You are on page 1of 85

Magia astrológica

um manual de Frater Pedicabo,


Asinus Magister
O.H.R.O.
Faz o que tu queres, e pau no teu cu.

Esta é uma apostila/manual de estudo de magia para uso dos membros da Ordem Hermética de
Robson e Ocultismo. Se você está em posse desse material, você deve fazer parte da Ordem ou ser
alguém firmeza e alguém da Ordem te mandou. Do contrário, prepara esse teu cu.

OK, na real nada aqui é secreto ou muito original, e as informações são todas compiladas de outras
fontes para conveniência de estudo e trabalho prático. Eu acabei fazendo para mim mesmo para
imprimir e encadernar porque, pelamordedeus, eu odeio usar folha avulsa durante um ritual ou ter que
abrir um .doc na hora de preparar o ritual. Mas aí vi que poderia ser interessante para mais gente e
aqui estamos. Só não vá ser arrombado e tentar vender essa porra.

Este manual vem em 3 partes. Na primeira temos os planetas, com suas referências de nomes em
outras línguas, vogal grega e consoante hebraica (segundo a versão mais padrão do Sefer Yetzirah),
mantras, nomes de anjo, hino órfico correspondente e invocação do Picatrix. A tradução dos hinos
órficos é adaptada de Rafael Brunhara. A das invocações é minha, a partir da tradução inglesa de
Greer & Warnock. Também incluí os espíritos das esferas planetárias listados na obra de Franz
Bardon, mas não seus sigilos (para isso, favor consultar o próprio Bardon, mas acho que já ajuda ter
uma lista de nomes e poderes).

A segunda parte é mais chatinha, porque diz respeito às constelações dos 12 signos. Cada uma delas
tem um nome divino correspondente, um anjo que rege e outras coisas, mas, em vez de um hino para
evocação, há uma sequência de adorações, informadas por Scott Stenwick em seu blog, retiradas do
Liber 963 – The Treasure-House of Images. Creio que não tenha tradução para o português ainda (ou,
se tem, circula só entre o pessoal da O.T.O. ou A.:A.:), então é tradução minha também. É a coisa mais
pomposa que você vai ler na sua vida. Sério. E brega. De novo, também incluí todos os espíritos
contatados e listados por Bardon que têm a ver com os 12 signos, mas não seus sigilos.

Por fim, temos as 15 estrelas fixas behenianas (alá nosso amado Algol, inclusive), como consta em
Agrippa, supostamente segundo Hermes Trismegisto, junto com seu sigilo e a pedra, a erva e a
imagem que ele recomenda utilizar para criar um talismã.

E aí para encerrar legal tem uma prece doida do Sepher HaRazim (Livro dos Mistérios), 7º
firmamento, que eu achei por bem incluir também porque 1) é bonitinha, 2) faz sentido tematicamente
e 3) quem quiser pode utilizar ritualmente, se essa for a sua vibe. Essa eu que traduzi do inglês a partir
da tradução do Michael A. Morgan do aramaico.

xoxo
Frater Pedicabo,
93/69/420
PARTE PRIMEIRA

OS SETE PLANETAS
Tem trocentos modos de conjurar os planetas. O mais básico é utilizar certas combinações de
correspondências e fórmulas para “sintonizar” a energia do planeta e manipulá-la, mas o que a maioria
dos grimórios vai ensinar é como utilizar essa energia atraída ao seu espaço ritual para conjurar certos
espíritos (às vezes chamados de “anjos”) para realizar certas coisas, dentro da sua esfera de atuação.

O Picatrix ensina que você deve chegar para eles vestido de tal e tal forma, com tal e tal incenso,
sacrificar um animal e aí fazer a invocação… mas como nem todo mundo está disposto ou tem
condições de sacrificar animais em casa, fica um pouco complicado (as invocações ainda são úteis,
no entanto, e amplamente utilizadas). No Sefer Yetzirah cada planeta e constelação tem uma consoante
do hebraico associada e um anjo, mas o livro não ensina como conjura (o Aryeh Kaplan ensina um
tipo de meditação, porém, sobre as letras planetárias). Eu acho que pode existir um método ao modo
greco-egípcio nos Papiros Mágicos Gregos também, mas não tenho certeza… porém na magia grega
existe uma associação entre cada uma das 7 vogais (conta É/Ê e Ô/Ó como vogais separadas) e os 7
planetas, o que é muito útil.

O Arbatel, que lida com uma categoria bem específica de espíritos planetários (os chamados
“olímpicos” ou “olimpianos”), chega a dar uma fórmula e sigilos, mas não explica muito e
provavelmente presume que o conjurador já manja de evocação (toda a coisa de círculo e triângulo do
Heptameron ou do Tritêmio, etc). Em Agrippa, a gente encontra uma hierarquia em que há um arcanjo
responsável por cada planeta, ao qual respondem uma inteligência e um espírito (às vezes chamado de
daemon ou demônio). O espírito/demônio do planeta é a sua energia pura e em estado bruto, por esse
motivo ela nunca deve ser conjurada diretamente (não tem como controlar); em vez disso, você pode
conjurar a inteligência, se quiser apenas consultar alguma questão referente ao planeta, ou o arcanjo
do planeta e aí pedir para ele fazer a inteligência guiar o espírito para fazer alguma coisa. É tipo
chamar o gerente. E cada um deles tem o seu sigilo próprio que você coloca no altar/triângulo durante
o ritual.

O ritual usado pela Golden Dawn e descendentes é o Ritual Maior do Hexagrama, que envolve
desenhar o hexagrama no ar, ou nas 4 direção ou na direção do planeta no céu, visualizando-o em suas
cores e vibrando a fórmula cabalística do planeta em questão (começa pela ponta associada ao planeta
e segue no sentido horário, depois vai na ponta oposta e continua), seguido pela fórmula ARARITA, e
é preciso pendurar o sigilo do planeta no pescoço e/ou colocá-lo dentro do triângulo. Entre o pessoal
que ainda pratica magia no estilo da Golden Dawn, thelemitas, etc., como o Scott Stenwick, é comum
fazer esse ritual (logo depois de um banimento como o do pentagrama) para sintonizar o espaço com o
planeta e aí fazer uma evocação do arcanjo ou espírito olímpico com círculo e triângulo. É óbvio que
esse ritual da Golden Dawn não é obrigatório, e dá para fazer evocação de boas sem ele. Porém, se
você for trabalhar só com energia, eu acho que um ritualzinho formal ajuda muito a acessar essa
sintonia, se você não estiver no estágio já de conseguir fazer isso mentalmente apenas.

O Frater U.D. ensina a fazer o Ritual do Hexagrama e depois recitar um hino ao planeta, tendo no altar
várias coisas que remetam ao planeta (incenso adequado, cores, pedras, ervas, etc.), mas ele não chega
a falar em evocação propriamente. Pelo que eu entendo, ele apenas sintoniza a energia do planeta e aí
você faz o que quiser com ela (seja evocação, seja só trabalho energético).

Algumas outras ordens como a Aurum Solis e uma ordem doida de uma autora chamada Sorita D’Este
usam heptagramas (que têm uma versão fina e uma versão “gorda”), o que faz muito mais sentido,
porque o hexagrama tem só 6 pontas e são 7 planetas (o Sol você invoca desenhando TODOS os
hexagramas na ordem Saturno, Júpiter, Marte, Vênus, Mercúrio, Lua. É horrível). No livro da Aurum
Solis sobre magia planetária, há instruções para, por exemplo, criar um elixir planetário (você
direciona a energia a uma bebida e toma) ou para enviar a energia para alguém, mas é meio
complicado e não convém ficar explicando aqui.

Mas a Aurum Solis criou também uma técnica muito útil, que é o pré-sigilo. O pré-sigilo é um sigilo
unicursal associado a cada planeta (que, por ser unicursal, dá para traçar no ar com a varinha ou adaga
ou os dedos mesmo durante o ritual) e que aí precede um sigilo normal feito com o quadradinho
mágico. Sim, os quadradinhos, além de serem amuletos por si só, podem ser usados para criar sigilos
quando se reduz numerologicamente as letras de algum desejo e aí você marca os pontos no quadrado
e une depois. Então, se você sigiliza, por exemplo, a palavra EMPREGO, e mete um pré-sigilo de
Júpiter antes, você tem um sigilo já para pedir um emprego para Júpiter, para disparar tanto da
maneira tradicional quanto desenhando no ar durante um ritual planetário propriamente ou para incluir
num talismã.

Abaixo seguem os tipos de hexa e heptagrama.

(legenda)
1. hexagrama da Golden Dawn
2. heptagrama da Sorita D’Este
3. heptagrama da Aurum Solis

Ou seja, resumindo: você pode utilizar algum ritual pronto para se sintonizar com a energia dos
planetas ou utilizar essas informações aqui para criar um novo, que pode ser mais ou menos
complexo, conforme a necessidade e as afinidades de cada um.

Segue, então, a minha compilação de informações de cada planeta, incluindo o nome divino
cabalístico associado (segundo o esquema da GD) e nome mágico grego (segundo PGM), sua vogal
grega e letra hebraica, mantras1, os regentes segundo Agrippa, o Picatrix e o Arbatel, o deus
babilônico responsável, o número e Sefirá e as figuras geomânticas. Depois temos os sigilos todos, o
quadrado mágico e uma lista de correspondências… essa lista pode ser meio polêmica, porque é óbvio
que não é completa e pode variar entre autores – enfim, é uma bagunça. A única garantia ali é o dia da
semana e o metal, o resto é bem caótico mesmo, mas serve como um começo para ajudar. Na
sequência, vemos os hinos órficos e invocações tiradas do Picatrix. O que eu acabei não incluindo foi
a relação com cartas do tarô, porque eu acho uma questão meio mal resolvida ainda2.

1
Estou dando sempre dois mantras, um tradicional em sânscrito e, para quem é da vibe mais abraâmica, um mantra em
hebraico, retirado do salmo 119, de acordo com a letra hebraica de cada planeta (versículo 9 para a Lua, 21 para
Marte, 29 para o Sol, 88 para Vênus, 130 para Mercúrio, 153 para Saturno e 173 para Júpiter). A transcrição usada é a
padrão para hebraico, em que “sh” é o “s” chiado, “k” tem som de “rr”, e “ch” tem som de arranhar a garganta.
2
Essa relação se dá pelas letras hebraicas, mas eu não sei que edição doida do Sefer Yetzirah que a Golden Dawn tinha
em que resh = o Sol e tau = Saturno, porque na edição do Kaplan, que é mais bem pesquisada e lista inclusive diversas
variações, nada do tipo consta. E, de quebra, eu tenho objeções pessoais também a equivaler o Louco, que é um 0/sem
número, com 1 (logo álef). Lévi também não pensava assim (mas bizarramente, ele associava o Louco à letra shin).
Mas isso eu reconheço que é um problema mental meu. A relação tradicional é Lua = A Sacerdotisa, Mercúrio = O
Mago, Vênus = A Imperatriz, Sol = O Sol, Marte = A Torre, Júpiter = A Roda da Fortuna, Saturno = O Mundo. Quem
quiser incluir pode incluir, mas eu ainda estou obsessivo atrás de um sistema de correspondências que me agrade mais.
Em tempo, quanto ao timing mágico, é importante prestar atenção aos dias da semana de cada
planeta3. Também é possível fazer rituais de um dado planeta em outro dia se você fizer no horário
planetário adequado (e, idealmente, para efeitos máximos, o melhor é fazer no dia e horário
apropriados, mas você tem que estar muito desocupado). Para calcular os horários planetários, deve-se
prosseguir da seguinte forma: primeiro confira os horários do nascer e pôr do sol na sua cidade (o
Google ajuda demais nisso), então calcule os minutos totais do período do dia e os divida por 12. O
resultado é o número de minutos em cada hora astrológica (essa duração depende da época do ano)
desse dia. A primeira hora do dia é sempre a do planeta regente, e então eles se alternam na ordem
Saturno – Júpiter – Marte – Sol – Vênus – Mercúrio – Lua (– Saturno de novo, e assim por diante).
Dessa forma, por exemplo, a primeira hora astrológica do dia da Lua, que é segunda-feira, é da Lua.
Quando ela termina, começa a hora de Saturno, depois Júpiter e assim por diante. Calculadas as horas
do dia, você pode também calcular as da noite pelo mesmo método. Existem sites e aplicativos que
facilitam esse trabalho, mas cuidado: eles podem não estar configurados para lidar com horário de
verão brasileiro, por exemplo. Sempre confira o horário do nascer e pôr do sol.

Aproveitando a deixa ainda, uma outra variável importante no tocante ao timing mágico é prestar
atenção a outros elementos astrológicos. Mesmo se você normalmente não liga para isso nas suas
práticas normais, no caso de magia astrológica, isso acaba sendo um pouquinho importante. É bom
evitar conjurar um planeta quando ele está retrógrado (Júpiter parece ser a única exceção) e não fazer
nenhuma operação prática quando a lua está “fora de curso” (nos graus finais de um dado signo,
quando não faz aspecto com nenhum outro planeta. Tem sites que indicam quando isso acontece como
o http://www.moontracks.com/void_of_course_moon_dates.html). O signo e a fase da lua também são
relevantes.

Por fim, eu não incluí o tipo de trabalho que cai na esfera de cada planeta, porque imagino que vocês
já tenham uma ideia (e a coisa é meio flexível também) e me limitei aos planetas clássicos porque
ninguém sabe ainda direito como lidar com os transaturninos. A gente não sabe nem se é viável,
inclusive, e eu já li relatos de contato com espíritos uranianos que resultavam em pura confusão (o
negócio é de outro mundo mesmo).

E, ah, um outro elemento que pode ajudar a se sintonizar com cada planeta é a música. A suíte
Planetas, de Gustav Holst, é perfeita para isso (pode ser baixada do Internet Archive), porque tem
músicas para cada planeta que combinam (a de Saturno é pesada de grave, a de Júpiter tem um tom
triunfante, etc.)… exceto para a Lua e o Sol. Para esses, podemos recomendar, respectivamente,
“Claire de Lune”, de Debussy, e a “Helios Overture”, de Carl Nielsen. Mas, de resto, isso é muito
subjetivo.

Não importa qual método você utilize, porém, é importante se ater a uma estrutura geral básica de
trabalho preliminar, conjuração e agradecimentos com licença para partir. Por exemplo, no trabalho
preliminar você vai fazer a limpeza do espaço (pode ser com o Ritual do Pentagrama, mas não precisa,
se você não curte os rituais da GD), recitar suas preces, consagrar o círculo, se for o caso, chamar seu
Sagrado Anjo Guardião, consagrar o meio de manifestação dos espíritos (vasilha d’água, espelho, bola
de cristal, etc.) e por aí vai. Na conjuração você sintoniza o espaço, chama o espírito propriamente (aí
podem entrar os Rituais do Hexa/Heptagrama, os hinos, invocações, etc… não esqueça o sigilo) ou as
energias, faz o que tem que fazer (se você aderir a um modelo de magia do caos, é agora o momento
de entrar em “gnose” da sua forma preferida), e, para encerrar, agradece respeitosamente (é bom fazer
oferendas, aliás) e se despede do espírito. É importante encerrar formalmente as conjurações, do
contrário é que nem desligar o telefone na cara de alguém.

O Rufus Opus, em seu livro Seven Spheres, oferece uma receita interessante, baseada, de forma
simplificada, no modelo de Trithemius e que não depende dos rituais da GD, que segue esse padrão. O
3
Um truque fácil para lembrar é pensar nos dias da semana em inglês, espanhol ou francês: Monday/Lunes/Lundi =
Lua, Tuesday/Martes/Mardi = Marte (Tuesday vem de Tyr, equivalente a Ares/Marte), Wednesday/Miércoles/Mercredi
= Mercúrio (Odin (Woden) é igualado a Hermes/Mercúrio) e por aí vai.
método dele envolve estabelecer contato com cada um dos arcanjos planetários e pedir-lhes que
concedam seu poder a um talismã que você cria durante o ritual. O talismã é o ponto de manifestação
desse espírito astrológico em sua vida, e a construção dele, que permite que ele aja, funciona como um
tipo de iniciação nas 7 esferas astrológicas, num processo de transformação pessoal pelo qual você
passa ao longo de algumas semanas. A ordem de contato que ele recomenda é Júpiter, Marte, o Sol,
Vênus, Mercúrio, a Lua e, por fim (e apenas se você se sentir confiante o suficiente para isso) Saturno.
O Franz Bardon, que eu também cito aqui, tem igualmente um programa de desenvolvimento de
contato com espíritos astrológicos, mas os espíritos que ele menciona parecem mais “pesados”, por
assim dizer, e é melhor entrar em contato com eles só depois de dominar a conjuração com os espíritos
mais tradicionais (e, de preferência, tendo dominado as técnicas descritas em seu Magia Prática… o
método do Rufus exige menos do conjurador).

Para resumir, há uma variedade de formas de trabalhar com os planetas e certamente você vai
encontrar uma forma que te agrade. Quem curte um estilo mais tradicional de evocação, pode utilizar
o modelo de Trithemius (ou sua versão simplificada por Rufus Opus), o modelo goético, etc. Quem
passou pelo método de auto-iniciação do Bardon em Mágia Prática pode seguir o passo a passo que
ele delineia em Prática da Evocação Mágica. Quem curte os rituais em estilo da Golden Dawn ou
Aurum Solis, pode fazer os rituais do Hexagrama ou Heptagrama e aí um trabalho energético ou de
magia de sigilos (em papel ou com sigilos sonoros, como mantras com um desejo sigilizado), estilo
Magia do Caos mesmo, ou inserir um ritual de evocação simplificado junto. Quem não curte nenhuma
dessas coisas pode desenvolver um trabalho espiritual/energético independente, aproveitando as
informações aqui. Você pode aproveitar as correspondências para construir uma spell jar ou mojo bag
ou patuá, em estilo Hoodoo (num patuá para Júpiter, por exemplo, para conseguir dinheiro, você
utilizaria um saco azul no qual poderia colocar uma ametista, alguns gramas de hortelã ou anis-
estrelado, uma moeda, um fio de cabelo seu e um papel com sua petição, que seria defumado com
incenso de noz-moscada) ou algum outro tipo de talismã, ou ainda combinar esses elementos com
magia simpática (um ritual de Marte ou Saturno em que você recita o mantra saturnino enquanto fura
um boneco representando um inimigo, por exemplo). As possibilidades são inúmeras. Para quem não
sabe muito bem como proceder com os seus rituais (uma reclamação comum que eu vejo no grupo de
Robson), esse material, eu imagino, pode ser muito útil para ajudar a construir simbolicamente o
roteiro do ritual. Ele não precisa ser complicado para ser eficaz, mas, é bom frisar, é importante que
seja coerente e bem estruturado.
SATURNO (Shabtai) – ♄

Nome divino (GD): YHWH ELOHIM. Vogal: Ô, ômega (Ω/ω). Consoante: R, resh ( ) ‫ר‬
Nome mágico grego (PGM): ΩΜΥΡΥΡΟΜΡΟΜΟΣ (ÔMURURÓMRÓMÓS)
Mantra: re’eh ’oniy wechaltseny ky-toratka lo shakachty; Om Shaneecharaaya Namaha.
Regentes (Agrippa): Arcanjo Cassiel, Inteligência Agiel, Espírito Zazel
Regentes (Picatrix): Asbil (principal), Barimas, Tus, Harus, Qajus, Darjus, Tamas, Darus, Tahitus
Regente (Arbatel): Aratron Regente (Babilônico): Ninurta
Número: 3 (Binah) Figuras geomânticas: Tristitia & Carcer

Sigilos de Agripa (Planeta, Inteligência e Espírito)

Pré-sigilo da Aurum Solis e sigilos do Picatrix e do Espírito Olímpico (Aratron)

Quadrado mágico (3x3)

4 9 2
3 5 7
8 1 6

Correspondências:
Dia da semana: sábado; cor típica: preto; metal: chumbo; pedras: ônix, safira, lapis-lazuli e
quaisquer pedras escuras e feias que não dê para polir; incensos/ervas: almíscar, mirra, patchouli,
arruda, beladona, dama da noite, tabaco, cipreste, boldo, erva-mate, espinheira santa.
Hino órfico a Saturno

Viçoso sempre, pai dos venturosos deuses e dos homens,


Astuciador límpido de magna força, bravo Titã,
Tu mesmo, que a tudo consomes e novamente fazes crescer,
Inquebráveis os grilhões que deténs no cosmo sem fim,
Eterno Saturno pai de todos, Saturno de variado falar,
Rebento de Gaia e do Urano constelado,
És a geração, o crescimento e o fim, marido de Reia, insigne Prometeu,
Que habitas em todas as partes do cosmo, rei ancestral,
De curvo pensar, o melhor! Atendendo a minha súplice voz,
Concede uma vida bendita e um fim abençoado.

Invocação de Saturno

Ó senhor exaltado, cujo nome é grandioso, que te levantas acima do céu de todos os outros planetas, a
quem Deus fizera sutil e exaltado! Tu és o senhor Saturno, frio e seco, sombrio, o autor do bem, fiel
em tuas amizades, verdadeiro à tua palavra, durável e perseverante em teus amores e ódios.

Teu conhecimento se estende ao longe e profundamente, verdadeiro em suas palavras e promessas,


uno em suas operações, solitário, remoto dos outros, próximo do sofrimento e da dor, distante da
alegria e celebração; tu és velho, antigo, sábio e aboles o conhecimento das coisas boas; tu és o autor
do bem e do mal. Miserável e atormentado é aquele que é feito desafortunado por teus infortúnios, e
afortunado de fato quem é tocado por tuas fortunas.

Em ti Deus situou os poderes e virtudes, e um espírito que causa o bem e o mal. Eu te peço, pai e
senhor, por teus nomes exaltados e feitos maravilhosos, que realizes o que eu te peço.
JÚPITER (Tzedek) – ♃

Nome divino (GD): EL. Vogal: U, upsilon (Υ/υ). Consoante: T, tau ( ) ‫ת‬
Nome mágico grego (PGM): ΖΩΙΩΙΗΡ (ZÔIÔIÉR)
Mantra: tihy yadeka l’azreny ki-fiqudeika wacharty; Om Grava Namaha
Regentes (Agrippa): Arcanjo Sachiel, Inteligência Iophiel, Espírito Hismael.
Regentes (Picatrix): Rufijail (principal), Damahus, Darmas, Matis, Magis, Daris, Tamis, Farus, Dahidas
Regente (Arbatel): Bethor Regente (Babilônico): Marduk
Número: 3 (Chesed) Figuras geomânticas: Acquisitio & Laetitia

Sigilos de Agripa (Planeta, Inteligência e Espírito)

Pré-sigilo da Aurum Solis e sigilos do Picatrix e do Espírito Olímpico (Bethor)

Quadrado mágico (4x4)

4 14 15 1
9 7 6 12
5 11 10 8
16 2 3 13

Correspondências
Dia da semana: quinta-feira; cor típica: azul; metal: estanho; pedras: ametista, safira, jacinto,
esmeralda, topázio, mármore e cristais no geral; incensos/ervas: noz-moscada, anis, sálvia branca,
hortelã, cáscara sagrada, carvalho, carqueja, cravo.
Hino órfico a Júpiter

Júpiter muito honrado, Júpiter imperecível; nós, aqui,


Ofertamos esta prece e testemunho expiatório!
Ó rei, por tua fronte brilha tudo o que é divino:
A deusa mãe Terra, os cimos altíssonos dos montes
E do mar todo, assim como ordena o interior do céu.
Júpiter Cronida, rei cetrado dos raios, de coração brutal,
Progênie de tudo, princípio de tudo, fim de tudo,
Movedor da terra, acrescedor, purificador, movedor de tudo,
Fulgurante, trovejante e relampeante Júpiter criador!
Ouve-me, mutante forma, dá-me saúde impecável,
Paz divina e a fama irrepreensível da riqueza.

Invocação de Júpiter

Que Deus te abençoe, Júpiter, senhor bendito, que é a fortuna maior, quente e úmido, igualitário em
toda sua obra, afável, belo, sábio, verdadeiro, senhor da verdade e igualdade, distante de todo mal,
misericordioso, amante daqueles que mantêm as religiões e as servem, que despreza as coisas e vícios
mundanos, deleitando-se em religiões e serviços religiosos, exaltado em sua mente, que faz o bem,
livre em sua natureza, altivo e honrado em seu céu, leal em suas promessas e verdadeiro nas amizades
que tem. Eu te conjuro primeiro em nome do Deus Altíssimo que te dera poder e espírito, e pela tua
boa vontade e efeitos amáveis, pela tua nobre e preciosa natureza, que tu farás o que eu desejo.

Pois tu és a fonte de todo bem e toda bondade e o criador de todas as coisas boas. Escuta, pois, todas
as petições que são de boa forma.
MARTE (Ma’adim) – ♂

Nome divino (GD): ELOHIM GIBOR. Vogal: Ó, omicron (O/ο). Consoante: G, gimel ( ) ‫ג‬
Nome mágico grego (PGM): ΩΟΗΟΕ (ÔÓÉÓÊ)
Mantra: ga’arta zedym ‘arorym choshgym mimitzoteka; Om Ankarakaya Namaha
Regentes (Agrippa): Arcanjo Zamael, Inteligência Grafiel, Espírito Bartzabel.
Regentes (Picatrix): Rubijail (principal), Dagdijus, Hagidis, Gidijus, Magras, Ardagus, Handagijus,
Mahandas, Dahidamas
Regente (Arbatel): Phaleg Regente (Babilônico): Nergal
Número: 5 (Geburah) Figuras geomânticas: Puer & Rubeus

Sigilos de Agripa (Planeta, Inteligência e Espírito)

Pré-sigilo da Aurum Solis e sigilos do Picatrix e do Espírito Olímpico (Phaleg)

Quadrado mágico (5x5)


11 24 7 20 3
4 12 25 8 16
17 5 13 21 9
10 18 1 14 22
23 6 19 2 15

Correspondências
Dia da semana: terça-feira; cor típica: vermelho; metal: ferro/aço, antimônio e arsênico (por favor
não use arsênico no ritual); pedras: rubi, cornalina, jaspe, hematita, magnetita; incensos/ervas:
mirra, dragon’s blood, aloe, arruda, jacinto, cebola, beladona, açafrão da terra, losna, arruda, urtiga,
alho, canela, pimentas no geral.
Hino órfico a Marte

Marte fortíssimo, condutor da carruagem, de elmo áureo,


Ânimo terrível, porta-escudo, salva-cidades, arnês-de-bronze,
Braço forte, incansável, hábil-na-lança, muralha do Olimpo,
Pai de Vitória boa-na-guerra, ajudante de Justiça,
Tirano aos contrários, guia dos mais justos mortais,
Porta-cetro da virilidade, que revolve o globo flamante
Etéreo nas constelações de sete estrelas, onde corcéis em chamas
Eternamente acima da terceira órbita mantêm-te;
Ouve, defensor dos mortais, dotador da juventude bem audaz,
Do alto do céu desce brilhando em fulgor para a nossa
Vida e belicosa força, que eu seja capaz
De repelir malfazeja aflição de meu peito,
De vergar os enganosos impulsos da alma nas entranhas,
Detém também acerba cólera em meu coração, que me incita
A marchar em frias disputas: Mas tu, venturoso,
Concede audácia para manter em leis propícias de paz
Disperso do ardor pelo combate aos inimigos e da violência da Sina.

Invocação de Marte

Ó Marte, tu que és um senhor honrado, quente e seco, poderoso, grande em peso, firme de coração,
que derramas sangue e trazes doenças! Tu és forte, duro, agudo, ousado, reluzente, ágil e o senhor das
batalhas, dores, misérias, feridas, prisões, tristezas e coisas mistas e separadas, que não tens medo ou
contemplação de qualquer coisa, único ajudante em todos os teus efeitos e em tuas investigações, forte
no cálculo e na vontade de conquistar e procurar fortuna, a causa dos litígios e batalhas, que fazes o
mal aos fracos e fortes, amante dos filhos da batalha, vingador dos maus e daqueles que fazem mal no
mundo. Eu te rogo e te conjuro com teus nomes e qualidades que existem no céu e pelas tuas matanças
e também por tuas petições ao Senhor Deus, que concedera poder e força a ti, reunindo-os em ti e
separando-os dos outros planetas, para que tenhas força e poder, vitória sobre todos e grande vigor.

Eu te faço este pedido em nome de todos os teus nomes, que são: em árabe, Mirrih; em latim Mars,
em persa Bahram, Ares em grego, e em indiano Angara, eu te conjuro pelo Deus Altíssimo do
Universo, que tu possas ouvir minha prece e atender à minha petição, e, além disso, ver a minha
humildade e realizar minha petição que eu te rogo que faças por mim.

Eu te conjuro por Rubijail, que é o anjo a quem Deus pusera ao teu lado para completar teus afazeres e
efeitos.
SOL (Shemesh) – ☉

Nome divino (GD): YHWH ELOAH VE-DA‘ATH . Vogal: I, iota (I/ι). Consoante: D, dalet ( ) ‫ד‬
Nome mágico grego (PGM): ΙΗΕΑ (IÉÊA)
Mantra: derek sheqer haser mimeny wtorateká chaneny; Om Suryaya Namaha
Regentes (Agrippa): Arcanjo Miguel (Michael); Inteligência Nakhiel, Espírito Sorath.
Regentes (Picatrix): Ba’il (principal), Bandalus, Dahimas, Abadulas, Dahifas, Ati’afas, Maganamus,
Gadis, Tahimaras.
Regente (Arbatel): Och Regente (Babilônico): Shamash
Número: 6 (Tiffereth) Figuras geomânticas: Fortuna maior & Fortuna minor

Sigilos de Agripa (Planeta, Inteligência e Espírito)

Pré-sigilo da Aurum Solis e sigilos do Picatrix e do Espírito Olímpico (Och)

Quadrado mágico (6x6)


6 32 3 34 35 1
7 11 27 28 8 30
19 14 16 15 23 24
18 20 22 21 17 13
25 29 10 9 26 12
36 5 33 4 2 31

Correspondências
Dia da semana: domingo; cores típicas: amarelo, dourado; metal: ouro; pedras: crisólito, berilo,
jacinto, diamante, olho de gato, rubi; incensos/ervas: olíbano, camomila, alecrim, baunilha, cravo,
girassol, louro, hibisco, canela, arruda, erva-cidreira, açafrão da terra.
Hino órfico ao Sol

Ouve-me, venturoso, onividente de olhos eternos,


Titã de áureo cintilar, Hipérion, luz celeste,
Incansável gerado por si mesmo, doce visão aos vivos,
À esquerda engendraste a Aurora, à direita a Noite,
Tempera as Horas dançando com tuas quadrigas;
Corredor, silvante, flâmeo de fúlgidos olhos, condutor do carro,
Guiando entre rugentes turbilhões sem fim
Aos pios leva o bem e aos ímpios, a cólera;
De áurea lira, detém o curso harmonioso do cosmo,
É quem aponta atos de valor, é o jovem que nutre as Horas;
Imperador do cosmo, chilreante, correndo como fogo, circunvolvente,
Lucífero, de aparência vária, vital, frutuoso Peã,
Viçoso sempre, límpido, pai do Tempo, Zeus imortal,
Claro, luz de todos, olho circundante do cosmo,
A se extinguir e a brilhar em luzentes lindos raios.
Exemplo de justiça, amigo das águas, senhor do cosmo,
Guardião da lealdade, sempre supremo, auxiliador de todos,
Olho da justiça, luz da vida; ó cavaleiro,
Com estridente açoite impelindo a tua quadriga,
Ouve minhas palavras, e mostra a doce vida aos iniciados.

Invocação do Sol

Que Deus te abençoe, Ó Sol, tu que és afortunado e a fortuna maior, quente e seco, luminoso,
resplandecente, nobre, belo, exaltado e o rei honrado acima de todos os outros astros e planetas. O
poder da beleza, da sutileza, boa disposição, verdade, sabedoria, conhecimento e riqueza, com tua
virtude são adquiridos e em ti fortalecidos. És o senhor dos seis planetas, governados por teu
movimento, e tu reinas sobre eles em teu reinado e soberania, e eles são obedientes a ti e dependentes
de teu aspecto, de modo que, quando seu movimento é conjunto ao teu, obedientes a ti, eles
transbordam de luz; e quando fazem uma conjunção corporalmente contigo, seus raios se consomem e
são ocultados por tua face por inteiro, e todos brilham com tua luz, virtude e esplendor. Tu tens poder
sobre todos eles. Tu és o rei, e eles, teus vassalos. Tu és quem dá luz e poder a todos eles e todos
recebem influências afortunadas de ti e fazem coisas afortunadas quando te encontram com um
aspecto favorável; e, quando te encontram com um aspecto desfavorável, perdem suas influências
favoráveis e se tornam infortúnios. Ninguém é capaz de ver todas as tuas qualidades boas e nobres,
que são infinitas a nossos intelectos.
VÊNUS (Nogah) – ♀

Nome divino (GD): YHWH TZABAOTH. Vogal: É, eta (H/η). Consoante: K, kaf ( ) ‫כ‬
Nome mágico grego (PGM): ΕΗΙΟΥ (ÊÉIOU)
Mantra: kechasdeka hayeny we‘eshmerah ’edut pyka; Om Shukraya Namaha
Regentes (Agrippa): Arcanjo Anael; Inteligência Hagiel; Espírito Qedemel.
Regentes (Picatrix): Bitail (principal), Didas, Gilus, Hilus, Damajas, Ablimas, Basalmus, Arhus, Dahtaris
Regente (Arbatel): Hagith Regente (Babilônico): Ishtar
Número: 7 (Netzach) Figuras geomânticas: Puella & Amissio

Sigilos de Agripa (Planeta, Inteligência e Espírito)

Pré-sigilo da Aurum Solis e sigilos do Picatrix e do Espírito Olímpico (Hagith)

Quadrado mágico (7x7)


22 47 16 41 10 35 4
5 23 48 17 42 11 29
30 6 24 49 18 36 12
13 31 7 25 43 19 37
38 14 32 1 26 44 20
21 39 8 33 2 27 45
46 15 40 9 34 3 28

Correspondências
Dia da semana: sexta-feira; cor: verde; metal: bronze; pedras: esmeralda, turquesa, lapis-lazuli,
safira, crisólito, coral, cornalina, alabastro, coral vermelho e branco; incenso/ervas: jasmim, rosas,
hortelã, almíscar, lírio, amêndoa, cereja, baunilha, violeta, orégano, tudo quanto é flor.
Hino órfico a Vênus

Urânia, ilustre rainha de risada amorosa,


Nascida do mar, amante da noite, de um modo terrível;
Astuciosa, de quem a necessidade primeiro veio,
Produtora e noturna, dama que a todos conecta;
Este é teu mundo a unir com harmonia,
Pois todas as coisas brotam de ti, Ó divino poder.
Os triplos Fados são regidos por teu decreto,
E todas as produções se rendem semelhantemente a ti:
O que quer que os céus circundem e contenham,
Toda a produção dos frutos da terra, e o alto-mar tempestuoso,
A ti o balanço confessa e obedece a teu aceno,
O atendente terrível do Deus brumal:
Deusa do casamento, charmosa à visão,
Mãe dos Amores, que se delicia em banquetes;
Fonte de persuasão, secreta, rainha favorável,
Ilustremente nascida, aparente e não-vista:
Esposa, lupercal, e inclinada aos homens
Prolífica, a mais desejada, doadora de vida, gentil:
Grande portadora do cetro dos Deuses, é teu,
Mortais em necessidade tendem a se juntar;
E toda tribo de monstros selvagens horrendos
Em correntes mágicas amarras, através do desejo insano.

Venha, nascida em Chipre, e incline-se à minha prece,


Se exaltada nos céus tu brilhas,
Ou satisfeita com o templo em Síria presides,
Ou sobre as planícies egípcias teu carro guias,
Enfeitada de ouro; e perto dessa enchente sagrada,
Fértil e famosa por fixar teu domicílio abençoado;
Ou se rejubilando nos litorais cerúleos,
Próxima a onde o mar com espumantes vagalhões rugem
Os coros de mortais circundam tuas delícias,
Ou belas ninfas, com olhos de brilhante azul cerúleo,
Satisfeita com os bancos arenosos antigos renomados,
Para dirigir teu carro rápido e dourado de duas parelhas;
Ou se em Chipre com tua bela mãe,
Onde as mulheres casadas te louvam a cada ano,
E as belas virgens se unem ao coro,
O puro Adônis canta tua divindade;
Venha, toda atrativa, para a minha prece inclinada,
A ti, chamo, com mente sagrada e reverente.
Invocação de Vênus

Que Deus te abençoe, Ó Vênus, tu que és a rainha e fortuna, que és fria e úmida, igualitária em teus
efeitos e semblante, pura e amável, fragrante, bela e ornada. Tu és a senhora do adorno, do ouro e
prata; tu te deleitas em amor, alegria, ornamentos e brincadeiras, elegância, canções e música cantada
ou tocada em cordas, música e canções escritas e tocadas em órgãos, jogos e confortos, repouso e
amor. Permaneces firme em teus efeitos. Tu te deleitas no vinho, repouso, alegrias, no deitar-se com
mulheres, pois em todos eles os teus efeitos naturais consistem. Eu te invoco em todos os teus nomes:
isto é, em árabe Zuhara, em latim Vênus, em persa Anahid, Afrodite em romano, Tijanija em grego,
Surfa em indiano. Eu te conjuro pelo Senhor Deus, o senhor do mais alto firmamento e pela
obediência que tu ofereces a Deus e pelo poder e senhorio que ele detêm sobre ti, para que escutes a
minha prece e consideres minha petição.

E eu te conjuro por Bitail, que é o anjo que Deus pusera ao teu lado para completar todos os teus
poderes e afetos.
MERCÚRIO (Kokhav Chamah) – ☿

Nome divino (GD): ELOHIM TSABAOTH. Vogal: Ê, epsilon (H/ε). Consoante: P, peh ( ) ‫פ‬
Nome mágico grego (PGM): ΧΑΓΓΑΛΑΣ (KHANGALAS)
Mantra: petach debareka yayr mevyn ptayim; Om Budhaya Namaha
Regentes (Agrippa): Arcanjo Rafael; Inteligência Tiriel; Espírito Taphtartarat.
Regentes (Picatrix): Harquil (principal), Barhujas, Amiras, Hitis, Sahis, Daris, Hilis, Dahdis, Mahudi
Regente (Arbatel): Ophiel Regente (Babilônico): Nabû
Número: 8 (Hod) Figuras geomânticas: Albus & Conjunctio

Sigilos de Agripa (Planeta, Inteligência e Espírito)

Pré-sigilo da Aurum Solis e sigilos do Picatrix e do Espírito Olímpico (Ophiel)

Quadrado mágico (8x8)


8 58 59 5 4 62 63 1
49 15 14 52 53 11 10 56
41 23 22 44 45 19 18 48
32 34 35 29 28 38 39 25
40 26 27 37 36 30 31 33
17 47 46 20 21 43 42 24
9 55 54 12 13 51 50 16
64 2 3 61 60 6 7 57

Correspondências
Dia da semana: quarta-feira; cor típica: laranja; metal: latão, mercúrio (tóxico, cuidado!); pedras:
ágata de fogo, topázio e todas as pedras multicoloridas; incenso/ervas: alfazema/lavanda, sândalo,
anis, cáscara sagrada, hortelã, narciso, citronela, capim-limão, eucalipto, valeriana, sálvia, manjerona.
Hino órfico a Mercúrio

Ouve-me, Mercúrio, mensageiro de Júpiter, filho de Maia,


Com um peito onipotente; Deus dos jogos, regente dos mortais,
Benévolo astuciador, emissário Argicida
De aladas sandálias, amigo dos homens e profeta da palavra aos mortais,
Tu te alegras na ginástica e em ilusões ardilosas, serpentário
Intérprete de tudo, fonte dos lucros, alívio de nossos cuidados,
Que tem nas mãos a impecável arma da paz;
Corício, venturoso provedor de variado falar,
Auxiliador dos trabalhos, amigo dos mortais em necessidade,
Terrível arma da linguagem, venerável entre os homens:
Ouve as minhas preces, e fornece o nobre fim de uma vida
De trabalhos, de gráceis palavras e lembranças.
Invocação de Mercúrio

Que Deus te abençoe, bom senhor Mercúrio, tu que és verdadeiro, perceptivo, inteligente, o sábio e o
instrutor de todo tipo de escrita, aritmética, computação e ciência do Céu e da Terra! Tu és o senhor
nobre e temperado em tuas alegrias, o senhor e sustentador e sutil intérprete da riqueza, negócios,
dinheiro e percepções profundas.
Tu és o dispositor e significador da profecia e profetas e suas percepções, raciocínio e doutrina,
apreendendo ciências diversas; da sutileza, inteligência, filosofia, geometria, as ciências do Céu e da
Terra, adivinhação, geomancia e poesia;
Da escrita, retórica, agudeza dos sentidos, profundidade em todas as profissões e ações, rapidez, a
conversão de um negócio em outro, criação de coisas límpidas e claras; sustentação e auxílio a
pessoas, contentando-as com o que têm; piedade, percepção, tranquilidade, evitando o mal; boa
religião e lei humana.
Tu te ocultaste por tua sutileza para que ninguém mais possa saber tua natureza ou determinar teus
efeitos.
És afortunado com fortunas e desafortunado com infortúnios, masculino com planetas masculinos e
feminino com os femininos, diurno com planetas diurnos e noturno com os noturnos; tu existes e te
harmonizas com todos eles em suas naturezas, e te conformas a todos eles em todas as suas formas, e
tu te transmutas em todas as suas qualidades.
Portanto eu te chamo e te invoco em todos os teus nomes, isto é, Hotarit em árabe, em Latim
Mercurius; Haruz em romano, em grego Hermes; em persa Tir; em indiano Budh.
Eu te conjuro acima de todos pelo altíssimo senhor Deus, que é o senhor do firmamento e do reino dos
exaltados e dos grandes; através Dele eu te conjuro, para que recebas minha petição e conceda aquilo
que eu te peço, e derrames os poderes de teu espírito sobre mim, através dos quais serei fortalecido e
capaz de ter minha petição realizada, e serei apto e disposto a ganhar conhecimento e sabedoria.
Faz-me ser amado e bem recebido por tais e tais reis e homens exaltados, faz-me exaltado e honrado
por todos os povos e reis, que eu receba segredos e eles recebam minhas palavras com eficácia e
tenham necessidade de mim, e procurem de mim conhecimento e sabedoria em escrita, aritmética,
astrologia e adivinhação.
Opera em mim de tal modo e assim disponhas de mim para que nessas coisas todas eu obtenha lucro e
riqueza, honras e exaltações diante de reis e pessoas exaltadas, e tudo que eu puder receber.
Assim eu te conjuro por Harquil, que é o anjo que Deus dispusera a teu lado para completar teus atos e
obras, para que recebas minha petição e ouças minha prece e atendas aos meus pedidos e os realizes.
Eu te peço também que me auxilies e me fortaleças com teu espírito, e te unas a mim pelo teu espírito
e poder aos afetos de reis, e me auxilies em obter conhecimento e sabedoria com tua virtude, e com
tua assistência ajuda-me para que eu possa saber o que não sei e possa entender o que não entendo,
E possa ver o que não vejo, e remove-me da necessidade e tudo que diminui o entendimento e leva à
divisão e moléstia, para que eu possa atingir o patamar sublime dos antigos sábios (aqueles, isto é, que
tiveram conhecimento e compreensão em seus espíritos e mentes),
E manda ao meu espírito teu poder e espírito, para elevar-me e me levar a obter esse estado, e conduz-
me em conhecimento e sabedoria em todos os meus feitos, para que eu possa ter graça e poder em
servir aos reis e pessoas exaltadas, e assim adquirir riqueza e tesouros e rapidamente realizar esta
minha petição.
Portanto eu te conjuro pelo Senhor Deus, senhor do alto firmamento e do reino do poder, para que
recebas minha petição e, com efeito, realize todas as coisas que peço de ti.
LUA (Levanah) – ☽

Nome divino (GD): SHADAI EL CHAI. Vogal: A, alfa (A/α). Consoante: B, bet ( ) ‫ב‬
Nome mágico grego (PGM): ΧΕΧΑΜΨΙΜΜ (KHEKHAMPSIMM)
Mantra: bameh yzakeh-na’ar ‘et-‘archô lishmor kidvareka; Om Chandraya Namaha
Regentes (Agrippa): Arcanjo Gabriel; Inteligência Malkah Be Tarshishim va A’ad Be Ruach
Shehaquim; Espírito Chasmodai.
Regentes (Picatrix): Saljail (principal), Garnus, Hadis, Maranus, Maltas, Timas, Rabis, Minalus, Dagajus
Regente (Arbatel): Phul Regente (Babilônico): Sîn
Número: 9 (Yesod) Figuras geomânticas: Populus & Via

Sigilos de Agripa (Planeta, Inteligência e Espírito)

Pré-sigilo da Aurum Solis e sigilos do Picatrix e do Espírito Olímpico (Phul)

Quadrado mágico (9x9)


37 78 29 70 21 62 13 54 5
6 38 79 30 71 22 63 14 46
47 7 39 80 31 72 23 55 15
16 48 8 40 81 32 64 24 56
57 17 49 9 41 73 33 65 25
26 58 18 50 1 42 74 34 66
67 27 59 10 51 2 43 75 35
36 68 19 60 11 52 3 44 76
77 28 69 20 61 12 53 4 45

Correspondências
Dia da semana: segunda-feira; cores: prateado, branco, roxo; metal: prata; pedras: selenita, pedra-
da-lua, todos os cristais; incensos/ervas: jasmim, sândalo, agave, angélica, artemísia, camomila,
papoula, rosa branca, amêndoas, margarida, lírio, opium (o incenso, não a droga… mas se quiser
pode).
Hino órfico à Lua

Ouve-me, divina rainha lucífera, deusa Selene,


Tauricorne, Mene, notívaga, errante aérea,
Da noite, dadófora, donzela, astro bom, Mene,
Crescente e minguante, feminina e masculina,
Luzente que ama cavalos, mãe do tempo, frutífera,
Ambarina, de coração pesado, reluzente na noite,
Onividente que ama a vigília, florescente de belas estrelas,
Que se agrada no repouso e na riqueza da noite.
A brilhadora caridosa, perfectiva, joia da noite,
Princesa das estrelas, de longo véu, circunvaga, a donzela em tudo sábia.
Vem, venturosa, benévola, astro bom, com tríplice fulgor
Brilhante salva teus novos suplicantes, donzela.

Invocação da Lua

Que Deus te abençoe, Ó Lua, tu que és a senhora bendita, afortunada, fria e úmida, igualitária e
amável. És a mandante e chave de todos os outros planetas, rápida em teus movimentos, tendo a luz
que brilha, senhora da felicidade e alegria, das boas palavras, boa reputação e reinos afortunados. És
amante da lei e contempladora de todas as coisas deste mundo, sutil em tuas contemplações. Tu amas
e te deleitas em alegrias, canções e brincadeiras; és a senhora dos embaixadores e mensageiros e a
ocultadora de segredos. Tu que és livre e preciosa, mais próxima de nós do que os outros planetas, és
maior que todos e mais luminosa; és apta para o bem e para o mal, tu unes os planetas, carregas sua
luz e com tua bondade tu retificas todas as coisas. Todas as coisas deste mundo são adornadas pela tua
beleza e malditas por tua maldição. És o começo de todas as coisas e és o fim delas. Assim eu te
conjuro por Silijail, que é o anjo que Deus dispusera ao teu lado para completar todos os efeitos, para
que tenhas piedade de mim e escutes minha petição, e com tua humildade que tens pelo nosso Senhor
Altíssimo e seu Reino, para que tu me escutes nas coisas que eu peço a ti. Por todos os teus nomes eu
te invoco: Qamar em árabe; Luna em latim; Mah em persa; Samail em grego; Suma em indiano;
Selene em romano, que tu aqui escutes minha petição.
As inteligências e gênios planetários listados por Franz Bardon

Os espíritos listados até aqui são, de certa forma, espíritos menores do que os listados por Bardon. Em
seu Prática da Evocação Mágica, ele elenca uma série de outros espíritos ligados a cada esfera
planetária. Segundo uma lógica que é tipicamente hermética, de ascensão pelas esferas, Bardon
recomenda que você comece conjurando os espíritos terrestres, elementais, e os da chamada “zona em
torno da Terra” (esses espíritos, como têm elos com os signos, associados cada um a um dos 360º do
zodíaco, estão listados na parte 2 aqui) e prossiga depois na ordem aqui listada. É importante seguir as
instruções do seu Magia Prática e sua continuação Prática da Evocação Mágica (onde constam os
nomes, poderes e sigilos desses espíritos… recomendo que consultem esse livro. A minha listagem é
apenas para conferência e para ver o que cada um deles faz). Comece então pela Lua, de preferência
com a companhia de um dos espíritos da “zona em torno da Terra”, aí prossiga por Mercúrio e Vênus.
Essas esferas são razoavelmente seguras (o que preocupa Bardon é que você se distraia demais com a
parte da magia sexual em Vênus e acabe não continuando o processo de ascensão), mas é preciso
dominá-las antes de prosseguir. A esfera do Sol é mais pesada e exige mais prática, e a de Marte é tão
perigosa que Bardon manda você se virar se quiser ir atrás deles (presume-se que, se você conseguiu
conjurar os espíritos solares, você já está no nível em que dá para fazer isso sem precisar que ele
pegue na sua mão). Por fim, tem os espíritos da esfera de Júpiter que são, em sua maioria, os mesmos
reconhecidos como os anjos zodiacais no Liber 777, mas você precisa ter dominado a esfera de Marte
para chegar nesse nível. Saturno, porém, que governa a última esfera, está além dos limites de até
onde dá para ir.

Lua (cores branca e prateada)

(São 28 espíritos, equivalentes ao número de dias do ciclo lunar)


1) Ebvap (controla as marés, oferece iniciações no uso dos fluidos para magia lunar, proteção em
trabalho lunar), 2) Emtircheyud (governa os ritmos do mundo físico), 3) Ezhesekis (ensina como
buscar alegria no princípio akáshico), 4) Emvatibe (protege contra a vingança de homens hostis), 5)
Amzhere (“derrete corações”), 6) Enchede (cria amor, ensina os mistérios da magia sexual e como
carregar talismãs e amuletos via magia sexual), 7) Emrudue (ensina a realizar desejos via magia
lunar), 8) Eneye (diplomacia e política), 9) Emzhebyp (guardião das pessoas doentes com doenças
“lunares”), 10) Emnymar (gravidez), 11) Ebvep (ensina a ganhar respeito), 12) Emkebpe
(casamento, sorte, amor), 13) Emcheba (magia “mumial” sob influência lunar), 14) Ezhobar (criar
efeitos diversos via forças lunares e interpretar símbolos lunares), 15) Emnepe (iniciação nos
mistérios lunares), 16) Echotasa (como controlar seres negativos da esfera lunar), 17) Emzhom
(destruir inimigos e ladrões), 18) Emzhit (invisibilidade), 19) Ezheme (ensina a legalidade e analogia
da lua), 20) Etsacheye (iniciação em danças rituais extáticas para magia lunar), 21) Etamrezh
(invulnerabilidade), 22) Rivatim (ensina a absorver os fatos do tempo e do espaço na esfera lunar),
23) Liteviche (iniciação em fórmulas mágicas para controlar a natureza), 24) Zhevekiyev (alquimia
dos elementos da lua), 25) Lavemezhu (controle sobre o reino vegetal), 26) Empebyn (informa sobre
causas e efeitos do sol e sua luz), 27) Emzhabe (informa sobre minerais, iniciação à magia lunar), 28)
Emzher (controle do elemento da água na esfera lunar).

Mercúrio (cor amarela)

(São 72, seus nomes são os mesmos dos 72 anjos do Shemhamphorash, que representam a contraparte
dos 72 espíritos goéticos. Sim, rola um acúmulo de funções aqui, e todo mundo tem um monte de
poderes)
1) Vehuiah (ensina a fortalecer a força de vontade); 2) Jeliel (mistérios do amor, da simpatia e magia
sexual, vencer ladrões e criminosos, falar línguas, ganhar respeito e riqueza); 3) Sitael (hipnose,
sugestão e telepatia); 4) Elemiah (ensina a dominar o próprio destino e dos outros, a como carregar
palavras mágicas cabalisticamente e a comunicar-se com os mortos); 5) Mahasiah (controle sobre os
elementos); 6) Lelahel (iniciação à magia sexual, ensina ciências e artes); 7) Achaiah (ensina a ser
amado e ter uma trajetória rápida na magia, como ler o destino alheio); 8) Kahetel (ensina a controlar
o “fluido eletromagnético” via magia dos elementos); 9) Aziel (ensina a causar paz e amor, a se
proteger contra inimigos e a se tornar famoso e rico, além de a encontrar tesouros subterrâneos); 10)
Aladiah (ensina a anatomia oculta do ser humano, suas harmonias e desarmonias, iniciação à química
e alquimia); 11) Lauviah (combater a banir inimigos); 12) Hahaiah (iniciação às leis da analogia e
linguagem de símbolos, revela verdades profundas da ciência hermética e mistérios secretos); 13)
Jezalel (inspira artistas, escritores, oradores e políticos); 14) Mebahel (ajuda a vencer guerras, amigo
da justiça, ensina a ler pensamentos); 15) Hanel (iniciação à evocação, proteção contra os seres
negativos da esfera de Mercúrio, ensina a manifestar a influência de Mercúrio em todos os planos);
16) Hakamiah (ajuda a obter riqueza, amor e fertilidade); 17) Lanoiah (ensina a inspecionar o
passado, presente e futuro no princípio akáshico, especialmente no tocante a invenções tecnológicas,
inspira compositores, iniciação na magia da música); 18) Kaliel (ensina fórmulas mágicas poderosas e
receitas com ervas e pedras); 19) Leuviah (ensina inteligência, memória e julgamento); 20) Pahaliah
(informa a legalidade do micro e macrocosmo, inicia o adepto na evolução do ser humano e explica o
verdadeiro sentido da ascese e equilíbrio mágico); 21) Nelekael (iniciação à ciência hermética, inspira
autores esotéricos, protege contra influências negativas em qualquer esfera, ensina o poder de ervas e
pedras); 22) Jeiaiel (ajuda a obter respeito, fama e riqueza, sucesso na profissão e proteção em
viagens); 23) Melahel (proteção); 24) Hahuiah (ensina fórmulas para controlar animais perigosos e
influenciar criminosos); 25) Nith-Haiah (o grande iniciador original da esfera mercurial, revela
segredos a quem é digno, é o anjo guardião de todos os magistas); 26) Haaiah (protetor da justiça e da
diplomacia); 27) Jerathel (talento para aprender línguas e obter favor de amigos e inimigos, revela
planos alheios, ajuda escritores); 28) Seeiah (fórmulas para controlar desastres e proteger cidades);
29) Reiiel (revela grandes verdades, protege contra inimigos); 30) Omael (cura animais doentes,
ajuda médicos, domina química e alquimia, protege contra aflições); 31) Lekabel (iniciação à magia
amorosa e mistérios sexuais, ensina Cabala e talismanologia, alquimia, oratória, a prolongar a vida e
obter riqueza); 32) Vasariah (iniciação e proteção, ensina fórmulas poderosas); 33) Jehuiah (ensina
todas as ciências, revela as mais remotas verdades e o passado, presente e futuro e ajuda a reconhecer
inimigos e a mudar hostilidade em amizade); 34) Lehahiah (acalma espíritos tempestuosos, protege
em viagens, iniciação em Mistérios Divinos); 35) Kevakiah (ensina modos de dominar por completo
todas as influências perigosas de seres negativos, cria paz, ajuda a obter riqueza e honras); 36)
Menadel (iniciação em astrologia sintética e aplicação astrológica para alquimia, liberta prisioneiros,
atrai sorte e felicidade); 37) Aniel (inspira poetas, escritores, compositores, ensina artes mágicas e
revela segredos da natureza e ajuda a traduzir os altos mistérios para a linguagem do intelecto); 38)
Haamiah (revela a mais profunda sabedoria, fortalece a saúde e traz felicidade); 39) Rehael (ensina a
fazer a pedra filosofal e a prolongar a vida, ajuda a curar crianças, desperta amor e lealdade); 40)
Ieiazel (liberta prisioneiros, transmuta inimigos em amigos, revela passado, presente e futuro,
influencia qualquer um pela magia elemental; cura desarmonias psíquicas com fórmulas mágicas,
inspira artistas); 41) Hahahel (revela planos inimigos, extermina inimigos, aumenta energia, torna o
conjurador invulnerável); 42) Mikael (revela os planos dos inimigos, engana os adversários e os
aniquila, ajuda políticos e diplomatas); 43) Veuahiah (revela planos de inimigos, produz talismãs para
salvar da morte, ensina a arte da cura via fórmulas mágicas); 44) Ielahiah (cura cegueira, surdez e
insanidade, transmite coisas a longa distância e ensina a ler o princípio akáshico e a obter sucesso em
todas as coisas); 45) Sealiah (ensina a reconhecer quem pratica magia negra e a torná-la ineficaz, dá
poderes de destruição e faz ladrões devolverem o que roubaram); 46) Ariel (ensina a controlar o
princípio akáshico, revela os tesouros da terra, segredos da natureza e da vida, ensina a carregar
pedras com certos poderes e a conversar com seres de outras esferas; 47) Asaliah (ensina a reconhecer
e compreender as leis da justiça e a observar a vida inteira de alguém no princípio akáshico, desperta
amor e simpatia); 48) Mihael (ensina alquimia, especialmente transmutação; aumenta ou diminui
sentimentos, cura infertilidade, traz paz e concordância); 49) Vehuel (domínio da profecia, ensina a
deslocar a consciência para onde o conjurador quiser, ler pensamentos e reconhecer o caráter de
alguém à primeira vista); 50) Daniel (permite espiar a Providência Divina e a ver os efeitos do
princípio akáshico e compreender os efeitos das virtudes divinas, influenciado-o com vibrações de
amor e caridade); 51) Hahasiah (iniciação à ciência hermética e mistérios da sabedoria, ensina
invisibilidade e a produzir remédios); 52) Imamiah (iniciação à astrologia, ensina o conjurador a se
tornar um mestre e a dominar adversários, restaura liberdade, traz prazer e entretenimento); 53)
Nanael (domina qualquer animal e permite comunicação e ensina métodos para controlar o corpo
astral de animais e humanos); 54) Nithael (dá fama e felicidade a artistas, ensina qualquer ciência);
55) Mebaiah (fertilidade, amor, honras, iniciação à religião cósmica); 56) Poiel (revela passado,
presente e futuro, fatos sobre ocultismo e magia, auxilia estudos e profissão e produz amor e
simpatia); 57) Nemamiah (revela a arte da transmutação e mumificação mágica, inspira novas
invenções); 58) Jeialel (iniciação à magia das esferas, apresenta as influências astrológicas e como
elas podem ser medidas e aproveitadas, ensina a dominar os seres dos elementos e esferas; 59)
Harahel (astromagia, ensina os poderes das pedras, cura infertilidade e auxilia parteiras, domina
ciências e oferece dicas para o mercado financeiro); 60) Mizrael (domina artes manuais para qualquer
profissão, ensina a filosofia das religiões, ensina alquimia, liberta os perseguidos e domina inimigos);
61) Umabel (traz felicidade e contentamento, amizade e amor, viagens, instrução em alquimia,
transmutação, sabedoria); 62) Jah-Hel (ensina a realizar as Virtudes Divinas, a arte da meditação e
concentração, a compreender o funcionamento dos efeitos do princípio akáshico e a dominar cobras);
63) Anianuel (magia medicinal, controle sobre seres negativos da esfera mercurial e contra
influências imprevistas; auxilia negociantes, desenvolve a intuição, informa sobre todas as ciências);
64) Mehiel (ensina fórmulas para vencer qualquer inimigo, domar animais, acalmar multidões, faz do
conjurador um sábio, orador e escritor, ensina a se proteger contra a decadência dos elementos); 65)
Damabiah (iniciação ao simbolismo e magia talismânica e hidroterapia, ensina as leis do micro e
macrocosmo e suas aplicações, ensina o controle do elemento da água, revela os tesouros sob o mar);
66) Manakel (restaura coisas perdidas, auxilia a iluminação e ensina a expressar qualquer ideia
numerológica ou cabalisticamente, ensina a ajustar desarmonias e a curar doenças lunares, a controlar
a vegetação e influenciar animais e humanos e a interpretação correta dos sonhos); 67) Eiaiel
(iniciação às ciências ocultas, ensina a obter iluminação e perfeição e a superar qualquer empecilho e
influências negativas, ensina a dominar a vegetação e a obter sucesso e honras); 68) Habuiah
(tratamento médico, anatomia oculta e medicina hermética, preparação de curas alquímicas, magia
natural, gera ou bloqueia a fertilidade da terra, converte inimigos em amigos, desperta amor); 69)
Rochel (descobre e influencia ladrões, protege contra eles, governa a justiça); 70) Jabamiah
(iniciação à magia cerimonial e mistérios sexuais, ensina a causar fenômenos via magia, a ler o
princípio akáshico e operá-lo, a usar a luz de forma mágica, ensina viagem mental e astral e
acompanha o caminho da iluminação); 71) Haiel (ensina a dominar qualquer situação, a tornar os
inimigos obedientes e a ajudar os perseguidos, a aumentar os poderes mágicos); 72) Mumiah
(iniciação à magia e Cabala, alquimia, metafísica e medicina oculta, ensina a executar qualquer
operação mágica em qualquer esfera e a tratar qualquer doença, ajuda a superar qualquer obstáculo).

Vênus (cor verde)

(são doze grupos de espíritos, com 7 ou 8 espíritos em cada. Os espíritos de um mesmo grupo têm
todos o mesmo poder)
Grupo 1 (iniciadores nos mistérios eróticos e sexuais, magia amorosa): 1) Omah, 2) Odujo, 3)
Obideh, 4) Onami, 5) Osphe, 6) Orif, 7) Obanhe, 8) Odumi; Grupo 2 (fertilidade e felicidade
conjugal): 9) Orula, 10) Osoa, 11) Owina, 12) Obata, 13) Ogieh, 14) Obche, 15) Otra; Grupo 3
(realização das ideias divinas da filosofia, inspiração, arte, beleza e música): 16) Alam, 17) Agum, 18)
Albadi, 19) Aogum, 20) Acolom, 21) Achadiel, 22) Adimil, 23) Aser; Grupo 4 (aquisição de
faculdades mágicas, beleza e poder de atração): 24) Aahum, 25) Acho, 26) Arohim, 27) Ardho, 28)
Asam, 29) Astoph, 30) Aosid; Grupo 5 (ensinam a causar amizade, amor, simpatia em todas as
esferas e planos): 31) Iseh, 32) Isodeh, 33) Idmuh, 34) Irumiah, 35) Idea, 36) Idovi, 37) Isill, 38)
Ismee; Grupo 6 (desperta e amplia faculdades intelectuais ligadas ao amor, beleza e harmonia): 39)
Inea, 40) Ihom, 41) Iomi, 42) Ibladi, 43) Idioh, 44) Ischoa, 45) Igea; Grupo 7 (controla as leis da
harmonia nos reinos animal e vegetal): 46) Orro, 47) Oposah, 48) Odlo, 49) Olo, 50) Odedo, 51)
Omo, 52) Osaso; Grupo 8 (informam as invenções dos “humanos” de Vênus? é, é loucura, eu sei):
53) Ogego, 54) Okaf, 55) Ofmir, 56) Otuo, 57) Ohoah, 58) Ocher, 59) Otlur, 60) Ogileh; Grupo 9
(iniciação nas leis dos princípios positivos e negativos, revelam métodos de trazer as influências de
Vênus a outras esferas): 61) Gega, 62) Gema, 63) Gegega, 64) Garieh, 65) Gesa, 66) Geswi, 67)
Godeah, 68) Guru; Grupo 10 (permitem a revelação da história da evolução da esfera de Vênus): 69)
Gomah, 70) Goldro, 71) Gesdri, 72) Gesoah, 73) Gescheh, 74) Gehela, 75) Gercha; Grupo 11 (ensina
a linguagem cósmica e seu uso na esfera de Vênus): 76) Purol, 77) Podme, 78) Podumar, 79) Pirr, 80)
Puer, 81) Pliseh, 82) Padhech, 83) Pehel; Grupo 12 (ordem divina do universo, iniciação à magia do
êxtase amoroso de Vênus): 84) Pomanp, 85) Pitofil, 86) Pirmen, 87) Piomal, 88) Piseph, 89) Pidioeh,
90) Pimel.

Sol (cor dourada)

1) Emnasut (controla o elemento original do fogo em toda hierarquia cósmica); 2) Lubech (controla
os fluidos elétricos do princípio do fogo); 3) Teras (responsável pelos efeitos positivos e negativos do
fogo); 4) Dubezh (o poder do princípio ativo); 5) Amser (aviva a matéria); 6) Emedetz (guarda e
aumenta o poder de germinação); 7) Kesbetz (crescimento do ser humano, animais, plantas e
minerasi); 8) Emayisa (instinto de autopreservação); 9) Emvetas (influencia todos os seres
pensantes); 10) Bunam (encarregado das faculdades intelectuais do ser humano); 11) Serytz (controla
o princípio do ar como mediador entre ativo e passivo); 12) Wybiol (controla e guia a sabedoria e
conhecimento dos humanos); 13) Lubuyil (controle do princípio do elemento da água); 14) Geler
(controla o fluido magnético); 15) Wybitzis (controla o princípio sensorial); 16) Wybalap (controla a
eficácia do princípio da luz); 17) Tzizhet (iluminação divina); 18) Dabetz (transfere às pessoas o
reconhecimento das Virtudes Divinas); 19) Banamol (a materialização da Luz Divina Original na
criação); 20) Emuyir (controla o princípio original da saúde); 21) Dukeb (as leis das relações); 22)
Emtzel (as leis do dinamismo e da expansão); 23) Tasar (a necessidade de propagação); 24) Fusradu
(as leis de atração e repulsa, simpatia e antipatia); 25) Firul (as leis da estabilidade e coesão); 26)
Ebytzyril (leis da gravitação e atração); 27) Lhomtab (leis da transmutação); 28) Tzybayol (leis da
vibração e oscilação); 29) Gena (leis da irradiação); 30) Kasreyobu (governa a qualidade de todas as
coisas que existem no mundo da criação); 31) Etzybet (a adesão às leis universais); 32) Balem (leis
da analogia); 33) Belemche (leis da aparência); 34) Aresut (controla o equilíbrio), 35) Tinas (leis de
solidificação e cristalização); 36) Gane (controla a evolução humana e animal); 37) Emtub (destino e
karma de todas as coisas vivas); 38) Erab (guardião do tempo e do espaço); 39) Tybolyr (governa
todos os ideais); 40) Chibys (controla o desenvolvimento espiritual dos seres de todas as esferas); 41)
Selhube (criador de todos os símbolos e linguagens originais); 42) Levem (criador original de toda
ciência mágica e Cabala); 43) Vasat (iniciação no princípio da água e seu fluido magnético); 44)
Ezhabsab (governa todos os seres que habitam a água); 45) Debytzet (controla todo meio de
evocação e combustão).

Marte (cor vermelha)

(Bardon dá os nomes dos espíritos de Marte, cada um ligado a um dos 36 decanos, mas, porque são
perigosos, ele não fornece nem os poderes, nem sigilos. O conjurador experiente deve aprender a
conjurá-los na raça)
1) Rarum 1-10° áries; 2) Gibsir 11-20° áries; 3) Rahol 21-30° áries; 4) Adica 1-10° touro; 5) Agricol
11-20° touro; 6) Fifal 21-30° touro; 7) Imini 1-10° gêmeos; 8) Kolluir 11-20° gêmeos; 9) Ibnahim
21-30° gêmeos; 10) Ititz 1-10° câncer; 11) Urodu 11-20° câncer; 12) Irkamon 21-30° câncer; 13)
Oksos 1-10° leão; 14) Otobir 11-20° leão; 15) Kutruc 21-30° leão; 16) Idia 1-10° virgem; 17)
Abodir 11-20° virgem; 18) Idida 21-30° virgem; 19) Cibor 1-10° libra; 20) Asor 11-20° libra; 21)
Abodil 21-30° libra; 22) Skorpia 1-10° escorpião; 23) Vilusia 11-20° escorpião; 24) Koroum 21-30°
escorpião; 25) Sagitor 1-10° sagitário; 26) Agilah 11-20° sagitário; 27) Boram 21-30° sagitário; 28)
Absalom 1-10° capricórnio; 29) Istriah 11-20° capricórnio; 30) Abdomon 21-30° capricórnio; 31)
Anator 1-10° aquário; 32) Ilutria 11-20° aquário; 33) Obola 21-30° aquário; 34) Pisiar 1-10° peixes;
35) Filista 11-20° peixes; 36) Odorom 21-30° peixes.

Júpiter

(Júpiter, famosamente, completa seu ciclo pelo zodíaco uma vez a cada 12 anos, logo a esfera de
Júpiter conta com 12 espíritos, um para cada signo zodiacal: Melchiadel, Asmodel, Ambriel, Muriel,
Hamaliel, Zuriel, Carmel, Aduachiel, Hanael, Cambiel e Iofaniel. Em sua maior parte, eles coincidem
com os 12 anjos zodiacais registrados por Crowley em 777, com algumas poucas exceções. Sobre os
poderes específicos de cada um desses espíritos e seu contraste entre o que é descrito por Crowley e
por Bardon, vide a parte 2 sobre os 12 signos).

Saturno

(Bardon não fala nem mesmo os nomes dos espíritos saturninos, porque são perigosos demais. Ele diz
apenas o número de espíritos originais da esfera de Saturno, que são 49. Saturno é a esfera da morte e
do julgamento e castigo e não tem nada de bom para a gente lá. Talvez seja meio alarmista, mas
Bardon diz que há um perigo real de morte quando se adentra a esfera saturnina sem ter passado pelas
anteriores para fortalecer o corpo astral ou coisa assim. Diz ele que mesmo os espíritos de Saturno
registrados em grimórios, como Cassiel e Aratron, são peixe pequeno nessa esfera, e só por isso
podem ser conjurados de forma segura. O alto escalão saturnino você só conjura se for muito fodão e
por pura curiosidade mórbida).
Variação: magia geomântica

Para quem entende um pouco de geomancia, uma variação possível da magia planetária é a magia
geomântica, que utiliza como foco as 16 figuras conhecidas desse método divinatório, que, como
vimos, estão ligadas aos 7 planetas, mais os nodos lunares (“cauda/cabeça do dragão”). Cada figura
geomântica é constituída de 4 partes, equivalentes aos 4 elementos, que podem estar ativos ou
passivos, o que permite que trabalhos mágicos com elas envolvam os elementos e mudras elementais
(segundo os quais cada dedo da mão simbolizaria um elemento). Uma forma simples de implementar
a geomancia na magia planetária é riscando os sigilos geomânticos listados em Agrippa (cf. a página
seguinte) numa vela da cor apropriada. Por exemplo, se você precisa de dinheiro, você pode gravar os
símbolos de Acquisitio (que tem fogo passivo, ar ativo, água passivo e terra ativo e tem ligações com
Júpiter) numa vela azul na quinta-feira e então proceder da forma que você quiser (conjurando o anjo,
fazendo magia de velas, etc.). As funções de cada símbolo geomântico são dadas abaixo:

Saturno
Tristitia: elemento terra, diminuição, induzir depressão/letargia, manter as coisas ocultas e estáveis
Carcer: fixar coisas em momentos de instabilidade, induzir desamparo, prisão

Júpiter
Acquisitio: magia financeira e ganhos no geral, encontrar coisas perdidas
Laetitia: elemento fogo, melhorar humor, manter as coisas ativas, revelar segredos

Marte
Puer: força e atividade, coragem, avidez, energia com foco
Rubeus: elemento ar, violência e sexualidade, confusão, vulnerabilidade, energia sem foco

Sol
Fortuna maior: vitória via trabalho duro, recompensas, deitar as bases para algo duradouro
Fortuna minor: vitória via sorte e ajuda dos outros, mudança e términos rápidos

Vênus
Puella: harmonização, prazer (efeitos temporários)
Amissio: qualquer tipo de perda (de coisas positivas ou negativas), magia amorosa

Mercúrio
Albus: elemento água, meditação e contemplação, ação indireta
Conjunctio: conciliação, mudança não radical (via reconsideração), caminhos

Lua
Populus: força extra, harmonia e unidade de pensamento, estabilização
Via: transformação, viagem, introduzir caos

Nodos lunares (para todos os efeitos, usam as mesmas correspondências da Lua)


Caput draconis: começar coisas, sorte (é associado à dupla Júpiter + Vênus)
Cauda draconis: finalizar coisas, maldições (é associado à dupla Saturno + Marte)
Sigilos geomânticos
Um mini-ritual hermético de sintonização astrológica

Esse ritual, chamado de “Calling the Sevenths” (Chamando os Sétimos), é explicado por polyphanes
(Sam Block, geomante, sacerdote Lukumí e bruxo hermético), em seu blog The Digital Ambler, e
também por Stephen Edred Flowers, em seu Hermetic Magic, baseado nos PGM. Ele funciona tanto
como parte de um ritual maior (a versão dos PGM do ritual do heptagrama) quanto como um
ritualzinho de rotina para ser usado sozinho regularmente e preliminar para outros rituais. Ele é
comparável a partes do Ritual do Pentagrama (como a Cruz Cabalística), mas eu acho mais amigável
porque só precisa que você memorize as poses e vogais, não precisa recitar coisas em hebraico nem
aderir a uma perspectiva metafísica abraâmica. Ele também é perfeito como preliminar para trabalhos
planetários. O passo a passo é o seguinte:

1. Comece no centro da sala, voltado para o leste4.


2. Dê um passo adiante e estenda as duas mãos para a esquerda. Entoe a vogal: A.
3. Vire à esquerda (E → N, sentido anti-horário). Estenda o punho esquerdo para a frente. Entoe: Ê.
3. Vire à esquerda (N → W). Estenda as duas mãos para a frente. Entoe: É.5
4. Vire à esquerda (W → S). Coloque as duas mãos sobre a sua barriga (plexo solar). Entoe: I.
5. Volte ao centro e olhe para baixo. Estique as mãos e toque a ponta do pé. Entoe: Ó.
6. Olhe ao redor e coloque a mão direta no coração. Entoe: U.
7. Olhe para cima e coloque as duas mãos sobre a cabeça. Entoe: Ô.

4
Se estiver num lugar fechado e não souber onde é o leste, pode-se usar qualquer janela como leste ou apontar para uma
direção e dizer “eu ritualmente declaro esta direção como leste”.
5
Resista à vontade de entoar Ê, MACARENA.
Uma dica de talismanologia: o condensador de fluidos

Para se construir e consagrar talismãs de um dado planeta, uma prática comum é produzir o talismã
com o metal do planeta em questão, mas isso nem sempre é possível e envolve aprender técnicas de
metalurgia que nem todo mundo está disposto a aprender (e que também são perigosas). Mas é
possível fazer talismãs de outros materiais não-metálicos, incluindo argila e papel. Para reforçar
talismãs de papel, porém, há uma dica nos livros de Bardon que é a produção de condensadores de
fluidos, um preparado líquido utilizado para ajudar a fixar “emanações”, “energias”, etc.

Para produzir um condensador de fluidos, você vai precisar de: 1) alguns gramas de flor de camomila
(comprar em loja de ervas e chá), 2) álcool líquido e 3) ouro coloidal (existe para vender em garrafa,
as pessoas bebem isso, bizarramente... tem no Mercado Livre). Primeiramente, coloque as flores de
camomila na panela com água e deixe ferver por 20 minutos. Uma vez preparado esse chá, deixe a
infusão esfriar com a tampa ainda, depois coe o líquido e o ferva um pouquinho mais (agora sem as
flores). Deixe esfriar e meça o quanto de chá foi produzido. Então adicione a mesma quantidade em
álcool, e, por fim, some o ouro coloidal (Bardon sugere apenas 10 gotas ou uma colher, mas, se você
comprou pronto, pode ser mais). Está feito. Outras coisas que podem ser incluídas são elementos
pessoais (sangue, sêmen), infusões de ervas ou pedras elementais/planetárias (misturadas com a
infusão de camomila antes de incluir o álcool), além de óleos essenciais (incluídos no último passo).
Guarde essa mistura na geladeira, sacudindo de vez em quando, e a coloque num borrifador para usar
quando preciso. Quando o condensador de fluidos é aplicado no papel ele fica com a linda coloração
de papel mijado.

Os quadrados mágicos (que também dá para reforçar utilizando o “papel mijado” ou gravar em metal)
podem ser utilizados eles próprios como talismãs, mas também é possível utilizá-los como foco de
uma prática diária. No dia adequado, pegue o quadrado do planeta em questão, olhe o número no seu
canto superior direito e então recite o seu mantra aquele dado número de vezes. No dia seguinte,
repita o processo com número abaixo daquele número inicial. Siga nessa ordem até chegar no último
número dessa coluna, lá embaixo, e então continue com o número à esquerda dele e depois comece a
subir, seguindo à esquerda e descendo de novo quando chegar no topo – os gregos chamam esse
caminho de bustrofédon, “como um boi”, porque imita o caminho em ziguezague que o boi faz ao arar
um campo. Manter esse processo pelo número de dias de cada quadradinho (9 para Saturno, 16 para
Júpiter, 25 para Marte, 36 para o Sol, 49 para Vênus, 64 para Mercúrio, e 81 para a Lua) ajuda a
“desbloquear as energias” desse planeta em sua vida (não deixe nenhum dia sem fazer, porém, senão é
necessário recomeçar). É útil incluir também visualizações e declarações dos seus desejos, bem como
outros elementos que reforcem a sintonia astrológica (a presença de correspondências como incenso,
etc.). Se você deseja utilizar o quadrado mágico para propósitos mais metafísicos ou visando suavizar
uma possível presença negativa do planeta em questão em seu mapa astral, em vez de almejar
objetivos materiais, o caminho é o invertido: comece, em vez disso, no canto inferior direito,
prosseguindo à esquerda até o final da linha, então subindo e seguindo à direita e assim por diante. Se
você conseguir fazer os quadradinhos em sequência, sem sobreposição, é possível fazer todos eles em
280 dias – ou 560 se fizer para obter objetivos práticos e espirituais.
Outra dica de talismanologia: a fórmula orante

Esta é outra técnica da Aurum Solis, de uso geral, chamada de orante formula que serve para energizar
um talismã. Ele não carrega as intenções nem consagra (isso você faz com o ritual específico
planetário e tal), mas é tipo colocar pilha no talismã, sabe? Se você sentir que seus talismãs criados
estão meio fraquinhos, a fórmula orante pode ajudar. Você não precisa de nada para fazer esse ritual,
só o talismã (ou futuro talismã, você pode fazer isso nele antes de carregá-lo ou consagrá-lo para uma
função específica), o seu corpo e uns cinco minutos. Segue o passo a passo:

1. Coloque o talismã no altar (ou o que quer que seja que estiver servindo de altar) e fique diante dele
reto, em pé, com as mãos caídas para o lado do corpo (eles chamam essa postura de wand posture,
que eu acho autoexplicativa, mas não tem como traduzir sem dar risada).
2. Visualize uma esfera de luz branca intensa e pulsando acima da sua cabeça.
3. Aspire. Enquanto você aspira, uma coluna de luz desce de lá dessa esfera até o plexo solar
(barriga/peito), onde ela se expande numa esfera de luz amarela dourada.
4. Expire. No que o ar sai dos seus pulmões, essa luz desce de novo, no formato de uma coluna até
logo abaixo dos seus pés, formando uma esfera de luz branca lá.
5. Aspire. Enquanto você aspira, a energia sobe pelas suas pernas na forma de uma chama intensa de
cor dourada e rosada até o plexo de solar de novo.
6. Expire. A luz para e repousa no seu plexo solar.
7. Repita a sequência 3-6 mais cinco ou seis vezes.
8. Agora você vai assumir a chamada Postura de Projeção com as duas mãos abertas e voltadas para
o talismã, com os cotovelos meio dobrados (é total pose de mago em RPG mesmo, nem precisa
descrever muito). Enquanto mantém a consciência dos “três centros” (a luz na coroa, no plexo solar e
debaixo do pé), você vai exalar visualizando a energia saindo do plexo solar e indo para o talismã,
sendo projetada pelas pontas dos dedos na forma de raios de luz dourada. Eu falei que era coisa de
RPG. Não precisa fazer efeitos sonoros também.
9. Terminou de projetar, cruza os braços sobre o peito (com o pulso esquerdo em cima do direito), na
posição que a GD chama de “Osíris ressuscitado” (tem imagem no Google) e volta à postura inicial.
10. Repete os passos 2-6 cinco ou seis vezes.
11. Encerre repetindo a posição dos braços cruzados e visualizando a luz no plexo solar se
expandindo até ocupar toda a sua esfera de consciência (i.e. toda a sala, iluminando tudo em dourado).

Se você usa regularmente rituais de banimento como o do Pentagrama lembre-se sempre de embrulhar
o talismã (na GD eles usavam seda pra isso) ou tirar ele do cômodo e levar para outro lugar antes de
banir. Fazer banimento com o talismã recém-carregado no altar parece que tem o efeito colateral de
descarregar ele.
PARTE SEGUNDA

AS DOZE CONSTELAÇÕES
Com as doze constelações, Scott Stenwick, em seu blog, ensina a conjurar o anjo em questão fazendo
um desenho do sigilo do nome do anjo com base no quadradinho mágico do planeta que rege o signo
(e.g. Áries = quadradinho mágico de Marte), pendurar esse sigilo no pescoço, e fazer o Ritual do
Hexagrama desse planeta regente vibrando o nome divino ligado à constelação (são permutações das
quatro letras de YHWH) e então recitar toda a adoração verborrágica do Liber 963 e chamar o anjo até
ele aparecer no espelho ou bola de cristal dentro do triângulo. É chato demais e a combinação de cores
de cada anjo é de fazer qualquer designer gráfico vomitar. No blog dele, é possível observar a
sequência de rituais que ele chamou de Via Solis, que é a conjuração desse anjo no primeiro dia em
que o Sol entra num novo signo, quando o pessoal da loja thelêmica dele prepara um elixir para ajudar
a aproveitar melhor as forças de cada mês zodiacal ou coisa assim.

O nome desses anjos e seus poderes e correspondências foram retirados do Liber 777, do Crowley,
mas também aparecem no Franz Bardon, em Prática da Evocação Mágica, onde estão listados como
espíritos das energias originais da esfera de Júpiter, como vimos. Bardon está usando a visão
hermética cosmológica clássica em que o macrocosmo é visto como esferas concêntricas uma dentro
da outra. A esfera mais próxima é a da Lua, habitada por 28 espíritos, como vimos também, depois
Mercúrio, etc. A mais distante é a de Saturno – porém, a esfera de Saturno parece uma descrição do
inferno em Bardon, e não seria útil para ninguém evocar o alto escalão de Saturno que é o pessoal
responsável por reger as suas energias originais de castigo, karma e punição. Por isso, estando a esfera
de Júpiter logo abaixo de Saturno, esses espíritos jupiterianos são os mais altos na escala dele, cada
um tendo controle sobre certos princípios “originais” importantes de manutenção do cosmo. É por
esse motivo que eu acho que a divisão dos poderes do Bardon é mais relevante do que a do Crowley.
Crowley parece estar se orientando segundo o tarô (por exemplo, Escorpião = letra hebraica nun = A
Morte, logo o anjo de Escorpião confere poderes de necromancia), mas o Bardon fala diretamente por
experiência própria, e esse controle sobre essas “energias originais” faz com que esses anjos sejam
muito mais poderosos, na realidade (na versão de Crowley, alguns anjos acabaram ficando com uns
poderes meio nhé). Em tempo, sobre a correspondência com o tarô, o caso dos signos é um pouco
menos polêmico (a equivalência das letras hebraicas não varia), por isso eu incluo essa referência
aqui. No entanto, é bom lembrar que isso não significa que astrologia sirva necessariamente para
iluminar o tarô (assim como com a geomancia, trata-se de sistemas independentes, em sua maior
parte), mas é certo que ajuda ter uma correspondência a mais para se agarrar durante o ritual, já que as
correspondências zodiacais são menos abundantes do que as planetárias.

Mas espere, tem mais! Antes da esfera da Lua, como dito, tem uma esfera da “zona em torno da Terra”
(o espaço astral-mental da Terra, como explica Bardon), que também é habitada por espíritos
zodiacais. Bardon lista um espírito para cada grau da eclíptica, de modo que tem um espírito no
primeiro grau de Áries, outro no segundo, etc., totalizando 360 espíritos, cada um com uma
especialidade. De novo, vocês podem conferir os sigilos desses espíritos no livro do Bardon, porque aí
já é demais eu incluir isso aqui, mas estou citando os nomes e especialidades para ajudar a
conferência. Parece que esses espíritos também aparecem mencionados no Abramelin. Depois dos
espíritos planetários de Agrippa ou do Arbatel, esses espíritos de Bardon da “zona em torno da Terra”,
além dos elementais (que não cito aqui porque não são o foco desta apostila, mas que são os mais
básicos em Bardon), são os mais tranquilos para se conjurar.

O método de evocação do Bardon é, em certa medida, mais de boas também, eu acredito, do que o que
o Stenwick ensina, menos chato, e você não precisa se ater ao sistema meio defasado da Golden Dawn
e nem recitar todo o blablablá que eu incluí aqui… porém ele exige muito mais do conjurador no
tocante ao domínio de técnica mágica. Você precisa estar realmente treinado mental e espiritualmente
para lidar com as entidades, tendo um mínimo de fórmulas e parafernália. Do contrário, diz Bardon,
você não está evocando nada, apenas trazendo à tona imagens do seu próprio subconsciente e às vezes
até criando entidades artificiais com alguma capacidade de atuação (como servidores e elementais),
mas que não vão poder te ajudar ensinando coisas, por exemplo, como muitos desses espíritos fazem.
Para quem não tem interesse em evocação ou ainda não chegou lá, talvez algum outro modo de
utilizar a energia das constelações seja possível (eu digo “talvez” apenas porque eu pessoalmente
ainda não testei). Eu imagino que você possa combinar a sintonização planetária com uma
sintonização elemental (por exemplo, Áries = Marte, seu regente + fogo, seu elemento, que pode ser
acumulado pelas técnicas de respiração elemental do Bardon ou pelo ritual maior de invocação do
Pentagrama), possivelmente com o quadradinho do planeta no altar ou a carta de tarô, dentro do
timing correto – o dia certo (terça-feira período diurno, no caso de Áries), com o sol ou a lua ou outro
planeta relevante no signo em questão. Aí você poderia acender as velas e recitar a adoração e montar
e carregar um talismã (tipo um patuá ou ainda uma spell jar talvez, com pedra, metal e plantas ligados
ao signo) com essa energia, projetando a sua intenção sobre ele enquanto vibra os nomes divinos,
depois defumando o talismã sobre o incenso adequado. O efeito deve ser diluído, mas acredito que
não seja necessário o grau de desenvolvimento mágico prescrito por Bardon para isso (já que, né, para
Bardon, você precisa ser extremamente pica para conjurar os espíritos zodiacais jupiterianos, tendo já
dominado TODAS as outras esferas abaixo). O Jason Miller, em The Sorcerer’s Secret, indica um tipo
parecido de ritual goético para contar com a ajuda de Bune sem precisar fazer uma evocação
completa, aí é mais ou menos a mesma lógica

Quanto aos 360 espíritos da “zona em torno da Terra” listados por Bardon… é, eu sei, é muito espírito,
mesmo com a minha listinha resumida. Para quem está procurando rápido algo de útil e fica agoniado
em ter que olhar tudo isso (até porque tem uns espíritos com uns poderes muito esquisitos ou
excessivamente específicos), eu dei uma peneirada já e selecionei alguns que me parecem mais
interessantes. São eles: Ecdulon (3º Áries), porque ensina magia no geral e evocação, e Oromonas (21º
Áries), pelo mesmo motivo (e porque Bardon o descreve como muito amigável e generoso, então ele
deve ter paciência para quem está começando), além do Nadele (24º Áries), porque aprender a curar
com magia é sempre útil; Jromoni (15º Touro), porque traz dinheiro rápido, e Hyla (22º Touro),
porque traz clareza mental e bom julgamento pela via da intuição e inspiração (o que todos neste
grupo precisamos); Debam (19º Gêmeos), porque é um mestre de rituais e pode ensinar coisas úteis;
Eneki (22º Gêmeos), pela iniciação (é sempre bom ser iniciado por um espírito desses) na profecia e
oráculos; Abagrion (19º Câncer), porque ensina fórmulas mágicas; Abbetira (22º Leão), porque dá
fama, riqueza, poder e favores de gente importante; Kirek (9º Virgem), pela iniciação na magia
alquímica, e Iserag (21º Virgem), porque dá boa sorte em tudo; Rigolon (13º Libra), porque, além de
ensinar a arte da sedução (vocês riem, mas vocês sabem que amarração é a coisa que as pessoas mais
procuram), ele ensina como ganhar o afeto de qualquer pessoa (de novo, sempre útil, especialmente
com chefes, economiza mel para honey jar); Ranar (9º Escorpião), pela proteção contra obsessão, e
Kofan (21º Escorpião), porque inverte situações ruins e ajuda a viver melhor; Golog (11º Sagitário),
pela iniciação na arte da evocação (se você está ainda começando a evocar, toda ajuda é válida), e
Ekore (28º Sagitário), pelo mindfuck que é mexer com coisas ligadas ao próprio destino e a treta entre
destino x livre-arbítrio; Porphora (3º Capricórnio), pela iniciação à magia simpática; Capipa (16º
Capricórnio), porque ajuda o conjurador a arranjar dinheiro, de modo que “não atrapalhe seu
desenvolvimento espiritual”; Porascho (8º Peixes), porque oferece sucesso acadêmico, Baroa (14º
Peixes), porque inspira todas as formas de artes, e, por fim, Boria (30º Peixes), porque ele
simplesmente te guia rumo ao caminho para se transformar praticamente num deus. De novo, talvez
seja possível aproveitar o poder desses espíritos (especialmente os que dão coisas tipo sorte e
dinheiro) utilizando o sigilo deles para fazer um talismã ou coisa assim.
ÁRIES – ♈

Permutação do nome divino: YHWH


Mês: Nisan/Nisanu Letra: heh (‫)ה‬ Tarô: O Imperador Tribo de Israel: Judá
Anjo: Melchiadel (M-L-K-Y-’-D-L) (‫)מלכיאדל‬
Poderes: consagrar coisas (777); controlar e direcionar a vontade e atividade de toda criatura na terra
e domínio sobre a magia do fogo em seu estado original (Bardon).
Hexagramas: hexagrama vermelho, símbolo astrológico em verde:
Correspondências: terça-feira (horário diurno), incenso de dragon’s blood (talvez qualquer outro
incenso marcial), ferro, rubi, lírio tigrado (Lilium lancifolium), gerânio e oliva.

Espíritos de Áries na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: vermelha)

1º Morech (conhecimento, intuição, inventividade, governa o fogo), 2º Malacha (ensina a andar pelo
reino das salamandras, alquimia), 3º Ecdulon (magia no geral, evocação, carregar espelhos mágicos,
magia amorosa), 4º Lurchi (amor e riqueza), 5º Aspadit (sorte), 6º Nascela (talento com literatura e
arte), 7º Apollogon (segredos mágicos, acesso ao mundo dos seres lunares), 8º Ramara (ensina
magia), 9º Anamil (responde tudo via inspiração), 10º Tabori (ensina domínio sobre a água e a
tempestade), 11º Igigi (domínio sobre humanos e animais, fórmulas mágicas), 12º Bialode (autoridade
mágica e magia solar), 13º Opilon (conhecimento), 14º Jrachro (inteligência), 15º Golog (filosofia),
16º Argilo (amor e amizade), 17º Barnel (amor e favores, música), 18º Sernpolo (aprender línguas),
19º Hyris (magia da água), 20º Hahadu (magia da água, condensadores de fluido, amado pelas
ondinas), 21º Oromonas (ensina magia no geral, muito amigável), 22º Bekaro (justiça, domina
salamandras), 23º Belifares (sabedoria), 24º Nadele (cura pela magia, é amado por gnomos), 25º
Yromus (alquimia e espagiria), 26º Hadcu (magia mental e astral), 27º Balachman (astrologia), 28º
Jugula (talismanologia, iniciação em símbolos mágicos), 29º Secabmi (aromaterapia), 30º Calacha
(hidroterapia).
Adoração de Áries
1. Ó Tu, vulcão nevado de fogo escarlate, Tu, pilar da crista de chamas da fúria! Sim, no que eu me
aproximo de Ti, Tu partes de mim como a fumaça soprada de minha janela de casa.
2. Ó meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, a Ti eu renuncio a luxúria carmim da
caça e a rajada das trombetas da guerra e o brilho de todas as estrelas; para que, como a corça, eu
possa ser trazido ao uivo dos sabujos em Teus braços e consumido no gozo impronunciável de Teu
arrebatamento sempiterno.
3. Ó Tu, flama das nuvens córneas da tempestade, que rompes sua desolação, que ruges mais que os
ventos; a Ti eu juro, pelas sandálias reluzentes das estrelas, galgar para além dos píncaros das
montanhas e rasgar Tua túnica púrpura dos trovões com a espada de luz argêntea.
4. Ó Tu, Senhor Soberano dos Bárbaros primevos, que caças com a aurora o cervo malhado do ocaso,
e cujas máquinas de guerra são cometas com cristas de sangue. Eu Te conheço! Ó Tu, O Coroado de
Chamas, que iluminas a Ti mesmo, o flagelo cujo golpe reunira os antigos mundos e afrouxara o
sangue das nuvens virginais do céu.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo no fogo velado pela fumaça das
montanhas: Tu as inflamaste como leões que sentem o cheiro do cervo, para que possam esbravejar a
Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como o carneiro branco que tem sede em meio ao
deserto escorchado pelo sol do amargor; a Ti eu rogo, Ó Tu, Deus grandioso! Que eu possa buscar as
águas profundas de Tua Sabedoria e mergulhar na alvura de Tua fulgência: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, fulgência do amor ardoroso, que persegues a aurora como o jovem persegue a virgem dos
lábios róseos; rasga-me com beijos ferozes de Tua boca, para que, na batalha de nossos lábios, eu seja
encharcado pelas fontes puras como as neves de Teu júbilo.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu que não és nem a raiz quíntupla da Natureza; nem o
elmo da crista de fogo do seu Mestre: Ó Tu que não és o Imperador do Tempo Eterno; nem o grito do
guerreiro que abala o Alicerce do Espaço! Eu te renego pelos poderes de meu entendimento. Ergue-me
na unidade de Tua força, e nutre-me nos seios fartos de Tua Nulidade que a tudo permeia; pois Tu és
todas e nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus: Tu, bastião dos céus tempestuosos; Tu, bigorna
dos raios das espadas dos anjos; Tu, forja soturna do relâmpago: Sim, eu me regozijo em Ti, Coroa de
Esplendor que a tudo subjuga; Ó Tu, elmo da vitória infinita, com a alma de um herói! Eu me
regozijo, sim, eu grito de alegria! até que os rios loucos corram a rugir pelos bosques, e a minha voz a
ecoar dance como um carneiro entre as colinas, pela Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, nutre-me com a verdade e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de Ti, pois toda minha agonia e angústia são senão como uma codorna a debater-se nas presas
de um lobo faminto.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois todas as minhas obras são como um adormecido,
aninhado, que passara o dia dormindo, mesmo com a vinda da aurora que paira como um gavião no
vazio. Porém, na obscuridade de meu despertar eu vejo, entre os seios da noite, a sombra de Tua
forma.
12. Ó, o que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu, o imortal eterno a encarnar? Ó Tu, que deténs a vida e a
morte! Tu, cujos seios são como os seios fartos de uma mãe, porém em Tua mão levas a espada da
destruição! Ó, como posso fender o escudo de Teu poder como uma criança leviana estoura uma bolha
com a pena do peito de uma pomba?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou snow-clad volcan of scarlet fire, Thou flamecrested pillar of fury! Yea, as I approach Thee, Thou
departest from me like unto a wisp of smoke blown forth from the window of my house.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the crimson lust of the chase,
and the blast of the brazen war-horns, and all the gleaming of the spears; so that like an hart I may be brought
to bay in Thine arms, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou flame of the horned storm-clouds, that sunderest their desolation, that outroarest the winds; I swear
to Thee by the gleaming sandals of the stars, to climb beyond the summits of the mountains, and rend Thy robe
of purple thunders with a sword of silvery light.

4. O Thou Sovran Lord of primaeval Baresarkers, who huntest with dawn the dappled deer of twilight, and
whose engines of war are blood-crested comets. I know Thee! O Thou flame-crowned Self-luminous One, the
lash of whose whip gathered the ancient worlds, and looseth the blood from the virgin clouds of heaven.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the smoke-veil'd fire of the mountains: Thou hast
inflamed them as lions that scent a fallow deer, so that they may rage forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a white ram that is athirst in a sun-scorched desert of bitterness; I beseech
Thee, O Thou great God! That I may seek the deep waters of Thy Wisdom, and plunge into the whiteness of
Thine effulgence: O Thou God, my God!

7. O Thou effulgence of burning love, who pursueth the dawn as a youth pursueth a rose-lipped maiden; rend
me with the fierce kisses of Thy mouth, so that in the battle of our lips I may be drenched by the snow-pure
fountains of Thy bliss.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the fivefold root of Nature; nor the fire-
crested helm of her Master: O Thou who art not the Emperor of Eternal Time; nor the warrior shout that
rocketh the Byss of Space! I deny Thee by the powers of mine understanding; Raise me in the unity of Thy
might, and suckle me at the swol'n breasts of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of
these in the fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou cloud-hooded bastion of the stormy skies; Thou lightning
anvil of angel swords; Thou gloomy forge of the thunderbolt: Yea, I rejoice in Thee, Thou all-subduing Crown
of Splendour; O Thou hero-souled helm of endless victory! I rejoice, yea, I shout with gladness! till the mad
rivers rush roaring through the woods, and my re-echoing voice danceth like a ram among the hills, for the
Glory and Splendour of Thy Name.

10. O my God, suckle me with truth and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my agony
of anguish is but as a quail struggling in the jaws of an hungry wolf.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all my works are as a coiled-up sleeper who hath overslept the
day, even the dawn that hovereth as a hawk in the void. Yet in the gloom of mine awakening do I see, across the
breasts of night, Thy shadowed form.

12. O what art Thou, O God my God, Thou eternal incarnating immortal One? O Thou welder of life and
death! Thou whose breasts are as the full breasts of a mother, yet in Thy hand Thou carriest the sword of
destruction! O how can I cleave the shield of Thy might as a little wanton child may burst a floating bubble
with the breast-feather of a dove?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
TOURO – ♉

Permutação do nome divino: YHHW


Mês: Iyar/Aru Letra: vav (‫)ו‬ Tarô: O Papa Tribo de Israel: Issachar
Anjo: Asmodel (’-S-M-W-D-’-L) (‫)אסמודאל‬
Poderes: Segredo da força física (777); segredos do amor cósmico (Bardon).
Hexagramas: hexagrama laranja, símbolo astrológico em azul esverdeado
Correspondências: sexta-feira (horário noturno), incenso de storax, cobre, topázio, malva e “todas as
árvores gigantescas”.

Espíritos de Touro na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: verde)

1º Serap (magia simpática via fogo com condensadores de fluidos), 2º Molabeda (fenômenos
naturais, vida sexual), 3º Manmes (plantas); 4º Faluna (proteção do corpo, espagiria, riqueza), 5º
Nasi (conselhos, ensina a ganhar dinheiro e subir na vida, ter prazeres), 6º Conioli (matemática,
numerologia, iniciação na “astro-cabala”), 7º Carubot (literatura), 8º Jajaregi (literatura, com
ocultismo), 9º Orienell (ajuda com ocultismo no geral), 10º Concario (magia lunar), 11º Dosom
(iniciação em ocultismo, hipnose e magnetismo mágico), 12º Galago (domínio da aura), 13º Paguldez
(magia natural), 14º Pafessa (ajuda profissional, é servido por gnomos), 15º Jromoni (dinheiro
rápido), 16º Tardoe (talentos), 17º Ubarim (amor, amizade, talismãs), 18º Magelucha (domínio do ar
e da água), 19º Chadail (agricultura), 20º Charagi (invenções na área agrícola e florestal), 21º Hagos
(crescimento mágico de plantas), 22º Hyla (clareza mental, intuição e inspiração), 23º Camalo
(mineralogia), 24º Baalto (mineração, gnomos, vulcões), 25º Camarion (alimentação), 26º Amalomi
(cabala), 27º Gagison (filosofia, religião), 28º Carahami (cosmologia), 29º Calamos (plantas, magia
marinha), 30º Sapasani (magia aquática, magia com sal marinho)
Adoração de Touro
1. Ó, Tu, terra de veraneio da alegria eterna, Ó jardim extático das flores! Sim, no que eu Te reúno,
minha colheita é não mais que uma gota de orvalho reluzindo no cálice áureo da flor do açafrão.
2. Ó meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti os beijos da minha
senhora e o murmúrio de sua boca, e todo o tremor de seu seio firme e jovem, para que eu seja
envolvido nas chamas de Teu abraço de fogo e consumido no gozo impronunciável de Teu
arrebatamento sempiterno.
3. Ó Tu, o engordado de cem fortalezas de ferro, carmesim como as lâminas de um milhão de espadas
homicidas; eu juro a Ti, pela guirlanda de fumaça do vulcão, abrir o santuário secreto do Teu peito
taurino e arrancar como augúrio o coração de teu mistério que a tudo penetra.
4. Ó Tu, Pedra-da-lua soberana de graça perolada, de cuja multidão de olhos lampejam as nuvens de
chamas da vida, e cujo alento abrasa o Abismo dos Abismos. Eu Te conheço! Ó Tu, nascente do éter
feroz, na pupila de cujo esplendor todas as coisas repousam, agachadas e envoltas como um bebê no
útero da mãe.
5. Ó, Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo no semblante de minha amada: Tu a
despiste dos lírios brancos e rosas carmim, para que ela possa corar a Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como um touro atônito e inebriado da vindima de Teu
sangue; a Ti eu rogo, Ó grande Deus! Que eu possa gritar pelo universo o Teu Poder e pisar as uvas
doces de néctar de Tua Essência: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, touro negro num campo de meninas alvas, cujos flancos espumantes são como a noite
estrelada possuída pelos braços ferozes do dia; sacode os chifres purpúreos de minha paixão, para que
eu possa dissolver como uma coroa de fogo no deslumbre de Teu êxtase.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu não és nem o touro áureo dos céus; nem a fonte
carmim das luxúrias dos homens: Ó Tu, que reclinas não sobre o Carro da Noite; que não repousas
Tua mão no cabo do Arado! Eu Te renego pelos poderes de meu entendimento; Conduz-me com
urgência à unidade de Teu poder, embebe-me com a vindima rubra de Tua Nulidade que a tudo
permeia; pois Tu és todas e nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, orbe opalescente dos ocasos estilhaçados; Tu,
bossa perolada no escudo da luz; Tu, sacerdote pardo na Missa da luxúria; Sim, eu me regozijo em Ti,
Ó terra nefelibata de calcedônia da luz; Ó Tu, pétala de papoula pairando na nevasca! Eu me regozijo,
sim, eu grito de alegria! até que o frenesi de minhas palavras corra pelas almas dos homens, como um
touro vermelho sangue na manada branca do gado atemorizado, pela Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, conforta-me com a paz e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de Ti, pois todo o labor de minha vida é senão como um pequeno rato branco nadando por um
vasto mar de sangue carmim.
11. Ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois todos os meus labores são como bois exauridos,
retardatários e doloridos dos golpes do aguilhão, arando sulcos negros pelos campos brancos da luz.
Porém, no rastro descuidado de sua lenta labuta eu avisto a colheita dourada de Tua fulgência.
12. O que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu, o poderoso trabalhador coberto do pó da labuta? Ó Tu,
pequena formiga da terra! Tu, grande monstro que enfureces os mares, e com Teu vigor exaure a força
dos rochedos! Ó, como posso prender-Te na teia de aranha de meus cânticos e permanecer uno, sem
que a fúria de Tuas narinas me consuma?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou summer-land of eternal joy, Thou rapturous garden of flowers! Yea, as I gather Thee, my harvest is
but as a drop of dew shimmering in the golden cup of the crocus.

2. O my God, Thou mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the kisses of my mistress, and
the murmur of her mouth, and all the trembling of her firm young breast; so that I may be rolled a flame in Thy
fiery embrace, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou fat of an hundred fortresses of iron, crimson as the blades of a million murderous swords; I swear to
Thee by the smoke-wreath of the volcano, to open the secret shrine of Thy bull's breast, and tear out as an
augur the heart of Thine all-pervading mystery.

4. O Thou Sovran Moonstone of pearly loveliness, from out whose many eyes flash the fire-clouds of life, and
whose breath enkindleth the Byss and the Abyss. I know Thee! O Thou fountain-head of fierce aethyr, in the
pupil of whose brightness all things lie crouched and wrapped like a babe in the womb of its mother.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the countenance of my darling: Thou hast
unclothed her of white lilies and crimson roses, so that she may blush forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a thunder-smitten bull that is drunk upon the vintage of Thy blood; I
beseech Thee, O Thou great God! That I may bellow through the universe Thy Power, and trample the nectar-
sweet grapes of Thine Essence: O Thou God, my God!

7. O Thou black bull in a field of white girls, whose foaming flanks are as starry night ravished in the fierce
arms of noon; shake forth the purple horns of my passion, so that I may dissolve as a crown of fire in the
bewilderment of Thine ecstasy.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the golden bull of the heavens; nor the
crimsoned fountain of the lusts of men: O Thou who reclinest not upon the Waggon of Night; nor restest Thine
hand upon the handle of the Plough! I deny Thee by the powers of mine understanding; Urge me in the unity of
Thy might, and drench me with the red vintage of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none
of these in the fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou opalescent orb of shattered sunsets; Thou pearly boss on
the shield of light; Thou tawny priest at the Mass of lust: Yea, I rejoice in Thee, Thou chalcedony cloudland of
light; O Thou poppy-petal floating upon the snowstorm! I rejoice, yea, I shout with gladness! till my frenzied
words rush through the souls of men, like a blood-red bull through a white herd of terror-stricken kine, at the
Glory and Splendour of Thy Name.

10. O my God, comfort me with ease and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all the toil of
my life is but as a small white mouse swimming through a vast sea of crimson blood.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all my labours are as weary oxen laggard and sore stricken with
the goad, ploughing black furrows across the white fields of light. Yet in the scrawling trail of their slow toil do
I descry the golden harvest of Thine effulgence.

12. O what art Thou, O God my God, Thou mighty worker laden with the dust of toil? O Thou little ant of the
earth! Thou great monster who infuriatest the seas, and by their vigour wearest down the strength of the cliffs!
O how can I bind Thee in a spider's web of song, and yet remain one and unconsumed before the raging of Thy
nostrils?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
GÊMEOS – ♊

Permutação do nome divino: YWHH


Mês: Sivan/Simanu Letra: zayin (‫)ז‬ Tarô: Os Amantes Tribo de Israel: Zebulun
Anjo: Ambriel (’-M-B-R-Y-’-L) (‫)אמבריאל‬
Poderes: Projeção astral e profecia (777); domínio de toda atividade mental, das artes e ciências
(Bardon).
Hexagrama: hexagrama laranja, símbolo astrológico em azul-escuro
Correspondências: quarta-feira (horário diurno), incenso de losna/absinto, mercúrio e qualquer liga
metálica (como latão), alexandrita, turmalina e espato da Islândia, orquídeas e flores híbridas.

Espíritos de Gêmeos na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: marrom)

1º Proxones (invenções, eletricidade), 2º Yparcha (invenções técnicas, progresso futuro), 3º


Obedemah (química e biologia), 4º Padidi (pintura), 5º Peralit (conhecimento sobre a vida e a
morte), 6º Isnirki (compreensão e influência animal), 7º Morilon (símbolos), 8º Golema (filosofia
oculta), 9º Timiram (leis da harmonia), 10º Golemi (leis da analogia, avaliação do seres), 11º
Darachin (influência mental do intelecto), 12º Bogoloni (telepatia), 13º Paschy (ensina a ser um
diplomata), 14º Amami (literatura filosófica), 15º Pigios (inspiração literária), 16º Cepacha (iniciação
aos mistérios da beleza), 17º Urgivoh (favores de pessoas importantes), 18º Amagestol (iniciação aos
segredos do amor), 19º Debam (mestre da magia), 20º Kolani (iniciação à dança oculta), 21º
Mimosah (lei), 22º Eneki (iniciação à arte da profecia e oráculos), 23º Corilon (artistas
performáticos, atores etc), 24º Ygarimi (conexões entre causas ocultas), 25º Jamaih (história das
religiões), 26º Bilifo (associações mágicas), 27º Mafalach (resolução de problemas, leva alunos de
magia a encontrar mestres), 28º Kaflesi (analogias secretas), 29º Sibolas (a conexão verdadeira de
todas as coisas, magia natural), 30º Seneol (proteção na água).
Adoração de Gêmeos
1. Ó Tu, música latejante da vida e da morte. Tu, harmonia rítmica do mundo! Sim, no que eu escuto o
eco de Tua voz, meu arrebatamento é como o sussurro das asas de uma borboleta.
2. Ó, meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti o beijo suave das
alegrias da vida e as doçuras melífluas deste mundo e todas as sutilezas da carne; para que eu possa
me banquetear do fogo de Tua paixão e ser consumido no gozo impronunciável de Teu arrebatamento
sempiterno.
3. Ó Tu, Olho Que Consome, em meio à luz sempiterna encrustada como uma pérola em meio às
pálpebras da Noite e do Dia; eu juro a Ti, pelo vácuo informe do Abismo, banhar as galáxias da noite
em escuridão e soprar meteoros como bolhas nas presas espumantes do sol.
4. Ó Tu, Mãe Soberana do alento do ser, de seios cujo leite é como uma fonte de amor, dois jatos de
chamas sobre o peito azul da noite. Eu Te conheço! Ó Tu, Virgem das clareiras enluaradas, que nos
acaricia como uma gota de orvalho em Teu colo, sempre atenta sob o berço de nosso destino.
5. Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo no choro das nuvens que voam: Tu te
entumesces com os seios azuis dos rios lácteos, para que elas possam correr a Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como um eunuco obscuro a cantar com vozes gêmeas,
porém mudo em ambas as línguas; a Ti eu rogo, Ó Tu, grande Deus! Para que eu possa calar minha
melodia em Teu Silêncio e crescer até o doce êxtase de Teu Cântico: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, árbitro sinistro de todos os homens, cuja barra de tua túnica bordada mancha de carmim as
ameias do Espaço; desnuda para mim o mamilo estrelado de Teu seio, para que o leite de Teu amor
possa nutrir-me para a luxúria de Tua virgindade.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu que não és nem os olhos estrelados do céu; nem a
testa da manhã coroada; Ó Tu que não és percebido pelos poderes da mente; nem apreendido pelos
dedos do Silêncio ou da Fala! Eu te renego pelos poderes de meu entendimento; Traja-me na unidade
de Teu poder e faz-me correr à cegueira de Tua nulidade que a tudo permeia; pois Tu és todas e
nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, o voo sem perigo do riso alegre, Tu, eunuco
armado com uma lança diante do véu da alegria; Tu, o temido Insaciável: Sim, eu me regozijo em Ti,
Tu, altivo ponto de encontro do Êxtase; Ó Tu, leito nupcial do arrebatamento murmurante! Eu me
regozijo, sim, eu grito de alegria! até me enroscar nas melenas negras da tempestade e açoitar a
procela na escuma verde de basiliscos geminados, na Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, trata-me com suavidade e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de Ti; pois todo meu labor é senão como uma lançadeira, sem fio, de aço perfurado aqui e ali
pela roca negra da noite.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois toda a esperança de meu coração foi possuída como o
corpo de uma virgem caída às mãos de um grupo de ladrões amotinados. Porém, no ultraje de minha
inocência eu revelo o maná límpido de Tua pureza.
12. O que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu, a língua forquilhada do trovão de garganta purpúrea? Ó Tu,
espada argêntea do relâmpago! Tu, que arrancas o fuzil de chamas da nuvem da tempestade, como um
feiticeiro dilacera o coração de um cabrito negro! Ó, como posso possuir-Te como às cúpulas dos
céus, para que eu possa consertar a pedra angular de minha razão no arco de Tua testa?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou throbbing music of life and death, Thou rhythmic harmony of the world! Yea, as I listen to the echo
of Thy voice, my rapture is but as the whisper of the wings of a butterfly.

2. O my God, Thou mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the soft-lipp'd joys of life, and
the honey- sweets of this world, and all the subtilities of the flesh; so that I may be feasted on the fire of Thy
passion, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou Consuming Eye of everlasting light set as a pearl betwixt the lids of Night and Day; I swear to Thee
by the formless void of the Abyss, to lap the galaxies of night in darkness, and blow the meteors like bubbles
into the frothing jaws of the sun.

4. O Thou Sovran Mother of the breath of being, the milk of whose breasts is as the fountain of love, twin-jets of
fire upon the blue bosom of night. I know Thee! O Thou Virgin of the moonlit glades, who fondleth us as a drop
of dew in Thy lap, ever watchful over the cradle of our fate.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the weeping of the flying clouds: Thou hast swelled
therewith the blue breasts of the milky rivers, so that they may roll forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a black eunuch of song that is twin-voiced, yet dumb in either tongue; I
beseech Thee, O Thou great God! That I may hush my melody in Thy Silence, and swell into the sweet ecstasy
of Thy Song: O Thou God, my God!

7. O Thou dread arbiter of all men, the hem of whose broidered skirt crimsoneth the white battlements of
Space; bare me the starry nipple of Thy breast, so that the milk of Thy love may nurture me to the lustiness of
Thy virginity.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the starry eyes of heaven; nor the
forehead of the crowned morning; O Thou who art not perceived by the powers of the mind; nor grasped by the
fingers of Silence or of Speech! I deny Thee by the powers of mine understanding; Robe me in the unity of Thy
might, and speed me into the blindness of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of these
in the fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou unimperilled flight of joyous laughter; Thou eunuch glaive-
armed before joy's veil; Thou dreadful insatiable One: Yea, I rejoice in Thee, Thou lofty gathering-point of
Bliss; O Thou bridal-bed of murmuring rapture! I rejoice, yea, I shout with gladness! till I tangle the black
tresses of the storm, and lash the tempest into a green foam of twining basilisks, in the Glory and Splendour of
Thy Name.

10. O my God, entreat me gently and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my toil is but
as a threadless shuttle of steel thrust here and there in the black loom of night.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all the hope of my heart hath been ravished as the body of a
virgin that is fallen into the hands of riotous robbers. Yet in the outrage of mine innocence do I disclose the
clear manna of Thy purity.

12. O what art Thou, O God my God, Thou forked tongue of the purple-throated thunder? O Thou silver sword
of lightning! Thou who rippest out the fire-bolt from the storm-cloud, as a sorcerer teareth the heart from a
black kid! O how can I possess Thee as the dome of the skies, so that I may fix the keystone of my reason in the
arch of Thy forehead?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
CÂNCER – ♋

Permutação do nome divino: HWHY


Mês: Tammuz/Du’zu Letra: chet (‫)ח‬ Tarô: O Carro Tribo de Israel: Reuben
Anjo: Muriel (M-W-R-Y-’-L) (‫)מוריאל‬
Poderes: Lançar encantamentos (777); responsável pelo elemento da água em toda a hierarquia
cósmica (Bardon)
Hexagrama: hexagrama amarelo-escuro, símbolo astrológico em índigo
Correspondências: segunda-feira (horário noturno), incenso de onycha, prata, âmbar, lótus.

Espíritos de Câncer na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: branco prata)

1º Nablum (alquimia), 2º Nudatoni (informação sobre vulcões, pirotecnia), 3º Jachil (segredos


eróticos, magia sexual), 4º Helali (magia simpática), 5º Emfalion (saúde do corpo, juventude), 6º
Pliroki (enviar mensagens à distância), 7º Losimon (mistérios sobre as religiões antigas… e
levitação), 8º Kiliki (mistérios do ritmo e vibração), 9º Oramos (fenômenos psíquicos e espelhos
mágicos), 10º Tarato (influencia o clima), 11º Horomar (mistérios da iniciação), 12º Tmako
(transmutação), 13º Nimalon (linguagem mágica), 14º Camalo (invisibilidade), 15º Mimtrix
(desmaterializar e rematerializar objetos), 16º Kalote (leis cósmicas e virtudes divinas), 17º
Ysgquiron (segredos do amor divino), 18º Sikesti (segredos da evolução do micro e macrocosmo),
19º Abagrion (ensina fórmulas mágicas), 20º Kibigili (evocação na zona em torno da Terra), 21º
Arakuson (leis divinas, sabedoria), 22º Maggio (emanação divina, ensina a causar efeitos diretamente
a partir da zona em torno da terra), 23º Dirilisin (magia do tempo e do espaço), 24º Akahimo
(controle das virtudes, qualidades e poderes do princípio akáshico), 25º Aragor (purificação), 26º
Granona (ensina a obter alianças cósmicas com esferas interplanetárias), 27º Zagol (magia das
esferas cósmicas), 28º Mennolika (mestre da teurgia divina, ensina a usar nomes cabalísticos), 29º
Forfasan (sabedoria), 30º Charonthona (karma e princípio akáshico).
Adoração de Câncer
1. Ó Tu, procela ardorosa de areia que cega, Tu, redemoinho das profundezas das trevas! Sim, em
minha luta por Ti, através de Ti, minha força é como a de uma pomba pairando pelos mamilos
purpúreos da tempestade.
2. Ó meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, a Ti eu renuncio o estrondo
incessante das ondas e a fúria da tempestade e todo o rumor das águas varridas pelo vento; para que eu
possa beber da espuma porfirina dos Teus lábios e ser consumido pelo gozo impronunciável de Teu
arrebatamento sempiterno.
3. Ó Tu, soldado de tão grande estatura do oceano azul, cujo castelo fora construído nas areias da vida
e da morte; eu juro a Ti, pelas lâminas lustrosas das águas, criar meu caminho, partindo-o em meio a
Tua eremitagem armada, e repousar como um cadáver sem olhos sob o caixão do Poderoso Mar.
4. Ó Tu, Guerreiro Soberano de férreo valor, cuja cimitarra é uma chama entre o dia e a noite, cujo
elmo tem por crista as asas do Abismo. Eu Te conheço! Ó Tu, guardião quadri-ocular dos céus, que
alimentas a chama dos corações dos vencidos e cobres de fogo o ventre dos desarmados.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; contemplo a Ti nas vagas de cor de âmbar da tempestade: Tu
deitaste teu açoite sobre as esfinges das águas, para que elas possam clamar a Glória do Teu Nome.
6. Ó Tu, poderoso Deus, faz com que eu seja como um caranguejo de esmeralda que rasteja sobre as
areias úmidas do litoral; a Ti eu rogo, Ó Tu, grande Deus! Que eu possa escrever Teu nome nos litorais
do Tempo e afundar em meio aos átomos brancos do Teu Ser. Ó Tu Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, sedento auriga do Tempo, cujo cálice é a noite oca preenchida pela espuma da vindima do
dia; banha-me com as chuvas da Tua paixão, para que eu possa arfar em Teus braços como uma língua
de raios no peito purpúreo da noite.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu que não és nem a forja da Eternidade; nem o ventre
tonitroante do Caos: Ó Tu que não te encontras no assoviar da saraiva; nem na revolta da tempestade
do equinócio! Eu Te renego pelos poderes de meu entendimento; Traz-me a unidade de Teu poder e
que eu me alimente do maná melífluo de Tua Nulidade que a tudo permeia; pois Tu és todas e
nenhuma dessas coisas na plenitude do Teu Não Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu meu Deus; Tu, coruscante ponto estrelado da Infinitude; Tu, o
fogo que inunda do Vazio; Ó Tu, cálice do luar da vida eterna: Sim, eu me regozijo em Ti, guerreiro de
aço e sandálias de fogo; Ó Tu, orvalho sangrento do campo da carnificina e da morte! Eu me regozijo,
sim, eu grito de alegria! até a música em minha garganta castigar as colinas como uma lua crescente
desperta um campo noturno de cometas adormecidos, na Glória e Esplendor do Teu Nome.
10. Ó meu Deus, cobre-me de beijos e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho diante
de Ti; pois todos os meus desejos são senão como gotas de orvalho sorvidos de lírios argênteos pela
garganta de um jovem deus.
11. Ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois toda paixão do meu amor é labirintina como os olhos
perplexos de um jovem que desperta para descobrir que sua amada partira. Porém, no leito amassado
da luxúria eu o contemplo como uma impressão do sigilo do Teu nome.
12. Ó o que és Tu, Ó Deus meu Deus, Tu de escamas de âmbar, cujos olhos pousam sobre as colunas?
Ó Tu, vidente cego de todas as coisas! Tu guerreiro desarmado da lança que urges Teus corcéis e cegas
as extremidades externas das trevas com Tua Glória! Ó como posso apanhar as rodas a girar do Teu
esplendor, sem ser golpeado de morte, porém, pela fúria violenta da Tua carruagem?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou burning tempest of blinding sand, Thou whirlwind from the depths of darkness! Yea, as I struggle
through Thee, through Thee, my strength is but as a dove's down floating forth on the purple nipples of the
storm.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the ceaseless booming of the
waves, and the fury of the storm, and all the turmoil of the wind-swept waters; so that I may drink of the
porphyrine foam of Thy lips, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou ten-footed soldier of blue ocean, whose castle is built upon the sands of life and death; I swear to
Thee by the glittering blades of the waters, to cleave my way within Thine armed hermitage, and brood as an
eyeless corpse beneath the coffin-lid of the Mighty Sea.

4. O Thou Sovran Warrior of steel-girt valour, whose scimitar is a flame between day and night, whose helm is
crested with the wings of the Abyss. I know Thee! O Thou four-eyed guardian of heaven, who kindleth to a
flame the hearts of the downcast, and girdeth about with fire the loins of the unarmed.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the amber combers of the storm: Thou hast laid
Thy lash upon the sphinxes of the waters, so that they may boom forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as an emerald crab that crawleth over the wet sands of the sea-shore; I
beseech Thee, O Thou great God! That I may write Thy name across the shores of Time, and sink amongst the
white atoms of Thy Being. O Thou God, my God!

7. O Thou thirsty charioteer of Time, whose cup is the hollow night filled with the foam of the vintage of day;
drench me in the shower of Thy passion, so that I may pant in Thine arms as a tongue of lightning on the purple
bosom of night.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the forge of Eternity; nor the thunder-
throated womb of Chaos: O Thou who art not found in the hissing of the hail-stones; nor in the rioting of the
equinoctial storm! I deny Thee by the powers of mine understanding; Bring me to the unity of Thy might, and
feast me on honeyed manna of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of these in the
fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou coruscating star-point of Endlessness; Thou inundating fire
of the Void; Thou moonbeam cup of eternal life: Yea, I rejoice in Thee, Thou fire-sandalled warrior of steel; O
Thou bloody dew of the field of slaughter and death! I rejoice, yea, I shout with gladness! till the music of my
throat smiteth the hills as a crescent moon waketh a nightly field of sleeping comets, at the Glory and
Splendour of Thy Name.

10. O my God, fondle me with kisses and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my
desires are as dewdrops that are sucked from silver lilies by the throat of a young god.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all the passion of my love is mazed as the bewildered eyes of a
youth, who should wake to find his beloved fled away. Yet in the crumpled couch of lust do I behold as an
imprint the sigil of Thy name.

12. O what art Thou, O God my God, Thou amber-scal'd one whose eyes are set on columns? O Thou sightless
seer of all things! Thou spearless warrior who urgest on Thy steeds and blindest the outer edge of darkness
with Thy Glory! O how can I grasp the whirling wheels of Thy splendour, and yet be not smitten into death by
the hurtling fury of Thy chariot?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
LEÃO – ♌

Permutação do nome divino: HWYH


Mês: Ab/Abu Letra: Teth (‫)ט‬ Tarô: A Força Tribo de Israel: Simeon
Anjo: Verachiel (W-R-K-Y-’-L) (‫)ורכיאל‬
Poderes: Treinar “bestas selvagens” (metaforicamente quebra de padrões) (777), poder sobre toda a
vida e a hierarquia cósmica, revela métodos para obter o controle hierárquico e causa todo tipo de
“milagre” alimentado pelo poder da convicção (Bardon)
Hexagrama: hexagrama amarelo claro, símbolo astrológico em roxo
Correspondências: domingo (horário diurno), incenso de olíbano, ouro (latão é um substituo
aceitável), girassol e olho de gato.

Espíritos de Leão na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: dourado, bronze ou amarelo
dourado)

1º Kosem (princípio do fogo na zona em torno da terra e sua influência no mundo físico), 2º
Methaera (ensina a fazer uso dos poderes do sol e do fluido elétrico), 3º Jvar (origem das paixões no
corpo astral), 4º Mahra (magia dos elementos), 5º Paruch (como usar o ímã tetrapolar), 6º Aslotama
(poder da propagação), 7º Kagaros (princípio do ar, correlação entre corpo físico, corpo astral e o
espírito), 8º Romasara (segredos do ar, pranayama), 9º Anemalon (iniciação no caminho do amor e
santidade), 10º Tabbata (transmutação dos elementos), 11º Ahahbon (iniciação no êxtase e transe),
12º Akanejonaho (teurgia divina), 13º Horog (ensina o caminho à perfeição), 14º Texai (a síntese de
todos os sistemas religiosos), 15º Herich (harmonização das conexões dos mundos mental, astral e
físico), 16º Ychniag (métodos de onisciência e intuição divina), 17º Odac (magia do amor cósmico),
18º Mechebbera (anatomia oculta, cura teúrgica), 19º Paschan (magia talismânica), 20º Corocona
(alquimia dos metais e medicina), 21º Rimog (profecia), 22º Abbetira (ensina a obter fama, poder,
riqueza e favores de gente importante), 23º Eralicarison (a iniciação em todos os sistemas religiosos,
especialmente yoga), 24º Golopa (ensina leitura akáshica), 25º Jgakys (ensina a refinar a
consciência), 26º Pagalusta (ensina a produzir fenômenos mediúnicos), 27º Ichdison (iniciação aos
métodos de realizar desejos), 28º Takrosa (ensina fórmulas mágicas com aplicações elementais), 29º
Andrachor (magia da água), 30º Carona (proteção contra o clima).
Adoração de Leão
1. Ó Tu, gigante coroado em meio aos grandes gigantes, Tu, soldado da guerra da espada carmesim!
Sim, no que eu combato contigo, Tu me dominas como um leão mata um bebê aninhado entre os
lírios.
2. Ó, meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti os sussurros do
deserto e os gemidos do simum e todo o silêncio do mar de areia; para que eu me perca nos átomos de
Tua Glória e seja consumido no gozo impronunciável de teu arrebatamento sempiterno.
3. Ó Tu, Oceano incandescente de estrelas derretidas, erguendo-se acima do arco do Firmamento; eu
Te juro, pelas lanças crinadas da luz, fazer despertar o leão de Tua treva em seu covil e açoitar a
feiticeira do meio dia até enfurecê-la com serpentes de fogo.
4. Ó Tu, Luz Soberana do fogo da graça, cujas madeixas flamejantes correm água abaixo pelo éter
como os nós do relâmpago profundamente arraigados no Abismo. Eu Te conheço! Ó Tu, o mangual da
claridade a joeirar, o açoite apaixonado cuja mão, em movimentos circulares, dispersa a humanidade
diante de Tua fúria como a rajada de vento do seio tempestuoso do Oceano.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo no Leão Rampante da aurora; Tu
esmagaste com Tua pata a leoa agachada da Noite, para que ela possa rugir a Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como um leão de rubi que ruge dos píncaros de uma
montanha branca; a Ti eu rogo, Ó grande Deus! Que eu possa ecoar Teu domínio pelas colinas e
encolher-me até chegar ao mamilo de Tua bondade. Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, Serpente Rainha opalescente, cuja boca é como o ocaso, sangrento da matança do dia; detém-
me nas chamas carmesins de Teus braços, para que, com Teus beijos, eu possa expirar como uma
bolha na escuma de Teus lábios ofuscantes.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu que não és nem os rastros do carro; nem o poste da
ilusão galopante: Ó Tu que não és nem o pivô de todo o Universo; nem o corpo da mulher serpente
das estrelas! Eu Te renego pelos poderes de meu entendimento; Guia-me na unidade de Tua força e
leva-me ao limiar de Tua Nulidade que a tudo permeia, pois Tu és todas e nenhuma dessas coisas na
plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, ourivesaria da neve sobre os membros da
noite; Tu, elaboração da unicidade; Tu, a chuva dos sóis universais: Sim, eu me regozijo em Ti, Tu, o
belo, Tu, o selvagem; Ó Tu, grande leão rugindo sobre um mar de sangue! Eu me regozijo, sim, eu
grito de alegria! até que o trovão selvagem de meu louvor destrua, como um sátiro com um infante, os
noventa e nove portões de Teu Poder, na Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, exalta-me com sangue e sê misericordioso comigo, no que eu me humilho diante de
Ti; pois toda minha coragem é senão como a presa de uma víbora que golpeia o pé rosado da aurora.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois toda a alegria de meus dias jaz desonrada como a virgem
do véu lustroso da noite rasgado e pisoteado pelos garanhões açoitados de sol da Aurora. Porém, na
frenesi de suas cópulas eu estremeço com o orvalho perolado da luz extática.
12. Ó, o que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu presa vermelho-fogo que róis os membros azuis da noite?
Ó Tu, alento devorador da chama! Tu, oceano ilimitável do ar em frenesi, em quem tudo é uno, uma
pluma atirada à fornalha! Ó, como posso ousar me aproximar e parar diante de Ti, pois sou como uma
folha murcha a rodopiar na fúria da tempestade?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou crowned giant among great giants, Thou crimson-sworded soldier of war! Yea, as I battle with Thee,
Thou masterest me as a lion that slayeth a babe that is cradled in lilies.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the whispers of the desert,
and the moan of the simoom, and all the silence of the sea of dust; so that I may be lost in the atoms of Thy
Glory, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou incandescent Ocean of molten stars, surging above the arch of the Firmament; I swear to Thee by
the mane-pennoned lances of light, to stir the lion of Thy darkness from its lair, and lash the sorceress of
noontide into fury with serpents of fire.

4. O Thou Sovran Light and fire of loveliness, whose flaming locks stream downwards through the aethyr as
knots of lightening deep-rooted in the Abyss. I know Thee! O Thou winnowing flail of brightness, the
passionate lash of whose encircling hand scatters mankind before Thy fury as the wind-scud from the stormy
breast of Ocean.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the Lion Rampant of the dawn: Thou hast crushed
with Thy paw the crouching lioness of Night, so that she may roar forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a ruby lion that roareth from the summit of a white mountain; I beseech
Thee, O Thou great God! That I may echo forth Thy lord-ship through the hills, and dwindle into the nipple of
Thy bounty. O Thou God, my God!

7. O Thou opalescent Serpent-Queen, whose mouth is as the sunset that is bloody with the slaughter of day;
hold me in the crimson flames of Thine arms, so that at Thy kisses I may expire as a bubble in the foam of Thy
dazzling lips.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the traces of the chariot; nor the pole of
galloping delusion: O Thou who art not the pivot of the whole Universe; nor the body of the woman-serpent of
the stars! I deny Thee by the powers of mine understanding; Lead me in the unity of Thy might, and draw me
unto the threshold of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of these in the fullness of Thy
Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou jewel-work of snow on the limbs of night; Thou elaboration
of oneness; Thou shower of universal suns: Yea, I rejoice in Thee, Thou gorgeous, Thou wildering one; O Thou
great lion roaring over a sea of blood! I rejoice, yea, I shout with gladness! till the wild thunder of my praise
breaketh down, as a satyr doth a babe, the nine and ninety gates of Thy Power, in the Glory and Splendour of
Thy Name.

10. O my God, exalt me with blood and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my
courage is but as the fang of a viper that striketh at the rosy heel of dawn.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all the joy of my days lies dishonoured as the spangle-veil'd
Virgin of night torn and trampled by the sun-lashed stallions of Dawn. Yet in the frenzy of their couplings do I
tremble forth the pearly dew of ecstatic light.

12. O what art Thou, O God my God, Thou red fire-fang that gnawest the blue limbs of night? O Thou
devouring breath of flame! Thou illimitable ocean of frenzied air, in whom all is one, a plume cast into a
furnace! O how can I dare to approach and stand before Thee, for I am but as a withered leaf whirled away by
the anger of the storm?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
VIRGEM - ♍

Permutação do nome divino: HHWY


Mês: Elul/Ululu Letra: yod (‫)י‬ Tarô: O Eremita Tribo de Israel: Gad
Anjo: Hamaliel (H-M-L-Y-’-L) (‫)המליאל‬
Poderes: Invisibilidade e Partenogênese (777); domínio da química e da alquimia (Bardon).
Hexagrama: hexagrama amarelo esverdeado e símbolo astrológico em carmim
Correspondências: quarta-feira (horário noturno), incenso de narciso, mercúrio e ligas metálicas,
peridoto, floco de neve (Galanthus nivalis), lírio e visgo.

Espíritos de Virgem na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: marrom)

1º Peresch (controla eventos políticos), 2º Bruahi (protetor de todas as invenções do princípio


akáshico), 3º Moschel (controla todas as artes), 4º Raschea (flores), 5º Girmil (ensina a enxergar o
amor, a beleza e a harmonia em tudo), 6º Zagriona (governa toda pedagogia e também escritores), 7º
Ygilon (governa a fala e a escrita, magia das runas), 8º Alpaso (protetor dos pobres e oprimidos), 9º
Kirek (iniciação à magia alquímica), 10º Buriuh (iniciação a segredos alquímicos, produção de vários
remédios), 11º Yraganon (riqueza e sucesso na profissão, especialmente ligados a metais), 12º
Argaro (protetor de itens religiosos), 13º Algebol (mestre das cerimônias religiosas), 14º Karasa
(protetor dos médicos), 15º Akirgi (negócios, especialmente ligados a papéis e têxteis), 16º Basanola
(controla toda vegetação), 17º Rotor (mestre das visões fantásticas, imaginação, histórias), 18º
Tigrapho (mestre da arquitetura), 19º Cobel (iniciação à arte da aromaterapia e osmoterapia mágica),
20º Hipogo (governa tudo que diz respeito à água), 21º Iserag (sorte), 22º Breffeo (governa leis
materiais a justiça), 23º Elipinon (artes divinatórias), 24º Naniroa (guarda propriedades), 25º Olaski
(governa veículos), 26º Hyrmiua (controla a expansão da consciência), 27º Sumuram (mestre do ar e
dos animais), 28º Astolitu (segredos e “chaves” mágicas), 29º Notiser (mestre da inteligência e o
conhecimento), 30º Regerio (cuida dos mistérios da sabedoria e garante que eles não cheguem aos
imaturos).
Adoração de Virgem
1. Ó Tu, vista sombria da Escuridão, Tu, Livro críptico das colinas trajadas de abetos! Sim, no que eu
busco a chave de Tua casa, eu encontro a minha esperança como uma velinha abrigada às mãos de
uma criança pequena.
2. Ó, meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti os campos
verdejantes dos vales e as rosas dos sátiros das colinas e os lírios das ninfas do lago; para que eu possa
vagar pelos jardins de Teu Esplendor e seja consumido no gozo impronunciável de teu arrebatamento
sempiterno.
3. Ó Tu, inebriante Visão da Beleza, linda como dez virgens adornadas de joias dançando em torno da
lua do eremita; eu Te juro, pelos jarros de peridoto da primavera, beber as borras de Teu cálice da
Glória e conceber uma estirpe régia antes que a Aurora fuja do Dia que desperta.
4. Ó Tu, Cantor Soberano dos ventos em festa, cuja voz é como uma tropa vestal de Bacanais
despertada pelo sopro de uma flauta de Pã. Eu Te conheço! Ó Tu, chama dançarina da canção em
frenesi, cujos gritos, como em espadas áureas de fogo a saltar, nos impelem adiante, rumo à matança
selvagem dos Mundos.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo no colo dos vales férteis: Tu adornaste seus
membros fortes com uma túnica de grãos de papoulas, para que possam rir a Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como uma bela virgem trajada nos jacintos selvagens da
colina fragrante; a Ti eu rogo, Ó Tu, grande Deus! Que eu possa fazer ressoar a melodia de Tua voz e
me vista com a luz pura de Tua graça: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, Odalisca do palácio da terra, cujos trajes são perfumados e apaixonados como as flores
primaveris nas clareiras ensolaradas; embrulha-me no perfume doce de Teu cabelo, para que Tuas
tranças de ouro possam ungir-me com o mel de um milhão de rosas.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu que não és nem o gemido da donzela; nem o toque
elétrico do jovem inflamado: Ó Tu que não te encontras nos beijos audazes do amor; nem nos
espasmos torturados da loucura e do ódio! Eu Te renego pelos poderes de meu entendimento; Pesa-me
na unidade de Tua força e embrulha-me no arrebatamento resoluto de Tua Nulidade que a tudo
permeia, pois Tu és todas e nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, rosa do Mundo, farta de ambrosia; Tu, cúpula
curvada de luz fulgente; Tu, vale de víboras venenosas; Sim, eu me regozijo em Ti, ofuscante túnica
de nuvens suaves da chuva; Ó Tu, vinda leonina da tempestade impelida! Eu me regozijo, sim, eu
grito de alegria! até que o meu arrebatamento, como uma faca de dois gumes, trace um selo de fogo e
fulmine os feiticeiros reunidos, na Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, ensina-me com paciência e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de Ti; pois todo meu conhecimento é senão como o refugo do joio atirado à escuridão do vazio.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois todas as aspirações de meu coração arruínam, como num
terremoto, a cabana nua de um eremita que ele construíra para rezar. Porém, da torre fulminada da
razão, eu entro em Tua casa que Tu construíste para mim.
12. O que és Tu, Ó Deus meu Deus, Tu onipotente trabalhador descingido do sono? Ó Tu, Unicórnio
das Estrelas! Tua língua e fogo queimam acima do firmamento, como um lírio que floresce no terrível
deserto! Ó, como posso Te colher do leito obscuro de Teu nascimento e festejar como um fauno
encharcado de vinho no banquete de Teu Senhorio?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou shadowy vista of Darkness, Thou cryptic Book of the fir-clad hills! Yea, as I search the key of Thy
house I find my hope but as a rushlight sheltered in the hands of a little child.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the green fields of the
valleys, and the satyr roses of the hills, and the nymph lilies of the meer; so that I may wander through the
gardens of Thy Splendour, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou intoxicating Vision of Beauty, fair as ten jewelled virgins dancing about the hermit moon; I swear to
Thee by the peridot flagons of spring, to quaff to the dregs Thy chalice of Glory, and beget a royal race before
the Dawn flees from awakening Day.

4. O Thou Sovran Singer of the revelling winds, whose voice is as a vestal troop of Bacchanals awakened by
the piping of a Pan-pipe. I know Thee! O Thou dancing flame of frenzied song, whose shouts, like unto golden
swords of leaping fire, urge us onward to the wild slaughter of the Worlds.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the lap of the fertile valleys: Thou hast adorned
their strong limbs with a robe of poppied corn, so that they may laugh forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a fair virgin that is clad in the blue-bells of the fragrant hillside; I beseech
Thee, O Thou great God! That I may ring out the melody of Thy voice, and be clothed in the pure light of Thy
loveliness: O Thou God my God!

7. O Thou Odalisque of earth's palace, whose garments are scented and passionate as spring flowers in sunlit
glades; roll me in the sweet perfume of Thy hair, so that Thy tresses of gold may anoint me with the honey of a
million roses.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the moaning of a maiden; nor the
electric touch of fire-thrilled youth: O Thou who art not found in the hardy kisses of love; nor in the tortured
spasms of madness and of hate! I deny Thee by the powers of mine understanding; Weight me in the unity of
Thy might, and roll me in the poised rapture of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of
these in the fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou ambrosia-yielding rose of the World; Thou vaulted dome of
effulgent light; Thou valley of venomous vipers: Yea, I rejoice in Thee, Thou dazzling robe of the soft rain-
clouds; O Thou lion-voiced up-rearing of the goaded storm! I rejoice, yea, I shout with gladness! till my
rapture, like unto a two-edged sword, traceth a sigil of fire and blasteth the banded sorcerers, in the Glory and
Splendour of Thy Name.

10. O my God, teach me with patience and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my
knowledge is but as the refuse of the chaff that is flung to the darkness of the void.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all the aspirations of my heart ruin as in time of earthquake the
bare hut of an hermit that he hath built for prayer. Yet from the lightning-struck tower of my reason do I enter
Thy house that Thou didst build for me.

12. O what art Thou, O God my God, Thou almighty worker ungirded of slumber? O Thou Unicorn of the
Stars! Thou tongue of flame burning above the firmament, as a lily that blossometh in the drear desert! O how
can I pluck Thee from the dark bed of Thy birth, and revel like a wine-drenched faun in the banqueting-house of
Thy Seigniory?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
LIBRA – ♎

Permutação do nome divino: WHYH


Mês: Tishrei/Tishritum Letra: lamed (‫)ל‬ Tarô: A Justiça Tribo de Israel: Efraim
Anjo: Zuriel (Z-W-R-Y-’-L) (‫)זוריאל‬
Poderes: Obras de Justiça e Equilíbrio (777); domínio sobre a fertilidade em toda a hierarquia
cósmica (Bardon)
Hexagrama: hexagrama em verde, símbolo astrológico em vermelho escarlate
Correspondências: sexta-feira (horário diurno), incenso de gálbano, aloe, cobre, esmeralda.

Espíritos de Libra na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: verde)

1º Thirana (governa o sexo e reprodução), 2º Apollyon (metalurgia), 3º Peekah (ensina a cozinhar,


especialmente carnes), 4º Nogah (fertilidade e vigor sexual), 5º Tolet (alimentação), 6º Parmasa
(alegria, riso e comédia), 7º Gesegos (governa trabalhos com madeira), 8º Soteri (música), 9º
Batamabub (roupas), 10º Omana (cabelos), 11º Lagiros (conquistar os favores de pessoas
importantes), 12º Afrei (mestre da alta magia do amor, oferece iniciação), 13º Rigolon (arte do flerte),
14º Riquita (canto), 15º Tapum (senso estético e propaganda), 16º Nachero (saúde, cuidado com
animais), 17º Arator (bebidas alcoólicas), 18º Malata (segredos do sangue animal e humano,
inclusive mágicos), 19º Arioth (partos), 20º Agikus (segredos da eletroquímica), 21º Cheikaseph
(matemática), 22º Ornion (fisiologia), 23º Gariniramus (física), 24º Istaroth (fidelidade), 25º
Haiamon (transmutação do poder sexual), 26º Canali (ourivesaria), 27º Aglasis (laticínios), 28º
Merki (pesca), 29º Filakon (higiene), 30º Megalogi (fontes de águas medicinais).
Adoração de Libra
1. Ó Tu, grande trabalho do Firmamento, Tu, o rugido dos Ares arremessado pelas procelas! Sim, no
que eu afundo às profundezas de Tua aflição, minha angústia é como o sorriso nos lábios de um bebê
adormecido.
2. Ó meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti a tristeza de minha
mãe e o limiar de meu lar e todo o trabalho das mãos de meu pai; para que eu seja guiado à Mansão de
Tua Luz e consumido no gozo impronunciável de Teu arrebatamento sempiterno.
3. Ó Tu, medida inalterável de todas as coisas, em cujo colo repousam os destinos de mundos ainda
por nascer; eu juro a Ti, pelo equilíbrio da Luz e das Trevas, estender a cúpula azul como a um
espelho, e fazer reluzir por ela o lustro intolerável de Teu Semblante.
4. Ó Tu, Poder Soberano das florestas ancestrais, cuja voz é como o murmúrio de ventos implacáveis
presos nos braços dos ramos a balançar. Eu Te conheço! Ó Tu, rumor dos tambores da conquista, que
induzem o arrebatamento do sono profundo nos amantes que ardem um pelo outro, de chama a fina
chama.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo no estrondo dourado das meninas que
dançam: Tu vestiste suas cinturas nuas com flores fragrantes, para que possam fazer ambular a Glória
de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como uma Balança de rubis e azeviches atirada ao colo
do Sol; a Ti eu rogo, Ó Tu, grande Deus! Para que eu possa fazer reluzir a maravilha de Teu Brilho e
derreter na resolução perfeita de Teu Ser: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, Mênade vestida de verde, em trabalho de parto, que trazes sob tua cinta de chumbo a vindima
de Teus beijos; liberta-me das trevas de Teu ventre, para que eu me dispa dos meus trajes de criança e
salte como um guerreiro armado de aço.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu não és nem a Coroa da tempestade flamejante; nem
a opalescência do Abismo: Ó Tu que não és nem uma ninfa na escuma do mar; nem um diabo no
redemoinho sobre a areia do deserto! Eu te renego pelos poderes de meu entendimento; Leva-me na
unidade de Teu poder e derrama-me do cálice de Tua Nulidade que a tudo permeia; pois Tu és todas e
nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, Coroa de graça impronunciável; Tu, pai de
chamas hialescentes; Tu, o olho onividente da claridade: Sim, eu me regozijo em Ti, que és eterno e
resplandescente: Ó Tu, vasto oceano abissal de chamas escumantes! Eu me regozijo, sim, eu grito de
alegria! até que as estrelas saltem como corcéis brancos da noite e os céus retumbem como um
exército de guerreiros armados de aço, com a Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó, meu Deus, mede-me com precisão e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de Ti; pois todo meu louvor é senão como uma única letra de chumbo perdida nas escrituras
douradas das rochas.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois toda minha alegria é como uma nuvem de poeira a soprar
de través por uma memória de lágrimas, mesmo a cruzar o cenho do deserto, onde não há sombras.
Porém, como se fosse do seio de uma serva eu colho a flor fragrante de Teu Esplendor Carmesim.
12. O que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu, que ofusca a profunda obscuridade do dia? Ó Tu, seio áureo
da beleza! Tu, úbere murcho das montanhas fulminadas pela procela, que não mais amamentas as
nuvens infantes da noite varrida pelo vento! Ó, como posso mirar Teu semblante de outrora e não ser
cegado pela fúria negra de Tua Majestade destronada?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou great labour of the Firmament, Thou tempest tossed roaring of the Aires! Yea, as I sink in the depths
of Thine affliction, mine anguish is but as the smile on the lips of a sleeping babe.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the sorrow of my mother, and
the threshold of my home, and all the labour of my father's hands; so that I may be led unto the Mansion of Thy
Light, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou unalterable measure of all things, in whose lap lie the destinies of unborn worlds; I swear to Thee by
the balance of Light and Darkness, to spread out the blue vault as a looking- glass, and flash forth therefrom
the intolerable lustre of Thy Countenance.

4. O Thou Sovran Might of the most ancient forests, whose voice is as the murmur of unappeasable winds
caught up in the arms of the swaying branches. I know Thee! O Thou rumble of conquering drums, who lulleth
to a rapture of deep sleep those lovers who burn into each other, flame to fine flame.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the gilded rout of dancing-girls: Thou hast
garlanded their naked middles with fragrant flowers, so that they may pace forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a Balance of rubies and jet that is cast in the lap of the Sun; I beseech
Thee, O Thou great God! That I may flash forth the wonder of Thy brightness, and melt into the perfect poise of
Thy Being: O Thou God, my God!

7. O Thou green-cloaked Maenad in labour, who bearest beneath Thy leaden girdle the vintage of Thy kisses;
release me from the darkness of Thy womb, so that I may cast off my infant wrappings and leap forth as an
armed warrior in steel.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the Crown of the flaming storm; nor the
opalescence of the Abyss: O Thou who art not a nymph in the foam of the sea; nor a whirling devil in the sand
of the desert! I deny Thee by the powers of mine understanding; Bear me in the unity of Thy might, and pour
me forth from out the cup of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of these in the fullness
of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou Crown of unutterable loveliness; Thou feather of hyalescent
flame; Thou all-beholding eye of brightness: Yea, I rejoice in Thee, Thou resplendent everlasting one: O Thou
vast abysmal ocean of foaming flames! I rejoice, yea, I shout with gladness! till the stars leap like white
coursers from the night, and the heavens resound as an army of steel-clad warriors, at the Glory and
Splendour of Thy Name.

10. O my God, measure me rightly and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my praise
is but as a single letter of lead lost in the gilded scriptures of the rocks.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all my joy is as a cloud of dust blown athwart a memory of tears,
even across the shadowless brow of the desert. Yet as from the breast of a slave-girl do I pluck the fragrant
blossom of Thy Crimson Splendour.

12. O what art Thou, O God my God, Thou dazzler of the deep obscurity of day? O Thou golden breast of
beauty! Thou shrivelled udder of the storm-blasted mountains, who no longer sucklest the babe-clouds of wind-
swept night! O how can I gaze upon Thy countenance of eld, and yet be not blinded by the black fury of Thy
dethroned Majesty?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
ESCORPIÃO – ♏

Permutação do nome divino: WHHY


Mês: Cheshvan/Samnu Letra: nun (‫)נ‬ Tarô: A Morte Tribo de Israel: Manassé
Anjo: Barachiel (B-R-K-Y-’-L) (‫ )ברכיאל‬em Crowley
Carmiel (possivelmente K-R-M-Y-’-L) em Bardon.
Poderes: Necromancia (777), princípios da irradiação mágica em todos os planos e em toda a
hierarquia cósmica (Bardon)
Hexagrama: hexagrama verde azulado, símbolo astrológico em laranja
Correspondências: terça-feira (horário noturno), incenso de benjoim, opoponax, ferro, cacto, urtiga e
qualquer planta venenosa.

Espíritos de Escorpião na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: vermelho)

1º Aluph (governa o fogo), 2º Schaluah (eletricidade), 3º Hasperim (autopreservação), 4º Adae


(protetor do amor familial), 5º Helmis (leite e amamentação), 6º Sarasi (ideais), 7º Ugefor
(capacidades intelectuais), 8º Amilee (proteção contra doenças infecciosas), 9º Ranar (proteção
contra obsessão, facilita comunicação com o oculto), 10º Caraschi (medicina mágica e magnetismo),
11º Eralier (a preparação da pedra filosofal), 12º Sagara (iniciação no geral), 13º Trasorim
(aplicações solares), 14º Schulego (imitação), 15º Hipolopos (jogos), 16º Natolisa (protetor das
abelhas, governa tudo que é doce), 17º Butharusch (cozinha), 18º Tagora (amor erótico), 19º Panari
(química metalúrgica), 20º Nagar (medicina via metais), 21º Kofan (realiza desejos e transforma
situações ruins em boas), 22º Schaluach (intuição para cura), 23º Sipillipis (o poder da fé), 24º Tedea
(revela diagnósticos e causas de doenças), 25º Semechle (iniciação na medicina natural), 26º Radina
(teurgia para cura), 27º Hachamel (astronomia e navegação), 28º Anadi (hidroterapia), 29º Horasul
(governa todas as aplicações artificiais da água), 30º Irmano (governa todas as criaturas que habitam
a água)
Adoração de Escorpião
1. Ó Tu, profundezas do Inconcebível, Tu, o Deus críptico, impronunciável! Sim, no que eu tento
compreender-Te, minha sabedoria é como um ábaco no colo de um velho.
2. Ó, meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti o anseio pelo
Paraíso e o medo sinistro do Inferno e o banquete da corrupção da sepultura; para que, como uma
criança, eu possa ser levado ao Teu Reino e consumido no gozo impronunciável de Teu arrebatamento
sempiterno.
3. Ó Tu, que determinaste as expansões ilimitadas, abrangidas pelas asas do trovão acima das
discórdias cósmicas; eu juro a Ti, pela poeira sem voz do deserto, voar acima dos ecos gemedouros da
vida, e, como uma águia, banquetear-me para sempre no silêncio das estrelas.
4. Ó Tu, Guia Soberano dos círculos que contornam as estrelas, cujas solas dos pés castigam as
plumas de fogo áureo a partir da mais distante aniquilação do Abismo. Eu Te conheço! Ó Tu, espada
carmesim da destruição, que persegues os cometas no leito escuro da noite, até que fujam diante de Ti
como línguas ígneas de serpentes.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo na alegria rebelde da tempestade; Tu
sacudiste o pó de ouro das tranças das colinas, para que possam entoar a Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como um Escorpião marrom que rasteja pelo vasto
deserto de prata; a Ti eu rogo, Ó Tu, grande Deus! Para que eu me perca nas dimensões de Tua luz e
me torne uno com o brilho de Tua Sombra: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, a cobra do aspecto de névoa, cujo cabelo trançado é como a plumagem lanosa das virgens
que desmaiam; caça-me como a um javali feroz pelos céus, para que Tua lança em chamas possa
rasgar os céus rubros com o sangue escumante de meu frenesi.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu que não és nem o alento Informe do Caos; nem o
exalador das esferas ordenadas: Ó Tu que não és a estrela, aninhada em nuvens, da manhã; nem o sol,
bêbado da neblina, que cega os homens! Eu te renego pelos poderes de meu entendimento; Guia-me
na unidade de Teu poder e leva-me à paternidade de Tua Nulidade que a tudo permeia; pois Tu és
todas e nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, chama estelar da expectativa imortal; Tu, a voz
do silêncio com a garganta do íbis; Tu, noite ofuscante do entendimento; Sim, eu me regozijo em Ti,
Tu, o dedo alvo da lei Caótica; Ó Tu, cocatriz criativa geminada entre as águas! Eu me regozijo, sim,
eu grito de alegria! até que meus gritos movam a noite como o ouro polido de uma lança cravado num
dragão adamantino e venenoso, pela Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, preenche-me de sono e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho diante
de Ti; pois toda minha vigília é senão como uma nuvem ao ocaso que se assemelha a uma cobra
deslizando pelo orvalho.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois todos os banquetes de minha carne adoeceram e se
tornaram a fome do verme da cova, contorcendo-se em espasmos de decadência indolente. Porém, nas
larvas de minha corrupção, eu adumbro as hostes iluminadas pelo sol de águias coroadas.
12. Ó, o que és Tu, Ó Deus, meu Deus, tu veneno seráfico encantado da vingança das bruxas? Ó Tu,
bruxaria enroscada das estrelas! Tu, Senhor único da vida, triunfante sobre a morte, Tu rosa rubra do
amor pregada à cruz da luz áurea! Ó, como posso morrer em Ti como escuma marinha nas nuvens e
ainda possuir-Te como a alva neblina frágil possui os membros listrados do Sol?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou depths of the Inconceivable, Thou cryptic, unutterable God! Yea, as I attempt to understand Thee,
my wisdom is but as an abacus in the lap of an aged man.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the yearning for Paradise,
and the dark fear of Hell, and the feast of the corruption of the grave; so that as a child I may be led unto Thy
Kingdom, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou who settest forth the limitless expanse, spanned by wings of thunder above the cosmic strife; I swear
to Thee by the voiceless dust of the desert, to soar above the echos of shrieking life, and as an eagle to feast for
ever upon the silence of the stars.

4. O Thou Sovran Guide of the star-wheeling circles, the soles of whose feet smite plumes of golden fire from
the outermost annihilation of the Abyss. I know Thee! O Thou crimson sword of destruction, who chasest the
comets from the dark bed of night, till they speed before Thee as serpent tongues of flame.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the riotous joy of the storm: Thou hast shaken the
gold-dust from the tresses of the hills, so that they may chaunt forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a brown Scorpion that creepeth on through a vast desert of silver; I beseech
Thee, O Thou great God! That I may lose myself in the span of Thy light, and become one with the glitter of
Thy Shadow: O Thou God, my God!

7. O Thou snake of misty countenance, whose braided hair is like a fleecy dawn of swooning maidens; hunt me
as a fierce wild boar through the skies, so that Thy burning spear may gore the blue heavens red with the
foaming blood of my frenzy.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the Formless breath of Chaos; nor the
exhaler of the ordered spheres: O Thou who art not the cloud-cradled star of the morning; nor the sun, drunken
upon the mist, who blindeth men! I deny Thee by the powers of mine understanding; Guide me in the unity of
Thy might, and lead me to the fatherhood of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of
these in the fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou star-blaze of undying expectation; Thou ibis-throated voice
of silence; Thou blinding night of understanding: Yea, I rejoice in Thee, Thou white finger of Chaotic law; O
Thou creative cockatrice twined amongst the waters! I rejoice, yea, I shout with gladness! till my cries stir the
night as the burnished gold of a lance thrust into a poisonous dragon of adamant, for the Glory and Splendour
of Thy Name.

10. O my God, fill me with slumber and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my
wakefulness is but as a cloud at sunset that is like a snake gliding through the dew.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all the feastings of my flesh have sickened to the wormy hunger
of the grave, writhing in the spasms of indolent decay. Yet in the maggots of my corruption do I shadow forth
sunlit hosts of crowned eagles.

12. O what art Thou, O God my God, Thou seraph-venom of witch-vengeance enchaunted? O Thou coiled
wizardry of stars! Thou one Lord of life triumphant over death, Thou red rose of love nailed to the cross of
golden light! O how can I die in Thee as sea-foam in the clouds, and yet possess Thee as a frail white mist
possessess the stripped limbs of the Sun?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
SAGITÁRIO – ♐

Permutação do nome divino: HYHW


Mês: Kislev/Kislimu Letra: samekh (‫)ס‬ Tarô: A Temperança Tribo de Israel: Benjamin
Anjo: Advachiel ou Aduachiel (’-D-W-K-Y-’-L) (‫)אדוכיאל‬
Poderes: Transmutação (777); justiça e equilíbrio (Bardon)
Hexagrama: hexagrama em azul, símbolo astrológico em laranja
Correspondências: quinta-feira (horário diurno), incenso de aloe, estanho, juncos, jacinto (pedra).

Espíritos de Sagitário na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: azul)

1º Neschamah (metalurgia), 2º Myrmo (invenções ligadas à máquina a vapor), 3º Kathim (controla


todos os frutos da terra), 4º Erimites (paz), 5º Asinel (sorte a todos), 6º Geriola (moral, segredo do
equilíbrio mágico), 7º Asoreg (artes visuais), 8º Ramage (segredos das estações da lua), 9º Namalon
(protege os loucos e revela as causas da loucura), 10º Dimurga (guardião dos viajantes, sobretudo
pelo mar), 11º Golog (iniciação na arte da evocação), 12º Ugali (iniciação na mais alta forma de
magia), 13º Elason (segredos mágicos e cabalísticos), 14º Giria (governa questões monetárias), 15º
Hosun (educação), 16º Mesah (ensina sobre costumes e ritos sociais ligados ao amor), 17º Harknon
(governa os órfãos), 18º Petuno (guardião dos caçadores), 19º Caboneton (governa astronomia,
astrologia e ciências relacionadas), 20º Echagi (ajuda a curar doenças), 21º Batirunos (traz prazer e
paz), 22º Hillaro (justiça), 23º Ergomion (inspira a ciência das cores), 24º Ikon (mistérios do
equilíbrio mágico e a introspecção genuína), 25º Alosom (guarda os segredos do silêncio e sua
magia), 26º Gezero (líder da consciência humana), 27º Agasoly (magia “fenomenal”, i.e.
ilusionismo), 28º Ekore (líder dos destinos), 29º Saris (ensina a carregar talismãs e amuletos e a
expulsar espíritos), 30º Elami (encontra fontes d'água).
Adoração de Sagitário
1. Ó Tu, sonho transfigurado de luz ofuscante, Tu, beatitude do deslumbre! Sim, no que eu Te
contemplo, meu entendimento é como um relance de um arco-íris por uma tempestade ofuscante de
neve.
2. Ó meu Deus, Tu, Ó Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti os picos enluarados
das montanhas e o beijo em forma de flechas de abeto, e todo o labor dos ventos, para que eu possa
perder-me nos cumes de Tua Glória e ser consumido no gozo impronunciável de Teu arrebatamento
sempiterno.
3. Ó Tu, flecha de ponta flamejante com um fogo devorador, que tremula como uma língua no céu
escuro da boca da Noite; eu juro a Ti pelo turíbulo de Tua Glória, respirar o incenso de meu
entendimento e lançar as cinzas de minha sabedoria ao Vale de Teu peito.
4. Ó Tu, Arqueiro Soberano das regiões sombrias, que disparas de Tua besta transcendental os sóis
multirraiados pelos campos do céu. Eu Te conheço! Ó Tu, seta de oito pontas de luz, que castigas as
regiões dos sete rios até que riam como as Mênades com os tirsos a balançar.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo nas estrelas e meteoros da Noite: Tu
adornaste Teus grises corcéis com luas de pérola, para que possam estremecer na Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz de mim como a flecha verde do relâmpago que corre pelas nuvens
purpúreas da Noite; a Ti eu rogo, Ó grande Deus! Que eu possa despertar o fogo da coroa de Tua
Sabedoria e relampejar pelas profundezas de Teu Entendimento: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, nebulosa Virgem do Mundo, cujos seios são como lírios escarlate empalidecendo diante do
sol: embala-me nos berços de Teus braços, para que o murmúrio de Tua voz possa ninar-me como uma
pérola perdida nas profundezas do mar silencioso.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu que não és nem a vitalidade dos mundos; nem o
alento do Ser emaranhado pelos astros: Ó Tu que não és o galopar em meio às nuvens centáureas da
noite, nem o som da corda trêmulo do arco do meio dia! Eu te renego pelos poderes de meu
entendimento; Entrona-me na unidade de Teu poder e golpeia-me com o dardo de Tua Nulidade que a
tudo permeia; pois Tu és todas e nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, o arco-íris de sete raios de perfeita graça; Tu, o
carro dos raios de sol que corre sobre a luz; Tu, olor fragrante da procela que passa; Sim, eu me
regozijo em Ti, Ó alento dos vales sonolentos; Ó Tu, murmúrio quieto a ondular pelos milharais
maduros! Eu me regozijo, sim, eu grito de alegria! até que, como o rubor misto do dia e da noite, meu
canto teça as alegrias da vida numa Coroa auripúrpura, para a Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, aquece-me com a alegria e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de Ti; pois toda a força de minha mente é senão como uma teia de aranha que une os seios
lácteos das estrelas.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois toda minha obra é como uma flecha abatida, sem sua
pena, e retorcida, que se poderia soltar do arco nas mãos de uma criança. Porém, na luta desviada de
seu voo, eu apanho os cursos firmes de Tua sabedoria.
12. O que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu, a pérola suave encrustada num arco de luz fulgente? Ó Tu,
gota de orvalho cintilante! Tu, rio em fúria de beleza assombrosa que corre como uma flecha azul de
fogo para além, para além! Ó, como posso medir os venenos de Teu alambique, e ainda assim ser para
sempre transmutado no atanor de Teu entendimento?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. No posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a Luz
Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou transfigured dream of blinding light, Thou beatitude of wonderment! Yea, as I behold Thee, mine
understanding is but as the glimpse of a rainbow through a storm of blinding snow.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the moonlit peaks of the
mountains, and the arrow-shapen kiss of the firs, and all the travail of the winds; so that I may be lost on the
summit of Thy Glory, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou flame-tipped arrow of devouring fire that quiverest as a tongue in the dark mouth of Night; I swear
to Thee by the thurible of Thy Glory, to breathe the incense of mine understanding, and to cast the ashes of my
wisdom into the Valley of Thy breast.

4. O Thou Sovran Archer of the darksome regions, who shooteth forth from Thy transcendental crossbow the
many-rayed suns into the fields of heaven. I know Thee! O Thou eight-pointed arrow of light, who smiteth the
regions of the seven rivers until they laugh like Maenads with snaky thyrsus.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the stars and meteors of Night: Thou hast
caparisoned her grey coursers with moons of pearl, so that they may shake forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a green arrow of Lightning that speedeth through the purple clouds of
Night; I beseech Thee, O Thou great God! That I may wake fire from the crown of Thy Wisdom, and flash into
the depths of Thine Understanding: O Thou God, my God!

7. O Thou cloudy Virgin of the World, whose breasts are as scarlet lilies paling before the sun; dandle me in the
cradle of Thine arms, so that the murmur of Thy voice may lull me to a sleep like a pearl lost in the depths of a
silent sea.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the vitality of worlds; nor the breath of
star-entangled Being: O Thou who art not horsed 'mid the centaur clouds of night; nor the twanging of the
shuddering bowstring of noon! I deny Thee by the powers of mine understanding; Throne me in the unity of Thy
might, and stab me with the javelin of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of these in
the fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou seven-rayed rainbow of perfect loveliness; Thou light-
rolling chariot of sunbeams; Thou fragrant scent of the passing storm: Yea, I rejoice in Thee, Thou breath of
the slumbering valleys; O Thou low-murmuring ripple of the ripe cornfields! I rejoice, yea, I shout with
gladness! till, as the mingling blushes of day and night, my song weaveth the joys of life into a gold and purple
Crown, for the Glory and Splendour of Thy Name.

10. O my God, kindle me with joy and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all the strength
of my mind is but as a web of silk that bindeth the milky breasts of the stars.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all my craft is as an injured arrow, featherless and twisted, that
should be loosed from its bowstring by the hands of an infant. Yet in the wayward struggling of its flight do I
grip the unwavering courses of Thy wisdom.

12. O what art Thou, O God my God, Thou soft pearl set in a bow of effulgent light? O Thou drop of
shimmering dew! Thou surging river of bewildering beauty who speedest as a blue arrow of fire beyond,
beyond! O how can I measure the poisons of Thy limbeck, and yet be for ever transmuted in the athanor of
Thine understanding?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
CAPRICÓRNIO – ♑

Permutação do nome divino: HYHW


Mês: Tevet/Tebetum Letra: ayin (‫)ע‬ Tarô: O Diabo Tribo de Israel: Dã
Anjo: Hanael (H-N-’-L) (‫)הנאל‬
Poderes: Mau olhado e o “Sabá das bruxas” (777); compreensão do karma (Bardon)
Hexagrama: hexagrama em índigo, símbolo astrológico em amarelo âmbar
Correspondências: sábado (horário noturno), incenso de almíscar, mirra, chumbo, cânhamo,
orquídea, cardo e yohimbe, diamante negro ou diamante industrial.

Espíritos de Capricórnio na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: preto)

1º Milon (ensina a produzir causas no nível akáshico com efeitos no mundo mental, astral e físico), 2º
Melamo (eleva a personalidade e poder pessoal), 3º Porphora (iniciação em magia simpática), 4º
Trapi (ajuda a superar os golpes do destino), 5º Jonion (reincarnação), 6º Afolono (revela
informações sobre as influências da esfera mercurial), 7º Paruchu (artes do drama e da tragédia), 8º
Pormatho (governa toda irradiação terrena), 9º Ampholion (iniciação na anatomia dos corpos
astrais), 10º Kogid (iniciação no caminho da cognição verdadeira), 11º Cermiel (sabe segredos da
morte e reincarnação), 12º Erimihala (controla a magia astral superior), 13º Trisacha (invenções de
audiovisual), 14º Afimo (inspiração p/ física e química e invenções), 15º Garses (práticas mágicas de
raios terrestres), 16º Masadu (ensina a economizar), 17º Arabim (botânica oculta), 18º Amia
(controla toda cristalização e governa os reis dos gnomos), 19º Kamual (governa os minérios), 20º
Parachmo (ensina propriedades de ervas), 21º Cochaly (caça e esportes), 22º Ybario (controla as
forças negativas), 23º Lotifar (previne suicídios), 24º Kama (governa a atmosfera), 25º Segosel
(revela o segredo da matéria do mundo físico), 26º Sarsiee (cuida de todas as “chaves mágicas”
secretas), 27º Kiliosa (cuida das pessoas em momentos de tensão), 28º Rosora (acústica), 29º Ekorim
(olaria), 30º Ramgisa (pesca).
Adoração de Capricórnio
1. Ó Tu, montanha das montanhas de vigas de aço, Tu, crista dos píncaros da Majestade! Sim, no que
eu escalo Tua grandiosidade, descubro ter superado apenas um argueiro a pairar na trave de Tua
Glória.
2. Ó meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti as dores caprinas
dos anos e os livros crípticos e toda a majestade de suas palavras amortalhadas; para que eu possa me
emaranhar em Tua Sabedoria sem palavras e ser consumido no gozo impronunciável de Teu
arrebatamento sempiterno.
3. Ó Tu, ruína das montanhas, reluzindo como um velho lobo branco sobre as névoas lanosas da Terra;
eu Te juro pelas galáxias de Teu domínio, que pressionarei os seios de Teu cordeiro com os dentes de
minha alma e sorverei o leite e o sangue de Tua sutileza e inocência.
4. Ó Tu, Paladino Soberano dos cavaleiros derrotados por si próprios, cujo caminho se abre pelas
florestas densas do tempo, entremeando o Alicerce do espaço inconcebido. Eu Te conheço! Ó Tu, que
desprezas as montanhas, Tu cujo caminho é como o do corcel de cascos de raio, saltando pelas
margens verdejantes de um rio cristalino.
5. Ó Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo nas pedras preciosas da terra negra: Tu a
iluminaste com uma miríade de olhos de magia, para que ela possa piscar a Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz com que eu seja como um bode negro como o sílex que salta pelo ermo
brilhante do aço; a Ti eu rogo, Ó Tu, grande Deus! Que possa acertar com a pata uma só fagulha
reluzente de Teu Esplendor e me fundir à Glória de Teu poder: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, riso da voz embebida de vinho da sombra que desaparece, tu és como um fauno desnudo
esmagado até a morte entre as mós do trovão; embebeda-me com o arrebatamento de Teu canto, para
que no aperto de morte de minha paixão eu possa rasgar a túnica de nuvens de Teu seio desacordado.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu não és nem a flauta de Pã na floresta; nem a espada
azulada da vida envolta no manto da morte: Ó Tu, que não Te encontras entre os ecos das colinas; nem
nos sussurros que despertam dentro dos vales! Eu Te renego pelos poderes de meu entendimento;
Coroa-me na unidade de Teu poder e faz-me brilhar como uma língua escarlate em Tua Nulidade que
a tudo permeia; pois Tu és todas e nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus: Tu fulgência ziguezagueante dos astros ardentes;
Tu, deslumbre de luz índigo; Tu, chifre gris de fogo imaculado: Sim, eu me regozijo em Ti, Tu nuvem
bélica de chamas a relampejar; Ó Tu, cabeça de serpente caprichosa de cabelo escarlate! Eu me
regozijo, sim, eu grito de alegria! até que o meu rugido preencha as montanhas verdejantes, e, como
um gigante, force a cabeça do vento pelas árvores relutantes, na Glória e Esplendor do Teu Nome.
10. Ó meu Deus, contempla-me plenamente e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de Ti; pois toda minha busca é senão como um morcego que procura um vão noturno sobre o
ermo flagelado pelo sol.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois toda minha fé é como uma poça imunda nos confins
sinistros de uma floresta, pisada pelo pé libertino de um jovem gnomo. Porém, como um incêndio
pelas árvores ao cair da noite, eu adivinho o brilho distante de Teu Olho.
12. O que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu que despes a treva do Abismo? Ó Tu, olho velado da criação!
Tu, voz muda que, para sempre incompreendida, corre pelos abismos negros do infinito! Ó, como
posso aprender a cantar a música de Teu nome, como um silêncio trêmulo acima da discórdia
trovejante da procela?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. No posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a Luz
Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou steel-girdered mountain of mountains, Thou crested summit of Majesty! Yea, as I climb Thy
grandeur, I find I have but surmounted one mote of dust floating in a beam of Thy Glory.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the goatish ache of the years,
and the cryptic books, and all the majesty of their enshrouded words; so that I may be entangled in Thy
wordless Wisdom, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou ruin of the mountains, glistening as an old white wolf above the fleecy mists of Earth; I swear to
Thee by the galaxies of Thy domain, to press Thy lamb's breasts with the teeth of my soul, and drink of the milk
and blood of Thy subtlety and innocence.

4. O Thou Sovran Paladin of self-vanquished knights, whose path lieth through the trackless forests of time,
winding athrough the Byss of unbegotten space. I know Thee! O Thou despiser of the mountains, Thou whose
course is as that of a lightening-hoofed steed leaping along the green bank of a fair river.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the precious stones of the black earth: Thou hast
lightened her with a myriad eyes of magic, so that she may wink forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a flint-black goat that pranceth in a shining wilderness of steel; I beseech
Thee, O Thou great God! That I may paw one flashing spark from Thy Splendour, and be welded into the Glory
of Thy might: O Thou God, my God!

7. O Thou wine-voiced laughter of fainting gloom, who art as a naked faun crushed to death between
millstones of thunder; make me drunk on the rapture of Thy song, so that in the corpse-clutch of my passion I
may tear the cloud-robe from off Thy swooning breast.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the Pan-pipe in the forest; nor life's blue
sword wrapped in the cloak of death: O Thou who art not found amongst the echoes of the hills; nor in the
whisperings that wake within the valleys! I deny Thee by the powers of mine understanding; Crown me in the
unity of Thy might, and flash me as a scarlet tongue into Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and
none of these in the fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou zigzagged effulgence of the burning stars; Thou wilderment
of indigo light; Thou grey horn of immaculate fire: Yea, I rejoice in Thee, Thou embattled cloud of flashing
flame; O Thou capricious serpent-head of scarlet hair! I rejoice, yea, I shout with gladness! till my roaring
filleth the wooded mountains, and like a giant forceth the wind's head through the struggling trees, in the Glory
and Splendour of Thy Name.

10. O my God, behold me fully and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my searching is
as a bat that seeks some hollow of night upon a sun-parched wilderness.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all my faith is as a filthy puddle in the sinister confines of a
forest, splashed by the wanton foot of a young gnome. Yet like a wildfire through the trees at nightfall do I
divine the distant glimmer of Thine Eye.

12. O what art Thou, O God my God, Thou disrober of the darkness of the Abyss? O Thou veil'd eye of
creation! Thou soundless voice who, for ever misunderstood, rollest on through the dark abysms of infinity! O
how can I learn to sing the music of Thy name, as a quivering silence above the thundering discord of the
tempest?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
AQUÁRIO – ♒

Permutação do nome divino: HYWH


Mês: Shevat/Shabatu Letra: tsade (‫)צ‬ Tarô: A Estrela Tribo de Israel: Asher
Anjo: Kambriel (K-M-B-R-Y-’-L) (‫)קמבריאל‬
Poderes: astrologia (777); todo princípio de cristalização, condensação e enrijecimento, todo ciclo e
poder de atração (Bardon).
Hexagrama: hexagrama violeta, símbolo astrológico em amarelo esverdeado
Correspondências: sábado (horário diurno), incenso de gálbano, chumbo, oliva e coco, vidro e
calcedônia.

Espíritos de Aquário na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: violeta)

1º Frasis (cutelaria), 2º Pother (mestre da guerra e da paz), 3º Badet (imaginação), 4º Naga (poesia),
5º Asturel (misericórdia divina), 6º Liriell (iniciação na filosofia cósmica), 7º Siges (combate a
idade), 8º Metosee (habilidades manuais), 9º Abusis (ajuda quem busca a verdade), 10º Panfodra
(revela métodos secretos de realização espiritual), 11º Hagus (ensina sobre irradiação mágica), 12º
Hatuny (iniciação na magia cabalística), 13º Gagolchon (inspira os exploradores da natureza), 14º
Baja (inspira escritores esotéricos), 15º Ugirpon (iniciação na astronomia), 16º Capipa (governa
riquezas), 17º Koreh (virtudes divinas), 18º Somi (segredos mágico-alquímicos), 19º Erytar
(alquimia), 20º Kosirma (tratamento de doenças incuráveis), 21º Jenuri (ensina como se proteger de
influências negativas), 22º Altono (justiça), 23º Chimurgu (mistérios da Criação), 24º Arisaka
(mestre da encarnação mágica, ensina música), 25º Boreb (juramentos mágicos), 26º Soesma
(segredos da magia ritual universal), 27º Ebaron (ensina viagem astral), 28º Negani (segredos da
magia das esferas), 29º Nelion (leis da alquimia sintética, magia e cabala), 30º Sirigilis (iniciação na
alquimia, especialmente do sangue e do esperma).
Adoração de Aquário
1. Ó Tu, Imperatriz da Luz e Trevas, Tu que faz jorrar as estrelas da noite! Sim, no que eu contemplo
Teu Semblante, meus olhos são como os de um cego, arrebatados pela tocha de um fogo que arde.
2. Ó meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti os cálices de vinho
da alegria e os olhos dos escansões libertinos e todo o apelo de seus membros macios; para que eu
possa me enebriar com o vinho de Teu esplendor e ser consumido no gozo impronunciável de Teu
arrebatamento sempiterno.
3. Ó Tu, Eterno rio de lei caótica, em cujas profundezas repousam trancados os segredos da Criação;
eu Te juro, pelas águas primordiais do Abismo, sugar o Firmamento do Teu Caos e, como um vulcão,
vomitar um Cosmo de sóis coruscantes.
4. Ó Tu, Soberano Impetuoso da felicidade selvagem, cujo amor é como o transbordar dos mares, que
fazes rir nossos corpos com a beleza. Eu Te conheço! Ó Tu, que ultrapassas o pôr do sol, que cobres as
montanhas nevadas com rosas vermelhas e atiras violetas brancas sobre as ondas recurvadas.
5. Ó, Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo no orvalho reluzente das clareiras
selvagens. Tu as vestiste como se para um grande festim de celebração, para que possam reluzir a
Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz-me com que eu seja como as ondas safirinas que agarram os membros
reluzentes das verdes rochas; a Ti eu rogo, Ó Tu Deus grandioso! Que eu possa cantar, em melodias de
escuma, a Tua Glória e fazer correr o arrebatamento eterno de Teu Nome: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, escansão libertino da loucura, cuja boca é como o gozo de milhares e milhares de beijos
magistrais; inebria-me com Tua graça, para que a prata de Tua alegria possa revelar a pérola alva da
lua sobre a minha língua.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu, que não és nem a Coroa da tempestade flamejante;
nem a opalescência do Abismo: Ó Tu, que não és nem uma ninfa da escuma do mar; nem um diabo no
redemoinho na areia do deserto! Eu Te renego pelos poderes de meu entendimento; leva-me à unidade
de Teu poder e faz jorrar para mim o cálice de Tua Nulidade que a tudo permeia, pois Tu és todas e
nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não-Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu meu Deus; Tu, teia sedosa de embevecimento esmeraldino; Tu,
névoa berilina de lagos pantanosos; Tu, velo pontilhado de fogo de ouro fervente: Sim, eu me regozijo
em Ti, Ó orvalho perolado da lua poente; Ó tu, nuvem purpúrea e escura da procela de beijos em
conflito! Eu me regozijo, sim, eu grito de alegria! até que meu riso, como águas encanadas, seja
soprado como uma teia irisada de bolhas dos lábios do abismo, na Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, manda-me com justiça e sê misericordioso para comigo, enquanto eu me humilho
diante de Ti; pois todo meu pensar é senão como a serpente de vento coberta de pó ao meio dia, a
dançar pela relva pálida da lei.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois todo meu canto é a nênia do mar que geme sob um
cadáver, batendo-se lamuriosamente contra o litoral morto nas trevas. Porém, no soluçar do vento
escuto Teu nome, que aviva os lábios frios da morte em vida.
12. Ó, o que és Tu, Ó Deus meu Deus, Tu, o deserto fervilhante da abundância da noite? Ó Tu, rio de
sede insaciada! Tu, o que não tem língua, mas lambe o pó da morte e o lança fora como o oceano a
rolar da vida! Ó, como posso possuir as profundezas inertes de Tua escuridão e ainda em teu abraço
adormecer como uma criança num caramanchão de lírios?
13. Ó Tu, unidade de todas as coisas: como o sol que rola as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; eis! ainda que eu lamba a Luz Infinda,
o Ilimitado e o Não, lá ainda hei de encontrar-Te, Tu Unidade das Unidades, Tu Uno, Ó Tu, perfeita
Nulidade do Júbilo!
1. O Thou Empress of Light and of Darkness, Thou pourer-forth of the stars of night! Yea, as I gaze upon Thy
Countenance, mine eyes are as the eyes of a blind man smitten by a torch of burning fire.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the wine-cups of merriment,
and the eyes of the wanton bearers, and all the lure of their soft limbs; so that I may be made drunk on the vine
of Thy splendour, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou Eternal river of chaotic law, in whose depths lie locked the secrets of Creation; I swear to Thee by
the primal waters of the Deep, to suck up the Firmament of Thy Chaos, and as a volcano to belch forth a
Cosmos of coruscating suns.

4. O Thou Sovran Surging of wild felicity, whose love is as the overflowing of the seas, and who makest our
bodies to laugh with beauty. I know Thee! O Thou outstrider of the sunset, who deckest the snow-capped
mountains with red roses, and strewest white violets on the curling waves.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the sparkling dew of the wild glades: Thou hast
decked them out as for a great feast of rejoicing, so that they may gleam forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as the sapphirine waves that cling to the shimmering limbs of the green rocks;
I beseech Thee, O Thou great God! That I may chant in foaming music Thy Glory, and roll forth the eternal
rapture of Thy Name: O Thou God, my God!

7. O Thou wanton cup-bearer of madness, whose mouth is as the joy of a thousand thousand masterful kisses;
intoxicate me on Thy loveliness, so that the silver of Thy merriment may revel as a moon-white pearl upon my
tongue.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the Crown of the flaming storm; nor the
opalescence of the Abyss: O Thou who art not a nymph in the foam of the sea; nor a whirling devil in the sand
of the desert! I deny Thee by the powers of mine understanding; Bear me in the unity of Thy might, and pour
me forth from out the cup of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of these in the fullness
of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou silken web of emerald bewitchment; Thou berylline mist of
marshy meers; Thou flame-spangled fleece of seething gold: Yea, I rejoice in Thee, Thou pearly dew of the
setting moon; O Thou dark purple storm-cloud of contending kisses! I rejoice, yea, I shout with gladness! till
all my laughter, like enchaunted waters, is blown as an iris-web of bubbles from the lips of the deep, in the
Glory and Splendour of Thy Name.

10. O my God, order me justly and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all my thoughts are
as a dust-clad serpent wind at noon that danceth through the ashen grass of law.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all my song is as the dirge of the sea that moans about a corpse,
lapping most mournfully against the dead shore in the darkness. Yet in the sob of the wind do I hear Thy name,
that quickeneth the cold lips of death to life.

12. O what art Thou, O God my God, Thou teeming desert of the abundance of night? O Thou river of
unquench'd thirst! Thou tongueless one who lickest up the dust of death and casteth it forth as the rolling ocean
of life! O how can I possess the still depths of Thy darkness, and yet in Thine embrace fall asleep as a child in a
bower of lilies?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
PEIXES – ♓

Permutação do nome divino: HHWY


Mês: Adar Letra: qof (‫)ק‬ Tarô: A Lua Tribo de Israel: Naftali
Anjo: Amnitziel (’-M-N-Y-TZ-Y-’-L) (‫ )אמנציאל‬em Crowley
Jophaniel (possivelmente Y-W-P-N-Y-’-L) em Bardon
Poderes: Enfeitiçar e gerar ilusões (777); controla os princípios de evolução nos 3 planos (mental,
físico e astral), confere um conhecimento e sabedoria insondavelmente profundos (Bardon).
Hexagrama: hexagrama em carmim, símbolo astrológico em verde amarelado.
Correspondências: quinta-feira (horário noturno), incenso de âmbar gris, estanho, papoulas, sangue
menstrual, pérola.

Espíritos de Peixes na “zona em torno da Terra” em Bardon (cor: azul)

1º Haja (amplia poderes criativos), 2º Schad (facilita o trabalho humano), 3º Kohen (inspira novas
invenções técnicas), 4º Echami (Karma-Yoga), 5º Flabison (artes e entretenimentos), 6º Alagill
(profissões), 7º Atherom (sucesso na ciência), 8º Porascho (sucesso acadêmico), 9º Egention
(viagens), 10º Siria (felicidade, riqueza e honra), 11º Vollman (iniciação nos mistérios da luz), 12º
Hagomi (elevação a esferas além do sistema planetário), 13º Klorecha (conhecimento oculto), 14º
Baroa (artes e literatura), 15º Gomognu (iniciação a línguas não sonoras) 16º Fermetu (paz), 17º
Forsteton (fertilidade), 18º Lotogi (amuletos para amor, casamento e amizade), 19º Nearah (inspira
invenções farmacêuticas), 20º Dagio (desenvolvimento intelectual), 21º Nephasser (tesouros
materiais e espirituais), 22º Armefia (justiça), 23º Kaerlesa (leis naturais), 24º Bileka (meditação),
25º Ugolog (leitura do karma alheio), 26º Tmiti (aplicação de segredos da magia planetária), 27º
Zalones (mistérios do micro e macrocosmos, cognição divina), 28º Cigila (desenvolvimento das
virtudes divinas), 29º Ylemis (revela os mistérios secretos do amor divino), 30º Boria (efeitos dos
elementos e fluidos do micro e macrocosmos, iniciação em tornar-se um ser governável apenas pela
própria Providência Divina).
Adoração de Peixes
1. Ó Tu, alegria carmesim da meia-noite, Tu, norte-flamingo da luz aninhada! Sim, no que eu me
levanto diante de Ti, minha alegria é como uma gota de chuva abatida por uma flecha do Sol
Ocidental.
2. Ó meu Deus, Tu, o Poderoso, Tu, o Criador de todas as coisas, eu renuncio a Ti o sibilar das águas
enlouquecidas e a trombeta do trovão e todas as Tuas línguas de chama dançante; para que eu possa
ser levado pelo alento de Tuas narinas e consumido no gozo impronunciável de Teu arrebatamento
sempiterno.
3. Ó Tu, Dragão regente dos mares azuis do ar, como uma cadeia de esmeraldas em torno do pescoço
do Espaço; eu Te juro pelo hexagrama da Noite e do Dia, que serei a Ti como os peixes geminados do
Tempo, que, separados, jamais divulgam o segredo de sua unidade.
4. Ó Tu, Diadema Soberano da Sabedoria coroada, cuja obra conhece o caminho dos silfos do ar e as
escavações negras dos gnomos da terra. Eu Te conheço! Ó Tu, Mestre dos caminhos da vida, em cuja
palma da mão todas as artes se encontram amarradas como uma nuvem de fumaça entre os lábios da
montanha.
5. Glória a Ti, Ó Deus, meu Deus; pois eu Te contemplo na quietude dos lagos congelados: Tu fizeste
suas faces mais ofuscantes do que o espelho de prata, para que possam refletir a Glória de Teu Nome.
6. Ó Tu, Deus poderoso, faz de mim como um peixe de prata a disparar pelas vastas profundezas das
águas ermas; a Ti eu rogo, Ó Tu, grande Deus! Para que eu possa nadar pela vastidão de Teu abismo e
afundar sob as profundezas quietas de Tua Glória: Ó Tu, Deus, meu Deus!
7. Ó Tu, Visão da Alvura à meia noite, cujos lábios são como o bico dos botões de rosa deflorados pela
lua decídua; cuida de mim como uma gota de orvalho em Teu peito, para que o dragão de Teu ódio
glutão possa devorar-me com sua boca adamantina.
8. Ó Tu, Deus da Nulidade de Todas as Coisas! Tu não és nem a formulação da lei; nem o Engodo do
labirinto da ilusão: Ó Tu que não és nem a pedra de fundação da existência; nem a águia que choca o
ovo do espaço! Eu Te renego pelos poderes de meu entendimento; Embrulha-me na unidade de Teu
poder e ensina-me a sabedoria dos lábios de Tua Nulidade que a tudo permeia; pois Tu és todas e
nenhuma dessas coisas na plenitude de Teu Não Ser.
9. Ah! mas eu me regozijo em Ti, Ó Tu, meu Deus; Tu, que te aninhas nas profundezas obscuras; Tu,
dobra do mar reluzente de ondas; Tu, trajes claros da crista das enchentes: Sim, eu me regozijo em Ti,
Ó esplendor nativo das Águas; Ó Tu, Abismo insondável do ímpeto do gozo! Eu me regozijo, sim, eu
grito de alegria! até que as espadas enlouquecidas de minha música aflijam as colinas e partam os
membros de ametista da Noite do abraço alvo do Dia, pela Glória e Esplendor de Teu Nome.
10. Ó meu Deus, conquista-me com amor e sê misericordioso para comigo, no que eu me humilho
diante de ti; pois todos os esforços de meu espírito são senão como o beijo de uma criança que se
debate por uma nuvem de cabelos embaraçados.
11. Ó, ai de mim, meu Deus, ai de mim; pois todo meu louvor é como o canto de um pássaro preso no
enredo dos ventos e lançado abaixo ao afogamento das profundezas da noite. Porém, nas notas que
falham em minha música, eu marco a melodia da verdade universal.
12. O que és Tu, Ó Deus, meu Deus, Tu, a tempestade de cenho nevado envolta em nuvens de
chamas? Ó Tu, espada rubra do trovão! Tu, grande rio azul de Clareza a fluir eternamente, em cujos
seios singram os navios de estandartes estrelados da noite! Ó, como posso mergulhar em tuas
profundezas inescrutáveis e ainda, com um olho aberto, perder-me na escuma perolada de Teu
Oblívio?
13. Ó Tu, Unidade de todas as coisas: como o sol que corre as doze mansões dos céus, assim és Tu, Ó
Deus, meu Deus. Não posso matar-Te, pois estás por toda parte; Ó! por mais que eu possa lamber a
Luz Infinda, o Infindo e o Não, lá ainda encontrarei a Ti, Unidade das Unidades, Tu que és Uno, Ó Tu,
Nulidade perfeita do Júbilo!
1. O Thou crimson gladness of the midnight, Thou flamingo North of brooding light! Yea, as I rise up before
Thee, my joy is but as a raindrop smitten through by an arrow of the Western Sun.

2. O my God, Thou Mighty One, Thou Creator of all things, I renounce unto Thee the hissing of mad waters,
and the trumpeting of the thunder, and all Thy tongues of dancing flame; so that I may be swept up in the
breath of Thy nostrils, and be consumed in the unutterable joy of Thine everlasting rapture.

3. O Thou Dragon-regent of the blue seas of air, as a chain of emeralds round the neck of Space; I swear to
Thee by the hexagram of Night and Day, to be unto Thee as the twin fish of Time, which being set apart never
divulge the secret of their unity.

4. O Thou Sovran Diadem of crowned Wisdom, whose work knoweth the path of the sylphs of the air, and the
black burrowings of the gnomes of the earth. I know Thee! O Thou Master of the ways of life, in the palm of
whose hand all the arts lie bounden as a smoke-cloud betwixt the lips of the mountain.

5. O Glory be to Thee, O God my God; for I behold Thee in the stillness of the frozen lakes: Thou hast made
their faces more dazzling than a silver mirror, so that they may flash forth the Glory of Thy Name.

6. O Thou mighty God, make me as a silver fish darting through the vast depths of the dim-peopled waters; I
beseech Thee, O Thou great God! That I may swim through the vastness of Thine abyss, and sink beneath the
waveless depths of Thy Glory: O Thou God, my God!

7. O Thou midnight Vision of Whiteness, whose lips are as pouting rosebuds deflowered by the deciduous
moon; tend me as a drop of dew in Thy breast, so that the dragon of Thy gluttonous hate may devour me with
its mouth of adamant.

8. O Thou God of the Nothingness of All Things! Thou who art neither the formulator of law; nor the Cheat of
the maze of illusion: O Thou who art not the foundation-stone of existence; nor the eagle that broodeth upon
the egg of space! I deny Thee by the powers of mine understanding; Swathe me in the unity of Thy might, and
teach me wisdom from the lips of Thine all-pervading Nothingness; for Thou art all and none of these in the
fullness of Thy Not-Being.

9. Ah! but I rejoice in Thee, O Thou my God; Thou who broodest on the dark depths of the deep; Thou lap of
the wave-glittering sea; Thou bright vesture of the crested floods: Yea, I rejoice in Thee, Thou native splendour
of the Waters; O Thou fathomless Abyss of surging joy! I rejoice, yea, I shout with gladness! till the mad swords
of my music smite the hills, and rend the amethyst limbs of Night from the white embrace of Day, at the Glory
and Splendour of Thy Name.

10. O my God, conquer me with love and be merciful unto me, as I humble myself before Thee; for all the
striving of my spirit is as a child's kiss that struggles through a cloud of tangled hair.

11. O woe unto me, my God, woe unto me; for all my praise is as the song of a bird that is ensnared in the
network of the winds, and cast adown the drowning depths of night. Yet in the faltering notes of my music do I
mark the melody of universal truth.

12. O what art Thou, O God my God, Thou snow-browed storm that art whirled up in clouds of flame? O Thou
red sword of the thunder! Thou great blue river of ever-flowing Brightness, over whose breasts creep the star-
bannered vessels of night! O how can I plunge within Thine inscrutable depths, and yet with open eye be lost in
the pearly foam of Thine Oblivion?

13. O Thou Unity of all things: as the sun that rolleth through the twelve mansions of the skies, so art Thou, O
God my God. I cannot slay Thee, for Thou art everywhere; lo! though I lick up the Boundless Light, the
Boundless, and the Not, there still shall I find Thee, Thou Unity of Unities, Thou Oneness, O Thou perfect
Nothingness of Bliss!
PARTE TERCEIRA

AS QUINZE ESTRELAS FIXAS


Esta é a lista das chamadas “15 estrelas fixas behenianas” (a palavra vem do árabe bahman, “raiz”),
que são algumas das estrelas mais importantes das constelações zodiacais. Elas não são tão úteis para
leitura de mapa astral (sua influência é apenas em conjunção de até 5 ou 6º e olha lá ainda), mas são
historicamente consideradas poderosas para práticas mágicas. Sirius, por exemplo, bem como as
estrelas de Ursa Maior, são mencionadas até mesmo em algumas conjurações babilônicas, que
buscavam atrair suas emanações sobre compostos de ervas e talismãs. Como se pode ver pelos nomes
(Al-gol, Al-kaid, Al-debaran), essas estrelas são velhas conhecidas do mundo árabe medieval que
produziu o Picatrix (apesar de elas não serem mencionadas nele). Agrippa atribui o conhecimento
dessas estrelas e suas propriedades a Hermes Trismegisto (quem mais?) e lista tudo que ele sabe sobre
elas no Livro II, Capítulos 47 & 52, de seus 3 livros de Filosofia Oculta.

Constam aqui então os seus nomes, sua posição no céu, os planetas aos quais cada estrela está
associada (são quase sempre dois), suas ervas e pedras (Algol é tão arrombado que precisa de um
diamante… mas pode ser um industrial, não precisa ser de qualidade para joia), o que ela faz de bom e
a imagem que precisa ser desenhada ou gravada em seu talismã. Na outra página depois temos o
desenho dos seus sigilos (é, tem um erro de digitação no lugar que eu peguei, mas os sigilos estão
certinhos e melhor do que em outros lugares que costumam mostrar a imagem meio apagada).
Importante lembrar que, por causa da precessão dos equinócios, tem casos de estrelas, como Cor
Leonis, que pertencem a uma constelação (Leão, no caso, ÓBVIO), mas se encontram no momento
em outro signo (Virgem). As duas coisas nem sempre coincidem. Talvez numa versão futura desta
apostila eu possa incluir também trívia sobre a mitologia de cada estrela (que é um tema mais
obscuro), mas está bom e funcional assim por ora, não?

Caput Larvae – Algol – 26º de Touro (Saturno e Júpiter)


Diamante e heléboro escuro com losna.
Desperta ódio e coragem, bom sucesso para petições, preserva os membros do corpo, confere
vingança e protege contra bruxaria.
Imagem de um homem decapitado, com o pescoço sangrento.

As Plêiades (Alcione) – 0º Gêmeos, originalmente Touro (Lua & Marte)


Cristal de rocha e semente de funcho.
Preserva a visão, evoca demônios e espíritos dos mortos, chama os ventos, revela segredos e coisas
perdidas.
Imagem de uma virgenzinha ou de uma lamparina.

Oculi Tauri – Aldebarã – 10º Gêmeos, originalmente Touro (Marte & Vênus)
Rubi e “carbúnculo” (granada vermelha) e semente de cardo leiteiro (também chamado cardo mariano
e cardo santo).
Aumenta riqueza e traz honras.
Imagem de um homem à semelhança de Deus ou um homem voador.

Capella (Bode) – Alhayhoch – 22º Gêmeos (Júpiter & Saturno)


Safira e erva-virgem/marroio (com losna, mandrágora e hortelã).
Honras, traz favores de nobres, tem usos medicinais.
Imagem de um homem com instrumentos musicais.

Canis Major – Sirius – 14º Câncer (Vênus)


Berilo e zimbro (dá para molhar de gim então, será?) com losna.
Favores dos espíritos do ar e povos da terra, traz paz e concórdia entre reis e potentados e entre
maridos e esposas.
Imagem de um cão e uma virgem.
Canis Minor – Procyon – 26º Câncer (Mercúrio & Marte)
Ágata e heliotrópio (a flor) com poejo.
Favores de Deus e dos homens e dos espíritos do ar, saúde e grande domínio sobre a magia.
Imagem de um galo ou 3 pequenas damas.

Cor Leonis – Regulus – 0º Virgem, originalmente Leão (Júpiter & Marte)


Granito e quelidônia com losna e goma de aroeira (“mástique”).
Afasta ira e melancolia, deixa os homens temperados e confere favores.
Imagem de um leão ou gato ou um homem de respeito sentado numa cadeira.

Alkaid – cauda de Ursa maior – 27º Virgem (Vênus & Lua)


Magnetita e chicória com losna e pervinca.
Poder contra encantamentos e assassinos, segurança em viagens, vingança.
Imagem de um homem pensativo ou um touro ou um bezerro.

Ala Corvis – Gienah/Algorab – 10º Libra (Saturno & Marte)


Ônix e bardana.
Torna os homens furiosos, odiosos, audazes e propensos a maledicências, causa sonhos maus, afasta e
atrai demônios e protege contra demônios e espíritos ruins.
Imagem de um corvo ou cobra ou homem inteiro preto.

Spica – 24º Libra (Vênus & Mercúrio)


Esmeralda e sálvia com losna, trevo, mandrágora e pervinca.
Criatividade, acumula riquezas e traz vitória em processos, liberta os homens do mal e da angústia.
Imagem de um pássaro ou homem cheio de mercadorias.

Arcturo (Alchameth) – 24º Libra (Marte & Júpiter)


Jaspe e plantago.
Afasta febres e restringe o fluxo sanguíneo, traz sucesso via trabalho duro.
Imagem de um cavalo, lobo ou homem dançando.

Corona borealis – Alpheca (Elphrya) – 12º Escorpião (Vênus & Marte)


Topázio e alecrim com trevo e hera.
Deixa os homens castos, garante amizades e honra com Deus e os homens.
Imagem de uma galinha ou um homem coroado.

Cor scorpionis – Antares – 9º Sagitário, originalmente Escorpião (Vênus & Júpiter)


Sárdonix/ametista e aristolochia/açafrão.
Saúde, boa memória e inteligência, aparência de sabedoria e banimento ou amarração de demônios e
espíritos malignos.
Imagem de um homem de armadura ou de um escorpião.

Vultur cadens – Vega – 15º Capricórnio (Mercúrio & Vênus)


Crisólito e segurelha-das-montanhas com fumária.
Favores de animais, proteção contra demônios, fantasmas e medos noturnos, deixa o homem
magnânimo e orgulhoso.
Imagem de um abutre ou galinha ou um viajante.

Cauda capricornis – Deneb Algedi – 23º Aquário, originalmente Capricórnio (Saturno & Mercúrio)
Calcedônia e manjerona.
Segurança ao lar, vitória em processos, aumenta riquezas e fúria.
Imagem de um cervo ou bode ou um homem furioso.
Informações adicionais: segundo Agrippa/Hermes, para aproveitar as emanações dos astros em
questão (ou para receber o espírito dos astros… é meio polêmica a distinção entre os modelos
espiritual e energético de magia), é importante construir o talismã (ou anel mágico) quando a estrela
estiver em conjunção com a lua no ascendente ou no meio do céu. Ou seja, abre lá o astro.com e faz
um mapa astral de evento de uma data com a opção de estrelas fixas (aí incluir a estrela desejada)
habilitada e vai testando até rolar. Isso não é tão comum quanto parece, aí, se somar outras condições
pouco favoráveis, você pode acabar demorando um tempão na tentativa de achar a data certa para
construir o bagulho... mas eu ouvi falar que é possível utilizar conjunções com outros planetas (a lua é
preferível, porém, porque é mais rápida) ou outros aspectos como trígonos.

Agrippa também fala para gravar as imagens na pedra em si e usar a pedra p/ fazer um anel, mas eu
acho complicado porque tem que manjar de ourivesaria. Dá para tentar adaptar uma abordagem mais
aproximada (tem muita gente que em vez de fazer os pentáculos de Salomão em metal, faz em papel),
pegando a pedrinha, as ervas e o desenho em papel mesmo e colocando num saquinho – de novo em
estilo patuá. Eu imagino que também talvez seja possível conjurar a estrela no estilo cerimonial dentro
de um ritual para a constelação na qual ela se encontra, utilizando o modelo da parte anterior desta
apostila, mas ainda preciso testar. Por exemplo, para Algol, que está em Touro, seria o caso de você
conjurar o anjo Asmodel, que rege Touro, mas tendo no altar o sigilo de Algol também, e aí, com as
bênçãos de Asmodel, conjurar o espírito de Algol (atenção para o círculo de proteção!). A parte
complicada é as estrelas que “andaram”, que estão numa constelação, mas em outro signo, porque aí
eu não sei ainda se conjura o anjo da constelação atual ou do signo original. Por fim, pressuponho
ainda que uma evocação mais simplificada no estilo de Bardon (seja do anjo da constelação seguido
do espírito da estrela ou só do espírito da estrela) também seria possível.

Um outro autor que eu vi recomenda preparar um óleo, esmagando as ervas e misturando com azeite
de oliva, e aí gravar o sigilo do astro na pedra no horário adequado da conjunção. Então você recita a
Tábua de Esmeralda de Hermes Trismegisto enquanto defuma a pedra com os incensos adequados, já
que cada astro tem as propriedades de dois planetas, como Saturno e Júpiter, para usarmos ainda o
exemplo de Algol (aí você olha lá as correspondências na primeira parte e vê que pode usar incenso de
patchouli e noz-moscada). Por fim, declara a sua intenção, unge a pedra e deixa ela guardada com o
óleo num vidrinho p/ usar p/ se ungir quando precisar, etc. Esse método é interessante e bastante
praticável, acredito (a maioria das ervas listadas dá p/ comprar a essência ou óleo essencial para
preparar, e gravar um sigilo com uma caneta gravadora de metal de 10 reais é bem de boas), por isso o
menciono aqui e incluo também a fórmula da Tábua de Esmeralda. E, já que estamos na vibe
hermética, incluo também a Prece Hermética do “Poemandro” que dá para incluir em qualquer um
desses rituais nesta apostila.
Sigilos das estrelas fixas
A Tábua de Esmeralda de Hermes Trismegisto

É vero, sem mentira, certo e veríssimo:


O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para
realizar os milagres de uma única coisa.
E assim como todas as coisas são e surgiram por intermédio do Uno, assim todas as coisas nascem
deste Uno, por adaptação.
O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o carregou em seu ventre, a Terra é sua nutriz;
O Pai de toda perfeição do mundo está aqui.
Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.
Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.
Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e
inferiores.
Desse modo obterás a glória do mundo.
E toda obscuridade virá a se afastar de ti.
Sua força está acima de toda força. Pois vence todas as coisas sutis e penetra em tudo o que é sólido.
Assim foi o mundo criado.
Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas. Por esta razão sou chamado Hermes
Trismegisto, pois possuo as três partes da filosofia do mundo inteiro.
O que eu disse da Obra Solar está findo e completo.

Verum, sine mendacio, certum et verissimum:


Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod est inferius, ad
perpetranda miracula rei unius.
Et sicut res omnes fuerunt ab uno, meditatione unius, sic omnes res natae ab hac una re, adaptatione.
Pater eius est Sol. Mater eius est Luna, portavit illud Ventus in ventre suo, nutrix eius terra est.
Pater omnis telesmi[10] totius mundi est hic.
Virtus eius integra est si versa fuerit in terram.
Separabis terram ab igne, subtile ab spisso, suaviter, magno cum ingenio.
Ideo fugiet a te omnis obscuritas.
Haec est totius fortitudinis fortitudo fortis, quia vincet omnem rem subtilem, omnemque solidam
penetrabit.
Sic mundus creatus est.
Hinc erunt adaptationes mirabiles, quarum modus est hic. Itaque vocatus sum Hermes Trismegistus,
habens tres partes philosophiae totius mundi.
Completum est quod dixi de operatione Solis.
A Prece Hermética

(retirada de “Poemandro”, no Corpus Hermético)

Santíssimo é Deus, que a tudo gerou.


Santíssimo é Deus, cuja vontade por seu próprio poder se concretiza.
Santíssimo é Deus, que deseja ser e é conhecido por seu povo.
Santíssimo és Tu, que a tudo que é, Tu criaste por Tua palavra.
Santíssimo és Tu, de quem toda a natureza nascera como imagem.
Santíssimo és Tu, a quem a natureza jamais gerou.
Santíssimo és Tu, poderoso mais que qualquer poder.
Santíssimo és Tu, que ultrapassa qualquer excelência.
Santíssimo és Tu, acima de todo louvor.

Tu, a quem nos dirigimos em silêncio, o Impronunciável, o Inefável, aceita este louvor puro de um
coração e alma que a Ti estendem a sua mão. Atende ao meu pedido de jamais desviar-me do
conhecimento próprio à nossa essência. Dá-me poder, que com esse dom eu possa iluminar aqueles
que estão na ignorância, irmãos de minha raça e filhos Teus. Assim eu acredito e dou fé e avanço rumo
à vida e à luz. Que Tu sejas santificado. Aquele que é Teu filho deseja unir-se a Ti em Tua obra de
santificação, uma vez que Tu concedes a ele toda autoridade.
CODA

Prece do Sétimo Firmamento

(retirada do Sefer Ha-Razim)

Diante Dele abrem-se os livros de fogo


E à sua frente correm rios flamejantes.
Quando se levanta, os deuses sentem medo
E, quando Sua voz ressoa, tremem os pilares
E Sua voz abala os portões.
Seus soldados estão de guarda à Sua frente
Mas não contemplam Seu semblante.
Pois está oculto de todo olhar.
E ninguém pode vê-Lo e continuar vivo.
Sua aparência é oculta de todos
Mas a aparência de ninguém se oculta Dele.
Ele revela coisas profundas da escuridão
E conhece os segredos da obscuridade.
Pois a luz mora com Ele
E Ele a veste como a um traje.
Ele se assenta sobre a luz como um trono
E é a luz uma muralha ao Seu redor.
Os Hayot e Ophanim O sustentam
No voo com suas asas.
Seis asas tem cada um
E com as asas cobrem os rostos
E desviam o olhar para baixo.
Seus rostos se voltam aos seus companheiros
E não levantam o olhar
Por conta de seu medo e terror.
Tropas sobre tropas aguardam umas sobre as outras diante Dele
E mergulham em rios de pureza
E se envolvem em trajes de fogo branco
E cantam, humildes, com voz forte:
“Santo Santo Santo é o Senhor dos Exércitos
O mundo inteiro está repleto de Sua glória”.
Ele antecede a todas as criaturas;
Ele existia quando ainda não havia terra e céus.
Ele está só;
Não há estranho para Ele.
Com Sua força sustenta os céus.
E em todos os céus Ele é temido,
E pelos anjos todos venerado.
Pelo sopro de Sua boca eles foram criados
E para glorificar Seu poder estabelecidos.
Ele age só, e quem pode rejeitá-Lo?
Seus mandos ninguém pode anular.
Pois Ele é o Rei dos Reis dos Reis,
Reinando sobre todos os reis da terra.
E exaltado entre os anjos do céu.
Ele vasculha os corações antes de serem formados,
E sabe os pensamentos antes de ocorrerem.
Abençoado seja Seu nome
E abençoada a grandeza de Sua glória
Por eras e eras
E por uma eternidade de eternidades.
Pois não há Deus fora Dele
E não há Deus além Dele.
Abençoado seja Seu nome a cada geração
E abençoado nos céus nas alturas.
Abençoado é Seu nome com Sua força
E abençoada sua menção com a beleza de Seu poder.
Pois tal como é Seu nome é Seu louvor, como fora dito: Segundo é o teu nome, ó Deus, assim é o teu
louvor, até aos fins da terra; a tua mão direita está cheia de justiça.6

Ele traz os puros para O reverenciarem


E em Sua fúria afasta os impuros.
Ele move montanhas com Sua força e poder,
Elas não sabiam quando as revirou em Sua fúria.
Ele detém o mundo como um cacho de uvas,
Gerando tudo que já houve e será.
Ele é o Ancião dos Dias,
E com Ele segue a prosperidade eterna e a virtude.
Abençoada a glória de Sua habitação
E abençoado seja Ele na beleza de Sua dignidade.
De conhecimento Ele preenche os corações dos que O temem
Para buscarem e saberem o medo e poder de Seu nome.
Abençoado Seu nome dentro da morada de Seu esplendor
E abençoado na beleza de Sua força.
Abençoado Seu nome nos silos de neve
E abençoado nos rios de chamas.
Abençoado Seu nome nas névoas da iluminação
E abençoado nas nuvens de glória
Abençoado Seu nome nas miríades de carruagens
E abençoado nos milhares de milhares
Abençoado Seu nome nas cadeias de fogo
E abençoado nas cordas de chamas
Abençoado Seu nome nos estrondos do trovão
E abençoado nos clarões dos relâmpagos.
Abençoado Seu nome nas bocas de todos sobre a terra
E abençoado nas profundezas da terra.
Abençoado Seu nome entre todos os desertos
E abençoado Seu nome entre as ondas do mar.
Abençoado Seu nome sozinho em Seu trono
E abençoado nas moradas de Sua majestade.
Abençoado Seu nome na boca de todos que vivem
E abençoado nos cânticos de toda criatura.
Abençoado seja o Eterno para sempre,
Amen, Amen, Halelujah.

6
Salmo 48:10.
And before Him the books of fire are open
And from before Him flow rivers of fire.
When He rises the gods are afraid.
And when He roars the pillars shake.
And from His voice the doorposts tremble.
His soldiers stand before Him,
But they do not gaze upon His likeness.
For He is hidden from every eye.
And none can see Him and live.
His appearance is hidden from all.
But no appearance is hidden from Him.
He uncovers deep things from the darkness,
And He knows the secrets of obscurity.
For light dwells with Him,
And He puts on light as a garment.
He sits on light as a throne.
And light is a wall around Him.
The Hayot and Ophanim bear Him up.
As they fly with their wings.
They have six wings each
And they cover their faces with their wings.
And they turn their faces downward.
Their faces are turned toward their fellows,
And they do not lift their faces upwards.
Because of their fear and their terror.
Troops upon troops stand one above another before Him,
And immerse themselves in rivers of purity.
And wrap themselves in garments of white fire.
And sing with humility in a strong voice:
“Holy Holy Holy is the Lord of Hosts,
The whole world is full of His glory,”
He is prior to all creatures;
He was when earth and heaven were not yet.
He is alone;
There is no stranger with Him.
By His strength He upholds the heavens.
And in all the heavens He is feared,
And by all the angels He is revered.
For by the breath of His mouth they were formed
And to glorify His power they were established.
He (acts) alone and who can turn Him back?
And if He commands none can annul.
For He is the King of Kings of Kings,
Ruling over all of the kings of the earth.
And exalted among the angels of heaven.
He searches hearts before they are formed.
And He knows thoughts before they occur.
Blessed be His name
And blessed the greatness of His glory.
For ages and ages.
And for an eternity of eternities.
For there is no God apart from Him,
And there is no God beside Him.
Blessed is His name in each generation
And blessed in the heavens on high.
Blessed is His name with its might.
And blessed its mention with the beauty of His power.
For as His name so is His praise as it has been said: As is your name, O God, so is your praise to the
ends of the earth; your right hand is full of righteousness.
He brings the pure to reverence Him,
And in His wrath drives away the impure.
He moves mountains by His might and strength.
They did not know when He overturned them in His wrath.
He holds the world as a cluster of grapes,
Bearing all that was, is, and will be.
He is the Ancient of Days,
And with Him-are enduring riches and righteousness.
Blessed be His glory from His habitation.
And blessed (be He) in the beauty of His dignity.
The hearts of those who fear Him He fills with knowledge.
To search and to know the power of the fear of His name.
Blessed be His name in the dwelling place of His splendor.
And blessed in the beauty of His strength.
Blessed be His name in the storehouses of snow.
And blessed in the rivers of flames.
Blessed be His name in the mists of brilliance.
And blessed in the clouds of glory.
Blessed be His name in the myriads of chariots.
And blessed in the thousands upon thousands (of His warriors).
Blessed be His name in the chains of fire.
And blessed in the ropes of flame.
Blessed be His name in the peals of thunder.
And blessed in the bolts of lightning.
Blessed be His name in the mouths of all on earth.
And blessed in the depths of the earth.
Blessed be His name amid all the deserts.
And blessed amid the waves of the sea.
Blessed be His name alone on His throne.
And blessed in dwelling places of His majesty.
Blessed be His name in the mouth of all living.
And blessed in the song of every creature.
Blessed be the Lord forever,
Amen, Amen, Hallelujah.
Blogs recomendados para leitura:

The Digital Ambler, de Sam Block (polyphanes): <https://digitalambler.com/>


Ananael, de Scott Stenwick: <http://ananael.blogspot.com/>
Dictionary of Sigils: <sigilsblog.wordpress.com>
Coyote 696: <http://coyote-696.tumblr.com/>
Renaissance Astrology, de Christopher Warnock: <http://renaissance-astrology.blogspot.com/>
Primeiros Escritos, de Rafael Brunhara: <http://primeiros-escritos.blogspot.com/>

Referências Bibliográficas

AGRIPPA, Henry Cornelius. Three Books of Occult Philosophy. Woodbury, MN: Llewellyn, 2018.
BARDON, Franz. The Practice of Magical Evocation. Holladay, Utah: Merkur Publishing Inc., 1956.
BARDON, Franz. Magia Prática: o caminho do adepto. São Paulo: Editora Ground, 2007.
BETZ, Hans Dieter (ed.). The Greek Magical Papyri in Translation Including the Demotic Spells.
Chicago: University of Chicago Press, 1986.
COPENHAVER, Brian P. Hermetica: The Greek Corpus Hermeticum and the Latin Asclepius in a
new English translation with notes and introduction. Nova York: Cambridge University Press, 1992.
DENNING, Melita; PHILIPS, Osborne. Planetary Magick: Invoking and Directing the Powers of the
Planets. Woodbury, MN: Llewellyn, 2011.
DENNING, Melita; PHILIPS, Osborne. Mysteria Magica: Fundamental Techniques of High Magick.
Woodbury, MN: Llewellyn, 2004.
FLOWERS, Stephen Edred. Hermetic Magic: The Post Modern Papyrus of Abaris. York Beach,
Maine: Samuel Weiser, 1995.
GREER, John Michael; WARNOCK, Christopher. The Latin Picatrix: Books I & II. Tradução e notas
de John Michael Greer e Christopher Warnock. [S.l.]: Renaissance Astrology Press, 2008
GREER, John Michael; WARNOCK, Christopher. The Latin Picatrix: Books III & IV. Tradução e
notas de John Michael Greer e Christopher Warnock. [S.l.]: Renaissance Astrology Press, 2012.
KAPLAN, Aryeh. Sefer Yetzirah: the Book of Creation. Boston, MA: Red Wheel/Weiser, 1997
MILLER, Jason. The Sorcerer’s Secrets: Strategies in Practical Magick. Franklin Lakes, NJ: New
Page Books, 2009.
MORGAN, Michael A. (ed.). Sepher Ha-Razim: The Book of the Mysteries. Tradução de Michael A.
Morgan. Atlanta: Society of Biblical Literature, 1983.
PETERSON, Joseph. Arbatel: Concering the Magic of the Ancients. Lake Worth, FL: Ibis Press, 2009.
RAINER, Erica. Astral Magic in Babylonia. Filadélfia: The American Philosophical Society, 1995.
RANKINE, David; D’ESTE, Sorita. Practical Planetary Magick: Working the Magick of the
Classical Planets in the Western Esoteric Tradition. Londres: Avalonia, 2007
RUFUS OPUS. Seven Spheres. [S.l.]: Nephilim Press, 2014.
TEGTMEIER, Ralph (Frater U.D.). High Magick: Theory and Practice. Woodbury, MN: Llewellyn,
2005.

You might also like