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O estudo das diferenças entre Mulheres e Homens na Investigação

Psicológica

A ideia da inferioridade e discriminação da mulher ultrapassa tempo e cultura.


Segundo Andrés (1997), tal não se justifica apenas pelas suas capacidades psicológicas. Commented [DT1]: Justifica-se pelo quê?

O movimento funcionalista nos Estados Unidos deu importância ao estudo das diferenças
de género, assumindo que diferenças na estrutura implicavam diferenças nas funções,
consequentemente diferenças nas capacidades, temperamento e inteligência.

Em contexto laboral, era atribuído às mulheres trabalhos sociais. Perante isto, Commented [DT2]: Juntaram duas ideias diferentes.
Explicar o porquê das mudanças de valores do homem,
também no homem surgiu uma mudança de valores, que refletia sobre padrões deste modo fazem ligação entre as duas ideias.
A primeira frase não é do Minton.
masculinos devido ao estatuto que a mulher tinha alcançado (Minton, 2000).

Empiricamente, procurava-se determinar se os Homens eram superiores Commented [DT3]: Homens aqui não será com letra
minúscula?
intelectualmente às mulheres. Uma das teorias principais seria a hipótese da variabilidade
desenvolvida por Havelock Ellis, onde observou uma maior tendência de variabilidade
masculina. Posteriormente Helen Thompson Bradford observou que se havia diferenças
estas eram devido a expetativas sociais, não da sua anatomia ou fisiologia. Commented [DT4]: Sua refere-se a quem?

O estudo da variabilidade regressa posteriormente com o desenvolvimento dos


testes mentais com Edward Thorndike. Este concluiu que as mulheres e os homens eram
bastante semelhantes e o sexo poderia explicar apenas uma parte muito pequena das
capacidades mentais. Destacou ainda que a variabilidade masculina só era significativa
quando se analisava a distribuição das capacidades nos níveis mais altos de talento.

Durante este período considerava-se que a masculinidade e feminidade Commented [DT5]: A que período se refere?

correlacionavam de uma forma negativa, representando extremos opostos de uma


categoria bipolar. A partir dos anos 50, o interesse focou-se no processo de
desenvolvimento através do qual se formam os padrões de resposta masculino e feminino.
Este pressupõe que a sociedade tem um conjunto de perceções acerca de como devem
comportar-se os membros de cada sexo, os quais se deveriam ensinar às crianças. Commented [DT6]: Não mencionam que é a definição de
Rol Sexual
Constatinople (1973), refere que o desvio da norma do próprio sexo na escala de
masculinidade e feminidade podia implicar desvios ou derivações na orientação sexual.
Através da realização de testes, ele concluiu que estava claro que os testes mediam
diferenças entre sexos em respostas, mas que não havia nenhuma explicação teórica das
diferenças de sexo em masculinidade e feminidade.
Bem (1977) desenvolve o construto psicológico de androginia, que se entende Commented [DT7]: Esta frase é do Ashmore

como a mistura de características dos dois géneros sexuais. Tornava o indivíduo mais
adaptativo, podendo ser assertivo e compassivo, instrumental e expressivo, masculino e
feminino, de acordo com as circunstâncias. Podiam, em certos casos, complementar-se.
Em 1974, ao considerar a masculinidade e a feminilidade como dimensões independentes,
criou uma medida de autorrelato – Bem Sex Role Inventory. No mesmo ano, Spence,
Helmreich & Stapp, desenvolveram outra medida – Personal Attribute Questionnaire. Os
resultados destes testes corroboraram a teoria de que são construtos independentes. Commented [DT8]: Construtos ou dimensões?

No entanto, Spence (1993) considera a definição destes construtos muito limitada,


logo, os resultados não se associam com outras características e condutas relacionadas
com o género. Apesar da relação entre a androgenia e um maior ajuste psicológico às
situações, autores consideram que estes resultados se devem ao papel da masculinidade.

Desenvolveram-se três modelos sobre a relação entre a orientação sexual e o bem-


estar: o tradicional de congruência, o de androgenia e o de masculinidade. Este último foi
o que mais apoio teve, existindo uma relação moderadamente forte com o ajuste
psicológico e com a ausência de depressão, em comparação com a feminilidade.

Deve-se notar o contexto social e o género como um construto multifacetado ou


multidimensional. Deaux & Major (1987) entendem o género como uma categoria social, Commented [DT9]: O contexto social é que é um
construto multifacetado e multidimensional
dando aos homens e mulheres um conjunto de estereótipos e papéis específicos, além de O género é caraterizado como uma categoria social

os distinguir socialmente em prestígio e poder. O facto de as tarefas direcionadas para as


Commented [DT10]: Falta ref do Deaux alone (1984)
mulheres serem mais simples e as atribuições causais distintas que outros fazem do seu
desempenho e êxito são um dos antecedentes desta categoria social. Commented [DT11]: Ref deste não é Deaux e Major
Commented [DT12]: Deaux
Por considerar que a androgenia se focava muito em qual o género do indivíduo,
Bem (1981) criou o conceito de esquema de género, valorizando o argumento de que a
masculinidade e a feminilidade são só uma construção cultural que polariza o género. Commented [DT13]: Ref Bem (1993)

Através da meta-análise, alguns autores constataram grande variabilidade nas diferenças Commented [DT14]: Que meta-análise?

de género, outros mostravam diferenças em uma série de condutas sociais.

Não há apenas uma medida objetiva de diferenciação de género, pelo contrário,


estas constroem-se na interação investigadores-participantes. São construções sociais
originadas por um sistema de relações de poder e estratos sociais entre homens e mulher. Commented [DT15]: Falta ref
Em vez de estratos (que não sei se existe) não será melhor
estatutos?

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