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Exposição de Gálatas.

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segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Essência da Fé Cristã-Gálatas 6: 11 – 18

INTRODUÇÃO:

Paulo chega ao final de sua carta, nesta ocasião ele escreve algumas
sentenças finais com a sua própria mão (vs. 11). Normalmente, ele
marcava o final de suas cartas com sua assinatura para evitar
falsificações, mas, nesta carta Paulo acrescenta um pós-escrito pessoal,
isto, em conformidade com o versículo 11: “Vede com que grandes
letras vos escrevi de meu próprio punho”. Poderíamos traduzir: “Reparai
como propositalmente sublinhei estas palavras para vós”.

O que Paulo está enfatizando? Ele destaca os temas principais do


evangelho autêntico, coloca-se em contraste com os judaizantes, e
assim com os dois sistemas religiosos que representam. Então, nesta
parte final da epístola, Paulo trata sobre a ESSÊNCIA DA FÉ CRISTÃ,
vejamos algumas considerações sobre o assunto:

1. A Essência da Fé Cristã é Interna Em Contraposição Ao


Externo (vs. 12, 13).

A essência da fé cristã é interna, é algo que vem do coração. Os


judaizantes concentravam-se no exterior, isto é, na circuncisão.
Eles constrangiam os irmãos a circuncisão e se deixavam
circuncidar (vs. 12, 13), a ênfase era num cerimonial externo, eles
também negavam que a salvação era somente pela fé.
E Porque faziam isso? Resposta: “eles querem ostentar-se na
carne”(vs. 12), querem se exibir e se elogiar. Versículo 13, “para se
gloriarem na vossa carne”.
Assim eles procediam “para não serem perseguidos por causa da cruz de
Cristo” (vs. 13b), quando enfatizavam uma salvação mediante a lei,
eles estavam negando a cruz de Cristo. Porém, não é possível salvação
pela obediência a lei ou boas obras, se fosse não haveria cruz.
Os judaizantes estavam colocando a circuncisão como uma ordenança
de importância central, insistindo que sem ela ninguém poderia ser
salvo.
A questão é: “como uma operação externa e física poderia garantir a
salvação ou ser condição indispensável da salvação?” Isto era inaceitável
e ridículo.
Paulo é veementemente contra este ensino, observemos o argumento
no versículo 13a: “Pois nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar
guardam a lei”...
Os judaizantes eram incoerentes com aquilo que ensinam, eles não
poderiam crer que a salvação fosse uma recompensa pela obediência a
lei, pois nem mesmo obedeciam a lei!

2. A Essência da Fé Cristã é Divina Por Origem e Não Humana


(vs. 14 - 16).

“Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso


Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim,
e eu para o mundo” (vs. 14).
Paulo não fugia da cruz, tinha orgulho da mesma. Ele não se gloriava em
si mesmo para a salvação, mas unicamente na cruz de Cristo para ser
salvo.
Apenas quando nos humilhamos e reconhecemos que por causa dos
nossos pecados merecemos o inferno é que deixamos de nos gloriar em
nós mesmos e corremos para a cruz em busca de salvação.
Como consequência, nós e o mundo nos separamos. O mundo é a
sociedade dos incrédulos, ímpios, sem temor a Deus, que vivem
segundo o egoísmo de seus corações. Quando estamos em Cristo, não
temos mais a necessidade de agradarmos o mundo, ele está crucificado
para nós e nós para ele.
É por isso que o apóstolo nos diz no versículo 15: “De nada vale ser
circuncidado ou não. O que importa é ser uma nova criação”, A
circuncisão era um sinal externo, simbolizando a circuncisão do
coração (Rm. 2: 29). Contudo, o que realmente importa é o novo
nascimento, o ser nova criatura.
A circuncisão era um sinal externo, visível às pessoas, a nova criação é
um nascimento do Espírito, um milagre interior realizado por Deus.
“Paz e misericórdia estejam sobre todos os que andam conforme essa
regra, e também sobre o Israel de Deus” (vs. 16).
Na sequência, Paulo suplica a misericórdia e paz sobre os que andam de
acordo com aquilo que foi ensinado. Mostra também que a igreja cristã
desfruta uma continuidade direta com o povo de Deus no Antigo
Testamento, aqueles que estão em Cristo hoje são a verdadeira
circuncisão (Fp. 3: 3), descendentes de Abraão (Gl. 3: 29) e o Israel
de Deus.
Vejamos o versículo 17: “Sem mais, que ninguém me perturbe, pois
trago em meu corpo as marcas de Jesus”, ou seja, que ninguém
questione minha autoridade, pois, eu trago no corpo marcas, ferimentos
ao ser perseguido por amor a Jesus.
Essas marcas são: açoites sem medida, apedrejamento, naufrágio, tudo
isso por servir ao Mestre Jesus.
“Irmãos, que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o espírito
de vocês. Amém” (vs. 17). Paulo começou a epístola com sua saudação
da graça (Gl. 1: 3), durante toda a sua argumentação ela fala da graça,
e ele conclui com a mesma nota. Assim, a característica autêntica do
evangelho é a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, isto se aplica a todo
povo de Deus.

APLICAÇÃO: Qual a relação entre os problemas que foram vividos pelos


gálatas e os problemas da igreja contemporânea? Quais lições práticas
podemos obter a partir do que foi exposto nesta noite?

1. A Fé Cristã Não Está Fundamentada em Cerimônias Externas,


Mas Em Algo Interior e Espiritual.

Aqueles que dão importância exagerada ao batismo e ensinam a


doutrina da regeneração batismal, cometem o mesmo erro do passado.
Embora tenha a sua importância, como símbolo de membresia na
aliança, é um ato exterior e físico. Por isso, o importante é ser nova
criatura em Jesus Cristo.

2. A Fé Cristã Fundamenta-se na Cruz de Cristo e na Salvação


Pela Graça, Portanto, é Divina.

A circuncisão era uma obra humana realizada por um ser humano em


outro. Mas, o problema, era que os judaizantes estavam exigindo que os
crentes em Jesus deveriam submeter-se a esse rito como pré-requisito
de salvação.
Ainda hoje, temos os judaizantes, que exigem a obediência ao sábado
como pré-requisito de salvação, que estabelecem dietas alimentares,
que só reconhecem como legítima uma forma de batismo (imersão), que
criam regras humanas para seus membros.

CONCLUSÃO:

Não podemos aceitar esses falsos ensinamentos, baseado em questões


externas e humanas, negando a suficiência do sacrifício de Cristo para a
salvação e tornando nula a graça de Deus.

Postado por Igreja Presbiteriana Em Toritama às 18:41 Nenhum comentário:


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domingo, 22 de julho de 2012

Colhe-se o que se Planta - Gálatas 6: 6 – 10

INTRODUÇÃO:

O apóstolo Paulo está chegando ao termino de sua carta. Seus temas


principais já foram apresentados, o que resta agora são algumas
advertências finais.
Com este propósito, observamos no texto em apreço o grande princípio
da semeadura e da colheita apresentado no versículo 7: “Não se
deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear,
isso também colherá”.
Este é um princípio de ordem e coerência que se acha inscrito nas
Escrituras Sagradas e que serve para todas as áreas da vida.
A colheita depende do que o agricultor semeou, se um homem é fiel e
zeloso em sua semeadura, então pode aguardar uma boa colheita. Por
outro lado, “quem cultiva o mal e semeia maldade, isso também
colherá” (Jó 4:8).
Este princípio é uma lei divina imutável, com o objetivo de enfatizá-lo,
Paulo o inicia com uma ordem: “Não vos enganeis” e uma declaração:
“não se zomba de Deus”.

Então, o texto lido gira em torno do princípio revelado no versículo 7, e


existem três esferas da experiência cristã nas quais Paulo vê o princípio
operando.
1. No Ministério Pastoral (vs. 6).

“Mas aquele que está sendo instruído na Palavra, faça participante de


todas as coisas boas aquele que o instrui” = Alguém que está
aprendendo o evangelho. Seja a instrução seja particular ou pública, o
princípio é o mesmo: aqueles que estão sendo instruídos na Palavra
devem ajudar a sustentar o seu mestre.
O ministro do evangelho semeia a boa semente da Palavra de Deus e
colhe o sustento. Eu sei que para muitas pessoas isso é embaraçoso.
Mas o princípio bíblico é lembrado várias vezes, o Senhor Jesus disse
que digno é o trabalhador do seu salário referindo-se aos discípulos que
saíram em missão (Lc. 10: 7).

Em I Co. 9: 14, Paulo declara: “Da mesma forma o Senhor ordenou


àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho”.
Ainda quando escreve a Timóteo, Paulo diz: “Os presbíteros que lideram
bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo
trabalho é a pregação e o ensino” (1 Timóteo 5:17).

Então, aquele pastor que se dedica em tempo integral no estudo e


pregação da Palavra com todas as suas forças e meios, procurando
entende-la e aplica-la, deve receber da igreja o seu sustento, este é um
princípio bíblico.
Por isso, Martinho Lutero disse: “é impossível que um homem trabalhe
dia e noite para ganhar os seu sustento e, ao mesmo tempo, se dedique
ao estudo das Sagradas Letras, como exige o seu ofício”.

Precisamos reconhecer que existem os pastores mercenários, outros que


comercializam a fé e adulteram a Palavra de Deus, pilantras escondidos
atrás de um paletó, gananciosos que querem ter suas próprias igrejas e
que são desprovidos de conhecimento bíblico e de caráter. O problema é
que todos os pastores são colocados no mesmo patamar.

Mas, existem os pastores sérios, que buscam viver uma vida que honra
a Deus, que se dedicam na Palavra, que buscam o conhecimento bíblico
e teológico para transmitir a boa semente nas mentes e corações do
rebanho de Jesus Cristo, então, esses são dignos e podem esperar a sua
subsistência material.

2. Na Santidade Cristã (vs. 8).

“Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem
semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna”.
Esta é outra esfera na qual opera o principio da semeadura e colheita.
Paulo retorna ao tema da carne e do Espírito, mas aqui em Gálatas 6, a
vida cristã é comparada a um campo de batalha, e a carne e o Espírito
são dois campos em que nós semeamos. A nossa colheita dependerá de
onde e o quê nós semeamos.

O versículo 8, apresenta dois tipos de semeaduras possíveis, isto é,


semear para carne e semear para o Espírito.
O que é semear para a carne? É trabalhar para ela, em vez de
crucifica-la. As sementes são os pensamentos e atos. Toda vez que
permitimos que nossa mente abrigue um ressentimento, entretenha
uma fantasia impura, estamos semeando para a carne.

Toda vez que assumimos um risco que cria dificuldades para o nosso
autocontrole, estamos semeando para a carne. Há cristãos que semeiam
para carne todos os dias e ficam se perguntando porque não colhem
santidade. A santidade é uma colheita.

O que é semear para o Espírito? É o mesmo que andar no Espírito, é


buscar as coisas de Deus e pensar nelas, coisas lá do alto, não as
terrenas. Através dos livros que lemos, as pessoas que andamos e o
lazer que buscamos, podemos semear para o Espírito.

Devemos ainda, ler a Bíblia e orar sempre, realizar o culto doméstico,


participar dos cultos junto com os outros servos de Deus. Tudo isso, é
semear para o Espirito.

Os resultados são apenas lógicos. Se semearmos para a carne, da


carne colheremos corrupção, vai haver um processo de declínio moral.
Se por outro lado, semearmos para o Espírito, vamos colher vida eterna,
a comunhão com Deus vai se desenvolver agora até que alcance sua
plenitude na eternidade.

3. Na vida Prática do Crente (vs. 9, 10).

“E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos,


se não desanimarmos”.
O assunto muda da santidade pessoal para a prática do bem, a ajuda
aos outros, as atividades filantrópicas na igreja ou comunidade.

O serviço cristão ativo é um trabalho exigente e cansativo, por


isso, “não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifarmos,
se não desanimarmos”. Se o agricultor se cansar de semear, deixando
parte do seu campo sem sementeira, vai colher apenas uma parte. O
mesmo acontece com as boas obras.

O que será a colheita? A perseverante prática do bem na igreja e


sociedade trará como colheita consolo para os oprimidos, alívio para as
pessoas necessitadas, pode ajudar a deter a deterioração moral da
sociedade e até mesmo levar um pecador ao arrependimento e salvação.
Quem o pratica ficará satisfeito e feliz em ver os resultados.
“Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos,
especialmente aos da família da fé”.

Sabemos que nossa vida neste mundo está cheia de tais oportunidades
para fazer o bem. Devemos assim proceder, mas principalmente para
com os nossos irmãos na fé, a família de Deus. Mas, não devemos parar
por aí, entendemos pelo ensino de Jesus que até mesmo os nossos
inimigos devem ser alvos do nosso bem.

CONCLUSÃO:

Meus irmãos, o principio da semeadura continua sendo válido. O


que o homem semear isto ele colherá. O que estamos semeando?
Sei que na condição de Ministro do evangelho preciso semear a Palavra
de Deus com fidelidade e dedicação.

Na condição de Cristãos verdadeiros nós temos por dever semear para o


Espírito, viver para glorificar a Deus, nos despojando do velho homem,
se revestindo do novo a cada dia.

O fazer o bem é obrigação nossa, ajudar os necessitados, exercer


atividades filantrópicas em relação a todos, mas principalmente os que
compartilham conosco a fé em Jesus Cristo.

Em nenhuma dessas esferas podemos zombar de Deus. Em cada uma


delas opera o mesmo principio. E considerando que não podemos
enganar a Deus, somos tolos se tentarmos nos enganar a nós mesmos.
Devemos nos submeter ao senhorio de Cristo e esperar colher o que
semeamos, portanto, vamos semear a boa semente para termos uma
boa colheita.

Postado por Igreja Presbiteriana Em Toritama às 20:11 Nenhum comentário:


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quarta-feira, 11 de julho de 2012

CARACTERÍSTICAS DO RELACIONAMENTO CRISTÃO


Gálatas 5: 26 – 6: 5
INTRODUÇÃO:

No texto em apreço, Paulo fala dos relacionamentos pessoais,


principalmente com irmãos que fazem parte do nosso convívio.
Ele nos mostra que uma das maiores evidências do nosso andar no
Espírito se reflete no relacionamento prático de amor para com as outras
pessoas, e se o primeiro fruto do Espírito é o amor, isso se torna apenas
lógico.
Contudo, é mais fácil falar a respeito do amor do que agir de maneira
amorosa em circunstancias que exige de nós uma atitude prática. Por
isso, o apóstolo nos mostra como devemos nos comportar em relação ao
próximo quando andamos no Espírito.

1. HUMILDADE (cp. 5 vs. 26).


“Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja
uns dos outros”.
Esse versículo é bem instrutivo, pois mostra que a nossa conduta para
com os outros é determinada pela opinião que temos de nós mesmos.
“Não sejamos presunçosos” - a palavra grega para presunçosos
(kenodoxos) traz a ideia de uma pessoa cuja opinião de si mesma é
vazia, vã ou falsa. E, quando temos uma visão a respeito de nós
mesmos que é falsa ou convencida, nossos relacionamentos ficam
sujeitos a serem envenenados.
Pois, primeiro seremos provocadores, a ideia é de desafiar alguém para
uma competição, ou seja, queremos demonstrar a nossa superioridade.
Outra possibilidade dos presunçosos é a inveja, se consideram os outros
superiores a si mesmos ficam com inveja.

APLICAÇÃO: Essa atitude é totalmente oposta a do crente cheio do


Espírito Santo, pois esses pensam sobre si mesmo com humildade e
moderação (Rm. 12: 3). Assim procedem, porque o Espírito Santo já
abriu seus corações para ver seus próprios pecados e também a
importância dos outros irmãos aos olhos de Deus. Então, longe de
sermos presunçosos devemos agir humildemente e procurar
oportunidades para servirmos nossos irmãos.
2. VERDADE (vs. 1).

“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois


espirituais corrigi-o com o espírito de brandura. E guarda-te para que
não sejais também tentado”.
No referido versículo Paulo nos orienta sobre o que fazer se flagrarmos
um irmão em pecado. Ele diz: “corrigi-o” – (em grego – katartizo)
significa restaurar a condição anterior. Devemos tentar trazê-lo ao bom
caminho.
Contudo, nos diz a Palavra de Deus, que não é qualquer crente que pode
fazer isso, apenas: “vós que sois espirituais”, ou seja, aquele cristão que
anda pelo Espírito deve tentar restaurá-lo.
No complemento do versículo, nos diz o apóstolo que essa correção deve
ser feita com brandura, ou seja, mansidão, verdade em amor e apenas
os crentes maduros e que andam no Espírito possuem esta qualidade.
Na ultima orientação do versículo, nos diz Paulo que devemos ter
cuidado para também não sejamos tentados, devemos entender que
somos fracos e que temos uma inclinação para pecar, por isso, cuidado!

APLICAÇÃO: Diante do pecado do nosso irmão precisamos agir como a


Palavra de Deus nos ordena. Ou seja, corrigido-o, falando a verdade em
amor, evitando assim, falatórios inúteis, intrigas e promovendo a paz.

3. ALTRUÍSMO (vs. 2,3).


“Levai as cargas uns dos outros”... - Todos nós temos cargas e Deus não
pretende que carreguemos sozinhos. É verdade que devemos colocar
diante de Deus todos as nossas cargas, lutas, etc. Mas, uma forma de
Deus aliviar nosso fardo é através da amizade verdadeira.
Um exemplo notável dessa verdade é visto no próprio Paulo, que estava
angustiado e atribulado, mas Deus confortou-o com a presença de
Tito(2 Co 7: 5, 6).
...”e assim cumprireis a lei de Cristo” – A lei de Cristo é amar uns aos
outros como ele nos ama, então, amar ao próximo é cumprir a lei.
Portanto, devemos carregar as cargas uns dos outros, isto é altruísmo.
“Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se
a si mesmo” (vs. 3).
A implicação é a seguinte, se não queremos carregar os fardos
mutuamente, acharemos que somos superiores aos outros. Mas, pensar
assim é enganar-se a si mesmo, é vanglória.

APLICAÇÃO: Precisamos entender que todos nós temos lutas,


problemas, dificuldades, e uma das formas que Deus utiliza-se para
aliviar essa carga é o nosso relacionamento fraterno, devemos
compartilhar, orar e nos ajudar mutuamente, assim estaremos
cumprindo a lei de Cristo.

4. RESPONSABILIDADE (vs. 4,5).


Vejamos o versículo 4: “Cada um examine os próprios atos, e então
poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém”. Em
vez de ficar analisando o nosso próximo e nos comparando a ele,
devemos testar nosso próprio trabalho, pois temos de carregar o nosso
fardo e um dia teremos que prestar contas ao Senhor.
É o que diz o versículo 5: “Pois cada um levará o seu próprio fardo”.
Esse versículo parece estar em contradição com o versículo 2, mas
apenas parece.
No versículo 5, o termo usado para fardo (no grego é phortion) era
uma palavra comum para pacote. E no versículo 2 a palavra grega para
cargas (baros), significa um peso ou fardo pesado.
Então, devemos compartilhar os fardos que são pesados demais para
carregarmos sozinhos. Existe, porém, um fardo que não podemos
dividir, este é de nossa responsabilidade carregar, por exemplo: andar
em verdade, crucificar a carne, são responsabilidades individuais.

APLICAÇÃO: Então, devemos entender que temos responsabilidades


diante de Deus, vivendo uma vida cristã digna do nosso chamamento,
procurando em todas as áreas glorificar a Deus.

CONCLUSÃO:

Neste sermão, refletimos sobre algumas características do


relacionamento cristão. Assim, devemos entender que o nosso
relacionamento cristão está baseado no fato de sermos irmãos.

Portanto, devemos cuidar dos nossos irmãos, e preocupando com o


bem-estar deles. Jamais provocando-os ou invejando-os.
Devemos ajudá-los a carregar o seu fardo, se ele cair em pecado
devemos restaurá-lo. E conforme a Palavra de Deus é assim que se
cumpre a lei de Cristo.

Postado por Igreja Presbiteriana Em Toritama às 15:30 Nenhum comentário:


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terça-feira, 3 de julho de 2012

Exposição em Gálatas 5: 16 – 25

INTRODUÇÃO:
Neste capítulo a grande ênfase do Apóstolo Paulo é que em Cristo
estamos em verdadeira liberdade. Antes, estávamos escravizados pelo
pecado, mas agora somos filhos de Deus.
No texto em apreço, Paulo fala do conflito entre a carne e o Espírito,
mostra-nos ainda que o Espírito Santo é o nosso santificador, e o único
que pode se opor à nossa carne e subjugá-la.
Sabemos que é Jesus Cristo que nos liberta. Mas sem a obra contínua,
orientadora e santificadora do Espírito Santo, a nossa liberdade é
deturpada.
Então, veremos que o texto referido pode ser dividido em duas partes: A
realidade do Conflito (vs. 16 – 23) e o Caminho da Vitória Cristã (vs. 24,
25).

TEMA: O Conflito Entre a Carne e o Espírito e o Caminho da


Vitória

1. A Realidade do Conflito (vs. 16 – 23).


Vejamos o que nos diz os versículos 16 e 17 = “Por isso digo: vivam
pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a
carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário
à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não
fazem o que desejam”.
O texto faz referência aos combatentes do conflito cristão, a carne e o
Espírito. À luz da Bíblia, podemos afirmar que a “carne” representa o
que somos por natureza e o “Espírito” o que nos tornamos pelo novo
nascimento, o nascimento do Espírito. Estes dois, a carne e o Espírito
vivem em ferrenha oposição.
Consideremos agora o tipo de comportamento através do qual se
expressam as duas naturezas:
1.1 As Obras da Carne (vs. 18 - 21).
As obras da carne são conhecidas, ou seja, as palavras e os atos pelos
quais se manifesta, são públicos e evidentes. A partir do versículo 19 ao
21, Paulo elabora uma lista que abrange quatro áreas: sexo,
religiosidade, sociedade e alimentação. Observemos:
a) Sexualidade: Prostituição – qualquer tipo de comportamento sexual
ilegal (casos extraconjugais, sexo fora do casamento, etc). Impureza –
comportamento anormal envolve pensamentos pecaminosos. Lascívia –
um público e atrevido desprezo pelo decoro (várias músicas
contemporâneas contribuem para a lascívia).
b) Religiosidade: Idolatria – culto prestado a deuses falsos. Feitiçaria –
intercâmbio secreto com os poderes do mal (macumbaria, cartomancia,
búzios, necromancia, etc.).
c) Sociedade: ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões,
facções e inveja – tudo isso contribui para a separação e inimizades
entre as pessoas em seu convívio social.
d) Alimentação: Bebedices – embriaguez. Glutonaria – excessos
alimentares. Tanto uma coisa quanto outra acontecia em festas gregas e
romanas.

1.2 O Fruto do Espírito (vs. 22, 23).


Temos aqui um aglomerado de nove graças cristãs que parecem
descrever a atitude do cristão para com Deus, o próximo e ele mesmo.
a) Atitude do Cristão em Relação a Deus: Amor, Alegria e Paz – o
primeiro amor cristão deve para com Deus, sua principal alegria deve
ser em Deus e a sua paz mais profunda é a sua paz com Deus.
b) Atitude do Cristão em Relação ao Próximo: Longanimidade,
Benignidade, Bondade – são virtudes sociais, expressam as qualidades
para que tenhamos relacionamentos saudáveis; Longanimidade é a
paciência em relação aos que nos irritam e perseguem; Benignidade é
uma questão de disposição; Bondade se expressa em palavras e atos.
c) Atitude do Cristão em Relação a Si Mesmo: Fidelidade, Mansidão
e Domínio Próprio – Fidelidade - descreve uma característica de alguém
que é confiável. Mansidão - significa poder sob controle, humildade e por
fim Domínio Próprio – autocontrole.
Todas essas características são o fruto do Espírito, o produto natural que
aparece na vida dos cristãos dirigidos pelo Espírito Santo. “Contra essas
coisas não há lei” (vs. 23), pois a função da lei é controlar, restringir,
impedir, e aqui não há necessidade de limitações.
Depois de analisar a realidade do conflito, Vejamos:
2. O Caminho da Vitória Cristã (vs. 24, 25).
No versículo 24: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as
suas paixões e concupiscências”. Devemos crucificar a carne, nós é
quem crucificamos nossa velha natureza, a ideia é de dia a dia matar
nossa natureza pecaminosa. “Agora não se trata de morrer, o que já
experimentamos através da nossa união com Cristo, é antes um
deliberado matar”.
Tomamos a nossa velha natureza egocêntrica, com todas as suas
paixões e desejos pecaminosos, e a pregamos na cruz.
No versículo 25: “Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo
Espírito”. Devemos andar no Espírito, no verso 16 afirma que somos
guiados pelo Espírito, há passividade de nossa parte. Contudo, no verso
25, a expressão está na voz ativa, indicando que nós é que devemos
andar no Espírito.
O Espírito Santo toma a iniciativa e afirma seus desejos contra os da
carne e forma em nós desejos santos e celestiais e nós nos submetemos
a sua orientação e controle.
Então, andar no Espírito, é andar de acordo com a linha que o Espírito
Santo estabelece, o Espírito nos guia, mas nós temos de andar no
Espírito, de acordo com as suas regras.

CONCLUSÃO:
1. Precisamos Entender Que a Vida Cristã Inclui Um Grande
Conflito Entre a Carne e o Espírito.
Isto acontece porque a partir da conversão o Espírito Santo passou a
habitar em nós, sendo assim, a carne e o Espírito vivem numa luta
constante.
2. Precisamos Entender Que o Caminho Para Vencer é a
Mortificação da Carne e Um Andar Contínuo no Espírito.
Devemos ser determinados neste objetivo, é fundamental que a cada dia
crucifiquemos o nosso desejo pecaminoso e façamos uso dos meios de
santificação, ou seja, oração, leitura bíblica, participação nos cultos,
assim estaremos andando no Espírito e vivendo para glória de Deus.

Postado por Igreja Presbiteriana Em Toritama às 16:22 4 comentários:


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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Exposição de Gálatas 5: 1 – 12

INTRODUÇÃO:
Os versículos iniciais do capítulo 5 estão de acordo com o conteúdo geral
de toda carta aos gálatas. O texto em apreço apresenta um contraste no
qual Paulo contrapõe duas opiniões ou dois pontos de vista para dizer
que só existe uma religião verdadeira, portanto, a religião ensinada
pelos judaizantes é falsa.
Ele esboça o contraste duas vezes, primeiro do ponto de vista daqueles
que praticam as duas religiões (vs. 1 – 6); depois, do ponto de vista
daqueles que as ensinam (vs. 7 – 12). Vejamos:
1. Praticantes: Religião Falsa e Verdadeira (vs.1 – 6).
Praticantes da Falsa Religião (vs. 2, 3, 4) = são caracterizados pela
circuncisão, devemos entender que, a circuncisão não era uma mera
operação física, esse ato era revestido de um simbolismo teológico,
representava a religião da salvação pelas obras: "Se vocês não forem
circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser
salvos" (At. 15: 1).
Então, em três sentenças Paulo adverte os praticantes da falsa religião
sobre os sérios resultados da circuncisão: Cristo de nada vos
aproveitará (vs. 2), de Cristo vos desligastes e da graça
decaístes(vs. 4).
Acrescentar a circuncisão é desprezar Cristo e seu sacrifício; procurar
ser justificado pela lei é cair da graça. Obviamente, os que assim
procedem desprezando o sacrifício de Cristo e abdicando da graça de
Deus para a salvação, nunca realmente conheceram a Cristo nem a sua
graça.
Praticantes da Verdadeira Religião (vs. 5, 6) = Esses permanecem
no evangelho a graça e Paulo se inclui entre os praticantes da verdadeira
religião: “Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da
justiça. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão
tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor” (vs. 5, 6).
A ênfase destes versículos está na fé, sobre a qual ele faz duas
declarações: Primeiro: “aguardamos a esperança” (v. 5), ou seja,
pela fé nós aguardamos a concretização plena da nossa salvação e vida
eterna. Não lutamos ansiosamente a fim da garanti-la, nem imaginamos
que devemos obtê-la através de boas obras.
Segundo: Em Jesus Cristo o Que Importa é a Fé Que Opera pelo
Amor (v. 6), quando uma pessoa está em Cristo nada mais é
necessário, tudo o que necessitamos para sermos aceitos por Deus é
estar em Cristo e nós estamos em Cristo pela fé. Agora, essa fé também
é operosa, ela nos conduz ao amor, a Deus e ao próximo.
2. Mestres: Ensinos Falsos e Verdadeiros (vs. 7 – 12).
Agora o contraste é entre o falso mestre, “que vos perturba” (vs. 10b)e
Apóstolo Paulo que está ensinando a verdade de Deus.
Vejamos o que Paulo nos diz no versículo 7: “Vocês corriam bem.
Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade?”
“Correr bem” na corrida cristã não é simplesmente crer na verdade, mas
é também obedecer a verdade. Só aquele que obedece a verdade é um
cristão verdadeiro. Os gálatas haviam começado bem, mas, Os Falsos
Mestres desviaram-nos do rumo correto.
Versículo 8: “Tal persuasão não provém daquele que os chama”. Esta
obra de persuasão não vinha de Deus que os havia chamado, pois Deus
os chamara em graça (Gl. 1: 6), enquanto que Os Falsos Mestres
ensinavam uma doutrina de méritos.
Neste momento da argumentação Paulo faz uso de um provérbio bem
conhecido entre os que viviam naquela época: "Um pouco de fermento
leveda toda a massa" (vs. 9). O erro dos Falsos Mestres estava se
espalhando de tal forma pelas Igrejas da Galácia que quase toda a
comunidade cristã estava sendo contaminada.
“Estou convencido no Senhor de que vocês não pensarão de nenhum
outro modo. Aquele que os perturba, seja quem for, sofrerá a
condenação” (Gálatas 5:10). Paulo está completamente certo que o
erro não irá triunfar, mas que os gálatas vão pensar melhor e que os
Falsos Mestres vão cair sob a justa condenação de Deus. No versículo
12, Paulo deseja que os falsos mestres sejam extirpados, cortados ou
castrados, são os termos sugeridos.
No versículo 11, Paulo fala um pouco de si mesmo, parece que os
falsos mestres tiveram a coragem de afirmar que Paulo defendia as suas
ideias. Paulo nega categoricamente: “Irmãos, se ainda estou pregando a
circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Nesse caso, o
escândalo da cruz foi removido”.
Conclusão:
Paulo se coloca em absoluto contraste com os falsos mestres, eles
pregavam a circuncisão, Paulo pregava a Cristo crucificado.
Pregar a circuncisão é dizer aos pecadores que eles podem se salvar
através de suas próprias obras.
Pregar a Cristo crucificado é dizer-lhes que eles não podem se salvar
e que só Cristo pode salvá-los por meio da cruz.
Diante do que foi exposto, vocês que nos ouve nesta noite precisa se
posicionar, ou você recebe a Cristo como seu único Senhor e
Salvador, se humilhando perante a cruz de Cristo e recebendo vida
eterna.
Ou estará vivendo na falsa religião, caracterizada pela circuncisão,
tentando ser salvo pelas suas próprias obras, pelas suas próprias
realizações.
Qual o caminho que você irá seguir?

Postado por Igreja Presbiteriana Em Toritama às 08:49 Nenhum comentário:


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Marcadores: Exposição de Gálatas

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Dupla Condição Humana-Gálatas 4: 1 – 11

INTRODUÇÃO:
No texto em apreço o apóstolo faz mostra a diferença entre a condição
do homem debaixo da lei (vs. 1-3) e a sua condição em Cristo (vs.
4-7) e fundamentando nesse contraste uma exortação quanto à vida
cristã (vs. 8-11). Vejamos:

1. A Condição do Homem Debaixo da Lei (vs. 3-4)

Como um herdeiro durante a sua infância, embora tudo seja seu por
direito, ele é tratado como um servo.

“Está sob tutores e curadores” = sujeito aos guardiões e


administradores, eles lhes dão ordens, orientam-no e o disciplinam. Está
sob restrições. “Até ao tempo determinado pelo pai”.

“Assim, também nós” = ou seja, estávamos escravizados. Mas, que


escravidão era essa?

A escravidão da lei, pois a lei foi o nosso aio (Gl. 3: 24) fomos
resgatados da lei (vs. 5), aqui a lei é igualada aos “rudimentos do
mundo” (vs. 3), e no versículo 9, esses “rudimentos” são chamados
de“fracos e pobres”.
“Fracos” – Pois a lei não tem força para nos remir;
“Pobres” – Porque não tem riqueza com que nos abençoar.

“Rudimentos do mundo” - Princípios elementares do mundo, diz Paulo


que estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo (vs. 3),
e no versículo 8, que servíamos a deuses falsos. Ao analisar os dois
versículos, compreendemos que o “deus deste século” (I Co. 4: 4) faz
uso da lei de maneira distorcida a fim de escravizar homens e mulheres.

O propósito da lei é revelar o pecado e levar o homem a Cristo; Satanás


usa para mostrar o pecado e levar o homem a escravidão.

2. O Que Deus Fez Mediante Jesus Cristo (vs. 4-7).


A escravidão do homem sob a lei continuou por cerca de 1300 anos, foi
uma minoridade longa e árdua.

“Vindo, porém, a plenitude do tempo” – Motivos pelos quais a vinda


de Jesus Cristo é chamada de plenitude dos tempos:

a) Roma conquistou mundo, as estradas romanas foram abertas;


b) A língua e cultura gregas trouxeram certa coesão à sociedade;
c) Os deuses mitológicos tinham perdido influência sobre o povo;
d) A Lei de Moisés tinha acabado a sua obra de preparar as pessoas
para a vinda de Cristo.

Quando chegou a plenitude, Deus fez duas coisas:

Primeiro: “Deus Enviou o Seu Filho” (vs. 4) – Ele nasceu debaixo da


lei, ou seja, de uma mãe judia, na nação judia, sujeito a lei judaica.
Submeteu-se a todas as exigências da lei.
Para nos “resgatar e adotar” (vs. 5) – resgatar da escravidão e nos
transformar em filhos.

Segundo: “Deus Enviou o Seu Espírito” (vs. 6) – então, recebemos


o Espírito que nos conduz a oração filial, chamamos Deus de “Aba Pai” –
é um diminutivo aramaico de pai, expressão de intimidade e carinho,
pode significar: “Paizinho querido”.

Versículo 7, “Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser
filho, Deus também o tornou herdeiro”. Essa mudança de condição é
proporcionada por Deus. Não é por nossos próprios méritos, nem
através do nosso próprio esforço, foi Deus quem enviou seu Filho para
morrer por nós e enviou o seu Espírito para viver em nós.

3. Uma Exortação do Apóstolo Paulo (vs. 8-11).

Versículos 8, 9 = “Antes, quando vocês não conheciam a Deus, eram


escravos daqueles que, por natureza, não são deuses. Mas agora,
conhecendo a Deus, ou melhor, sendo por ele conhecidos, como é que
estão voltando àqueles mesmos princípios elementares, fracos e sem
poder? Querem ser escravizados por eles outra vez”?

O argumento do apóstolo é o seguinte: se vocês eram escravos e


agora são filhos, se não conheciam a Deus, mas vieram a conhecê-lo e
são conhecidos por Ele, como podem retornar a antiga escravidão?
Como podem deixar-se escravizar pelos deuses falsos, submetendo-se
aos rudimentos deste mundo dos quais Jesus Cristo os resgatou?
Versículo 10 = “Vocês estão observando dias especiais, meses,
ocasiões específicas e anos!”
A fé dos gálatas havia se transformado em mero formalismo exterior. Já
não era mais a livre e alegre comunhão com o Pai, tornou-se uma
enfadonha rotina de regras e regulamentos.
Por isso, Paulo acrescenta com tristeza: “Temo que os meus esforços por
vocês tenham sido inúteis” (vs. 11). Ele teme que todo tempo que
gastou e o trabalho que teve com eles tenha sido desperdiçado.

CONCLUSÃO:

1. A situação do homem sem Deus é de escravidão, pois, o


mesmo está debaixo da lei.

Jesus Cristo é a solução para a cadeia espiritual vivida pelo pecador,


pois, foi o Senhor Jesus quem cumpriu todos os aspectos da lei para nos
resgatar e salvar, na Cruz do Calvário Ele nos garante a liberdade:
“Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua
carne, Deus os vivificou juntamente com Cristo. Ele nos perdoou todas
as transgressões,e cancelou a escrita de dívida, que consistia em
ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na
cruz” (Cl. 2: 13, 14).

2. A vida cristã é de liberdade, não de escravidão.

Claro, pertencemos Cristo e gostamos de servir aquele a quem


pertencemos. Mas, esse tipo de serviço é livre. A vida cristã não é uma
escravidão a lei, como se nossa salvação estivesse numa balança e
dependesse de nossa obediência inerrante e servil a lei. Na verdade, a
nossa salvação repousa na obra que Jesus cristo realizou na Cruz, no
fato dele ter assumido o nosso pecado, fazendo-se na sua morte
maldição em nosso lugar. Precisamos sempre nos lembrar destas
verdades, e jamais voltarmos os rudimentos escravizantes do mundo.

Postado por Igreja Presbiteriana Em Toritama às 17:58 Nenhum comentário:


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Marcadores: Exposição de Gálatas

terça-feira, 3 de abril de 2012

As Funções da Lei e os Privilégios da Graça Gl. 3: 23 – 29

INTRODUÇÃO
Os capítulos 13 e 14 de Atos nos informam que Paulo e Barnabé
evangelizaram a Região Sul da Província da Galácia, indo
inicialmente as Sinagogas, onde pregaram a judeus e gentios tementes
a Deus.

Porém, os judeus fizeram oposição, e os pregadores voltaram-se


para os gentios, onde conseguiram vários adeptos.

Entretanto, após Paulo e Barnabé saírem de cena, chegou


naquela região alguns judaizantes ensinando uma salvação mediante a
observância da lei, e, infelizmente muitos dos gálatas assimilaram esse
ensino herético.

Sendo sabedor disso, o apóstolo Paulo fica indignado e escreve


esta carta mostrando que a justificação é somente pela fé e que a
salvação é pela GRAÇA e não por intermédio das obras, por isso, ele
exorta os gálatas: “ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos
pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja
anátema” (Gl. 1:8).

Portanto, diante do dilema entre LEI e GRAÇA vivido pelos


gálatas, no texto em apreciação, o apóstolo busca dirimir as dúvidas
desses irmãos descrevendo o que éramos sob a LEI e o que somos sob a
GRAÇA de Cristo.

1ª Função da Lei: Aprisionar (vs. 23).


No original o verbo “encerrar” traz como
significado “impedir” ou “engaiolar”, assim, esta palavra enfatiza que a
Lei e os mandamentos cerimoniais nos mantinham em prisão,
confinados, para que não pudéssemos escapar. Tradução da BLH é a
seguinte: “A Lei nos guardou como prisioneiros”.

2ª Função da Lei: Castigar (vs. 24a).


“... a lei nos serviu de aio...” era geralmente um escravo, que
cumpria a função de tutor, tinha ele a obrigação de conduzir a criança ou
o jovem à escola e supervisionar a sua conduta de modo geral, o aio não
era o professor da criança, mas aquele que a disciplinava e a castigava.
Com essa metáfora, Paulo estava a nos dizer que, a lei expressa
a vontade de Deus para o seu povo. Considerando que todos nós
desobedecemos, caímos sob sua justa condenação, por natureza e
prática estamos “debaixo de maldição” (vs. 10).

Como um carcereiro ela nos lançou na prisão; como um aio ele


nos repreende e castiga pelas nossas más ações.

3ª Função da Lei: Conduzir (vs. 24b).


“... para nos conduzir a Cristo...” graças a Deus, que nunca
pretendeu que essa opressão fosse permanente. Ele deu a lei na Sua
graça a fim de tornar a promessa mais desejável.

A obra opressora da lei foi temporária e tinha a intenção


especial, não de ferir, mas de abençoar. Seu propósito era nos prender
até que Cristo nos libertasse, ou colocar-nos sob tutores até que Cristo
nos fizesse seus filhos.

A lei nos conduziu a Cristo, pois apenas Ele pôde nos libertar da
prisão em que a maldição da lei nos colocou, pois ele foi feito maldição
em nosso lugar.

Vs. 25 = “Mas, tendo vindo à fé, já não permanecemos


subordinados ao aio”.
A frase adversativa de Paulo, “mas”, salienta que o que somos é
totalmente diferente do que éramos. Não estamos mais debaixo da lei,
agora estamos em Cristo, unidos a Ele pela fé, e fomos por isso aceitos
por Deus por amor a Cristo, apesar da nossa deplorável transgressão.

Paulo mostra-nos: OS PRIVILÉGIOS DA GRAÇA

1º Privilégio: Somos Filhos de Deus (vs. 26).


Esta filiação de Deus é “em Cristo”. A doutrina de Deus como
um pai universal não foi ensinada por Cristo nem pelos seus apóstolos.

Deus é o Criador universal, dando existência a todas as coisas; é o


Rei universal, governando e mantendo tudo o que fez. Mas, Ele é o pai
apenas do nosso Senhor Jesus Cristo e daqueles a quem Ele adota em
sua família através de Cristo (João 1:12).
2º Privilégio: Somos Todos Um (vs. 28).
a) Porque não há distinção de raça = “não pode haver nem judeu
nem grego”, quando Cristo veio cumpriu-se a promessa divina de que na
semente de Abraão todas as famílias da terra seriam abençoadas. Isso
inclui todas as nações de todas as raças, cor e línguas.

b) Porque não há distinção de categoria = “nem escravo nem


liberto”, a história da humanidade mostra-nos que as circunstâncias de
nascimento, riqueza, privilégio e educação dividiram os homens e as
mulheres. Mas, em Cristo o esnobismo é coisa proibida e a diferença de
classes torna-se inútil.

c) Porque não há distinção de sexo = “nem homem nem mulher”, as


mulheres eram quase sempre desprezadas no mundo antigo, até mesmo
no judaísmo, e muitas vezes exploradas e maltratadas. Mas, em Cristo o
homem e a mulher são iguais. Iguais em necessidade de salvação, iguais
em incapacidade de consegui-la ou merecê-la e iguais no fato de que
Deus no-la oferece livremente em Cristo.

3º Privilégio: Somos Semente de Abrão (vs. 29).


Em Cristo também pertencemos a Abraão. Assumimos o nosso
lugar na nobre sucessão histórica da fé, cujos notáveis representantes
encontram-se relacionados em Hebreus 11.

Já não nos sentimos mais perdidos ou desgarrados, sem


nenhum significado na história, ou como pedacinhos de destroços sem
valor à deriva sobre as ondas do tempo. Pelo contrário, encontramos
nosso lugar no desenrolar do propósito divino.

Somos a descendência espiritual de nosso pai Abraão, pois em


Cristo nos tornamos herdeiros da promessa que Deus lhe fez.

CONCLUSÃO

Sendo assim, eu lhe questiono nesta noite: você está debaixo


da Lei ou da Graça?
No texto exposto, o apóstolo pintou um contraste vívido entre
aqueles que estão “sob a lei” e aqueles que estão “em Cristo”; e todas
as pessoas pertencem a uma ou a outra categoria.
Se estivermos “sob a lei”, a nossa religião é uma servidão, não
tendo conhecimento do perdão, continuamos ainda sob custódia, como
prisioneiros ou filhos sob tutela.

Mas, se estamos “em Cristo”, somos libertos. A nossa religião


se caracteriza pela promessa e não pela lei. Sabemos que estamos
relacionados com Deus, com todos os outros filhos de Deus no espaço,
no tempo e na eternidade.

Postado por Igreja Presbiteriana Em Toritama às 18:10 Um comentário:


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Knox. A doutrina da Soberania de Deus é a ideia fundamental do sistema
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