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Foi Juglar quem estudou estas crises e os seus mecanismos. Na altura de crescimento, quando a procura
se sobrepõe à oferta, os preços sobem. Isto leva a que as indústrias se ampliem recorrendo ao crédito e á
especulação bolsista especula-se na bolsa. Por falta de previsão financeira e excesso de investimentos a
tendência inverte-se.
Fases das crises cíclicas (Doc. 22, pag. 33):
o Superprodução (armazéns cheios com stocks)
- empresas suspendem fabrico
- redução de salários
- despedimentos
o Preços baixam para que os produtos sejam vendidos
- podem ser destruídos stocks para evitar que os preços desçam em demasia
o Pagamentos aos bancos, créditos e investimentos financeiros são suspensos
- crash bolsista
- falências
- desemprego cresce
Consumo diminui e produção cai mesmo
Estas crises podem-se iniciar num ou em vários países ao mesmo tempo e é com rapidez que se
espalham, uma vez que todos os países têm ligações financeiras e comerciais uns com os outros.
Em 1810 deu-se a primeira grande crise e, em 1929, deu-se a crise mais grave de todas. Entre este período
verificaram-se cerca de 15 períodos de depressão económica generalizada, contribuindo para a miséria social e
instabilidade política
No fim do século, o proteccionismo tinha voltado a ganhar força e, depois da grande depressão de 1929,
entendeu-se que era realmente necessário a intervenção do Estado na economia.
1830 1840
Fig. 1 - O Ciclo de Juglar
Durante o seculo XIX, o comércio mundial cresceu de forma muito rápida (doc.24, p. 35).
O contínuo aumento da produção e os progressos nos transportes e comunicações foram os grandes
motivos para tal crescimento. Por exemplo, a introdução do comboio fez diminuir o preço dos transportes em
cerca de 20 vezes
A Inglaterra dominava este fluxo de trocas devido ao seu avanço industrial e à sua enorme frota
mercantil. No início do século XX, a Alemanha, a França, os Estados Unidos e a Inglaterra eram os responsáveis
por metade das trocas que eram feitas.
A estrutura do comércio internacional mostra a divisão internacional de trabalho. A Alemanha, os EUA, a
Inglaterra e a França, fornecem os países menos desenvolvidos com os seus produtos industriais. Os “quatro
grandes” tornam-se nas “fábricas do mundo” , responsáveis por mais de 70% da produção mundial (Doc. 13.2,
pag.26).
Esta situação vai potencia o Imperialismo e o Colonialismo.