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CASO 04

Diverting the Danube: The Gabcikovo-Nagymaros Dispute and International Freshwater Law

1. Tribunal: Corte Internacional de Justiça


2. Partes: (A) República da Hungria; (B) República da Eslováquia
3. Fatos: A República da Hungria e a República da Eslováquia assinaram o Tratado Gabcikovo-
Nagymaros em 1977, que previa o desvio e o represamento de diversas partes do rio Danúbio
visando prover navegabilidade fluvial, reserva de água para consumo, além de energia
elétrica. Por questões políticas internas, pressionado por movimentos ambientalistas, a
Hungria suspendeu a execução de sua parte no tratado em maio de 1989. Em resposta, a
Eslováquia (no momento, ainda República Tchecoslováquia) afirmou, em 1991, que
construiria sua parte do projeto, a partir de uma “solução provisória”, colocando em operação
a represa de Gabcikovo em outubro de 1992. Sem demover os eslovacos (no momento, checo
e eslovacos), a Hungria, em 19 de maio de 1992, declarou, unilateralmente, que o Tratado
Gabcikovo-Nagymarios estava terminado. Consequentemente, os dois países, Hungria e
Eslováquia, decidiram, em acordo, recorrer à Corte Internacional de Justiça.1, 2
4. Problemas jurídicos: (a) Era permitido à Hungria suspender e abandonar, em 1989, o Projeto
Nagymaros, de sua responsabilidade?; (b) Era permitido à República Federal Tcheca e
Eslovaca proceder à sua “solução provisória”, além de colocar em operação a represa
construída? (c) Quais são os efeitos legais da declaração húngara sobre o fim do Tratado?
5. Argumentos das partes:

(A) Hungria. A Hungria defende que ao suspender e abandonar o tratado, este estaria suspenso
ou por completo rejeitado. Em defesa da legalidade de sua declaração de 1989, a Hungria
apresentou cinco argumentos: estado de necessidade; impossibilidade performance do
Tratado; mudança fundamental das circunstâncias; a violação material do Tratado por parte
da Tchecoslováquia; o advento de novas normas internacionais sobre meio ambiente
(B) Eslováquia. A Eslováquia argumenta que, devido ao fato da Hungria abandonar os trabalhos
do projeto em 1989, ela, a república eslovaca, teria o direito de continuar o projeto da melhor
forma possível.

6. Decisão dos problemas jurídicos: (a) A Corte julgou que não era permitido à Hungria
suspender e depois abandonar os trabalhos do Projeto Nagymaros de sua responsabilidade;3
(b) A Corte julgou que à Tchecoslováquia era permitido colocar em prática sua “solução
provisória”; por outro lado, ficou decidido que não lhe era, à Tchecoslováquia, permitido
colocar em operação quando da conclusão da “solução da provisória”;4 (c) A Corte julgou que
a declaração húngara de 1989 não gera o efeito legal de terminar o Tratado de 19775.

Referências:

SCHWABACH, Aaron. Diverting the Danube: The Gabcikovo-Nagymaros Dispute and International
Freshwater Law. In: Berkeley Journal of International Law, vol. 14, issue 2, 1996.

INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. Reports of judgments, advisory opinions and orders.


Case concerning the Gabcikovo-Nagymaros Project (Hungary/Slovakia). Judgment of 25

1
Schwaback, 1996, pp. 297-301.
2
International Court of Justice, 1997(a), pp. 8-9
3
International Court of Justice, 1997(b), p. 4
4
International Court of Justice, 1997(b), p. 5
5
International Court of Justice, 1997(b), p. 6
September 1997, 1997(a). Disponível em: <http://www.icj-cij.org/files/case-related/92/092-
19970925-JUD-01-00-EN.pdf >. Acessado em 31 de agosto de 2017.
INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. Summaries of judgments, advisory opinions and orders.
Case concerning the Gabcikovo-Nagymaros Project (Hungary/Slovakia). Judgment of 25
September 1997, 1997(b). Biblioteca particular.

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