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Quinta-feira 17 de Abril de 1975 1 Série — Nimero 90 DIARIO 00 GOVERN PREGO DESTE NUMERO ~1$00 Toda corespondinca, quer oficial, ‘wer oltva a andcios & a assinaturas | {tree Ano 6008 ‘do Governcs © do aDifrio des | AZ: Ere} oo Sessess, deve ser digida 8 Administre. | A 37 re 5 fond oa Imprensa Nacional Casa da Moeds, ‘apedices ua dD, Francisco Manoel de Melo, 5, Ustee 1. ASSINATURAS Prego vaio — por pina. $50 are 0 estrangtiro« ultramat sereiceo porte do corrio prego dos anincios & do 178 a linha, Semesre $85 | ccrxelte to respect tpt do ao, : 38% | ependendo a Su pubes do ponents antcipado a efecuar na Imprensa Nacio- a-Casa da Monda, quando so tate de ‘ntdade partclr. ual, 608 2.° SUPLEMENTO SUMARIO Consetho da Revolueio: Decreto-Lei n.° 207-B 75: Insere disposigdes relativas a0 comporiamenta por parte ‘de certor.scctores a" patronata sobre sabotagem feonsmiea CONSELHO DA REVOLUCAO Decreto-Lei n.* 207-B/75 de 17 de Abril Considerando que © Conseiho de Ministros anun- ciou recentemenie a préxima nacionalizagdo de sec- tores da indiistria cujo coméle € indispensavel para impulsionar ¢ reconverter a cconomia portuguesa; Considerando que, em virtude das intengoes ja de- claradas, estio a desenhar-se_manobras tendentes & elevaga0 incomportavel de salirios nas empresas des- ses sectores, as quais, comprometendo a sua propria subsisténc'a, se revelariam lesivas da economia na- ional: Considerando a extrema gravidade de tais compor- tamentos por parte de cerios sectores do patronato, claramente reveladora dos intuitos de saboragem eco- nomica que os motivam; Considerando ainda que é dever do Conselho da Reyolugio, de acordo com o disposto non.” 7 do artigo 1.” Ja Lei n.° 3/75, de 19 de Fevereiro, im- pedir tais manobras e promover a aplicaglo aos res- ponsaveis das medidas necessirias; Nos termos do artigo 6." da Lei Constitucional ne 5/75, de 14 de Margo, 0 Conselho da Revolugao decreta ¢ eu promulgo, para valer como lei, 0 seguin:« ‘Artigo 1.° — 1. E vedado aos administradores, direc- tores, mandatdrios, gerentes ou quaisquer pessoas res- ponsaveis pela gestio das empresas a que se referem 0s anexos 4 © 5 do Decreto-Lei n,° 203-C/75, de 15 de Abril, acordarem ou prometerem quaisquer alteragdes ‘aos saldrios, remuneragdes, regalias e quaisquer ou- tros beneficios em vigor nas respectivas empresas. 2. Sto nulos e de nenhum efeito os acordos e pro messas ja celebrados desde que tenham ocorrido em data posterior # 15 de Abril de 1975, 3. As dividas resu‘tantes da aplicagdo do n.° 1 po- deriio ser resolvidas, a pedido de qualquer das partes imteressadas, por deciso do Conselho de Ministros, que poderd delegar essa competéncia. Art. 2” Os contratos colectivos de trabalho cujo campo de aplicagio se estenda a trabalhadores das empresas referidas no artigo 1.° ¢ cujo Vigéncia entretanto termine sero apresentados, para estudo, a0 Ministério do Trabalho. ‘Art. 3.°— 1, Constitui crime de sabotagem econé- mica a pratica de algum dos factozes menc‘onados no nw 1 do artigo 1 2. Os administradores, directores, mandatérios ou gerentes que infrinjam ‘o disposto non 1 do ar- tigo 1 serdo punidos com pena de prisio ma‘or de dois a oito anos e muta de 1000 000$ a 100 000 0008. Art, 4°— 1, Os arguidos do crime previsto © pus nido no artigo anterior serdo detidos até que 0 res- pectivo proceso seja enviado aos tribunais comuns para julgamento, 2. No regime de prisio preventiva aplicar-se-a 0 que se encontra estabelzcido para 0 foro militar. ‘Art. 5.° Este diploma entra imediatamente em vigor. Visto e aprovado em Conselho da Revolugao, Promulgado em 17 de Abril de 1975, Publique-se. © Presidente da Repiiblica, Francisco DA Costa. Gomes. IstpRENsA NACIONAL-CASA DA MOEDA

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