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Referência

MOLINA, Olga. Lendo e aprendendo. In.: Ler para aprender: desenvolvimento de


habilidades de estudo. São Paulo: EPU, 1992, p. 25-53.

“[...] Não adianta mandar o aluno ler, se ele não conhece o vocabulário empregado,
nem tem as habilidades de lidar com palavras desconhecidas, analisando-as em seus
elementos constitutivos ou inferindo o significado a partir do contexto.” (p. 26)

“Para tornar mais gradual o ato de estudar um texto escrito, as cinco etapas da técnica
SQ3R foram desdobradas em sete, numa combinação com as regras de boa leitura
propostas por Adler e Van Doren (1974). (p. 26)

“O que se deve fazer é oferecer ao aluno oportunidades de trabalho compatíveis com


seus interesses e possibilidades, qualquer um seja seu estágio de desenvolvimento.”
(p. 27)

“O que importa é que o professor reconheça a importância de estabelecer uma rotina


de trabalho, e ensine ao aluno como se conduzir através dela. Depois disso, o
estudante chega mesmo a suprimir atividades que lhe pareçam desnecessárias, mas
de qualquer forma terá aprendido o que dever executar certas ações antes de outras.”
(p. 28)

“Compete a escola colaborar para que o aluno se sinta a vontade diante de livros,
saiba onde procurar textos de que necessita e, depois de encontra-los, possa
efetivamente avalia-los do ponto de vista de sua necessidade imediata para a
condução de seu projeto de leitura.” (p. 28)
“O ato de estudar, ainda que devidamente dominado, pressupõe sempre um
envolvimento por parte do estudante, que se sairá tanto melhjor na sua tarefa quanto
melhor se prepare para ela [...]” (p. 29)

“Ter uma motivação de aprender, o que depende pelo menos em princípio, da


importância atribuída ao assunto que se deve ser estudado.” (p. 29)
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“Ter competência no ato de estudar, isto é, o aluno deve dominar certas habilidades.
Compete a escola desenvolver tais habilidades no aluno, até leva-lo a uma condição
autônoma de trabalho”. (p. 29)

“Para um estudo bem sucedido, uma condição básica é que o leitor tenha
desembaraço na busca e na utilização de qualquer livro. “(p. 30)

“A escoa deve levar o aluno ao contato sempre agradável com o livro, rompendo, se
necessário, com o caráter extremamente formal que reveste muitas situações de
leitura” (p. 31)

“O leitor deve conhecer o livro em 3 aspectos principais: a) enquanto objeto material,


as partes que o compões e suas funções; B) enquanto objeto portador de
conhecimentos dispostos de acordo com uma certa organização que facilita a
aprendizagem [...] C) enquanto suporte para um texto escrito que traduz as ideias do
autor. [...]”(p. 31)

“Outro ponto importante para uma pesquisa bibliográfica é a contextualização da obra


sob exame. Vale a pena procurar conhecer alguns dados biográficos do autor: sua
idade, sua formação, outras obras por ele escritas etc.” (p. 32)

“O que se espera é que o leitor fique de posse de uma visão conjunta e estruturada
do texto, da qual se utilizará durante todo o tempo de estudo, sempre que sentir que
isso se faz necessário para não perder a visão conjunta do texto” (p. 33)
“Arkes, Schumacher e Gardner (1976) estudaram o problema da intenção do aprendiz,
bem como o efeito da ênfase dada as tarefas propostas aos alunos. Seus resultados
indicaram que a recordação do material é maior quando o leitor é avisado de que será
submetido a teste após o estudo.” (p. 34)

“Nenhum estudioso da leitura diminuiria a importância do vocabulário empregado no


texto em relação a compreensão alcançada pelo leitor. Constitui mesmo lugar-comum
a afirmação de que quanto maior a variedade de palavras empregadas num texto,
mais difícil ele se torna. As repetições auxiliam a compreensão, apesar de
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empobrecerem o estilo. Além disso, quanto maior o número de palavras incomuns


empregadas num texto, tanto mais difícil ele se torna para o leitor menos apto” (p. 37-
38)

“Na verdade, a importância do vocabulário conhecido pelo leitor deve ser confrontado
com o que se poderia denominar “Compreensão pelo contexto”. Neste caso, é
possível ao leitor derivar o significado das palavras que ele desconhece do Contexto
onde elas aparecem.” (p. 38)

“Geralmente, quando queremos Saber o sentido de uma palavra recorremos ao


dicionário; mas pode acontecer: a) que ela não esteja averbada; b) que a definição
dela' não se ajuste ao sentido da frase que ouvimos ou lemos; c) que o dicionário dê
mais de um significado ou acepção. Em qualquer hipótese, só mesmo o contexto é
que nos pode ajudar.” (p. 39)

“DEFINIÇÃO: O leitor deve estar atento ao fato de que, quando o autor introduz um
termo novo, especialmente se" é técnico, pode defini-lo imediatamente. Quando isso
“não é feito, o leitor deve procurar as explanações que ajudam a elucidar o sentido.”
(p. 40)

“INFERÉNCIA: Por inferência, neste caso, entende-se a habilidade de extrair do texto


algo além daquilo que ele explicitamente oferece:” (p. 40)

“CONTRASTE: Certos textos apresentam explicações que contrastam com a palavra


desconhecida e o leitor deve saber explorá-las” (p.40)

“Em relação ao dicionário, especificamente, além do domínio da ordem alfabética, o


leitor deve conhecer também os vários tipos existentes. Garcia (1980, p. 191 e seg.)
destaca duas classes de dicionários unilíngues:
a) os comuns, que se dividem em dicionários de definições, de sinônimos e de idéias
analógicas ou afins; e
b) os especializados ou técnicos. Ao leitor compete tomar certos cuidados, como
adverte esse autor, tais como: certificar-se da qualidade da obra que está consultando
e habilitar-se a bem usá-la.” (p. 41)
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“Quando o leitor não sabe lidar com mapas, ilustrações, gráficos, tabelas e outras
formas de linguagem não-verbal, elas passam a ser encaradas como supérfluas,
meros “enfeites.” do texto. Devem ser vistas, entretanto, da mesma maneira que as
formas típicas de organização textual: narração, descrição, dissertação.” (p. 44)

“Para encontrar as unidades de pensamento do autor, o aluno deve trabalhar os


parágrafos do texto. “O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um
ou mais de um período, em que se desenvolve determinada idéia central, ou nuclear,
a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e
logicamente decorrentes dela” [...]” (p. 46)

“Um parágrafo bem estruturado não se resume a um tópico-frasal facilmente


identificável. A idéia principal do parágrafo se desenvolve numa explanação onde o
autor busca fundamentar de maneira clara e convincente as idéias que defende ou
expõe.” (p. 48)

“É importante, por conseguinte, que o leitor identifique não apenas as idéias principais
do autor e como também os enunciados nos quais se apoia para defendê-las.” (p. 48)

“Um texto, ensina o Prof. Hansen, é um tecido de proposições. Proposições são


respostas a perguntas, são declarações de conhecimento ou opinião. Um certo
número de proposições pode se relacionar na forma de um argumento. Termos,
proposições e argumentos constituem as matérias-primas do pensamento (Adler e
VanDoren,1974.P.121).”(p.49)

“A síntese é uma recriação do texto, na realidade. [...] A síntese tanto pode ser feita
oralmente como por escrito. Ambas as formas são importantes e cada uma delas
privilegia determinadas habilidades. [...]”(p. 50)

“Se o desenvolvimento de habilidades de estudos, tal como é concebido neste plano,


findasse no passo anterior, não passaria de uma instrumentalização a mais a serviço
de uma educação bancária, para usar a expressão cunhada por Paulo Freire, É
preciso esclarecer que, embora dividida em etapas, não se deve entender a proposta
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deste plano como uma sucessão de fatos independentes, intercambiáveis ou


aleatórios.” (p. 53)

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