobrir? Será que serei comido vivo?”, pensou. E nesse
momento a lua brilhou com tanta intensidade que ele pôde reconhecer o lobisomem:
era Jean, o ferreiro da vila.
O susto foi tão grande, que o menino ficou paralisado quando o lobisomem o
viu de longe e depressa aproximou-se dele. O garoto tinha certeza de que seu fim
havia chegado, de que seus pais tinham razão, ele deveria ter ficado em casa, mas
quando Jean lhe dirigiu a palavra, teve ainda outra surpresa:
— Calma, garoto. Eu vim para ajudá-lo. Não quero que você se torne um
prisioneiro das bruxas como eu. Sabe, elas podem se tornar muito lindas. Eu me
apaixonei por uma delas, e quando percebi o que estava acontecendo, era tarde
demais. Agora sou metade homem, metade animal. Mas, nesses anos de feitiço, pude
ver e aprender muitos dos truques das bruxas. Sei que só uma criança pode me
libertar do feitiço do lobisomem. Você me ajuda?
O menino concordou em ajudar seu pobre amigo e os dois elaboraram um
plano. Depois, o lobisomem o levou de volta para casa. Na noite seguinte, o garoto
regressou à clareira para cumprir o combinado. O lobisomem apareceu e lhe entregou
uma espada mágica:
98

— Você deve me ferir na frente da rainha das bruxas, meu amiguinho. Eu ficarei
parado à espera de seu golpe. Mas você precisará de coragem para atravessar o
círculo do mal.
Em seguida, o lobisomem desapareceu e o menino se viu sozinho, na mata
cheia de bruxas, apenas com uma espada na mão. Mesmo assim, ele caminhou
corajosamente até a clareira. Ouviu a mesma estranha melodia e viu os mesmos seres
tenebrosos sobrevoando a dança das bruxas. Continuou a caminhar e permitiu que
as bruxas e monstros o avistassem.
— Uma criança! — gritou uma delas. — Hoje teremos um belo jantar!
Apavorado, o menino respirou fundo e continuou a caminhar. A gritaria era
terrível e seus cabelos foram quase queimados pelas chamas dos dragões, mas
mesmo assim ele prosseguiu até encontrar seu amigo, o bom lobisomem, sentado
diante da mais medonha das bruxas. Sem dizer uma única palavra, o menino levantou
a espada e fez um pequeno corte no braço do lobisomem. No mesmo instante,
desapareceu tudo.
— Você me salvou, meu menino! Você quebrou o feitiço! — disse o ferreiro
emocionado.
E foi assim que um pequeno menino libertou um forte ferreiro do feitiço da
rainha das bruxas, por quem um dia ele havia se apaixonado.
(História do folclore francês)

PRIETO, Heloisa. O lobisomem bondoso. In: Lá vem história outra vez: contos do folclore mundial Il.
Daniel Kondo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. p. 72-73.

Comentários e Recomendações Pedagógicas

A produção textual solicitada requer do aluno alguns cuidados como:

● Reconto da história sem fugir ou extrapolar o tema.


Caso o professor verifique dificuldades, sugere-se a adoção das seguintes estratégias:

✓ Leitura em sala de outras narrativas, entre eles: contos, crônicas, trechos de


romances, letras de música que contam uma história.
99

✓ Reconto oral pela turma com a mediação do professor, que pode interferir quando
perceber que não foram contemplados pontos principais da narrativa.
✓ Produção escrita, ora em dupla, ora individual.
✓ Troca de textos entre alunos para correção.
✓ Leitura oral de algumas produções para que o restante da sala, com a mediação do
professor, analise e exponha se falta algo no texto do colega.

● Presença dos elementos da narrativa62: personagens, espaço, tempo, foco narrativo e


enredo (com suas partes): início, elemento complicador/conflito, clímax e o desfecho.

Exemplo:
Elementos da Texto
narrativa
➢ Personagens Em seguida, o lobisomem desapareceu e o menino se viu
sozinho, na mata cheia de bruxas, apenas com uma
espada na mão. [...]. Continuou a caminhar e permitiu que
as bruxas e monstros o avistassem.

➢ Espaço (lugar) Na antiga França [...]


[...] que acabou chegando ao bosque das bruxas.
➢ Tempo [...] a noite era um período mágico e, embora seus pais não
gostassem desses passeios, quando a lua estava cheia,
[...]. Foi justamente numa dessas noites [...]
➢ Foco narrativo Narrador-observador:
[...] o lobisomem desapareceu e o menino se viu sozinho
Continuou a caminhar e permitiu que as bruxas e
monstros o avistassem.
[...] por quem um dia ele havia se apaixonado.
(verbos e pronomes em terceira pessoa)
➢ Enredo Na antiga França vivia um menino que adorava passear ao
➢ luar. Para ele, a noite era um período mágico e, embora seus

62 GANCHO, Cândida Vilares. Como Analisar Narrativas. 7. ed. São Paulo: Ática, 2006. (Série Princípios)
100

●Início pais não gostassem desses passeios, quando a lua estava


cheia, ele não conseguia ficar em casa.

Foi justamente numa dessas noites que acabou chegando


ao bosque das bruxas. Ele estava caminhando pela mata
●Elemento
quando ouviu uma estranha melodia e resolveu descobrir de
complicador/
onde ela vinha
conflito

Apavorado, o menino respirou fundo e continuou a caminhar.


A gritaria era terrível e seus cabelos foram quase queimados
pelas chamas dos dragões, mas mesmo assim ele
prosseguiu até encontrar seu amigo, o bom lobisomem,
●Clímax
sentado diante da mais medonha das bruxas. Sem dizer uma
única palavra, o menino levantou a espada e fez um pequeno
corte no braço do lobisomem.
No mesmo instante, desapareceu tudo.
— Você me salvou, meu menino! Você quebrou o
feitiço! — disse o ferreiro emocionado.
E foi assim que um pequeno menino libertou um forte
ferreiro do feitiço da rainha das bruxas, por quem um dia ele
havia se apaixonado.

●Desfecho

Nas narrativas em sala de aula, o professor pode solicitar que os alunos preencham
esse quadro coletivamente, ou pode pedir que os alunos o façam individualmente.

O professor pode chamar a atenção do aluno sobre outras questões presentes no texto:
1) Figura de linguagem – hipérbole. Segundo CEGALLA (1989:525), é “uma
afirmação exagerada. É uma deformação da verdade que visa um efeito
expressivo (CEGALLLA, 1989, p.525)63”. No texto, ao exagerar na curiosidade
sentida pelo menino. Observamos esse fenômeno em: “Morrendo de curiosidade

63CEGALLA, Domingos Paschoal. NOVÍSSIMA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. 32. ed. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1989. p. 525.
101

[...]”.. Essa habilidade está contemplada na Matriz de Referência da AAP –


“Identificar recursos semânticos expressivos (figura de linguagem) – H25.”

2) Discurso direto – no texto, esse tipo de discurso aparece com a seguinte


constituição: um verbo dicendi (de narrar, relatar, falar, afirmar etc.) seguido de
dois pontos e travessão:

a) “[...], mas quando Jean lhe dirigiu a palavra, teve ainda outra surpresa:
— Calma, garoto. Eu vim para ajudá-lo. Não quero que você se torne um
prisioneiro das bruxas como eu. Sabe, elas podem se tornar muito lindas.”

b) Há casos em que o verbo dicendi não aparece. O discurso direto é, então,


indicado pelo contexto e pelo uso de recursos gráficos (dois pontos, aspas,
travessão) e pela mudança de linha. Exemplos:

b1) Com o uso de dois pontos e travessão:


O lobisomem apareceu e lhe entregou uma espada mágica:
— Você deve me ferir na frente da rainha das bruxas, meu amiguinho.
Eu ficarei parado à espera de seu golpe. Mas você precisará de coragem
para atravessar o círculo do mal.

b2) Com a supressão dos dois-pontos antes da apresentação da fala das


personagens e com o uso de travessão. Exemplos:

Continuou a caminhar e permitiu que as bruxas e monstros o avistassem.


— Uma criança! — gritou uma delas. — Hoje teremos um belo jantar!

[...] No mesmo instante, desapareceu tudo.


— Você me salvou, meu menino! Você quebrou o feitiço! — disse o ferreiro
emocionado.

b3) Com o uso de aspas:


102

O menino começou a ficar com medo. “E se uma delas me descobrir? Será que
serei comido vivo?”, pensou.

A habilidade relativa ao conhecimento dos tipos de discursos está presente na Matriz


de Referência da AAP – Reconhecer os tipos de discurso (direto, indireto, indireto
livre) em um texto – H 13.

3) Passagem temporal - expressões ou palavras que indicam tempo e que permitem a


sequência textual aparecem em:

“Foi justamente numa dessas noites que acabou chegando ao bosque das
bruxas [...]”.
“[...] nesse instante uma sombra passou por ele.
”Na noite seguinte, o garoto regressou à clareira para cumprir o combinado.”
“Em seguida, o lobisomem desapareceu e o menino se viu sozinho, [...]

Textos narrativos completos, ou fragmentos trabalhados em sala de aula com a


mediação do professor, podem familiarizar os alunos com tais recursos e auxiliá-los na
compreensão e interpretação de seus significados.

Especificamente, em relação a esse conto do folclore francês, escrito por Heloisa Prieto,
pode-se solicitar que o aluno estabeleça relações com os textos Um ser fantástico e O
lobisomem de Samir Curi Meserani64 que constam na Prova de Língua Portuguesa –
Questões Objetivas para o 6º ano EF, por meio de questões como:

• Quais as relações que se podem estabelecer entre esses textos?


• Em que se assemelham?
• Em que se diferem?

64
MESERANI, Samir Curi. Os Incríveis Seres Fantásticos. 2. ed. São Paulo: FTD, 1995. p. 23-24. (adaptado)
103

Depois da retomada desses textos, o professor pode pedir aos alunos que contem aos
colegas as histórias que conhecem sobre o lobisomem e, em seguida, pode solicitar que
reescrevam a história contada.

Referências Bibliográficas
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 32. ed.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1989. p. 525.
GANCHO, Cândida Vilares. Como Analisar Narrativas. 7. ed. São Paulo: Ática,
2006. (Série Princípios)
LAGINESTRA, Maria Aparecida; PEREIRA, Maria Imaculada. A ocasião faz o
escritor: orientação para produção de textos. São Paulo: Cenpec, 2010. (Coleção
Olimpíada).
PRIETO, Heloisa. O lobisomem bondoso. In: Lá vem história outra vez: contos do
folclore mundial Il. Daniel Kondo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. p. 72-
73.
MESERANI, Samir Curi. Os Incríveis Seres Fantásticos. 2. ed. São Paulo: FTD,
1995. p. 23-24.
104

Anexo 2 - Sugestão de grade de correção para a reescrita de texto65

Critérios Descritores Não Parcialmente Satisfatoriamente


1. Adequação O texto reconstrói o que foi
ao tema lido?
2. Adequação As personagens estão
às presentes?
característica O texto garante a presença da
s do gênero maioria dos acontecimentos
narrados?
Há condução ordenada no
desenvolvimento das ações?
O texto manteve o foco
narrativo?
O desfecho criado foi
resolvido?
3. Uso das As palavras estão
convenções segmentadas corretamente?
da escrita As palavras obedecem às
regras ortográficas?
O texto apresenta
adequadamente letras
maiúsculas e minúsculas?
A pontuação está adequada?
O discurso direto e/ou indireto
foi utilizado adequadamente?
O texto apresenta uso
adequado de concordância
nominal e verbal?
A paragrafação está
adequada?

65
Grade adaptada do Caderno Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - A ocasião
faz o escritor: orientação para produção de textos. Equipe de produção Maria Aparecida Laginestra,
Maria Imaculada Pereira. São Paulo: Cenpec, 2010. (coleção Olimpíada).
105

Sinônimos foram utilizados


para evitar repetição de
determinadas palavras?
O texto apresenta elementos
de referenciação para
estabelecer relações lógico-
discursivas e/ou evitar
repetições de palavras?
106

Anexo 3 - Critérios para avaliação da produção escrita - 6º ano (sugestão)66

Critérios Descritores Não Parcialmente Satisfatoriamente


1. O texto está construído conforme
Adequação as orientações feitas em sala de
ao tema aula?
O tempo e o espaço estão
determinados?
2. As personagens estão
Adequação presentes?
às Há introdução do elemento
característica complicador/conflito?
s do gênero Há condução ordenada no
desenvolvimento das ações?
Há relação de causa e
consequência entre os fatos
narrados?
O texto manteve o foco
narrativo?
O conflito/desfecho criado foi
resolvido?
3. Uso das As palavras estão segmentadas
convenções corretamente?
da escrita As palavras obedecem às regras
ortográficas?
O texto apresenta
adequadamente letras
maiúsculas e minúsculas?
A pontuação está adequada?
O discurso direto e/ou indireto foi
utilizado adequadamente?

66
Grade adaptada do Caderno Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - A ocasião
faz o escritor: orientação para produção de textos. Equipe de produção Maria Aparecida Laginestra,
Maria Imaculada Pereira. São Paulo: Cenpec, 2010. (coleção Olimpíada).
107

Anexo 4 - SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES67

1- RITMO E POESIA

Recomendada para séries finais do EF Ciclo II e EM


Tempo previsto: 4 momentos
Elaboração: Rozeli Frasca Bueno Alves
Adaptação: Katia Pessoa

Apresentação:

O movimento hip hop faz parte da diversidade de culturas juvenis de nossos


dias e aqueles que participam desse movimento são considerados protagonistas de
seu processo de desenvolvimento, com grande visibilidade principalmente nos
ambientes urbanos. Suas produções artísticas atingem a sociedade e principalmente
as periferias das cidades. O rap (rhythm and poetry) é uma espécie de canto falado
originado na África, adaptado à música jamaicana na década de 1950, que chegou
até nós por influência da cultura dos guetos dos negros americanos de Nova Iorque.
As letras das canções, constituídas de longos relatos sobre o dia a dia dos jovens,
muitas vezes são denúncias de exclusão social e cultural, violência policial e
discriminação social, mas há inclusive raps evangélicos.

Trazer o rap para a sala de aula é importante para aproximar as práticas


culturais dos alunos das atividades escolares, para proporcionar a eles a oportunidade
de atuar de forma propositiva, podendo contribuir para a solução de problemas e
mesmo para a transformação social.

Objetivos:

• Retomar as características da tipologia “relatar”.


• Propiciar momentos de contato com diferentes possibilidades linguísticas para
expressar-se sobre determinado tema.

67 Material disponibilizado para o Planejamento de 2018


108

• Oferecer oportunidade para que os alunos produzam rap.


• Oferecer oportunidade para que os alunos apresentem suas produções.

Recursos materiais:

• Giz e lousa.
• Aparelho de som (opcionais).

Conteúdo:

Música: 1967
Autor: Marcelo D2
Álbum: Eu Tiro É Onda
País: Brasil

1967, o mundo começou, pelo menos pra mim


E a minha história reduzida é mais ou menos assim
Nascido em São Cristóvão, morador de Madureira
Desde pequeno acostumado a subir ladeira
Me lembro bem dos meus tempos de moleque
Que sempre passava as férias no final do 77

Padre Miguel sempre 10 na bateria


Saudoso mestre André, sempre soube o que queria
Futebol na rua F ou no campo de baixo
Você sabe, meu tio Gentil era um esculacho
Andava pelas ruas vestindo meu bate bola
Se tu passasse em minha frente era melhor tu sair fora

Carnaval de rua, perigoso e divertido


Mas passei por tudo isso entre mortos e feridos
Graças ao meu pai, o pessoal da tramela
Sérgio Cabrito meu padrinho não dava trégua
Lembra do Cassino Bangu, de vez em quando eu ia lá
109

Curtir um funk, ver a mulherada rebolar


Kool and the Gang, Gap Band
Outro mestre, James Brown
Era só alegria, não tinha pau

Eu quero ver se tu é homem, mané


Do jeito que eu fui e que eu sou
Quero ver se tu é homem, mané
Que nem a parteira falou

No Andaraí, Grajaú o bicho pegava mais,


Quando pichava muro sempre tinha um correndo atrás
Carlos Peixe, meu camarada
De vez em quando no piche, outras na baforada
Vida de moleque sempre sangue bom
Calote no ônibus pra ir à praia no verão

Pra ficar um pouco mais roubava no supermercado


Pra mim isso nunca foi pecado
Sempre no Maraca vendo o Mengão jogar
Zico, Adílio, Júnior, fazendo a bola rolar
Como já dizia o hino, vou repetir com vocês
Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer

Meu avô Peixoto deixou meu sangue rubro-negro,


Me orgulho de ser carioca, me orgulho de ser brasileiro
Skate na veia, só quem tem sabe como é que é a sensação
E o poder de dar um ollie-air
Campo Grande, Norte Shopping, Street no Méier
À noite Circo Voador, show do De Falla e um Domec

Vender camisa na Treze de Maio


Na situação show no Garage
Skunk, diversão de irmão
110

Grandmaster Flash, Áfrika, Bambaata, Planet Rock


Rap, break, graffiti
Chegou o hip hop
Cantando a vida mas vista de um outro lado
Não é apologia, cumpadi, não adianta fica bolado

Entenda se a minha rima não te faz rir


Não é apologia parceiro, da licença, sai daqui
Eu vim pra zoar, fazer barulho
Falar um pouco de mulher
Skate, som, bagulho
Sempre ligado, sempre sabendo o que quer,
Sempre bom da cabeça, nunca doente do pé
Eu vou levando a vida
É, juro que vou
Só no sapato, sempre sendo o que sou

Eu quero ver se tu é homem, mané


Do jeito que eu fui e que eu sou
Quero ver se tu é homem, mané
Que nem a parteira falou

Agora saiu o flow


Brasileiro, Carioca
Marcelo D2 na área,
Se derrubar, é pênalti
Valeu

Disponível em: <https://www.letras.com/marcelo-d2/67273/>. Acesso em 12 de janeiro de 2018. (adaptado)

Procedimentos:

1º momento
111

• Propor questões aos alunos sobre o movimento hip hop e mais especificamente
sobre o rap.
É importante resgatar a ideia de que o rap é uma combinação entre a linguagem
verbal e a linguagem musical (ritmo e melodia). É um subgênero do gênero canção.
O rap articula o oral e o escrito, a fala é rimada e ritmada. A escrita aparece como
forma de registro da criação, ou mesmo do processo de produção e no momento de
distribuição como encarte no CD ou nas páginas da internet.

O rap é uma das manifestações artísticas do movimento hip hop, assim como
o break (expressão pela dança) e o grafite (expressão por meio do desenho). Os
alunos devem conhecer inúmeros grupos de rap e as longas letras que possibilitam a
expressão de uma grande massa de jovens, que se identificam com as mensagens e
a postura dos rappers. É uma parcela da juventude que sente necessidade de músicas
que falem sobre a existência humana e a sobrevivência, com variações que vão de
versões muito próximas aos “repentes” até raps evangélicos.

Exponha a letra 1967 de Marcelo D2 na lousa. Peça aos alunos que copiem,
se achar conveniente. Se possível, permita à turma uma leitura com a escuta da
música. De todo modo, os alunos devem conhecer e podem cantar, mesmo sem o
CD. Faça com que percebam a interação entre a linguagem verbal e os outros
recursos do rap.
• Se necessário, ler e escutar mais de uma vez.
• Analise com os alunos como esse rap foi construído. Para que público; é o
relato de quem; como é esse jovem, de onde vem, como são as pessoas a
quem se refere.68

2º momento
• Retome a letra e peça para que os alunos, ao reconhecerem o narrador, façam
uma descrição dele, a partir das informações presentes no texto (família,

68 Se houver condições, reproduza a letra e distribua aos grupos. Peça aos alunos, como tarefa para a próxima
aula, pesquisa sobre o movimento hip hop e sua produção cultural no Brasil. Há vasto material, por exemplo, na
internet: http://www.bocadaforte.com.br; /; https://www.dancaderua.com
112

escolaridade, idade, comunidades que frequenta, forma de resolver alguns


problemas do cotidiano, como falta de dinheiro, por exemplo).
• A atividade pode ser realizada em grupos e apresentada oralmente, em
seguida, por um representante de cada grupo. O momento é importante para
destacar as diferentes possibilidades de uso adequado da língua, na oralidade
e na escrita, dependendo do contexto, da situação de uso.

3º momento
• Recupere com eles expressões usadas que revelam a identidade social do
narrador. Peça para que apresentem outros exemplos de linguagem
característica desse texto ou de outro rap.
• O uso da gíria é muito comum nesse tipo de manifestação artística e é
interessante levantar alguns exemplos com os alunos e socializar o significado.
• Chegou a hora de iniciar a produção. Converse com os alunos para que se
organizem para produzir. A sugestão é de produção para apresentação de um
rap em grupo, na próxima aula.
• Assim como a letra de D2, devem elaborar um rap em que façam um relato de
sua trajetória de vida (individual ou do grupo, conforme a opção ou o comando
do professor).69

4º momento
• Os grupos fazem suas apresentações e entregam as produções escritas ao
professor.

Desdobramentos:

As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnóstico inicial,


relevante para o planejamento de seu trabalho. Observar nas produções dos alunos
o uso adequado ou inadequado da língua, bem como a clareza e a coerência do texto,
na estrutura composicional solicitada.

69 Os alunos podem concluir a produção e ensaiar a apresentação, como tarefa para a próxima aula.
113

2- A PROPAGANDA E O TEXTO PUBLICITÁRIO

Recomendada para EF II ou EM
Tempo previsto: 4 momentos
Elaboração: Rozeli Frasca Bueno Alves

Apresentação:

Se a finalidade da propaganda é vender e para isso faz uso de uma linguagem


com o intuito de convencer o consumidor, o publicitário aposta na identificação do
leitor da revista, por exemplo, com a imagem projetada pelo consumidor do produto
anunciado. Os recursos expressivos utilizados devem estar de acordo com o tipo de
consumidor que se quer atingir, ou seja, estão em função dos objetivos propostos.
Geralmente, as propagandas publicadas em revistas são criadas com base em duas
linguagens: a verbal e a não verbal.

Trazer o texto publicitário para a sala de aula é importante para oferecer ao


aluno condições de observar, de forma crítica, não só a linguagem visual, mas também
analisar um discurso que impõe valores, padrões de beleza e de qualidade que, mais
do que sugerir, muitas vezes prometem sucesso e prestígio a quem os adotar. É
interessante verificar que os valores, os estilos de vida, os papéis sociais veiculados
pela propaganda apresentam-se diferentes em épocas distintas. Muitas vezes, esses
valores acabam sendo aceitos como naturais ou verdadeiros. No entanto, foram
construídos histórica, social e culturalmente e, portanto, são passíveis de
desconstrução, pois manifestam a maneira de ver o mundo de uma sociedade, em
certo espaço e momento da história.

Objetivos:

• Retomar as características do gênero.


• Propiciar momentos de contato com texto publicitário produzido na primeira
metade do século XX.
114

• Oferecer oportunidade para que os alunos observem e analisem o caráter das


mensagens.
• Oferecer oportunidade para que os alunos produzam e apresentem suas
criações.

Recursos materiais:

• Giz e lousa.
• Data Show.

Conteúdo:

http://propagandasantigas.blogspot.com/
Acesso em 12 de janeiro de 2018.
115

Procedimentos:

1º momento
• Apresentar o texto publicitário sugerido ou outro à escolha do professor
(projetá-lo ou distribuir cópias para os grupos) e fazer perguntas para que se
situem em relação a ele. Que texto é? De onde deve ter sido retirado? Em que
época foi produzido?

Esse levantamento de hipóteses deve ser orientado pelo professor para que o
aluno perceba onde estão os indícios que determinam essas características no texto.

• Para os próximos passos é importante que os alunos tenham o texto em mãos,


impresso ou copiado no caderno.
• Em seguida, forneça informações complementares para que os alunos
comprovem ou descartem suas hipóteses.

Essa propaganda do rádio Philco foi publicada da revista Seleções do Reader's


Digest brasileira, no ano de 1942. É importante que percebam a forma como está
apresentada a imagem do produto (em preto e branco, bem próxima do olhar, com
detalhes bem visíveis, inclusive a inscrição: El radio del Pueblo, com a perceptível
ideia de que o produto se destinava às classes populares de toda a América Latina,
mercado em expansão na época, pois a Europa encontrava-se em plena Segunda
Guerra Mundial.

• Peça aos alunos que localizem, no texto, informações a respeito do produto,


suas funções, o usuário e para que serve.

As mensagens informativas presentes, tanto no texto como na imagem,


confirmam a intencionalidade. Elas estão no plano da denotação e têm como principal
objetivo informar: descrevem o produto, suas funções, a quem se destina, sua
utilidade.

2º momento
116

• Retome a leitura do texto e peça aos alunos que desvendem as mensagens


adicionais. Por inferência, devem reconhecer no texto as expressões que
buscam convencer o leitor (criar empatia) de que o produto é o ideal.

As mensagens adicionais também estão a serviço da intencionalidade.


Estão no plano da conotação e seu objetivo é influenciar o leitor psicologicamente.
São mensagens que conduzem o leitor à construção do significado, de forma
empática.

É importante observar, nesse texto, que são atribuídas ao produto


características humanas, como por exemplo: é um companheiro indispensável. Ou
certas atribuições que prometem vários benefícios irrecusáveis ao usuário: eis o
rádio verdadeiramente popular / precioso elemento de diversão, educação e
informação / ficarão encantados pelas suas qualidades / estas são a sua
colaboração para o prazer dos ouvintes.

Deve ficar claro para os alunos que o texto se manifesta como um traço da
intenção projetada de um emissor para um receptor, a fim de comunicar uma
mensagem e produzir um efeito. Na criação, há um processo de seleção e de
organização de elementos escolhidos intencionalmente para determinadas
situações. É uma forma de construir a argumentação em que o emissor emprega
estratégias para dissimular a sua intenção e persuadir o destinatário. Dessa maneira,
orienta o modo de querer, pensar e agir do receptor. É importante referir-se à função
social da mensagem, pois, ao comunicar-se, o homem estabelece relações com os
outros, esperando respostas e comportamentos.70

3º momento
• O próximo passo pode ser pedir aos alunos que observem a linguagem usada
e comparem com a que se observa hoje. O que mudou?

70 QUINTANILHA, Leandro. Como se cria um Slogan. Disponível em:


<http://www.cienciashumanas.com.br/resumo_artigo_6340/artigo_sobre_como_se_cria_um_slogan>. Acesso em
12 de janeiro de 2018.
117

Discuta com eles as mudanças observadas, quer nas palavras (ortografia,


escolha de vocabulário) e frases utilizadas, quer na forma de se dirigir ao
leitor/consumidor (estilo) e no tamanho do texto verbal. É relevante observar que não
só o produto está diferente, o usuário também. Para ser eficaz, o criador da
mensagem precisa conhecer as expectativas do público-alvo, em relação ao produto,
e a linguagem adequada para convencê-lo. Atualmente, são usadas frases mais
curtas e de efeito, às vezes incompletas, emprego de polissemia e ambiguidade. A
imagem também poderia ser autossuficiente, o que não acontece nesse caso. Aqui
a ilustração contribui para que o leitor identifique o produto, distinguindo-o dos
concorrentes e pelo espaço que ocupa na propaganda. A ideia deve ter sido a de
fixá-lo na memória do possível consumidor.

• Peça aos grupos que observem se a imagem tem alguma característica que
aponte para os objetivos a seguir, considerando a época e o público a que se
destina: aumentar o índice de atenção do anúncio; tornar o anúncio mais
aprazível à vista; induzir à leitura do texto; estimular o desejo pelo produto
anunciado; engrandecer o produto anunciado; demonstrar ou reforçar
afirmações feitas no texto; identificar o produto ou a marca; apresentar um
cenário/contexto adequado.

Discuta com eles as mudanças observadas em relação às ilustrações usadas


nas propagandas atualmente. Peça a eles que vejam se estão contempladas as
características já observadas na propaganda antiga.

4º momento
• Peça aos alunos que entrem no túnel do tempo e criem slogans que poderiam
ser usados naquela época, para a mesma campanha do rádio Philco. Esses
slogans deverão ser expostos à turma.
Mais do que impor, cabe hoje ao slogan convencer, seduzir. No mercado ou
na política. [...] De acordo com João Anzanello Carrascoza, o slogan deve resumir a
essência de uma marca, um produto ou uma campanha. O mais tradicional é
composto por uma frase curta, direta, afirmativa e fácil de repetir. 71

71Disponível em: < https//fantasticomundopublicitario.files.wordpress.com/2010/06/redacao-publicitaria-e28093-


estudos-sobre-a-retoria-do-consumo.pdf.>. p. 26-46. Acesso em 12 de janeiro de 2018.
118

Desdobramentos:

As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnóstico inicial,


relevante para o planejamento de seu trabalho. Observar nas produções dos alunos
o uso adequado ou inadequado da língua, se as ideias estão apresentadas de forma
clara, com coesão e coerência, e se estão garantidas as características estruturais
do texto solicitado.72

3- HISTÓRIA EM QUADRINHOS

Recomendada para séries finais do EF II e EM


Tempo previsto: 4 momentos
Elaboração: Rozeli Frasca Bueno Alves

Apresentação:

Histórias em quadrinhos (HQ), mangás e tirinhas são fascinantes em qualquer


idade. A humanidade conhece essa forma de comunicação, sequência de palavras
e imagens, há muito tempo: as inscrições nas cavernas, nas cerâmicas dos Maias e
dos Gregos, por exemplo.

Trabalhar com a leitura de textos visuais na escola oferece interessantes


momentos de reflexão e construção de significados, nas relações interativas
mediadas pelo professor, entre os estímulos visuais, próprios do não verbal, o verbal
e o repertório do leitor.

Os gêneros textuais, para Bakhtin, são configurados por três elementos: o


tema, a estrutura e o estilo. Tratando-se especificamente das histórias em
quadrinhos, os temas, além de dependerem de cada suporte e de cada destinatário,

72Para saber mais: Paz, Dione M. dos S. O texto publicitário em sala de aula: mais uma opção de leitura.
Disponível em <http://www.ufsm.br/lec/01_02/DioniL.htm>. Acesso em 18 de janeiro de 2018.
119

estão associados às inquietações da natureza humana e seus aspectos históricos,


sociais e culturais.

A estrutura composicional é determinada pela sequência de planos: nas tiras,


em geral de dois a quatro planos (apresentação do problema, criação de
expectativas, conflito, resolução e desfecho). Nas histórias em quadrinhos, há um
número maior de planos, mas mantém as sequências narrativas.

Em relação ao estilo, as marcas linguísticas e enunciativas trazem tanto


elementos verbais, como não verbais, com recursos visuais que incluem formas,
cores, planos, tipos de balões, formatos das letras, para obter determinado efeito de
sentido.

É importante observar também o foco da imagem, que acontece sob


diferentes perspectivas, segundo os planos cinematográficos. O plano geral é aberto
e usado para situar o leitor em relação à cena; o geral aberto privilegia o espaço
onde acontece a ação; o geral fechado deixa evidente a relação
personagem/espaço; o inteiro, com o enquadramento dos personagens de corpo
inteiro; americano, com o enquadramento da personagem do joelho para cima; o
médio, em que os personagens são apresentados da cintura para cima; o próximo,
com os personagens enquadrados do busto para cima; o close, com o personagem
de ombro para cima; o superclose, com o personagem enquadrado entre o queixo e
o limite da cabeça; detalhe, com o enquadramento de uma parte do corpo ou um
objeto; o plongée, em que a cena é enquadrada de cima para baixo e contraplongée,
a perspectiva da cena vista de cima para baixo.

Importante também é observar os balões (suas formas e os textos, os sinais


de pontuação e os símbolos) e sua dupla função: apresentar a fala e o pensamento
dos personagens com suas características emocionais e respectivas manifestações.

Objetivos:

• Retomar as características do gênero.


• Propiciar momentos de contato com uma HQ de Hagar para leitura e análise.
120

• Oferecer oportunidade para que os alunos produzam e apresentem suas


criações.

Conteúdo:

Hagar em: Marido Perfeito

Disponível em: <https://goo.gl/dcXNvb>. Acesso em 12 de janeiro de 2018.

Recursos materiais:

• Giz e lousa, Data Show.


• Cópias impressas para os grupos (opcionais).

Procedimentos:

1º momento
121

• Apresentar o texto sugerido ou outro à escolha do professor (projetá-lo ou


distribuir cópias para os grupos) e pedir que inicialmente fixem o olhar apenas
nos 2 primeiros quadrinhos e formulem hipóteses sobre o conteúdo da HQ.
Converse com os alunos sobre o que sabem sobre HQ e sobre essa em estudo.
É interessante descobrir se conhecem sua origem, se alguma vez perceberam
que sequências semelhantes de imagens e palavras já apareciam nas pinturas
pré-históricas nas cavernas, nas cerâmicas de povos da antiguidade, por
exemplo. É importante colocar em pauta, inclusive, o uso das tecnologias em
nossos dias e o que o isso pode significar para HQ.
• Peça aos alunos que façam uma leitura atenta e, em seguida, estimule-os com
questões como: quem são os personagens/que tipo de relacionamento eles
têm/a ambientação é externa ou interna/como está elaborado o cenário/em que
plano aparecem os personagens nos diferentes quadrinhos/os tamanhos dos
quadros e seus limites/a sensação de movimento etc.
É recomendável que o professor ofereça informações complementares para
orientar os alunos em suas observações e hipóteses sobre o texto.
• Organize com os alunos uma forma de registrar todas as observações da
turma, no caderno, respeitando a diversidade de opiniões, desde que
fundamentadas.

2º momento

• Retome a leitura e faça perguntas aos grupos, oralmente, para certificar-se de


que compreenderam o texto.
• Em HQ, a interpretação de cada leitor é caracteristicamente subjetiva e muito
pessoal, daí ser producente uma reflexão coletiva e uma discussão a respeito
das diferentes maneiras de compreender Hagar: Marido Perfeito. Em que
circunstâncias se pode, por exemplo, considerar o título como adequado ao
sentido do texto? Que significados podemos construir sobre a relação entre os
parceiros, no casamento? Diferenças/semelhanças com o nosso cotidiano?
• Em seguida, peça aos alunos que observem e analisem os personagens e
elaborem uma lista de características físicas e psicológicas de cada um deles.
122

• Promova a socialização dessas características.

3º momento
• Retomando as discussões e conclusões dos grupos sobre os personagens, e
como isso está explícito ou implícito no texto, peça aos alunos que elaborem
uma espécie de desdobramento ou continuação, porém usando dois
personagens criados pelo grupo, com comportamentos e atitudes semelhantes
aos encontrados no texto estudado.

4º momento
• Peça aos alunos que troquem as HQ produzidas entre os grupos.
• Proponha que, após a leitura das HQ por todos os grupos, cada grupo faça uma
divulgação da sua, apresentando as principais características da narrativa que
criaram.

Desdobramentos:

As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnóstico inicial,


relevante para o planejamento de seu trabalho. Observar nas produções dos alunos
o uso adequado ou inadequado da língua, bem como sinais da apropriação das
características do gênero e de escolhas linguísticas adequadas ao tipo de texto
solicitado.

4- LENDO E VIVENDO POEMAS

Recomendada para EF II e EM
Tempo previsto: 4 momentos
Elaboração: Rozeli Frasca Bueno Alves

Apresentação:
123

O texto literário é um universo de ficção a ser descoberto, redescoberto e


percorrido. Não existe plenamente sem o olhar do leitor. É como se renascesse com
cada leitor e a cada leitura. O texto ecoa outros textos e se abre para outros tantos
ainda por descobrir.

Na escola, é possível incentivar o contato com essa prática de leitura, que


navega pelo racional e pelo emocional com tanta intensidade. Mais do que cultivar ou
ampliar repertório, ler é compreender-se, é descobrir a si mesmo. Ao proporcionar a
socialização das experiências de leitura, o professor também colabora para ampliar
as possibilidades dessa prática cultural.
Oferecer ao aluno as oportunidades de leitura e de produção de poemas pode
proporcionar a ampliação de horizontes para práticas culturais humanizadoras.

Objetivos:

• Propiciar momentos de contato com o texto poético, para estimular a leitura


para fruição.
• Oferecer oportunidades para que os alunos troquem experiências e
apresentem suas percepções e produções.

Recursos materiais:

• Giz e lousa.
• Data Show, cópias impressas para os grupos (opcional).

Conteúdo:

A Namorada (Manoel de Barros)

Havia um muro alto entre nossas casas.


Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
124

E pinchava a pedra no quintal da casa dela.


Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

Texto extraído do livro "Tratado geral das grandezas do ínfimo", Editora Record - Rio de Janeiro, 2001, pág. 17.
Disponível em <http://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asp>. Acesso em 12 de janeiro de 2018

Procedimentos:

1º momento
• Converse com os alunos sobre o assunto da aula. Pergunte se gostam de
poesia, se leem, se alguém escreve poemas, que poetas conhecem, se
conhecem Manoel de Barros.
Repasse algumas informações sobre o poeta, sua produção, para que os
alunos possam situar-se no contexto da obra.73
• Faça com que os alunos tenham acesso ao poema de Manoel de Barros e peça
a eles que façam inicialmente uma leitura silenciosa.

Enquanto leem, observe as reações, as expressões faciais, os comentários.


• Ao terminarem, peça que anotem, individualmente, em três ou quatro linhas, as
impressões que tiveram ao ler o poema.
• A seguir, faça uma leitura expressiva do poema para a turma, cuidando da
entonação.
• Peça, então, que anotem as impressões que tiveram ao ouvir o poema.

Explique a eles que essas anotações serão usadas para compartilhar com os
colegas o que sentiram, perceberam ou pensaram ao ouvir o poema. Podem escrever
palavras soltas ou frases. É importante que registrem os efeitos que o poema causou
em cada um.

73 Disponível em: <http://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asp>. Acesso em 12 de janeiro de 2018.


125

2º momento
• Se necessário, leia mais uma vez. Ou pergunte se algum aluno gostaria de ler
para a classe.
• O próximo passo é conversar sobre o poema, retomando as anotações que
fizeram. Incentive a troca de ideias, agora em grupos, sobre o que sentiram ao
ler e ao ouvir. As sensações que se confirmaram e as que mudaram. Que
imagens vieram às suas mentes enquanto liam/ouviam? Como imaginaram que
fosse a namorada? E o pai? E o sentimento do eu-lírico em relação ao pai e à
namorada?

É um momento interessante para falar sobre o poeta e o eu-lírico; quem elabora


a linguagem poética para a expressão do eu-lírico? Resgate também a nomenclatura
para se referir à estrutura do poema: estrofes, versos, presença ou não de rimas.
Chame a atenção para a linguagem empregada e oriente-os sobre a metáfora
usada pelo poeta: o pai era uma onça e instigue-os a reproduzir as comparações que
podem ser feitas entre o pai da moça e uma onça, de forma a justificar o recurso
expressivo usado pelo poeta. Faça com que observem a diferença entre as figuras de
linguagem: comparação e metáfora.

É importante resgatar também o significado da expressão “tempo do onça”,


bem como o jogo de palavras construído pelo poeta: pai/onça/tempo do onça.
Converse um pouco sobre a dificuldade de comunicação entre os namorados do
poema, fazendo com que reflitam sobre as diferenças nos relacionamentos, nas
formas de comunicação. Naquela época e atualmente, por exemplo.

• Peça aos alunos que exercitem a mesma comparação mental feita pelo poeta
para criar o efeito expressivo de o pai era uma onça e elaborem outras
metáforas, por exemplo, para caracterizar a namorada (do poema) conforme a
imaginam. Cada grupo pode elaborar 5 metáforas, a critério do professor.
• Organize com a classe uma forma de verificar se as criações são adequadas e
promova a socialização das produções.

3º momento
126

• A partir de exemplos criados pelos próprios alunos na etapa anterior, retome


com a turma que os poemas são construídos com versos e estrofes; que
palavras e expressões podem revelar muitos significados.
• Peça aos grupos que observem na lista de metáforas produzidas pela classe
se alguma sugere uma ideia que pode ser desenvolvida e se transformar num
verso, depois em outros versos, estrofes.

Comente com eles que, muitas vezes, o poema pode nascer de palavras soltas,
que vão se agrupando e revelando lembranças, percepções, sensações e que os
recursos de linguagem usados (repetições, comparações, ironias, paradoxos,
antíteses, sonoridade, ritmo, pontuação) contribuem para uma produção interessante,
que sugere imagens, que estimula emoções.
• Peça-lhes que construam um poema, individualmente, de preferência. É o
momento para que cada um deixe aflorar seu eu-lírico.

Na medida do possível, acompanhe as criações, oriente adequações, pois cada


poema construído deverá compor a coletânea da turma e será exposto no mural, ou
no “varal de poesia”.

4º momento
• Cada um deverá ler ou declamar seu poema e publicá-lo num espaço
organizado para tal.

Desdobramentos:

As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnóstico inicial,


relevante para o planejamento de seu trabalho. Observar nas produções dos alunos
o uso adequado ou inadequado da língua, a escolha adequada do vocabulário e da
estrutura composicional, de acordo com o contexto de produção.
127

5- MANGÁ

Recomendada para EM
Tempo previsto: 4 momentos
Elaboração: Rozeli Frasca Bueno Alves

Apresentação:

As palavras mangá e animê estão praticamente incorporadas ao vocabulário


de muitos jovens, já há algum tempo, e fazem parte de um fenômeno que está
provocando uma grande procura por aulas de língua japonesa.

Conforme Luyten74, nos séculos XI e XII, na Idade Média japonesa, já eram


produzidos os desenhos pintados em grandes rolos de papel de arroz, contando uma
história. Era o início dessa arte sequencial, com desenhos humorísticos, de animais e
pássaros, numa época em que o Japão passava por guerras terríveis. A partir do
século XV, as histórias de fantasmas e assombrações foram muito populares. Data
do século XVIII um conjunto de obras denominadas Hokusai Manga, cujos desenhos,
de forma caricatural, exageravam os traços dos seres humanos e tinham como tema
a vida urbana, as classes sociais, a personificação dos animais. O nome mangá foi
adotado em meados do século XIX e coincide com o término do isolamento do país
do resto do mundo, época em que os japoneses puderam ter acesso a publicações
que trouxeram novidades para o meio jornalístico e editorial.

A estrutura editorial dos mangás começou a ganhar a forma que possui


atualmente após a Segunda Guerra Mundial, intensificando uma produção voltada
para o público adolescente. Atualmente, as editoras japonesas contemplam
segmentos do mercado por faixa etária, dos quais destacamos três categorias:
revistas infantis (shogaku) que, entre outros vários assuntos, trazem em sua parte
central uma HQ; revistas femininas (shojo mangá), atualmente feitas em grande parte
por jovens mulheres desenhistas, em que prevalecem as histórias românticas; e

Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/190516721/MANGA-NO-BRASIL-Sonia-B-Luyten-pdf1/2010)>. Acesso


em 12 de janeiro de 2018.
128

revistas masculinas (shonen mangá), cujo tema recorrente é a violência e a valentia


em todas as suas modalidades.

Trazer o mangá para a sala de aula, além de aproximar práticas culturais dos
alunos e práticas escolares, oferece oportunidade de observar e compreender como
são captadas certas tendências do comportamento e como são transformadas em um
tipo de publicação que, inclusive, acompanha a evolução tecnológica.

Objetivos:

• Retomar as características do gênero narrativo.


• Propiciar momentos de contato com diferentes possibilidades de utilização da
linguagem, inclusive imagética e de construção de sequências narrativas.
• Oferecer oportunidade para que os alunos construam sequências narrativas
para a produção de mangá.
• Oferecer oportunidade para que os alunos apresentem suas produções.

Recursos materiais:

• Giz e lousa.
• Data Show (recomendável).
• Cópias impressas para os grupos (opcional).

Conteúdo:

Mangá: Bleach, Capítulo 340, páginas 5 e 6.


129
130
131

Disponível em <www.centraldemangas.com.br>. Acesso em 18 de janeiro de 2018.


Procedimentos:

1º momento
• Fazer perguntas oralmente aos alunos, a respeito de seus conhecimentos
sobre mangás.

Quem gosta de ler mangás? O que lê? Quem gosta de desenhar mangás? Se
houver alunos que desenhem mangás, ou tenham exemplares em casa, pense na
possibilidade de pedir para que tragam para a próxima aula.

É um bom momento, também, para conversar com a turma sobre os quadrinhos


japoneses e outras manifestações culturais que atraem muitos jovens na atualidade:
animês e cosplay.

• Exponha as duas páginas do mangá Bleach ou de outro que julgar interessante,


para que leiam em silêncio esse trecho da história. Caso haja possibilidade,
faça cópias impressas para os grupos.
• Pergunte se algum aluno conhece ou já leu algum mangá do projeto Bleach.
Converse com a turma sobre as primeiras impressões e percepções: é voltado
para que público/como são os planos/os balões/há predominância de
desenho/texto escrito/as cores.

2º momento
• Retome as duas páginas do mangá e peça aos alunos que façam anotações
sobre a sequência narrativa, chamando atenção para o cenário, o contexto em
que acontecem as ações, a ideia de movimento, a escolha de determinados
planos e o porquê dessa preferência, os personagens, o que observam de
recorrente/diverso em relação a outros mangás/HQ que já tenham lido, a
linguagem verbal concisa/prolixa.
A atividade pode ser realizada em grupos e apresentada oralmente, em
seguida, por um representante de cada grupo. O momento é importante para observar
as diferentes possibilidades de construção de significados a partir do que foi
observado nessas páginas: a valentia/o heroísmo/o fantástico.
132

• Havendo condições, permita que outros mangás circulem entre os grupos para
que possam ser ampliadas as possibilidades de acesso a esse tipo de
publicação. Se houver mangás voltados para o público feminino, é interessante
que observem suas características e as temáticas abordadas.

3º Momento
• Retomando as páginas escolhidas, proponha aos grupos que elaborem um
roteiro possível para as duas páginas anteriores e uma sequência para as duas
páginas seguintes.

Se há nos grupos alunos que possam desenhar, é interessante que esses


roteiros sejam transformados em páginas de mangá. Caso não haja, os alunos
deverão produzir um texto narrativo contando os momentos da história que imaginam
anteceder e aqueles que imaginam suceder as páginas apresentadas.

4º momento
• É o momento em que os grupos devem fazer suas apresentações e
disponibilizar os mangás produzidos para os colegas. O professor pode
organizar essa socialização com a classe. Aqueles que preferiram escrever a
narrativa deverão escolher um elemento do grupo para lê-la para a turma.

Desdobramentos:

As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnóstico inicial,


relevante para o planejamento de seu trabalho. Observar nas produções dos alunos
o uso adequado ou inadequado da língua e dos recursos linguísticos e textuais, de
acordo com as características da situação de comunicação.
133

6- MATANDO A CHARADA

Recomendada para séries iniciais do EF II


Tempo previsto: 4 momentos
Elaboração: Rozeli Frasca Bueno Alves

Apresentação:

Decifrar uma charada significa encontrar uma solução, achar uma saída para
resolver um problema. Trazer o tema para a sala de aula constitui-se uma forma lúdica
de busca pelo envolvimento do aluno-leitor para compreender e, de certa forma,
participar da narrativa, experimentando sensações, ainda que na imaginação, como
se fizesse parte do enredo.75
As atividades propostas nesta sequência oferecem ao professor a oportunidade
de ser mediador num processo permeado pela língua, como prática social, em que os
alunos, de forma prazerosa e divertida buscam estratégias para realizar as tarefas
propostas.

75Para saber mais: Cordioli, Rosemarie Giudilli (2001). De Charadas e adivinhas: o continuum do contar em
Ângela Lago. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19052002-190026>. Acesso
em 12 de janeiro de 2018..
134

Objetivos:

• Oferecer oportunidade de leitura com compreensão de um conto de tradição


oral.
• Criar condições para a decifração de um enigma.
• Oferecer oportunidade para que os alunos elaborem texto narrativo para
explicação da solução do problema.
• Oferecer oportunidade de produção escrita de texto narrativo para dar
continuidade à história.
• Promover a socialização das produções.

Recursos materiais:

• Giz e lousa.
• Papel pardo (recomendável, mas opcional).
• Livros com contos infantis (recomendáveis, mas opcionais).
• Aparelho de som (opcional).
• cópias impressas para os grupos (opcional).

Conteúdo:

Conto e Charada
(autor desconhecido)

Aconteceu há muitos e muitos anos, num reino bem distante. Rufino, Durval e Décio
foram pegos roubando e o rei, como castigo, tratou de mandá-los para o calabouço.
No entanto, como era muito generoso, decidiu oferecer-lhes uma chance de liberdade
e pediu aos guardas que os trouxessem à sua presença.

Mandou que os três formassem uma fila, um atrás do outro, ordenou que se
mantivessem absolutamente imóveis, de olhos fechados, e colocou chapéus em suas
cabeças. Aos guardas ordenou que garantissem o respeito às regras estabelecidas.
135

Disse a eles, então, que se decifrassem uma charada, poderiam ser libertados.

Procedimentos:

1º momento
• Converse com os alunos sobre o desafio que vai propor a eles: decifrar uma
charada.
Conte ou leia a história (que pode ser apresentada em folha de papel pardo),
em seguida divida a turma em duplas ou trios e, se possível, distribua cópias apenas
do trecho inicial e do pedaço em que aparece a charada. Conforme suas condições,
use a lousa, ou exponha a folha de papel pardo na qual transcreveu essas duas
partes. É importante que os alunos tenham o texto no caderno.

Esta é a charada proposta pelo rei aos três infratores da lei, Rufino, Durval e
Décio:

Cada um de vocês está com um chapéu e nenhum de vocês sabe de que cor é o
chapéu em sua cabeça. O primeiro que adivinhar de que cor é o chapéu que está em
sua cabeça, será libertado. Para ter esse direito é preciso manter-se em fila, não olhar
para os lados, nem para trás. Dou dicas: somente há chapéus na cor preta e na cor
branca. Pelo menos um chapéu é preto. Pelo menos um chapéu é branco.

• Faça uma leitura da charada e certifique-se de que todos compreenderam a


proposta do rei.
• É importante que os alunos possam visualizar os três homens: desenhe suas
figuras (sem os chapéus) na lousa ou traga-as num cartaz para exibir ao ler a
história para a turma.

Converse com os alunos sobre como imaginam ser os personagens; os


cenários onde acontecem as ações, a época, o tempo decorrido etc.

• Peça que cada grupo faça um parágrafo, pelo menos, em que apareçam as
descrições dos personagens e dos cenários.
136

Circule pela turma para acompanhar as produções que podem ser terminadas
em casa, para serem apresentadas na próxima aula por um representante da dupla
ou do trio. Sugira, por exemplo, que o texto seja ilustrado por colagem ou desenho.

2º momento
• Retome a história e promova a socialização dos pequenos textos produzidos.
• Após as leituras, faça comentários sobre a forma como imaginaram cenários,
personagens e relembre com eles outros contos que podem ter colaborado
para a construção de certas impressões ou imagens em suas criações.

Se o professor tiver possibilidade de ilustrar sua conversa com livros, por


exemplo, é uma boa ideia.

• Em seguida, apresente aos alunos o final do conto, que traz também o desafio
para a turma, e peça-lhes que copiem, completando as três partes em que foi
dividida a história.

Quando o rei pediu que abrissem os olhos, Rufino não podia ver nenhum chapéu.
Durval podia ver o chapéu de Rufino, mas não o seu. Décio podia ver os chapéus de
Rufino e de Durval, mas o seu, não. Depois de um minuto, ninguém ainda havia
resolvido o problema, mas pouco tempo depois, um deles decifrou a charada e foi
libertado.

• Faça uma leitura expressiva do texto completo para a classe e, em seguida,


apresente a charada:
O desafio da turma é descobrir: quem “matou” a charada, como se diz
popularmente, e como conseguiu resolver o problema.

3º momento
• Retome com a turma o texto, já completo, que copiaram no caderno ou exponha
o seu na lousa (pode ter sido previamente escrito em papel pardo, em três
partes, agora unidas). Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa e em
seguida proponha a leitura em voz alta por alguns alunos.
137

• Retome a questão e peça que resolvam o enigma, muito silenciosamente em


duplas ou trios. Estabeleça o tempo para isso.
• O grupo que descobrir a resposta deve solicitar a presença do professor para
dizer secretamente a ele, quem (Rufino, Durval ou Décio) e como ele soube a
cor do seu chapéu.
• Se a resposta estiver certa, peça para que o grupo escreva a explicação da
solução do enigma, que será socializada depois.

As respostas podem ser semelhantes, mas as explicações poderão apresentar


diferentes elaborações. O importante é socializar e comentar semelhanças e
diferenças, para promover o respeito à diversidade e à forma adequada de se
expressar.

• Um exemplo de resposta:

Quem decifrou a charada foi Durval, porque Décio, que era o último da fila, não
disse nada. Se Durval e Rufino (que estavam em sua frente) estivessem ambos
com chapéus da mesma cor, então Décio saberia de que cor era o chapéu que
estava em sua cabeça. Mas, se Décio não sabia, era porque provavelmente um
estava com chapéu preto e o outro com chapéu branco.

Por esta razão, Durval, ao notar que o chapéu de Rufino (que estava em sua frente)
era preto, deduziu que o chapéu que estava em sua cabeça era branco.

Alguma dupla ou trio pode chegar à conclusão de que Durval decifrou a charada
ao ver que o chapéu de Rufino era branco e, por isso, deduziu que o seu era preto.

Discuta com a classe as duas possibilidades, mostrando as figuras na lousa,


lembrando as palavras do rei e exemplificando ao colocar e retirar os chapéus (pretos
e brancos) das figuras.

• Nesta etapa é possível pedir aos grupos que recontem a história, e como quem
conta um conto, aumenta um ponto… Peça a eles que elaborem um desfecho
para a narrativa.
138

Faça breves questionamentos, por exemplo, sobre o que imaginam ter


acontecido com Durval ao ganhar a liberdade, ou com os outros prisioneiros. É
interessante retomar as características que atribuíram aos personagens
anteriormente. Peça-lhes também para dar um título ao conto.

Circule pela classe para acompanhar e revisar as produções. Os contos


deverão ser apresentados na próxima aula, em leitura expressiva, por um
representante do grupo.

4º momento
• É o momento em que os grupos devem recontar a história, fazer suas
apresentações e disponibilizar os contos produzidos para os colegas. O
professor pode organizar essa socialização com a classe. Se possível,
estimulá-los a trazer trilha sonora, para propiciar um clima diferenciado,
adequado à leitura expressiva dos contos.

Desdobramentos:

As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnóstico inicial,


relevante para o planejamento de seu trabalho. Observar nas produções dos alunos
o uso adequado ou inadequado da língua e dos recursos linguísticos e composicionais
apropriados ao texto solicitado.
139

GUIA DE TRANSIÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA

Equipe Curricular CGEB de Língua Portuguesa e Literatura –Leitura crítica,


revisão e validação do material
Katia Regina Pessoa, Mara Lucia David; Marcos Rodrigues Ferreira; Mary Jacomine da
Silva

Autoria do material de Língua Portuguesa


Alessandra Junqueira Vieira Figueiredo; Alzira Maria Sá Magalhães Cavalcante; Andrea
Righeto; Eliane Cristina Gonçalves Ramos; Idê Moraes dos Santos; João Mário
Santana; Katia Regina Pessoa, Letícia Maria de Barros Lima Viviane; Luiz Eduardo
Divino da Fonseca; Mara Lucia David; Marcos Rodrigues Ferreira; Mary Jacomine da
Silva; Patrícia Fernanda Morande Roveri; Sônia Maria Rodrigues; William Ruotti
140
141

INTRODUÇÃO

A Secretaria de Estado da Educação, diante da necessidade da adequação do


Currículo de Arte do Estado de São Paulo em função da homologação da Base
Nacional Comum Curricular - BNCC para o Ensino Fundamental e da aprovação
da BNCC para o Ensino Médio, criou o Guia de Transição para o ano de 2019 com
o objetivo de subsidiar o trabalho dos professores que atuam especificamente nos
anos finais do Ensino Fundamental e/ou nas duas primeiras séries do Ensino
Médio.
Considerando a especificidade citada acima, este documento está organizado
da seguinte forma: Fundamentos da área de conhecimento e do componente
curricular Arte, Currículo do Estado de São Paulo, BNCC, orientações
pedagógicas, sugestões para avaliação e recuperação, bibliografia, e indicação
dos recursos didáticos disponibilizados e enviados por esta Secretaria, para todas
as unidades escolares do Estado.
É importante destacar que as Orientações Curriculares e Didáticas de Arte para
os anos Iniciais do Ensino Fundamental e para a 3ª série do Ensino Médio
continuam vigentes e podem ser utilizadas normalmente.

FUNDAMENTOS DO COMPONENTE CURRICULAR

“Fazer arte é materializar sua experiência e


percepção do mundo, transformando o fluxo de
movimentos em algo visual, textual ou musical. A arte
cria uma espécie de comentário.”
Barbara Kruger.

Arte. Essa linguagem de potência inquestionável que ousa e se aventura a falar de


acontecimentos e percepções da vida pela voz de fazedores de práticas artísticas, sejam ou
não artistas.
Há nesse modo de comentar o mundo e as coisas da vida uma elaboração, uma
construção que é somente configurada pela ação de um gesto criador. Quaisquer que sejam
os modos, há a imersão num processo de criação específico que é exigido pela operação
poética e que envolve um percurso de contínua experimentação e de pesquisa como procura
da materialidade e de procedimentos que ofereçam a forma-conteúdo à obra de arte.
142

Se a obra de arte constitui uma complexa composição-construção de forma e matéria,


essa matéria tanto pode ser o mármore como o som ou o corpo do ator ou bailarino. Isso faz
com que cada linguagem tenha seus próprios modos e meios de se configurar, para chegar
cada vez mais perto da natureza específica daquilo que nomeamos de artes visuais, dança,
música e teatro.
As linguagens artísticas e suas modalidades, elaboradas com códigos que se fazem
signos artísticos, geram fusão, assimilação e hibridismo entre elas, ultrapassando limites
processuais, técnicos, formais, temáticos e poéticos. Ao mesmo tempo, o estudo das
conexões entre as linguagens da Arte nos faz parceiros estéticos quando interpretamos e
criamos significações para uma obra, despertando reações, nossa percepção, nossa
sensibilidade. Por isso que certos saberes, habilidades e sensibilidades só se formam quando
experimentos, nas linguagens artísticas, são efetivados, seja na criação ou leitura de práticas
artísticas.
Dessa forma, fica evidente que não podemos privilegiar uma linguagem em detrimento
de outra, até porque, com a proliferação das possibilidades criativas envolvendo meios
eletrônicos e digitais de produção, exposição, e registro das diferentes formas de interação
que elas possibilitam, a relação entre obra e sujeito dilui fronteiras nítidas entre uma coisa e
outra exigindo abordagens que não fiquem restritas às quatro linguagens.
O componente curricular Arte está presente em todos os segmentos da educação
formal do aluno, em momentos diferenciados e com especificidades para cada ciclo.
Para que os alunos possam desenvolver habilidades em Arte é necessário articular
experiências, materiais, ferramentas, suportes, processos de criação, linguagens artísticas,
diferentes materialidades, construindo e ampliando conceitos sobre mediação cultural, forma-
conteúdo, patrimônio cultural e saberes estéticos e culturais, no desenvolvimento dos
trabalhos dentro e fora da sala de aula.
Para que os processos educativos em Arte se efetivem é importante que você,
professor, se aproprie das habilidades, das competências específicas para o Ensino
Fundamental e das dez Competências Gerais para o Ensino Médio presentes na BNCC.
Assim, esta disciplina tem como objetivo possibilitar a construção de conhecimento em
Arte por meio de experiências significativas que contribuam para a formação integral do aluno,
permitindo que ele conheça e interprete o mundo de forma autônoma, criativa e crítica.
A postura investigativa do professor e do aluno é princípio norteador para os processos
de ensino-aprendizagem da Arte nesta perspectiva, isto requer, entre outras ações o
conhecimento dos conteúdos específicos, sua didática, experiência de criação nas linguagens
artísticas, a inserção da arte em seu cotidiano para melhor garantir a reflexão e a prática
artística.
143

Para tanto, este Guia de Transição oferece uma oportunidade de ampliação do olhar
sobre o aprendizado do educando em toda a sua trajetória escolar em Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro.

O CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO E A BASE NACIONAL COMUM


CURRICULAR - BNCC
Na elaboração deste guia, configuramos tabelas que apresentam temas/conteúdos,
habilidades e expectativas de aprendizagem presentes nas Orientações Curriculares e
Didáticas de Arte para os anos iniciais do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio, no
Currículo do Estado de São Paulo – para os anos finais do Ensino Fundamental, 1ª e 2ª séries
do Ensino Médio, na Versão 1 do Currículo Paulista, e na BNCC, com o intuito de indicar
pontos de aproximação.

ENSINO DE ARTE NOS ANOS FINAIS


Partindo da concepção da área, o Currículo do Estado de São Paulo, para os anos finais
do Ensino Fundamental apresenta um pensamento curricular, em Arte, que se move em
diferentes direções de estudo, com trânsito por entre os saberes, articulando diferentes
campos de conhecimento, nomeados como: linguagens artísticas, processo de criação,
materialidade, forma-conteúdo, mediação cultural, patrimônio cultural, saberes estéticos e
culturais.
Desse modo, partindo da combinação dos diferentes caminhos possíveis, abrem-se
possibilidades para o mergulho em conceitos, conteúdos e experiências estéticas nas
linguagens da Arte, colocando-a como objeto de estudo.
Os conteúdos e habilidades traçados para o processo educativo em Arte, nesta etapa,
estão apresentados bimestralmente no Currículo do Estado de São Paulo. A partir disso, você,
professor, pode percorrer caminhos de investigação, realizar sondagens e apresentar
diferentes textos não verbais referentes aos temas a serem estudados, que contemplem as
transposições didáticas e conceituais de acordo com o ano/série em que atua.
As sondagens devem ser realizadas, por meio do diálogo, a fim de que os alunos se
sintam à vontade para apresentar seus repertórios e tenham contato com o que será
estudado, permitindo o encaminhamento das situações de aprendizagem, que deverão propor
problematizações nas diferentes linguagens.
Para que não haja prejuízo do aluno e, para que isso não aconteça, você deve aproximar
os alunos das diferentes linguagens artísticas por meio das habilidades articuladoras,
considerando o agrupamento de habilidades que sugere conexões entre duas ou mais
linguagens, a fim de ampliar possibilidades criativas.
É necessário que as situações de aprendizagem provoquem a experiência com e sobre
144

a Arte, entendendo esta experiência como aquilo que nos toca ou acontece e que por isso
mesmo nos transforma, fazendo a mudança do foco da informação para a problematização.
É dar voz ao aluno antes de dar as respostas prontas compartilhando experiências de
problematização.
A construção de conceitos deve ser privilegiada através das conexões entre os
saberes da Arte aproximando o pensamento da e sobre Arte nas diferentes linguagens. Para
tanto, o Guia de Transição vem auxiliá-lo na elaboração de seu plano de aula.

ENSINO DE ARTE NO ENSINO MÉDIO

O Currículo do Estado de São Paulo, para a 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, segue a


mesma configuração dos anos finais do Ensino Fundamental, ou seja, apresenta um
pensamento curricular, em Arte, que se move em diferentes direções de estudo, com trânsito
por entre os saberes, articulando diferentes campos de conhecimento, nomeados como:
linguagens artísticas, processo de criação, materialidade, forma-conteúdo, mediação cultural,
patrimônio cultural, saberes estéticos e culturais.
Desse modo, partindo da combinação dos diferentes caminhos possíveis, abrem-se
possibilidades para o mergulho em conceitos, conteúdos e experiências estéticas nas
linguagens da Arte, colocando-a como objeto de estudo.
Já, a proposta para o ensino de Arte na 3ª série do Ensino Médio, foi pensada dentro
do contexto do século XXI, onde o aspecto considerado mais importante para isso foi a visão
sistêmica de mundo, frente à realidade. Essa visão entende que para compreender a
complexidade da realidade é preciso relacionar todos os elementos de um sistema, e não
apenas pensá-los isoladamente. Essa complexidade presente no pensamento sistêmico,
refletindo sobre as várias relações entre elementos de um sistema, buscando a compreensão
desse todo, tem muita relação com o pensamento artístico.
A arte, como produto do conhecimento humano, tem a capacidade de construir
relações, mesmo onde parece não haver. Ver o mundo de forma diferente é a liberdade que
a sociedade atribuiu ao artista. E a este é dada, também, uma “licença poética” que é a
permissão para extrapolar as regras das linguagens, subvertendo as normas no sentido de
ampliar, ir além do que os signos conseguem representar.
Pode-se dizer que a arte sempre funcionou como um conjunto de relações, ou melhor,
uma visão que relaciona tudo, seja com elementos de um mesmo sistema, ou com elementos
completamente díspares.
O diálogo intencional da arte, com a ciência e a tecnologia é uma característica
existente na arte produzida desde a metade do século XX e que se consolida ainda mais no
século XXI, materializando o espírito desta época.
145

Diante da realidade contemporânea em que a tecnologia permeia o cotidiano do


sujeito, se transformando num objeto-instrumento de interação, comunicação, produção e
registro da arte, trazer a reflexão da fusão entre arte e tecnologia no contexto contemporâneo
da tecnologia digital é adentrar o mundo dos jovens e fazer do conteúdo de Arte para a 3ª
série do Ensino Médio uma discussão sobre a própria vida.
A proposta de trabalho com as linguagens artísticas se apresenta de forma integrada,
no qual o corpo, as imagens, os sons, o espaço e as tecnologias digitais, acontecem em
interação como um sistema. Para o desenvolvimento desse trabalho, considerando a visão
sistêmica de mundo, pretende-se que se estabeleça um diálogo em equipe, de forma
colaborativa, na elaboração de um projeto artístico que relacione as artes visuais, a dança, a
música, o teatro e as tecnologias digitais. O formato solicita cinco ELEMENTOS obrigatórios,
e são apresentadas instruções para quatro ETAPAS, assemelhando-se a um jogo, com regras
e elementos obrigatórios, com os quais o grupo e cada integrante precisará atuar num
processo lúdico.
Todo trabalho proposto será desenvolvido em grupos, e cada grupo poderá adaptá-lo
ao seu contexto social e ao ASSUNTO76 de seu interesse.
O produto deverá ser uma MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA77 com os cinco ELEMENTOS
presentes.
Fazem parte do material da proposta, textos explicativos sobre as quatro etapas de
trabalho, FICHAS com explicações dos itens mencionados para a construção do projeto, e
sobre os cinco elementos solicitados, além dos textos específicos de cada linguagem, com
sugestões de experimentações.
Para o Ensino Médio, à luz das dez Competências Gerais da Educação Básica da
BNCC, você deve planejar suas aulas, visando metodologias que, também, envolvam
tecnologias digitais, com o olhar atento para as habilidades socioemocionais78 que se
desenvolvem concomitantemente com as habilidades específicas do componente curricular.
É importante frisar que, no Ensino Médio, as linguagens se mesclam, ou seja, para o
mesmo conteúdo, você deve abordar várias linguagens pelo qual ele transita. No caso do

76
A Manifestação Artística terá de um ASSUNTO, um contexto sobre um fato da vida pessoal, coletiva ou do mundo, configurando-o em uma especificidade de um tema.
Por exemplo, o assunto “Falta de água em São Paulo” é um fato genérico, do qual poderiam surgir várias discussões, bem como serem tratados vários temas, contudo
pode-se exemplificar uma abstração, do assunto genérico, com o seguinte tema: “Os reflexos da falta de água no cotidiano de uma família”. Quando a obra é interessante,
o assunto tratado envolve vários temas, tornando-se uma obra aberta e permitindo várias interpretações. Embora na arte possamos encontrar um mesmo tema tratado
pelos jornais, este será elaborado pela linguagem artística, que é diferente da linguagem jornalística, publicitária, ou outras mais, as quais cada uma possui suas próprias
características. O exemplo da “Falta de água em São Paulo” é tratado nos jornais apresentando dados e informações, enquanto que numa peça de teatro, estes elementos
podem acontecer em segundo plano, mostrando relações individuais, amorosas, políticas que surgem dentro desse contexto da falta de água. Mais detalhes poderão ser
encontrados adiante na Ficha que trata sobre o ASSUNTO. O trabalho pode ter um título. O título, geralmente, busca conter uma síntese ou um enigma e/ou um detalhe
significativo da obra.
77
Por MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA entenda-se uma ação organizada por um grupo de pessoas para apresentar publicamente, os sentimentos e pensamentos sobre um
determinado assunto, porém dentro da linguagem específica da arte, envolvendo o corpo, as imagens, os sons e a tecnologia de forma integrada em um espaço.
78
A Matriz de Avaliação Processual é o documento da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo que faz referência às habilidades socioemocionais, demonstrando
consonância com as seguintes competências gerais da Educação Básica da BNCC: Competência 8 - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. Competência 9 - Exercitar a
empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. Competência 10 - Agir
pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
146

estudo sobre patrimônios culturais, pode ser abordado, por exemplo, tanto os museus, como
as danças tradicionais e a cultura popular.
Da mesma forma que, para atender a habilidade “esboçar projetos individuais ou
colaborativos como condutores de espaço para a apresentação do fazer artístico da
comunidade escolar e/ou do seu entorno”, ela pode ser trabalhada tanto nas artes visuais,
dança, música e/ou teatro. Portanto, o conteúdo pode ser flexível quanto aos seus
desdobramentos, se adequando ao seu planejamento, contanto que atenda à habilidade
requerida e não se caracterize apenas por conjunto de atividades de produção sem vínculos
com a reflexão.
Para auxiliá-los, sugerimos a utilização da Plataforma do Currículo+:
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/, que oferece um menu de Objetos Digitais de
Aprendizagem referentes às quatro linguagens da Arte e podem enriquecer o diálogo e a
compreensão sobre diferentes conceitos e manifestações artísticas, além do material de apoio
encaminhado às escolas entre 2008-2013, no qual constam CD de músicas, DVD de música
e dança, incluindo os materiais do Programa Cultura é Currículo: “O cinema vai à escola”, cuja
lista com os títulos encontra-se ao final desse documento e demais materiais, que podem ser
encontrados no site do Programa:
http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/Lugares%20de%20Aprender/documentos.aspx?menu=
2&projeto=2
Há também alguns pontos de destaque dos livros do PNLD - Ensino Médio escolhidos
pelos professores da Rede em 2017, com vigência a partir de 2018, que podem auxiliá-lo em
relação a indicações de filmes, sites, livros, assim como abordagens sobre mundo do trabalho,
diálogo com outras áreas do conhecimento, entre outros pontos relevantes presentes tanto
no Currículo de Arte do Estado de São Paulo, quanto nas dez Competências Gerais da
Educação Básica da BNCC.
As habilidades referentes à 3ª série do Ensino Médio foram extraídas das Orientações
Curriculares e Didáticas de Arte do 3º ano do Ensino Médio 79, disponibilizado on-line na
Intranet, posteriormente à publicação do Currículo do Estado de São Paulo - Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias - Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio, onde não
constavam habilidades para a referida série. Foram extraídas também da Matriz de Avaliação
Processual4.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E QUADRO DE HABILIDADES

79
https://seesp.sharepoint.com/sites/intranet/coordenadorias/CGEB/AnosFinaisEnsinoMedio/Forms/AllIt
ems.aspx
147

Professor, é muito importante que, em todas as etapas de ensino em que você atua,
suas aulas ofereçam desafios aos alunos. Para isso, é necessário um planejamento que
inclua, além da escolha de diferentes materiais didáticos e de apoio curricular, uma sequência
de atividades que facilitem sua organização na gestão curricular a ser desenvolvida,
transitando pelas quatro linguagens. Sendo assim, o primeiro passo é analisar conteúdos e
habilidades propostos e iniciar uma sondagem, avaliando o que eles já sabem. Após isso,
definir quais estratégias, materiais e recursos serão utilizados, assim como seus
desdobramentos e avaliações, garantindo por um lado aprofundar os conhecimentos
adquiridos e por outro, recuperar as aprendizagens não consolidadas.
Vale nesse planejamento, prever atividades individuais, coletivas e colaborativas, que
podem, também, dialogar com outras áreas de conhecimento ou componentes curriculares.
No desenvolvimento dessas atividades, é importante garantir que o aluno se coloque, seja por
meio das rodas de conversas, debates e discussões referentes ao tema.
Para uma boa sequência de atividades, é imprescindível que sejam exploradas as
habilidades socioemocionais, visto que é por meio delas que o aluno aprenderá a se relacionar
com outras pessoas, por meio do autoconhecimento, resolução de problemas, respeito,
colaboração, exercendo seu protagonismo por meio da busca de sua aprendizagem.
Diante destas possibilidades de enriquecimento do seu trabalho docente, ao avaliar,
deve se considerar que o aluno compreenda e reconheça conceitos e diferentes
características das linguagens da Arte, imprimindo significado em suas produções artísticas,
utilizando-se de recursos tecnológicos em suas investigações e projetos, argumentando e
agindo com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Não podemos privilegiar uma linguagem em detrimento de outra. Dessa forma, o
planejamento das suas aulas, não exige trabalhar sempre na mesma sequência: artes visuais,
dança, música e teatro, mas adequar as quatro linguagens dentro dos conteúdos e de acordo
com as habilidades propostas para o ano, série e bimestre.
Ao longo da Educação Básica, os alunos devem expandir seu repertório e ampliar sua
autonomia nas práticas artísticas, por meio da reflexão sensível, imaginativa e crítica sobre
os conteúdos artísticos e seus elementos constitutivos e, também, sobre as experiências de
pesquisa, invenção e criação. Para tanto, é preciso reconhecer a diversidade de saberes,
experiências e práticas artísticas como modos legítimos de pensar, de experienciar e de fruir
a Arte, o que coloca em evidência o caráter social e político dessas práticas.
Entendemos que é importante frisar que, a BNCC, propõe como metodologia de
ensino-aprendizagem, que a abordagem das linguagens artísticas articule seis dimensões do
conhecimento que, de forma indissociável e simultânea, caracterizam a singularidade da
experiência artística. Tais dimensões perpassam os conhecimentos das Artes visuais, da
148

Dança, da Música e do Teatro e as aprendizagens dos alunos em cada contexto social e


cultural.
“[...] Não se trata de eixos temáticos ou categorias, mas de linhas maleáveis
que se interpenetram, constituindo a especificidade da construção do
conhecimento em Arte na escola [...]” (BRASIL, 2017, p. 192).
Não há nenhuma hierarquia entre essas dimensões, tampouco uma ordem para se
trabalhar com cada uma no campo pedagógico.

DIMENSÕES DO CONHECIMENTO

• Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem.


Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere materialidade estética a
sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções
artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo
durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios,
conflitos, negociações e inquietações.
• Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas
compreensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por meio
do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais
vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo
aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.
• Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao
som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão articula
a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o
mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e
intelecto) é o protagonista da experiência.
• Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas
por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa
dimensão emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada linguagem,
dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades.
• Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar
durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica
disponibilidade dos sujeitos para a relação continuada com produções artísticas e culturais
oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais.
• Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições,
as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a atitude de perceber,
149

analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como
leitor

AVALIAÇÃO EM ARTE
Avaliar é uma ação pedagógica, que propõe replanejamentos e reorganizações
visando o alcance e a melhoria de resultados, por isso, não deve ser classificatória, nem
seletiva, ao contrário, diagnóstica e inclusiva. Ela é um processo regulador da aprendizagem,
orientador das ações pedagógicas, em suas diferentes possibilidades e estratégias. Ela
verifica a consolidação das aprendizagens, por meio da análise da aquisição e do
desenvolvimento de competências e habilidades, no âmbito de um sistema educacional.
A avaliação por competências se realiza na observação do desempenho dos alunos
quando seus saberes são colocados em ação durante o enfrentamento das problematizações
propostas, fazendo com que o educando se manifeste, se comporte, ou aja de uma
determinada maneira experimentalmente acessível e mensurável.
Professor, a concepção de avaliação proposta para o componente curricular Arte é
diagnóstica, processual, procedimental e atitudinal.
A avaliação diagnóstica refere-se ao trabalho que antecede ao seu planejamento, ao
investigar o que seus alunos conhecem ou não acerca dos conteúdos que serão abordados.
A avaliação processual envolve ações ordenadas com objetivos claros em todos os
momentos da prática pedagógica, envolvendo o registro dos avanços e dificuldades, a análise
da participação e empenho durante as propostas, permitindo identificar o ritmo da
progressão das aprendizagens.
A avaliação procedimental mostra o que o aluno aprendeu por meio da expressão
de sua poética pessoal. Ele aprende a fazer articulando diferentes meios, práticas e saberes,
isto em arte, se mostra no momento em que aluno se torna apto a desenhar, desenhando;
atuar, atuando; cantar cantando e dançar dançando. Este fazer artístico é passível de
mensurar.
A avaliação atitudinal refere-se aos valores, normas e atitudes que se espera que os
alunos tenham diante das situações vivenciadas na escola, que contribuam para a
compreensão e desenvolvimento de suas habilidades socioemocionais, por meio de
manifestações positivas de comportamento ético, respeitoso, tolerante e inclusivo.
Na avaliação em Arte, a postura de não estabelecer critérios de comparação é
fundamental. É preciso que sejam oferecidas oportunidades para que os alunos exponham
suas dificuldades e facilidades ao realizar suas produções nas diferentes linguagens.
A avaliação é um procedimento complexo, exige sensibilidade e muita atenção, pois
as respostas dos alunos muitas vezes envolvem subjetividade, repertório cultural
individualizado e reações emocionais nem sempre traduzíveis em palavras escritas ou
150

faladas. Ela deve ser clara para que o aluno perceba que ele não é um ser passivo no
processo de aprendizagem. É importante e positivo que as expectativas de aprendizagem dos
alunos, os critérios e orientações para a avaliação sejam compartilhadas com os mesmos
para que eles próprios também acompanhem o percurso de seu aprendizado.
Professor, o portfólio se apresenta como um importante conjunto de registros que
podem refletir a evolução das aprendizagens, sendo preciso, datá-los e retomá-los sempre
que necessário com seus alunos, para que seja possível visualizar percursos de produção
pessoal.

RECUPERAÇÃO EM ARTE
Professor, a partir do reconhecimento de que todos os processos educativos possuem
obstáculos e desacertos que devem ser superados, e a fim de diminuir as possíveis
dificuldades observadas nas avaliações, é importante proporcionar diferentes meios para que
o aluno compreenda sua responsabilidade nos processos de aprendizagem, e reconstrua seu
portfólio, para melhor entendimento e acompanhamento de seu progresso como agente de
sua aprendizagem.
A leitura comentada de portfólios, é uma das estratégias que poderão ser utilizadas
continuamente quando houver alunos, cujas habilidades e competências ainda não tenham
sido plenamente desenvolvidas.

QUADROS DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A seguir, apresentamos os quadros elaborados a partir do estudo pormenorizado das


habilidades e expectativas de aprendizagem presentes nas Orientações Curriculares e
Didáticas de Arte para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, no Currículo do Estado de
São Paulo – para os anos finais do Ensino Fundamental, 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, na
Versão 1 do Currículo Paulista, na BNCC, incluindo-se as dez Competências Gerais para o
Ensino Médio.
Os quadros estão divididos por etapa de ensino (ano a ano para o Ensino Fundamental
e séries para o Ensino Médio) e por linguagem.
151

ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


6º ano - 1ºBimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Habilidades do Habilidades da
Currículo do Currículo Paulista Base Nacional
Estado de São – Versão 2 Comum Curricular
Paulo (BNCC)
Artes Visuais Estabelecer (EF06AR04) (EF69AR04)
diferenciações entre Conhecer e analisar Analisar os
Tema: o espaço bi e o alguns elementos elementos
A tridimensional. constitutivos das constitutivos das
tridimensionalidade artes visuais, artes visuais (ponto,
nas linguagens Reconhecer e percebendo suas linha, forma,
artísticas interpretar a relações direção, cor, tom,
linguagem expressivas em escala, dimensão,
Conteúdo: tridimensional em diferentes espaço, movimento
Diferenciação produções artísticas. produções etc.) na apreciação
entre o espaço bi e artísticas. de diferentes
o tridimensional Operar com a produções
tridimensionalidade (EF06AR05) artísticas.
na criação de ideias Conhecer e analisar
na linguagem da processos de (EF69AR05)
Arte criação, em distintas Experimentar e
modalidades das analisar diferentes
artes visuais, formas de
explorando expressão artística
materiais, suportes (desenho, pintura,
e ferramentas colagem,
convencionais. quadrinhos,
dobradura,
(EF06AR06) escultura,
Desenvolver modelagem,
processos de instalação, vídeo,
criação em artes fotografia,
visuais, a partir de performance etc.).
proposições
temáticas pessoais,
152

utilizando materiais, (EF69AR06)


suportes e Desenvolver
ferramentas processos de
convencionais. criação em artes
visuais, com base
em temas ou
interesses artísticos,
de modo individual,
coletivo e
colaborativo,
fazendo uso de
materiais,
instrumentos e
recursos
convencionais,
alternativos e
digitais.
Dança Estabelecer (EF06AR10) (EF69AR10)
diferenciações entre Conhecer e explorar Explorar elementos
Tema: o espaço bi e o elementos constitutivos do
A tridimensional. constitutivos do movimento
tridimensionalidade movimento cotidiano e do
nas linguagens Reconhecer e cotidiano e do movimento
artísticas interpretar a movimento dançado,
linguagem dançado, abordando,
Conteúdo: Forma tridimensional em identificando criticamente, o
tridimensional do produções artísticas. semelhanças e desenvolvimento
corpo em Operar com a diferenças. das formas da
movimento, com tridimensionalidade dança em sua
ênfase nos eixos na criação de ideias (EF06AR11) história tradicional e
vertical (altura), na linguagem da Conhecer e contemporânea.
horizontal Arte. experimentar os
(lateralidade) e fatores do (EF69AR11)
sagital movimento, Experimentar e
(profundidade) compreendendo analisar os fatores
que suas de movimento
153

combinações geram (tempo, peso,


ações corporais e fluência e espaço)
movimentos como elementos
dançados que que, combinados,
simbolizam. geram as ações
corporais e o
(EF06AR12) movimento
Conhecer e dançado.
experimentar a
improvisação e a (EF69AR12)
ação lúdica, como Investigar e
forma de organizar experimentar
processos de procedimentos de
criação em dança, improvisação e
cultivando o criação do
repertório corporal. movimento como
fonte para a
construção de
vocabulários e
repertórios próprios.

Música Estabelecer (EF06AR20) (EF69AR20)


diferenciações entre Conhecer, analisar Explorar e analisar
Tema: o espaço bi e o e explorar elementos
A tridimensional. elementos constitutivos da
tridimensionalidade constitutivos da música (altura,
nas linguagens Reconhecer e música por meio de intensidade, timbre,
artísticas interpretar a jogos, canções, e melodia, ritmo etc.),
linguagem práticas diversas de por meio de
Conteúdo: tridimensional em composição/criação. recursos
O som no espaço: produções artísticas. tecnológicos
melodia-ritmo Operar com a (EF06AR21) (games e
tridimensionalidade Conhecer, plataformas
na criação de ideias pesquisar e explorar digitais), jogos,
na linguagem da fontes e materiais canções e práticas
Arte. sonoros em práticas diversas de
154

de apreciação composição/criação,
musical, execução e
percebendo timbres apreciação
e características de musicais.
instrumentos
musicais diversos. (EF69AR21)
Explorar e analisar
fontes e materiais
sonoros em práticas
de
composição/criação,
execução e
apreciação musical,
reconhecendo
timbres e
características de
instrumentos
musicais diversos.

Teatro Estabelecer (EF06AR25) (EF69AR25)


diferenciações entre Conhecer e analisar Identificar e
Tema: o espaço bi e o diferentes gêneros analisar diferentes
A tridimensional. teatrais, presentes estilos cênicos,
tridimensionalidade em diferentes contextualizando-os
nas linguagens Reconhecer e tempos e espaços, no tempo e no
artísticas interpretar a aprimorando a espaço de modo a
linguagem apreciação da aprimorar a
Conteúdo: tridimensional em estética teatral. capacidade de
Formas do espaço produções artísticas apreciação da
teatral e sua . (EF06AR29) estética teatral.
relação com o Compreender a
corpo dos atores Operar com a expressividade da (EF69AR29)
tridimensionalidade gestualidade e das Experimentar a
na criação de ideias construções gestualidade e as
na linguagem da corporais e vocais, construções
Arte. corporais e vocais
155

explorando a de maneira
improvisação. imaginativa na
improvisação
teatral e no jogo
cênico.
156

7º ano - 1ºBimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Habilidades do Habilidades da
Currículo do Currículo Paulista Base Nacional
Estado de São – Versão 1 Comum Curricular
Paulo (BNCC)
Artes Visuais Distinguir e utilizar (EF07AR05) (EF69AR05)
conceitos sobre a Conhecer e analisar Experimentar e
Tema: linguagem do processos de analisar diferentes
O desenho e a desenho e suas criação em distintas formas de expressão
potencialidade do conexões com as modalidades das artística (desenho,
registro nas diferentes artes visuais, pintura, colagem,
linguagens linguagens explorando quadrinhos,
artísticas artísticas. materiais, suportes dobradura,
e ferramentas não escultura,
Conteúdo: Relacionar e convencionais. modelagem,
Desenho de interpretar as instalação, vídeo,
observação, de potencialidades do (EF07AR06) fotografia,
memória, de desenho como Desenvolver performance etc.).
imaginação; o registro. processos de
desenho como criação em artes (EF69AR06)
esboço, o desenho Considerar o visuais, de modo Desenvolver
como obra; desenho como coletivo, utilizando processos de
modo de pensar, materiais, suportes criação em artes
A linha e a forma perceber, e ferramentas não visuais, com base
como elemento e observar, imaginar, convencionais. em temas ou
registro nas projetar e interesses artísticos,
linguagens expressar-se nas (EF07AR07) de modo individual,
artísticas. diferentes Dialogar com coletivo e
linguagens proposições colaborativo,
artísticas. temáticas nas suas fazendo uso de
produções visuais. materiais,
instrumentos e
recursos
convencionais,
alternativos e
digitais.
157

(EF69AR07)
Dialogar com
princípios
conceituais,
proposições
temáticas,
repertórios
imagéticos e
processos de
criação nas suas
produções visuais.
Dança Distinguir e utilizar (EF07AR11) (EF69AR11)
conceitos sobre a Conhecer, Experimentar e
Tema: linguagem do experimentar e analisar os fatores
O desenho e a desenho e suas analisar os fatores de movimento
potencialidade do conexões com as de movimento, (tempo, peso,
registro nas diferentes compreendendo fluência e espaço)
linguagens linguagens que suas como elementos
artísticas artísticas. combinações geram que, combinados,
ações corporais e geram as ações
Conteúdo: Relacionar e movimentos corporais e o
Desenho interpretar as dançados que movimento dançado.
coreográfico que o potencialidades do simbolizam.
olho vê desenho como (EF69AR12)
registro (EF07AR12) Investigar e
Considerar o Conhecer, experimentar
desenho como pesquisar e procedimentos de
modo de pensar, experimentar improvisação e
perceber, processos de criação do
observar, imaginar, criação, por meio da movimento como
projetar e improvisação e da fonte para a
expressar-se nas intuição dos construção de
diferentes movimentos para a vocabulários e
linguagens construção de repertórios próprios.
artísticas
158

vocabulário e
repertório corporal.
Música Distinguir e utilizar (EF07AR20) (EF69AR20)
conceitos sobre a Conhecer, analisar Explorar e analisar
Tema: linguagem do e explorar elementos
O desenho e a desenho e suas elementos constitutivos da
potencialidade do conexões com as constitutivos da música (altura,
registro nas diferentes música, por meio de intensidade, timbre,
linguagens linguagens jogos e recursos melodia, ritmo etc.),
artísticas artísticas. tecnológicos e por meio de recursos
práticas diversas de tecnológicos (games
Conteúdo: Relacionar e composição/criação. e plataformas
Partituras não interpretar as digitais), jogos,
convencionais potencialidades do (EF07AR22) canções e práticas
desenho como Conhecer, explorar diversas de
registro. e identificar formas composição/criação,
de notação musical execução e
Considerar o convencional e não apreciação musicais.
desenho como convencional,
modo de pensar, equipamentos e (EF69AR22)
perceber, técnicas de registro Explorar e identificar
observar, imaginar, sonoro. diferentes formas de
projetar e registro musical
expressar-se nas (notação musical
diferentes tradicional, partituras
linguagens criativas e
artísticas. procedimentos da
música
contemporânea),
bem como
procedimentos e
técnicas de registro
em áudio e
audiovisual.
Teatro Distinguir e utilizar (EF07AR25) (EF69AR25)
conceitos sobre a Conhecer, Identificar e analisar
159

Tema: linguagem do identificar e analisar diferentes estilos


O desenho e a desenho e suas diferentes gêneros cênicos,
potencialidade do conexões com as teatrais, contextualizando-os
registro nas diferentes contextualizando-os no tempo e no
linguagens linguagens no tempo e no espaço de modo a
artísticas artísticas. espaço de modo a aprimorar a
aprimorar a capacidade de
Conteúdo: Relacionar e capacidade de apreciação da
Desenho de interpretar as apreciação da estética teatral.
cenário; planta potencialidades do estética teatral.
baixa como desenho como (EF69AR26)
desenho do registro. (EF07AR26) Explorar diferentes
espaço cênico; Conhecer, analisar elementos
desenho como Considerar o e explorar diferentes envolvidos na
croqui de figurino desenho como elementos composição dos
modo de pensar, envolvidos na acontecimentos
perceber, composição de cênicos (figurinos,
observar, imaginar, acontecimentos adereços, cenário,
projetar e cênicos e iluminação e
expressar-se nas (re)conhecer seus sonoplastia) e
diferentes vocabulários. reconhecer seus
linguagens vocabulários.
artísticas. (EF07AR28)
Conhecer e explorar (EF69AR28)
algumas funções Investigar e
profissionais do experimentar
teatro, diferentes funções
compreendendo a teatrais e discutir os
importância de cada limites e desafios do
um dentro do trabalho artístico
trabalho artístico coletivo e
coletivo e colaborativo.
colaborativo.
(EF69AR30) Compor
(EF07AR30A) improvisações e
Elaborar e executar acontecimentos
160

improvisações e cênicos com base


acontecimentos em textos
cênicos com base dramáticos ou outros
em textos estímulos (música,
dramáticos e/ou imagens, objetos
estímulos musicais, etc.), caracterizando
considerando a personagens (com
relação com o figurinos e
espectador. adereços), cenário,
iluminação e
(EF07AR30B) sonoplastia e
Caracterizar considerando a
personagens, relação com o
explorando a espectador.
relação entre
figurinos, adereços
e o texto.
161

8º ano – 1º Bimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Habilidades do Habilidades da
Currículo do Currículo Base Nacional
Estado de São Paulista – Comum Curricular
Paulo Versão 2 (BNCC)
Artes Visuais Interpretar e (EF08AR01) (EF69AR01)
Tema: relacionar, na leitura Conhecer, Pesquisar, apreciar
O suporte na de obras de arte, a apreciar e e analisar formas
materialidade da arte diferenciação de analisar obras distintas das artes
suportes de arte de visuais tradicionais e
Conteúdo: convencionais, não diferentes contemporâneas, em
Diferenciação entre convencionais e modalidades das obras de artistas
suportes tradicionais, imateriais usados no artes visuais, brasileiros e
não convencionais, fazer arte. autores, épocas estrangeiros de
imateriais; suporte e culturas, diferentes épocas e
flexível ou rígido; Manejar diferentes ampliando a em diferentes
xerox; computador; suportes na criação experiência com matrizes estéticas e
grandes formatos; de ideias na diferentes culturais, de modo a
corpo linguagem da Arte. contextos e ampliar a
práticas experiência com
Reconhecer e artístico-visuais, diferentes contextos
utilizar o suporte cultivando a e práticas artístico-
como matéria de capacidade de visuais e cultivar a
construção poética simbolizar, a percepção, o
na materialidade da percepção, o imaginário, a
obra de arte. imaginário e o capacidade de
repertório simbolizar e o
Distinguir suportes imagético. repertório imagético.
materiais e
imateriais nas (EF08AR03) (EF69AR03)
produções artísticas Conhecer, Analisar situações
pesquisar e nas quais as
analisar como linguagens das artes
modalidades das visuais se integram
artes visuais às linguagens
interagem entre audiovisuais
162

si e se integram (cinema, animações,


a outras vídeos etc.), gráficas
linguagens e (capas de livros,
modalidades ilustrações de textos
artísticas. diversos etc.),
cenográficas,
(EF08AR05) coreográficas,
Conhecer, musicais etc.
pesquisar e
analisar (EF69AR05)
processos de Experimentar e
criação em analisar diferentes
distintas formas de expressão
modalidades das artística (desenho,
artes visuais, pintura, colagem,
explorando quadrinhos,
materiais, dobradura,
suportes, escultura,
ferramentas em modelagem,
materialidades instalação, vídeo,
convencionais e fotografia,
não performance etc.).
convencionais.
(EF69AR07)
(EF08AR07) Dialogar com
Dialogar com princípios
processos de conceituais,
criação em suas proposições
produções temáticas,
visuais. repertórios
imagéticos e
processos de
criação nas suas
produções visuais.
163

DANÇA Interpretar e (EF08AR09) (EF69AR09)


relacionar, na Conhecer, Pesquisar e analisar
Tema: leitura de obras de pesquisar, e diferentes formas de
O suporte na arte, a analisar expressão,
materialidade da arte diferenciação de diferentes formas representação e
suportes de encenação, de encenação da dança,
Conteúdo: convencionais, artistas e grupos reconhecendo e
O corpo como suporte não convencionais brasileiros e apreciando
físico da dança; leveza; e imateriais estrangeiros da composições de
peso; flexões; ritmos; usados no fazer dança, dança de artistas e
objetos cênicos arte. apreciando grupos brasileiros e
composições de estrangeiros de
Manejar diferentes diferentes diferentes épocas.
suportes na épocas.
criação de ideias (EF69AR10) Explorar
na linguagem da (EF08AR10) elementos
Arte. Conhecer e constitutivos do
Reconhecer e explorar movimento cotidiano
utilizar o suporte elementos e do movimento
como matéria de constitutivos dos dançado, abordando,
construção movimentos do criticamente, o
poética na cotidiano, desenvolvimento das
materialidade da relacionando-os formas da dança em
obra de arte. com os sua história
movimentos tradicional e
Distinguir suportes dançados contemporânea.
materiais e presentes em
imateriais nas diferentes formas (EF69AR11)
produções da dança Experimentar e
artísticas contemporânea. analisar os fatores de
movimento (tempo,
(EF08AR11) peso, fluência e
Conhecer, espaço) como
experimentar e elementos que,
analisar os combinados, geram
164

fatores de as ações corporais e


movimento, o movimento
compreendendo dançado.
que suas
combinações (EF69AR15) Discutir
geram ações as experiências
corporais e pessoais e coletivas
movimentos em dança
dançados que vivenciadas na
simbolizam. escola e em outros
contextos,
(EF08AR15) problematizando
Dialogar estereótipos e
problematizando preconceitos.
e identificando
estereótipos e
preconceitos, a
partir das
experiências
pessoais e
coletivas em
dança,
vivenciadas na
escola e em
outros contextos.
Música Interpretar e (EF08AR19) (EF69AR19)
relacionar, na Conhecer e Identificar e analisar
Tema: leitura de obras analisar diferentes estilos
O suporte na de arte, a diferentes musicais,
materialidade da arte diferenciação de gêneros contextualizando-os
suportes musicais, no tempo e no
Conteúdo: convencionais, explorando, espaço, de modo a
Diferenciação, na não identificando e aprimorar a
música, entre convencionais e contextualizando, capacidade de
instrumentos tradicionais imateriais usados no tempo e no apreciação da
e instrumentos elétricos no fazer arte. espaço, sua estética musical.
165

e eletrônicos; samplers, variedade de


música no computador; Manejar formas, de modo (EF69AR21) Explorar
sintetizadores. diferentes a aprimorar a e analisar fontes e
suportes na apreciação materiais sonoros em
criação de ideias musical. práticas de
na linguagem da composição/criação,
Arte. (EF08AR21) execução e
Reconhecer e Conhecer, apreciação musical,
utilizar o suporte pesquisar e reconhecendo timbres
como matéria de explorar fontes e e características de
construção materiais instrumentos musicais
poética na sonoros, em diversos.
materialidade da práticas de
obra de arte. apreciação e (EF69AR23) Explorar
composição/criaç e criar improvisações,
Distinguir ão musical, composições,
suportes percebendo arranjos, jingles,
materiais e timbres e trilhas sonoras, entre
imateriais nas características de outros, utilizando
produções instrumentos vozes, sons corporais
artísticas. musicais não e/ou instrumentos
convencionais. acústicos ou
eletrônicos,
(EF08AR23) convencionais ou não
Pesquisar e convencionais,
explorar expressando ideias
improvisações, musicais de maneira
composições, individual, coletiva e
arranjos, jingles, colaborativa.
trilhas sonoras,
entre outras
possibilidades,
utilizando
instrumentos
acústicos e/ou
eletrônicos, de
166

maneira
individual e
coletiva.
TEATRO Interpretar e (EF08AR24) (EF69AR24)
relacionar, na Conhecer, Reconhecer e
Tema: leitura de obras pesquisar e apreciar artistas e
O suporte na de arte, a apreciar trabalhos grupos de teatro
materialidade da arte diferenciação de de artistas e brasileiros e
suportes grupos de teatro estrangeiros de
Conteúdo: convencionais, de rua e/ou em diferentes épocas,
O corpo como suporte não diferentes investigando os
físico do teatro; a ação convencionais e espaços de modos de criação,
física como elemento da imateriais usados produção teatral, produção, divulgação,
expressividade no palco no fazer arte. investigando os circulação e
modos de organização da
Manejar criação, atuação profissional
diferentes produção, em teatro.
suportes na circulação e
criação de ideias organização da (EF69AR25)
na linguagem da atuação Identificar e analisar
Arte. profissional. diferentes estilos
cênicos,
Reconhecer e (EF08AR25) contextualizando-os
utilizar o suporte Conhecer, no tempo e no espaço
como matéria de identificar e de modo a aprimorar
construção analisar a capacidade de
poética na diferentes apreciação da
materialidade da gêneros teatrais, estética teatral.
obra de arte. contextualizando-
os no tempo e no (EF69AR27)
Distinguir espaço de modo Pesquisar e criar
suportes a aprimorar a formas de
materiais e capacidade de dramaturgias e
imateriais nas apreciação da espaços cênicos para
produções estética teatral. o acontecimento
artísticas. teatral, em diálogo
167

(EF08AR27) com o teatro


Conhecer, contemporâneo.
pesquisar e
explorar (EF69AR29)
dramaturgias, Experimentar a
analisando as gestualidade e as
transformações construções corporais
dos espaços e vocais de maneira
cênicos para a imaginativa na
encenação improvisação teatral e
interativa no no jogo cênico.
acontecimento (EF69AR30) Compor
teatral improvisações e
contemporâneo. acontecimentos
cênicos com base em
(EF08AR29) textos dramáticos ou
Compreender a outros estímulos
expressividade (música, imagens,
da gestualidade e objetos etc.),
das construções caracterizando
corporais e personagens (com
vocais, figurinos e adereços),
explorando a cenário, iluminação e
improvisação no sonoplastia e
jogo teatral, a considerando a
partir de fatos e relação com o
notícias atuais da espectador.
comunidade e/ou
região.

(EF08AR30A)
Elaborar e
executar
improvisações e
acontecimentos
cênicos com base
168

em textos
dramáticos e/ou
imagens,
considerando as
relações com o
cenário e o
espectador.

(EF08AR30B)
Caracterizar
personagens,
explorando
possibilidades de
figurino e
adereços,
considerando as
relações com o
cenário e o
espectador.
169

9º ano – 1º Bimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Habilidades do Habilidades da
Currículo do Currículo Paulista – Base Nacional
Estado de São Versão 2 Comum Curricular
Paulo (BNCC)
ARTES VISUAIS Investigar (EF09AR01) (EF69AR01)
processos de Conhecer, pesquisar, Pesquisar, apreciar
Tema: criação pessoais e apreciar e analisar e analisar formas
Processos de de artistas, obras de arte de distintas das artes
criação nas ampliando o diferentes visuais tradicionais
linguagens conceito de modalidades das e contemporâneas,
artísticas. poéticas e de artes visuais, autores, em obras de artistas
processo de épocas e culturas, brasileiros e
Conteúdo: criação. ampliando a estrangeiros de
Procedimentos experiência com diferentes épocas e
criativos na Analisar repertórios diferentes contextos e em diferentes
construção de obras pessoais e práticas artístico- matrizes estéticas e
visuais; Ação culturais, visuais, cultivando a culturais, de modo a
inventiva; corpo reconhecendo sua percepção, o ampliar a
perceptivo; importância em imaginário, a experiência com
imaginação criadora; processos de capacidade de diferentes contextos
coleta sensorial; criação nas várias simbolizar e o e práticas artístico-
vigília criativa; áreas de repertório imagético. visuais e cultivar a
percurso de conhecimento percepção, o
experimentação; humano. (EF09AR02) imaginário, a
esboços; séries; Conhecer, pesquisar, capacidade de
cadernos de Pesquisar o diálogo analisar e explorar simbolizar e o
anotações; entre a diferentes repertório imagético.
apropriações; materialidade e os modalidades das
processo processos de artes visuais, (EF69AR02)
colaborativo; criação, analisando contextualizando Pesquisar e analisar
pensamento visual; a escolha da obras de autores, diferentes estilos
Repertórios pessoal matéria, as épocas e culturas visuais,
e cultural; poética ferramentas, os distintas, contextualizando-os
pessoal; O diálogo suportes e os comparando-as à no tempo e no
com a matéria visual produção artística espaço.
170

em processos de procedimentos contemporânea e ao


criação. técnicos. seu contexto (EF69AR03)
sociocultural. Analisar situações
Operar com nas quais as
imagens, ideias e (EF09AR03A) linguagens das
sentimentos por Conhecer, pesquisar artes visuais se
meio da e analisar como integram às
especificidade dos diferentes linguagens
processos de modalidades das audiovisuais
criação em Arte, artes visuais (cinema,
gerando sua interagem entre si em animações, vídeos
expressão em artes meios tecnológicos. etc.), gráficas
visuais, música, (capas de livros,
teatro ou dança. (EF09AR03B) ilustrações de textos
Explorar a integração diversos etc.),
entre diferentes cenográficas,
modalidades das coreográficas,
artes visuais e outras musicais etc.
linguagens e
modalidades (EF69AR06)
artísticas, por meio Desenvolver
do uso da tecnologia. processos de
criação em artes
(EF09AR06A) visuais, com base
Organizar e refletir em temas ou
sobre seus processos interesses artísticos,
de criação em artes de modo individual,
visuais explorando coletivo e
temas e interesses colaborativo,
artísticos, diferentes fazendo uso de
espaços, materiais, materiais,
suportes e instrumentos e
ferramentas. recursos
convencionais,
(EF09AR06B) alternativos e
Organizar e digitais.
171

desenvolver
processos de criação (EF69AR07)
em artes visuais, de Dialogar com
modo individual, princípios
coletivo e conceituais,
colaborativo por meio proposições
de recursos digitais. temáticas,
repertórios
(EF09AR07) Dialogar imagéticos e
com princípios processos de
conceituais em suas criação nas suas
produções visuais. produções visuais.
DANÇA Investigar (EF09AR09) (EF69AR09)
processos de Conhecer, pesquisar Pesquisar e analisar
Tema: criação pessoais e e analisar diferentes diferentes formas de
Processos de de artistas, formas de expressão, expressão,
criação nas ampliando o representação e representação e
linguagens artísticas conceito de encenação da dança, encenação da
poéticas e de apreciando e dança,
Conteúdo: processo de diferenciando artistas reconhecendo e
Procedimentos criação. e grupos brasileiros e apreciando
criativos na estrangeiros de composições de
construção do Analisar repertórios diferentes épocas. dança de artistas e
movimento; Ação pessoais e grupos brasileiros e
inventiva; corpo culturais, (EF09AR10A) estrangeiros de
perceptivo; reconhecendo sua Conhecer e explorar diferentes épocas.
imaginação criadora; importância em elementos
coleta sensorial; processos de constitutivos do (EF69AR10)
vigília criativa; criação nas várias movimento, Explorar elementos
percurso de áreas de identificando constitutivos do
experimentação; conhecimento transformações movimento
esboços; séries; humano. artístico-estéticas cotidiano e do
cadernos de presentes em movimento
anotações; Pesquisar o diálogo movimentos dançado,
apropriações; entre a dançados. abordando,
processo materialidade e os criticamente, o
172

colaborativo; processos de (EF09AR10B) desenvolvimento


pensamento criação, analisando Analisar o das formas da
corporal; Repertório a escolha da desenvolvimento das dança em sua
pessoal e cultural; matéria, as formas da dança em história tradicional e
poética pessoal; O ferramentas, os sua história contemporânea.
diálogo do corpo suportes e os tradicional e
como matéria em procedimentos contemporânea. (EF69AR11)
processos de técnicos. Experimentar e
criação. (EF09AR11) analisar os fatores
Operar com Conhecer, de movimento
imagens, ideias e experimentar e (tempo, peso,
sentimentos por analisar os fatores de fluência e espaço)
meio da movimento, como elementos
especificidade dos compreendendo que que, combinados,
processos de suas combinações geram as ações
criação em Arte, geram ações corporais e o
gerando sua corporais e movimento
expressão em artes movimentos dançado.
visuais, música, dançados que
teatro ou dança. simbolizam. (EF69AR12)
Investigar e
(EF09AR12) experimentar
Pesquisar e realizar, procedimentos de
improvisando, improvisação e
sequências de criação do
movimentos movimento como
dançados, individuais fonte para a
ou coletivos, construção de
explorando os fatores vocabulários e
do movimento, para a repertórios próprios.
construção de
vocabulário e (EF69AR14)
repertório próprios. Analisar e
experimentar
(EF09AR14) diferentes
Pesquisar, analisar e elementos (figurino,
173

explorar processos iluminação, cenário,


de criação em dança, trilha sonora etc.) e
explorando espaços
elementos e espaços (convencionais e
não convencionais, não convencionais)
que compõem o para composição
universo cênico da cênica e
dança, criando apresentação
individual ou coreográfica.
coletivamente,
composições cênicas
e apresentações
coreográficas.
MÚSICA Investigar (EF09AR16A) (EF69AR16)
processos de Conhecer e analisar Analisar
Tema: criação pessoais e criticamente usos e criticamente, por
Processos de de artistas, funções da música meio da apreciação
criação nas ampliando o em seus contextos de musical, usos e
linguagens artísticas conceito de produção e circulação funções da música
poéticas e de internacional. em seus contextos
Conteúdo: processo de de produção e
Ação inventiva; criação. (EF09AR16B) circulação,
corpo perceptivo; Relacionar relacionando as
imaginação criadora; Analisar repertórios estabelecer conexões práticas musicais às
coleta sensorial; pessoais e entre a produção diferentes
vigília criativa; culturais, musical e os dimensões da vida
percurso de reconhecendo sua diferentes contextos social, cultural,
experimentação; importância em socioculturais, em política, histórica,
esboços; séries; processos de especial a dimensão econômica, estética
cadernos de criação nas várias estética e ética. e ética.
anotações; áreas de
apropriações; conhecimento (EF09AR19B) (EF69AR19)
processo humano. Analisar diferentes Identificar e analisar
colaborativo; estilos musicais, diferentes estilos
pensamento Pesquisar o diálogo explorando e musicais,
musical; Repertórios entre a compreendendo as contextualizando-os
174

pessoal e cultural; materialidade e os relações entre os no tempo e no


poética pessoal; processos de elementos da estética espaço, de modo a
O diálogo com a criação, analisando musical. aprimorar a
matéria sonora em a escolha da capacidade de
processos de matéria, as (EF09AR21) apreciação da
criação ferramentas, os Conhecer, pesquisar estética musical.
suportes e os e classificar fontes e
procedimentos materiais sonoros, (EF69AR21)
técnicos. em práticas de Explorar e analisar
apreciação e fontes e materiais
Operar com composição/criação sonoros em práticas
imagens, ideias e musical, identificando de
sentimentos por timbres e composição/criação,
meio da características de execução e
especificidade dos instrumentos apreciação musical,
processos de musicais reconhecendo
criação em Arte, convencionais e não timbres e
gerando sua convencionais. características de
expressão em artes instrumentos
visuais, música, (EF09AR23) musicais diversos.
teatro ou dança. Pesquisar e explorar
improvisações, (EF69AR23)
composições, Explorar e criar
arranjos, jingles, improvisações,
trilhas sonoras, entre composições,
outras possibilidades, arranjos, jingles,
utilizando vozes, sons trilhas sonoras,
corporais e/ou entre outros,
instrumentos utilizando vozes,
acústicos ou sons corporais e/ou
eletrônicos, instrumentos
convencionais ou não acústicos ou
convencionais, eletrônicos,
expressando ideias convencionais ou
musicais de maneira não convencionais,
expressando ideias
175

individual, coletiva e musicais de


colaborativa. maneira individual,
coletiva e
colaborativa.
TEATRO Investigar (EF09AR24) (EF69AR24)
processos de Conhecer, pesquisar Reconhecer e
Tema: criação pessoais e e apreciar trabalhos apreciar artistas e
Processos de de artistas, de artistas e grupos grupos de teatro
criação nas ampliando o de teatro da brasileiros e
linguagens conceito de comunidade, estrangeiros de
artísticas. poéticas e de regionais, nacionais e diferentes épocas,
processo de internacionais, investigando os
Conteúdo: criação. investigando os modos de criação,
Procedimentos modos de criação, produção,
criativos na Analisar repertórios produção, divulgação, divulgação,
construção de obras pessoais e circulação e circulação e
cênicas; Ação culturais, organização da organização da
inventiva; corpo reconhecendo sua atuação profissional. atuação profissional
perceptivo; importância em em teatro.
imaginação criadora; processos de (EF09AR25)
coleta sensorial; criação nas várias Conhecer, pesquisar, (EF69AR25)
vigília criativa; áreas de identificar e analisar Identificar e analisar
percurso de conhecimento diferentes gêneros diferentes estilos
experimentação; humano. teatrais, cênicos,
esboços; séries; contextualizando-os contextualizando-os
cadernos de Pesquisar o diálogo no tempo e no no tempo e no
anotações; entre a espaço de modo a espaço de modo a
apropriações; materialidade e os aprimorar a aprimorar a
processo processos de capacidade de capacidade de
colaborativo; criação, analisando apreciação da apreciação da
pensamento a escolha da estética teatral. estética teatral.
corporal matéria, as
Repertórios pessoal ferramentas, os (EF09AR26) (EF69AR26)
e cultural; poética suportes e os Conhecer, pesquisar, Explorar diferentes
pessoal; O diálogo procedimentos analisar e explorar elementos
com a matéria técnicos. diferentes elementos envolvidos na
176

cênica em envolvidos na composição dos


processos de Operar com composição de acontecimentos
criação. imagens, ideias e acontecimentos cênicos (figurinos,
sentimentos por cênicos e adereços, cenário,
meio da (re)conhecer seus iluminação e
especificidade dos vocabulários. sonoplastia) e
processos de reconhecer seus
criação em Arte, (EF09AR27) vocabulários.
gerando sua Conhecer, pesquisar
expressão em artes e explorar (EF69AR27)
visuais, música, dramaturgias, Pesquisar e criar
teatro ou dança. analisando as formas de
transformações dos dramaturgias e
espaços cênicos para espaços cênicos
a encenação para o
interativa, e a acontecimento
construção coletiva teatral, em diálogo
de textos para o com o teatro
acontecimento teatral contemporâneo.
contemporâneo.
177

ENSINO MÉDIO
1ª. Série – 1º bimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Habilidades da Competências
Currículo do Estado Matriz de Gerais da
de São Paulo Avaliação Educação
Processual de Básica - (BNCC)
Arte
ARTES VISUAIS Investigar a arte e as Reconhecer a arte Competências:
práticas culturais como e as práticas 1, 2, 3, 4 e 7.
Tema: patrimônio cultural no culturais como
Arte, cidade e contexto da cultura patrimônio no
patrimônio urbana; contexto urbano;
cultural
Identificar o patrimônio Reconhecer os
Conteúdo: cultural, a memória conceitos de
Heranças coletiva, os bens patrimônio
culturais; simbólicos materiais e cultural, memória
patrimônio imateriais; coletiva e bens
cultural imaterial simbólicos
e material; Operar com imagens, materiais e
estética do ideias e sentimentos imateriais;
cotidiano; por meio da
tradição e especificidade dos Identificar os
ruptura; ligação processos de criação precursores da
arte e vida; arte em Arte, gerando sua arte urbana;
contemporânea; expressão em artes
visuais. Conhecer o
Preservação e conceito de
restauro; políticas Operar com esboços patrimônio
culturais; de projetos individuais cultural;
educação ou colaborativos
patrimonial; visando à intervenção Distinguir
e à mediação cultural patrimônio cultural
Arte pública; na escola e na cidade material e
intervenções imaterial.
urbanas; grafite;
178

pichação;
monumentos
históricos;
DANÇA Investigar a arte e as Reconhecer a Competências:
práticas culturais como arte e as práticas 1, 2, 3, 4 e 7.
Tema: patrimônio cultural no culturais como
Arte, cidade e contexto da cultura patrimônio no
patrimônio urbana. contexto urbano.
cultural
Identificar o patrimônio Reconhecer os
Conteúdo: cultural, a memória conceitos de
Heranças coletiva, os bens patrimônio
culturais; simbólicos materiais e cultural, memória
patrimônio imateriais. coletiva e bens
cultural imaterial simbólicos
e material; Operar com imagens, materiais e
estética do ideias e sentimentos imateriais.
cotidiano; por meio da
tradição e especificidade dos Identificar os
ruptura; ligação processos de criação precursores da
arte e vida; arte em Arte, gerando sua arte urbana.
contemporânea. expressão em dança.
Conhecer o
Escola de samba; Operar com esboços conceito de
tambor de crioula; de projetos individuais patrimônio
jongo, roda de ou colaborativos cultural.
samba; frevo; visando à intervenção e
forró; dança à mediação cultural na Distinguir
contemporânea; escola e na cidade. patrimônio
dança popular. cultural material e
imaterial.

Correlacionar
patrimônio
cultural e dança
popular brasileira.
179

MÚSICA Investigar a arte e as Reconhecer a Competências:


práticas culturais como arte e as práticas 1, 2, 3, 4 e 7
Tema: patrimônio cultural no culturais como
Arte, cidade e contexto da cultura patrimônio no
patrimônio urbana. contexto urbano.
cultural
Identificar o patrimônio Reconhecer os
Conteúdo: cultural, a memória conceitos de
Heranças coletiva, os bens patrimônio
culturais; simbólicos materiais e cultural, memória
patrimônio imateriais. coletiva e bens
cultural imaterial simbólicos
e material; Operar com imagens, materiais e
estética do ideias e sentimentos imateriais.
cotidiano; por meio da
tradição e especificidade dos Identificar os
ruptura; ligação processos de criação precursores da
arte e vida; arte em Arte, gerando sua arte urbana.
contemporânea. expressão em música.
Conhecer o
Paisagem Operar com esboços conceito de
sonora; músicos de projetos individuais patrimônio
da rua; ou colaborativos cultural.
videoclipe; visando à intervenção e Distinguir
música à mediação cultural na patrimônio
contemporânea. escola e na cidade. cultural material e
imaterial.

Conceituar
música.

TEATRO Investigar a arte e as Reconhecer a Competências:


práticas culturais como arte e as práticas 1, 2, 3, 4 e 7.
Tema: patrimônio cultural no culturais como
contexto da cultura patrimônio no
urbana. contexto urbano.
180

Arte, cidade e
patrimônio Identificar o patrimônio Reconhecer os
cultural cultural, a memória conceitos de
coletiva, os bens patrimônio
Conteúdo: simbólicos materiais e cultural, memória
Heranças imateriais. coletiva e bens
culturais; simbólicos
patrimônio Operar com imagens, materiais e
cultural imaterial ideias e sentimentos imateriais.
e material; por meio da
estética do especificidade dos Identificar os
cotidiano; processos de criação precursores da
tradição e em Arte, gerando sua arte urbana.
ruptura; ligação expressão em teatro.
arte e vida; arte Conhecer o
contemporânea. Operar com esboços conceito de
de projetos individuais patrimônio
Artes circenses; ou colaborativos cultural.
circo tradicional; visando à intervenção e
famílias à mediação cultural na Distinguir
circenses; circo escola e na cidade. patrimônio
contemporâneo; cultural material e
escolas de circo, imaterial.
palhaço clown e a
tradição cômica;
folias de reis,
palhaços de
hospital.
181

2ª. Série – 1º bimestre


Tema/Conteúdo Habilidades do Habilidades da Competências
Currículo do Estado Matriz de Gerais da
de São Paulo Avaliação Educação
Processual de Básica - (BNCC)
Arte
ARTES VISUAIS Investigar o encontro Reconhecer Competências:
entre arte e público na espaços e formas 1, 3, 4 e 5.
Tema: dimensão da mediação de integração
O Encontro entre cultural, como entre arte e
arte e público experiência estética a público.
ser compartilhada.
Conteúdo: Reconhecer
Espaços Identificar espaços e elementos
expositivos, formas de integração estruturais do
modos de expor, entre arte e público. pensamento
salões de arte, artístico com
bienais e feiras Analisar a mediação base no seu
de arte cultural, como abertura contexto
de possíveis canais de histórico.
interação comunicativa
e de diálogo entre o
público e as artes
visuais, a música, o
teatro ou a dança.

Esboçar projetos
individuais ou
colaborativos como
condutores de espaço
para a apresentação do
fazer artístico da
comunidade escolar
e/ou do seu entorno.
DANÇA Investigar o encontro Reconhecer Competências:
entre arte e público na espaços e formas 1, 3, 4 e 5
182

Tema: dimensão da mediação de integração


O Encontro entre cultural, como entre arte e
arte e público experiência estética a público.
ser compartilhada.
Conteúdo: Reconhecer
Festivais de Identificar espaços e elementos
dança, mostra formas de integração estruturais do
universitária, entre arte e público. pensamento
espaços artístico com
alternativos de Analisar a mediação base no seu
dança cultural, como abertura contexto
de possíveis canais de histórico.
interação comunicativa
e de diálogo entre o
público e a dança.

Esboçar projetos
individuais ou
colaborativos como
condutores de espaço
para a apresentação do
fazer artístico da
comunidade escolar
e/ou do seu entorno.
MÚSICA Investigar o encontro Reconhecer Competências:
entre arte e público na espaços e formas 1, 3, 4 e 5
Tema: dimensão da mediação de integração
O Encontro entre cultural, como entre arte e
arte e público experiência estética a público.
ser compartilhada.
Conteúdo: Reconhecer
Festivais de Identificar espaços e elementos
música, espaços formas de integração estruturais do
para concerto, entre arte e público. pensamento
espaços artístico com
alternativos de Analisar a mediação base no seu
183

música: coretos, cultural, como abertura contexto


ruas etc. de possíveis canais de histórico.
interação comunicativa
e de diálogo entre o
público e a música.

Esboçar projetos
individuais ou
colaborativos como
condutores de espaço
para a apresentação do
fazer artístico da
comunidade escolar
e/ou do seu entorno.
TEATRO Investigar o encontro Reconhecer Competências:
entre arte e público na espaços e formas 1, 3, 4 e 5.
Tema: dimensão da mediação de integração
O Encontro entre cultural, como entre arte e
arte e público experiência estética a público.
ser compartilhada.
Conteúdo: Reconhecer
Festivais de Identificar espaços e elementos
teatro, espaços formas de integração estruturais do
promotores de entre arte e público. pensamento
leitura dramática, artístico com
mostra Analisar a mediação base no seu
universitária cultural, como abertura contexto
de possíveis canais de histórico.
interação comunicativa
e de diálogo entre o Reconhecer os
público e o teatro. potenciais
espaços cênicos,
Esboçar projetos convencionais e
individuais ou não
colaborativos como convencionais.
condutores de espaço
184

para a apresentação do
fazer artístico da
comunidade escolar
e/ou do seu entorno.
185

3ª Série – 1º Bimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Habilidades da Competências
Currículo do Estado Matriz de Gerais da
de São Paulo Avaliação Educação
Processual de Básica - (BNCC)
Arte
1ª Etapa - Entender o que é um Compreender o Competências:
Discutindo a projeto e seus processo de 1,2,3,4,5,6 e 7
Proposta e elementos básicos. construção do
elaborando o Compreender a relação conhecimento.
Projeto com os entre arte, Ciência e
alunos. Tecnologia. Conhecer o
Compreender a projeto artístico e
Conteúdo: integração entre as seus elementos.
Elementos linguagens artísticas. Selecionar dados
estruturantes de Saber sistematizar e para o registro e
um projeto; organizar material de avaliação do
Mídias e sua pesquisa. processo.
relação com as
diferentes Ordenar relato do
linguagens processo.
artísticas; Estabelecer as
Integração entre diversas funções
as linguagens a serem
artísticas; exercidas pelos
A relação das indivíduos, dentro
linguagens de um projeto.
artísticas na era
digital; Compreender a
Visão sistêmica; relação entre
Arte, Ciência e
Tecnologia.
186

AS DEZ COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,


social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar
para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo
a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e
também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para
se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional
e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na
diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
187

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e


determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.

Referências Bibliográficas

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Ano 5, n. 5, p. 7, dez. 2010.
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Sinapse, p. 06, 2004.
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____. Obras Escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo, Brasiliense,
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J. Guinburg, Sergio Coelho e Clóvis Garcia. 5.ed. São Paulo: Perspectiva, 2011. 577p.
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BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a Experiência ou sobre o Saber da
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188

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Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral,
Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.
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SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.
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escrever: livro de textos do aluno; seleção dos textos. 3. Ed. São Paulo: FDE, 2010.
SHAKESPEARE, William. Obra Completa em Três Volumes. Rio de Janeiro, Nova
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SOUZA, J. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental e Médio.
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da Abem. Recife: Abem, 1998, p. 16-18.
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SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. Tradução Ingrid Dormien
Koudela. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2006.
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CD.

Sites referenciados

Currículo do Estado de São Paulo – Anos Finais e Ensino Médio:


http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/237.pdf
Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (para Ensino Médio):
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-
site.pdf (p. 9 e 10).
Orientações Curriculares e Didáticas de Arte da 3ª série do Ensino Médio e
Matriz de Avaliação Processual (Biblioteca)
https://sed.educacao.sp.gov.br/intranet.html

ANEXOS – Arte

Os materiais a seguir foram entregues nas escolas entre 2008-2013 – Materiais fornecidos
pelo Programa Cultura é Currículo:

DVD:
12 Homens E Uma Sentença
A Cor Do Paraíso
A Culpa É Do Fidel
A General
A Invenção De Hugo Cabret
A Partida
A Rosa Púrpura Do Cairo
A Vida Em Um Dia
Antes Que O Mundo Acabe
Apenas Uma Vez
Arquitetura Da Destruição
As Neves De Kilimanjaro
Balzac E A Costureirinha. Chinesa
Bem-Vindo A São Paulo
Bendito Fruto
Billy Elliot
192

Cantando Na Chuva
Cinema, Aspirinas E Urubus
Contos Da Noite
Corra Lola, Corra
Crash, No Limite
Criação
Crianças Invisíveis
Diário De Motocicleta
Donkey Xote
Em Busca Da Terra Do Nunca
Fahrenheit 451
Final Fantasy
Frankenstein
Gran Torino
Honeydripper, Do Blues Ao Rock
Inocência
Ladrões De Bicicleta
Lemon Tree
Língua, Vidas Em Português
Lixo Extraordinário
Luzes Da Cidade
Matar Ou Morrer
Moça Com Brinco De Pérola
Mutum
Não, Por Acaso
Narradores de Javé
Nas Montanhas Dos Gorilas
O Banheiro Do Papa
O Brasil Da Pré-História
O Enigma Da Pirâmide
O Fim E O Princípio
O Menino Do Pijama Listrado
O Pagador De Promessas
O Planeta Branco
O Povo Brasileiro
O Sonho De Cassandra
O Último Dançarino De Mao
193

O Visitante
Oliver Twist
Os Melhores Dias De Nossas Vidas
Os Pássaros
Palavra (En)Cantada
Putz, A Coisa Tá Feia!
Quanto Mais Quente Melhor
Rebobine, Por Favor
Sob A Névoa Da Guerra
Sombras De Goya
Terra De Ninguém
Trem Da Vida
Um Beijo Roubado
Vida De Menina

Material de apoio do Currículo Oficial de Arte do Estado de SP


CD – The Best of Bach
CD – Stravinsky: Firebird – Petrushka – 2 Suítes
CD – The Best of Naxos 1 – Tchaikovsky
CD – Bill Evans – Autumn Leaves
CD – Satie: Piano Works (Selection)
CD – Grupo Tom da Terra
CD – Vivaldi: The Four Seasons
CD – Clube da Esquina – Milton Nascimento (cx. c/ 3 CD)
DVD – Hermeto Pascoal/Zimbo Trio/Egberto Gismonti
CD – Educação em Arte Música Vol. I
CD – Educação em Arte Música Vol. II
CD – Moacir Santos – Ouro Negro
DVD – Moacir Santos – Ouro Negro
DVD – Elis Regina Coletânea (Box c/ 3 DVDs)
DVD – Chico Buarque Vol. 1 (Box c/ 3 DVDs)
DVD – Chico Buarque Vol. 2 (Box c/ 3 DVDs)
DVD – Chico Buarque Vol. 3 (Box c/ 3 DVDs)
DVD – Chico Buarque Vol. 4 (Box c/ 3 DVDs)
DVD – Edu Lobo – Vento Bravo
DVD – Iconografia 3º Bimestre (2x)
DVD – Iconografia 4º Bimestre (2x)
194

DVD – Tom Jobim – Maestro Soberano (Box c/ 3 DVDs)


Livro – Cancioneiro Jobim (Obras escolhidas e Biografia)
CD-ROM – Educação Musical para Crianças, Jovens e Adultos
CD – Zimbo Trio – Caminhos Cruzados
CD – Amelinha – Frevo Mulher
CD – Miles Davis – Summertime – Maxximum
Livro + CD – Por Todo Canto

Pranchas de Arte – Pinacoteca do Estado de São Paulo


BERTAZZO, Ivaldo. Cidadão Corpo, Identidade e Autonomia do Movimento. São Paulo:
Summus, 1998.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA. Uma Roupa que
Dança. (2011).

Links
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http://arte-escola.blogspot.com/ acessado em 30/11/2018.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Consulta Pública. Brasília.Disponível
em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ acessado em 30/11/2018.
Campanicultural. Disponível em:
http://www.campanicultural.com.br/2013/06/os-gabirus-de-xico-stockinger.html, acessado
em 13/11/2018.
Descrição sintética do currículo 5ª série 6º ano vol_ 1/ bim 2.docx. Disponível em:
https://docs.google.com/document/d/155zXELFivA0WPokan7tyhyHVhoLPUciA4CFweLjsiSw
/edit?pli=1 acessado em: 30/11/2018.
Iran e sua Música. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=TrGWWxXbvC8 acessado em 13/11/2018.
TORRES, Marília Marcondes de Moraes Sarmento e Lima. O cristo no terceiro milênio: a
visão plástica da arte sacra atual de Cláudio Pastro. 2007. 228 f. Dissertação (mestrado) -
Universidade Estadual Paulista. Instituto de Artes, campus de São Paulo, 2007. Disponível
em:https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/87013/torres_mmmsl_me_ia.pdf?seq
uence=1&isAllowed=y acessado em 30/11/2018
Materiais disponíveis nas escolas. Disponível em:
https://drive.google.com/open?id=1xOOAgikQg1_vxQ6D7QSSJ9GSCLWI9ltm criado em
13/11/2018.
Museu de Arte Contemporânea. Disponível em:
195

www.mac.usp.br acessado em 30/11/2018


Pintura y Escultura Espanol Contemporanea. Disponível em:
https://get.google.com/albumarchive/102635269018891236170/album/AF1QipPa1g6EZVrq_
XLYKDwps7POB7Dh4aCzrnuCPQKn?authKey=TwQI8bGYwI0
Sun Quan The Emperor. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=IxM1tjTvFAc acessado em 13/11/2018.
Simon and Garfunkel-Live in Central Park. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=1EzzU9my7rU acessado em 30/11/2018.
Wikipedia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a_contempor%C3%A2nea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assemblage acessado em 3011/2018.
3.bp.blogspot.com Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-
7Yj9teHNrJk/U5cLvACS17I/AAAAAAAAAQ4/i_1o_GKkTb0/s1600/flor.jpg acessado em
08/11/2018

Livros de arte que foram disponibilizados para as salas de leitura:

A Análise dos Espetáculos. Pavis, Patrice Perspectiva


A Arte de Fazer Arte 6º ano. Haddad, Denise Akel. Mobin, Dulce G.Saraiva
A Arte de Fazer Arte 7ºano. Haddad, Denise Akel. Mobin, Dulce G.Saraiva
A Arte de Fazer Arte 8ºano. Haddad, Denise Akel. Mobin, Dulce G.Saraiva
A Arte de Fazer Arte 9ºano. Haddad, Denise Akel. Mobin, Dulce G.Saraiva
A Consciência da Mulher. Pace, Eliana. Imprensa Oficial
A Educação do Olhar No Ensino das Artes. Pillar, Analice Dutra. Ed. Mediação
A Educação Pela Dança. Ossana, Paulina. Summus editorial
A Incrível História da Orquestra. Koscielniac, Bruce. trad. Renata Campos. Cosacnaify
A Linguagem da Arte. Calabrese, Omar. Ed. Globo
A Música Clássica da Índia. Marsicano, Alberto. Perspectiva
A Música Erudita-da Idade Média ao Século XX. Chaim, Ibrahim Abrahão. Letras e Letras
A Música Viva de Mozart. Galperin, Claudio. Ática
Adolescer Fazendo Arte. Ferreira, Maria Regina G.B, Sec. Mun. Araraquara
Adoniran Barbosa. Lins, Juliana e Diniz, André. Moderna
Alma de Cetim. Dwek, Tuna. Imprensa Oficial
Ampliando o Repertório do Coro Infanto Juvenil. VertamattiEd. Unesp
Arte Brasileira Para Crianças. Mange, Marilyn Diggs. Martins Fontes
Arte Brasileira, arte colonial-barroco e rococó. Tirapeli, Percival. Cia. Ed. Nacional
Arte Brasileira, arte imperial do neoclássico ao ecletismo. Tirapeli, Percival. Cia.Ed Nacional
196

Arte Brasileira, arte indígena. Tirapeli, Percival. Cia. Ed. Nacional


Arte Brasileira, arte moderna e contemporânea. Tirapeli, Percival. Cia. Ed. Nacional
Arte Brasileira, arte popular. Tirapeli, Percival. Cia. Ed. Nacional
Arte e Sociedade no Brasil de 1930 a 1956. Vol 1. Amaral, Aracy. Toral, Anfré Callis
Arte e Sociedade no Brasil de 1957 1975. Vol 2. Amaral, Aracy. Toral, Anfré Callis
Arte e Sociedade no Brasil de 1976 a 2003. Vol3. Amaral, Aracy. Toral, Anfré Callis
Arte Para Criança Carlos Scliar-O Pintor que pintou o Sete. Sabino, Fernando. Scliar,
Carlos.Berlendes & Vertcchia
Arte Para Criança: Carybé. O Capeta Carybé. Amado, Jorge Berlendes & Vertcchia
Arte Para Criança; Arte Popular- A peleja. Machado, Maria Clara. Berlendes & Vertcchia
Arte, Educação e Cultura. Oliveira, Marilda O. Ed. UFSM
Arte, História & Produção vol 1. Calabria, Carla Paula. FTD
Arte. Carlini, Alvaro L.R. S. Furtado, Fábio Prata, Pepita. Ed. do Brasil
Artes manual pedagógico. Vello, Valdemar. Scipione
Artes mini galeria e glossário. Vello, Valdemar. Scipione
Artesanato. vol 1. Machado, Sandra M. Valle. Ed. Magister
Artesanato. vol 2. Machado, Sandra M. Valle. Ed. Magister
Artesanato. vol 3. Machado, Sandra M. Valle. Ed. Magister
As Artes e o Desenvolvimento humano. Gardner, Howard. Trad. Maria Adriana V. Veronese
Artes Médicas. Athos Bulcão, 80 Anos. Araujo, Emanoel. Fund. Athos Bulcão
Augusto Rodrigues 50 anos de arte. Klintowitz, Jacob Raízes.
Av. Paulista. Gê, Luiz. Quadrinhos na Cia.
Bienal Brasil Século XX. Ferreira, Edmar Cid. Fund. Bienal
Braguinha (João de Barro). Diniz, André e Lins, Juliana. Moderna
Brasil Rito e Ritmo, um século de música popular e clássica. Kaz, Leonel.Aprazível
Brasil+500, mostra do descobrimento. Aguilar, Nelson. SESC
Brecheret, esculpindo o tempo. Pellegrini, Sandra Brecheret. Estação Palavra
Bustos-Relicários, Catedral-Baílica de Salvador. Araújo, Emanuel. Pinacoteca de São Paulo
Caderno de Cinema do professor, vol 1. Tozzi, Devanil. FDE
caderno de Cinema do Professor, vol 2. Tozzi, Devanil. FDE
Caderno de Cinema do Professor, vol 3. Tozzi, Devanil. FDE
Caderno de Cinema do Professor, vol 4. Tozzi, Devanil. FDE
Caixinha de Música. Murray, Roseana. Manati
Candido Portinari. Rosa, Nereide Schilaro. Moderna
Cartola. Ramalho, Mônica. Moderna
Chiquinha Gonzaga. Diniz, Edinha. Moderna
197

Cicatrizes. A arte e a natureza em obras de Frans Krajcberg, Siron Franco e Roberto Burle
Marx. Buoro, Anamélia Bueno. Kok, Betb. Atihê, Eliana Aloia. Cia. Ed. Nacional
Cinema Arte e Memória. Almeida, Milton José de. Autores Associados
Cinema, história, gêneros, cinema mundial, diretores de A-Z. Bergan, Ronald Jorge Zahar
Como Usar o Cinema na Sala de Aula. Napolitano, Marcus. Ed. Contexto
Corpo Vivo. Reeducação do Movimento. Bertazzo, Ivaldo. Ed. Sesc
Criatividade e Processos de Criação. Ostrower, Fayga. Ed. Vozes
Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Hernandez, Fernando. Artmed
Culturas e artes do pós humano, da cultura das mídias à cibernética. Santaella, Lucia.
Paulus
Culturas Híbridas. Canclini, Néstor Garcia. Trad. Ana regina Lessa. Ed. Usp
Desenhos, jogos e experiências. Forslind, Ann. Callis
Design: História, teoria e prática do design de produtos. Bürdek, BernhardE. trad. Freddy
Van Camp. Ed. Edgard Blücher ltda
Educação Artística, linguagens, códigos e suas tecnologias. Leonidas, Pedro. S.C.A
Educação Sonora. Schafer, Murray. Trad. Marisa Fonterrada. Melhoramentos
Emiliano Di Cavalcanti. Luciana, Dalila. Rego, Lígia. Moderna
Enciclopédia de Música Brasileira Popular. Melo, Zuza Homem de. Art editora
Encontros Musicais. Almeida, Berenice de. Melhoramentos
Ensinar e Aprender Arte, ensino fund. ciclo II. Almeida, Ivone do Canto, Colella, Maria
Beatriz. Imprensa Oficial
Ensino de Arte. Arslan, Luciana M. e Iavelberg, Rosa. Cengage Learning
Ensino de Dança Hoje, textos e contextos. Marques, Isabel A.. Cortez Editora
Ensino de Música: proposta pensar e agir em sala de aula. Hentschke, Liane. ben, del
Luciana. Moderna
Ensino Fundamental Arte vol. 3 Aranha, Cecília C e Viera, Rosane A. EGM Editora
Ensino Fundamental Arte vol.4 Aranha, Cecília C e . Viera, Rosane A. EGM Editora
Ensino Fundamental Arte, vol. 1 Aranha, Cecília C.e Viera, Rosane A. EGM Editora
Ensino Fundamental Arte, vol. 2 Aranha, Cecília C. e Viera, Rosane A. EGM Editora
Entre o Mediterrâneo e o Atlântico, uma aventura teatral Pupo, Maria Lucia de Souza
Barros. Perspectiva
Entre o Mediterrâneo e o Atlântico, uma aventura teatral.
Festas e tradições. Rosa, Nereide Schilaro Moderna
Festas Juninas, Festa de São João. Rangel, Lucia Helena Vitalli. Publishing Solutions
História da Arquitetura.Glancey,Jonathan.trad.Luis Borges Marcolino. Melhoramentos
História da Dança no Ocidente. Bourcier, Paul. Trad. Marina Appenzeller Martins Fontes
História da Dança. Portinari, Maribel. Ed. Nova Fronteira
198

História da Música em quadrinhos. Dyeries, Bernard. Trad. Luis Lourenço Rivera Martins
Fontes
História Mundial do Teatro. Berthold, Margot. trad. Maria Paula V. Zurawski. Perspectiva
Iberê Menino. Neves, André. Dias, Cristina. DCL
Imagens que contam o Mundo. Godeau, Eric. Ed. S.M.
Improvisação para o Teatro. Spolin, Viola. Perspectiva
Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. Barbosa, Ana Mae. Cortez Editora
Itacoatiaras. Uma pré-história da arte no Brasil. Galvino, Luiz. Top Rios Gráficas
Itaú Moderno, arte no Brasil 1911-1980. Coelho, Teixeira Itaú Cultural
Itaú Moderno, arte no Brasil 1981 -2006. Coelho, Teixeira. Itaú Cultural
Jean Batiste Debret, viagem pitoresca e história ao Brasil. Villaça, Antonio Carlos
Ed. Itatiaia
Jogo, Teatro & Pensamento. Courtney, Richard. Perspectiva
Jogos Teatrais na Escola. Reverbel, Olga. Ed. Scipione
Jogos Teatrais na Sala de Aula. Spolin, Viola. Perspectiva
Jogos Teatrais, o Fichário de Viola Spolin. Spolin, Viola. trd. Ingrid. D. Koudela
Perspectiva
Jogos Teatrais. Koudela, Ingrid Dormien. Perspectiva
Lendas e Personagens Rosa, Nereide Schilaro. Moderna
Lendo Imagens. Manguel, Alberto.. Cia. Letras
Luiz Gonzaga. Pimentel,Luís. Moderna
Manual do Professor – arte. Queiroz, Maria Lucia. Ed. Brasil
Maurice Vaneau, Artista Mútiplo. Gouveia, Leila V.B.. Imprensa Oficial
Metodologia do Ensino de Teatro. Japiassu, Ricardo. Papirus Editora
Meu Carnaval Brasil. Kaz, Leonel. Loddi, Nigge. trad.Patrick E. David Aprazível
Meu Nome é Mozart. Marti, Meritxell. Trad. Julia Duarte. Publifolha
Miró. Ross, Nicholas. Callis
Museu Lasal Segal-material didático. Lima, Anny Cristina. FDE
Na Trilha de Gauguin. Girardet, Sylvie. trad. Eduardo Brandão. Cia. das Letrinhas
Nos Traços de Michelangelo. Carneiro, Angela. Ed. Ática
O Ator e Seus Duplos, máscaras, bonecos e objetos. Amaral, Ana Maria. Ed. Senac
O Cinema como Razão de Viver. Lyra, Marcelo. Imprensa Oficial
O Desejo de Pintar e outros Poemas em prosa de Baudelaire. Vale, Mario. Seteluas
O Homem com A Câmera. Mattos, Carlos Alberto. Imprensa Oficial
O Jovem Lê e Faz Teatro.. Rabelo, Gabriela. Mercuryo Jovem
O Livro da Dança. Borgéa, Inês. Cia. das Letrinhas
O Olhar em Construção. Buoro, Anamélia Bueno. Cortez Editora
199

O Poder da Arte. Shama, Simon. trad. Hildegard Feist. Cia. das Letras
O Que é Arte. Coli, Arte. Ed. Brasiliense
O Violinista. Thompson, Colin. Brinque Book
Os Músicos de Bremen. Grimm, Jacob. Trad. Mõnica Stahel. Martins Fontes
Ouvido Pensante. Schafer, Murray. Unesp
Outras Terras, Outros Sons. Almeida, Berenice. Pucci, Magda Dourado. Callis
Pablo Picasso. Venezia, Mike. trad. Valentim Rebouças. Moderna
Pagu Patrícia Galvão, livre na imaginação, no espaço e no tempo. Furlani, Lucia M. Teixeira.
Ed. Unisanta
Parâmetros Curriculares Nacionais. Prado, Iara Glória. MEC
Pedagogia do Teatro: Provocação e Dialogismo. Degranges, Flávio. Ed. Hucitec
Pequena História da Dança. Faro, Antonio José. Jorge Zahar
Pintura-Conhecendo o Ateliê do artista. Rego, Lígia. Moderna
Por um Triz - Arte e |Cultura, atividades e projetos educativos. Deheizelin, Monique. Paz e
Terra
Quem Canta Seus Males Espanta. Almeida, Theodora Maria Mendes. Ed. Caramelo
Questões de Arte. Costa, Cristina. Moderna
Tarcila do Amaral. Caruso, Carla. Miriam Gabbai
Teoria e prática do Ensino de Arte. Martins, Mirian Celeste. Picosque, Gisa. FTD
Terra Paulista, a formação do estado de São Paulo seus habitantes e os usos da terra.
Setubal, Maria Alice. Imprensa Oficial
Terra Paulista, manifestações artísticas e celebrações populares no estado de São Paulo.
Setubal, Maria Alice. Imprensa Oficial
Tomie: Cerejeiras na Noite. Miranda, Ana. Cia. das Letrinhas
Uma História da Música Popular Brasileira. Severiano, Jairo. Ed.34
Universos da Arte. Ostrower, Fayga. Elsevier
100 Jogos Dramáticos. Machado, Maria Clara. Rosman, Marta. Agir

Livros escolhidos no PNLD em uso nas escolas desde 2018:

A. Todas as artes (André Vilela/Eliana Pougy, Editora Ática, 3a edição): apresenta


abordagens sobre o mundo do trabalho e busca levar o aluno além do senso comum
B. Percursos da Arte (Béa Meira / Rafael Presto / Silva Soter, Editora Scipione, 1ª. edição
- 2016): na seção Explore, traz indicações de filmes, livros, DVD, exposições, etc.
C. Arte em Interação (Perla Frenda / Hugo B. Bozzano / Tatiane Gusmão, IBEP, 2a edição
- 2016): aborda o diálogo com outras áreas de conhecimento, valoriza a discussão sobre
as questões de gêneros, étnica e pluralidade cultural.
200

D. Arte por toda Parte (Daniela Libâneo / Fábio Sardo / Pascoal Ferrari / Solange Utuari,
FTD 2a edição - 2016): na seção Ofício da Arte, aborda as profissões que envolvam arte,
também traz CD de apoio.
E. Arte de Perto (Mariana Lima Muniz / Maurilio Andrade Rocha / Juliana Azoubel / Rodrigo
Vivas, LEYA 1a edição - 2016): traz indicações de filmes, sites, livros e CD de apoio.
201

Elaboração do material

CGEB/SEE – Carlos Eduardo Povinha


CGEB/SEE – Eduardo Martins Kebbe
DER Botucatu – Madalena Ponce Rodrigues
DER Caraguatatuba – Evania Rodrigues Moraes Escudeiro
DER Centro-Oeste – Elisangela Vicente Prismit
DER Guaratinguetá – Djalma Abel Novaes
DER Jales – Pedro Kazuo Nagasse
DER Marília – Silmara Lourdes Truzzi
DER Ourinhos – Rodrigo Mendes
DER Ribeirão Preto – Débora David Guidolín
DER São Vicente – Marília Marcondes de M. Sarmento e L. Torres
DER Sorocaba – Roberta Jorge Luz
DER Suzano – Eliana Florindo
202
203

Fundamentos do Componente Curricular

O currículo oficial dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da


rede estadual paulista foi implementado em 2008, contemplando as áreas de
Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Está inserido no
escopo do Programa São Paulo faz Escola e, para apoiar os professores e os alunos
no desenvolvimento deste currículo, a SEE elaborou materiais de implementação –
Cadernos do Professor e do Aluno – em que são apresentadas situações de
aprendizagem ou sequências didáticas, organizadas por componente curricular,
semestre, ano e série. Nesse currículo afirma-se que a Educação Física trata da
cultura relacionada aos aspectos corporais, que se expressa de diversas formas: nos
jogos, nas ginásticas, nas danças e atividades rítmicas, nas lutas e nos esportes.
(SEE, 2012, p. 224)
Em 2017, após ampla discussão, ocorre a homologação da Base Nacional
Comum Curricular – BNCC, documento de caráter normativo que define o conjunto
orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Neste
documento, a Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas
corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas
como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por
diversos grupos sociais no decorrer da história. (BNCC,2017)
Tendo como referência o currículo vigente, a BNCC e a Versão 1 do Currículo
Paulista, foi elaborado este Guia de Transição, que vem reafirmar que a Educação
Física trata das práticas corporais, que se expressam de diversas formas, dentre as
quais: as brincadeiras e os jogos; a ginástica; as danças; as lutas; os esportes; e as
práticas corporais de aventura, contribuindo na construção dos sujeitos repletos de
intencionalidades e sentidos de vivência corporal histórica.
Sendo assim, este documento abordará as práticas corporais envoltas no
contexto que acontecem, suas origens, seus sentidos e seus significados, como
também, o corpo em movimento, possibilitando assim, reconhecer as sensações e
benefícios que as práticas corporais proporcionam.

O “sujeito-que-se-movimenta” não é uma somatória de órgãos fisiológicos, mas uma pessoa,


dotada de desejos, emoções, vontades, envolta em sentidos culturais, submetida a posições
204

sociais, imersa em uma história de vida individual e coletiva. Qualquer ação pedagógica
deve investir em sujeitos como protagonistas das suas práticas corporais. (DAMICO e
KNUTH, 2014, pp. 329-350, em PNUD 2017).

Comparação entre o Currículo Vigente e a BNCC

No currículo vigente, as práticas corporais estão organizadas em temas/conteúdos.


Já na BNCC, estão organizadas em Unidades Temáticas, que se expressam nas
diferentes formas:

- Brincadeiras e jogos: no currículo vigente temos como temas dessa prática


corporal os jogos populares, cooperativos e pré-desportivos. Na BNCC, a unidade
temática brincadeiras e jogos perpassa pelas origens desses jogos, incluindo os
eletrônicos e os de matrizes indígena e africana, partindo de um contexto comunitário
para um contexto mundial.

- Esportes: no currículo vigente são abordadas diferentes modalidades esportivas,


classificadas como coletivas, individuais e de outros países. Na BNCC, a unidade
temática apresenta diferentes e novas classificações, conforme segue abaixo:
• Marca: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar os resultados
registrados em segundos, metros ou quilos (patinação de velocidade, todas as provas
do atletismo, remo, ciclismo, levantamento de peso, etc.);
• Precisão: conjunto de modalidades que se caracterizam por arremessar/lançar um
objeto, procurando acertar um alvo específico, estático ou em movimento,
comparando-se o número de tentativas empreendidas, a pontuação estabelecida em
cada tentativa (maior ou menor do que a do adversário) ou a proximidade do objeto
arremessado ao alvo (mais perto ou mais longe do que o adversário conseguiu deixar),
como nos seguintes exemplos: bocha, curling, golfe, tiro com arco, tiro esportivo, etc.;
• Técnico-combinatório: reúne modalidades nas quais o resultado da ação motora
comparado é a qualidade do movimento segundo padrões técnico-combinatórios
(ginástica artística, ginástica rítmica, nado sincronizado, patinação artística, saltos
ornamentais, etc.);
• Rede/quadra dividida ou parede de rebote: reúne modalidades que se
caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da quadra
205

adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve
o adversário a cometer um erro dentro do período em que o objeto do jogo está em
movimento. Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis
de campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede incluem
pelota basca, raquetebol, squash, etc.;
• Campo e taco: categoria que reúne as modalidades que se caracterizam por rebater
a bola lançada pelo adversário o mais longe possível, para tentar percorrer o maior
número de vezes as bases ou a maior distância possível entre as bases, enquanto os
defensores não recuperam o controle da bola, e, assim, somar pontos (beisebol,
críquete, softbol, etc.);
• Invasão ou territorial: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar
a capacidade de uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro objeto) a uma meta
ou setor da quadra/ campo defendida pelos adversários (gol, cesta, touchdown etc.),
protegendo, simultaneamente, o próprio alvo, meta ou setor do campo (basquetebol,
frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei sobre grama, polo
aquático, rúgbi, etc.);
• Combate: reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o oponente
deve ser subjugado, com técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão,
imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por meio de combinações de
ações de ataque e defesa (judô, boxe, esgrima, taekwondo etc.).

- Lutas: No currículo vigente esse tema é desenvolvido perpassando as diferentes


lutas nacionais e de outros países. Na BNCC, parte do contexto familiar (localidade e
região) até chegar nas esferas nacionais e mundiais, incluindo as de matrizes indígena
e africana.

É importante destacar que, na BNCC, algumas modalidades, antes classificadas como Lutas
(no currículo vigente), encontram-se na unidade temática Esporte, em Esporte de Combate.
Neste guia de transição já está adotada essa nova classificação.

- Danças: no currículo vigente essa prática inicia-se com atividades rítmicas,


seguindo para as danças folclóricas brasileiras, as danças de salão e danças de rua.
Na BNCC, parte do contexto familiar (localidade e região), incluídas as matrizes
206

indígena e africana, até chegar nas esferas nacionais e mundiais, abordando as


danças urbanas e danças de salão.
- Ginásticas: no currículo vigente essa prática inicia-se com a Ginástica Geral,
seguindo para a Ginástica Artística, Ginástica Rítmica Desportiva e Ginástica de
Academia. Na BNCC, é proposto o desenvolvimento da Ginástica Geral, também
conhecida como Ginástica para Todos. A Ginástica Geral é uma ginástica inclusiva,
sem caráter competitivo, que pode ser constituída por elementos gímnicos de todas
as demais modalidades. Em seguida propõe a Ginástica de Condicionamento Físico,
que se caracteriza pela exercitação corporal orientada à melhoria do rendimento, à
aquisição e à manutenção da condição física individual ou à modificação da
composição corporal, e a ginástica de conscientização corporal, que reúne práticas
que empregam movimentos suaves e lentos, tal como a recorrência a posturas ou à
conscientização de exercícios respiratórios, voltados para a obtenção de uma melhor
percepção sobre o próprio corpo.

É importante destacar que, na BNCC, algumas modalidades, antes classificadas como


ginástica (no currículo vigente), encontram-se na unidade temática Esporte, em Esporte
Técnico-Combinatório. Neste guia de transição já está adotada essa nova classificação.

- Práticas Corporais de Aventuras: no currículo vigente, existem objetos de


conhecimento relacionados a essa prática (skate, parkour, esportes radicais, entre
outros), porém, não estão apresentados em forma de temas/conteúdos. Na BNCC,
as práticas corporais de aventura estão organizadas em Unidade Temáticas,
explorando as expressões e formas de experimentação corporal centradas nas
perícias e proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se
apresentam quando o praticante interage com um ambiente desafiador. Algumas
dessas práticas costumam receber outras denominações, como esportes de risco,
esportes alternativos e esportes extremos. Assim como as demais práticas, elas são
objeto também de diferentes classificações, conforme o critério que se utilize, elas são
diferenciadas com base no ambiente de que necessitam para ser realizadas:
✓ Práticas de aventura na natureza se caracterizam por explorar as incertezas
que o ambiente físico cria para o praticante na geração da vertigem e do risco
controlado, como em corrida orientada, corrida de aventura, corridas de mountain
bike, rapel, tirolesa, arborismo etc.
207

✓ Práticas de aventura urbanas exploram a “paisagem de cimento” para


produzir essas condições (vertigem e risco controlado) durante a prática de parkour,
skate, patins, bike etc. (BRASIL, 2017).

3. Organização do quadro de habilidades e competências

Apresentamos abaixo o quadro de habilidades e competências que devem ser


desenvolvidas no primeiro bimestre.
O quadro dos Anos Finais do Ensino Fundamental apresenta a relação entre
as habilidades do currículo vigente, as habilidades da versão 1 (V1) do Currículo
Paulista e as Dez Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular,
essa relação foi feita por meio dos objetos de conhecimento (temas/conteúdos).

Anos Finais do Ensino Fundamental:

Ano Habilidades do Habilidades da V1 Competências Gerais


Currículo Vigente do Currículo Paulista da BNCC

6º ✓ Identificar
diferentes tipos de
jogos e reconhecer
seus significados
socioculturais.

6º ✓ Identificar (EF67EF04) Praticar 3.Valorizar e fruir as


semelhanças e um ou mais esportes diversas
diferenças entre de marca, precisão e manifestações
jogo e esporte. invasão oferecidos artísticas e culturais,
pela escola, usando das locais às
habilidades técnico- mundiais, e participar
táticas básicas e de práticas
respeitando regras. diversificadas da
✓ Identificar produção artístico-
princípios de cultural.
208

competição e de (EF67EF03)
cooperação em Experimentar e fruir 9.Exercitar a empatia,
diferentes tipos de esportes de marca, o diálogo, a resolução
jogos. precisão, invasão e de conflitos e a
técnico combinatórios cooperação, fazendo-
✓ Identificar valorizando o trabalho se respeitar e
princípios comuns coletivo e o promovendo o
do esporte coletivo. protagonismo. respeito ao outro e
aos direitos humanos,
com acolhimento e
valorização da
diversidade de
indivíduos e de
grupos sociais, seus
saberes, identidades,
culturas e
potencialidades, sem
preconceitos de
qualquer natureza.
6º ✓ Identificar as (EF67EF08) 8. Conhecer-se,
capacidades físicas experimentar e fruir apreciar-se e cuidar
de velocidade, exercícios físicos que de sua saúde física e
agilidade e solicitem diferentes emocional,
flexibilidade capacidades físicas, compreendendo-se
presentes nas identificando seus tipos na diversidade
atividades do (força, velocidade, humana e
cotidiano e em resistência, reconhecendo suas
algumas flexibilidade) e as emoções e as dos
manifestações da sensações corporais outros, com
cultura de provocadas pela sua autocrítica e
movimento. prática. capacidade para lidar
✓ Reconhecer a com elas.
importância e as
209

características do
aquecimento.
✓ Relacionar as
capacidades físicas
de velocidade,
agilidade e
flexibilidade às
práticas de
aquecimento e
alongamento.
7º ✓ Identificar a (EF67EF03) identificar 8. Conhecer-se,
importância da os diferentes apreciar-se e cuidar
corrida em elementos que de sua saúde física e
atividades da vida constituem os esportes emocional,
cotidiana. de marca, precisão, compreendendo-se
invasão e técnico- na diversidade
✓ Distinguir as combinatórios, humana e
diferentes valorizando o trabalho reconhecendo suas
modalidades de coletivo e o emoções e as dos
saltos. protagonismo. outros, com
autocrítica e
capacidade para lidar
com elas.
3. Valorizar e fruir as
diversas
manifestações
artísticas e culturais,
das locais às
mundiais, e participar
de práticas
diversificadas da
produção artístico-
cultural.
210

7º ✓ Identificar as (EF67EF13) diferenciar 3. Valorizar e fruir as


principais fases do as danças urbanas das diversas
processo histórico demais manifestações manifestações
das manifestações e da dança, valorizando artísticas e culturais,
representações da e respeitando os das locais às
cultura rítmica sentidos e significados mundiais, e participar
nacional. atribuídos a eles por de práticas
✓ Criar e diferentes grupos diversificadas da
identificar atividades sociais. produção artístico-
rítmicas que (EF67EF11) fruir e cultural.
contemplem recriar danças 1. Valorizar e utilizar
diferentes sentidos e urbanas, identificando os conhecimentos
intencionalidades. seus elementos historicamente
constitutivos (ritmo, construídos sobre o
✓ Analisar a espaço, gestos). mundo físico, social,
questão do gênero cultural e digital para
na dança. entender e explicar a
realidade, continuar
aprendendo e
colaborar para a
construção de uma
sociedade justa,
democrática e
inclusiva.
7º ✓ Identificar as
capacidades físicas (EF67EF08) Propor 8. Conhecer-se,
acionadas nas exercícios físicos que apreciar-se e cuidar
provas de corrida e solicitem diferentes de sua saúde física e
saltos do atletismo. capacidades físicas, emocional,
✓ Identificar as identificando seus tipos compreendendo-se
capacidades físicas (força, velocidade, na diversidade
acionadas nas resistência, humana e
flexibilidade) e as reconhecendo suas
211

manifestações sensações corporais emoções e as dos


rítmicas nacionais. provocadas pela sua outros, com
✓ Identificar prática. autocrítica e
alguns exercícios capacidade para lidar
específicos que com elas.
mobilizam as
capacidades físicas
acionadas no
atletismo e nas
danças folclóricas e
regionais.

8º ✓ Identificar 3. Valorizar e fruir as


diferentes diversas
possibilidades de manifestações
saltar obstáculos e artísticas e culturais,
relacioná-las com a das locais às
evolução das mundiais, e participar
técnicas das de práticas
corridas atuais. diversificadas da
✓ Identificar produção artístico-
diferentes cultural.
possibilidades de
saltar obstáculos e
relacioná-las com a
evolução das
técnicas das
corridas atuais.
✓ Identificar
ajustes na corrida e
posicionamento do
corpo para
ultrapassar barreiras
212

e obstáculos em
diferentes alturas.
✓ Identificar e
explicar princípios
técnicos
relacionados às
provas de corridas
com barreiras e
obstáculos.
✓ Identificar os
princípios técnicos
relacionados às
provas de
arremesso e
lançamentos.
✓ Identificar
diferentes formas de
arremesso e
lançamentos
✓ Reconhecer
diferenças e
semelhanças entre
as três modalidades
de lançamentos.

8º ✓ Reconhecer (EF89EF16) 3. Valorizar e fruir as


as diferentes etapas Experimentar e fruir a diversas
do processo execução dos manifestações
histórico de movimentos artísticas e culturais,
desenvolvimento do pertencentes às lutas das locais às
caratê (ou outras do mundo, adotando mundiais, e participar
modalidades de luta) procedimentos de de práticas
213

segurança e diversificadas da
respeitando o produção artístico-
oponente. cultural.
(EF89EF17) Planejar e
utilizar estratégias
básicas das lutas
experimentadas,
reconhecendo as suas
características técnico-
táticas.

8º ✓ Identificar (EF89EF07) 8. Conhecer-se,


exercícios físicos Experimentar e fruir um apreciar-se e cuidar
que mobilizem as ou mais programas de de sua saúde física e
capacidades físicas exercícios físicos, emocional,
acionadas no identificando as compreendendo-se
atletismo. exigências corporais na diversidade
✓ Identificar as desses diferentes humana e
implicações das programas e reconhecendo suas
capacidades físicas reconhecendo a emoções e as dos
predominantes nas importância de uma outros, com
provas de barreiras prática individualizada, autocrítica e
e obstáculos, adequada às capacidade para lidar
arremessos e características e com elas.
lançamento. necessidades de cada
✓ Identificar sujeito.
alguns exercícios
específicos que
mobilizem as
capacidades físicas
mencionadas no
caratê (ou outras
214

modalidades de
luta).
✓ Identificar e
comparar os
diferentes grupos
musculares
mobilizados nas
sequências de
movimentos do
caratê (ou outras
modalidades de
luta).

9º ✓ Identificar os (EF89EF16) 3. Valorizar e fruir as


movimentos Experimentar e fruir os diversas
característicos da a execução dos manifestações
capoeira. movimentos artísticas e culturais,
✓ Identificar pertencentes às lutas das locais às
costumes e do mundo, adotando mundiais, e participar
elementos procedimentos de de práticas
ritualísticos da segurança e diversificadas da
capoeira. respeitando o produção artístico-
✓ Elaborar oponente. cultural.
movimentos, (EF89EF18) Discutir as
associando-os aos transformações
da capoeira. históricas, o processo
✓ Identificar da esportivização e a
fases do processo midiatização de uma
ou mais lutas,
215

histórico da valorizando e
capoeira. respeitando as culturas
✓ Identificar e de origem.
adaptar
instrumentos
utilizados em uma
roda de capoeira.
9º ✓ Identificar os (EF89EF12) 3. Valorizar e fruir as
diferentes Experimentar, fruir e diversas
elementos recriar danças de manifestações
constitutivos do hip- salão, valorizando a artísticas e culturais,
hop (ou de outra diversidade cultural e das locais às
manifestação respeitando a tradição mundiais, e participar
rítmica). de suas culturas. de práticas
(EF89EF15) Analisar as diversificadas da
✓ Reconhecer características (ritmos, produção artístico-
características do gestos, coreografias e cultural.
contexto músicas) das danças
sociocultural do hip- de salão, bem como
hop (ou de outra suas transformações
manifestação históricas e os grupos
rítmica) e suas de origem.
manifestações
rítmicas.
✓ Identificar e
nomear passos e
movimentos
característicos da
manifestação
rítmica trabalhada
no bimestre.
216

O quadro do Ensino Médio apresenta a relação entre as habilidades do currículo


vigente e as Dez Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular.

Ensino Médio:
Série Habilidades do Currículo Competências Gerais da
Vigente BNCC
1ª ✓ Analisar, do ponto de vista
técnico-tático, um jogo da 3. Valorizar e fruir as diversas
modalidade trabalhada no manifestações artísticas e
bimestre transmitido pela culturais, das locais às
televisão ou assistido mundiais, e participar de
presencialmente. práticas diversificadas da
✓ Vivenciar sistemas de jogo produção artístico-cultural.
e preceitos táticos
inerentes à modalidade
trabalhada no bimestre.
✓ Identificar sistemas
defensivos e ofensivos da
modalidade trabalhada no
bimestre.
✓ Reconhecer a importância
e a utilidade dos sistemas
de jogo e táticas no
desempenho esportivo.
✓ Elaborar estratégias táticas
para a modalidade
trabalhada no bimestre.
217

1ª ✓ Identificar padrões e 8. Conhecer-se, apreciar-se e


estereótipos de beleza cuidar de sua saúde física e
presentes nas mídias. emocional, compreendendo-
✓ Reconhecer e criticar o se na diversidade humana e
impacto dos padrões e reconhecendo suas emoções
estereótipos de beleza e as dos outros, com
corporal sobre si e seus autocrítica e capacidade para
pares. lidar com elas.
✓ Identificar indicadores que 7. Argumentar com base em
levam à construção de fatos, dados e informações
representações culturais confiáveis, para formular,
sobre o corpo e a beleza. negociar e defender ideias,
✓ Selecionar, relacionar e pontos de vista e decisões
interpretar informações e comuns que respeitem e
conhecimentos sobre promovam os direitos
padrões e estereótipos de humanos, a consciência
beleza. socioambiental e o consumo
✓ Selecionar indicadores de responsável em âmbito local,
composição corporal para regional e global, com
construir argumentação posicionamento ético em
consistente e coerente relação ao cuidado de si
sobre estereótipos de mesmo, dos outros e do
beleza. planeta
✓ Identificar contribuições da
alimentação e do exercício
no desenvolvimento e no
controle da obesidade.
✓ Estimar valores calóricos
relacionados ao consumo
de alimentos e ao gasto
com exercícios físicos.
218

2ª ✓ Reconhecer a prática de 3. Valorizar e fruir as diversas


ginásticas como manifestações artísticas e
possibilidade do Se- culturais, das locais às
Movimentar. mundiais, e participar de
✓ Identificar interesses e práticas diversificadas da
motivações envolvidos na produção artístico-cultural.
prática dos diversos tipos e
formas de ginástica.
2ª ✓ Discriminar 8. Conhecer-se, apreciar-se e
conceitualmente as cuidar de sua saúde física e
capacidades físicas, emocional, compreendendo-
avaliando sua própria se na diversidade humana e
condição com relação a reconhecendo suas emoções
essas capacidades. e as dos outros, com
✓ Identificar as capacidades autocrítica e capacidade para
físicas que podem ser lidar com elas.
desenvolvidas em algumas
ginásticas de academias.
✓ Criar exercícios ginásticos
adequados para o
desenvolvimento das
capacidades físicas
pretendidas.
2ª ✓ Reconhecer a associação 5. Compreender, utilizar e
promovida pelas mídias criar tecnologias digitais de
entre ginástica e padrões informação e comunicação de
de beleza. forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas
✓ Analisar criticamente práticas sociais (incluindo as
produtos e mensagens da escolares) para se comunicar,
mídia que tratam da acessar e disseminar
ginástica. informações, produzir
conhecimentos, resolver
219

problemas e exercer
protagonismo e autoria na
vida pessoal e coletiva.
3ª ✓ Identificar e nomear 3. Valorizar e fruir as diversas
golpes, técnicas e táticas manifestações artísticas e
inerentes à modalidade de culturais, das locais às
luta trabalhada no mundiais, e participar de
bimestre. práticas diversificadas da
✓ Reconhecer e valorizar o produção artístico-cultural.
conhecimento das técnicas
e táticas da modalidade de
luta trabalhada no bimestre
como fator importante na
apreciação do espetáculo
esportivo.
✓ Analisar do ponto de vista
técnico e tático uma luta da
modalidade de luta
trabalhada no bimestre,
assistida presencialmente
ou pela televisão.
✓ Simular a realização de
algumas técnicas dos
golpes e preceitos táticos
da modalidade de luta
trabalhada no bimestre.
✓ Discriminar
conceitualmente os
princípios do treinamento.
220

3ª ✓ Estabelecer a zona-alvo de 8. Conhecer-se, apreciar-se e


exercitação a partir da cuidar de sua saúde física e
medida da frequência emocional, compreendendo-
cardíaca. se na diversidade humana e
✓ Identificar como os reconhecendo suas emoções
princípios do treinamento e as dos outros, com
se aplicam ao autocrítica e capacidade para
desenvolvimento das lidar com elas.
capacidades físicas.
✓ Selecionar, interpretar e
utilizar informações e
conhecimentos sobre os
princípios do treinamento
na elaboração de um
programa pessoal de
condicionamento físico
voltado ao
desenvolvimento de uma
ou mais capacidades
físicas.
3ª ✓ Identificar qualquer tipo de 9. Exercitar a empatia, o
preconceito e evitar diálogo, a resolução de
qualquer tipo de conflitos e a cooperação,
discriminação na prática da fazendo-se respeitar e
luta e da atividade rítmica. promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e
✓ Identificar como os papéis valorização da diversidade de
ou condicionantes sexuais indivíduos e de grupos
culturalmente construídos sociais, seus saberes,
influenciam as identidades, culturas e
expectativas de potencialidades, sem
221

desempenho físico dos preconceitos de qualquer


jovens. natureza.
1. Valorizar e utilizar os
conhecimentos
historicamente construídos
sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para
entender e explicar a
realidade, continuar
aprendendo e colaborar para
a construção de uma
sociedade justa, democrática
e inclusiva.

Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos

Os objetivos e as propostas da Educação Física sugeridos neste guia de


transição visam orientar o planejamento do professor, propondo orientações que
devem ser consideradas para que o aluno possa desenvolver um amplo olhar sobre
sua aprendizagem. As orientações elencam as práticas corporais por meio dos
elementos da cultura de movimentos, como as brincadeiras e jogos, as danças, as
lutas, as ginásticas, os esportes, presentes nas habilidades do currículo vigente
associado aos objetos de conhecimento da Versão 1 do Currículo Paulista.
Enfatizamos que o plano de ensino e atividades em sala de aula (projetos,
sequências didáticas, etc...) devem valorizar a experiência de mundo, o conhecimento
prévio e o repertório motor dos alunos, como também articular os saberes em prol de
uma Educação Física integral, que promova o desenvolvimento das competências
gerais, das competências da área e das competências específicas; e inclusiva, que
promova a participação de todos os alunos, considerando as especificidades de cada
um para o planejamento do percurso da aprendizagem, mediante a utilização de
ferramentas e estratégias diferenciadas.
Dentre as estratégias diferenciadas, destacamos as Metodologias Ativas, que
são processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões
222

individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema


identificado (BASTOS, 2006). Seus objetivos se apresentam na promoção da
autonomia dos alunos, no trabalho em equipe e comunicação, na tomada de
decisões e liderança, na resolução de problemas e criatividade, e na gestão do
tempo e recursos.
Nessa perspectiva colocamos os alunos no centro do processo, em contraponto
à posição de expectador. Nesse percurso, há uma “migração do ‘ensinar’ para o
‘aprender’, o desvio do foco do docente para o aluno, que assume a
corresponsabilidade pelo seu aprendizado”, o aluno passa a ter mais controle e
participação efetiva na sala de aula, já que exige dele ações e construções variadas,
tais como: leitura, pesquisa, comparação, observação, imaginação, obtenção e
organização dos dados, elaboração e confirmação de hipóteses, classificação,
interpretação, crítica, busca de suposições, construção de sínteses e aplicação de
fatos e princípios a novas situações, planejamento de projetos e pesquisas, análise e
tomadas de decisões (Souza; Iglesias; Pazin-Filho, 2014).
A proposta de ensino deve considerar a relação das habilidades com as
competências específicas do componente:
1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a
organização da vida coletiva e individual.
2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as
possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no
processo de ampliação do acervo cultural nesse campo.
3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e
os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais.
4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética
corporal, analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir
posturas consumistas e preconceituosas.
5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e
combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos
seus participantes.
6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes
práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.
7. Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade
cultural dos povos e grupos.
223

8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o


envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção
da saúde.
9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e
produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário.
10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças,
ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho
coletivo e o protagonismo.

O desenvolvimento das habilidades deve estar articulado com as dimensões do


conhecimento, prevendo momentos em que os alunos tenham contato com todas elas:

- Experimentação: Significa se apropriar de aprendizagens que só podem ser


acessadas pela experiência corporal, ou seja, devem ser efetivamente vivenciadas.
- Uso e apropriação: Possibilita ao aluno ter condições de realizar de forma autônoma
uma determinada prática corporal não só durante as aulas, como também além delas.
- Fruição: Relaciona-se às aprendizagens que permitem ao aluno desfrutar da
realização de uma determinada prática corporal ou apreciá-la quando realizada por
outros.
- Reflexão sobre a ação: refere-se aos conhecimentos originados na observação e na
análise das próprias vivências corporais e daquelas realizadas por outros. Trata-se de
um ato intencional, orientado a formular e empregar estratégias de observação e
análise para: (a) resolver desafios peculiares à prática realizada; (b) apreender novas
modalidades; e (c) adequar as práticas aos interesses e às possibilidades próprios e
aos das pessoas com quem compartilha a sua realização. (BNCC, 2017)
- Construção de valores: vincula-se aos conhecimentos originados em discussões e
vivências no contexto da tematização das práticas corporais, que possibilitam a
aprendizagem de valores e normas voltadas ao exercício da cidadania em prol de uma
sociedade democrática.
- Análise: está associada aos conceitos necessários para entender as características
e o funcionamento das práticas corporais (saber sobre). Essa dimensão reúne
conhecimentos como a classificação dos esportes, os sistemas táticos de uma
modalidade, o efeito de determinado exercício físico no desenvolvimento de uma
capacidade física, entre outros. (BNCC,2017)
224

- Compreensão: Está relacionada a temas que permitem aos estudantes interpretar


as manifestações da cultura corporal de movimento em relação às dimensões éticas
e estéticas, à época e à sociedade que as gerou e as modificou, às razões da sua
produção e transformação e à vinculação local, nacional e global. Por exemplo, pelo
estudo das condições que permitem o surgimento de uma determinada prática
corporal em uma dada região e época ou os motivos pelos quais os esportes
praticados por homens têm uma visibilidade e um tratamento midiático diferente dos
esportes praticados por mulheres. (BNCC,2017)
- Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e conhecimentos necessários
para os estudantes participarem de forma confiante e autoral em decisões e ações
orientadas a democratizar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como
referência valores favoráveis à convivência social. Contempla a reflexão sobre as
possibilidades que eles e a comunidade têm (ou não) de acessar uma determinada
prática no lugar em que moram, os recursos disponíveis (públicos e privados) para tal,
os agentes envolvidos nessa configuração, entre outros, bem como as iniciativas que
se dirigem para ambientes além da sala de aula, orientadas a interferir no contexto
em busca da materialização dos direitos sociais vinculados a esse universo. (BNCC,
2017)

Recursos Didáticos:

As sugestões dos recursos didáticos trazem indicação de situações de aprendizagem


que o material de apoio ao professor (caderno do professor) do currículo vigente
propõe; sugestões de objetos digitais para serem utilizados com os alunos, atentamos
que antes de utilizar o conteúdo digital com alunos, acesse e conheça-o para certificar-
se de que atende aos objetivos pedagógicos esperados; vídeos e indicações de
leituras para professores e alunos.

Anos Finais do Ensino Fundamental

6º Ano

Unidade Temática: Brincadeiras e Jogos


Orientações:
225

Nesta Unidade Temática espera-se que os alunos vivenciem e identifiquem os


diferentes tipos de jogos, reconhecendo seus significados socioculturais, valorizando
as manifestações artísticas e culturais das locais às mundiais. É importante que a
proposta seja iniciada por brincadeiras e jogos que fazem parte do contexto dos
alunos, enfatizando as suas características (populares, cooperativos, competitivos),
para tanto, é necessário retomar a origem de cada jogo experimentado, incluindo
aqueles das matrizes indígena e africana, do Brasil e do mundo. Sugerimos também
a utilização dos jogos de tabuleiro que possuam características eletrônicas.

Unidade Temática: Esportes


Orientações:
Nesta Unidade Temática, espera-se que os alunos tenham vivenciado
diferentes tipos de brincadeiras e jogos. Neste sentido sugerimos a experimentação
dos diversos esportes coletivos (esporte de invasão: basquetebol, futebol, futsal,
handebol, polo aquático, rugby, etc.). As experiências com os esportes auxiliarão na
identificação dos princípios, semelhanças e diferenças entre o jogo e o esporte.
Existem alguns aspectos que devem ser evidenciados e abordados de forma
intencional na proposta que será desenvolvida como: o protagonismo – propor
situações em que os alunos possam assumir um papel de liderança e
responsabilidades; e o trabalho coletivo – situações que contemplem o trabalho de um
grupo em busca de um objetivo comum, a ajuda mútua, o diálogo e a cooperação.

Unidade Temática: Ginásticas


Orientações:
Nessa Unidade Temática espera-se que os alunos identifiquem as capacidades
físicas (velocidade, agilidade e flexibilidade) utilizadas nas práticas de brincadeiras e
jogos, e associem as mesmas às atividades cotidianas. É necessário propor
momentos que promovam a reflexão da melhoria dessas capacidades físicas à
melhoria da prática das brincadeiras e jogos e dos esportes. Na proposta de vivência
das brincadeiras e jogos e dos esportes, será necessário que os alunos experimentem
atividades de aquecimento e alongamento, assim os alunos poderão reconhecer suas
principais características e importância. Para enriquecer a aprendizagem os alunos
poderão criar e vivenciar um circuito que envolvam as diferentes capacidades físicas.
226

Recursos Didáticos:
Situação de Aprendizagem 1: Os jogos de ontem e os jogos de hoje. Caderno do
Professor, Volume 1 - 6º ano, pág. 10
Situação de Aprendizagem 2: Jogos cooperativos. Caderno do Professor, Volume 1
- 6º ano, pág. 14
Situação de Aprendizagem 3: Jogos pré-desportivos. Caderno do Professor, Volume
1 - 6º ano, pág. 15
Situação de Aprendizagem 4: Esporte coletivo: princípios gerais. Caderno do
Professor, Volume 1 - 6º ano, pág. 18
Situação de Aprendizagem 5: Todos somos capazes. Caderno do Professor, Volume
1 - 6º ano, pág. 27
Brincadeiras e jogos: Disponível em: http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras
. Acesso em: 10 dez. 2018.
Jogos de tabuleiro online: Disponível em: https://www.megajogos.com.br/jogos-de-
tabuleiro-online. Acesso em: 10 dez. 2018.
Esporte de invasão – Regras do Futsal: Disponível em:
https://youtu.be/Ka_raAT_mMI. Acesso em: 10 dez. 2018.
Esporte de invasão- Regras do basquetebol: Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DRMBX4sA-3Q. Acesso em: 10 dez. 2018.
Esporte de invasão- Regras do handebol: Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=GR6elWQ6qV8. Acesso em: 10 dez. 2018.
Capacidades físicas: Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=YH2Ubj2flJc. Acesso em: 10 dez. 2018.

7ºano

Unidade Temática: Esporte


Orientações:
Nesta Unidade temática espera-se que os alunos experimentem diversos
tipos de corridas e saltos, conscientizando-se e reconhecendo suas semelhanças,
suas diferenças e sua importância nas atividades cotidianas. Neste momento será
importante relacionar o atletismo à classificação do esporte (esporte de marca).
Podemos propor experiências dos esportes em forma de desafios, como também
227

sugestões de leituras de textos e pesquisas sobre a importância das regras.


Associado a experiência com o esporte de marca, sugere-se outras classificações de
esportes como: precisão (malha, bocha, arco e flecha, jogo da ferradura, etc), e
técnico-combinatório (ginástica artística, ginástica rítmica, etc.), para que os alunos
identifiquem as semelhanças e diferenças entre os esportes.

Unidade Temática: Danças


Orientações:
Nesta unidade temática espera-se que os alunos vivenciem diferentes
manifestações e representações da cultura rítmica nacional como: o xaxado, o
carimbó, a catira, a chula, a dança do siriri, etc, e diferentes danças urbanas como: o
hip-hop, o breakdance, o popping, o locking, o krump, entre outras, para diferenciar
as características existentes entre essas danças. É importante que os alunos
pesquisem a origem e as transformações dessas danças, para valorizar e respeitar os
sentidos e significados atribuídos por diferentes grupos sociais. Poderá ser proposto
para os alunos criarem batalhas de danças, que envolvam as danças folclóricas e
danças urbanas, possibilitando aos alunos identificar, fruir e recriar diferentes sentidos
e intencionalidades nas danças. Nesse percurso poderão surgir questões como: Só
meninas dançam? Essas danças são para meninos, ou para meninas? Ou negação
em não querer participar da dança, essas questões ou outras deverão estar previstas
nas atividades propostas, podendo assim ser discutida a questão do gênero na dança.

Unidade Temática: Ginástica


Orientações:
Nesta unidade temática, espera-se que os alunos identifiquem as capacidades
físicas (agilidade, flexibilidade, força, resistência e velocidade) utilizadas nas práticas
da dança, nas corridas e nos saltos do atletismo. Um ponto relevante é os alunos
associarem a importância das capacidades físicas na realização das tarefas diárias.
Poderá ser proposto que os alunos organizem um circuito que desenvolva as
diferentes capacidades físicas, as atividades do circuito poderão ser associadas à
ginástica de condicionamento físico. Em seguida podemos proporcionar experiências
e discussões sobre os diferentes tipos de treinamentos, com questões norteadoras
como: O treinamento traz benefício a sua saúde? Será que o praticante terá condições
de executá-lo de forma correta sem uma orientação de um professor de Educação
228

Física? Algumas suplementações são utilizadas com uma devida orientação? Que
poderá ser realizado por meio de pesquisas ou discussões em sala de aula.

Recursos Didáticos:
Situação de Aprendizagem 1: Vamos correr para conhecer o atletismo? Caderno do
professor, Volume 1- 7º ano, pág. 10
Situação de Aprendizagem 2: Jogos de corrida. Caderno do professor, Volume 1 - 7º
ano, pág. 13
Situação de Aprendizagem 3: Quiz ludo: corrida virtual. Caderno do professor,
Volume 1 - 7º ano, pág. 15
Situação de Aprendizagem 4: Vivenciar e conhecer o saltar. Caderno do professor,
Volume 1 - 7º ano, pág. 16
Situação de Aprendizagem 5: Quiz ludo: salto virtual. Caderno do professor, Volume
1 - 7º ano, pág. 21
Situação de Aprendizagem 6: Desde os primórdios até hoje em dia. Caderno do
professor, Volume 1 - 7º ano, pág. 33
Situação de Aprendizagem 7: Ela dança para mim ou eu danço para ela? Caderno
do professor, Volume 1 - 7º ano, pág. 38
Situação de Aprendizagem 8: O Se-Movimentar e as capacidades físicas. Caderno
do professor, Volume 1 - 7º ano, pág. 44
Conhecendo o jogo da malha. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21122. Acesso em:
10 dez. 2018.
Aprenda a Ensinar: ginástica artística - Transforma Rio 2016. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_Z-jjO0Pumw . Acesso em: 18 dez. 2018.

8º ANO

Unidade Temática: Esporte


Orientações:

Na Unidade Temática Esporte espera-se que os alunos vivenciem


diferentes atividades que envolvam saltos, corridas, arremessos e lançamentos da
modalidade atletismo, identificando e relacionando as maneiras de saltar, bem como
229

sua evolução técnica; os ajustes no corpo para ultrapassar barreiras na corrida e seus
princípios técnicos; as diferenças e semelhanças do lançamento e do arremesso.
Lembramos que no sétimo ano os alunos vivenciaram alguns tipos de corrida e saltos
do atletismo, será necessário retomar essa vivência para que eles possam aprofundar
sua aprendizagem referente a esses objetos de conhecimento, bem como retomar
que o atletismo está classificado como esporte de marca. Será necessário propor
também a experimentação de diferentes classificações do esporte como:
Rede/Parede; Campo e Taco; Invasão e Combate, oportunizando momentos de
discussão sobre valores que auxiliem no combate ao preconceito presente no
contexto esportivo, valorizando aspectos do trabalho coletivo e o do protagonismo.

Unidade Temática: Lutas


Orientações:

Nesta Unidade Temática espera-se que os alunos experimentem diversas


atividades que envolvam modalidades de lutas e compreendam as diferenças entre
elas. Sugerimos que inicie por lutas já conhecidas pelos alunos. Após a vivência,
sugere-se que os alunos elejam uma luta e/ou mais para aprofundar seu contexto
histórico, reconhecendo assim sua origem, seu sentido e seu significado. Neste tema
ressaltamos que algumas modalidades de lutas, agora são classificadas como esporte
de combate, que reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o
oponente deve ser subjugado, com técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio,
contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por meio de
combinações de ações de ataque e defesa (judô, boxe, esgrima, taekwondo, karatê,
etc.).

Unidade Temática: Ginástica


Orientações:

Associado a vivência do atletismo e das lutas será necessário propor


momentos em que os alunos possam identificar alguns exercícios físicos que
mobilizem as capacidades físicas acionadas no atletismo e na luta em questão; as
implicações das capacidades físicas nas provas de barreiras e obstáculos,
230

arremessos e lançamentos e comparar os grupos musculares mobilizados nas


sequências de movimentos da luta.

Recursos didáticos:

Situação de Aprendizagem 1: Corridas com barreiras e obstáculos. Caderno do


Professor, Volume 1 - 8º ano, pág. 10.
Situação de Aprendizagem 2: Bola arremessada ao cesto ou ao gol. Caderno do
Professor, Volume 1 - 8º ano, pág. 18.
Situação de Aprendizagem 3: Identificação do conhecimento a respeito do conceito
de luta. Caderno do Professor, Volume 1 - 8º ano, pág. 34.
Situação de Aprendizagem 4: “Se ficar, tem arremesso; se correr, tem lançamento”.
Caderno do Professor, Volume 1 - 8º ano, pág. 47.
Vídeo aula sobre atletismo: Disponível em:
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/?s=atletismo . Acesso em: 10 dez. 2018.
Confederação Brasileira de Atletismo: Disponível em: http://www.cbat.org.br/
.Acesso em: 10 dez. 2018.
Confederação de boxe: Disponível em: http://www.boxe.cbboxe.com.br/. Acesso em:
10 dez. 2018.
Confederação de esgrima: Disponível em: http://cbesgrima.org.br/. Acesso em: 10
dez. 2018.
Confederação de taekwondo: Disponível em: http://www.cbtkd.org.br/ . Acesso em:
10 dez. 2018.
Confederação de karatê: Disponível em: http://www.karatedobrasil.com/. Acesso em:
10 dez. 2018.

9º Ano

Unidade Temática: Lutas


Orientações:
Nessa Unidade Temática espera-se que o aluno possa conhecer,
vivenciar e experimentar os movimentos da capoeira e seus instrumentos. Pretende-
se que nessa vivência, os alunos identifiquem as principais características da capoeira
e sua relação com o jogo, a dança e o esporte, bem como relacionar e analisar a
231

transformação e a necessidade do surgimento da capoeira regional e de angola. Após


o contato com sua origem, transformações, movimentos e instrumentos sugere-se
propor momentos em que os alunos possam adaptar os instrumentos utilizados em
uma roda de capoeira e criar movimentos e associá-los a capoeira. Vale identificar se
a capoeira é considerada luta do Brasil ou luta do mundo.
Esse tema poderá ser desenvolvido de modo integrado com o
componente de História, pois no oitavo ano os alunos tiveram temas que abordaram
as tradições e costumes culturais dos povos africanos no contexto brasileiro, a Guerra
do Paraguai, os Quilombos, entre outros; podendo ser retomado e aprofundado. No
nono ano os alunos estarão aprendendo sobre o início da República, discutindo
questões culturais da negritude, como a marginalização da capoeira. Em Geografia, a
partir do sexto ano os alunos tiveram contato com temas que abordam o
desenvolvimento humano do povo africano e do Brasil no início da escravidão, sendo
possível esse tema ser aprofundado no que tange a origem e significado dessa prática
corporal.

Unidade Temática: Danças


Orientações:
Nesta unidade temática é importante que os alunos vivenciem diferentes
elementos do Hip Hop, partindo de elementos que eles já conheçam, bem como
conhecer a origem dessa dança urbana. Para despertar nos alunos o interesse pela
dança, é preciso levar em consideração o repertório artístico que eles têm. Após a
vivência com o hip hop, podemos propor a experimentação de alguns ritmos de dança
de salão para que os alunos possam identificar as semelhanças e diferenças entre
essas danças. Lembramos que no sétimo ano os alunos vivenciaram alguns objetos
de conhecimento dessas danças, isso indica a necessidade de realizar um
levantamento dos objetos de conhecimento já vivenciados e propor outros. Nesta
Unidade Temática deve-se estar atento a alguns aspectos importantes que podem
acontecer na proposta de vivência das danças, como por exemplo: questões de
preconceito relacionados à esta prática, que podem surgir pelo simples fato de não
querer vivenciar esse objeto de conhecimento, entre outros aspectos que devem ser
abordados.

Recursos Didáticos:
232

Situação de Aprendizagem 1: O que os alunos sabem sobre capoeira? Caderno do


Professor, Volume 1 - 9º ano, pág. 08.
Situação de Aprendizagem 2: Conhecendo a capoeira e seus movimentos. Caderno
do Professor, Volume 1 - 9º ano, pág. 12.
Situação de Aprendizagem 3: Os instrumentos da capoeira. Caderno do Professor,
Volume 1 - 9º ano, pág. 23.
Situação de Aprendizagem 4: “Todo o poder para o povo”. Caderno do Professor,
Volume 1 - 9º ano, pág. 33.
Situação de Aprendizagem 5: São quatro elementos. Será que cabe mais um?
Caderno do Professor, Volume 1 - 9º ano, pág. 34.
Capoeira recreativa: jogos e brincadeiras. Disponível em:
https://axesenzala.webnode.com.br/products/capoeira-recreativa-jogos-e-
brincadeiras/. Acesso em: 18 dez. 2018.
Os quatro elementos do Hip Hop: Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bcsDrENJ9PI . Acesso em: 18 dez. 2018.
PAULA, Tania Regina. BEZERRA, Wladimir Pereira. As Vantagens do ensino da
capoeira nas aulas de Educação Física Escolar. Disponível em:
http://www.efdeportes.com/efd188/ensino-da-capoeira-nas-aulas-de-educacao-
fisica.htm. Revista Digital, Buenos Aires, Ano 18, nº 188, janeiro de 2014. Acesso em:
29 nov. 2018.

1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO:

Unidade temática: Esporte


Orientações:
Nesta Unidade temática espera-se que o aluno compreenda o conceito de
“Esporte” do ponto de vista técnico-tático, observando os sistemas de jogo e
estratégias por meio de experimentação de determinada modalidade (Basquetebol).
Sugerimos realizar um levantamento de conhecimentos prévios por meio de
problematizações que sinalizem o que os alunos sabem sobre o assunto, abordando
também a apreciação do espetáculo televisivo e o processo histórico de transmissão
de jogos, partindo da época do rádio até os dias atuais. Será necessário utilizar
diferentes recursos, tais como, vídeos e áudios de uma transmissão da modalidade
selecionada, para que os alunos possam analisar o jogo do ponto de vista técnico-
233

tático, bem como identificar, reconhecer e compreender os sistemas de jogos


transmitidos pela televisão ou assistidos presencialmente.

Tema: Corpo, Saúde e beleza.


Orientações:
No tema Corpo, Saúde e Beleza espera-se que os alunos possam identificar e
reconhecer os padrões e estereótipos de beleza, reconhecendo o impacto destes
sobre si e sobre seus pares. Para tanto, se faz necessário à análise dos padrões
veiculados pelas mídias, no que diz respeito à composição corporal, identificando e
analisando os indicadores que levam à construção de representações culturais sobre
o corpo e beleza. É importante propor momentos que os alunos possam conhecer
indicadores de massa corporal, como por exemplo o Índice de Massa Corporal,
refletindo sobre a importância da prática regular de atividade física e da alimentação
balanceada no controle da obesidade (balanço energético, custo calórico do exercício
físico e riscos à saúde), bem como estudos sobre os transtornos alimentares (anorexia
e bulimia).

Recursos:
Situação de Aprendizagem 1: Apreciar e analisar um jogo de basquetebol. Caderno
do Professor, Volume 1 - 1ª série, pág. 13.
Situação de Aprendizagem 2: Os sistemas do basquetebol. Caderno do Professor,
Volume 1 - 1ª série, pág. 14.
Situação de Aprendizagem 3: Nossas estratégias para jogar basquetebol são…
Caderno do Professor, Volume 1 - 1ª série, pág. 15.
Situação de Aprendizagem 4: Espelho, espelho meu…Caderno do Professor,
Volume 1 - 1ª série, pág. 23.
Situação de Aprendizagem 5: Balança Energética. Caderno do Professor, Volume 1
- 1ª série, pág. 26.
Técnica de Basquetebol: Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=XX9yCq38RFc. Acesso em: 18 dez. 2018.
Distúrbios Alimentares - Anorexia x Bulimia. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=_ElEaiCem1Q>. Acesso em: 18 dez. 2018.
234

Posições táticas do basquetebol: Disponível em:


https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/posicoes-
taticas-do-basquete/63121 . Acesso em: 18 dez. 2018.
Entenda as mudanças de padrão de beleza ao longo da história. Disponível em:
<https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/entenda-as-mudancas-de-padrao-de-
beleza-ao-longo-da-historia/>. Acesso em: 10 dez. 2018.
Discurso das novas dietas reforça padrões de beleza inalcançáveis. Disponível
em: <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/discurso-das-novas-dietas-
reforca-padroes-de-beleza-inalcancaveis/> . Acesso em: 10 dez. 2018.
Filme- O preço da perfeição (Dying to be perfect). Direção: Jan Egleson. EUA, 1997.
100 min - Classificação etária não informada. História verídica, narra a vida de uma
ex-corredora que, pressionada desde cedo a vencer, precisou emagrecer para obter
melhor desempenho e conseguir classificação para os Jogos Olímpicos. A atleta
quase morreu ao atingir um estado crítico de bulimia.

2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Unidade Temática: Ginástica e Temas: Corpo, Saúde e Beleza e Mídias.


Orientações
Na Unidade temática Ginástica espera-se que os alunos vivenciem diferentes tipos
de exercícios físicos, que acontecem tanto em academias (natação, lutas, ginástica
localizada, aeróbica, spinning, jump fit, musculação, ioga, alongamento, step,
bodypump, bodycombat, entre outras), como em outros espaços, ruas e parques
(corrida, praticantes de tai chi chuan no parque, participantes de grupos de
caminhada, entre outras), para que os alunos possam identificar quais exercícios
provocam mais interesse em praticar. Em seguida será necessário propor momentos
em que os alunos possam discriminar conceitualmente algumas capacidades físicas
desenvolvidas nas ginásticas de academia, neste momento já estaremos introduzindo
o tema Corpo, saúde e beleza permitindo ao aluno além de avaliar sua própria
condição, criar e desenvolver exercícios ginásticos que possam contribuir com a
melhoria de sua saúde física e emocional, respeitando as individualidades e
necessidades de cada um. É importante que após as vivências ocorram discussões
referente à associação que a mídia (Tema: Mídias) promove entre ginástica e padrões
de beleza, bem como analisar criticamente produtos e mensagens relacionados à
235

ginástica, para assim compreender que as ginásticas de academia e a prática do


exercício físico são fatores relevantes para o alcance da qualidade de vida.

Recursos Didáticos:
Situação de Aprendizagem 1: Ginástica não é só academia? Caderno do Professor,
Vol. 1- 2ªsérie, pág. 12.
Situação de Aprendizagem 2: Promessas mil… Caderno do Professor, Vol. 1 - 2ª
série, pág. 22.
Situação de Aprendizagem 3: Como identifico e avalio minhas capacidades físicas.
Caderno do Professor, Vol. 1 - 2ª série, pág. 28.
BETTI, Mauro. Corpo, cultura, mídias e Educação Física: novas relações no
mundo contemporâneo. Lecturas: Educación Física y Deportes, Buenos Aires, v. 10,
no 79, p. 1-9, 2004. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/90459884/BETTI-M-
2003-Educacao-Fisica-e-Midia-novos-olhares-outras-praticas-RESENHA-SOBRE.>.
Acesso em: 10 dez. 2018.
Objetos Digitais- Ginástica: Disponível em:
<http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/busca-avancada/?nivel_de_ensino=ensino-
medio&disciplina=educacao-fisica-ensino-medio-1a-a-3a-
serie&tema_curricular=ginastica-educacao-fisica-ensino-medio-1a-a-3a-
serie&relation=or > Acesso em: 10 dez 2018.

3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Unidade Temática: Lutas


Orientações:
Na unidade temática Lutas espera-se que o aluno possa conhecer e
nomear os golpes por meio da vivência prática do boxe, identificando os seus
aspectos técnicos e táticos para que seja capaz de reconhecer e valorizar o
espetáculo esportivo de forma presencial, pela televisão ou internet.
Salientamos a importância de conceituar e diferenciar “luta e briga” e
questões relacionadas à violência, abordando o preconceito e discriminação na
prática da luta e de atividades rítmicas. Nessa experimentação deverão estar
previstos momentos em que os alunos possam exercitar a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos, a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
236

outro, valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,


identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Ressalta-se que a modalidade BOXE, abordada no currículo vigente em lutas,
também poderá estar presente em Esporte de Combate conforme classificação do
esporte.

Tema Corpo, Saúde e Beleza e Contemporaneidade.


Orientações:

No tema Corpo, Saúde e Beleza será necessário realizar uma retomada nas
capacidades físicas, para que o aluno possa discriminar conceitualmente os
princípios do treinamento (princípio da Sobrecarga, princípio da Individualidade,
princípio da Reversibilidade), estabelecer a zona-alvo de exercitação a partir da
medida da Frequência Cardíaca, selecionando, interpretando e utilizando
informações e conhecimentos sobre os princípios do treinamento na elaboração de
um programa pessoal de condicionamento físico. Em seguida propor momentos em
que os alunos possam refletir como os papéis condicionantes sexuais influenciam as
expectativas de desempenho físico dos jovens. (Tema: Contemporaneidade)

Recursos Didáticos:

Situação de Aprendizagem 1: Conhecendo e vivenciando o boxe. Caderno do


Professor, Vol.1 - 3ª série, pág. 14.
Situação de Aprendizagem 2: Gênero e sexo: diferenças, preconceitos e
expectativas de desempenho. Caderno do Professor, Vol.1 - 3ª série, pág. 26.
Situação de Aprendizagem 3: Elaborando um programa de treinamento. Caderno
do Professor, Vol.1 - 3ª série, pág. 35.
Tudo sobre o Boxe: Disponível em: https://sportsregras.com/boxe-historia-regras-
combate/. Acesso em: 04 dez. 2018.
Aprendendo Boxe – Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20210. Acesso em:
10 dez. 2018.
BOXE. Disponível em: - https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/boxe.htm
Acesso em: 10 dez. 2018.
237

MELO, Victor A. de; VAZ, Alexandre F. Cinema, corpo e boxe: notas para pensar
a relação esporte e sociedade. Temas & Matizes, n. 7, primeiro semestre de 2005.
Disponível em: <http://e-
revista.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/download/32/20>. Acesso em:
10 dez. 2018.
Filme: Menina de ouro (Million-dollar baby). Direção: Clint Eastwood. EUA, 2004.
137 min. 12 anos. Frankie Dunn é um treinador de boxe que já conquistou vários
títulos. Aparece em sua academia Maggie Fitzgerald, mas Frankie nunca aceitou
treinar mulheres. Maggie trabalha duro para se sustentar e ajudar sua família e, após
muito esforço, consegue convencer Frankie a ser seu treinador. Maggie torna-se
uma ótima lutadora que conquista muitas vitórias, até que um acontecimento trágico
muda definitivamente o destino dessas duas pessoas.

Avaliação

A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente ao trabalho


docente, pois é necessário acompanhar passo a passo o processo de ensino e
aprendizagem. Por meio dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do
trabalho conjunto do professor e alunos são comparados com os objetivos propostos
anteriormente, a fim de constatar os progressos, as dificuldades, e reorientar o nível
de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos. (LIBÂNEO,
1994, p.195).
A Educação Física atual vai além dos aspectos motores e biológicos, portanto
sua proposta de avaliação deverá contemplar também os aspectos cognitivos e
atitudinais. Os Instrumentos avaliativos a serem utilizados deverão estabelecer
relação com as habilidades desenvolvidas, lembrando que devem ser diversificados e
contemplar as diferentes linguagens: visual, oral, escrita e tecnológica. O percurso de
aprendizagem fornecerá subsídios que poderão ser utilizados como instrumentos de
avaliação, como por exemplo, a elaboração de um texto, de um novo jogo, ou de uma
coreografia.
Não há uma fórmula pronta para avaliar. A avaliação enquanto processo, não
é uma tarefa fácil. Deve ser definida, discutida, refletida e modificada, num
procedimento de igualdade entre o professor e o aluno, exigindo do professor o
exercício de legitimação e de uma postura de desprendimento, de aprender a escutar,
238

e do aluno, maturidade em perceber e modificar suas escolhas para que de fato


contribua na sua formação acadêmica e na vida. A avaliação deve ser compreendida
como uma construção conjunta e, portanto, será necessário reavaliar e corrigir os
rumos para chegar em um método mais democrático e participativo.

Recuperação

A recuperação da aprendizagem é um momento importante, deve constituir-se


de intervenções imediatas e diárias, de maneira contínua, contemplando a retomada
de cada habilidade não alcançada pelo aluno. É fundamental repensar as etapas de
ensino realizadas para verificar se elas dialogam com o processo de aprendizagem
dos alunos. Assim, é necessário rever a prática e adequá-la para a exploração dos
objetos de conhecimento a serem retomados, flexibilizando os instrumentos e as
estratégias de avaliação para reunir diferentes propostas avaliativas, pois os alunos
aprendem de formas diferentes.
Vale ressaltar que na proposta de recuperação devem ser estabelecidos novos
percursos para a retomada das habilidades que não tenham sido desenvolvidas,
contempladas ou mobilizadas. Recuperar não é propor uma nova prova ou outra
atividade apenas, é oportunizar e garantir o direito ao aluno de aprender por diferentes
caminhos. Se foi diagnosticado que alguns alunos apresentam dificuldades, retome
as habilidades em questão utilizando novas estratégias, como por exemplo, iniciando
ou intensificando o trabalho com agrupamentos produtivos.
A recuperação tem como foco a aprendizagem e não a recuperação de notas.
Os momentos de retomadas serão decididos pelo professor, porém salientamos que
quando ela é oferecida apenas ao final do processo, poderá dificultar a aprendizagem
dos alunos que apresentam defasagens.

Referências Bibliográficas

BASTOS, C. C. Metodologias ativas. 2006. Disponível em:


<http://educacaoemedicina.blogspot.com.br/2006/02/metodologias-ativas.html>.
Acesso em: 14 fev. 2010.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília,
MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em:
239

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 04
jun. 2018.
DIESEL, Aline. BALDEZ, Alda Leila Santos. MARTINS, Silvana Neumann. Os
princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. 2017 |
Volume 14 | Nº 1 | Pág. 268 a 288. Disponível em :
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4117719/mod_resource/content/1/Os%20pri
nc%C3%ADpios%20das%20metodologias%20ativas%20de%20ensino%20abordag
em%20te%C3%B3rica.pdf. Acesso em: 10 dez. 2018.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994
MARAGON, Cristiane. Como avaliar na Educação Física. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/1219/como-avaliar-na-educacao-fisica. Revista
Nova Escola, maio de 2003. Acesso em: 29 nov. 2018.
ONU. PNUD- Relatório do Desenvolvimento Humano Nacional. Movimento é
vida. Atividades Físicas e Esportivas para todas as pessoas. 2017. Brasília. 392p.
SOUZA, Alberto de Mello e, Dimensões da Avaliação Educacional. Editora Vozes, 2ª
Edição, 2010.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
Linguagens, códigos e suas tecnologias/ Secretaria da Educação; coordenação
geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – 2. ed. – São Paulo: SE,
2011. 260 p.
240

Elaboração do material

Núcleos Pedagógicos
D.E. Guarulhos Norte - Diego Diaz Sanchez
D.E. Suzano - Flavia Naomi Kunihira Peixoto
D.E. São Roque - Gislaine Procópio Querido
D.E. Carapicuíba - Isabel Bonadio
D.E. Norte 1 - Luiz Fernando Vagliengo
D.E. Osasco - Maria Izildinha Marcelino
D.E. Caraguatatuba - Nabil José Awad
D.E Sorocaba - Neara Isabel de Freitas Lima
D.E. Taboão da Serra - Sandra Regina Valadão
D.E. Lins - Tiago Oliveira dos Santos

CGEB/CEFAF
Sandra Pereira Mendes
241
242

APRESENTAÇÃO

Caros Professores e Professoras,


As orientações presentes neste documento têm por objetivo fortalecer e direcionar o
trabalho nas Unidades Escolares, objetivando-se, dessa forma, o viés formativo do
aprendizado dos(as) alunos(as) da Rede Pública do Estado de São Paulo. Este Guia de
Transição de LEM exerce a confluência entre o Currículo Paulista e a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), que visa conduzir o ensino por meio do desenvolvimento de Competências
e Habilidades. Nesse percurso, a formação integral do(a) aluno(a) será avaliada de modo
contínuo, com o intuito de promover a excelência no processo de ensino e aprendizagem.
Dessa maneira, a língua estrangeira contribuirá para promoção do protagonismo estudantil
ao longo de sua formação escolar.
Para fortalecer a prática pedagógica, os livros escolhidos no Plano Nacional do Livro
Didático (PNLD), bem como os demais projetos e programas citados, darão subsídios aos
temas e contextos apresentados aos(as) estudantes.

Bom trabalho!
243

FUNDAMENTOS DO COMPONENTE CURRICULAR – LÍNGUA


ESTRANGEIRA MODERNA

Este Guia de Transição busca alinhar o Currículo do Estado de São Paulo, o Currículo
Paulista e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No contexto do ensino regular, o atual Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias, em Língua Inglesa, apresenta o texto como fio condutor da
aprendizagem e considera a perspectiva pluricêntrica:

[...] como fio condutor do processo de aprendizagem, o texto - tanto aquele


impresso quanto aquele produzido na interação entre alunos, professores e
objetos de conhecimento- assume papel central. E isso está presente tanto
no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, o que possibilita uma
continuidade metodológica no processo de ensino aprendizagem (São
Paulo, 2012).

Tendo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como parâmetro, o componente


curricular de Língua Inglesa desloca o ensino de uma disciplina de caráter instrumental,
direcionado para a competência leitora e escritora, para um caráter metalinguístico80. Neste
sentido, a proposta (BNCC) voltada para o ensino de Língua Inglesa pressupõe uma alteração
significativa na concepção do ensino de inglês no contexto público, buscando, desse modo,
promover o engajamento discursivo dos(as) alunos(as).
A BNCC destaca o ensino da Língua Inglesa a partir do conceito de língua franca. Para
refletirmos sobre o conceito de língua franca é importante observarmos o que Moita Lopes
(2003) discute a respeito do papel do(a) professor(a) de inglês nesse mundo globalizado. No
artigo “A nova ordem mundial”, em os Parâmetros Curriculares Nacionais e o ensino de inglês,
o autor considera:
[...] a construção de uma visão do professor de inglês baseada na
compreensão do mundo social contemporâneo, no qual o discurso se tornou
central, com vias a sua atuação política na prática de ensinar/aprender
línguas [...] (p 28).

80 A metalinguagem pode se referir a qualquer terminologia ou linguagem usada para descrever uma
linguagem em si mesma.
244

Nesse cenário, propõe-se o estímulo à participação dos(as) estudantes em programas


que simulem situações práticas da língua estrangeira em uso, considerando seu aspecto
facilitador para o processo de multiletramento81.
A aprendizagem da Língua Inglesa, no âmbito da BNCC, apresenta um eixo temático
específico para o desenvolvimento da oralidade, ao lado dos eixos leitura, escrita,
conhecimentos linguísticos e dimensão intercultural, que apontam para novas
possibilidades no que diz respeito à interação comunicativa do(a) aluno(a).
O protagonismo e o empreendedorismo dos(as) estudantes tendem a contribuir para a
redução de defasagens do processo educativo, relacionando-a à proficiência de novos idiomas
e aos multiletramentos.
Há, ainda, o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR), documento
balizador para o processo de ensino e aprendizagem de idiomas, que pode colaborar
fundamentando as reflexões acerca dos objetivos pretendidos por cada ano ou série escolar.
Portanto, considerando a apresentação deste Guia de Transição, que é embasado nas
referências e documentos citados, propõe-se o planejamento do ensino de Língua Inglesa a
partir dos objetivos elencados abaixo:
Objetivo Geral
• Aprender, de forma integral, crítica e lúdica por meio de atividades significativas que
desenvolvam temas e contextos relacionados ao componente curricular de Língua
Inglesa.
Objetivos Específicos
• Apropriar-se de vocabulário diversificado, articulando-o às estruturas essenciais da
língua a partir de sua realidade;
• Participar de experiências socioculturais em sala de aula, interagindo socialmente, em
um contexto saudável e de confiança;
• Ser exposto a diferentes manifestações culturais, políticas e sociais, desenvolvendo,
dessa maneira, alteridade e empatia;
• Possibilitar a prática oral em Língua Inglesa, utilizando os vocábulos e as estruturas
linguísticas de forma contextualizada;
• Possibilitar a leitura de textos em Língua Inglesa, interpretando significados por meio
de diferentes linguagens, verbais e não verbais;
• Desenvolver a pronúncia, entonação, ritmo e fluência do idioma, respeitando e incluindo
as múltiplas realidades que permeiam o âmbito escolar.

81 Multiplicidade de linguagens, mídias e tecnologias.


245

ENSINO FUNDAMENTAL- ANOS FINAIS

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe seis competências para a


disciplina de Língua Inglesa, organizada por eixos, unidades temáticas, objetos de
conhecimento e habilidades a serem destacados em cada ano de escolaridade (6º, 7º, 8º e 9º
anos).
Cabe observar o que as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN)
apontam a respeito do processo de desenvolvimento das crianças e jovens. De acordo com
estas diretrizes, os(as) professores(as) devem buscar formas de trabalho pedagógico e de
diálogo com os(as) alunos(as) que sejam compatíveis com suas respectivas idades e níveis
de escolaridade. Por isso, é importante lembrar sempre que esse processo não é uniforme e
nem contínuo. O foco nas experiências escolares “significa que as orientações e propostas
curriculares que provêm das diversas instâncias só terão concretude por meio das ações
educativas que envolvem os alunos” (Brasil, 110-112).

ENSINO MÉDIO

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece que, ao longo da Educação


Básica, os conhecimentos essenciais devem assegurar aos(as) estudantes o
desenvolvimento das Dez Competências Gerais que, no contexto pedagógico, preveem
direitos mínimos de aprendizagem e desenvolvimento.
Na BNCC, a competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos
e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores que
permitam ao(a) aluno(a) vivenciar e solucionar demandas complexas da vida cotidiana, do
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
A Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (p.462) observa que:
Para responder a essa necessidade, mostra-se imprescindível considerar a
dinâmica social contemporânea, marcada pelas rápidas transformações
decorrentes do desenvolvimento tecnológico. Trata-se de reconhecer que
as transformações nos contextos nacional e internacional atingem
diretamente as populações jovens e, portanto, o que se demanda de sua
formação para o enfrentamento dos novos desafios sociais, econômicos e
ambientais, acelerados pelas mudanças tecnológicas do mundo
contemporâneo. [...]
246

Neste contexto, percebe-se que o processo de ensino e aprendizagem da língua


estrangeira não tem caráter instrumental, direcionado somente para as competências leitoras
e escritora. Na mesma medida, também não se restringe a fins específicos, sejam eles
profissionais ou acadêmicos. Por isso, a BNCC propõe um ensino de língua estrangeira que
possibilite aos(as) estudantes a compreensão de saberes provindos de outras áreas do
conhecimento. Segundo Graddol (2006):
[...] Nas economias globalizadas, o inglês parece ter se juntado a essa
lista de habilidades básicas. Basicamente, a sua função e lugar no
currículo não é mais o de "língua estrangeira" e isso está trazendo
mudanças profundas em quem está aprendendo inglês, seus motivos para
aprendê-lo e suas necessidades como aprendizes (p. 72). [...] Práticas
pedagógicas, currículos e modelos de negócios já estão respondendo às
novas realidades econômicas e políticas (p. 81).

Salienta-se que o Currículo Oficial do Estado de São Paulo destaca que os(as)
alunos(as) devem ter a oportunidade de utilizar e aprofundar conhecimentos construídos
anteriormente, em situações que propiciem o exercício da reflexão crítica (São Paulo, 2012).
As Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens Códigos e suas Tecnologias
(OCEM) orientam o desenvolvimento da leitura, da comunicação oral e da escrita como
práticas culturais contextualizadas (p.111).

METODOLOGIA DE ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA


MODERNA

O processo de ensino e aprendizagem de uma língua estrangeira orienta os(as)


alunos(as) a uma nova concepção de linguagem, seja ela verbal ou não verbal. A língua
materna, no processo de compreensão de um novo idioma, se aprimora, porque faz com que
o(a) estudante compreenda de maneira mais ampla como a linguagem se dá dentro de uma
sociedade globalizada. Por meio da observação, análise e vivência de culturas e mídias
estrangeiras, o(a) aluno(a) passa a valorizar mais o contexto no qual está inserido,
entendendo a pluralidade cultural, social e política dos inúmeros espaços globais, sejam eles
reais ou virtuais. Assim sendo, o conceito de interculturalidade se amplia mediante o estudo
e respeito às diferenças das maneiras de expressão e de comportamentos estrangeiros.
Entende-se que em um contexto de ensino de língua estrangeira é preciso considerar
as particularidades, as individualidades e as especificidades do processo de aprendizagem
de cada aluno(a), oferecendo-lhe um ensino gradativo em um ambiente salutar, inclusivo,
247

respeitoso e múltiplo. Assim, haverá a possibilidade de ações por parte do(a) estudante nas
quais ele(a) poderá ressignificar seus contextos e suas concepções a respeito do universo no
qual está integrado. Percebe-se, então, a necessidade de o(a) aluno(a) vivenciar situações
reais da língua estrangeira.
Por isso, o processo de ensino e aprendizagem de um idioma se dá, essencialmente,
por meio da participação coletiva ou individual do(a) estudante em atividades interculturais.
Estas envolvem o processo de aperfeiçoamento do protagonismo e da autonomia do(a)
aluno(a), bem como suas relações interpessoais dentro e fora do espaço escolar.
Cabe ressaltar que o(a) professor(a) além de mediar as atividades referidas deve
também se valer em sua prática de variados produtos culturais e artísticos do idioma, como,
por exemplo: mapas, jogos, canções, rimas, desenhos, jogos eletrônicos, entre outros.
Vê-se, portanto, como é essencial que o(a) aluno(a) interaja com a língua estrangeira
em sua totalidade; ou seja, por intermédio de diferentes temas e contextos, e não apenas ser
exposto(a) a vocábulos ou estruturas gramaticais isoladas. Tal interação permite ao(a)
estudante expandir seus conceitos a respeito do códido linguístico estudado, suas respectivas
características e, na mesma medida, refletir sobre as produções estrangeiras com as quais
tem ou poderá ter contato em seu cotidiano. Possibilita-se, desse modo, uma ampliação das
perspectivas e possíveis oportunidades que o(a) aluno(a) possa vir a ter em uma sociedade
globalizada.

SUGESTÕES DE PRÁTICAS PARA AS AULAS DE LÍNGUA


INGLESA

As sugestões de práticas que serão apresentadas a seguir, dividas entre os cinco


eixos para o ensino de língua estrangeira, propostos pela BNCC, estão voltadas para o ensino
de Língua Inglesa, especificamente, pois se considerou a atual realidade do ensino regular no
estado de São Paulo. No entanto, cabe ressaltar que, considerando os diferentes contextos e
temas, as ações e as atividades sugeridas podem também ser utilizadas por professores(as)
no processo de ensino e aprendizagem de outros idiomas.

✓ EIXO Oralidade
Falar é o ato de converter informações e ideias em sentenças ou palavras de um
código linguístico. No caso do inglês, uma das maiores dificuldades do(a) professor(a) é como
basear esta conversão sem um suporte contextual, no qual o aluno(a) experiencie e vivencie
a língua.
• Aceite e faça seus(suas) alunos(as) entenderem que o inglês é uma língua diferente.
248

Ora encontramos padrões gramaticais, ora não. Não há parâmetros. Infelizmente há


tantas exceções, como há regras. É comum que o(a) aluno(a) se mostre “perdido(a)”
com relação à gramática normativa.
• Há uma expressão em inglês, “Use it or lose it” (use ou esqueça), isso remete à
necessidade do uso continuo e da revisão cotidiana de conteúdos já aprendidos. O
melhor modo de efetivamente aprender e memorizar uma palavra é seu uso continuo,
frequente. Trabalhe com os(as) alunos(as) de forma estruturada o mesmo vocabulário
ao longo de um tempo pré-definido.
• O sistema KWL faz com que o(a) aluno(a) pense e fale sobre o que ele(a) SABE-
KNOW sobre um tópico; o que ele(a) QUER-WANT aprender sobre aquele tópico; e o
que ele(a) já APRENDEU-LEARN. Este processo guia os(as) estudantes por um
caminho de três passos, no qual ele(a) busca informações anteriores (K), prevê e
desenvolve um aprendizado futuro (W) e sumariza o que já foi aprendido (L).
• Encoraja-se o uso de muppets/fantoches pela possibilidade de utilizá-los como
personagens falantes nativos da íngua inglesa, o que pode fazer com que os(as)
alunos(as) necessitem usar certos comandos e sentenças a fim de interagir com os
fantoches. Recomenda-se que o muppet seja um animal assexuado, para que, assim,
não haja comparações ou emoções afetivas por parte dos(a) alunos(as). O uso do
fantoche está limitado ao desejo do(a) professor(a). Por isso, dedoches, marionetes e
outras pelúcias também podem ser utilizados como “estudantes de intercâmbio” para
contar histórias ou fazer e responder questionamentos, como: “How do I say...?” ou
“What is your name?”.

✓ EIXO Leitura
Ouvir e ler são os primeiros passos para um entendimento concreto de uma língua. O(A)
aluno(a), inicialmente, efetua esta ação sem filtros; portanto, ela é primordial no processo de
ensino e aprendizagem.
• Pratique muito. O primeiro passo é acostumar a audição de seu aluno(a) à língua
estrangeira, desmistificando possíveis pré-conceitos, como, por exemplo, de que a
velocidade da fala de um norte-americano ou inglês é a mesma com quais brasileiros
falam português: uns mais rápidos, outros mais lentos.
• Evite identificar pontos gramaticais enquanto se ouve uma conversação. Foque no
assunto e no entendimento geral. Se os falantes estão usando Simple Past ou Present
Perfect, não faz diferença, o que importa é o entendimento do texto e do contexto.
• Ouvir músicas é um excelente exercício. Entretanto, não se trabalha uma música
querendo entender cada palavra ou expressão, traduzindo-a mentalmente. Sugere-se
identificar palavras em inglês na canção, oferecendo uma visão contextualizada da
249

produção. Orienta-se, ainda, usar materiais já conhecidos pelos(as) alunos(as), como


cantigas, fábulas ou composições musicais variadas, que façam parte de sua
realidade, traduzidas do português para o inglês.
• Os filmes ou os seriados são opções para praticar o listening. Orienta-se que se assista
ao vídeo selecionado mais de uma vez, buscando, nesta prática, fazer associações
dos diálogos com as situações vividas pelos personagens. Ao trabalhar em sala,
recomenda-se a utilização de materiais familiares aos(as) estudantes.
• Orienta-se que o(a) aluno(a) pratique sempre que possível, seja com música, filmes,
desenhos ou seriados, o que tornará esse exercício prazeroso e não uma ação
corrente. Há estudos que demonstram que se aprende muito mais com algo divertido,
sem a obrigação de aprender, mas sim com o intuito de aprimorar o que se sabe.
Sugere-se sempre falar com os(as) alunos(as) em inglês, de forma natural. Indica-se
pautar as ações em inglês, pois espera-se que eles(elas) as absorvam e, depois, as
traduzam, indagando e apresentando novos vocábulos de modo cada vez mais
frequente.

✓ EIXO Escrita
A escrita em inglês é um passo muito importante em busca do domínio do idioma. Além
de compreender o formato e a estrutura das palavras e suas respectivas aplicações em cada
frase, saber escrever ajuda muito no desenvolvimento do vocabulário.
• Recomenda-se que se desapegue da tradução. Indica-se fazer com que os(as)
alunos(as) pensem em inglês sobre o que ele(as) querem escrever, evitando, assim,
que sejam feitas traduções de ideias diretamente do português. Sabe-se que
traduções literais podem gerar vários problemas de contexto, o que leva a um esforço
maior para organização das sentenças em inglês.
• Orienta-se o uso da escrita para reforçar o processo de ensino e aprendizagem do(a)
aluno(a). Tudo o que for lido, falado ou ouvido pode ser utilizado como uma estratégia
para o aprendizado. Sendo assim, perguntas prévias, como, por exemplo: “Você
conhece uma nova música em inglês?”; “Você leu um bom artigo?”; “Você já ouviu um
diálogo interessante ou conversou com alguém?”; “Por que não pensar no que foi dito
e no que pode ser melhorado e escrever sobre isso?”, entre outros questionamentos,
podem gerar produções nas quais os(as) aluno(as) pratiquem a escrita em Língua
Inglesa.
• Indica-se copiar pequenos textos ou notícias. Tal prática pode levar o(a) estudante a
desenvolver sua habilidade de writing com mais convicção. Por esse motivo, sugere-
se que sejam indicados sites de notícias, revistas ou de assuntos que forem de
interesse pessoal do(a) aluno(a). Ao fazer este exercício, ele(a) analisará com mais
250

atenção como as palavras são escritas e formadas no idioma, refletindo, inclusive,


sobre o contexto de uso.
• Orienta-se a elaboração de pequenos jogos, que estimulem a criatividade do(a)
aluno(a). Esta prática também aguçará a memória e possivelmente aumentará seu
vocabulário. A cada dia, recomenda-se a invenção de um novo jogo para praticar a
escrita, como, por exemplo, “A elaboração de uma lista de 5 elogios para seus 10
melhores amigos”; “A sua cidade em 30 palavras”; “Escreva sobre seu filme favorito
como se você fosse o personagem principal”, entre outros.
• Proponha a escrita de textos sobre qualquer assunto. Faça-os(as) imaginar que estão
contando para alguém um assunto interessante. Porém, ao invés de falarem sobre o
tema, eles(as) devem colocar no papel. Vale contar com informações e conteúdo do
filme que foi assistido na semana passada, os hobbies que costumam praticar nas
horas livres, uma situação engraçada que aconteceu na infância, aquelas férias
inesquecíveis, ou simplesmente o que foi feito durante o dia. O importante é diversificar
os assuntos para não cair em uma rotina.
• Sabe-se que é importante conhecer e entender as principais diferenças de palavras e
estruturas da linguagem formal e informal no inglês. Por isso, um dos principais erros
cometidos pelos(as) estudantes é o de misturar as duas formas de escrita. Assim
sendo, indica-se que o(a) aluno(a) pratique atividades escritas nas quais ele(a) possa
refletir sobre as características e o uso de cada uma dessas linguagens, o que o(a)
levará a compreender de maneira mais efetiva as diferenças entre elas.

✓ EIXO Conhecimentos Linguísticos


A aplicação significa conhecimento, conhecimento significa compreensão e compreensão
significa clareza. Em vista disso, atente-se a algumas sugestões que podem auxiliar para
melhorar o understanding do(a) aluno(a):
• Recomenda-se a estratégia de sondagem 3/2/1, na qual, considerando a temática
compreendida, utiliza-se da seguinte sequência ao fim da atividade:
3) Temas que eles(as) entenderam; 2) Temas referentes à lição que eles(as) gostariam
de aprender mais; e 1) Temas que eles(as) não compreenderam. Isto irá estimular o(a)
aluno(a) a considerar e refletir sobre os temas e contextos estudados.
• A técnica do 5-3-1 pode ser resumida como uma rápida forma de avaliar e observar o
nível de entendimento dos(as) alunos(as). Tal técnica se inicia ao indagar aos(as)
alunos(as) para determinar as 5 coisas/palavras/vocábulos/temas mais importantes
aprendidos nas últimas 2 aulas. Caso sejam separadas, use de preferência a segunda
aula da semana. Compare e reduza as três coisas que o grupo considera importante.
Após este momento, observe qual a maioria considerou importante. Dessa forma, o
251

foco se concentrará no que foi julgado menos importante pela classe, o que poderá
demonstrar uma inadequação ou o não entendimento do(a) aluno(a).
• Orienta-se evitar questões de SIM/NÃO e frases, como, por exemplo, “o que é isto?”.
Além de ser um formato de resposta coletiva, que inibe aqueles que não têm a total
compreensão do tema, se observará, mais tarde, que muitos(as) alunos(as)
apresentarão dúvidas e questionamentos. Para evitar este cenário, sugere-se
questioná-los(as) sobre o conhecimento prévio acerca do tema estudado, de
preferência de modo individualizado.
• Recomenda-se pedir aos(as) alunos(as) que reflitam; isto é, após a explicação, deixe-
os(as) considerarem por alguns minutos para que criem questionamentos e
internalizem o tema. Então, proponha situações-problema e indague como este tema
pode ser aplicado em um contexto prático.
• Sugere-se o uso de cartões de resposta, placas sinalizadoras, cartões em branco,
quadro magnético, emojis, ou outros itens aplicáveis à temática estudada. Podem ser
utilizados em conjunto, simultaneamente, por todos(as) os(as) alunos(as) com o
objetivo de indicar uma resposta a uma questão prévia apresentada pelo(a)
professor(a). Ao se utilizar dessas ferramentas, fica mais fácil identificar os(as)
alunos(as) em defasagem, ou com pouca compreensão do tema.
• Indica-se uma prática na qual sinais de mão possam ser utilizados para demonstrar o
nível de compreensão pontual e instantâneo do(a) aluno(a). Recomenda-se
apresentar aos(as) alunos(as) uma tabela de entendimento de 5 a 1, em que 5
representaria a compreensão completa e 1 a não compreensão do tema. Desta forma,
é possível ao(a) professor(a) rapidamente alterar suas estratégias e metodologia.

✓ EIXO Dimensão Intercultural


Ao educar para a ampliação e o aprimoramento da prática cidadã, o componente de
Língua Inglesa explora a comunicação, a interação intercultural e as múltiplas concepções de
sociedade globalizada. Neste sentido, o conceito de cidadania deve se tornar mais extenso,
de modo a permitir aos(as) estudantes a participação ativa em diferentes mundos, sejam eles
reais ou virtuais, nos quais os espaços, as proximidades e os distanciamentos se mostram
muitas vezes relativos.
• Propõem-se explorar em aula as múltiplas vivências e realidades, apresentando ao(a)
aluno(a) a pluralidade social mediante testemunhos, vídeos, biografias, entre outros.
• Recomenda-se a utilização da literatura e de publicações estrangeiras como
ferramentas para entender os variados contextos e impressões acerca do outro no
252

mundo.
• Encoraja-se colocar em perspectiva eventos e datas comemorativas nacionais e
internacionais, estabelecendo, assim, análises coletivas e individuais das diferenças e
semelhanças entre múltiplas culturas.
• Sugere-se a elaboração de atividades, como: rodas de conversa, seminários,
apresentações e debates nos quais os(as) alunos(as), ativamente, pesquisem e
exponham suas considerações a respeito dos contextos interculturais globais.

PROJETOS E PROGRAMAS DA SEE-SP E MEC

Conforme exposto anteriormente neste Guia de Transição, o processo de


aprendizagem da língua estrangeira não tem caráter instrumental direcionado para as
competências leitora e escritora, assim como também não se restringe a fins específicos,
profissionais ou acadêmicos. Transforma-se, portanto, em acesso pela qual transitam os
saberes de outras áreas do conhecimento e permite, nesse processo, a participação dos(as)
alunos(as) em programas apoiados pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo
e/ou pelo Ministério da Educação. A seguir, há apresentação de alguns destes projetos.

✓ Programa Nacional do Livro Didático


O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), fundamentado pelo
Decreto nº 9.099, de 18 de julho de 2017, unificou as ações de aquisição e distribuição de
livros didáticos e literários. É destinado a avaliar e a disponibilizar obras didáticas,
pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, de forma
sistemática, regular e gratuita, às escolas públicas de educação básica das redes federal,
estaduais, municipais e distritais. Também está voltado às instituições de educação infantil
comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder
Público:
Hoje, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) faz com que 82% dos
alunos da Educação Básica recebam gratuitamente obras escolhidas pelo
corpo docente das próprias instituições em que estudam. [...] Todos os
livros disponíveis para distribuição são aprovados por uma comissão
técnica da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação
(MEC).

O livro didático pode ser utilizado pelo(a) professor(a) como referencial temático de
seu planejamento de aula, para que as habilidades previstas sejam desenvolvidas de modo
integral e significativo. As situações específicas que surgirem em classe também podem ser
253

complementadas com o livro didático do Programa Nacional do Livro e do Material Didático


(PNLD) adotado pela escola, que além de consumível pelo aluno, pode otimizar o tempo de
aula, possibilitando a realização de atividades variadas que incentivem o desenvolvimento
das competências e habilidades, como, por exemplo:
- Estudo e análise dos aspectos gramaticais relacionados à temática estudada;
- Leitura das imagens, tirinhas, ícones das sessões do livro;
- Leitura em voz alta dos textos e diálogos pelo(a) professor(a) e pelos(as) alunos(as);
- Exploração do título do texto mediante estratégias de antecipação do assunto;
- Substituição do título do texto lido pelos(as) alunos(as) e sua justificativa;
- Dramatização de diálogos em duplas ou em grupos;
- Substituição de termos dos diálogos pelos(as) alunos(as) para dramatização;
- Dramatização dos diálogos com bonecos de fantoche confeccionados pelos(as)
alunos(as);
- Sugestões de continuidade para o texto ou diálogo, quando pertinente.

✓ Programa Currículo Mais


Na página do site do Programa Currículo Mais, o(a) professor(a) encontrará atividades
para desenvolver as habilidades e competências requeridas para cada série/ano escolar.
Dentre os Objetos Digitais de Aprendizagem (ODA) há diversas atividades, como: vídeos,
músicas, trechos de filmes, áudios para pronúncia, práticas de leitura, quizzes, jogos,
dicionários, entre outros recursos que possibilitam ao(a) educador(a) o planejamento de suas
aulas, tornando-as mais diversificadas. Ao fazer uso dos meios disponíveis para este
programa, o(a) professor(a) poderá também inserir atividades de sua autoria, construindo uma
rede de socialização de boas práticas.

✓ Programa Sala de Leitura


As escolas que participam do programa Sala de Leitura possuem um acervo
diversificado, digital e impresso, inclusive em Braile, que pode ser utilizado pelos(as)
alunos(as) do Ensino Regular, assim como pelos(as) alunos(as) do Centro de Estudos de
Línguas (CEL).
Ressalta-se que esse projeto tem como objetivo principal ampliar o acesso dos(as)
alunos(as) a fontes de diversas informações e culturas. Neste processo, o(a) aluno(a) terá a
possibilidade de desenvolver de uma maneira mais efetiva sua compreensão leitora. Segundo
Rojo (2009), “[...] defendo que um dos objetivos principais da escola é possibilitar que os
alunos participem das várias práticas sociais que se utilizam da leitura e da escrita
(letramentos) na vida da cidade, de maneira ética, crítica e democrática.” (p. 11). Tendo em
254

vista este conceito a respeito do multiletramento, percebe-se a importância de um trabalho


significativo no qual o projeto Sala de Leitura seja acessível aos membros do contexto escolar.
Segundo as Dez Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
o exercício da pesquisa é fundamental para a ampliação do caráter autônomo e protagonista
do(a) estudante. À vista disto, mostra-se ainda mais importante a Sala de Leitura e seus
respectivos recursos para o incentivo à consciência crítica e cidadã do(a) aluno(a).

✓ Sports Visitor Program


O programa Sports Visitor é uma iniciativa do governo dos Estados Unidos voltado
para atletas, treinadores(as) ou administradores(as) de equipes semiprofissionais de jovens
com idade entre 15 e 21 anos. Neste programa há a oferta de melhores práticas em esportes,
excelência e liderança, com atividades que vão desde brincadeiras recreativas até vivências
em ligas profissionais.
Durante duas semanas, os(as) participantes aprendem técnicas de coaching
esportivo, administração de recursos, bem como a utilizar o esporte para a resolução pacífica
de conflitos, o combate a preconceitos, a promoção do empoderamento feminino, os direitos
de pessoas com deficiências físicas e/ou intelectuais, entre outros temas que auxiliam no
desenvolvimento físico, intelectual e social do(a) estudante.
Os(As) participantes também terão a oportunidade de vivenciar a cultura, a sociedade
e os esportes típicos estadunidenses. Para participar, é necessário ter fluência ou
conhecimento avançado em Língua Inglesa e ser professor(a) do componente curricular
Educação Física.

✓ Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo – FeCEESP


A Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo (FeCEESP) é uma ação
pedagógica desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP)
com objetivo de estimular e promover a formação de estudantes da Rede Estadual de Ensino
no âmbito das Ciências da Natureza e Humanas, inserindo-os(as) no contexto da Pré-
Iniciação Científica, o que converge com o ensino da língua estrangeira, visando as etapas
internacionais.
O evento contempla inscrição de projetos do(as) estudantes dos 6º, 7º e 8º anos do
Ensino Fundamental, subcategoria Júnior, e do 9º ano do Ensino Fundamental, da 1ª série e
da 2ª série do Ensino Médio, na subcategoria Máster.
A proposta da Feira de Ciências está alinhada aos parâmetros do Currículo Paulista e
da Base Nacional Comum Curricular. Nesse sentido, as habilidades de ambos os documentos
corroboram para a exploração dos gêneros textuais com a elaboração de:
255

- Projeto científico, no qual constam o título, o resumo, a introdução, a justificativa, o/a


problema/hipótese, a metodologia, os resultados, a contrapartida social, as considerações
finais e as referências;
- Banner, que consiste na apresentação escrita do trabalho;
- Exposição oral, que complementa a apresentação escrita do banner e a própria
apresentação pessoal do(a) estudante em língua estrangeira;
- Termo de uso de imagem, para publicação da apresentação.

✓ Programa Science, Technology, Engineering, and Mathematics (STEM)


O STEM Brasil é parceiro do Programa Ensino Integral na formação continuada das
equipes das áreas de Ciência da Natureza. A fim de garantir que as atividades experimentais
atinjam os objetivos esperados, os(as) especialistas realizam visitas formativas nas escolas
de Ensino Médio. As ações previstas pela equipe do STEM Brasil integram a premissa da
Formação Continuada prevista pelo programa, com foco nas atividades que os(as)
professores(as) realizam com os(as) alunos(as).

✓ Projeto Mediação e Linguagem


O projeto interdisciplinar Mediação e Linguagem foi criado em 2014 e tem como
objetivo propor a transposição das obras literárias para a linguagem do cinema, podcast e
radionovela, por meio da leitura de produções que subsidiam os(as) educadores(as) com
experiências na linguagem audiovisual.
A ideia é que o(a) aluno(a) utilize estratégias variadas para o trabalho com a leitura
literária em sala de aula; isto é, de forma dialógica. O projeto Mediação e Linguagem, portanto,
objetiva apoiar o trabalho do(a) professor(a) com diferentes linguagens.
Pauta-se, então, no conceito de multiletramento e aponta para uma pedagogia de
diferentes modos de representação (linguagens) que são constantemente recriados, ao
atingirem os variados propósitos culturais (ROJO, 2009).

✓ Programa Jovens Embaixadores


O Programa Jovens Embaixadores é uma iniciativa de responsabilidade social da
Embaixada dos Estados Unidos no Brasil em parceria com organizações públicas e privadas.
Com este programa, os(as) alunos(as) do Ensino Médio têm a oportunidade de
vivenciar uma visita à Casa Branca e de conhecer os costumes de famílias estadunidenses.
Para tal, os(as) estudantes devem realizar sua inscrição através de rede social e passar por
um processo seletivo, que possui etapas nas quais haverá um exame escrito e oral e a
visitação dos(as) interlocutores(as) da SEE-SP, que analisam e elaboram um relatório do(a)
aluno(a) selecionado(a) para o envio à Embaixada Americana.
256

Os(As) professores(as) podem auxiliar os(as) alunos(as) e incentivá-los(as) à prática


do trabalho voluntário, que é uma das principais prerrogativas para a participação no
programa.

✓ O Parlamento Juvenil do MERCOSUL


O Parlamento Juvenil do MERCOSUL (PJM) tem como objetivo selecionar jovens
estudantes do Ensino Médio para representar o Brasil no MERCOSUL com mandato de dois
anos de duração.
Nesse período, os(as) estudantes terão a oportunidade de participar de maneira ativa
no processo de elaboração e divulgação da Declaração do Parlamento Juvenil.
Considerando o aspecto crítico e protagonista presente nas competências da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), tal projeto converge com as propostas vigentes no
documento orientador. Além disso, ao(a) estudante se mostrará possível a prática e a
implementação de projetos que tenham como foco o fortalecimento do exercício da cidadania
dentro e fora do cotidiano escolar.

✓ Programa Robolab™
O ROBOLAB™ é um programa de computador para automação e controle de
dispositivos robóticos. Foi desenvolvido como um software educacional para ser trabalhado
com os(as) alunos(as). O programa é baseado em ícones, o que permite aos(as) estudantes
visualizar as instruções que estão seguindo de maneira associada à construção de seus
respectivos robôs.
O programa prevê níveis de programação que foram divididos entre básico,
intermediário e avançado, incluindo geração de relatórios de dados. A plataforma permite
ao(as) aluno(as) um primeiro contato com técnicas reais de programação de modo amigável
e divertido, pois o(a) leva desenvolver o próprio programa em um microcomputador e transferi-
lo para o tijolo LEGO RCX™.

✓ Prêmio Zayed Future Energy


O Prêmio Zayed Future Energy representa a concepção de Zayed bin Sultan al
Nahyan, fundador e presidente dos Emirados Árabes Unidos, o qual defendia a administração
ambiental. Este prêmio anual comemora realizações que refletem impacto, inovação, visão
de longo prazo e liderança em energia renovável e sustentabilidade.
As escolas podem participar da Categoria Global High School (Escolas Secundárias
Globais), que envolve estudantes do Ensino Fundamental-Anos Finais e Ensino Médio, com
idades entre 11 e 19 anos. A Unidade Escolar deve apresentar um projeto que envolva ações
inovadoras voltadas para a sustentabilidade e/ou o uso de energias renováveis. O projeto
257

pode ser novo ou oriundo de ações dos programas da SEE-SP, como, por exemplo, a Feira
de Ciências das Escolas Estaduais (FeCEESP).

✓ Centro de Estudos de Línguas


Em 2018, o Centro de Estudos de Línguas (CEL) completou 30 anos de criação. A
partir da iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, com a publicação do Decreto 27.270,
de 10/08/1987, foi incluída a oferta de cursos de idiomas em contraturno do ensino regular.
Além da Língua Espanhola, foram incorporadas as Línguas Francesa, Alemã, Italiana,
Japonesa e, recentemente, as Línguas Inglesa e Chinesa, ambas para o Ensino Médio. A
permanência das atividades do CEL na Rede Pública se deve ao
“[...]êxito alcançado pelos Centros de Estudos de Línguas - CELs, como
espaço de enriquecimento curricular que visa a assegurar aos alunos da
educação básica oportunidade de desenvolvimento, ampliação e
aprimoramento de novas formas de expressão linguística.” (Resolução SE
44/14).

Além disso, o enfoque comunicativo utilizado nas aulas é considerado como uma
das prerrogativas para o sucesso dos cursos.
O CEL insere-se na Proposta Pedagógica da Unidade Escolar a que está vinculado e
viabiliza a participação dos(as) estudantes em projetos plurilíngues e interdisciplinares, que
podem integrar-se ao ensino regular. Ressalta-se que cabe ao grupo de professores(a) refletir
e considerar qual o papel das línguas estrangeiras na formação integral dos(as) estudantes
tendo em vista a atual sociedade globalizada em que estamos inseridos.

Recursos pedagógicos para o Centro de Estudos de Línguas


Há recursos didáticos e paradidáticos que podem ser utilizados como apoio às aulas
no CEL, que em geral possui um pequeno acervo de materiais para consulta dos(as)
professores(as) e dos(as) alunos(as).
Recomenda-se o emprego de recursos que não possuam restrições quanto aos
direitos autorais, como sites oficiais de Secretarias de Estado que se dedicam à divulgação
dos idiomas em questão, ou oferecem um acervo pedagógico.
A seguir se encontram algumas fontes que podem ser utilizadas para auxiliar o(a)
professor(a) na elaboração de atividades de alguns dos cursos ofertados pelo projeto. Para
facilitar o acesso e a consulta, os QR-Codes dos sites indicados foram disponibilizados:

Para o curso de Língua Espanhola:


258

Para o curso de Língua Francesa:

Para o curso de Língua Alemã:

Para o curso de Língua Italiana:

Para o curso de Língua Inglesa:


259

Cabe ressaltar que o curso de Língua Inglesa do CEL conta com um material didático
composto por três volumes. Os cadernos foram produzidos especificamente para o curso, por
isso há uma quantidade de exemplares definida, que é dividida entre as escolas que possuem
o projeto.
Para o curso de Língua Japonesa do CEL foi elaborado o Kotobana. Trata-se de um
material que é constituído pelo livro do(a) professor(a), em volume único, e os cadernos
dos(as) alunos(as), em seis volumes. Este material é distribuído apenas às Diretorias de
Ensino que oferecem o curso.

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

A avaliação se mostra fundamental para o processo de ensino e aprendizagem, pois,


será por meio dela que o professor(a) coletará dados significativos acerca do desempenho e
conhecimento do(a) aluno(a). Sendo assim a avaliação tem seu marco a partir da observação
direta da competência do(a) aluno(a) de superar as dificuldades e, neste processo, assimilar
novos conceitos, contextos e temas.
Os instrumentos de avaliação devem ser contínuos, mediante a participação do(a)
aluno(a) nas aulas, nas atividades individuais e em grupo. A avaliação poderá oferecer,
diariamente, um quadro realista do avanço do(a) estudante. Os processos de reflexão e
elaboração da avaliação pautam-se pelas relações estabelecidas entre os temas previstos e
a maneira como estes são ensinados e assimilados pelos(as) alunos(as).
Ressalta-se a importância de considerar as atividades avaliativas dentro de contextos
de aprendizagem. Por isso, espera-se que os instrumentos utilizados pelo(a) educador(a)
estejam em consonância com os temas, sondagens e perfil do grupo escolar. Cabe ao(a)
professor(a) propor atividades e estratégias diferenciadas a fim de contemplar as defasagens
diagnosticadas. A partir da retomada de habilidades não consolidadas, a recuperação
contínua deve ser considerada como parte integrante do processo formativo e avaliativo do(a)
aluno(a).
260

As avaliações em língua estrangeira podem contemplar os cinco eixos linguísticos da


BNCC presentes no Currículo Paulista (oralidade, leitura, escrita, conhecimentos
linguísticos e dimensão intercultural), que fazem referência às quatro habilidades do
Currículo Oficial do Estado de São Paulo (leitura, escrita, compreensão auditiva,
expressão oral).
Os variados instrumentos de avaliação aplicados ao longo do ano letivo são
importantes para o processo de ampliação de conhecimentos dos(as) estudantes. Isto
contribui para a reflexão acerca da aprendizagem de maneira mais individual, tanto para o(a)
professor, quanto para o(a) aluno(a). Por esse motivo, orienta-se que sejam propostas
atividades variadas com textos verbais, não verbais e mistos, de diferentes contextos e
gêneros, de acordo com o plano de aula, como: rodas de conversa, debates, avaliação escrita,
avaliação oral, saraus, apresentações artísticas, pesquisas, exposições, portfólios,
autoavaliação, seminários, desenvolvimento e participação em projetos, entre outros.

✓ Princípios avaliativos orientadores de LEM


A partir do momento em que se consideram os instrumentos avaliativos como
elementos fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem, percebe-se a
necessidade de elaborá-los considerando estruturas e formatos variados. Assim sendo, a
seguir serão apresentados princípios importantes a serem contemplados na elaboração das
atividades de língua estrangeira moderna.
• Ludicidade: Estudos indicam que por meio de jogos variados, brincadeiras, músicas,
contação de histórias, desenhos, dramatizações, canções folclóricas, entre outras
produções artísticas, o interesse do(a) aluno(a) pode ser melhor explorado. Nesse
sentido, promove-se a participação do(a) estudante no processo de ensino e
aprendizagem da língua estrangeira, de modo interativo e lúdico.
• Aprendizagem Significativa: Por intermédio de sondagens, há a possibilidade de
elaborar e verificar os conhecimentos prévios dos(as) alunos(as), bem como os temas
que lhes são significativos devido às suas respectivas experiências e vivências.
• Currículo em Espiral: A organização curricular em espiral possibilita a retomada e
ampliação dos temas em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem.
• Totalidade da língua: O conceito de língua franca definido pela BNCC parte do
princípio de que o(a) aluno(a) deve interagir com o idioma em sua totalidade; isto é,
dentro de todas as possibilidades de interação com a língua estrangeira, não apenas
com a gramática normativa, ou temática isolada.
• Interculturalidade: Considerando o contexto da globalização nos dias atuais, o
aprendizado de toda e qualquer língua não deve partir de um preceito gramatical, mas
sim das relações interculturais entre diferentes contextos. Em outras palavras, o
261

ensino da língua estrangeira e seus respectivos aspectos sociais, políticos e culturais


precisa ter como base a realidade do outro, permitindo, dessa maneira, um contraste
entre a vivência do(a) aluno(a) e a vivência daquilo que lhe é estrangeiro.
• Formação integral: A formação cidadã perpassa pelo aprendizado de uma língua
estrangeira, contribuindo para o desenvolvimento integral do(a) aluno(a) ao
compreender os aspectos afetivos, cognitivos e sociais.
• Interação: Para que o processo de ensino e aprendizagem se mostre efetivo, é
importante que haja interações entre o(a) aluno(a) e a língua estudada, de modo
variado, utilizando diferentes temas e contextos.

✓ Criando instrumentos avaliativos e de recuperação


Antes de começar a desenvolver o instrumento avaliativo que pretende aplicar em sala de
aula, é importante que o(a) professor(a) considere alguns passos importantes:
1. Quais os contextos de aprendizagem se pretendem avaliar no período?
2. Quais os temas a serem avaliados podem ser considerados?
- Baixa complexidade
- Média complexidade
- Alta complexidade
3. Quais os temas e contextos fundamentais serão contemplados para o período?
4. Qual/quais instrumento(s) será/serão utilizado(s)?
✓ Lembrando que para cada tema e contexto estudado há a necessidade de se pensar
um tipo de instrumento avaliativo diferente.
5. As atividades de avaliação contemplam as complexidades de menor para o maior grau,
oferecendo ao(a) aluno(a) a oportunidade de estabelecer relações e conexões entre elas?

6. Quais serão os critérios utilizados para determinar cada atividade avaliativa?


7. Tais critérios estão em conformidade com os graus de complexidade exigidos?

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS ESPECÍFICAS PARA O 6°


ANO

Entre os 10 e 13 anos de idade, as crianças passam por um desenvolvimento físico


e cognitivo acelerado, coincidindo com as modificações nas relações interpessoais e uma
importante transição escolar, o inicio do 6° ano. Esta mudança inclui a passagem de uma
organização de conteúdos integrada para outra, mais compartimentalizada. A estrutura
262

centrada em um ou dois(duas) professores(as) por turma muda para um sistema com


vários(as) professores(as) se revezando na turma a cada dia de aula. Como consequência,
os relacionamentos entre os(as) alunos(as) e seus professores(as) tornam-se mais
impessoais, com menos chance de formação de vínculos (Eccles, 1999).
Quando ocorre a mudança de escola, concomitante à transição de nível, a rede social
até então formada entre os colegas de turma pode ser afetada. As crianças nesta faixa etária
saem do estágio das operações concretas, onde têm uma visão realista do mundo e
raciocinam de forma tangível, e entram no último estágio, o estágio operacional formal, com
raciocínio hipotético, flexível e científico (Piaget, 2006).
Portanto, ao se pensar no ensino da língua estrangeira, este deve estimular o
desenvolvimento do protagonismo do(a) aluno(a), aproximando-(a) da proficiência de novos
idiomas e aos multiletramentos e ampliando sua criticidade com relação à realidade global.
Observa-se que o ensino da língua estrangeira, ao ser pautado nas normas da Base
Nacional Comum Curricular e seu conceito de língua franca, deve prever atividades
comunicativas que tenham significado para os(as) alunos(as) e que sejam do interesse
deles(as).
A motivação é muito importante para o aprendizado de qualquer língua estrangeira.
Por este motivo, o(a) professor(a) deve sondar e contextualizar informações e
conhecimentos prévios dos(as) estudantes, pois tais práticas se mostram essenciais para
tornar o aprendizado efetivo e significativo. Sendo assim, ao planejar as aulas para o 6º ano,
indica-se:
- Aproximar o idioma estudado da realidade dos(as) alunos(as), proporcionando uma nova
percepção da natureza da linguagem e de como ela funciona;
- Sensibilizar os(as) estudantes para a existência de outras línguas e perceber que muitas
palavras estrangeiras estão presentes em seus respectivos cotidianos;
- Usar a linguagem formal e a coloquial, bem como gírias e expressões idiomáticas;
- Propor atividades que confiram autenticidade ao aprendizado da língua, como análise e
tradução de músicas, filmes, séries, entre outros;
- Gerar expectativas sobre o tema a ser desenvolvido, apresentando o planejamento e
pautando o ponto de partida de cada aula;
- Promover o diálogo na língua estrangeira, incentivar os cumprimentos ao entrar em sala e
ao término da aula, explorar ferramentas comunicativas, como combinados e guias visuais;
- Despertar a curiosidade, analisando as necessidades e os desejos de aprendizagem,
priorizando as que se encaixam no planejamento e, sempre que possível, fazer o uso de
recursos audiovisuais.
263

COMPONENTE: LÍNGUA INGLESA (ENSINO


FUNDAMENTAL- ANOS FINAIS)

6º ANO: 1º BIMESTRE - 2019

UNIDADE HABILIDADES DO HABILIDADES DO CURRÍCULO


TEMÁTICA/EIXO/OBJETO CURRÍCULO PAULISTA
DE CONHECIMENTO (2008-2019) (A PARTIR DE 2019)

- Eixo oralidade - Escolher entre (EF06LI02) Coletar informações do


(interação cumprimentos mais formais ou grupo, perguntando e respondendo
discursiva/compreensão mais informais de acordo com sobre a família, os amigos, a escola
oral/produção oral). o Interlocutor. e a comunidade. (Eixo oralidade)

- Eixo leitura (estratégias - Reconhecer empréstimos (EF06LI06) Planejar apresentação


de leitura/práticas de linguísticos. sobre a família, a comunidade e a
leitura e construção de escola, compartilhando-a
repertório lexical/atitudes - Identificar e comparar níveis oralmente com o grupo. (Eixo
e disposições favoráveis de formalidade em pequenos oralidade)
do leitor). diálogos com cumprimentos
em inglês. (EF06LI25) Identificar a presença
- Eixo escrita (estratégias da língua inglesa na sociedade
de escrita: pré- - Reconhecer os usos das brasileira/comunidade (palavras,
escrita/Práticas de formas am, is e are (verbo to expressões, suportes e esferas de
escrita). be). circulação e consumo) e seu
significado. (Eixo dimensão
- Eixo conhecimentos - Reconhecer e usar números intercultural)
linguísticos (estudo do de 0 a 20 para fornecer
léxico/gramática). informações pessoais. (EF06LI01) Interagir em situações
de intercâmbio oral, demonstrando
- Eixo dimensão - Produzir diálogos. iniciativa para utilizar a língua
intercultural (A língua inglesa. (Eixo oralidade)
inglesa no mundo/ A
língua inglesa no cotidiano (EF06LI10) Conhecer a
da sociedade organização de um dicionário
brasileira/comunidade). bilíngue (impresso e/ou on-line)
para construir repertório lexical.
(Eixo leitura)
264

(EF06LI04) Reconhecer, com o


apoio de palavras cognatas e
pistas do contexto discursivo, o
assunto e as informações
principais em textos orais sobre
temas familiares. (Eixo oralidade)

(EF06LI03) Solicitar
esclarecimentos em língua inglesa
sobre o que não entendeu e o
significado de palavras ou
expressões desconhecidas. (Eixo
oralidade)

(EF06LI05) Aplicar os
conhecimentos da língua inglesa
para falar de si e de outras
pessoas, explicitando informações
pessoais e características
relacionadas a gostos,
preferências e rotinas. (Eixo
oralidade)
265

7º ANO: 1º BIMESTRE - 2019

UNIDADE HABILIDADES DO HABILIDADES DO CURRÍCULO


TEMÁTICA/EIXO/OBJETO CURRÍCULO PAULISTA
DE CONHECIMENTO (2008-2019) (A PARTIR DE 2019)

- Eixo oralidade (interação - Ler, compreender, analisar (EF07LI03) Mobilizar conhecimentos


discursiva/compreensão e interpretar: mapas, placas prévios para compreender texto oral;
oral/produção oral). indicativas de avisos sobre (Eixo Oralidade)
serviços e espaços públicos,
- Eixo leitura (estratégias tabelas de horário, piadas, (EF07LI06) Antecipar o sentido global
de leitura/práticas de adivinhas, diálogos e de textos em língua inglesa por
leitura e construção de verbetes de dicionário, inferências, com base em leitura
repertório lexical/atitudes e inferindo seus traços rápida, observando títulos, primeiras e
disposições favoráveis do característicos, bem como últimas frases de parágrafos e
leitor). suas finalidades e usos palavras-chave repetidas. (Eixo
sociais. Leitura)
- Eixo escrita (estratégias
de escrita:pré- - Identificar os elementos da (EF07LI07) Identificar a(s)
escrita/Práticas de escrita). estrutura composicional dos informação(ões)-chave de partes de
gêneros citados. um texto em língua inglesa
- Eixo conhecimentos (parágrafos). (Eixo Leitura)
linguísticos (estudo do - Reconhecer informações
léxico/gramática). em um verbete de dicionário (EF07LI08) Relacionar as partes de
e localizar o significado de um texto (parágrafos) para construir
- Eixo dimensão palavras. seu sentido global. (Eixo Leitura)
intercultural (A língua
inglesa no mundo/ A língua - Reconhecer mensagens (EF07LI09) Selecionar, em um texto, a
inglesa no cotidiano da verbais e não verbais com informação desejada como objetivo de
sociedade base na leitura de placas de leitura. (Eixo Leitura)
brasileira/comunidade). avisos.
(EF07LI17) Explorar o caráter
- Reconhecer o uso polissêmico de palavras de acordo
apropriado das formas com o contexto de uso. (Eixo
verbais there is/isn’t; there Conhecimentos Linguísticos)
are/aren’t.
(EF07LI22) Explorar modos de falar
em língua inglesa, refutando
preconceitos e reconhecendo a
266

- Reconhecer o uso do variação linguística como fenômeno


tempo verbal presente natural das línguas. (Eixo Dimensão
simples. Intercultural)

(EF07LI01) Interagir em situações de


intercâmbio oral para realizar as
atividades em sala de aula de forma
respeitosa e colaborativa, trocando
ideias e engajando-se em brincadeiras
e jogos. (Eixo Oralidade)

(EF07LI10) Escolher, em ambientes


virtuais, textos em língua inglesa, de
fontes confiáveis, para
estudos/pesquisas escolares. (Eixo
Leitura)

(EF07LI15) Construir repertório lexical


relativo a verbos regulares e
irregulares (formas no passado),
preposições de tempo (in on, at) e
conectores (and, but, because, then,
so, before, after, entre outros). (Eixo
Conhecimentos Linguísticos)

(EF07LI14) Produzir textos diversos


sobre fatos, acontecimentos e
personalidades do passado (linha do
tempo/ timelines, biografias, verbetes
de enciclopédias, blogues, entre
outros). (Eixo escrita)
267

8º ANO: 1º BIMESTRE - 2019

UNIDADE HABILIDADES DO HABILIDADES DO CURRÍCULO


TEMÁTICA/EIXO/OBJETO CURRÍCULO PAULISTA
DE CONHECIMENTO (2008-2019) (A PARTIR DE 2019)

- Eixo oralidade - Ler, compreender, analisar e (EF08LI02) Explorar o uso de recursos


(interação interpretar: calendário, linguísticos (frases incompletas,
discursiva/compreensão pôsteres de divulgação, hesitações, entre outros) e
oral/produção oral). piadas, adivinhas, verbetes de paralinguísticos (gestos, expressões
dicionário e diálogos, inferindo faciais, entre outros) em situações de
- Eixo leitura (estratégias seus traços característicos, interação oral. (Eixo Oralidade)
de leitura/práticas de bem como suas finalidades e
leitura e construção de usos sociais. (EF08LI06) Apreciar textos narrativos
repertório lexical/atitudes e em língua inglesa (contos, romances,
disposições favoráveis do - Estabelecer relações entre entre outros, em versão original ou
leitor). as datas comemorativas, os simplificada), como forma de valorizar
eventos especiais, os festivais o patrimônio cultural produzido em
- Eixo escrita (estratégias do Brasil com os de outros língua inglesa. (Eixo Leitura)
de escrita:pré- países, enfocando os
escrita/Práticas de escrita). aspectos socioculturais. (EF08LI07) Explorar ambientes
virtuais e/ou aplicativos para acessar e
- Eixo conhecimentos - Solicitar e fornecer usufruir do patrimônio artístico literário
linguísticos (estudo do informações nos tempos em língua inglesa. (Eixo Leitura)
léxico/gramática). presente e passado.
(EF08LI11) Produzir textos
- Eixo dimensão - Formular hipóteses sobre (comentários em fóruns, relatos
intercultural (A língua regras de uso da língua com pessoais, mensagens instantâneas,
inglesa no mundo/ A língua base na análise de tweets, reportagens, histórias de
inglesa no cotidiano da regularidades e aplicá-las em ficção, blogues, entre outros), com o
sociedade produções escritas, revisões e uso de estratégias de escrita
brasileira/comunidade). leituras. (planejamento, produção de rascunho,
revisão e edição final, apontando
- Relacionar o uso de passado sonhos e projetos para o futuro
simples (verbos regulares e (pessoal, da família, da comunidade
irregulares) com ou do planeta)). (Eixo Escrita)
acontecimentos passados,
ações completas, hábitos e (EF08LI13) Reconhecer sufixos e
estados finalizados. prefixos comuns utilizados na
268

formação de palavras em língua


- Fazer um pôster informativo inglesa. (Eixo Conhecimentos
sobre uma data Linguísticos)
comemorativa,
compreendendo a produção (EF08LI15) Utilizar, de modo
escrita como um processo em inteligível, as formas comparativas e
etapas de elaboração e superlativas de adjetivos para
reelaboração. comparar qualidades. (Eixo
Conhecimentos Linguísticos)

(EF08LI18) Construir repertório


cultural por meio do contato com
manifestações artístico culturais
vinculadas à língua inglesa (artes
plásticas e visuais, literatura, música,
cinema, dança, festividades, entre
outros), valorizando a diversidade
entre culturas. (Eixo Conhecimentos
Linguísticos)

(EF08LI20) Examinar fatores que


podem impedir o entendimento entre
pessoas de culturas diferentes que
falam a língua inglesa. (Eixo
Dimensão Intercultural) E
quantidades. (Eixo Conhecimentos
Linguísticos)
(EF08LI05) Inferir informações e
relações que não aparecem de modo
explícito no texto para construção de
sentidos. (Eixo Oralidade)

(EF08LI12) Construir repertório lexical


relativo a planos, previsões e
expectativas para o futuro. (Eixo
Escrita)

(EF08LI17) Empregar, de modo


inteligível, os pronomes relativos
(who, which, that, whose) para
269

construir períodos compostos por


subordinação. (Eixo Conhecimentos
Linguísticos)

(EF08LI19) Investigar de que forma


expressões, gestos e
comportamentos são interpretados em
função de aspectos culturais. (Eixo
Conhecimentos Linguísticos)
270

9º ANO: 1º BIMESTRE - 2019

UNIDADE HABILIDADES DO HABILIDADES DO CURRÍCULO


TEMÁTICA/EIXO/OBJETO CURRÍCULO PAULISTA
DE CONHECIMENTO (2008-2019) (A PARTIR DE 2019)

- Eixo oralidade - Ler, compreender, (EF09LI01) Fazer uso da língua


(interação analisar e interpretar: inglesa para expor pontos de vista,
discursiva/compreensão biografias, entrevistas, argumentos e contra-argumentos,
oral/produção oral). perfis, piadas, adivinhas, considerando o contexto e os recursos
verbetes de dicionário e linguísticos voltados para a eficácia da
- Eixo leitura (estratégias diálogos, inferindo seus comunicação. (Eixo Oralidade)
de leitura/práticas de traços característicos,
leitura e construção de bem como suas (EF09LI02) Compilar as ideias chave
repertório lexical/atitudes finalidades e usos de textos por meio de tomada de
e disposições favoráveis sociais. notas. (Eixo Oralidade)
do leitor).
- Solicitar e fornecer (EF09LI03) Analisar posicionamentos
- Eixo escrita (estratégias informações sobre ações defendidos e refutados em textos
de escrita:pré- e fatos passados. orais sobre temas de interesse social
escrita/Práticas de e coletivo. (Eixo Oralidade)
escrita). - Formular hipóteses
sobre regras de uso da (EF09LI04) Expor resultados de
- Eixo conhecimentos língua escrita, a partir da pesquisa ou estudo com o apoio de
linguísticos (estudo do análise de regularidades, recursos, tais como notas, gráficos,
léxico/gramática). e aplicá-las em tabelas, entre outros, adequando as
produções escritas, estratégias de construção do texto
- Eixo dimensão revisões e leituras. oral aos objetivos de comunicação e
intercultural (A língua ao contexto. (Eixo Oralidade)
inglesa no mundo/ A - Reconhecer o uso do
língua inglesa no presente perfeito. (EF09LI08) Explorar ambientes
cotidiano da sociedade virtuais de informação e socialização,
brasileira/comunidade). - Diferenciar frases e analisando a qualidade e a validade
perguntas que tratam do das informações veiculadas. (Eixo
presente e aquelas que Leitura)
tratam do passado.
(EF09LI09) Compartilhar, com os
- Aplicar e diferenciar colegas, a leitura dos textos escritos
estruturas afirmativas, pelo grupo, valorizando os diferentes
negativas e pontos de vista defendidos, com ética
271

interrogativas que e respeito. (Eixo Leitura)


indiquem ações e fatos
no presente e no (EF09LI13) Reconhecer, nos novos
passado. gêneros digitais (blogues, mensagens
instantâneas, tweets, entre outros),
- Relatar experiências novas formas de escrita (abreviação
vividas ou de palavras, palavras com
acontecimentos, combinação de letras e números,
adequando a sequência pictogramas, símbolos gráficos, entre
temporal. outros) na constituição das
mensagens. (Eixo Leitura)
- Preencher uma ficha
com dados biográficos. (EF09LI18) Analisar a importância da
língua inglesa para o desenvolvimento
das ciências (produção, divulgação e
discussão de novos conhecimentos),
da economia e da política no cenário
mundial. (Eixo Dimensão Intercultural)

(EF09LI19) Discutir a comunicação


intercultural por meio da língua inglesa
como mecanismo de valorização
pessoal e de construção de
identidades no mundo globalizado.
(Eixo Dimensão Intercultural)

(EF09LI17) Debater sobre a expansão


da língua inglesa pelo mundo, em
função do processo de colonização
nas Américas, África, Ásia e Oceania.
(Eixo Dimensão Intercultural)
272

COMPONENTE: LÍNGUA INGLESA (ENSINO MÉDIO)


1ª SÉRIE: 1º BIMESTRE - 2019

COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM HABILIDADES DO CURRÍCULO


CURRICULAR (2008-2019)

01-Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente - Ler, compreender, analisar e


construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para interpretar: páginas da internet sobre
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e programas de intercâmbio,
colaborar para a construção de uma sociedade justa, depoimentos, e-mails, piadas,
democrática e inclusiva. adivinhas, verbetes de dicionário e
diálogos, inferindo seus traços
02-Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem característicos, bem como suas
própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a finalidades e usos sociais;
análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver - Identificar os países que utilizam o
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base inglês como língua materna e a
nos conhecimentos das diferentes áreas. influência dessa língua no Brasil;

03-Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e - Identificar informações sobre os


culturais, das locais às mundiais, e também participar de países cuja língua oficial é o inglês e
práticas diversificadas da produção artístico-cultural. compará-las com as de países de
expressão em língua portuguesa;
04-Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem - Compreender os conceitos de
como conhecimentos das linguagens artística, matemática e língua estrangeira e de língua franca
científica, para se expressar e partilhar informações, e refletir sobre o papel da
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e aprendizagem de línguas
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. estrangeiras no mundo;

05-Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de - Deduzir uma regra gramatical com
informação e comunicação de forma crítica, significativa, base na análise de exemplos;
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar - Reconhecer o uso do simple
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e present em textos informativos;
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
- Reconhecer os usos de algumas
06-Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e preposições em contexto: respect for,
apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe based on, in the world, adopted at,
273

possibilitem entender as threatened by;


relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, - Reconhecer o uso dos conectivos
com liberdade, autonomia, consciência crítica e consequently, when e before.
responsabilidade.

07-Argumentar com base em fatos, dados e informações


confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.

08-Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e


emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica
e capacidade para lidar com elas.

09-Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a


cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza.

10-Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
274

2ª SÉRIE: 1º BIMESTRE - 2019

COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL HABILIDADES DO CURRÍCULO


COMUM CURRICULAR (2008-2019)

01-Valorizar e utilizar os conhecimentos - Intertextualidade e cinema Filmes e


historicamente construídos sobre o mundo físico, programas de TV;
social, cultural e digital para entender e explicar a
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a - Profissionais do cinema e da
construção de uma sociedade justa, democrática e televisão;
inclusiva.
- Etapas na produção de um filme;
02-Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
abordagem própria das ciências, incluindo a - Formação de palavras por sufixação e
investigação, a reflexão, a análise crítica, a prefixação;
imaginação e a criatividade, para investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver - O uso de diferentes tempos verbais;
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
com base nos conhecimentos das diferentes áreas. - O uso das conjunções (contraste,
adição, conclusão e concessão) e dos
03-Valorizar e fruir as diversas manifestações marcadores sequenciais Textos para
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e leitura e escrita;
também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural. - Sinopses e resenhas críticas de
resenha crítica de filmes.
04-Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica,
para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

05-Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais


de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer
275

protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

06-Valorizar a diversidade de saberes e vivências


culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.

07-Argumentar com base em fatos, dados e


informações confiáveis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si
mesmo, dos outros e do planeta.

08-Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde


física e emocional, compreendendo-se na
diversidade humana e reconhecendo suas emoções
e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com elas.

09-Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de


conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.

10-Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
276

3ª SÉRIE: 1º BIMESTRE - 2019

COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL HABILIDADES DO CURRÍCULO


COMUM CURRICULAR (2008-2019)

01-Valorizar e utilizar os conhecimentos -Trabalho voluntário;


historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a - Características do trabalho voluntário;
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e - Trabalho voluntário × emprego;
inclusiva.
- Habilidades e oportunidades de
02-Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à aprendizagem no trabalho voluntário;
abordagem própria das ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a - Construção de opinião;
imaginação e a criatividade, para investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver - O uso dos tempos verbais: presente e
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) presente perfeito;
com base nos conhecimentos das diferentes áreas. -Textos para leitura e escrita;

03-Valorizar e fruir as diversas manifestações - Relatos de experiência, páginas de


artísticas e culturais, das locais às mundiais, e internet, boletins informativos
também participar de práticas diversificadas da Produção;
produção artístico-cultural.
- Depoimento de experiência de
04-Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou trabalho voluntário (testimonial).
visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica,
para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

05-Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais


de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir
277

conhecimentos, resolver problemas e exercer


protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

06-Valorizar a diversidade de saberes e vivências


culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.

07-Argumentar com base em fatos, dados e


informações confiáveis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si
mesmo, dos outros e do planeta.

08-Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde


física e emocional, compreendendo-se na
diversidade humana e reconhecendo suas emoções
e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com elas.

09-Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de


conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.

10-Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
278

ORIENTAÇÕES PARA O COMPONENTE DE LÍNGUA ESPANHOLA

O Currículo Oficial de Língua Espanhola, cujo componente curricular é oferecido na 1ª


série do Ensino Médio nas unidades escolares e nos cursos do Centro de Estudos de Línguas,
em contraturno do ensino regular, aborda alguns temas geradores pertinentes à concepção
de língua e ensino de língua estrangeira propostos nas Orientações Curriculares para o
Ensino Médio – Linguagens e suas Tecnologias – Espanhol (OCEM) que enfatizam aspectos
sociais, culturais, políticos, educacionais e linguísticos, entre outros (p.152).
Recomenda-se o alinhamento e as adequações entre o atual Currículo de língua
espanhola e as Dez Competências Gerais da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
279

COMPONENTE: LÍNGUA ESPANHOLA (ENSINO MÉDIO)

1ª SÉRIE: 1º BIMESTRE - 2019

HABILIDADES DO CURRÍCULO OFICIAL DO COMPETÊNCIAS GERAIS (BNCC)


ESTADO DE SÃO PAULO

- Reconhecer e utilizar, em emissões orais 2. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal


claras, palavras, expressões e frases de uso (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras),
corrente relativas a si próprio e aos contextos corporal, multimodal, artística, matemática,
imediatos. científica, tecnológica e digital para expressar-se
e partilhar informações, experiências, ideias e
- Preencher formulários com informações sentimentos em diferentes contextos e, com
pessoais básicas e formular perguntas e eles, produzir sentidos que levem ao
respostas sobre essas informações. entendimento mútuo.

- Fazer breves descrições de si mesmo, de 4. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e


pessoas, de locais e/ou de objetos de uso informação de forma crítica, significativa,
pessoal e do cotidiano. reflexiva e ética nas diversas práticas do
cotidiano (incluindo as escolares) ao se
- Relatar atividades cotidianas (rotina diária). comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos e resolver problemas.
- Ler e localizar no texto palavras e frases
referentes à descrição de si mesmo, de 7. Argumentar com base em fatos, dados e
pessoas, de locais e/ou de objetos de uso informações confiáveis, para formular, negociar
pessoal e do cotidiano. - Redigir pequenos e defender ideias, pontos de vista e decisões
textos expositivos, apresentando argumentos a comuns que respeitem e promovam os direitos
favor ou contra um determinado ponto de vista. humanos e a consciência socioambiental em
âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do planeta.
280

2ª SÉRIE: 1º BIMESTRE - 2019

HABILIDADES DO CURRÍCULO OFICIAL DO COMPETÊNCIAS GERAIS (BNCC)


ESTADO DE SÃO
PAULO

- Identificar os pontos essenciais de uma 1.Valorizar e utilizar os conhecimentos


emissão oral direta ou indireta (com base em historicamente construídos sobre o mundo físico,
programas de rádio e televisão e outros meios social e cultural para entender e explicar a realidade
de comunicação) a respeito de temas atuais (fatos, informações, fenômenos e processos
e/ou passados. - Intervir adequadamente em linguísticos, culturais, sociais, econômicos,
diálogos sobre assuntos conhecidos e da científicos, tecnológicos e naturais) colaborando
atualidade. para a construção de uma sociedade solidária.

- Expressar, explicar e/ou justificar opiniões, 5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e


oralmente ou por escrito. - Identificar informação de forma crítica, significativa, reflexiva
expressão de opiniões e de argumentos, em e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo
textos orais e escritos, em que predomine uma as escolares) ao se comunicar, acessar e
linguagem corrente. disseminar informações, produzir conhecimentos e
resolver problemas.

3. Desenvolver o senso estético para reconhecer,


valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas
e culturais, das locais às mundiais, e para participar
de práticas diversificadas da produção artístico
cultural.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências


culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal,
profissional e social, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.
281

3ª SÉRIE: 1º BIMESTRE - 2019

HABILIDADES DO CURRÍCULO OFICIAL DO COMPETÊNCIAS GERAIS BNCC


ESTADO DE SÃO PAULO
-

- - Identificar, em textos orais e escritos, as 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à


marcas enunciativas e os efeitos que abordagem própria das ciências, incluindo a
produzem. investigação, a reflexão, a análise crítica, a
- - Intervir adequadamente em diálogos nos imaginação e a criatividade, para investigar causas,
quais se solicitem o forneçam informações elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
- - Relatar, oralmente e por escrito, problemas e inventar soluções com base nos
experiências vividas e recordações conhecimentos das diferentes áreas.
relacionando passado, presente e futuro.
- - Dar e pedir, oralmente e por escrito, 4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral
informações e indicações sobre e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal,
localização, acessos, endereços, preços multimodal, artística, matemática, científica,
etc. tecnológica e digital para expressar-se e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos
que levem ao entendimento mútuo.

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente


construídos sobre o mundo físico, social e cultural para
entender e explicar a realidade (fatos, informações,
fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais,
econômicos, científicos, tecnológicos e naturais),
colaborando para a construção de uma sociedade
solidária.

3. Desenvolver o senso estético para reconhecer,


valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais às mundiais, e para participar de
práticas diversificadas da produção artísticas culturais.

4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e


escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal,
Multimodal, artística, matemática,

Linguagens 281
282

Referências Bibliográficas

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MOITA-LOPES, J.P. A nova ordem mundial, os Parâmetros Curriculares Nacionais e o
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RAMOS, R.C.G. (Orgs). Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. 2ª ed.
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ZAYED. Zayed Sustainability Prize. Disponível em
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Linguagens 283
284

Elaboração do material

EQUIPE LEM: SEE-SP


Ana Paula de Oliveira Lopes
Jucimeire de Souza Bisbo
Teônia de Abreu Ferreira

PROFESSORES COORDENADORES DOS NÚCLEOS PEDAGÓGICOS


Aderson Toledo Moreno
Catarina Reis Matos da Cruz
Leonardo Campos Antunes Moreira
Liana Maura Antunes Barreto
Nelise Maria Abib Penna Pagnan
Pamella de Paula da Silva Santos
Sônia Aparecida Martins Peres
Viviane Barcellos Isidorio

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