You are on page 1of 72
A teoria da histéria de Jorn Riisen: uma introducao Arthur Assis PRUMO 19 35 51 65 Sumario Introdugio A orientagio na ciéncia da histéria Caréncias e interesses Fungées A vali Perspectivas interpretativas Métodos de pesquisa empirica do na ciéncia da histéria A representagio na ciéncia da histéria Formas de apresentagio Referéncias Introdugao A teoria da histéria tem ocupado um espago cada vez mais significative no ce- nario historiogréfico brasileiro. Nao cabe aqui fazer um arrazoado extensivo das raz6es que explicam o papel de destaque que o campo tem assumido nos tiltimos anos, mas ao menos uma observacéo é indispensével: no ambiente académico brasileiro, tornou-se comum empregar a expresso “teoria e filosofia da histéria” como uma espécie de etiqueta sinalizadora de certas formas de inovacio meto- dolégica. Jé hé algumas décadas, uma parte importante da pesquisa histérica e da historiografia brasileiras vem sendo orientada por paradigmas de pesquisas transdisciplinares e relativamente internacionais, tais como a histéria cultural, os estudos pés-coloniais e de género, a histéria ambiental, a historia intelectual, a micro-hist6ria, a histéria da vida privada e do cotidiano, entre muitos outros, Em geral, o recurso a esses paradigmas tem sido marcado pela tentativa de refutar 0 modelo tradicional de pesquisa hist6rica e de historiografia, Este, em comparacao com os novos paradigmas, é considerado nao teérico ou teoricamente ingénuo. A identificagdo com a rea “teoria e filosofia da histéria” constitui, nesse contexto, parte de um gesto de reptidio direcionado a historiografia tradicional, gesto com © qual — legitimamente, diga-se de passagem — se tenciona marcar a consisténcia ea sofisticacao teéricas das novas abordagens de pesquisa.

You might also like