You are on page 1of 73

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

AVALIAÇÃO TEÓRICA E EXPERIMENTAL DAS PERDAS


ROTODINÂMICAS DE UMA TURBINA PROPULSORA –
UMA PROPOSTA DE MODIFICAÇÃO DE PROJETO

Aluno :Cláudio Moisés Andrade dos Santos Filho


Orientador: Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez
Juiz de Fora - 2016
2

• 1 INTRODUÇÃO
▫ 1.1 Justificativas do Trabalho
▫ 1.2 Objetivos
• 2 REVISÃO DA LITERATURA
• 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
▫ 3.1 Hidrodinâmica
▫ 3.2 Modelagem de Turbulência
▫ 3.3 Leis de parede
• 4 METODOLOGIA
▫ 4.1 Ensaio Experimental
▫ 4.2 Modelagem Geométrica
▫ 4.3 Modelagem CFD
3

• 5 RESULTADOS
▫ 4.1 Ensaio Experimental
▫ 4.2 Modelagem CFD
▫ 4.3 Limitações
• 6 CONCLUSÃO
• 7 BIBLIOGRAFIA
4

1 INTRODUÇÃO
• O princípio da energia hidrelétrica é a extração de energia potencial da
água para convertê-la em energia mecânica e depois em energia elétrica

• Utilização da altura de carga e vazão disponíveis.

• Cálculo da magnitude da potência desenvolvida por uma turbina


hidráulica em uma planta hidrelétrica:

𝑃 = η𝜌𝑔𝑄𝐻 𝐸𝑞 1.1
5

• Tipos de turbinas hidráulicas:


▫ Ação: transformam a energia cinética portada por um fluido em energia
mecânica, e o trabalho mecânico é realizado por impulso de jato de água.

▫ Reação: trabalham submersas e aproveitam a energia cinética e de pressão do


fluido para obter energia mecânica.

• Um dos modelos mais utilizados de turbina de reação é a Turbina Kaplan:


▫ Rotor semelhante a um propulsor de navio

▫ Indicadas para operar em baixas quedas, até 60m, porém com grande volume de
água

▫ Possui pás móveis, permitindo sua regulação conjugada com a vazão do


distribuidor
6

• A possibilidade de regular dois parâmetros (ângulo das pás, e


abertura das palhetas guias), faz desse tipo de turbina eficiente em
um amplo espectro de vazões e alturas de carga.
7

Figura 1 – Curvas de eficiência para turbinas Kaplan

Fonte: Norwegian University of Science and Technology


8

• Turbina com rotor tipo Kaplan sem regulagem de inclinação das pás
do rotor é denominada turbina propulsora.

• A faixa de eficiências satisfatórias se torna bastante reduzida.

• O LCTH UFJF possui uma miniatura de um modelo horizontal de


turbina propulsora.

• As características do rotor desta turbina, e sua influência sobre a


eficiência de operação do equipamento são o foco deste estudo.
9

Figura 2 – Visão geral de uma turbina propulsora

Fonte: Engineering Lear Corporation


10

1.1 Justificativas do Trabalho

• Baixo desempenho da turbina propulsora do LCTH.

• Influência da geometria do rotor no desempenho da turbina.

• Avanço da Dinâmica dos Fluidos Computacional.

• Tendência atual para implementação de melhorias sobre projetos


pré-existentes.
11

1.2 Objetivos

• Objetivos Gerais
▫ Propor modificações na geometria do rotor da turbina propulsora do
LCTH da UFJF.
▫ Obter redução das perdas hidráulicas rotodinâmicas, melhorando a
eficiência do equipamento.

• Objetivos Específicos
▫ Ensaiar o equipamento na sua condição nominal: palhetas
direcionadoras completamente abertas e cerca de 90 % de sua
pressão máxima de entrada.
12

▫ Obter os dados de desempenho: Torque, potência e eficiência.

▫ Efetuar análise CFD do projeto original.

▫ Identificar bolsões, fluxo reverso, e outras perdas.

▫ Variar ângulo de inclinação das pás comparando os resultados


com o projeto original, Figura 3.
13

Figura 3 - Turbina Propulsora do LCTH da Universidade Federal de Juiz de Fora

Fonte: Autor
14

2 REVISÃO DA LITERATURA
• Várias informações relacionadas ao campo de escoamento real
podem ser obtidas pela análise numérica

• Em [1], o autor realizou um teste de modelo, bem como a análise


CFD da tubulação de sucção de uma turbina Kaplan.

• Comparou os resultados de velocidade experimentais e de CFD,


obtendo boa concordância

• A análise numérica do escoamento ajudou a alterar o projeto para


melhorar o seu desempenho.
15

• Há dois tipos de metodologia numérica: simulação permanente e a


simulação transiente.

• O autor de [2] empregou simulações permanentes e transientes para


a análise numérica de uma turbina Francis.

• Em seu trabalho, foi desenvolvida a carta de eficiência para a


turbina Francis.

• Os resultados experimentais foram comparados com os valores


numéricos e eles foram considerados satisfatórios.
16

• Entre os modelos de turbulência, Shear Stress Transport Model tem


sido recomendado.

• Ele fornece resultados precisos mesmo para casos de escoamentos


com gradientes de pressão adversos.

• Onde também ocorre descolamento da camada limite.


17

Figura 4 - Separação do fluxo de ar em uma asa em alto ângulo de ataque

Fonte: Wikipédia
18

• Outro fator importante nas simulações computacionais são as


condições de contorno.

• Representam os valores computacionais conhecidos nas


extremidades do domínio espacial em qualquer instante de tempo.

• Na maior parte da literatura, a pressão total de entrada e vazão


mássica de saída são utilizadas.

1
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝑠𝑡 + 𝜌𝑣 2 𝐸𝑞 2.1
2
19

• A variação entre os dados experimentais e de simulação é causada


por vários fatores.

• Segundo o autor de [3], a variação pode ser causada por erros na


discretização das equações governantes e erros na geometria.

• Existem dois tipos principais de perdas: perda mecânica e as perdas


hidráulicas.

• A cavitação é uma delas. De acordo com [4], altas velocidades


relativas entre o fluido e o rotor devem ser evitadas.
20

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Hidrodinâmica
• Conservação da massa: O fluxo de massa líquido no volume de controle
deve ser igual à taxa de variação da massa dentro do volume de controle.

• Forma diferencial parcial da equação da continuidade:

𝜕𝑢𝑖
=0 𝐸𝑞 3.1
𝜕𝑥𝑖
21

• Conservação da quantidade de movimento: A força resultante


aplicada sobre o fluido em movimento é igual à variação da sua
quantidade de movimento.

𝐷𝑢𝑖 1 𝜕𝑝 𝜕𝜍𝑖𝑗
= 𝑔𝑖 − + 𝐸𝑞 3.2
𝐷𝑡 υ 𝜕𝑥𝑖 𝜕𝑥𝑗
• Combinando a equação da tensão viscosa, obtém-se a seguinte
forma da equação de Navier-Stokes:

𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑢𝑖 1 𝜕𝑝 𝜕 𝜕𝑢𝑖


+ 𝑢𝑗 = 𝑔𝑖 − + υ 𝐸𝑞 3.3
𝜕𝑡 𝜕𝑥𝑗 𝜌 𝜕𝑥𝑖 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑗
22

3.2 Modelagem de Turbulência

• Simulação Numérica de Escoamentos Turbulentos via Equações de


Médias de Reynolds (RANS - Reynolds Averaged Navier-Stokes).

• As RANS são obtidas considerando valores instantâneos das


variáveis do movimento turbulento como uma variação randômica
em torno dos valores médios:

𝑢𝑖 = 𝑢𝑖 + 𝑢′𝑖 𝐸𝑞 3.4

𝑝 = 𝑝 + 𝑝′ 𝐸𝑞 3.5
23

• As equações RANS são obtidas a partir das equações de Navier-Stokes


para fluidos incompressíveis, Eqs 3.1 e 3.3

• Valores instantâneos das variáveis substituídos pelos valores médios


mais suas flutuações e avaliando-se as médias temporais das equações:

𝜕𝑢𝑗
=0 𝐸𝑞 3.6
𝜕𝑥𝑗

𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑢𝑖 1 𝜕𝑝 𝜕 𝜕𝑢𝑖


+ 𝑢𝑗 =− + υ − 𝑢𝑖 ′𝑢𝑗 ′ + 𝑔𝑖 𝐸𝑞 3.7
𝜕𝑡 𝜕𝑥𝑗 𝜌 𝜕𝑥𝑖 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑗
24

• O aparecimento do termo −𝑢𝑖 ′𝑢𝑗 ′ (tensão de Reynolds), gera um


problema de fechamento.

• Hipótese de Boussinesq. A tensões turbulentas são proporcionais ao


gradiente de velocidade média do escoamento

𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑢𝑗 2
−𝑢𝑖 ′𝑢𝑗 ′ = υ𝑡 + − κ𝛿𝑖𝑗 𝐸𝑞 3.8
𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑖 3

1 2
κ = 𝑢′ + 𝑣′2 + 𝑤′2 𝐸𝑞 3.9
2
25

• A equações RANS baseadas no conceito da viscosidade turbulenta é


obtida pela substituição da Eq. 3.8 na Eq. 3.7:

𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑃 𝜕 𝜕𝑢𝑖 𝜕𝑢𝑗


+ 𝑢𝑗 =− + υ + + 𝑔𝑖 𝐸𝑞 3.10
𝜕𝑡 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑖 𝜕𝑥𝑗 𝑒𝑓 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑖

1 2
𝑃= 𝑝+ κ 𝐸𝑞 3.11
𝜌 3

υ𝑒𝑓 = υ + υ𝑡 𝐸𝑞 3.12
26
Modelo SST κ-ω
• É a combinação do modelo κ-ω e κ-ε.

• Foi desenvolvido para superar as limitações destes dois modelos.

• Introdução de fatores de mistura, as zonas κ-ω e κ-ε são


selecionadas automaticamente.

• A energia cinética turbulenta κ e a taxa de dissipação específica ω do


modelo de SST são determinadas por [4]:

𝜕κ 𝜕κ ∗
𝜕 𝜕κ
+ 𝑢𝑖 = 𝑃κ − 𝛽 κ𝜔 + υ + 𝜍κ υ𝑡 𝐸𝑞 3.13
𝜕𝑡 𝜕𝑥𝑖 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑗
27

𝜕𝜔 𝜕𝜔 2 2
𝜕 𝜕𝜔 1 𝜕κ 𝜕𝜔
+ 𝑢𝑖 = 𝛼𝑆 − 𝛽𝜔 + υ + 𝜍𝜔 υ𝑡 + 1 − 𝐹1 2𝜍𝑑
𝜕𝑡 𝜕𝑥𝑖 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑗 𝜔 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑗
Eq 3.14

𝐹1 = tanh 𝑎𝑟𝑔1 4 𝐸𝑞 3.15

κ 500υ 4𝜌𝜍𝜔2 κ
𝑎𝑟𝑔1 = 𝑚𝑖𝑛 𝑚𝑎𝑥 ∗ ; ; 𝐸𝑞 3.16
𝛽 𝜔𝑦 𝑦 2 𝜔 𝐶𝐷κ𝜔 𝑦 2

1 𝜕κ 𝜕𝜔
𝐶𝐷κ𝜔 = 𝑚𝑎𝑥 2𝜌𝜍𝑑 ; 10−10 𝐸𝑞 3.17
𝜔 𝜕𝑥𝑗 𝜕𝑥𝑗
28

• A viscosidade turbulenta é formulada como segue

𝑎1 κ
υ𝑡 = 𝐸𝑞 3.18
𝑚𝑎𝑥 𝑎1 𝜔; 𝑆𝐹2

1 𝜕𝑢𝑗 𝜕𝑢𝑖
𝑆𝑖𝑗 = + 𝐸𝑞 3.19
2 𝜕𝑥𝑖 𝜕𝑥𝑗

2
κ 500υ
𝐹2 = tanh 𝑚𝑎𝑥 ∗ ; 𝐸𝑞 3.20
𝛽 𝜔𝑦 𝑦 2 𝜔
29

Tabela 1 – Coeficientes do modelo SST


30

3.3 Leis de parede

• “Leis de parede” é uma ferramenta muito popular para escoamentos


a altos números de Reynolds por permitir economizar tempo
computacional

• São bastante populares para escoamentos industriais.

• A região viscosa não é resolvida e sim modelada através de fórmulas


empíricas

• Para o modelo de turbulência SST, o tratamento automático


próximo da parede é a opção padrão.
31

Figura 5 – Regiões que compõem a camada limite turbulenta

Fonte: LEAP Australia


32

4 METODOLOGIA
4.1 Ensaio Experimental:

• O regime de operação escolhido e que serviu como base para a


modelagem computacional foi 100 % de abertura das palhetas guias,
com uma pressão estática de entrada na turbina de 40 kPa (mano.).

• As condições ambientes durante a realização do experimento foram


as seguintes:
T = 24°C
Patm = 943mbar
33

Figura 6 – Bancada MFP101 Tecquipment

Fonte: Manual do usuário Tecquipment


34

• Equações úteis:
1 2∆𝑃1
𝑄𝑣 = 𝐶𝑑 𝐴1 𝐸𝑞 3.21
𝜌 𝐴1 2
−1
𝐴2 2
𝑊𝑇𝐻 = 𝑃4 𝑄𝑣 𝐸𝑞 3.22
𝑊𝑇𝑆
η𝑇 = 𝐸𝑞 3.23
𝑊𝑇𝐻

ρ = (999, 83952 + 16, 952577 × T − 7, 9905127 E−03 × 𝑇 2 − 46,


241757 E−06×𝑇 3 + 105, 84601 E−09 × 𝑇 4 − 281, 03006 E−12
× 𝑇 5 )/(1 + 16, 887236E−03 × T) Eq 3.24
35

4.2 Modelagem Geométrica


• Optou- se por construir a geometria do rotor e das palhetas guias
utilizando-se um scanner 3D.

• A tubulação de entrada, a voluta e a tubulação de saída foram


modeladas através de medições, representando a barreira externa
do escoamento na turbina propulsora.

• A partir da geometria sólida representativa destes dois elementos,


subtraiu-se a barreira sólida interna obtendo-se assim, o volume de
controle que representa todo o domínio fluido do modelo físico em
questão.
36

Figura 7 – Domínio fluido do escoamento na turbina propulsora

Fonte: Autor
37

Figura 8 – Parâmetros geométricos básicos do rotor original.


38

• A proposta de modificação da geometria do rotor original da


turbina, a fim de melhorar o seu desempenho, está relacionada com
o ângulo das pás.

• O fabricante do equipamento declara que este ângulo equivale a 20°


para o rotor original, entretanto a modelagem geométrica apontou
um ângulo de cerca de 23°.

• A inclinação das pás do rotor foi modificada, variando-a para mais e


para menos, definindo-se quatro rotores diferentes do original
39

Figura 9 – Modificação no ângulo das pás.

Fonte: Autor
40

4.3 Modelagem CFD


• Malha computacional:
▫ O domínio do fluido foi dividido em três partes, portanto três malhas
foram utilizadas em cada simulação.

▫ A malha escolhida foi do tipo estruturada com elementos hexaédricos,


em concordância com a literatura.

▫ As malhas do domínio do rotor, pré e pós-rotor são diferentes com


relação ao referencial, número de nós e tamanho de elementos.

▫ Necessário criar interfaces entre estas malhas. O tipo de interface


utilizada foi a GGI(General Grid Interface), modelo Frozen Rotor
conservativa em relação ao fluxo de massa e quantidade de movimento.
41

Tabela 2 – Resumo dos dados das malhas computacionais


42
Figura 10 – Malha estruturada dos domínios.
43
• Modelagem de Turbulência:
▫ Modelo Shear Stress Transport (SST κ-ω)
▫ Tratamento automático no cálculo das velocidades na região próxima da
parede
• Condições de Contorno:
▫ Cálculo do torque de atrito (ponto sem carga):
 Pressão total na entrada de 45,2 kPa, escoamento normal à seção, intensidade
de turbulência de 5%
 Condição de parede de não escorregamento em todas as barreiras sólidas
internas e externas fixas
 Condição de parede rotativa 1700 rpm na superfície do rotor.
 Interface pré-rotor - rotor e rotor - pós-rotor.
 Vazao mássica de 2,86 kg/s na saída
44

▫ Cálculo de desempenh0 (ponto de melhor desempenho do experimento):


 Pressão total na entrada de 44,7 kPa, escoamento normal à seção, intensidade
de turbulência de 5%
 Condição de parede de não escorregamento em todas as barreiras sólidas
internas e externas fixas
 Condição de parede rotativa 700 rpm na superfície do rotor.
 Interface pré-rotor - rotor e rotor - pós-rotor.
 Vazao mássica de 2,71 kg/s na saída
45

Figura 11 - Condições de contorno aplicadas.


46

• Parâmetros de desempenho

𝑇𝑂𝑅𝑄𝑈𝐸 = 𝑟 × 𝜏𝑛 𝑑𝑆 + 𝑟 × 𝑃𝑛 𝑑𝑆 𝐸𝑞 3.24

2𝜋𝑛 𝑇𝑂𝑅𝑄𝑈𝐸
𝑊𝑇𝑆 = 𝐸𝑞 3.25
60

𝑊𝑇𝐻 = 𝜌𝑔𝑄𝑣 𝑃4 𝐸𝑞 3.26

𝑊𝑇𝑆
η𝑇 = 𝐸𝑞 3.23
𝑊𝑇𝐻
47

5 RESULTADOS
• Seis simulações foram desenvolvidas, dois casos experimentais e
quatro propostas de modificação na geometria do rotor da turbina
propulsora.

• Cada simulação levou um tempo de aproximadamente 10 horas para


convergir sob as condições de 10E-04 de limite residual, convergindo
com aproximadamente 400 passos.

• Apresentar-se-ão como resultados, os parâmetros de desempenho de


torque, potência e eficiência, e algumas evidências visuais de perdas
hidráulicas roto dinâmicas.
48

5.1 Ensaio Experimental


• A partir dos dados experimentais foram plotados os pontos de
desempenho da turbina propulsora

• Condição de 100 % de abertura das palhetas guias e uma pressão de


entrada da turbina de 40 kPa (manométrica)

• Os gráficos elaborados correspondem aos pontos de potência e


eficiência em função da rotação do equipamento
49

Figura 12 – Potência de eixo x Rotação.

Fonte: Autor
50

Figura 13 – Eficiência global x Rotação.

Fonte: Autor
51

• O ponto de máximo desempenho de operação detectado é


representado pelos seguintes parâmetros:

Rotação = 700 rpm


Torque = 0,28 Nm
Potência de eixo = 21 W
Eficiência global = 19,3 %
Vazão volumétrica = 2,72 L/s
Pressão de entrada da turbina = 40 kPa

• Serviu como base para as simulações numéricas de desempenho


52

5.2 Modelagem CFD

• O foco foi elaborar gráficos e selecionar imagens de fácil


entendimento, para que o leitor pudesse assimilar bem os
fenômenos que serão descritos;

• Verificação do modelo;

• Compreensão da influência do ângulo das pás no desempenho da


turbina propulsora;

• Qualificação das perdas rotodinâmicas.


53

Figura 14 – Valores de torque obtidos ao final das simulações.


54

Figura 15 – Valores de potência obtidos ao final das simulações.


55

Figura 16 – Valores de eficiência obtidos ao final das simulações.


56

Figura 17 – Curvas de potência e eficiência pelo ângulo de inclinação das pás.


57

Figura 18 – Pressão absoluta x Distância da entrada do rotor.


58

Figura 19 – Velocidade x Distância da entrada do rotor.


59
Figura 20 – Linhas de corrente e campos de pressão na passagem das pás - 15, 44°.
60
Figura 21 – Linhas de corrente e campos de pressão na passagem das pás - 20, 17°.
61
Figura 22 – Linhas de corrente e campos de pressão na passagem das pás - 23, 33°.
62

Figura 23 – Linhas de corrente e campos de pressão na passagem das pás - 29, 11°.
63

Figura 24 – Linhas de corrente e campos de pressão na passagem das pás - 35, 26°.
64
Figura 25 – Linhas de corrente e campos de pressão na passagem das pás - 23, 33° - sem carga.
65
Figura 26 – Linhas de corrente ao longo de todo o escoamento.
66

Figura 27 – Pressão absoluta- ângulo de 15, 44°. Figura 28 – Pressão absoluta- ângulo de 20,17°.
67

Figura 29 – Pressão absoluta- ângulo de 23, 33°. Figura 30 – Pressão absoluta- ângulo de 29,11°.
68

Figura 31 – Pressão absoluta- ângulo de 35, 26°.


69
5.3 Limitações
• A análise de estado permanente realizada durante a simulação CFD
fornece uma solução limitada.

• Embora os valores de Y + devam ser inferiores a 200 de acordo com o


modelo SST κ-ω, em alguns pontos da malha esses valores foram obtidos
em torno de 1400.

• As tubulações e a voluta foram modeladas por medições manuais,


levando ainda em consideração a grande dificuldade apresentada na
modelagem da voluta.

• Por último, a validade dos resultados fica também a mercê da precisão e


aferição dos instrumentos de medição utilizados no ensaio experimental.
70

6 CONCLUSÃO
• A modelagem CFD apresentou resultados compatíveis com os resultados
experimentais dentro da escala de incertezas envolvidas.

• Foi possível avaliar o comportamento do desempenho da turbina, frente à


variação do ângulo de inclinação das pás do rotor. Melhor desempenho
para um ângulo de ~35°.

• A maior causa de falta de desempenho desta turbina não está relacionada


com o ângulo de inclinação das pás.

• A evolução da pressão absoluta e velocidade média nas seções do


escoamento no rotor indicaram a eficiência na conversão de energia para
cada rotor.
71

• Alguns tipos de perdas roto-dinâmicas puderam também ser avaliadas


qualitativamente.

• Percebeu-se que os vórtices e os bolsões são um problema inerente à


geometria.

• Uma conclusão interessante foi que o risco de cavitação é aumentado para


ângulos menores de inclinação das pás do rotor.

• Recomendações para o estudo da influência das palhetas direcionadoras e


do número de pás do rotor no desempenho global da turbina propulsora.
72

6 BIBLIOGRAFIA

[1] MOTYCAK, L.; SKOTAK, A.; OBROVSKY, J. Analysis of the Kaplan


turbine draft tube effect. In: IOP Conference Series: Earth and
Environmental Science. IOP Publishing, 2010. p. 012038

[2] LAÍN, Santiago et al. CFD Numerical simulations of Francis


turbines Simulación numérica (CFD) de turbinas Francis.

[3] PRASAD, Vishnu; GAHLOT, V. K.; KRISHNAMACHAR, P. CFD


approach for design optimization and validation for axial flow
hydraulic turbine. Indian Journal of Engineering and Materials
Sciences, v. 16, n. 4, p. 229, 2009.
73

[4] MENTER, F. R.; KUNTZ, M.; LANGTRY, R. Ten years of industrial


experience with the SST turbulence model. Turbulence, heat and mass
transfer, v. 4, n. 1, p.625-632, 2003.

You might also like