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UNIVERSIDADE ESTUDAL DO NORTE DO PARANÁ

CARLOS DANIEL DUTRA

RESENHA DO LIVRO PROFISSÃO PROFESSOR

JACAREZINHO
2018
CARLOS DANIEL DUTRA

RESENHA DO LIVRO PROFISSÃO PROFESSOR

TRABALHO APRESENTADO A DISCIPLINA DE


FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE LETRAS -
UENP/CLCA - JACAREZINHO (PARANÁ)
DOCENTE: VALDIRENE BARBOZA DE ARAÚJO
BATISTA

JACAREZINHO
2018
PROFISSÃO PROFESSOR

Carlos Daniel Dutra


Luryan Isabele da Silva

NÓVOA, António. Profissão Professor. 2. ed. Porto/Portugal:


Porto Editora, 2014.

Apreciação geral sobre o livro

O livro, escrito por António Nóvoa et al, teve sua segunda edição
publicada em janeiro de 2014, pela Porto Editora. O livro em estudo é a
2º edição (contém 192 páginas), sendo estudado, nesta resenha, os
capítulos 1 e 4.

Sobre o autor

“António Nóvoa tomou posse como reitor da Universidade de


Lisboa em 2009. É também professor catedrático da Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação da universidade de Lisboa e
presidente da Associação Internacional de História da Educação – ISCHE
(2000-2003). Áreas de especialização: História da Educação e Eduacação
Comparada. Em 2012 foi-lhe atribuído (por unanimidade) o título de
membro honorário da UNIVERSEUM – European academic Heritage
Network, uma rede de Universidades, reconhecida pelo conselho
Europeu, que procura valorizar o patrimônio científico, museológico,
monumental, botânico e arquvístico das universidades Europeias.
Publicou mais de uma centena de trabalhos científicos na área da
Educação – em particular sobre temáticas da profissão docente, da
história da educação e da educação comparada -, em diversos países,
nomeadamente Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, Estados
Unidos da América, Finlândia, França, Portugal, Reino unido e suíça.”
(Porto Editora, 2014)
Síntese dos capítulos

No primeiro capítulo, intitulado “O passado e o presente dos


professores”, Nódoa ressalta que na história da educação e da profissão
docente, por toda Europa, procura-se encontrar qual seria o professor
ideal. Ante essa procura, surgiu algumas questões, tais como:

“Deve ser leigo ou religioso? Deve integrar -se num corpo


docente ou agir a título individual? De que modo deve ser
escolhido e nomeado? Quem deve pagar o seu trabalho?
Qual a autoridade de que deve depender?” (JULIA In
NÓDOA, 1981, p. 15)

Inicialmente, a função docente constituiu uma ocupação secundária


de religiosos ou leigos. Com a instituição dos professores como um corpo
profissional, houve um fomento de sua relevância social, além de torná-
los funcionários mais politizados. A partir dai, a profissão professor
deixou de ser considerada como uma atividade secundária.
Em meados do século XIX, a docência começou a ser marcada por
ambiguidades, pois os professores dever ter instrução e se relacionar com
todos os grupos sociais. No começo do século XX a profissão professor
passou a ter um maior prestígio devido às ações das Associações
Profissionais de professores.
Apesar do prestígio do docente continuar intacto e das sociedades
modernas perceberem a importância de investir na educação, Nóvoa
ressalta que os professores não são valorizados. Para ele, os professores
vêm sofrendo um de “desânimo” na profissão, causando sua desmotivação
com o trabalho. Essa situação agrega em uma crise da profissão docente,
que vem sendo muito analisada e discutida pelos teóricos
contemporâneos.
É de suma importância todo educador ter consciência sobre as suas
práticas para agir frente a elas. Isso possibilita a formação conjunta de
específicas características do professor, que abrangem o pedagógico, o
profissional e o sociocultural.
No quarto capítulo, intitulado “Mudanças sociais e função
docente”, Esteve ressalta as mudanças que justificam a tentativa de
reforma do ensino, pois mesmo com todas as mudanças presentes na
sociedade, nosso sistema educacional permanece igual. A imagem dos
professores e do ensino está desgastada diante da sociedade, mas ensinar
não é mais fácil como antigamente. Dessa forma, encontramo-nos em um
ceticismo relacionado à educação, pois a sociedade já não acredita nas
mudanças que o ensino tem a atribuir para trazer melhorias no nosso
futuro.
Os docentes se encontram perdidos diante do novo cenário da
educação e, as reações diante desse desajuste, é o que conhecemos por
“mal-estar docente”, que é capaz de ocasionar uma crise de identidade
nos professores. Esteve ainda aponta as diferentes reações dos docentes
nesse mal-estar, tais como: desajustamento e insatisfação perante os
problemas reais da prática; pedidos de transferência para fugir das
situações problemas; inibição de envolvimento pessoal; desejo de
abandono da profissão; absentismo laboral; esgotamento; estresse;
ansiedade; autodepreciação; reações neuróticas; depressões. No que diz
respeito a formação dos professores perante todos esses problemas
sociais, é necessário identificarmos novos modelos na formação inicial
para evitar o aumento de profissionais da educação que não sejam
qualificados às demandas sociais.

Opinião sobre os capítulos

Acredita-se que seja necessário uma reflexão a cerca do ofício


docente, ressaltando nessa reflexão o tempo de mudança em que estamos,
levando em consideração o momento da carreira em que o profissional se
encontra, as relações entre os profissionais docentes e o percurso
profissional de cada professor.

Se a escola se organizar no acolhimento de novos docentes, abrindo


as portas para que possam, com essa reflexão, passar por suas
dificuldades, talvez seja possível inverter a atual tendência para tudo que
se generaliza diante da desvalorização dos professores.

As escolas, em companhia das instituições de formação de


professores, obtêm um grande poder para transformar esta realidade em
que se encontra; essa parceria entre elas pode, certamente, qualificar a
formação do profissional para uma educação mais adequada diante da
sociedade contemporânea.

Referência

NÓVOA, António. Profissão Professor. 2. ed. Porto/Portugal: Porto


Editora, 2014.

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