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A sociedade chama-me louco porque me come, e come outros, não ao acaso, não psicanaliticamente em

imagem, mas de uma maneira sistemática e concertada, / e quis assassinar-me e fazer-me desaparecer por
eu ter visto que ela me comia e sempre ter querido dizer, aberta e publicamente, que as únicas relações que
teve comigo foram por ter querido forçar-me a deixa-la comer-me à vontade. (ARTAUD, 1995, p. 78)

A reinvenção do corpo
O teatro apareceu-me como uma explosão.
Como um ato violento e perigoso, como uma porta aberta ao caos ou
ainda como o instaurador da catástrofe.
E desde então, sinto vontade de explodir o meu corpo.
De reinventar cada parte.
De me perder nos cantos mais sombrios.
De me achar em meio ao desconhecido.
Sem formas.
É preciso recusar a corrente dura que sugere um retorno às formas.
Ou às fôrmas.
É necessário entender o contagio em que vivemos.
-o tempo-espaçp
O corpo como uma ruptura

O corpo pode ganhar qualquer significado ou nenhum deles


Qual o lugar o corpo ocupa na vida que é nossa.(p.52)

ARTAUD, Antonin. História vivida de Artaud-Momo. Lisboa: Hiena, 1995.

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