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30 DE JULHO DE 1975 ©) © inveatario de_benfeitorias, equipamento, gado ¢ outros bens existentes nas explora: ges situadas nas éreas nacionalizadas: 4) A Fiscalizagdo da actividade de proprietarios, arrendatarios, outros empresirios agricolas ¢ seus comissérios, em ordem a prevenit ou notieiar os comportamentos ilcitos refe dos no artigo 82: €) A auscultagio dos trabalhadores rurais © pe- quenos € médios agricultores da regio, a fim de, nas solugdes a definir, serem tidos em conta os seus justos interesses, devendo, para 0 efeito, convocar assembleias de al- dia, freguesia © outras; ) A realizagao de estudos inquéritos com vista ‘a0 reordenamento global do perimetro; #) A coordenagio da exploragdo das areas nacio- nalizadas enquanto nelas nao forem insta- ladas novas unidades de produgao: 1h) A pritica, em delegagdo do Instituto de Reor- ganizagio Agriria, de todos os actos, nego- cis juridicos e operagses relacionadas com @ entrada na posse do Estado dos prédios nacionalizados, requisigéo de bens prevista neste diploma, reordenamento fundiario dos perimetros, arrendamento compulsive de fireas reservadas e instalagao de novas uni- dades de produgio; 4) Quaisquer outras fungdes que Ihes sejam come- tidas por despacho ministerial 2. As associagdes de regantes © beneficiarios dos aproveitamentos hidroagricolas abrangidos pelas pre- sentes medidas passardo a ser dirigidas transitoria- mente por comissdes administrativas, a nomear por despacho do Secretario de Estado de Estruturagdo Agraria, e cujo presidente serd um dos membros da respectiva Comissio de Gestio Transitria, ficando 3 membros dos actuais corpos gerentes obrigados a prestar-Ihes todas as informagies e clementos solici- tados, sob pena de incorrerem no crime de desobe- digneia qualificada. ‘Art. 11." Dos actos das Comissoes de Gestdo Tran- sitéria relatives & execugio deste diploma de que resulte ofensa ilegitima aos direitos de proprietarios, arrendatarios e demais interessados caberd recurso, com efeito meramente devolutivo, para os Conselhos Regionais da Reforma Agréria ¢ da decisio destes para o Ministro da Agricultura e Pescas. ‘Art. 12." A organizagdo e funcionamento das Co- missoes de Gestio Transitéria serdo regulados através de portaria ‘Art. 13.°— 1, Para efeitos de aplicagio das medidas estabelecidas neste diploma sio declarados ineficazes todos 0s actos praticados desde 25 de Abril de 1974 que, por qualquer forma, impliquem diminuicdo da frea do conjunto dos prédios riisticas de cada pro- prietécio 2, Sio declarados ineficazes os contratos de arren- damento ou quaisquer outros envolvendo cedéncia do uso da terra celebrados, em data posterior a 7 dde Fevereiro de 1975, por’ proprietérios ou outros ‘empresirios afectados pelas presentes medidas de nacionalizagao. Art. 14° Para os efeitos do presente diploma, os cOnjuges no separados judicialmente de bens’ ou pessoas ¢ bens, os comproprietarios, @ heranca indi- 1056-(5) visa e outros patriménios autéaumos ou agrupamentos de facto semelhantes so tratados como um tinico prietario ou arrendatario. Art, 15° Nas reas nacionalizadas, as Comissdes de Gestdo Transitéria promoverdo a instalagéo pro- gressiva de novas unidades de produgdo, tendo em conta a necessidade de preservar a capacidade e 0 nivel produtivo dos perimetros e corresponder aos justos interesses dos trabalhadores rurais e pequenos médios agricultores da regido, de harmonia com programa a aprovar pelo Ministro da Agricultura Pescas, depois de ouvidas as assembleias locas ‘Art, 16.” As dividas surgidas na interpretagio & execugio do presente diploma, ¢ designadamente na aplicagio da tabela a ele anexa, serao resolvidas por portaria do Ministro da Agricultura e Pescas. Art, 17.° AS disposigdes do presente diploma pode- Fao ser tornadas extensivas aos uproveitamentos hi- droazricolas do Alvor, Silves, Lagoa e Portimao, Paul de Magos ¢ Salvaterra de Magos, através de simples portaria do Ministro da Agricultura ¢ Pescas, a cual deverd conier, em anexo, a tabela de equivaléncias @ aplicar. Art. 18." Este diploma entra imediatamente em v gor. Visto € aprovado em Conselo de Ministros. — Varco dos Santos Gongalves— Alvaro Cunhal — Joaquim Jorge Magathdes Mota — Francisco José Cruz Pereira de Moura— Mério Luis da Silva Mur- teira—José Joaquim Fragoso ~- Fernando Oliveira Bapuista, Promulgado em 29 de Julho de 1975. Publique-se. Presidente da Repiiblica, Francisco pa Costa Gomes. Decreto-Lei n° 407-B/75 do 30 de Julho Considerando que a cortiga tem sido ao longo dos anos uma das principais fontes de rendimento dos grandes agrarios; Considerando que muitos dos prédios em que se situam os grandes montados de sobro vaio ser em breve expropriados, ou ficam sujeitos a expropriagao, nos termos previstos no. Decreto-Lei n. 406-A/75, havendo 0 risco de os seus proprietérios desencami- nharem e ilicitamente fazerem sair do Pais 0 produto da venda da cortiga; Considerando a necessidade de evitar que se pro- duzam situagdes irremediaveis, enquanto se prepara um novo estatuto juridico da floresta —que consa- grara a nacionalizagao do patriménio florestal que tem estado nas mios de grandes agririos — e se estudam medidas de apoio aos pequenos e médios produtores, especialmente de cortiga, a publicar em breve; estes termos: Usando da faculdade conferida pelo artigo 3.°, n." 1, alinea 3), da Lei Constitucional n.° 6/75, de'26 de Margo, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, 0 seguinte: Artigo 1° E declarada indisponivel ¢ submetida a conirdle estadual toda a produgdo de cortiga amadia extraida ou a extrair, nos termos usuais, na campanha de 1975, de que sejam proprictarias as pessoas sin- 1056-(6)_ gulares, sociedades © pessoas colectivas, ainda que de utilidade pablica, sujeitas a aplicagao ou abrangidas pelas medidas de cxpropriagdo e nacionalizagio_nos termos do artizo 1.° do Decreto-Lei n.* 406-A/75 € do artigo 1." do Decreto-Lei n.” 407-A/75, ou que, in- dependentemente desse requisito, obtenham no ciclo usual de nove ou dez anos mais de 25 000 arrobas de cortiga. Ari, 2.°—1, As entidades referidas no artigo 1. ficam obrigadas a proceder, nas condigdes habituais, as operagdes de extracedo, empilhamento © guarda a cortiga, sob pena de ficarem inabilitadas para receber quaisquer indemnizagdes em razio da apli- cagdo de’ medidas integradas no ambito da reforma sigtiria © para exercer 0 direito de reserva previsto na legislagio. 2. No caso de no cumprimento da obrigagio esta- belecida no niimero anterior, deveri o Conselho Re- gional da Reforma Agriria’ decidir as providéncias a adoptar com vista a assegurar a realizagio das operagdes ai referidas. Ari. 3°—1. So declarados nulos e de nenhum feito, quaisquer que sejam os intervenientes, todos ‘05 negécios ou actos que tenham por objecto qualquer parcela da produgio de cortiga abrangida pelo disposto no artigo 1. ficando os seus autores sujeitos a inabili- ago cominada no artigo anterior sempre que se trate de negécios ou actos praticados apés a entrada igor deste diploma, 2. Exceptuam-se a0 disposto no nimero anterior os negocios ou actos que tenham sido objecto de autorizagdo especial, a requerer pelos interessados, por parte do Instituto dos Produtos Florestais, 3. Os negécios ou actos j praticados a data da entrada em vigor do presente diploma s6 poderdo ser considerados validos e eficazes se vierem a ser fobjecto da autorizagio especial mencionada no ni- mero anterior. Ari. 4." No prazo de sessenta dias a contar da data da publicagao deste diploma sera definido o regime juridico global da cortiga declarada indisponivel, de- vendo entretanto os Ministros da Agricultura ¢ Pescas ¢ do Comércio Externo adoptar, através de despacho, idas adequadas a efectivagao do contréle esta- belecido no presente diploma. ‘Art, 5.° O regime estabelecido no presente diploma 6, de imediato, aplicavel apenas aos distritos de Beja, Casielo Branco, Evora, Faro, Lisboa, Portalegre, San- tarém © Setdbal Ari. 6” Este diploma entra imediatamente em vi- gor. Visto © aprovado em Conselho de_Ministros. — Faseo dos Santos Goncalves — Alvaro Cunhal —Joa- quim Jorge Magalhaes Mota— Francisco José Cruz Pereira de Moura— Fernando Oliveira Baptista — José da Silva Lopes. Promulgado em 30 de Julho de 1975. Publiquesse © Presidente da Repiiblica, Francisco DA Costa Gows. Docrete-Lei n 407-C/75 do 30 de Julho A. concessio de coutadas, sob a capa de medida de proteccio e de fomento da caga, maiy no cons- INPRENSA. NAGIONALEARA DA MOEDA 1 SERIE— NUMERO 174 tituiu do que uma fonte de privilégios a que urge por termo, langando-se, entretanto, as bases de um ver- dadciro ordenamento cinegético do territoric. Nestes termos: Usando da faculdade conferida pelo artigo 3.%, nw 1, alinea 3), da Lei Constitucional n.° 6/75, de 26 de Margo, 0 Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, 0 seguinte: ‘Antigo 1.’ — I. So extintas todas as coutadas, com excepeio das reguladas no Decreto-Lei n° 733/74, 2. Os concessionarios de coutadas deverao proce- det ao arrancamento dos sinais convencionais © & adequada alterago das tabuletas até 1 de Agosto de 1975 3. Se a sinalizagio néo for retirada ou modificada nos termos do niimero anterior, procederé a Direc- Go-Geral dos Recursos Florestais ao seu arranca- Mento ou alteracio, sendo os concessionarios respon sAveis pela despesa, sem prejuizo da sancdo prevista no n.° 2 do artigo I51.* do Decreto-Lei n. 354-A/74, ‘Art. 2." Com vista ao ordenamento cinegético do territério nacional, serdo delimitadas zonas onde 0 exereicio da caga sera vedado ou condicionado, tem- pordria ou permanentemente. ‘Art. 3.°—1. A. Direcedo-Geral dos Recursos Flo- restais, ouvidas as organizagées.representativas dos cacadores, submeteré & aprovacio do Ministro da Agricultura e Pescas a definigao das zonas de orde- namento previstas no artigo anterior ¢ o respectivo re- gime de administragao ¢ de exploragao. 2. Enquanto nao estiverem criadas novas organi- zagoes representativas dos cagadores, as atribuigdes que lies so conferidas no mimero’ anterior serio exercidas pelas comissdes.venatérias ‘Art. 4° A definigéo das zonas de ordenamento cinegético ser tornada piblica através de edital © @ sua demarcagao no terreno serd efectuada por meio de sinais convencionais por portaria do Ministro da Agricultura e Pescas ‘Art. 5.” As infracgdes cometidas dentro das zonas de ordenamento implicardo sempre a interdigao do direito de caga por cinco anos, nos casos de reinci- déncia a interdigio definitiva 'e sempre 0 agrava- mento para o dobro das sangdes previstas na lei Art, 6." As infracgdes previstas nos artigos 215.° 217 © 218" do Decreto-Lei n." 47847, de 14 de ‘Agosto de 1967, ¢ nos artigos 149.° ¢ 150." do De- creto-Lein 354-A/74 cometidas dentro das zonas de ordenamento, além das sangdes aplicaveis, dio Sempre lugar a perda dos instrumentos © produtos le infraccio. Art. 7.” Ficam expressamente revogadas todas as disposigies legais que prevéem a constituigaio de coutadas, com excepgdo das de fins turisticos, nos termos do Decreto-Lei n." 733/74. Art, 8° Este decretorlei entra imediatamente em vigor. Visto © aprovado em Conselho de Ministros. — Vasco dos Santos Gongalves— Alvaro Cunhal — Joaquim Jorge Magalhies Mota—Francisco José Cruz Pereira de Moura— Fernando Oliveira Baptista, Promulgado em 30 de Julho de 1975, Publique-se. © Presidente da Repiiblica, FRANCISCO DA Costa Gowrs.

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