You are on page 1of 19

AULA 6

ATENÇÃO À SAÚDE DO
TRABALHADOR

Profª Glaucia Garanhani Correa


CONVERSA INICIAL

Os profissionais da saúde, em geral, trabalham com o objetivo de prevenir


doenças e de promover a saúde da população, objetivo este coincidente com o
objetivo dos trabalhadores da saúde ocupacional que, para tanto, utilizam o
mesmo conhecimento, só que aplicado aos trabalhadores. Algumas estratégias
são de grande impacto preventivo e devem receber especial atenção, como
imunização, incentivo a eliminação de hábitos não saudáveis e incentivos a
aquisição de hábitos saudáveis de vida. O Serviço de Saúde Ocupacional é o
responsável pelo Programa de Imunização dos trabalhadores dentro das
empresas e, de acordo com o site do Portal de Educação, deve

atualizar o calendário de vacinação de todo profissional de saúde; revisar


o relatório de vacinação dos profissionais no ingresso à instituição,
oferecer informação apropriada sobre os riscos de exposição, bem como
dos benefícios da vacinação na admissão e periodicamente; administrar
as vacinas recomendadas; estabelecer sistema de registros para o
acompanhamento de coberturas vacinais, impacto do programa e
possíveis reações adversas à vacinação.

Outra doença que provoca grande sofrimento nos trabalhadores,


principalmente devido à dor física, é a LER/ DORT e deve ser prevenida a
qualquer custo; para tanto, a equipe de Saúde Ocupacional deve estar atenta aos
fatores desencadeantes. O maior desafio para a prevenção da LER/ DORT é o de
resgatar o trabalhador como sujeito, recuperar sua potencialidade intelectual e
garantir espaço para sua criatividade. Dessa forma, monotonia, repetitividade,
estresse e sobrecarga de certos grupos musculares deixarão de fazer parte do
trabalho. Para alcançar este objetivo, a equipe de Saúde Ocupacional deve apoiar
o trabalhador para que tenha possibilidade de controlar o ritmo de trabalho, reduzir
ou eliminar as horas extras, instituir
pausas durante a jornada de trabalho para descanso, adequar mobiliário e
máquinas às características físicas individuais dos trabalhadores, proporcionar
ambiente com temperatura, ruído e iluminação adequado. Sabidamente, trata-se
de um grande desafio.
O Instituto Oncoguia declara em seu site que a

metade do total de homens e um terço das mulheres irão desenvolver


um tipo de câncer em algum momento de suas vidas e que atualmente,
milhões de pessoas estão vivendo com câncer ou já tiveram e trataram
uma neoplasia. O risco de desenvolver vários tipos de câncer pode ser
reduzido com mudanças no estilo de vida da pessoa, por exemplo, não
fumar, limitar o tempo de exposição ao sol, ser fisicamente ativo e manter
uma alimentação saudável. Por outro lado, existem exames de
2
rastreamento que podem ser realizados para alguns tipos de câncer,
para que possa ser feito o diagnóstico precoce da doença, quando as
chances de cura são melhores e maiores do que quando é diagnosticada
em estágios mais avançados.

Sendo o câncer uma doença extremamente agressiva e de alta incidência


de morte, todo o esforço direcionado no sentido da prevenção e de diagnóstico
precoce é válido, então, os trabalhadores da Saúde Ocupacional podem auxiliar
no processo de prevenção do câncer dos trabalhadores sob seus cuidados, no
mesmo momento em que planejam as medidas de proteção às doenças
ocupacionais. A relevância da prevenção é para os tipos de câncer que podem
ser provocados pelos riscos do trabalho, mas como provar que a doença foi
provocada pelas condições de trabalho e não por hábitos de risco do trabalhador?
Sendo assim, a importância da atuação da equipe na prevenção dos cânceres é
indicada no ambiente de trabalho. Os fatores de risco para o desenvolvimento de
um câncer são os mesmo que podem provocar o desenvolvimento de uma doença
crônica não transmissível, como a hipertensão e a diabetes, bem como os fatores
que protegem um indivíduo do câncer também o protegem da doença crônica,
sendo eles a alimentação saudável e a atividade física, logo, fica evidenciada a
importância da aquisição de hábitos saudáveis de vida pelos trabalhadores,
tornando, assim, de interesse da equipe de Saúde Ocupacional.

CONTEXTUALIZANDO

O Instituto Nacional do Câncer – INCA, publica em seu site uma definição


para “risco” de desenvolver uma doença, muito interessante – “risco é usado para
definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a determinados fatores,
ambientais ou hereditários, desenvolver uma doença. Os fatores associados ao
aumento do risco de se desenvolver uma doença são chamados fatores de risco.”
Relatam inclusive que

o mesmo fator pode servir de risco para diversas doenças, a obesidade


e o tabagismo, por exemplo, são fatores de risco para os cânceres e para
as doenças cardiovasculares, e vários fatores podem estar envolvidos
para o surgimento de uma doença. Os
fatores de risco podem ser encontrados no ambiente físico, herdados ou
resultado de hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente
social e cultural.

O desenvolvimento de hábitos saudáveis de vida é a base para a


prevenção de diversas doenças, principalmente das doenças crônicas não
degenerativas (dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes, Doença

3
Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC) e dos cânceres, extremamente agressivos.
O excesso de gordura corporal, com sobrepeso ou obesidade, provoca ou acelera
o surgimento da doença. O controle do peso corporal é primordial para se manter
o corpo saudável, podendo ser controlado com atividade física e alimentação
saudável. Não somente a aquisição de hábitos saudáveis, mas também a
eliminação de hábitos danosos, como o tabagismo, o alcoolismo e atividade
sexual sem proteção. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de câncer
estão associados ou podem ser agravados pela atividade ocupacional, como é o
caso do câncer de pele, provocados pela exposição aos raios solares sem
proteção. Também os cânceres provocados pela exposição a radiações
ionizantes, seguidos pela exposição a medicamentos quimioterápicos.
Para refletir
No link
<https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/21124027/d74b560f6c6e/analista_ju
diciario_enfermeiro_trabalho.pdf> encontramos uma questão para contextualizar
o assunto, descrita a seguir:
Como enfermeira(o) do trabalho da empresa, ciente que o controle do
câncer de mama é prioridade da agenda de saúde no Brasil, você incluiu
no planejamento um dia para discussão sobre a importância da
prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer. Para tal, inseriu no
material educativo as informações sobre as medidas de prevenção do
câncer de mama apresentadas abaixo. Analise as afirmações que serão
apresentadas aos trabalhadores e assinale V (verdadeiro) ou F (falso)

( ) O consumo excessivo de álcool, o excesso de peso, principalmente


na pós menopausa e a terapia de reposição hormonal aumentam o risco
de câncer de mama.
( ) A exposição excessiva à radiação ionizante (Raios X) também
aumenta o risco de câncer de mama.
( ) A amamentação exclusiva até os seis meses é fator de proteção para
o câncer de mama.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para


baixo;
(A) V, V, V.
(B) V, F, V.
(C) V, F, F.
(D) F, F, F.
(E) F, F, V.

TEMA 1 – PROGRAMA DE IMUNIZAÇÃO DO TRABALHADOR

O Ministério da Saúde não possui um programa de imunização específico


para trabalhadores, mas para adultos, no qual é fundamentado o Programa de
Imunização do Trabalhador nas empresas. Importante que todos os trabalhadores
e aprendizes, ou seja, trabalhadores com 15 anos ou mais, bem como aqueles

4
que possuem indicações específicas devido ao risco de contrair doenças,
exemplo: os trabalhadores da saúde e os professores.
Existem alguns princípios básicos que devem ser observados quanto à
conservação, administração e descarte das vacinas.

 Conservação sob refrigeração ou “rede de frio” – manutenção da vacina


sob temperatura entre +2 ºCa +8 ºC, em todos os momentos, desde a
fabricação, estocagem e transporte. Não podem ser congeladas.
 Seguir orientações do Ministério da Saúde em relação às orientações para
administração, dose e quantidade de doses, via de administração, condutas
em reações adversas, validade, biossegurança e descarte.
 Os materiais descartáveis utilizados para a administração são
considerados infectantes – classificados no grupo A1, então, manter sacos
e caixas identificados e destino correto.
 Controle rigoroso das validades, atentar para validade após a abertura do
frasco.
 Emitir carteira de vacina para cada trabalhador e manter atualizada.
Também manter controle interno de todas as vacinas administradas, dose,
lote, reforços e controlar os faltosos.
 Os eventos adversos que porventura ocorram devem ser monitorados e
notificados à unidade de saúde mais próxima da empresa.

As vacinas que podem fazer parte do Programa de Imunização são:

 dT adulto – tétano e difteria, indicada para todas as faixas etárias e para


todos os trabalhadores, de qualquer setor ou tipo de trabalho. Após o
esquema básico das três doses, deve ser aplicada dose de reforço a cada
10 anos. Caso haja acidente ou gestação, considerar intervalo de cinco
anos.
 SCR – tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola – indicada para
trabalhadores do setor de turismo, transporte, hotéis, restaurantes,
profissionais da educação e saúde, restaurantes, ou seja, locais que
tenham acesso de pessoas, principalmente viajantes. Trabalhadores que
não tenham comprovante de vacinação devem ser considerados não
vacinados.
 Hepatite B (recombinante) – indicada para trabalhadores da saúde, policiais
civis, manicures, tatuadores, trabalhadores dos IMLs, profissionais do sexo,

5
coletores de resíduos e todos aqueles que tenham possibilidade de entrar
em contato com secreções corporais (sangue, fezes, sêmen, urina, líquido
encéfalo-radiano).
 Febre Tifóide – indicada para trabalhadores que comprovadamente
exerçam atividades com exposição frequente com esgoto.
 Antirrábica – esquema de pré-exposição: indicada para trabalhadores
expostos de forma contínua ao risco de infecção pelo vírus da raiva, como
médicos veterinários, biólogos e agrotécnicos, funcionários de zoológicos,
carteiros, espeleólogos, guias de turismo.
 Vacina contra a varicela: indicada para profissionais da saúde suscetíveis
à varicela, aqueles que nunca tiveram a doença ou com história duvidosa.
 Influenza – vacina contra a gripe; indicada para os profissionais da saúde
e professores, entre outros.

Vale lembrar as situações especiais em surtos ou epidemias, nestes casos,


é indicado a vacinação de bloqueio, na qual devem ser vacinadas todas as
pessoas que tiveram contato com um caso, como a ocorrência de sarampo,
rubéola ou caxumba, por exemplo.

TEMA 2 – CÂNCER – PREVENÇÃO VERSUS TRABALHADOR

A equipe da Medicina do Trabalho tem como objetivo a prevenção de


acidentes e doenças, neste escopo, é importante a inserção da prevenção de
câncer, pois alguns deles podem ter sua origem em exposições ocupacionais,
mas também porque os profissionais de saúde têm como premissa evitar o
sofrimento dos indivíduos, senão diminuí-lo. É de grande valia para os
trabalhadores, enquanto indivíduos, receberem apoio para realizar exames
preventivos daqueles cânceres passíveis de detecção precoce e tratamento. Os
cânceres de maior incidência também são aqueles que podem ser detectados
precocemente e com maior chance de cura, são eles: câncer de mama, câncer de
colo de útero, câncer de pulmão, câncer de intestino, câncer de próstata e o
câncer de pele.
A instituição de um Programa de Prevenção do Câncer não é obrigatória
por lei, mas de grande relevância para a saúde do trabalhador. Muitas vezes, o
tratamento de um câncer é custeado pelo estado, mas outras vezes é pelo
empregador, por meio de um benefício, como plano de saúde, então de grande

6
importância também para o empregador. O custo da prevenção é muito baixo,
principalmente se associado à uma Unidade Básica de Saúde, um convênio pode
ser estabelecido com o empregador. O programa de prevenção pode se restringir
à busca dos casos faltosos e incentivo à realização dos exames, totalmente sem
custo.
As orientações para a realização dos exames preventivos são:

 Mama – mulheres com mais de 20 anos devem realizar o autoexame das


mamas mensalmente, mamografia (RX das mamas) em mulheres entre 20
e 40 anos anualmente e acima de 40 anos anualmente.
 Próstata – toque retal e dosagem de PSA para homens acima de 50 anos.
 Colo de útero – Papanicolau para todas as mulheres em idade fértil, bem
como vacina contra o HPV em menores aprendizes até os 14 anos.
 Pulmão – RX de pulmões, principalmente dos fumantes e expostos a risco
respiratório – anual. Apoio para abandono do tabagismo – instituição do
Programa Antitabagismo.
 Intestinos – pesquisa de sangue oculto e colonoscopia a partir dos 50 anos,
mas se existe casos na família, então realizar os exames o mais cedo
possível.
 Câncer de pele – autoexame da pele regularmente, buscando por manchas
alteradas, manchas novas, irregularidades, lesões que sangram, lesões
que não cicatrizam. Importante disponibilizar filtro solar para os
trabalhadores expostos à radiação ultravioleta e infravermelho,
trabalhadores de campo, expostos ao sol, por exemplo motoristas. O filtro
solar nestes casos é considerado EPI.

Como em toda e qualquer doença, a melhor forma de tratar o câncer é com


a prevenção; a prevenção, nada mais é do que a aquisição de hábitos de vida
saudáveis, como: dormir bem, alimentação com dieta saudável e equilibrada,
prática regular de atividade física, controle de peso, não fumar e não fazer uso de
bebida alcoólica; podemos dizer que estes se tratam da prevenção primária. A
prevenção secundária está relacionada à detecção precoce do câncer por meio
dos exames preventivos que são capazes de detectar a doença ainda em fase
assintomática.

7
O Instituto Nacional do Câncer recomenda alguns hábitos saudáveis que
podem prevenir o câncer e que devem ser divulgados aos trabalhadores e
praticados, os quais descrevemos a seguir:

 Não fume! Essa é a regra mais importante para prevenir o


câncer, principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe,
faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de
4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por
fumantes e não fumantes.
 Alimentação saudável protege contra o câncer. A
alimentação deve ser variada, equilibrada, saborosa, respeitar a
cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas, legumes, verduras,
cereais integrais e feijões são os principais alimentos protetores.
Comer esses alimentos diariamente pode evitar o
desenvolvimento de câncer.
 Mantenha o peso corporal adequado. Estar acima do
peso aumenta as chances de desenvolver câncer. Por isso, é
importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e
se manter ativo. Cerca de um terço de todos os casos de câncer
podem ser evitados com alimentação saudável, manutenção de
peso corporal adequado e exercícios físicos.
 Pratique atividades físicas diariamente. A atividade física
consiste na iniciativa de se movimentar, de acordo com a rotina
de cada um. Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o
elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da
casa ou do jardim.
 Amamente. O aleitamento materno é a primeira
alimentação saudável. A amamentação exclusiva até os seis
meses de vida protege as mães contra o câncer de mama e as
crianças contra a obesidade infantil.
 Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer um exame
preventivo. É importante a realização periódica do Papanicolau.
Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado e seguir
as orientações médicas.
 Evite a ingestão de bebidas alcoólicas. Seu consumo, em
qualquer quantidade, contribui para o risco de desenvolver
câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco
aumenta a possibilidade do surgimento da doença.
 Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre
proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar,
inclusive nos lábios. Se for inevitável a exposição ao sol durante
a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga
longa e calça comprida.
 Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os
meninos de 11 a 14 anos. O Ministério da Saúde implementou
no calendário vacinal, desde 2014, a vacina contra o HPV para
meninas de 9 a 14 anos. A vacinação e o exame preventivo
(Papanicolau) se complementam como ações de prevenção do
câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando
chegarem aos 25 anos, deverão fazer exame preventivo
regularmente, pois a vacina não protege contra todos os subtipos
do HPV.

8
TEMA 3 – LER/ DORT RELACIONADO AO TRABALHO

Segundo conceito dado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Informática


e Tecnologia da Informação do Paraná

“LER – Lesões por Esforços Repetitivos – é a tradução de um termo


internacional, criada para identificar um conjunto de doenças
caracterizadas por dor crônica que atingem principalmente os membros
superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, ombros e braços),
membros inferiores e coluna vertebral (pescoço, coluna torácica e
lombar), decorrentes de sobrecarga do sistema musculoesquelético no
trabalho. A sigla DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho – é a tradução de um termo internacional e foi acrescentada
para chamar a atenção de que todos os casos de LER são relacionados
com atividades realizadas no trabalho. Do ponto de vista prático, tem o
mesmo significado de LER e têm sido utilizados como sinônimos.”

O Sindicato descreve também um pouco da história da doença no Brasil e


relata em seu site que as doenças eram

pouco conhecidas até os anos 70, as LER/ DORT tiveram rápido


crescimento nos ambientes de trabalho em todo o mundo. No Brasil, na
década de 80, os casos de tenossinovite entre digitadores, levaram os
sindicatos de trabalhadores em processamento de dados a lutar pelo
reconhecimento das lesões como doenças profissionais. Em 06 de
agosto de 1987, o Ministério da Previdência atendeu à reivindicação dos
sindicatos e, com a portaria n. 4.602, incluiu a tenossinovite do digitador
no rol de doenças do trabalho. A portaria, embora mencionasse outras
categorias profissionais além do digitador, na prática, era entendida pela
perícia do INSS como exclusiva aos digitadores. Em 1993, foi publicada
uma norma técnica, que instituiu o nome lesões por esforços repetitivos
LER, ampliando o conceito e aplicando os direitos previdenciários a esse
grupo de doenças relacionas ao trabalho. Em 1998, na revisão de sua
norma técnica, a Previdência Social mudou o termo LER para Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT, reduzindo
consideravelmente os direitos previdenciários. No campo da prevenção,
fruto de mobilização sindical, há uma Norma Regulamentadora (NR-17),
que fixa alguns limites para as empresas em que há postos de trabalho
que exigem esforços repetitivos, ritmo acelerado e posturas
inadequadas.

O Ministério da Saúde, em parceria com a Área Técnica de Saúde do


Trabalhador, publicaram um protocolo de diagnóstico e tratamento da LER/
DORT, relatam que a doença é explicada por

transformações do trabalho e das empresas, cuja organização tem se


caracterizado pelo estabelecimento de metas e produtividade,
considerando suas necessidades, particularmente de qualidade dos
produtos e serviços e aumento da competitividade de mercado, sem
levar em conta os trabalhadores e seus limites físicos e psicossociais,
adequação dos trabalhadores às características organizacionais das
empresas, pautadas pela intensificação do trabalho, aumento real das
jornadas, prescrição rígida de procedimentos, impossibilitando
manifestações de criatividade e flexibilidade. Às exigências
psicossociais, não compatíveis com características humanas, nas áreas
operacionais e executivas adiciona-se o aspecto físico-motor, com alta

9
demanda de movimentos repetitivos, ausência e impossibilidade de
pausas espontâneas, necessidade de permanência em determinadas
posições por tempo prolongado, atenção para não errar e submissão a
monitoramento de cada etapa dos procedimentos; além de mobiliário,
equipamentos e instrumentos que não propiciam conforto.

Surgem em situações em que a exigência do sistema musculoesquelético


é alta, sem que o tempo para a devida recuperação seja atendido. Os
trabalhadores relatam vários sintomas concomitantes, como dor, parestesia,
fadiga e sensação de peso; geralmente acometem os membros superiores. São
causas frequentes de afastamento com incapacidade temporária ou permanente.
Os trabalhadores bancários são mais acometidos pela doença, segundo protocolo
da LER/ DORT e os trabalhadores cujas tarefas são manuais e delicadas, como
os digitadores, empacotadores, cortadores de carne, por exemplo.
Vários fatores de risco estão envolvidos no desenvolvimento da doença que
interagem entre si, vão desde fatores biomecânicos, cognitivos, afetivos,
sensoriais e de organização do trabalho. Os fatores relacionados à organização
do trabalho não afetam de maneira linear a todos os trabalhadores, pois cada
indivíduo possui uma resposta particular a cada risco, por exemplo, a exposição
ao frio, em que as mulheres possuem maior sensibilidade.
Os profissionais da Medicina do Trabalho devem estar atentos à presença
dos fatores de risco a que cada trabalhador pode estar exposto, à implantação de
um programa preventivo, com medidas de identificação e controle; para esta
afecção, é de relevância indiscutível, considerando o sofrimento do trabalhador e
o prejuízo do empregador e governo, com os afastamentos. Exemplo de medida
preventiva simples é a instituição de pausas para descanso e organização da
carga de trabalho que podem controlar fatores de risco de intensidade e
frequência de uma atividade de risco.
Os fatores de risco físicos podem estar relacionados com:

 Posto de trabalho – este não provoca distúrbios em si mesmo, mas pode


forçar a adoção de uma postura inadequada, como uma cadeira sem a
possibilidade de ajuste ideal de elevação, por exemplo, a qual pode
provocar a manobra de colocar os pés nas rodas da cadeira e não no apoio
de pés.
 Exposição a vibrações – as exposições de corpo inteiro ou dos membros
superiores podem provocar efeitos nos sistemas vascular, neurológico e
musculares, exemplo: trabalhadores com britadeiras.

10
 Exposição ao frio – pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e indireto
pelo uso de equipamento de proteção, como a necessidade de utilização
de luvas grossas que necessitam de maior força de preensão, por exemplo.
 Ruído elevado – pode provocar irritação e outros efeitos sobre o
comportamento.
 Pressão mecânica localizada – pressão mecânica dos tecidos moles,
trajetos vasculares e nervosos com cantos retos ou pontiagudos, por
exemplo: cadeiras com assentos retos.
 Posturas – atividade que imponha postura que ultrapasse os limites da
anatomia do movimento, por exemplo, trabalhador que extrai vísceras de
frango... amplitude, gravidade, e acima do coração.
 Carga mecânica musculoesquelética – é a carga exercida sobre os tecidos
(tendões, músculos e articulações), os fatores presentes podem ser a força,
duração da carga, tipo de preensão, postura necessária e tipo de trabalho.
Estes podem ser agravados quando a carga for estática (exemplo: trabalho
em pé ou sentado), invariabilidade da tarefa – restrita a poucos segmentos,
exigências cognitivas somadas ao estresse exemplo: caixas de
supermercado.

Fatores de risco organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho; são


as percepções que o trabalhador tem do seu próprio trabalho e desempenho, as
exigências das chefias, o que acredita ser sobrecarga ou até mesmo a sua
possibilidade de crescer na empresa e ter uma carreira próspera.

TEMA 4 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO


TRANSMISSÍVEIS

Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT – são doenças causadas


por vários fatores, se desenvolvem ao longo da vida e de longa duração.
Influenciam na qualidade de vida de qualquer indivíduo, também do trabalhador.
O trabalho pode ser fator desencadeante de uma DCNT e estas podem ser fator
provocador de acidentes, portanto, é importante que os profissionais da Saúde
Ocupacional atentem para a ocorrência delas, bem como para a prevenção,
tratamento e controle de suas complicações.
O diagnóstico dos portadores de doenças crônicas e a implantação de um
programa que os apoie no controle da doença é de grande valor para a qualidade

11
de vida dos trabalhadores acometidos. Outra medida que agrega valor aos
trabalhadores da empresa, em geral, é um treinamento sobre os fatores que
podem desencadear uma DCNT e os fatores que podem preveni-las. Segundo
publicação no site Portal da Saúde:

Atualmente, elas são consideradas um sério problema de saúde pública,


e já eram responsáveis por 63% das mortes no mundo, em 2008,
segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde. Seguindo essa
tendência mundial, no Brasil, em 2013, as DCNT foram a causa de
aproximadamente 72,6% das mortes (SIM, 2015).

As DCNT de maior incidência e impacto no Brasil e no mundo são: câncer,


doenças cardiovasculares, por exemplo: ICC, ICO e HAS, DPOC – exemplo:
asma, bronquite, enfisema e diabetes. Interessante saber é que elas possuem
fatores de risco comuns e modificáveis: tabagismo, uso abusivo de álcool,
inatividade física, alimentação não saudável. Outros fatores que determinam a
doença são o sexo, a genética e a idade, estes não modificáveis. A equipe da
Saúde Ocupacional tem responsabilidade quanto à prevenção destas doenças
nos trabalhadores, dando ênfase na eliminação dos fatores de risco, como medida
preventiva.
O Ministério da Saúde implantou a Política Nacional de Promoção da
Saúde – PNPS, que prioriza ações de combate aos fatores de risco. Os
Profissionais da Saúde Ocupacional podem e devem buscar parceria com as
secretarias de saúde de seus municípios a fim de compartilharem conhecimentos
e iniciativas de aproveitamento para os trabalhadores, como parte integrante de
um Programa de Prevenção das DCNT na empresa.
Assim como os fatores de risco podem desencadear uma doença crônica,
existem algumas práticas que agem como fatores protetores – alimentação
saudável e atividade física regular. Então, o programa de prevenção das DCNT
no trabalho deve focar não só a eliminação do tabagismo, mas também incentivar
e apoiar a aquisição de uma alimentação saudável e atividade física regular. As
vantagens da aquisição de hábitos saudáveis de vida têm seu mérito e importância
reconhecidos mundialmente. O Governo do Estado de Minas Gerais, em seu site,
informa que

a OMS recomenda que os indivíduos adotem níveis adequados de


atividade física durante toda a vida. A prática regular de 30 minutos de
atividade física de intensidade moderada, preferencialmente todos os
dias, reduz o risco de doenças cardiovasculares. Análise de estudos
epidemiológicos prospectivos demonstrou que tanto o estilo de vida ativo
como um condicionamento aeróbico moderado pode ser associado, de

12
forma independente, à diminuição do risco de incidência de DCNT, da
mortalidade geral e por doenças cardiovasculares. O treinamento de
resistência muscular e equilíbrio, por sua vez, são capazes de reduzir
quedas e aumentar a capacidade funcional nos idosos. Dentre os
benefícios se destacam: a melhora da autoestima, redução do
isolamento social, alívio do estresse, diminuição da depressão, melhora
da resistência física, melhora da autoimagem, aumento do bem-estar
físico e mental, melhora da função pulmonar dentre outros.

A Promoção da Alimentação Adequada e Saudável é um dos fundamentos


da Promoção à Saúde. Contribui para a redução da prevalência do sobrepeso e
obesidade e das doenças crônicas associadas e outras relacionadas à
alimentação e nutrição. Imaginem a vantagem competitiva quando uma empresa
fornece a alimentação para os seus trabalhadores, a equipe de Saúde
Ocupacional tem ampla liberdade para instituir um programa de alimentação
saudável, sobre outra que não tem esta facilidade, como fornecer frutas e verduras
nos intervalos das refeições principais ou sucos naturais, por exemplo.

TEMA 5 – SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL OU BURN-OUT

A Síndrome de Burn-out é caracterizada como transtorno mental.


Estatisticamente os transtornos mentais são responsáveis pelo maior número de
dias de afastamento do trabalho, ou seja, são os problemas de saúde que afastam
os trabalhadores do trabalho por longos períodos. Além disso, como não se trata
de uma lesão visível ou de um processo físico com sinais e sintomas, muitas
vezes, os pacientes não têm o sofrimento identificado como doença e pior, pode
ser entendido como falta de caráter ou mau comportamento.
Como qualquer transtorno mental, a Síndrome de Burn-out deve ser
prontamente diagnostica e tratada afim de que as medidas sejam precoces e mais
eficientes, com menor possibilidade de dano ao empregado e ao empregador.
O Ministério da Saúde publicou um manual intitulado Doenças
Relacionadas ao Trabalho – Manual de procedimentos para os Serviços de Saúde
(2001), no qual descreve o conceito, doença, modos de prevenir, tratamento e
diagnóstico, os quais inserimos a seguir:

Conceito e descrição: A sensação de estar acabado ou síndrome do


esgotamento profissional é um tipo de resposta prolongada a
estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho. Tem sido
descrita como resultante da vivência profissional em um contexto de
relações sociais complexas, envolvendo a representação que a pessoa
tem de si e dos outros. O trabalhador que antes era muito envolvido
afetivamente com os seus clientes, com os seus pacientes ou com o
trabalho em si, desgasta-se e, em um dado momento, desiste, perde a
energia ou se “queima” completamente. O trabalhador perde o sentido

13
de sua relação com o trabalho, desinteressa-se e qualquer esforço lhe
parece inútil. Segundo Maslach & Jackson, em 1981 e em 1986, e
Maslach, em 1993, a síndrome de esgotamento profissional.

Também referenciamos o Manual que identifica e descreve que a doença


possui três elementos centrais:

 exaustão emocional – sentimentos de desgaste emocional e


esvaziamento afetivo, Exemplo: identificado como uma pessoa “sem
sentimentos de piedade”.
 despersonalização – reação negativa, insensibilidade ou
afastamento excessivo do público que deveria receber os serviços ou
cuidados do paciente; exemplo: o profissional recusa o relacionamento
com as pessoas e manifesta preferência às tarefas burocráticas.
 diminuição do envolvimento pessoal no trabalho – sentimento de
diminuição de competência e de sucesso no trabalho; exemplo: recusa
a participar de situações festivas e falas semelhantes a “parece que
estou ficando burro com o passar do tempo.

Cuidado especial na diferenciação com Burn-out e outras formas de


resposta ao estresse laboral; o estresse do Burn-out é crônico, envolve atitudes e
condutas negativas com relação aos usuários, aos clientes, à organização e ao
trabalho, sendo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e
emocionais para o trabalhador e a organização.
O Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde (2001) apresenta
os fatores de risco no ambiente de trabalho, capazes de provocar a síndrome e o
quadro clínico, diagnóstico da doença, tratamento, os quais inserimos a seguir:

 afeta profissionais que atuam em contato direto com os usuários,


como os trabalhadores da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes
penitenciários, professores, entre outros;
 ameaça de mudanças compulsórias na jornada de trabalho e
redução de salário, papel conflitante, perda de controle ou autonomia e
ausência de suporte social; exemplo: reforma trabalhista é um risco
iminente de aumento de casos;
 ritmo de trabalho penoso, não só físico mas também emocional,
exemplo: trabalhadores da ouvidoria, sob agressão verbal constante e
até mesmo física, risco de morte.

Quadro clínico e diagnóstico:

 história de grande envolvimento subjetivo com o trabalho, função,


profissão ou empreendimento assumido, que muitas vezes ganha o
caráter de missão;
 sentimentos de desgaste emocional e esvaziamento afetivo
(exaustão emocional);
 queixa de reação negativa, insensibilidade ou afastamento
excessivo do público que deveria receber os serviços ou cuidados do
paciente (despersonalização);
 queixa de sentimento de diminuição da competência e do sucesso
no trabalho.

14
Podem estar associados sintomas como insônia, fadiga, irritabilidade,
tristeza, desinteresse, apatia, angústia, tremores e inquietação, caracterizando
síndrome depressiva e/ ou ansiosa. O diagnóstico dessas síndromes, associado
ao preenchimento dos critérios anteriormente elencados, leva ao diagnóstico de
síndrome de esgotamento profissional. Já existem instrumentos, questionários,
para avaliar o estresse profissional, que avaliam e estimam o grau de estresse do
trabalhador. Não substituem o diagnóstico médico, apenas auxiliam um
diagnóstico.
Segundo Jorge Henrique Cardoso, em artigo publicado no site Âmbito
Jurídico,

O tratamento da síndrome de esgotamento profissional envolve


psicoterapia, tratamento farmacológico e intervenções psicossociais.
Entretanto, a intensidade da prescrição de cada um dos recursos
terapêuticos depende da gravidade e da especificidade de cada caso.
Como a doença pode significar o afastamento afetivo do trabalho,
comprometendo o desempenho profissional e, muitas vezes, a própria
capacidade de trabalhar; cabe ao médico avaliar cuidadosamente a
indicação de afastamento do trabalho por meio de licença para
tratamento.

O diagnóstico de um caso de síndrome de esgotamento profissional


deve ser abordado como evento sentinela, funcionar como alerta e
indicar investigação da situação de trabalho, visando a avaliar o papel
da organização do trabalho na determinação do quadro sintomatológico.
Podem estar indicadas intervenções na organização do trabalho, assim
como medidas de suporte ao grupo de trabalhadores de onde o
acometido proveio. (Brasil, 2001)

O Manual descreve a forma de prevenir outros casos, que descrevemos a


a seguir sendo preciso:

 informar ao trabalhador;
 examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
 notificar o caso, por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE
e ao sindicato da categoria;
 providenciar a emissão da CAT;
 orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e
gerenciais adequados para eliminação ou controle dos fatores de risco.

FINALIZANDO

Prevenção é a premissa que fundamenta a atuação da equipe de


profissionais da Saúde Ocupacional, prevenção é o objetivo geral, é o foco, é a
motivação maior destes trabalhadores. Então, deve ser vista de maneira ampla,
não limitada à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Muitos fatores
atuam na saúde do trabalhador, como hereditariedade, sexo, raça, estado
emocional, situação financeira e uma infinidade de outros fatores. Importante que
15
a equipe de SO se lembre que as doenças são desencadeadas por multicausas e
que todas as condutas devem se fundamentar nesta verdade.
Muitos fatores podem desencadear doenças, mas poucos deles têm a
capacidade de proteger um indivíduo, também enquanto trabalhador, sendo elas
a alimentação saudável e a atividade física. Elas têm o poder de fortalecer o
organismo, a sua imunidade, sendo assim, o organismo fortalecido consegue
combater os fatores desencadeantes das doenças. Contrário a estes está o
tabagismo e o alcoolismo, que têm a capacidade de enfraquecer as defesas de
um organismo, debilitam o sistema imunológico. Provocam um estado constante
de agressão a que o organismo deve reagir, exaurindo as forças para combater
as doenças, e no momento em que necessitar não haverá reserva de “saúde”
suficiente. O Inca descreve em seu site que “caso a população adotasse
uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física, mantendo o
peso corporal adequado, aproximadamente um em cada três casos dos tipos de
câncer mais comuns poderiam ser evitados. Ou seja, para cada 100 pessoas com
câncer, 33 casos poderiam ser prevenidos.” Também que “Uma alimentação rica
em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e
pobre em alimentos ultra processados, como aqueles prontos para consumo ou
prontos para aquecer e bebidas açucaradas, podem prevenir de 3 a 4 milhões de
casos novos de câncer a cada ano no mundo.” Avaliem o que um programa que
estimulasse e apoiasse a alimentação saudável e atividade física regular poderia
fazer pelos trabalhadores de uma empresa, também avaliem o impacto que esta
mudança teria na qualidade de vida deles, e finalmente avaliem o impacto da
qualidade de vida na produtividade e desempenho da empresa... Os resultados
seriam impressionantes, mesmo os de curto prazo, com a redução de peso,
melhora do sono, da autoestima, sem considerar os impactos no controle da
hipertensão arterial e diabetes, enfim, redução ou controle da ocorrência das
doenças crônicas ou pelo menos o controle de seus efeitos mórbidos.
Trazemos agora a resposta para nossa questão, proposta na
contextualização da aula. A alternativa correta é “A”, na qual todas as afirmativas
estão corretas, pois o consumo excessivo de álcool, o excesso de peso,
principalmente na pós-menopausa, e a terapia de reposição hormonal aumentam
o risco de câncer de mama, a exposição excessiva à radiação ionizante (Raios X)
também aumenta o risco de câncer de mama e, finalmente, a amamentação
exclusiva até os seis meses é fator de proteção para o câncer de mama.

16
Concluímos que no caso da prevenção com a instituição dos fatores de
proteção das doenças crônicas, somadas à vacinação e à eliminação do
tabagismo, alcoolismo, excesso de peso, sedentarismo e alimentação
desregrada, a equipe da Saúde ocupacional, por meio de suas práticas, poderá
transformar a qualidade de vida dos trabalhadores sobre sua responsabilidade,
principalmente porque a prevenção é de baixíssimo custo, quando comparada ao
tratamento curativo de um câncer ou doença crônica.

17
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de


Diabetes e Hipertensão Arterial. Cadernos de Atenção Básica. Hipertensão
arterial sistêmica e diabetes mellitus. Brasília, 2001. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_06.pdf>. Acesso em: 21 maio
2018.

_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Cadernos de Atenção
Básica. Saúde do Trabalhador. Brasília, 2002. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_trabalhador_cab5_2ed.pdf>.
Acesso em 21 maio 2018.

_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador.
Protocolos de atenção integral à Saúde do Trabalhador de Complexidade
Diferenciada. Brasília, 2006. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_ler_dort.pdf>. Acesso em:
21 maio 2018.

_____. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no


Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho. Brasília, 2001. Disponível em:
<https://www3.fmb.unesp.br/emv/pluginfile.php/31914/mod_page/content/70/Cap
_10%20%281%29.pdf>. Acesso em: 21 maio 2018.

BULHÕES, I. Enfermagem no Trabalho. Rio de Janeiro: Editora Gráfica Luna


LTDA, 1976. v.1.

CARVALHO, G. M. de. Enfermagem do Trabalho. São Paulo: EPU, 2001.

FATORES ocupacionais. INCA. Disponível em:


<http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/cancer/site/prevencao-fatores-de-
risco/fatores-ocupacionais>. Acesso em: 21 maio 2018.

MORAES, M. V. G. Enfermagem do Trabalho: programas, procedimentos e


técnicas. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Iatria, 2012.

O QUE é LER / DORT – sua História no Brasil. SINDPDPR. Disponível em:


<http://www.sindpdpr.org.br/artigo-saude-do-trabalhador/que-e-ler-dort-sua-
historia-no-brasil>. Acesso em: 21 maio 2018.
18
RIBEIRO, M. C. S. Enfermagem e Trabalho: fundamentos para a atenção à
saúde dos trabalhadores. 2. ed. São Paulo: Martinari, 2012.

19

You might also like