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Como fazer ofício

É quase que exclusivamente utilizado no serviço público, na comunicação entre


chefias e com o público externo. Na empresa privada só é utilizado quando dirigido ao
serviço público. Seu conteúdo é formal, sem os exageros do passado, quando se
utilizavam mais linhas para a introdução e para o fecho do que propriamente para o
conteúdo. Como, geralmente, é dirigido a autoridade, é necessário observar o
tratamento que cada cargo exige.

O ofício está para a empresa pública como a carta comercial e o memorando estão
para a empresa privada. É, portanto, um instrumento de Relações Públicas, como a
carta comercial.

Beltrão afirma que as entidades civis, comerciais e religiosas não expedem ofício.
Parece-nos que ele está considerando a possibilidade dessas instituições terem que se
dirigir ao serviço público; pois, se isso ocorrer, necessariamente terão que elaborar
uma correspondência chamada ofício.

Para Enéas de Barros, “embora ofício, em geral, seja quase sempre exclusivo da
correspondência emitida pelos órgãos públicos estatais (ministérios, departamentos,
serviços, autarquias, prefeituras), muitas empresas privadas se têm valido desse
documento, principalmente em suas relações com alqueles órgãos, subordinando-se,
também, à forma estabelecida oficialmente para tal espécie de correspondência.”

Para o prof. Raphael Pugliese, “ofício é a correspondência de caráter oficial,


equivalente à carta. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra
categoria, bem como por uma repartição a uma pessoa ou instituição particular, ou ,
ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição pública.”

O Manual de Redação, da Presidência da República, recentemente elaborado,


apresenta o ofício com algumas inovações. Esse novo modelo é para ser aplicado em
todo o serviço público federal brasileiro, poderá todavia servir de parâmetro para a
empresa privada. Segundo esse manual, as formas vocativas foram modificadas, assim
ficando:

Para os chefes de Poder usa-se Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo,


por exemplo:

- Excelentíssimo Senhor Presidente da República.

- Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional.

- Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas pelo vocativo Senhor, seguido do respectivo


cargo, como:

- Senhor Senador.
- Senhor Juiz.

- Senhor Ministro.

- Senhor Governador.

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades trata das


por Vossa Excelência terá a seguinte forma:

- Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Ministro da Justiça

70.064 - Brasília/DF

- Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Senador Federal

70.160 - Brasília/DF

- Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Juiz de Direito da 10ª Vara Civil

Rua X, nº 14

01010 - São Paulo/SP

Outra alteração que eliminou parte do formalismo do ofício foi a exclusão do uso do
tratamento DD. ( digníssimo) e M.D. (mui digníssimo) às autoridades, curiosamente sob
a alegação de que a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo
público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo


o vocativo adequado: Senhor (cargo).

O endereçamento a ser colocado no final do texto do ofício será assim:

Para chefes do poder e demais autoridades:

Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal

Presidente do Congresso Nacional

Brasília/DF

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Secretário Geral da Presidência

Brasília/DF

Para aquelas autoridades cuja forma de tratamento empregada é apenas Vossa


Senhoria, elimina-se o Ilustríssimo Senhor, ficando:

Ao Senhor

Fulano de Tal

Cargo

Guararapes/SP

Em vez de:

Ilmo. Sr.

Fulano de Tal

Cargo

São Paulo/SP

É necessário sempre observar as formas de tratamento que cada cargo requer, c


como a forma vocativa. Exemplos peculiares são as utilizadas para juízes, reitores,
bispos. A empresa privada que procura formas de tornar sempre mais ágil sua
correspondência já adotou o sistema bloco-compacto para a estética também do
ofício, que comprovadamente reduz o tempo da sua elaboração.

São públicos dessa comunicação dirigida escrita o interno, externo e misto para a
empresa pública. Para a empresa privada, somente o público externo é atingido com
este tipo de comunicação.

Modelo

Indústria Gimenes S/A.


Campinas - Jundiaí - Curitiba - Videira - Presidente Prudente

Campinas, 17 de novembro de 1996.

Of. nº 15/96

Senhor Prefeito

Dentro da programação de comemoração do aniversário de nossa empresa,


estaremos inaugurando, no próximo dia 7 de junho, às 17h, a “Creche Criança Sadia”,
localizada na rua Emílio Rios, 245; reivindicação antiga de nossos funcionários, que
agora é concretizada.

Gostaríamos de contar com a presença de V.Exª para descerrar a placa e falar aos
participantes sobre a importância da criação de creches nas empresas, pois sabemos
que essa é, também, uma das prioridades de seu governo.

Atenciosamente

Diretoria Geral

(assinatura)

Excelentíssimo Senhor

Paulo Soares Martins Dias

Prefeito Municipal de Campinas

Proposta de redação

Redija ofício dirigido ao Prefeito de sua cidade, convidando-o para inaguração das
novas dependências de sua escola..
COMO FAZER UM “OFÍCIO”
É quase que exclusivamente utilizado no serviço público, na comunicação entre chefias e
com o público externo. Na empresa privada só é utilizado quando dirigido ao serviço público.
Seu conteúdo é formal, sem os exageros do passado, quando se utilizavam mais linhas para
a introdução e para o fecho do que propriamente para o conteúdo. Como, geralmente, é
dirigido a autoridade, é necessário observar o tratamento que cada cargo exige.
O ofício está para a empresa pública como a carta comercial e o memorando estão para a
empresa privada. É, portanto, um instrumento de Relações Públicas, como a carta comercial.

Beltrão afirma que as entidades civis, comerciais e religiosas não expedem ofício. Parece-nos
que ele está considerando a possibilidade dessas instituições terem que se dirigir ao serviço
público; pois, se isso ocorrer, necessariamente terão que elaborar uma correspondência
chamada ofício.
Para Enéas de Barros, “embora ofício, em geral, seja quase sempre exclusivo da
correspondência emitida pelos órgãos públicos estatais (ministérios, departamentos,
serviços, autarquias, prefeituras), muitas empresas privadas se têm valido desse documento,
principalmente em suas relações com aqueles órgãos, subordinando-se, também, à forma
estabelecida oficialmente para tal espécie de correspondência.”
Para o Prof. Raphael Pugliese, “ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à
carta. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por
uma repartição a uma pessoa ou instituição particular, ou , ainda, por instituição particular
ou pessoa a uma repartição pública.”
O Manual de Redação, da Presidência da República, recentemente elaborado, apresenta o
ofício com algumas inovações. Esse novo modelo é para ser aplicado em todo o serviço
público federal brasileiro, poderá, todavia servir de parâmetro para a empresa privada.
Segundo esse manual, as formas vocativas foram modificadas, assim ficando:
Para os chefes de Poder usa-se Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, por
exemplo:
- Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
- Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional.
- Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão tratadas pelo vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo,
como:
- Senhor Senador.
- Senhor Juiz.
- Senhor Ministro.
- Senhor Governador.
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades trata das por
Vossa Excelência terá a seguinte forma:
- Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10ª Vara Civil
Rua X, nº 14
01010 - São Paulo/SP
Outra alteração que eliminou parte do formalismo do ofício foi a exclusão do uso do
tratamento DD. ( digníssimo) e M.D. (mui digníssimo) às autoridades, curiosamente sob a
alegação de que a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo
desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo o
vocativo adequado: Senhor (cargo).
O endereçamento a ser colocado no final do texto do ofício será assim:
Para chefes do poder e demais autoridades:
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Presidente do Congresso Nacional
Brasília/DF
Para aquelas autoridades cuja forma de tratamento empregada é apenas Vossa Senhoria,
elimina-se o Ilustríssimo Senhor, ficando:

Ao Senhor
Fulano de Tal
Cargo
Guararapes/SP
Em vez de:
Ilmo. Sr.
Fulano de Tal
Cargo

São Paulo/SP
É necessário sempre observar as formas de tratamento que cada cargo requer, c como a
forma vocativa. Exemplos peculiares são as utilizadas para juízes, reitores, bispos. A
empresa privada que procura formas de tornar sempre mais ágil sua correspondência já
adotou o sistema bloco-compacto para a estética também do ofício, que comprovadamente
reduz o tempo da sua elaboração.

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