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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS

LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

Cadeira: Técnica de expressão

Tema: Virtudes e defeitos linguísticos

Quelimane, aos 31 de Agosto de 2018

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Universidade católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em contabilidade e auditoria

1o Ano – Laboral

Virtudes e defeitos linguísticos

Discentes Docente

Culsumo Afana Iassine Esmael 0dra Celsa

Enia Pascual Nhabase

Iranete Paulo Daniel

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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................................5

2.1. Linguística.............................................................................................................................5

2.2. Virtudes Linguísticos............................................................................................................6

 Correcção..........................................................................................................................6

 Clareza..............................................................................................................................7

 Concisão............................................................................................................................7

 Precisão.............................................................................................................................7

 Elegância...........................................................................................................................7

2.3. Defeitos Linguísticos............................................................................................................8

 Ambiguidade ou anfibologia:............................................................................................8

 Obscuridade:............................................................................................................................8

 Pleonasmo ou redundância:.....................................................................................................8

 Cacofonia ou Cacófato:...........................................................................................................9

 Eco:..........................................................................................................................................9

3. CONCLUSÃO...........................................................................................................................11

4. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................12

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1. INTRODUÇÃO
Linguística é a área de estudo científico da Linguagem. É considerado linguista o cientista que se
dedica aos estudos a respeito da língua, fala e linguagem. A pesquisa linguística é feita por
filósofos e cientistas da linguagem que se preocupam em investigar quais são os desdobramentos
e nuances envolvidos na linguagem humana.

Com a linguagem expressamos as emoções através do pensamento. O não-pensar demonstra que


o pensamento não foi expresso logicamente e para que haja o pensamento lógico, é necessário
escrever correctamente, expressando assim, o pensamento. A linguagem traduz o que
pensamento quer revelar e a escrita é a forma concreta do pensamento, dessa maneira quem
escreve bem, domina as funções da gramática da língua de forma organizada e com lógica os
pensamentos revelados (Souza, 2015).

A linguagem é algo individual que acontece colectivamente no meio social inserido no contexto,
ou seja, cada um possui sua linguagem, mas ela é concretizada diariamente na sociedade. O fato
da língua mudar ou adquirir neologismos é um processo natural, como o nascimento de uma
pessoa e sua evolução. As línguas nascem, relacionam-se, transformam-se, desenvolvem-se e por
fim morrem, deixando de existir (Souza, 2015).

O presente trabalho tem como objectivo geral descrever as virtudes linguísticas que pode ser
descrita por correcção, clareza, elegância, concisão e precisão. E defeitos linguísticos que podem
ser descritos por ambiguidade, obscuridade, pleonasmo ou redundância, cacofonia e eco, etc.

A elaboração do presente trabalho foi possível através da consulta feita em manuais que retratam
sobre o tema abordado. Manuais esses buscados na internet no formato PDF.

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• 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Linguística
Linguística é a área de estudo científico da Linguagem. É considerado linguista o cientista que se
dedica aos estudos a respeito da língua, fala e linguagem. A pesquisa linguística é feita por
filósofos e cientistas da linguagem que se preocupam em investigar quais são os desdobramentos
e nuances envolvidos na linguagem humana. O jornalista norte-americano Russ Rymer certa vez
a definiu ironicamente da seguinte maneira:

“A linguística é a parte do conhecimento mais fortemente debatida no mundo acadêmico. Ela


está encharcada com o sangue de poetas, teólogos, filósofos, filólogos, psicólogos, biólogos e
neurologistas além de, não importa o quão pouco, qualquer sangue possível de ser extraído de
gramáticos.”

A linguística é um campo de investigação que se firmou como ciência autônoma no início do


século XX, e sua "certidão de nascimento" é o livro Curso de lingüística geral, publicado em
1916, compilação póstuma dos ensinamentos do suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913). As
conseqüências dessa publicação foram enormes. Com base nas formulações de Saussure,
desenvolveu-se uma escola de pensamento, o chamado estruturalismo, que se estendeu para fora
da lingüística e conquistou adeptos na antropologia, na psicanálise, na psicologia e na filosofia.

Desses primórdios até os dias de hoje, a lingüística sofreu inúmeras reformulações


epistemológicas, ramificou-se em diversas escolas teóricas e metodológicas, até se tornar a
ciência humana com a maior vocação para a interdisciplinaridade - o que se verifica nos próprios
nomes das novas áreas de investigação, surgidas dentro do campo maior da lingüística:
sociolingüística, psicolingüística, pragmática lingüística, lingüística cognitiva, antropologia
lingüística, sociologia da linguagem, lingüística computacional etc. Na psicanálise, o
estruturalismo se firmou com a escola fundada por Jacques Lacan (1901-1981), que tirou
proveito de forma original e criativa dos postulados saussurianos.

Com isso, a abordagem dos fenômenos da linguagem humana ganhou status de atividade
científica e se libertou das amarras normativo-prescritivas impostas pela milenar doutrina

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gramatical tradicional, fundada no mundo grego no século III a.C. e que constituiu, durante dois
milênios e meio, o único corpo conceitual disponível para o estudo das línguas. Refletindo a
organização social do período histórico em que foi elaborada, a gramática tradicional é
essencialmente aristocrática: despreza a língua falada (considerada "caótica" e "corrupta") e se
concentra exclusivamente na língua escrita dos grandes autores do passado, canonizados como
"modelos a imitar". Tudo o que foge desse uso restrito e minoritário da linguagem é lançado na
lata de lixo do "erro"; se uma dada palavra ou construção sintática não aparece na obra dos
"clássicos" é porque está "errada" ou simplesmente "não existe".

2.2. Virtudes Linguísticos

Virtude e uma qualidade moral positiva, por oposição a um defeito. Como qualidade, podemos
eleger algumas prioridades: correcção, clareza, concisão, precisão, elegância.

• Correcção

A correcção consiste na observância das regras estatuídas pelo uso autorizado, no que diz
respeito à grafia, ao vocabulário e à sintaxe. A pureza da linguagem é uma qualidade primordial e
indispensável para conservarmos intacto o maior legado que recebemos dos nossos antepassados.

Ficam, portanto, condenados o barbarismo (emprego de palavras alheias à língua), o solecismo


(inobservância das regras de sintaxe), o plebeísmo (emprego de termos de calão ou plebeus) e os
exotismos inexpressivos ou inúteis. Devemos, porém, notar que os provincianismos vocabulares
são admitidos na região onde correm, quando não sejam deturpações grosseiras da língua
normal.

Os arcaísmos (modo de falar ou escrever antiquado) podem também ser empregados, quando se
quer imitar a linguagem da época em que tiveram uso, ou quando se faz referência a objectos
hoje desaparecidos. O neologismo (emprego de palavras novas) é ainda admissível, desde que
represente uma aquisição apreciável para o património vocabular, se dentro da língua não houver
palavra que possa expressar, com precisão, a mesma ideia.

À correcção gramatical deve juntar-se a correcção musical que aconselha a eufonia, ou


agradável combinação de sons, e condena a cacofonia, defeito resultante de se formar um
vocábulo de significação desagradável ou baixa pela junção do final de uma palavra com o

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princípio da palavra seguinte. Seja dito de passagem que os maiores homens de letras cometeram
tais deslizes.

• Clareza

Quando o texto não obedece às normas gerais da língua, torna-se pouco claro, difícil de ser
compreendido. As palavras devem ser bem colocadas, as ideias devem obedecer a uma
determinada lógica, sem cair, no entanto, num didactismo primário. Ao leitor deve restar –
sempre – o prazer da descoberta. Segundo De Nicola

A clareza requer manifestação fácil de pensamento através de uma expressão luminosa e


transparente. Assim, tem de se evitar tudo quanto possa causar obscuridade de ideias ou de
expressão: barbarismos, solecismos, provincianismos, neologismos, arcaísmos, termos técnicos
desconhecidos, transposições, parêntesis extensos, expressões refinadas, concisão demasiada,
ostentação supérflua de vocábulos, deslocação de termos, etc. O equívoco, ou incerteza sobre a
função lógica de um vocábulo, ofende a clareza.

• Concisão

Consiste em apresentar uma ideia em poucas palavras, sem, contudo, comprometer a clareza;
deve ser entendida como sinónimo de precisão, exactidão, brevidade. O procedimento oposto é a
prolixidade, que deve ser evitada; ser prolixo é usar muitas palavras para dizer pouca coisa; na
linguagem estudantil é conhecido como “encher linguiça”.

• Precisão

A precisão exige que as palavras mantenham uma justa proporção com as ideias, de forma que se
eliminem superfluidades e redundâncias. Ofendem, portanto, a precisão os acessórios supérfluos,
a repetição escusada de sinónimos, os circunlóquios (1) desnecessários, os períodos
demasiadamente extensos, bem como o exagerado laconismo, que deixa o sentido escuro ou
incompleto.

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• Elegância

É, em última análise, o resultado final obtido quando se observam as qualidades e se evitam os


defeitos. É o texto agradável de ser lido tanto pelo seu conteúdo como pela sua forma.

2.3. Defeitos Linguísticos

Defeito de um texto: é o emprego incorrecto de certas palavras ou expressões, de maneira que


provoque interpretações sem sentido. Os erros gramaticais e os sons desagradáveis em um texto
constituem os defeitos do texto, configurando-se muitas vezes como vícios de linguagem.

Como defeito, pode-se também enumerar alguns mais impactastes: ambiguidade, obscuridade,
pleonasmo ou redundância, cacofonia e eco, etc.

• Ambiguidade ou anfibologia:

Ocorre quando a frase apresenta mais de um sentido, em consequência de má pontuação ou da


má colocação das palavras. “Ex: O chefe discutiu com o empregado e estragou seu dia. (não se
sabe qual dos dois teve o dia arruinado)”

• Obscuridade:
É o defeito que se opõe à clareza. Dentre os vícios que acarretam obscuridade podem citar: má
pontuação, rebuscamento da linguagem, frases excessivamente longas (prolixas) ou
exageradamente curtas (lacónicas), emprego equivocado de pronomes relativos e conjunções,
erros de concordância e de regência, etc. “Ex: Foi evitada uma efusão de sangue inútil. (Em vez
de efusão inútil de sangue). Porque neste caso, o sangue não é inútil”.

• Pleonasmo ou redundância:

Consiste na repetição desnecessária de um termo ou de uma ideia. Em alguns casos, no entanto,


o pleonasmo tem a função de realçar uma ideia, tornar a ideia mais expressiva. Dessa forma, o
pleonasmo deixa de ser o vício e passa a ser uma figura de linguagem, um recurso linguístico.
Portanto, é necessário distinguir os tipos de pleonasmo:

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Pleonasmo vicioso: “subir pra cima”, “entrar pra dentro”, “decisão unânime de todos”,
“monopólio exclusivo”.

Pleonasmo de reforço ou estilístico: Camões, em Os Lusíadas (Canto V, estrofe 18), faz uso de
pleonasmo célebre ao iniciar a descrição de uma tromba-d’água marítima

• Cacofonia ou Cacófato:
É o som desagradável resultante da combinação de duas ou mais sílabas de diferentes palavras.
Apesar da fértil imaginação popular, pródiga em criar versinhos cacofónicos, vamos a alguns
exemplos: “boca dela”, “meu coração por ti gela”, “uma mão lava a outra”, “vou-me já”,
“passamos por cada uma”, “eu vi ela passar”, etc. Todos nós, uma vez ou outra, cometemos um
cacófato, até os grandes mestres. Outra vez citando Camões, em um de seus sonetos mais
famosos:

“Alma minha gentil que te partiste” Tão cedo desta vida descontente

• Eco:
É a repetição desnecessária de um som, resultando num texto desagradável, com um ritmo batido
e monótono. A melhor forma de corrigir esse defeito é ler o texto já acabado com muita atenção;
na língua portuguesa é preciso tomar muito cuidado, por exemplo, com as terminações em ao,
ade e mente. Uma frase do tipo: “Contra sua vontade, apenas por bondade, ele foi à cidade; na
verdade…” machuca o ouvido. “ Ex: Na cidade de Santa Conceição a população reclama muito
da corrupção. Todo dia a câmara recebe reclamação e uma porção de cidadãos fizeram passeatas
para uma nova eleição”.

O ECO constitui-se defeito quando o texto não é prosa literária. Na prosa literária o eco deixa de
ser um defeito e torna-se uma qualidade – conhecida como a rima. Saber utilizar bem as
situações em favor de uma boa comunicação dentro do texto é questão de praticar de forma
consciente para notar estes defeitos.

Quem escreve deve interpretar a melhor maneira que pode “abusar” ou não destes recursos de
linguagem. Na dúvida, a melhor opção é evitar. Mas, identificar essas ocorrências já é um grande
passo rumo a melhoria.

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É sempre melhor optar por escrever um texto simples, claro, objectivo do que cair no erro de
tentar rebuscar e errar feio. Sempre reler o que escrever também é uma óptima situação para
notar estes erros.

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3. CONCLUSÃO

Linguística é a área de estudo científico da Linguagem. É considerado linguista o cientista que se


dedica aos estudos a respeito da língua, fala e linguagem. As virtudes linguística pode ser
descrita por correcção, clareza, elegância, concisão e precisão e defeitos linguístico pode ser
descritos por ambiguidade, obscuridade, pleonasmo ou redundância, cacofonia e eco, etc

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4. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS
 DE NICOLA, José. Língua, Literatura & Redação.São Paulo: Scipicione, 1998.
 Crystal, David (1985). Dicionário de Linguística e Fonética. [S.l.]: Jorge Zahar. ISBN 85-
7110-025-X
 1BIDERMAN, M. T. C. O léxico, testemunha de uma cultura. Actas do XIX Congresso
Internacional de Linguística e Filoloxía Românicas. Universidade de Santiago de
Compostela, 1989.
 Antonio Carlos Xavier e Suzana Cortez (orgs.). Conversas com lingüistas: virtudes e
controvérsias da lingüística. São Paulo: Parábola Editorial, 2003, 200p.
 4º capítulo do livro "Linguagem e Estilo", edição Livraria Tavares Martins, Porto, 1942,
da Colecção para o Povo e para as Escolas.
 Souza, L. V. A. 2015. artigo,objetivo-da-linguistica pensamento e comunicação.
http://www.conteUnudojuridico.com.br

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