Sindicalista acusa governo: há falta de vontade política

Ja
Na rota dos dias

Câmara de S. Vicente
SEMANÁRIO GRATUITO
ANO I • N.º 15 • 28 Outubro 2010
Director: Vlademiro Marçal
Propriedade: Medi@Capital, SA
Situação explosiva
em grandes
empresas
Carlos Lopes, dirigente do SITTHUR, denuncia a situação
precária na TACV, na CV Telecom e na ilha da
Boavista: à beira de rotura total. As administrações
fogem ao diálogo e enveredam por arbitrariedades.
Fechadas as portas, a greve é a única via para os
trabalhadores. Inocêncio e Madalena Neves
assobiam para o lado. Páginas centrais

Maus exemplos vêm de cima

paralisada
por chicana
O golpe po-
licial contra a
Câmara Mu-
Neves
foge aos
nicipal de S.
Vicente foi
montanha
que pariu um
rato. Mas tem
consequên-

impostos
cias graves:
com os computadores, livros do Tom-
bo e outros documentos sequestrados
pelo Ministério Público, há serviços
municipais paralisados. A segunda
maior Câmara de Cabo Verde está
incapacitada de dar respostas aos
munícipes porque o PAICV resolveu
fazer chicana.
Pág. 3
Já houve um ministro a roubar eletricidade. O nosso jornal
descobriu agora que o próprio JM Neves foge aos impostos
Na rota dos dias como o diabo da cruz: deve à Câmara da Praia 4 prestações do
Polícia ou bandido: IUP, relativas a um apartamento na Achada de Santo António,
mais 2 prestações da sua nova casa, na Prainha.
decida quem Para o Poder instalado vale tudo: até fugir aos impostos.
souber O homem fi-
Pág. 8
cou famoso
Bai-bai Eleitoralismo do PAICV dá bronca
em Mostei-
ros, Djar-
Fogo: como
chefe da polí-
Irina e Ronaldo Barragem ameaça
cia, agrediu
adversários
políticos dos
trançam milhões Património da Humanidade
tambarina,
atacou comitivas do MpD nas cam- O namoro de CR com a russa Irina é “ne-
gócio” de milhões e, dizem os menti-
deros, a coisa vai a caminho de casório. En-
O governo esqueceu-se que Cidade
Velha é Património Mundial e a sua
Zona Tampão, tal como o Sítio Histórico,
panhas eleitorais. Aparece agora na
Praia a construir casa clandestina na tretanto, o belíssimo par do fura-redes do não podem ser tocados, sem parecer, vin-
Real Madrid compra casas na Rússia, em culativo, do IIPC. Na apressada caça ao
Terra Branca. “Visitado” pelos fiscais
Nova Iorque e sabe-se lá mais onde. Na voto, JMN e José Maria Veiga não solici-
da Câmara, não esteve com meias
capital espanhola, o casal tem apartamento taram esse parecer, nem sequer levaram ao
medidas e ameaçou-os nas barbas de
luxuoso em La Finca, Madrid, pagando Instituto o respetivo dossiê. Apanhado de
um outro agente policial que se recu-
1500 contos mensais de renda. Irina diz que surpresa, o IIPC tem agora de descalçar a
sou a atuar, como devia. Esta é a
ama Cristiano… mas que “gosta muito de bota junto da UNESCO, que não perdoou à
“ditosa polícia” de Lívio Lopes
Pág. 4 dinheiro” Pág. 20 poderosa Alemanha…Pág. 13
2 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010
com os pontos nos iii
Ignorância
de Armindo Maurício
é do tamanho da sua
dor de fígado
C
om alarvidade, Armindo Maurício, secre-
tário geral do PAICV, decidiu arremeter con-
tra este jornal. Fê-lo à sua
maneira e como pôde: com muita
ignorância, com basofaria e falsi-
dade. Retomou a lenga-lenga de
que Já é um jornal do MpD, como
se isso fosse crime. Na ótica deste
indivíduo só devem existir jornais
da área do PAICV, como A Semana
ou Nação. E, embriagado pelos co-
nhecidos vapores que costumam
atormentá-lo, atirou (em conferência
de imprensa) com números que se-
riam supostamente o custo de Já: nú-
meros que parecem comprovar a sua
tendência para, a partir de certas ho-
ras do dia, ver a dobrar.
O atrevimento do secretário geral do
PAICV leva-o a ignorar o óbvio: Já é
um jornal cuja propriedade é privada.
Os seus custos apenas respeitam aos
seus proprietários legalmente identi-
ficados – e nenhum deles é o MpD.
Recusamos submetê-los à “polícia
política” do seu partido, reminiscên-
cia dos tempos da ditadura do parti-
do único: serão divulgados quando,
cumprindo as disposições legais
(e apenas essas), forem levados à
assembleia de sócios e posterior-
mente divulgados em público. Se
mentalmente incapaz de compre-
ender as regras transparentes da
democracia, Armindo Maurício
pretende desconhecer isto, então
que o seu partido se acautele: o seu
secretário geral assume-se publi-
camente como não respeitador das
leis do País. Bem o sabemos, mas
são desnecessárias mais demons-
trações.
A tacanhez de Armindo Maurício
não se fica por aqui. Pretendendo
insultar-nos, qualificou nessa conferência de impren-
sa este jornal como “pasquim”. Assim sendo, convém
explicar (ensinar) à sua enorme ignorância, ao seu
cabotinismo político, que Já se honra com esse quali-
Anuncie Já
no jornal de maior
tiragem do País
semanarioja@gmail.com
Aproveite os preços promocionais. Ligue 262 38 17 e reserve o seu espaço
ficativo. “O Pasquim” foi um importante semanário
brasileiro que teve mais que significativo papel na
oposição ao regime militar – o mesmo
regime que Dilma Roussef e milhares
de brasileiros combateram. Existiu
durante 22 anos, começando com uma
tiragem de 20 mil exemplares – exa-
tamente o mesmo que nós – mas che-
gou a vender 200 mil. “O Pasquim”
foi um jornal de denúncia, porta-voz
da indignação social brasileira, tal
como nós o pretendemos ser da indig-
nação social cabo-verdiana. Com hu-
mor, por vezes feroz, com audácia,
“O Pasquim” fez-se enorme dor de
cabeça para os generais e coronéis
brasileiros.
Armindo Maurício, atrapalhado
com o seu fígado, coloca-se na pe-
le dos miseráveis ditadores do Bra-
sil que o povo varreu da História:
para ele, como para os militares bra-
sileiros, um “pasquim” é sinónimo
de terror. Denunciando as vigarices
da atual situação política, Já sabe que
provoca as iras e insónias ao governo,
ao PAICV e ao seu secretário geral.
Problema deles – tomem Xanax.
Também para informação do ignorante
Armindo Maurício lhe dizemos que
existe na Galiza um jornal com nome
de “Pasquim”, o qual se honra com esse
nome que tem história: numa estátua
existente em Roma no século XVI afixa-
vam-se sátiras contra o Poder cuja auto-
ria é atribuída a Pasquino. Pasquim é
isso: é sátira, é denúncia dos abusos do
Poder, é indignação contra a exploração
do povo feita pela corja dos amesenda-
dos no Orçamento do Estado.
Que Armindo Maurício e o PAICV nos
qualifiquem de “pasquim” – temos or-
gulho disso. Se Armindo Maurício e o
PAICV se colocam no lugar dos fascistas brasileiros,
que o reconheçam sem disfarce. O povo lhes rezará o
responso. Em 2011.
A redação de Já
20 000 exemplares!
editorial
Vlademiro
Osvaldo Marçal
semanarioja@gmail.com
Desvarios eleitoralistas
A
ver a vida a correr-lhe para trás, José Maria Neves
embriaga-se no eleitoralismo mais barato. Ao fazê-lo
do modo como o faz e com os tropeções que já teve,
dá mostras de que lhe falta “faro político” e, sobretudo, lhe
escasseiam princípios, regras e pensamento estruturado. É o
buru na ladera a evidenciar-se atrás da máscara do sorriso
cada vez mais desfigurado por trejeitos dolorosos e no timbre
da voz e no gesto que parecem retirados dos documentários
Pathé dos anos 40: parece macaqueação de Mussolini. Mete
pena.
Foge-lhe o chão debaixo dos pés, a receita de anos a que se
habituou desfaz-se em fumo e cinza, e o sujeito ataranta-se.
Também aos seus “leais (?) conselheiros” falta o necessário
estofo para descobrirem tábuas de salvação. Filu é Filu, o
fala-baratismo; José Maria Veiga só lhe acrescenta manhice e
vazio de ideias. No desespero, apenas resta a JMN correr,
gesticular, falar, falar, falar… as primeiras coisas que lhe
venham à mente.
Assim se compreende a triste figura e os disparates que
acompanharam a primeira pedra do Estádio Nacional. E assim
se compreende o gravíssimo erro – verdadeiro crime
cometido contra o País – de avançar para a construção da
barragem do Salineiro, sem o prévio parecer, demais
vinculativo, do Instituto de Investigação e Património
Culturais. Trata-se de incúria que pode pôr em causa Cidade
Velha como Património Mundial e parece comprovar que
JMN não tem qualquer noção nem da importância desse
Património, nem do que ele pode trazer a Cabo Verde – o que,
de resto, já ficara patente quando se recusou tomar medidas
para obstaculizar construções clandestinas no Berço da
Nação.
Desgovernado, Neves corre para a Rocha Tarpeia. De
disparate em disparate, desbaratando o Orçamento do Estado
numa propaganda massiva, JMN veste-se de “Sua
Excelência” (a mais recente invenção dos seus
desqualificados e desqualificantes marqueteiros) e retira, do
balaio da sua esgotada política, palavras e mais palavras que
já não disfarçam o balão cheio de coisa nenhuma que tem
sido esta governação. Ao rebentar, deixa atrás de si um rasto
de desemprego (tão massivo como a sua propaganda), de
pobreza e miséria, de dívida pública, de economia a
escorregar para o desastre.
No soçobrar do seu consulado, o verbalismo de José Maria
Neves é muito pouco, quase nada. Só não é verbo-de-encher
porque sacrifica o País e os cabo-verdianos. O delituoso
desvario de, na ânsia dos votos, acenar com uma barragem no
Salineiro, desrespeitando leis que ele próprio assinou, é o
remate de dez anos onde se acumularam verborreias e
ilusionismos.

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Telefone: (00238) 2623817
E-mail: semanarioja@gmail.com
Propriedade: Medi@capital, SA
Administração e Redação: Director: Vlademiro Marçal
Largo Eusébio da Silva Ferreira, Design e Paginação: Medi@capital, SA
Achada de Santo António, Cidade da Praia, Impressão: Grafedisport SA
Ilha de Santiago, Cabo Verde C.P. 669 Tiragem: 20.000 exemplares
 Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 3

na rota dos dias

Golpe policial emperra CMSV
Porto Mosquito já tem água
Venda de
terrenos está
paralisada
A chicana política, com cobertura policial, utilizada

Município contra como braço armado de um partido contra uma Câmara

Municipal que não comunga com as cores do governo de
José Maria Neves, tornou-se, como é público e notório,

demagogia
montanha que pariu um rato. Mas serve para bloquear o
funcionamento da autarquia, enquanto o PAICV vai acu-
sando a Câmara de inoperacionalidade. É o manobrismo
político sem olhar a meios

A paciência do Presidente subs-

tituto da Câmara Municipal
de São Vicente chegou ao fim. Quer

governamental
É a diferença entre o fazer obra e a verborreia incontinente de um governo em plano
inclinado. O contraste entre servir as necessidades do povo ou alimentar a propaganda com
o desespero e a arrogância
“
S Também uma escola
ua Excelência” já por lá an-
dara em Agosto do ano pas-
sado. “Sua Excelência” não
é homem para deixar em branco opor-
tunidade de botar faladura, de apare-
cer na fotografia. “O povo quer água –
pensou ‘Sua Excelência’ –, dê-se-lhe
uma placa”. E assim foi. O povo de
Porto Mosquito continuou sem água
mas ganhou património: uma placa.
Esta original forma de fazer política
até se pode aplicar a outras variantes.
Por exemplo: “O povo tem fome? Dê-
-se-lhe um estádio”… É a política de
José Maria Neves no seu “melhor”.
Só desde 1 de Outubro, o povo de Por-
to Mosquito, por trabalho sério da Câ-
mara da Ribeira Grande de Santiago,
tem água. Assinalando o fato, ao lado
da placa de “Sua Excelência” foi colo-
cada outra, em 20 de Outubro, para
passar mensagem e assinalar a chega-
da da água vinda do reservatório de
Achada Forte e proveniente de Águas
Verdes, obra da Câmara Municipal …
Ou seja, para assinalar a diferença en-
tre propaganda demagógica e obra sé-
ria e competente.
A placa – a segunda, claro – ficou ali
como farpa cravada na garganta fala-
ciosa de “Sua Excelência”. E ficou o
aviso de Manuel Monteiro de Pina,
presidente da autarquia: “Esperamos
agora que o governo e o INGRH
transfiram para o povo da Ribeira
Grande de Santiago os caudais de
Santa Clara e Lapa Katchor”. Per-
cebe-se o aviso, até porque cada vez
que Neves se lembra de água lá sai
seca…
Após o descerrar da lápide, comitiva
municipal e jornalistas deslocaram-se
para Cidade Velha onde se fez entrega
da Escola EBI da Rua do Calhau à De-
legação Escolar. Comovente momen-
to, quer pelo hino nacional cantado pe-
las crianças, quer pela atuação das Ba-
tucadeiras de Fortaleza que contagia-
ram os presentes, insinuando entre os
sons da tchabeta e o queixume das
vozes, velhos murmúrios plasmados
na patine das paredes com a História
do sofrimento ancestral dos escravos
JMN mente ao povo, Câmara faz obra
Com alegria e confiança a obra nasce
que aí aportaram, cinco séculos antes,
pela ganância vil dos negreiros – “Suas
Excelências” de uma época de trevas e
ignomínia…
A escola, pequeno e belo edifício ao
serviço dos filhos do povo, é mais uma
obra da Vereação de Ribeira Grande de
Santiago, que contou com a ajuda
solidária do Ayuntamento da La
Colonia de Fuente Palmera, Espanha.
É a segunda escola recuperada pela
autarquia que, nunca tendo recusado
colaborar com o governo, deste sem-
pre tem tido a sua absoluta indiferença.
que o Ministério Público devolva
todos os materiais apreendidos “ na
vergonhosa operação de assalto à
instituição conduzida pela PJ e pelo
Ministério Publico, de onde leva-
ram os livros do Tombo, computa-
dores e outros documentos”. Au-
gusto Neves queixou-se do fato na
Assembleia Municipal. Mas pensa
tomar outras medidas se os materi-
ais não forem devolvidos.
A CMSV já dirigiu três missivas ao
Ministério Público, pedindo a de-
volução do que apreenderam nos
serviços camarários durante a busca
realizada em Abril. Augusto Neves
quer que “as autoridades resolvam
este assunto com a maior rapidez
possível minimizando os danos que
estão a provocar à Instituição, no-
meadamente porque a PJ continua
constantemente a chamar funcioná-
rios para prestar declarações sem
qualquer justificação”. Neves exige
que se pare com o “clima de intimi-
dação e de suspeição que se está
lançar sobre esta Câmara e se pare
de usar o assunto como arma de ar-
remesso político.”
E Augusto Neves, mesmo achando
que a Procuradoria podia ter usado
outros métodos, afirma que “a
CMSV tem colaborado na investi-
gação, mas esta situação está ficar
insustentável”.
Venda de terrenos
paralisada
Desde Abril, os serviços da CMSV
ligados à venda de terrenos e regis-
tos estão um caos. Existem mais de
duzentos pedidos à espera de aver-
bamento. Não é possível fazer os
registos das vendas de terrenos en-
tre particulares porque o Livro do
Tombo está na Procuradoria da Re-
pública.
A venda de terrenos está paralisada
desde o mês de Abril também por-
que os mapas dos terrenos estavam
Neves exige que se pare
com o “clima de
intimidação e de
suspeição que se está
lançar sobre esta
Câmara e se pare de
usar o assunto como
arma de arremesso
político.”
nos computadores da sala do Verea-
dor Benvindo Cruz, que também
foram levados pela PJ, tal como ou-
tros documentos essenciais ao nor-
mal funcionamento da autarquia.
Na ausência desses instrumentos os
serviços camarários estão a fazer
registos e outros averbamentos em
livros improvisados. Seis meses já
passados, a CMSV quer pôr fim a
esta situação que impede o normal
funcionamento da edilidade.
As instalações da CMSV foram cer-
cadas pela Polícia de Intervenção no
dia 27 de Abril de 2010, a pretexto
de “permitir” uma busca de agentes
da PJ, acompanhados do Pro-
curador Regional, com base em de-
núncias não comprovadas, feitas pe-
lo PAICV, de alegados casos de cor-
rupção e venda ilegal de terrenos. A
PJ fez buscas a casa de diversos fun-
cionários da CMSV e levou com-
putadores e diversos documentos,
entre os quais o Livro do Tombo.
4 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010
na rota dos dias
Polícia & Bandido
Protegido do
ministro soma
e segue
É um caso chocante de prepotência policial e processos
ínvios de utilização da autoridade do Estado para a prática
de crimes. Mais chocante ainda, quando estas práticas
beneficiam da cumplicidade do governo
J ustiniano Moreno é personagem
bem conhecida dos cabo-verdianos
e pelas piores razões. Ex-Comandante
da esquadra policial dos Mosteiros,
DjarFogo, tem já um longo rasto de abu-
so de autoridade, sem que tenha sido to-
mada qualquer medida disciplinar com
vista a assacar-lhe responsabilidades.
Todos estarão lembrados de um dos
episódios protagonizados por este
agente policial, nomeadamente a agres-
são ao coordenador do MpD no Conce-
lho de Mosteiros, ocorrida em Janeiro
deste ano, tendo na ocasião defendido
com o maior despudor ter sido a vítima
a auto-agredir-se, “esfregando a sua
própria face contra a parede da cela”…
Nomeado diretamente pelo ministro
Lívio Lopes - natural do Fogo e prote-
tor do correligionário -, o comandante
policial goza de absoluta impunidade,
permitindo-se agora tomar posse ilegí-
tima de propriedade alheia, desta feita
em Terra Branca, localidade do conce-
lho da Praia, para onde parece querer
“transferir-se”, precavendo-se contra
os inevitáveis “acidentes de percurso”
que lhe possam acontecer no próximo
ano que ponham fim aos seus abusos.
Porque lata não lhe falta e a mão acon-
chegante do “padrinho” lhe protege as
manigâncias, há algum tempo que Jus-
tiniano ocupa a referida terra, edifican-
do casa e desafiando as autoridades.
Polícia-bandido desafia
autoridade municipal
No passado dia 3 de Outubro, dando
provimento a um mandado de embar-
go exarado pelo Presidente da Câmara
Municipal da Praia
(CMP), uma força da
Guarda Municipal des-
locou-se ao local tendo
em vista a notificação
do prevaricador. Justi-
niano Moreno ostenta-
va um boné da Polícia
e recebeu os agentes
municipais com maus
modos e arrogância, Moreno ostentava um das vezes sob a capa
recusando identificar- boné da Polícia e
-se e ameaçando que recebeu os agentes tambarina. Mais, a atitu-
não se responsabiliza-
va pelas consequên-
municipais com maus liciais, nomeadamente
cias, caso os guardas modos e arrogância, da PN, envolvidos em
persistissem na inten- recusando identificar-se atividades delituosas
ção de fotografar a edi-
ficação ilegal.
e ameaçando
Tempos atrás, em outra deslocação ao
local, as autoridades identificaram a
mulher de Moreno, Ana Semedo, que
na ocasião se apresentou como “pro-
prietária” da obra e, nessa qualidade,
foi notificada do despacho de embar-
go. Diligência inútil, diga-se, porque
Justiniano e a mulher continuaram a
edificar, incorrendo num crime de de-
sobediência, punível com um ano de
prisão, mas que, no caso em concreto,
pode ser agravado com pena de 1 a 4
anos por se tratar de funcionário.
A casa, com dimensão de cerca de 150
metros quadrados, é bom de se ver,
não tem qualquer projeto aprovado pe-
la Câmara, nem nunca poderá ter por
se tratar de apropriação ilegítima. De
referir que o delegado da Polícia Na-
cional (PN), acompanhante da diligên-
cia (num gesto de absoluta cumplici-
dade delituosa) se recusou a fazer o
que lhe competia: providenciar a de-
tenção de Moreno, apanhado em fla-
grante delito, e apresentá-lo ao Minis-
tério Público.
Governo é cúmplice
Pese embora a circunstância de o Pre-
sidente da CMP ter dado conhecimen-
to deste caso ao ministro da Adminis-
tração Interna, bem como de um outro
em que o comandante da Polícia da
Praia deu cobertura a um construtor
clandestino, o governante não dá ne-
nhuma resposta, nem, tão-pouco, deter-
mina a instauração dos respetivos in-
quéritos, sabotando a ação fiscalizado-
ra da edilidade praiense.
O ministro torna-se as-
sim, por omissão. cúm-
plice da bandidagem
Estes dois casos não são
únicos. Efetivamente,
vários agentes e respon-
sáveis policiais estão
envolvidos na constru-
ção clandestina, as mais
protetora do partido
de de vários agentes po-
que vão do roubo à
agressão de cidadãos,
preocupa os praienses que vivem na in-
segurança permanente de não saberem
bem o traço fronteiro entre o polícia e o
bandido… É que este, inúmeras vezes,
está mesmo onde não era suposto.
Turbulências na TACV
Neves despede
nacionais e chama
estrangeiros
Continuam os problemas entre a Administração da TACV e
os pilotos da companhia. Na semana passada, mais cinco
co-pilotos da empresa receberam nota, comunicando-lhes
que os seus contratos a prazo não seriam renovados.
Horas depois, a empresa voltava atrás na decisão e dava o
dito pelo não dito: anulou a decisão
E sta semana, o Comandante João
Cetenaia Lopes – que a TACV
responsabilizou pelo cancelamentos
dos voos internos de 15 de Outubro e
de ser trabalhador problemático - fez
saber, através de comunicado envia-
do à imprensa, que, “sucessivamente,
a empresa tem vindo a exigir-lhe a
prestação de trabalho para além dos
limites consentidos pelas normas de
segurança aérea”, violando a lei:
“um comandante não pode efetuar
mais de três períodos de serviço
noturno numa semana, dos quais dois
podem ser consecutivos se forem
antecedidos ou precedidos de um dia
de folga”.
O voo que a empresa pretendia que
ele, comandante, realizasse, violava
as referidas normas de segurança, o
que foi oportunamente comunicado à
empresa. Ao não acatar a decisão da
empresa, João Cetenaia livrou-se de
multa, que pode atingir os 500 mil
escudos, imposta pela Agência da
Aviação Civil.
A TACV não tem permitido que o
Comandante goze férias. Em 2006,
João Cetenaia Lopes já tinha acumu-
lado 153 dias de férias que vêm tran-
sitando de ano para ano. Recente-
mente, pediu para gozar 22 dias de fé-
rias e recebeu um e.mail da empresa
propondo o gozo de 8 dias, invocan-
do que esse gozo de férias “implicaria
o cancelamento de vários voos, com
prejuízos graves para a empresa”.
O mais caricato é que a TACV des-
pediu um comandante e um co-pilo-
to, ao mesmo tempo que impede ou-
tro de gozar férias e anuncia a contra-
tação de 3 pilotos estrangeiros, islan-
deses.
Estas decisões da Administração de
António Neves têm caído mal no seio
das chefias e fala-se que o atual dire-
tor de Operações de Voo, Eduíno
Moniz, e também Samuel Makonen
terão pedido a sua demissão.
As relações estão azedas entre os
pilotos e a Associação da classe que
acusam de nada fazer para defender
os seus associados. Tanto mais que
alguns pilotos já solicitaram à Asso-
ciação a sua suspensão, comunicando
inclusive que vão deixar de pagar as
quotas.
Enquanto isso, vai engrossando a
fama de mau gestor de António
Neves, que reage emocionalmente
com os problemas laborais que lhe
vão surgindo, como se a TACV fosse
o seu quintal: faz e desfaz e ninguém
lhe diz nada. Nem mesmo o ministro
da tutela, Manuel Inocêncio, que terá
confidenciado a alguém ter “desistido
da TACV. O Zé Maria (Neves) que
resolva”.
Os passageiros, esses, continuam a
voar numa companhia onde é recusa-
do férias aos seus pilotos - que se
dizem cansados -, por causa do (mau)
humor do Presidente do Conselho de
Administração.

Não há coincidências…
Ajuste de contas
Dois meses atrás, este jovem foi notícia em Cabo Verde. Espancado e atirado para cima de uma
panela de cachupa por agentes da Polícia Nacional (PN), teve queimaduras graves em grande
parte do corpo. Na semana passada, as coisas passaram-se de forma diferente…
Q uando o jovem (que não quis
revelar o nome) voltava de
uma festa com amigos, já de
madrugada foram surpreendidos pela
patrulha da PN que, mal os viu,
começou logo a disparar. Foi a deban-
dada geral. Todos tentando escapar à
polícia e aos tiros.
Conta a vítima que tentou correr mas
não pôde, porque tem problemas numa
perna. Foi no meio desta confusão que
ouviu uma voz nas suas costas que lhe
disse: “Pára porque se não eu mato-
te.” O jovem respondeu “Já parei!”.
Mas foi tarde, conforme nos relata:
“Senti que algo me havia atingido nas
costas. Caí por uma ribanceira e fiquei
preso nuns arbustos. Os polícias arras-
taram-me pelo chão como um cão
morto. Levaram-me para o hospital, aí
operaram-me e agora sou capaz de
ficar numa cadeira de rodas. Tudo isto
porque fui a uma festa com os meus
amigos e alguém chamou a polícia por
ter visto muitos jovens juntos.”
No seguimento deste episódio, um
grupo de jovens organizou uma mani-
festação contra aquilo que consideram
ser atropelo grave a direitos fundamen-
tais consagrados na Constituição, mas
foram detidos pela brigada anti-crime
da PN sem que nenhuma justificação
fosse apresentada. Cada vez mais, a
fronteira entre o polícia e o bandido é
um risco ténue suscetível das maiores
barbaridades, porque vem sendo voz
corrente ter a polícia, de há muito, sido
tomada pela bandidagem…
Como é possível?
Este episódio - mais um - vem levan-
tar de novo uma questão já batida. Co-
mo é possível que, num Estado de Di-
reito, a polícia dê tiros a jovens desar-
mados e nada aconteça? É de salientar
que a PN, só este ano, já matou três jo-
vens, com a agravante de não se co-
nhecer nem sequer uma medida de
prisão preventiva. Este cenário é ainda
mais inexplicável se tivermos em con-
ta que todos estes desvarios foram
verdadeiros flagrantes, pois passaram-
se na presença de outros agentes da
autoridade.
No caso de Casa Lata, até tiveram o
desplante de abandonar o corpo no
local, depois de lhe retirarem o dinhei-
ro dos bolsos. Sobre esta situação terá
o ministro Lívio Lopes prestado a
declaração da sua carreira: “resposta
natural da polícia no combate à delin-
quência juvenil.” Nem mais, a fazer
lembrar um qualquer verdugo da polí-
cia colonial…
Não será preciso dizer que, num
“Os polícias Estado de Direito, com um verdadeiro
arrastaram-me pelo Primeiro Ministro (sem a pálida cari-
catura de “democrata”), este aprendiz
chão como um cão de ministro da Administração Interna
teria sido demitido instantes depois,
morto. Levaram-me para ir aprender que a morte de um
jovem pela bala assassina de um sim-
para o hospital, ulacro de polícia não tem nada de nat-
ural.
operaram-me e São episódios nada abonatórios do
propalado “desenvolvimento médio”
agora sou capaz de atribuído a Cabo Verde, que os arautos
ficar numa cadeira do governo enfatizam em enfadonhas
incursões televisivas e “textículos”
de rodas” pendurados na imprensa serven-
tuária…
Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 5
Jovens desabafam
Acesso ao
ensino
superior é
miragem
“Mais oportunidades para os
jovens”, falacioso slogan
publicitário do partido do
governo, confronta-se na
prática – e é isso que conta! –
com a realidade que afasta os
pobres do ensino superior
C abo Verde é país de “desenvolvi-
mento médio” com centenas de
jovens com o 12º ano sem meios para
aceder ao ensino superior, com fracos
recursos e sem conhecer quem possa
intervir a seu favor.
Edmilson Fer-
nandes, 21 anos,
terminou o se-
cundário em
2009 e só este
ano conseguiu
entrar na Uni-
versidade Úni-
ca. Desempre-
gado e órfão de
mãe, Anocha -
como é conhecido - pediu apoio a
familiares e amigos. Anocha tem um
sonho: formar-se em desporto. Mas só
o pai trabalha, o salário é insuficiente
para cobrir as despesas e… para
custear os estudos.
Não recebeu ajuda das autoridades,
mas sabe que as instituições de ensino
atribuem bolsas de estudo a alunos ca-
renciados. Todavia, os critérios para tal
não são os melhores. Desabafa: basta
bu conche un alguén la dentu pa bu
processo djobedo de frente e munti al-
guén ki tem condições ta meti papel e
ta dadu bolsa.
Como Edmil-
son está Ecinil-
de Moreno, 19
anos, que con-
cluiu o secun-
dário em 2010.
Concorreu a va-
gas no Brasil,
mas não conse-
guiu. Está de-
sempregada,
mas quer ser útil: faz trabalho volun-
tário na delegação da Câmara da Praia
em Achada Grande Frente, ajudando
no jardim infantil.
Oriunda de família carenciada, recla-
ma propinas mais baixas para que to-
dos os fidju di pobre possam ter acesso
ao ensino superior. Ciny, como é co-
nhecida, tem 5 irmãos e todos estudam.
Por isso, os pais não têm condições pa-
ra pagar as despesas que o curso su-
perior impõe.
6 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010

cá se fazem

Tchitcho a rigor

Dulce, Vera e Ivaldo

KF
R equinte à beira-mar
alar do K é falar de qualidade, requinte e bom gosto. Propriedade do casal Francisco Duarte e Ana Azevedo o restaurante
bar pizzaria e esplanada é um dos locais melhor frequentados da capital.
Para melhor se compreender o sucesso do belíssimo empreendimento, façamos uma pausa e debrucemo-nos sobre o casal que
gere o complexo situado em Quebra Canela, a escassos metros do mar.
Francisco Duarte e Ana Azevedo sempre foram pessoas ligadas á restauração: por várias vezes proprietários de locais de
divertimento e lazer, sempre com sucesso e discrição. Foi na Expo98, em Lisboa, com o restaurante As Ilhas, e mais tarde
com a discoteca Convento, também em Lisboa, que conheceram a consagração como empresários de sucesso nesta área.
Têm tido o seu nome ligado aos locais mais badalados no País: tudo o que envolve a simpática dupla de empresários é sinón-
imo de qualidade e eficácia. K não foge à regra: fazem ali valer a sua experiência, proporcionando aos clientes serviço de altís-
sima qualidade e requinte. É restaurante aconchegante, com esplanada extraordinária onde terminar um dia de trabalho con-
templando o pôr-do-sol é uma das maravilhas da Praia.
A clientela é de alto nível, sendo vulgar cruzarem-se grandes figuras públicas, desde políticos a empresários e artistas de
renome.
K é local mais in do País, as noites são maravilhosas, frequentemente com música ao vivo. Este sábado iniciou um
ciclo de festas particulares que se repetem no último sábado de cada mês. Mas… só para convidados.

Eles garantem a qualidade do K Rolando Barber e Etel Mota

 Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 7

Carmen Souza,
o mundo a seus pés
I
magine-se o
leitor no
bairro de
Harlem, a assistir
ao vivo a um
concerto de Billie
Holiday, a diva
do jazz, cantando
em crioulo, revisitando dessa forma
as suas raízes africanas. Assim se
pode descrever a interpretação que
Carmen Souza faz, no seu último
álbum, Protegid, um trabalho que
granjeia as atenções dos melómanos
de todo o mundo e levou a que a
cantora fosse cabeça de cartaz em
vários festivais internacionais, como
foi o caso de Ottawa Jazz, Toronto
Afro Fest, Ulsan World Music Fest,
MusicPort Fest, e, mais recentemente,
no Festival de Músicas do Mundo de
Sines.
Nascida em Lisboa há 29 anos, a
residir há seis anos em Londres,
Carmen traz novas sonoridades à
música cabo-verdiana, não a
desvirtuando - pelo contrário,
enriquecendo-a, numa fusão da
saudade com outros tons musicais: do
jazz com os tons afro e latinos, do
swing com a morna e ao batuku/kolá
notícias do jet-set
sandjon, do gospel à mazurca, dando
vida às letras que ela própria escreve.
Uma evolução surpreendente, iniciada
em 2005, quando Carmen editou Es
é nha Cabo Verde, que contou com a
pronta aceitação dos puristas mais
indefetíveis da música cabo-verdiana.
Uma tempestade incomum, assim
carateriza esta nova e surpreendente
combinação o diário britânico The
Independent. Ou um excelente
alimento para o cérebro, como
também define a prestigiada revista
deste meio musical, Jazzthing.
É um alimento que se devora, se
entranha no corpo e espírito, nos
transporta à verdadeira essência do
ser cabo-verdiano, um povo do
Mundo… e que o Mundo enriqueceu
com um uma plêiade notável de
artistas dos quais Carmen Souza é um
dos últimos expoentes.
A faixa Afri Ka é homenagem ao
local onde tudo isto começou, mas
canções como Dos Eternidade são
condimentadas com as mudanças no
ritmo e saboroso humor bem
caraterísticos de um povo que sofre,
mas mantém o sentido grandioso de
enfrentar o Mundo. Como forma de
resistência?

Akon vem aí
A estrela ascendente do R&B e Hip Hop americano vai estar dia 30 na
Praia para concerto único. Akon que, desde 2004 - após o lançamento do
single “Locked Up” - se tornou um ícone deste género musical, é de
origem senegalesa e wolof (uma das etnias do país), e tem percorrido os
caminhos de uma fulgurante carreira que o levaram já a ser indicado para
o Grammy Award com o single “Smack That”.
8 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010
o que por aí vai
JMN deve 6 prestações à CMP
Primeiro-ministro
não paga IUP
E esta, hem? José Maria Neves dá maus exemplos, também no pagamento dos seus impostos.
À Câmara da Praia deve ele meses de IUP. O cidadão JMN é caloteiro
A
partir do momento em que Fe-
lisberto Vieira foi derrotado
nas autárquicas de 2008 e dei-
xou a Câmara da Praia, o cidadão e pri-
meiro-ministro de Cabo Verde, José
Maria Neves, deixou praticamente de
pagar o Imposto Único sobre o Patri-
mónio (IUP) nos serviços municipais.
Segundo Já apurou, José Maria Neves
deve seis prestações do IUP à CMP em
relação a dois prédios urbanos que tem
registados em seu nome, só na cidade
da Praia: um apartamento na Achada de
Santo António, no conjunto habitacio-
nal da IFH “Comunidades”, e também
Duplex da Prainha
Suspeitas na Câmara da Brava
Camilo esconde
bens a alienar
A
Assembleia Municipal da
Brava esteve reunida na se-
mana passada para, entre
outros assuntos, aprovar o Orçamento
em relação ao recente duplex construí-
do na Praínha e onde mora atualmente.
Em relação à sua casa na ASA, o pri-
meiro-ministro tinha as contas regulari-
zadas até 30 de Setembro de 2009, por-
que pagou a prestação em 2008. A par-
tir daí, tem estado na situação de incum-
primento e já deve 4 prestações. O mes-
mo acontece com a casa da Prainha:
Neves deve duas prestações, porque
nunca pagou o IUP daquela moradia.
Recorde-se que, depois de ter assumido
a gestão da Câmara Municipal da
Praia, a equipa de Ulisses Correia e Sil-
va diz ter encontrado uma situação ca-
e Plano de Atividades para o ano eco-
nómico de 2011. O MpD votou contra.
Estranhamente, a mesa da AM não
publicou a deliberação que aprovou o
pedido de autorização para alienação
de todos os bens da Câmara Municipal
da Brava, solicitada pelo edil Camilo
Gonçalves, contra a vontade dos de-
putados ventoinhas.
Diz o MpD que o Presidente da
Câmara, “como quem quer esconder
algo”, recusou, pura e simplesmente,
apresentar a relação dos bens que a
Câmara Municipal pretende alienar.
“A nossa bancada entendeu que votar
favoravelmente a proposta, como foi
apresentada, seria passar um cheque
em branco para que o Presidente
pudesse fazer e desfazer-se, a seu belo
ótica no que toca à cobrança do IUP,
tendo mesmo o Vereador Óscar Santos
avançado que são mais de 330 mil con-
tos de dívidas que não têm entrado pa-
ra os cofres municipais.
Nas últimas semanas, a CMP tem feito
um trabalho pedagógico na cobrança
do IUP mas Já sabe que a ação da Di-
reção de Gestão Financeira, Fiscal e
Patrimonial da CMP deverá “endure-
cer” nos próximos dias, pois a intenção
é recorrer à cobrança com processo de
execução, nos termos da lei, e conse-
quente penhora de bens, tendo para
isso mesmo contratado um advogado.
Apartamento na ASA
prazer, dos poucos bens que a Câmara
possui”, diz o líder da bancada ven-
toinha, Orlando Burgo.
Apesar da insistência do MpD, Camilo
Gonçalves não abriu o jogo, o que
consideram “grave e com intenções
obscuras”. “Quais as reais motivações
que levam o Presidente a esconder dos
deputados municipais e da população
bravense os bens que pretende alienar?
Quando, com que propósitos e a quem
pretende alienar os bens?” - perguntas
que ficaram no ar.
Enquanto representantes da população
bravense, diz Burgo, “cabe-nos zelar
para que os bens da Câmara, que tam-
bém são dos munícipes, não sejam
delapidados por alguns e com obje-
tivos pouco claros”.
Estado sabota
Estado
no caso dos apagões
O Diretor Geral do Património do Estado Cabo Verde pode estar
em maus lençóis: é que o Governo já mandou abrir inquérito
para averiguar as suspeitas de sabotagem na Electra, por causa de
dois graves curtos-circuitos que aconteceram no domingo passado
e que deixaram a Cidade da Praia quase 24 horas sem energia.
No dia seguinte, o responsável pela distribuição de energia da
Electra, António Pina, disse à TCV que a avaria que esteve por trás
desse apagão foi detetada “debaixo de um pilarete que a Direção
Geral do Património do Estado mandou fazer para isolar uma zona,
chamada zona K”.
Apesar de dissipadas as dúvidas, o Governo faz fuga em frente e
insiste na tese da sabotagem. O Governo não diz uma única vírgu-
la sobre os cortes verificados no mês passado, quando a Electra não
tinha dinheiro para pagar combustível.
Propaganda
& bluff
O MpD do Fogo acusa o governo de nada ter feito por
Santa Catarina desta ilha. Muito pelo contrário: tem
enganado as populações daquele concelho que se
tornou dos mais pobres em Cabo Verde. Após período
de euforia, com a elevação de Santa Catarina a
concelho, o desânimo e a frustração apoderaram-se dos
santa-Catarinenses. O Programa de Instalação do
Município foi apenas bluff para enganar as populações e
obter votos. O desemprego continua elevadíssimo e há
casas onde, durante o dia, nem uma só vez a panela vai
ao lume. A educação está abandonada e há escolas sem
portas e sem janelas. As crianças não têm transporte,
enquanto os Vereadores andam a passear por
futilidades. O governo só se preocupa com propaganda
para enganar os mais incautos.
 Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 9

sem tirar nem pôr

Resposta dura

MpD põe PAICV

em sentido
Em desespero de causa, o PAICV mandou Armindo Maurício despejar acusações contra a campanha do MpD que tem mostrado aos
cabo-verdianos o total falhanço do governo de José Maria Neves. Maurício procurou lançar suspeitas sobre os ventoinhas. Levou
resposta: o PAICV, através do governo, saca largos milhares do Orçamento de Estado para fazer campanhas

O
MpD convocou a imprensa, escola porque não têm dinheiro para sabilidade”, tão apregoada por José ro dos contribuintes para financiar as informação, de contornos eleitoralis-
na segunda-feira, para refutar pagar os estudos e não conseguem tra- Maria Neves, a fazer o mesmo, já que, propagandas eleitoralistas. tas. “Uma publi-reportagem de 18 mi-
as “infundadas, falsas e com- balho; da pobreza espalhada por todo segundo tem sido noticiado, o partido O PAICV gasta dezenas de milhares nutos, encomendada pelo Governo
pletamente fantasiosas” acusações do o País; do elevado défice habitacional; tambarina há muito que não faz. de contos dos contribuintes em propa- tem um custo de produção e emissão,
PAICV, da passada sexta-feira, 22, em dos ataques perpetuados ao Poder Lo- “O PAICV e o seu governo não têm ganda política na televisão pública, estimado em mais de 500 contos, ex-
torno da origem dos recursos financei- cal e do fraco crescimento da econo- moral para exigir do outro, aquilo que travestida de publi-reportagens e/ou de torquidos de bolsos dos contribuintes”
ros do partido ventoi- mia, com efeitos assus- não exige a si próprio”, argumentou pseudo-documentários. Moreira desa- concluiu o dirigente do MpD.
nha. “A confusão e o tadores no endivida- Moreira, mostrando com números in- fia Maurício a dizer aos cabo-verdia-
desespero reinante na “O PAICV e o seu mento do Estado. desmentíveis que o partido da estrela nos, quanto custa esta intoxicação de
mente do secretário- governo não têm “Não sendo capazes de negra, através do seu governo, apro-
geral do PAICV é de tal moral para exigir do responder aos argu- pria-se de avultados somas de dinhei-
sorte que, diz uma coi- mentos políticos que
sa hoje, para renegar
outro, aquilo que não apresentámos aos ca-
pouco depois”, afirma exige a si próprio”, bo-verdianos, inven-
o secretário geral do argumentou Moreira, tam histórias sem senti-
MpD, José Moreira, do, convencidos que
mostrando com desta forma fazem as
sublinhando que os
serviços de contra-in- números pessoas esquecer os
formação do partido do indesmentíveis que o clamorosos falhanços
governo parecem estar partido da estrela deste governo”, disse o
desorientados. dirigente ventoinha,
Segundo Moreira, a es-
negra, através do seu garantindo que o MpD
tratégia falhada do governo, apropria-se não tem nada a escon-
PAICV visa desviar o de avultados somas de der aos cabo-verdia-
debate das grandes nos, sobretudo, aos mi-
questões nacionais pa-
dinheiro dos litantes e amigos, de
ra assuntos laterais. Na contribuintes para onde provém os seus
ótica do MpD, o financiar as recursos.
PAICV pretende fugir propagandas O MpD pauta-se por
do grave problema do uma política de gestão
desemprego, da violên- eleitoralistas assente na transparên-
cia e insegurança que cia e rigor dos recursos
assolam o País; da injustiça da justiça; postos à sua disposição. Por isso, ga-
da redução dos recursos financeiros e rante Moreira, as suas contas são en-
falta de bolsas de estudo, para os jo- viadas anualmente ao Tribunal de
vens que terminam o 12º Ano; dos mi- Contas, para apreciação. E desafia o Exemplo de um dos muitos outdoors do governo que se vêem por este país fora: quanto custam?
lhares de estudantes que abandonam a PAICV, em nome da “ética de respon-

Ex do Primeiro Ministro tem memória curta

A tambarina responsável pelas Relações Externas do PAICV, Filomena Gonçalves, disse à
imprensa que o MpD estaria a atacar “fortemente e violentamente” as organizações
internacionais

A
ex do Primeiro Ministro esqueceu-se por com-
pleto quem desrespeita essas organizações e
Portugal em particular: o Governo do PAICV.
Lembre-se um pequeno exemplo: a Av. dos
Combatentes, na cidade da Praia, conhecida também
como a marginal da Praia, foi oferta do governo por-
tuguês aos cabo-verdianos. Na altura da inauguração, em
2004, o então Primeiro Ministro Durão Barroso e atual
Presidente da Comissão Europeia deslocou-se de
propósito a Cabo Verde para a cerimónia. A avenida é
das piores iluminadas em África e, curiosamente, é
atravessada pela central da Electra da Gamboa. Ora,
existe um completo desrespeito e silêncio cúmplice
dessas organizações para com Portugal e pela figura de
Durão Barroso. É assim: os tambarinas têm a memória
curta. Filomena Martins que o diga.
10 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010
pela boca
Dirigente sindical analisa casos laborais
TACV, CV Telecom e Boa
situação é muito gr
A situação laboral no País, é neste momento,
bastante precária. Esta é a percepção do
Sindicato de Transportes, Telecomunicações,
Hotelaria e Turismo (SITTHUR). Carlos
Lopes acusa o governo de falta de vontade
para resolver várias questões que afetam o
mundo laboral. Os casos mais gritantes estão
focalizados na TACV e na Cabo Verde
Telecom, onde o sindicalista diz que a
situação laboral está à beira de rotura total.
No caso da TACV, Carlos Lopes, diz que é
muito mais alarmante do que se pode pensar
Qual é a sua perceção sobre a situação laboral na
TACV?
A TACV, do ponto de vista das relações de trabalho está
praticamente no ponto de rotura, porque nas negociações
que têm havido as coisas não estão a evoluir. Discutimos,
e as coisas não evoluem. Há um conjunto de questões
por resolver, e a administração não tem dado sinais de
boa vontade para resolver os problemas que afetam os
profissionais. Destacamos: a reposição do poder de com-
pra dos trabalhadores, pois a TACV é a única empresa
que, desde 2007, não atualizou os salários no quadro das
decisões saídas do Conselho de Concertação Social. Há
um desgaste do poder de compra dos trabalhadores que
se arrasta desde 2008, o que perfaz uma perda de 6%. Já
tivemos vários encontros com a administração, mas a
questão não foi resolvida. Só este ano, notificámos a
empresa duas vezes e a TACV não atendeu o pedido.
Mas há outras questões: o problema de progressão na
carreira - os profissionais não vão nem para um lado,
nem para outro.
Há já algum tempo, cerca de 400 trabalhadores subs-
creveram um documento, exigindo a resolução das
questões pendentes da empresa, e a administração não
reagiu. Sabemos que só não houve adesão maior ao ato
entrevista a
Carlos Lopes
de subscrição, porque nem todos tiveram acesso ao docu-
mento em tempo oportuno.
Há muitos anos que a carreira profissional está estagna-
da. Fizemos uma posposta à administração, que tem a ver
com a contratação de dois técnicos para trabalhar nesse
plano, mas a administração rejeitou a proposta e acabou
por criar uma comissão dirigida pelo Presidente do
Conselho de Administração. Mas denota-se que essa
comissão foi criada para não funcionar. Há duas questões
fundamentais a prejudicar o ambiente laboral da TACV:
a reposição do poder de compra e a progressão dos traba-
lhadores.
Quer dizer que a TACV tem apenas os problemas
identificados?
A situação é muito mais alarmante do que se possa pen-
sar. Vejamos a questão da escala da Praia. Desde 1997, no
acordo com os trabalhadores foi fixado o subsídio de
turno; a atual administração, em vez de atualizar, teve a
habilidade de a reduzir, de forma unilateral e arbitrária.
Mesmo com a intervenção da Direcção Geral do
Trabalho, a empresa insiste em não acatar o que está esta-
belecido no acordo. Devemos recordar que, no ano pas-
sado, houve um caso de não observância da lei e o que
 Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 11

este problema é transversal e a empresa não tem dado
mostras de o querer resolver. Esperamos que, com a lei
aprovada no passado mês de Junho, a empresa seja capaz
de rever a situação, pois, a partir de agora, Outubro, a lei
tem de ser observada. Estamos acompanhar o caso aten-
tamente, pois é nosso dever lutar para que o cenário lab-
oral na empresa seja alterada, a bem de todos, porque é o
País que sai a ganhar - é a imagem de um País que tem
dado mostras de equilíbrio e razoabilidade.
Tem havido diálogo permanente. Podemos, portan-
to, acreditar que os conflitos serão ultrapassados
dentro em breve…
Estamos no domínio do ideal, mas não creio que a situa-
ção da TACV seja resolvida de forma tão fácil. Demos
conhecimento ao ministro de Estado, Transportes e
Telecomunicações e à ministra do Trabalho sobre a situa-
A questão mais profunda tem a ver com os lucros da
empresa - quando menos pagarem aos trabalhadores, a
empresa terá mais lucros para distribuir aos acionistas e
os administradores da Portugal Telecom terão mais lucros
para transferência para a empresa que representam lá em
Portugal. O objetivo, em nosso entender, é restringir os
níveis dos benefícios salariais dos trabalhadores em Cabo
Verde para poderem arrecadarem maiores dividendos
para a empresa. E há uma outra questão que se coloca
aqui: a atual gestão é feita pela Portugal Telecom – quan-
do, em 1995, a empresa foi privatizada, o contrato de
gestão ficou por 20 anos. Os gestores sabem que, even-
tualmente, não haverá condições para continuar, o tempo
está a esgotar-se e estão a tentar contribuir com a posição
injustificada de provocar danos à imagem da empresa no
curto tempo que eles têm para a gerir.
Boavista: situação preocupante

“
A TACV é a única empresa que,
desde 2007, não atualizou os
salários no quadro das decisões
saídas do Conselho de Concertação
Social. Há um desgaste do poder de
compra dos trabalhadores que se
arrasta desde 2008, o que perfaz
uma perda de 6%
ção laboral da TACV que, em nosso entender, está à beira
da rotura. Como sempre, não responderam e quando,
assim é, a situação complica-se porque a falta de diálogo
é algo grave. A administração da TACV vem estribando-
se no fato de que a empresa está fragmentada, havendo
várias associações e vários interesses instalados. Já fize-
mos uma proposta para uma plataforma de entendimento
como forma de ultrapassar essa aparente divergência e
realizámos reuniões sobre esta matéria. Vamos avançar
no sentido de resolver as questões que afetam os trabalha-
dores.
As arbitrariedades na CV Telecom
A situação na Cabo Verde Telecom parece similar…
A situação aí também é complexa porque não há vontade
da administração em resolver as questões. Terminada a
Em termos concretos: como é que considera a situ-
ação laboral no País?
Não podemos dissertar sobre questões que não conhece-
mos. O SITTHUR tem preocupações globais, mas temos
acompanhado situações a nível setorial e, neste particular,
estamos em condições de dizer que o cenário é bastante
negativo. Eu não entendo a ausência da Inspeção Geral
do Trabalho em todas as ilhas.
Esse organismo só está no Mindelo, Sal e Praia. Per-
gunta-se por que não, por exemplo, na Boavista. Nessa
ilha verifica-se uma dinâmica laboral a nível portuário,
aeroportuário, hotelaria e construção civil. O que se vive
ali é uma autêntica violação dos direitos laborais e, neste
particular, o governo tem culpa, pois é seu dever criar
condições para garantir a inspeção: os prevaricadores

avista:
greve de Setembro, o que nos resta agora é partir para estão a monte e, num Estado de Direito Democrático, o
uma nova greve, porque a situação é insustentável. governo devia cuidar dessas coisas porque todos nós
Tomámos uma posição e a Cabo Verde Telecom vem podemos ser vítimas, direta ou indiretamente. Os mais
manipulando os dados que nós apresentamos. A nossa desprotegidos é que pagam a fatura maior.
posição é bastante flexível: propusemos um amento
salarial de 3% e a empresa, de forma unilateral, decide
por 2,5 %. O que separa a proposta da Cabo Verde

rave
aconteceu é que houve execução, o congelamento de con-
tas bancárias da empresa. Neste contexto, esperamos que
a empresa não esteja disposta a enfrentar problemas do
género no futuro.
TACV: situação mais grave do que
se possa pensar
Identificados os problemas, a empresa tem os dados
para os resolver, caso tenha boa vontade?
Os problemas da TACV são muito mais do que aquilo
que se possa pensar. A situação é caótica e não sabemos
onde a situação pode ir parar.
Por exemplo: temos o caso dos operadores de rampa da
Praia, que são exigidos para executar essa tarefa e são
pagos como bagageiros, o que e é uma tremenda
injustiça. Os profissionais da Boavista passaram a traba-
lhar num cenário de aeroporto internacional, as exigên-
cias aumentaram, e as condições de trabalho acabaram
por degradar-se.
Mas ainda há outros casos gritantes como, por exemplo,
os contratos a prazo. A empresa tem um número signi-
ficativo de contratos a prazo a todos os níveis, desde
comandantes, a pessoal da cabine, bagageiros – enfim,
Telecom da nossa é de apenas 0,5%, e não entendemos
essa resistência. Nós entendemos que, nessas questões
contratuais, há que haver diálogo de parte a parte, e
ninguém pode estar acima de qualquer acordo ou lei. A
Cabo Verde Telecom tem o entendimento de que as
coisas devem ser à maneira da Cabo Verde Telecom. De
modo que temos agora de partir para uma nova greve.
Esta questão salarial e a da carreira profissional é o que
move a greve. Por exemplo, a carreira profissional, medi-
da unilateral tomada pela administração, viola a con-
venção coletiva do trabalho celebrada entre a empresa e
o SITTHUR em 2002: nesta convenção existem três
modalidades de evolução profissional dos trabalhadores e
a Cabo Verde Telecom viola o acordo.
Nesse contrato coletivo, a primeira modalidade é a pro-
moção, progressão e reclassificação. A questão que se
coloca é a nível das progressões. A Administração elabo-
ra agora um regulamento a alterar as condições de avali-
ação, e isto é ilegal.
A Cabo Verde Telecom não está a colaborar de forma
nenhuma. Quando tomaram essa medida, no ano passa-
do, nós impugnámos automaticamente A partir do
momento em que os trabalhadores fazem a impugnação,
administração não pode implementá-la, porque o Código
Laboral diz que as alterações só produzem efeitos se os
trabalhadores não as contestarem. Portanto, a greve é a
solução - vai acontecer nos dias 2 e 3 de Novembro. A Cabo Verde Telecom tem o entendimento
Há várias questões que se colocam aqui. Primeiro, a
questão do orgulho dos administradores – mas, na gestão, de que as coisas devem ser à maneira da
o problema do orgulho não pode estar acima dos interess-
es de todos. Se a medida viola os direitos tem de ser alte-
Cabo Verde Telecom, de modo que temos
rada. agora de partir para uma nova greve
Há outra questão que tem a ver com salários e carreiras.
12 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010

isto vimos
Censura amarela cala dissonâncias

PAICV reforça
controlo da Rádio Nacional
Chovem protestos em Mindelo contra o que se afigura ser ato censório, silenciando
um programa que teve nove meses de existência, produzido no Barlavento, que
escapava ao controlo do PAICV

A
Rádio Nacional (RCV) pôs
fim ao programa Palavras
Cruzadas, substituindo-o
pelo Direto ao Ponto. Retirando da
grelha este programa de autor
(Eduíno Santos) produzido em S.
Vicente, a direção da Rádio praticou
ato que, em Mindelo, é tido como
censura que atinge o Barlavento,
mais que arredado da antena na-
cional. Centrada em Santiago (Praia),
a RCV marginaliza, uma vez mais, a
ilha do Porto Grande.
Reagindo, Eduíno acusa a direção da
Rádio de desrespeitar a verdade
quando inventa razões para o silenci-
amento de Palavras Cruzadas.
Escreve Eduíno em carta à direção da
RCV, datada de 21 de Outubro:
“Falta à verdade quando diz que a
ideia inicial de se atribuir a Mindelo
esse espaço de antena foi no sentido
de se produzir um verdadeiro debate
sobre as questões nacionais com uma
visão a partir do norte do País, levan-
do para o palco da Rádio convidados
de vários extratos e segmentos da
sociedade. Porque foi isso que o pro-
grama fez ao longo da sua existência,
a partir de um formato onde tínhamos
um grupo de comentadores resi-
dentes”. E cita alguns temas aborda-
dos: “A existência de Deus”, com
representantes das confissões reli-
giosas; “A Prostituição Infantil”, com
sociólogos e psicólogos; “Os gangs”,
com representações das associações
juvenis e da Policia; “A aprovação da
Constituição da República”, com rep-
resentantes dos partidos políticos;
etc.
Eduíno realça a participação do
público, cerca de 60 % do tempo do
programa e arrasa o argumento de
que os comentadores residentes do
Palavra Cruzadas eram represen-
tantes dos partidos com assento par-
lamentar. E pergunta: “Aponta esse
pecado aos cidadãos Américo Silva e
Graciano Santos, que nunca escon-
deram a sua simpatia e até filiação
partidária? O senhor acha que os sim-
patizantes dos partidos políticos só
podem ter direito a opinião na rádio
pública se estiverem mandatados
pelos seus partidos?”
Já sabe que o silenciamento de Pala-
vras Cruzadas provocou onda de in-
dignação, chovendo declarações de
solidariedade a Eduíno Santos.
Eduíno realça a
participação do público,
que ocupava cerca de
60% do tempo do
programa e arrasa o
argumento de que os
comentadores residentes
do Palavra Cruzadas eram
representantes dos
partidos com assento
parlamentar. E pergunta:
“O senhor acha que os
simpatizantes dos partidos
políticos só podem ter
direito a opinião na rádio
pública se estiverem
mandatados pelos seus
partidos?”

Caso CMSV

Defesa pede nulidade

A viatura apreendida
A defesa diz que "o
Ministério Público está a
agir de má fé no caso da
CMSV. Tanto mais que
sabe que não vai
conseguir imputar ao
Secretário Municipal os
crimes de corrupção
passiva e
branqueamento de
capital”
D epois do Presidente substituto
da Câmara Municipal de São
Vicente ter pedido a devolução dos
materiais apreendidos no mês de
Abril, no âmbito do processo de
venda de terrenos, o Ministério Pú-
blico ordenou a apreensão da viatu-
ra do Secretário Municipal. Isto
porque o Procurador Regional con-
siderou que esse bem foi adquirido
com dinheiro proveniente dos cri-
mes de corrupção e branqueamento
de capitais, dos quais é acusado no
processo.
O advogado João do Rosário, que
defende o Secretário Municipal da
CMSV, discordou da interpretação
do Procurador e já pediu ao Juiz a
nulidade da apreensão. A defesa
também quer uma intervenção mais
célere do Juiz no processo, “porque
não intervindo no processo dá es-
paço para o Ministério Publico con-
tinuar a agir como se não houvesse
nada”. Refere-se ao fato de o juiz
ainda não ter decido sobre o requer-
imento, que fez antes das férias
judiciais, pedindo a anulação da
apreensão dos bens de Cláudia
Salomão, uma vez que o juiz não
deu provimento à acusação de cor-
rupção passiva e lavagem de capi-
tais sustentada pelo Ministério
Público, “quando o prazo era de
cinco dias”. Em relação à apreen-
são da viatura do secretário munic-
ipal, a defesa já enviou um requeri-
mento ao Juiz pedindo a anulação
porque, no seu entender, “não exis-
tem motivos para a aplicação da lei
em que o MP sustenta a apreensão,
porque a viatura apreendida, uma
Isuzu D-Max, foi adquirida antes
do ato da venda de um terreno que
o Procurador considera ser daí que
veio o dinheiro para a compra da
viatura.”
No processo, Avenino Lopes é acu-
sado de ter comprado um terreno na
CMSV em 2007 e de o ter vendido
em 2010. Só que, de acordo com a
defesa e dos documentos que envi-
ou na contestação, “a viatura foi
comprada em 2008, com recursos
próprios, venda da viatura antiga e
empréstimo bancário. Portanto, an-
tes do alegado ato ilícito que é atri-
buído ao secretário municipal.”
Perante este fato, a defesa diz que
“o Ministério Público está a agir de
má fé. Para mais quando sabe que
não vão conseguir imputar ao se-
cretário municipal os crimes de cor-
rupção passiva e branqueamento de
capital”. Trata-se da acusação im-
putada à arguida Cláudia Salomão,
que o Juiz considerou improcedente
mas que o Procurador continua a
agir como se o Juiz não tivesse tido
nenhuma intervenção no processo
ao considerar que não havia crime
de corrupção e lavagem de capitais.

Governo não pediu parecer ao IIPC
Barragem de Salineiro
ameaça
Património
da Humanidade
“
A
construção da barragem de
Salineiro, no Município da
Ribeira Grande de Santia-
go, vai ocupar parte da zona tampão do
sítio histórico da Cidade Velha, Patri-
mónio Mundial da UNESCO”. Quem
o diz é o presidente do Instituto de In-
vestigação e Património Cultural
(IIPC), Humberto Lima, para quem a
decisão do Governo pode ser ameaça-
dora para o estatuto que o Sítio detém
neste momento.
Por incrível que pareça, o IIPC sequer
tem conhecimento do dossiê de cons-
trução daquela obra. “Pessoalmente,
não temos conhecimento de nenhum
estudo relativo aos impactos da barra-
gem na vida ambiental e socioeconó-
mica dos munícipes, quanto mais não
seja do sítio histórico, já que não fo-
mos chamados a pronunciar-nos sobre
a construção dessa infra-estrutura”,
afirma Humberto Lima, que confessa
ter tomado conhecimento dessa obra
há duas semanas, aquando do lança-
mento da primeira pedra pelo Primeiro
Ministro, José Maria Neves.
De acordo com o responsável do IIPC,
uma das entidades gestoras do Sítio da
Cidade Velha, Património Mundial, o
organismo que dirige terá agora de es-
tudar o dossiê para depois enviá-lo à
UNESCO para emitir um parecer técni-
co. “Face a esta gravidade e ao perigo
que a construção da barragem de Sali-
neiro pode representar para o País, nu-
ma eventual desclassificação como Pa-
trimónio Mundial, por parte da UNES-
CO, vamos estudar, cuidadosamente, o
dossiê e enviá-lo depois para aquele or-
ganismo das Nações Unidas, a solici-
tar-lhe um parecer técnico sobre a cons-
trução”, disse Lima, alertando o gover-
no para o risco acrescido de retirada do
estatuto, caso as obras avancem.
IIPC não conhece o dossiê
da Barragem de Salineiro
Neste momento, e porque o IIPC não
conhece o dossiê da barragem, já soli-
citou ao Ministério de Ambiente, Agri-
cultura e Recursos Marinhos todo o
projeto a fim de analisá-lo, antes de re-
metê-lo à UNESCO, para as devidas
recomendações técnicas. Humberto
Lima, que está à frente do IIPC há pou-
co mais de três meses, estava conven-
cido, a avaliar pelas suas declarações,
que a obra pertencia ao Ministério das
Infra-estruturas e Transportes. Porém,
só mais tarde soube que, afinal, a cons-
trução é da inteira responsabilidade do
Ministério de Agricultura. “Tudo isto
denota a ausência de articulação entre
o governo e as autoridades competen-
tes nesta matéria, mas sobretudo a
pressa do Executivo de JMN em simu-
lar grandes obras, em épocas de elei-
ções, colocando em perigo as conquis-
tas do País, como é o caso da Cidade
Velha Património da Humanidade”,
observa um especialista, lembrando
que cidades de países como a Alema-
nha e a Holanda perderam o estatuto de
Património da Humanidade, em virtu-
de da violação das normas que regulam
os sítios históricos da humanidade.
Segundo Humberto Lima, também o
ex-presidente do IIPC, Carlos Carva-
lho, um dos grandes promotores da
conquista do estatuto da Cidade Velha
como Património da Humanidade, já
tinha alertado o governo de JMN, para
o risco de as obras da barragem ocupa-
rem a zona tampão da Cidade Velha.
Simulacros das grandes
obras em tempo de eleições
Quem já manifestou a sua apreensão
face ao lançamento da primeira pedra
de construção das obras da barragem
de Salineiro é o edil da Ribeira Grande
de Santiago, Manuel de Pina, cujo Mu-
nicípio sequer foi chamado a pronun-
ciar-se sobre o projeto das obras.
“Nós fomos os primeiros a defender a
construção desta barragem, por três or-
dens de razão: em primeiro lugar, por-
que a infra-estrutura garante a proteção
do sítio histórico de inundações, uma
vez que o local encontra-se abaixo da
linha de água da Baía da Cidade Velha.
Aliás, a nossa constatação é confirma-
da sempre que chove e que o sítio fica
alagado; em segundo lugar, porque
queremos qualidade ambiental no nos-
so Património da Humanidade. Por is-
so, esta barragem poderia servir de
ponte que ligaria duas localidades, Ca-
labaceira e Salineiro, circundando a ci-
dade com um anel rodoviário, que di-
minuiria o tráfico de automóveis, so-
bretudo das viaturas pesadas no Sítio
Histórico, transformando-o numa zona
pedonal atrativa para o desenvolvi-
mento do turismo”, defende Manuel
de Pina, sublinhando que esta é mais
uma manobra eleitoralista do governo
de José Maria Neves, para ludibriar os
ribeira-grandenses e o País.
Finalmente, o autarca aponta o desen-
volvimento da agricultura como uma
das razões que concorrem para edifica-
ção desta infra-estrutura, tomando-se
os necessários cuidados. De acordo
com Manuel de Pina, a 300 metros das
duas orlas basálticas, nas localidades
de Calabaceira e Salineiro, é proibido
este tipo de construção, ao abrigo das
regras que regulam a zona tampão dos
sítios históricos. Assim, defende o edil,
esses espaços podem ter sido utiliza-
dos para a prática de agricultura sem
que o governo viole as normas de pre-
servação daquela localidade, enquanto
zona limítrofe do Património da Hu-
manidade.
Governo ignora a Comissão
de Gestão do sítio histórico
“Na nossa perspetiva e em nome da éti-
ca da Boa Governação, tanto apregoada
pelo Executivo de JMN, o projeto da
barragem de Salineiro devia ser socia-
lizado e aprovado pelo Comité de Ges-
tão do Sítio Histórico da Cidade Velha,
Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 13
É a grande bronca
provocada pelo
eleitoralismo de José
Maria Neves: o
governo “esqueceu-se”
de que Cidade Velha é
Património da
Humanidade e que a
Zona Tampão tal
como o sítio Histórico
não podem ser
beliscados, sem
parecer prévio,
vinculativo, do IIPC.
Nem a UNESCO José
Maria Neves respeita
Património Mundial (governo e Câ-
mara Municipal)”, defende Manuel de
Pina que lamenta a forma eleitoralista e
unilateral, como o governo geriu o dos-
siê sobre a barragem – uma vez mais a
arrogância, o desprezo pelo Poder
Local e pelas instituições, a auto-su-
ficiência, a sobreporem-se aos interes-
ses reais do País e dos cabo-verdianos.
À semelhança do IIPC, a CMRGS
também não foi ouvida em todo o pro-
cesso e por isso desconhece o projeto
de construção da barragem do Salinei-
ro. “Tudo foi feito à margem das auto-
ridades com competência na gestão do
Sítio Histórico. Só para ter a ideia de
quão eleitoralista se reveste este proje-
to, a Câmara Municipal sequer foi con-
vidada para o ato de lançamento da
primeira pedra”, conclui o edil, duvi-
dando que a barragem venha respon-
der as reais necessidades das popula-
ções do município.
14 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010
coisas do mundo
plano inclinado
Ao mesmo tempo que o Governo socialista - recauchutado ou não - e o seu
presidente revela os piores índices de popularidade, emergem em cena os novos
atores da era pós-Zapatero, enquanto a Espanha cose no lume do desemprego e
da crise económica
A
crise, só por si, não justifica a tos consecutivos, Zapatero é um dos Caídos em desgraça
quebra vertiginosa de popula-
ridade do Governo de José
Luis Rodríguez Zapatero. E de tal for-
ma é o colapso da sua imagem que,
quando menos se esperava, remodelou
o executivo com a particularidade de
chamar a número dois uma velha figu-
ra do Partido Socialista Obrero Espa-
ñol (PSOE), Alfredo Pérez Rubalcaba,
que foi membro dos governos de Feli-
pe Gonzalez e era, antes da remodela-
ção, ministro do Interior, funções que
agora acumula com a vice-presidência.
Rubalcaba, segundo os analistas, pro-
jeta-se neste recauchutado executivo
na linha sucessória de Zapatero – um
presidente do Governo contestado nas
ruas, mas também no aparelho partidá-
rio. E tudo indica que o secretário-ge-
ral do PSOE, a não ser que a “sorte”
mude, não se recandidatará às legisla-
tivas de 2011. Depois, de dois manda-
Rubalcaba: O senhor que se segue
Arriba, España Espanha tem, desde a passada semana, a maior casa
de alterne da Europa: Clube Paradise fica em La Jonquera, na província de
Girona, tem 2700 metros quadrados e 80 quartos onde trabalham 160
mulheres. Por 30 minutos de serviço, o cliente paga uma média de 60 euros
(pouco mais de 6 contos CV), podendo também usar uma suite, que custa
300 euros (33 contos CV). O Governo da Catalunha tinha-se oposto à
modernice, mas o Tribunal Superior de Justiça obrigou à concessão da licença.
Remodelação Faltam quatro dias
em Espanha
Dilma
ganha
Zapatero em o Planalto
mais desacreditados políticos espa- María Teresa cedeu lugar a Rubalcaba
nhóis, talvez porque a sua meteórica sob um ambiente de constrangimento
ascensão no partido criou um grau de e frustração, ela que era a número dois
expetativa demasiado elevado. até ao passado ano, vista como suces-
sora natural de Zapatero no Governo e
Venha o próximo no partido. Trinidad Jiminez, até agora Os dados estão lançados: em 15 dias, Dilma ganhou larga vantagem
A era pós-Zapatero já se anuncia. Na ministra da Saúde, sucedeu a Morati-
sobre Serra nas sondagens que vieram a público e quase não deixam
sua estreia como número dois e porta- nos. A pasta da Saúde foi preenchida dúvidas – dentro de quatro dias, Dilma Roussef é eleita sucessora de
voz do executivo, Pé- pela estrela ascen-
Lula da Silva no Palácio do Planalto, em Brasília. É a primeira mulher
rez Rubalcaba, mar- dente do PSOE, Lei-
Desde que chegou à Presidente da República do Brasil
cou o mote, numa al- re Pajín. No Ambi-
tura em que o Partido liderança do PSOE, há dez ente e no Trabalho –
O
que fez descolar Dilma do toral, tinham tentado colar-se a Lula,
Popular (PP) regista uma das mais con-
anos, este é o pior candidato tucano? Antes do passaram a atacar o Presidente ces-
uma crescente subida testadas pastas do mais, um conjunto de erros sante. Isso aconteceu a par de um am-
nas sondagens: "Po- momento da vida política Governo socialista – crassos cometidos pelo estado-maior plo movimento de intelectuais, artistas,
demos pensar que de Zapatero. E mesmo também houve me- do ex-governador do Estado de S. professores, mulheres, que se desdo-
Espanha é um barco xidas. E os novos Paulo. O maior terá sido o ataque ao braram em abaixo-assinados, blogs e
e que estamos numa
com a remodelação não ministérios apresen- baixo clero que, nas vastas regiões diverso tipo de comunicação eletróni-
tempestade. Há co- se vislumbra a inversão da tados, no início do onde prepondera a máxima pobreza, se ca no apoio militante a Dilma. A pró-
mandante e há tripu- mandato, como as
sua galopante identifica com as camadas mais mí- pria grande comunicação social, antes
lação. Em baixo, nos grandes inovações seras da população e, portanto, pende claramente favorável a Serra, começou
camarotes, existe um impopularidade do Governo Zapate- para o lado pêtista. À boa maneira dos a perder o fôlego e a distanciar-se do
conjunto de senhores ro – o da Habitação antigos coronéis, re- candidato tucano.
que desfrutam da viagem estendidos e o da Igualdade – foram suprimidos, tratados nos roman- O empenhamento Finalmente, o fenó-
na cama. Os de cima somos nós, o Go- passando agora a secretarias de Estado. ces de Jorge Amado, de Lula arrastou meno Marina tam-
verno; os de baixo são os do PP." O Sinal da crise – e de políticas desastro- Serra lançou os seus bém reverteu em fa-
novo vice-Primeiro Ministro registou sas -, a Espanha regista elevada taxa jagunços contra os para a candidata vor da candidata.
a sua entrada em cena logo após ter to- de desemprego (20 por cento) e padres do povo. E o plano aval Depois de um na-
mado posse perante o Rei, com outros debate-se com um dos mais impopu- perdeu. moro Marina-Serra
membros do Governo. lares pacotes de austeridade no con-
do seu prestígio nos primeiros dias
Segundo erro: o ter
Depois de vários desmentidos, Zapate- texto da União Europeia (EU). Desde jogado na vitimização, encenando desta segunda volta, os verdes frag-
ro concretizou finalmente a quarta re- que chegou à liderança do PSOE, há mesmo ter sido alvo de uma agressão. mentaram-se: dirigentes deste partido
modelação do seu Governo, de onde dez anos, este é o pior momento da Os eleitores não gostaram da mistifi- rebelaram-se e impuseram a sua
surpreendentemente saíram dois dos vida política de Zapatero. E mesmo cação e o feitiço virou-se contra o feiti- decisão de apoiar Dilma. Um abaixo-
seus mais fiéis seguidores, que o com a remodelação não se vislumbra a ceiro. Serra perdeu. -assinado dos ambientalistas cortou
acompanhavam desde o início da ful- inversão da sua galopante impopulari- Outros elementos vieram em socorro cerce as veleidades de trazer para Serra
gurante carreira política: a vice-Pri- dade. Uma sondagem recente indicava de Dilma, que chegou a ver perigar a o voto verde e Marina foi forçada a
meira Ministra, María Teresa de la Ve- que mais de 57 porcento dos inquiri- vantagem da primeira volta das declarar neutralidade.
ja e o ministro dos Negócios Estran- dos não se reviam nesta mexida, sendo eleições presidenciais. O empenha- Em suma e em jeito de lição dos fatos:
geiros, Miguel Moratinos. Este último, que só 32 por cento manifestaram o mento de Lula arrastou para a candida- José Serra veio mostrar que um can-
aliás, ao ser apanhado de surpresa não seu acordo. O Governo está em plano ta o plano aval do seu prestígio, didato que perde a iniciativa e passa à
conseguiu suster as lágrimas na sessão inclinado e o PSOE prepara-se para a enquanto (de cabeça perdida) Serra e defensiva, condena-se a perder lucidez
plenária do Parlamento. implosão eleitoral… os seus que, na primeira ronda elei- e sair derrotado.
 Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 15

polichinelo
!?!
À imagem de Filu !!
J osé Maria Neves atirou a primeira pedra ao
futuro Estádio Nacional, na Achada de São
kasu-bodi
Filipe. Em tom comicieiro, “Sua Excelência”
(para utilizar as palavras da propaganda oficial
governo/PAICV) puxou os galões da verve cada
vez mais à imagem e semelhança do seu consel- Promessómetro
heiro Filu – sacou da hipérbole e lá vai disto. De
um momento para o outro, entre guinchos e empo-
lamentos do orador, o Estádio, ainda virtual, virou JMN sobre o MCC:
“estadão” – irá, ficou prometido à fé de Neves,
receber as “grandes competições internacionais”
“Fechámos esta porta
(os Jogos Olímpicos? o Mundial de futebol?). do primeiro compacto,
Lotação da coisa: 10 000 espetadores. Alguém para abrir novas portas
será capaz de explicar a “Sua Excelência” que o
mais pequeno dos estádios que recebeu o Mundial para o segundo
da África do Sul (o Estádio Mbombela, em compacto e para
Nelspruit) tem capacidade para 43.589 espeta-
continuarmos esta
dores? E alguém será capaz de aconselhar “Sua
Excelência” a ter juízo? Ou, ave-maria!, pelo parceria com os Estados
Morte aos cartoons! menos a fazer um esforço para o ter? Unidos da América.”

U m “cartoon do Moisés”, satirizando a em-

baixadora de Portugal, provocou a fúria de Daniel Yohannes,
Filomena Martins, deputada PAICV e ex-minis-
tra de José Maria Neves. E eis senão quando,
Atenção às contas Já agora, responsável pelo MCC:
“Embora Cabo Verde
caso nunca visto, a cuja deu conferência de Ouvindo Armindo Maurício em con-
tenha sido considerado
imprensa para atacar um cartoon e um carto-
onista. Nunca visto? Polichinelo lembrou-se que
ferência de Imprensa a despejar números
sobre o preço de outdoors em Cabo Armindinho… elegível para um
Verde, Polichinelo ficou de queixo caído:
não é bem verdade. Lembrou-se que um célebre O desnorte do Armindo,
onde é que o indivíduo foi buscar esses segundo compacto, a
cartoon sobre Maomé e o terrorismo provocou números, que tão exagerados são? Voz assustado e de cabeça perdida
as iras dos ayatolah e de Bin Laden, que rogaram amiga sussurrou a Polichinelo que, se com a campanha do MpD, escolha será feita com
pragas, tiros e bombas contra o cartoonismo. É calhar, esses são os preços que o PAICV e o governo tem empurrado o coitado para base em indicadores
preciso não desesperar as hostes de Neves, sob estão habituados a pagar, o que pode significar que abusos perturbadores da
alguém se está a aboletar com a diferença e a abusar razão. Sabe-se que o sujeito é conhecidos. O conselho
pena de ainda vermos Filomena Martins de
burkha, Graça Guimarães com as barbas do pro- dos cofres tambarinas. De qualquer maneira, a acredi- propenso a libações. Mas irá reunir-se para
tar na boa fé do perturbado Maurício, Polichinelo quando o pânico aperta, perde
feta e “Sua Excelência”... Que Moisés se acau-
ficou com uma boa referência para começar a fazer de todo a medida e estraga a
analisar os indicadores
tele, não vá Filomena aparecer-lhe com bombas
contas sobre as campanhas de outdoors do governo e memória, levando a abrir e as realizações
amarradas à cintura. do PAICV. brechas na linha de defesa. conseguidas pelos países
É que, falando das velhas
dificuldades do adversário, até agora.”
Maurício trouxe à lembrança

boka bedjo de Polichinelo famosas e não

menores dificuldades
financeiras do PAICV, apenas
branqueadas porque
conhecido empresário do Sal
foi ao banco credor pagar do
seu próprio bolso a voz di povo
“amarelecida” conta calada e
safar a companhia. Chegou
aos ouvidos de Polichinelo
que o “benemérito” teve a
• A ocasião faz o
contrapartida de ser depois ladrão… e de JMN um
candidato a autarca. Já agora: aldrabão.
Polichinelo pergunta se foi
por esse empresário ter ficado,
por isso, com os bolsos • Olhos que não vêem,
vazios, que o Governo coração que não sente.
PAICV, condoído, o
compensou com saborosos
Mas aturar Neves não
negócios em Santiago e na se faz à gente.
ilha do Maio. Vá lá, Armindo
Maurício, explique essas • Com JMN e bolos se
coisas aos jornalistas e aos
cabo-verdianos. enganam os tolos.

AVISO À NAVEGAÇÃO: polichinelo é sátira e xuxadera. Aqui não se respeita ninguém: são ditas as coisas sem recato. É o reino da má-
-língua, pura e dura. A quem tenha temores e pudores, um conselho: não leia. Quem goste de rumores e tenha bons humores, leia, leia!
16 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010

em jogo
China oferece Estádio Nacional Rescaldo da deslocação de Eusébio e Benfica

Neves tropeça
nos disparates
A primeira pedra para a
construção do Estádio
Nacional foi lançada no
dia 21, na localidade de
Monte Vaca, ilha de
Santiago, entre discursos
inflamados e promessas
mirabolantes
O
Ministro da Educação e
Desporto, Octávio Tavares,
decidiu destacar a posição
de liderança que Cabo Verde ocupa
no grupo de qualificação para o CAN
2012 e disse que o País vai à fase final
da competição. Lembrou-se dos
sucessos obtidos no Afrobasket 2007,
na taça Challange em Andebol e nos
desportos náuticos, para daí concluir
que vale a pena investir no desporto.
"Vale a pena afetar recursos aos
Municípios, às federações, às associ-
Supertaça Mundinho pode ser adiada
ações e às comunidades. Vale a pena
investir no capital humano", lembrou-
se de dizer.
Por sua vez, José Maria Neves enalte-
ceu o projeto e prometeu competições
internacionais no Estádio, esquecen-
do por completo que tal não é possív-
el, por se tratar de um estádio com
capacidade para 10 mil espetadores.
Os agentes desportivos em Cabo
Verde e particularmente na ilha de
Santiago ficaram boquiabertos com
tais discursos, pois são unânimes em
reconhecer que não existe uma políti-
ca do governo para o Desporto. E
mais assustados ficaram ainda quan-
do ouviram José Maria Neves, com
gestos descontrolados, dizer que,
quando assumiu o poder, a região de
Santiago Sul nem sequer tinha
campeonato regional de futebol. Ou
seja, antes de 2001, não houve
campeões na Praia, palavras do
Primeiro Ministro, fazendo uma vez
mais prova de que aquilo que diz não
é para levar a sério.
RI Sport promete mais
e Príncipe indigna-se
com A Semana
A pesar dos constrangimentos veri-
ficados com a realização do
torneio Futsal que contou com a pre-
sença do Benfica de Portugal, a RI
Sport diz não estar arrependida de ter
realizado o evento. Entre o apagão e a
falta de apoios à iniciativa, Maria Ta-
vares garante que os objetivos foram
atingidos. Só que não estava á espera
de alguns constrangimentos: algumas
promessas de patrocínios esfumaram-
se. Sobre o apoio do governo, Tavares
prefere nem comentar e é parco em
palavras: “acho que não vou responder
à questão, mas eles já sabem quem
apoiou. Aqui quem não apoia atrapa-
lha, e então se não querem apoiar não
atrapalhem. Não apoiar e atrapalhar é
triste”.
Príncipe Macedo. O jornal acusa o
melhor jogador português de todos os
tempos de ser “malcriado” e “mal
agradecido”.
À nossa reportagem, Príncipe Macedo
mostrou-se indignado e afirma que a
conversa entre o jornalista daquele
semanário e Eusébio passou-se na sua
presença e de modo nenhum o ex-jo-
gador foi deselegante. Antes pelo con-
trário, até ficou à espera no dia se-
guinte, ao meio-dia, no hotel Trópico,
para dar a entrevista ao jornalista, que
não compareceu.
“O radar é um espaço de fala-barato e
mal dizer. Gostam de entrar na vida
alheia gratuitamente”, avança Macedo.
“Eusébio veio cá a meu convite e não
admito que tratem mal o meu hóspe-

Sporting da Praia
Pelo meio, ficaram as dúvidas sobre a
viagem de Eusébio entre Praia e
Lisboa. Ao “Pantera Negra” a organi-
zação não terá acautelado comprar bi-
lhete de executiva no regresso a Por-
tugal.
de”. Macedo acrescentou que o “Pan-
tera Negra sempre manifestou a sua
africanidade e veio a Cabo Verde gra-
tuitamente, sem receber um tostão”.
Neste particular, face à intransigência
em responder à questão posta pelo

alega falta de treino

Quem ficou particularmente indigna- nosso jornal, Já infere que o Ministé-
do com a “calúnia” contra Eusébio, rio do Desporto uma vez mais falhou
inserida na última edição do jornal nos propósitos de promoção do des-
Asemana, na página do “Radar”, foi porto.

Santiago Sul (ARFSS) e os dois
clubes estavam sentados à mesa para
negociar a realização do jogo que,
segundo o atual responsável associa-
tivo, Mário Avelino, já tinha sido
estipulado há muito tempo.
O jogo entre o campeão regional
(Sporting da Praia) e o detentor da
taça de Santiago Sul (Boavista) dev-
eria marcar o início da época
desportiva em Santiago Sul, cuja
associação tem se desdobrado atrás
de patrocínios para garantir um
campeonato regional 2010/11 sem
sobressaltos.
Coração parou de bater durante o jogo com Bétis
Jogador do Salamanca morreu
durante segundos
O médio Miguel García, do Salamanca, teve parada car-
díaca durante uma partida contra o Bétis, da segunda divi-
são do Campeonato Espanhol, no último domingo. Alguns
jogadores chegaram a chorar, achando que o colega esta-
va morto, mas a equipa médica dos dois clubes conseguiu
reanimar o jogador, de 31 anos, utilizando o desfibrilador.
O incidente aconteceu aos 14 minutos do segundo tempo, quando o jogo ainda estava
em 2 a 0 para o Bétis, que acabou por marcar mais uma vez. "A partida é o menos. Te-
mos que pensar em como está Miguel", afirmou Endika, companheiro do jogador.
Garcia foi levado ao Hospital Clínico Universitário, em Salamanca, e, de acordo com
o médico do clube, José Ignácio Garrido, praticamente renasceu. "O jogador voltou a

O
jogo entre Sporting e Boa-
vista, ambos da capital,
referente à Supertaça
“Mundinho” e agendado para este
sábado, 30, pode ser adiado porque a
direção leonina alega falta de treinos
e problemas internos para a não rea-
lização da partida.
No fecho do jornal, a direção da As-
sociação Regional de Futebol de
Recorde-se que, no ano passado, o
campeonato foi paralisado pelos
árbitros que reclamavam o pagamen-
to dos subsídios.
viver, porque esteve morto por 20 segundos. Ao ver que estava em parada cardíaca, a
primeira coisa que fizemos foi abrir a via aérea com um tubo. Uma vez aberta, o ar en-
trava, mas ele não respirava. Fizemos uma massagem cardíaca e tivemos de utilizar o
desfibrilador duas vezes", explicou ao jornal El Pais.
 Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 17

olhem para elas

Dicas de beleza
Saúde bucal na nha terra

Cuidados com
a prótese
tem dois comprimentos de cerdas - as
longas limpam a parte interna e as
curtas a externa e os dentes.
Existem também produtos eferves-
centes para higienização química.
São concebidos principalmente para
resolver dificuldades encontradas por
idosos e pacientes com problemas de
coordenação motora, já que dimi-
nuem a dificuldade para remover os
detritos das próteses. Mas atenção:
não substituem a higienização com
Zarina Santos escova e pasta.
Graduanda em Odontologia
Técnica
A higienização da boca é a mesma
para todo mundo. Escove bem os
dentes que tem, passando com fio
dental. E sem esquecer-se da língua e
da bochecha.
Quando trocar de prótese?
Após 5 anos, tanto a função da próte-
se como a sua estética já estão com-
prometidas, mesmo quando se to-
mam cuidados de forma correta. Du-
rante esse período, pelo menos uma
vez ao ano deve-se visitar o dentista
para analisar os tecidos moles, os
dentes presentes e a sua limpeza.
Cuide
da sua beleza,
dormindo
V
ocê teve uma noite de sono incrivelmente perfeita, não acordou
uma vez sequer para beber água ou ir à casa de banho. Só que,
quando se levanta de manhã e se olha no espelho, o pesadelo
começa: você vê um rosto inchado e um cabelo tão bagunçado que não
lembra em nada o visual estonteante com o qual você foi dormir.
Graças aos avanços da indústria cosmética (e dos truques caseiros), é
possível tratar do corpo, rosto e cabelo, enquanto desfruta de suas horas
de sono. Vá lá, comece o seu dia muito mais bonita.
Celulite
A guerra contra a nossa inimiga número um deve durar 24 horas por dia.
Afinal de contas, quanto mais frentes de ataque criarmos, maiores as nos-

D
epois de instalada a prótese,
é hora de você cuidar dela,
mas como? A higienização
das próteses depende muito do tipo.
Esta semana falarei apenas da higie-
nização das próteses removíveis. Isto
é, aquelas que o paciente consegue
retirar da boca. Da mesma forma que
o tártaro forma-se nos dentes natu-
rais, irá também formar-se na próte-
se, provocando não só um odor desa-
gradável como inflamações na muco-
sa oral.
Matérias
As escovas convencionais podem ser
utilizadas, mas não são as mais apro-
priadas. Existe uma escova projetada
especialmente para próteses, que
melhora o acesso para limpeza já que
É recomendado que coloque uma
toalha ou água no lavatório para que,
caso a prótese escorregue da mão, ela
não quebre. Escove-a com pasta de
dentes normal sempre após as
refeições. Como antes referi pode-se
complementar a escovação utilizando
produtos efervescentes.
Estomatite
Estomatite protética
É uma infeção fúngica causada por
Candida albicans. É de longe a infe-
ção fúngica mais comum na cavidade
bucal. Pacientes que usam prótese em
péssimas condições acabam na certa
por ter esta infeção que, na grande
maioria dos casos, é assintomática: a
mucosa que está em contato com a
prótese apresenta-se com zonas aver-
melhadas, algumas vezes acompan-
hadas por petéquias hemorrágicas.
Para prevenção, uma boa higieniza-
ção basta. O tratamento normalmente
é com antifúngico, dependendo do
grau de severidade a higienização
correta tanto da boca como da pró-
tese o tratamento para levar à regres-
são do caso.
sas chances de detonar os furinhos. Por isso, antes de colocar o pijama,
lambuze o seu corpo com cremes específicos para combater o problema.
Mas, atenção, para que os princípios ativos penetrem profundamente na
derme. Lembre-se de realizar uma massagem com movimentos vigo-
rosos - o que também ajuda a relaxar e eliminar o inchaço.
Hidrate o corpo
É bastante difícil viver longe do ressecamento da pele. Por isso, aplique
um bom hidratante no corpo inteiro antes de ir para a cama.
Melhor será se o creme em questão unir princípios da aromaterapia -
assim você consegue acalmar a mente, ao mesmo tempo que providencia
a hidratação da cútis.
Garanta pés lisinhos
Conhece aquela aspereza que insiste em se instalar nos calcanhares? Ela
pode estar com os dias contados se você colocar em prática esta dica:
faça uma boa esfoliação e depois espalhe um creme específico, rico em
uréia, ativo com alto poder de hidratação.
Vista uma meia para abafar o local e ajudar na penetração mais rápida do
produto. Ao levantar-se pela manhã, basta tirar a meia e notar a área mais
macia. Você pode repetir esse processo todos os dias até sentir que o pro-
blema foi sanado. Depois, como manutenção, repita o feito apenas uma

Tomate contra rugas vez por semana.

Longe das olheiras

Q uem nunca ouviu falar que o tomate é alimento que diminue as chances
de desenvolver catarata, problemas cardíacos e cancro (principalmente o
de próstata, da mama, do pulmão e endométrio). Podem incluir agora o com-
bate a rugas, manchas e flacidez. Tudo graças ao carotenóide licopeno: é ele que
dá a cor vermelha, e é também responsável pelos benefícios à beleza.
O carotenóide protege a pele contra os efeitos danosos dos radicais livres e pode
ser obtido pela polpa ou com o óleo de sua semente, desde que haja licopeno
em concentrações altas.
Possui estrutura semelhante à da vitamina A, porém sem efeitos adversos (irri-
tações, descamação, vermelhidão e fotossensibilidade).
Sempre na forma de creme, pode ser aplicado no corpo, mãos, rosto e pés. Ao
penetrar na pele, tem capacidade incrível para neutralizar os radicais livres que
provocam manchas, rugas, a flacidez e o envelhecimento cutâneo no geral.
O visual tipo “ursinho panda” não é nada fofo. Recorra a receitas natu-
rais bastante eficientes, como compressas com chá de camomila.
"Faça a bebida superconcentrada - 200 ml de água para três sachês de
chá. Coloque no frigorifico. Depois, basta embeber dois enchumaços de
algodão e repousá-los sobre os olhos durante dez minutos".
Inchaço zero
Este truque talvez seja um dos mais antigos. Mas, acredite, ele é extrema-
mente eficiente. Quando for dormir, coloque as pernas apoiadas sobre
três travesseiros, deixando os pés acima da altura da cabeça. Nessa
posição, a circulação sanguínea dos membros inferiores para o coração é
facilitada, o que ajuda a manter os vasinhos.
18 • Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010

cachupada
Conto infantil

Horóscopo Por Maria Helena

De 31 de Outubro a 6 de Novembro

Carneiro Leão Sagitário

21-3 a 20-4
Carta Dominante: 3 de Espadas, que significa
Amizade, Equilíbrio.
Amor: Surpreenda os seus familiares e prepare-
lhes um jantar especial. É uma óptima forma de
demonstrar o seu amor e carinho.
Saúde: Possíveis dores abdominais.
Dinheiro: O nervosismo tomará conta de si
quando lhe delegarem uma tarefa importante.
Não se enerve com problemas que não lhe
dizem respeito. Alheie-se do que se passa à sua
volta e dedique-se ao seu trabalho.
Número da Sorte: 53
Números da Semana: 45, 41, 4, 7, 18, 19
Dia mais favorável: segunda-feira
Lema da Semana: A amizade ajuda-me a
manter o equilíbrio.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11
23-7 a 22-8
Carta Dominante: 9 de Ouros, que significa
Prudência.
Amor: Surpreenda o seu amor com uma noite
muito especial.
Saúde: Não deixe que nada perturbe a sua paz.
Comece os seus dias com uma caminhada. Vai
sentir-se bem-disposto para enfrentar os
desafios.
Dinheiro: Procure ser directo e objectivo na
apresentação dos seus projectos.
Número da Sorte: 73
Números da Semana: 10, 20, 30, 40, 5, 6
Dia mais favorável: quarta-feira
Lema da Semana: Estou atento a tudo o que se
passa à minha volta.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15
21-11 a 20-12
Carta Dominante: 5 de Espadas, que significa
Avareza.
Amor: Mudança radical na sua vida afectiva.
Saiba acompanhar o evoluir dos
acontecimentos. Cuidado com as relações
ambíguas. Seja fiel.
Saúde: Procure passar o dia descansado e evite
preocupações profissionais.
Dinheiro: A semana promete ser muito
equilibrada a nível profissional e económico.
Número da Sorte: 55
Números da Semana: 9, 6, 3, 7, 4, 1
Dia mais favorável: terça-feira
Lema da Semana: Sei o que quero e o que não
quero.
Horóscopo Diário - Ligue já! 760 30 10 19

Touro
21-4 a 21-5
Carta Dominante: 7 de Paus, que significa
Virgem
23-8 a 22-9
Carta Dominante: 6 de Espadas, que significa
Capricórnio
21-12 a 20-1
Carta Dominante: 5 de Ouros, que significa
Mia,
Discussão, Negociação Difícil
Amor: Evite descontrolar-se e fazer cenas de
ciúmes. Procure uma nova amizade, pois sentirá
Viagem Inesperada.
Amor: Não tenha limites quando o assunto é
amor. Ultrapasse todas as barreiras e entregue-
Perda/ Falha.
Amor: Evite arranjar problemas para si e para
aqueles que lhe estão próximos.
a baleia do Bairro Manguí - XIV
necessidade de uma lufada de novas ideias na se à paixão. Saúde: Pense um pouco mais em si e dedique

sua vida.
Saúde: O seu estômago estará particularmente
sensível e é possível que venha a ter problemas.
Dinheiro: Cuide dos seus negócios o melhor
que conseguir.
Número da Sorte: 29
Números da Semana: 2, 23, 12, 14, 19, 8
Dia mais favorável: sábado
Lema da Semana: Resolvo as diferenças
através do diálogo.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12
Gémeos
21-5 a 20-6
Carta Dominante: o Mundo, que significa
Fertilidade.
Amor: É possível que corra o risco de se
magoar ao revelar os seus sentimentos de uma
forma intempestiva.
Saúde: Procure manter a calma e relaxe.
Dinheiro: Durante esta semana exigir-lhe-ão
muita diplomacia e paciência. Vai receber um
convite fantástico e inesperado que o vai levar a
sentir-se bafejado pela sorte.
Número da Sorte: 21
Números da Semana: 5, 6, 4, 45, 41, 44
Dia mais favorável: quinta-feira
Lema da Semana: Acredito em mim!
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13
Caranguejo
21-6 a 22-7
Carta Dominante: 3 de Paus, que significa
Iniciativa.
Amor: Aceite os defeitos dos outros e lembre-
se que ninguém é perfeito. Não se deixe
influenciar pelas opiniões que os seus amigos
têm da sua cara-metade. Tire as suas próprias
conclusões.
Saúde: Procure ser mais consciencioso e
responsável.
Dinheiro: Evite gastar dinheiro com objectos
inúteis e dispendiosos.
Número da Sorte: 25
Números da Semana: 8, 4, 1, 2, 5, 6
Dia mais favorável: quarta-feira
Lema da Semana: Tenho espírito de iniciativa!
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14
Saúde: Procure estar mais atento às exigências
do seu organismo.
Dinheiro: O seu orçamento semanal permitir-
lhe-á fazer uma pequena extravagância.
Número da Sorte: 56
Números da Semana: 8, 7, 41, 45, 40, 3
Dia mais favorável: sexta-feira
Lema da Semana: Encaro cada desafio como
uma nova viagem.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16
Balança
23-9 a 22-10
Carta Dominante: A Força, que significa
Força, Domínio.
Amor: Aja correctamente com um amigo a
quem involuntariamente prejudicou. Peça
desculpas e tente remediar a situação.
Saúde: Não abuse do tempo que passa de pé,
pois pode ser prejudicial para o seu sistema
circulatório.
Dinheiro: Procure ser sincero com um colega
pouco dotado para o trabalho que está a
desempenhar.
Número da Sorte: 11
Números da Semana: 23, 9, 14, 15, 12, 10
Dia mais favorável: domingo
Lema da Semana: Tenho o domínio sobre as
situações, não me deixo levar por elas.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17
Escorpião
23-10 a 21-11
Carta Dominante: 2 de Paus, que significa
Perda de Oportunidades.
Amor: É possível que se sinta um pouco
deprimido e desmotivado, o que poderá causar
algumas desavenças com o seu par. Mais tarde
ou mais cedo terá domínio sobre as situações
que agora o preocupam.
Saúde: Não se deixe abater por uma notícia
menos agradável sobre a saúde de alguém
muito próximo. Mantenha a calma e
disponibilize-se para ajudar.
Dinheiro: Demonstre a sua competência e
profissionalismo.
Número da Sorte: 24
Números da Semana: 7, 8, 4, 10, 12, 11
Dia mais favorável: segunda-feira
Lema da Semana: Agarro as oportunidades
que a vida me dá.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18
uma parte do seu dia a cuidar do seu bem-estar
físico e psicológico.
Dinheiro: Seja prudente e tente dar o melhor
num emprego novo. Deve ser mais racional do
que emocional. O seu trabalho exigirá toda a
sua concentração.
Número da Sorte: 69
Números da Semana: 41, 36, 17, 25, 12, 5
Dia mais favorável: segunda-feira
Lema da Semana: Só erra quem está a
aprender a fazer a coisa certa.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20
Aquário
21-1 a 18-2
Carta Dominante: A Papisa, que significa
Estabilidade, Estudo e Mistério.
Amor: Seja persistente e não desista de
conquistar o amor da sua vida. Deixe as suas
preocupações de lado e invista numa noite
romântica com o seu par.
Saúde: Poderá sentir-se triste e deprimido e por
isso sentirá necessidade de estar na companhia
dos seus amigos.
Dinheiro: As condições são favoráveis ao
investimento.
Número da Sorte: 2
Números da Semana: 40, 35, 16, 22, 10, 4
Dia mais favorável: quinta-feira
Lema da Semana: Não desisto dos meus
sonhos.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21
Peixes
19-2 a 20-3
Carta Dominante: 2 de Copas, que significa
Amor.
Amor: Seja moderado e controle o seu
arrebatamento. Vida social bastante agitada. Não
terá mãos a medir para tantas solicitações. Evite
deixar para trás alguém muito especial.
Saúde: evite deixar-se dominar pelo nervosismo
e pela ansiedade.
Dinheiro: É possível que seja repreendido por
um erro que cometeu.
Número da Sorte: 38
Números da Semana: 4, 7, 10, 11, 25, 3
Dia mais favorável: sexta-feira
Lema da Semana: O Amor enche o meu
coração de alegria.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22
D
epois de olhar para o chão de onde não vinham respostas, Mia retomou
a conversa com os seus novos amigos, quis saber mais e mais sobre o
bairro Manguí, mas não queria tocar na questão da comida porque
percebeu que isso trazia tristeza aos meninos. Só que, entretanto, Juninho, sem-
pre mais atrevido e considerando ser o amigo mais antigo da sereia Mia,
adiantou:
– Sabes? Aqui, no nosso bairro só se come às vezes… e não é todos os dias.
Quando as mães vêm de pedir aos ricos e aos turistas, ou, quando os pais arran-
jam uns biscates.
– Eu às vezes vou ajudar na lavagem dos carros na cidade e, nesses dias, há
sempre mandioca ao jantar, mas não é sempre… - disse Nixon
– E não sentes fome? – perguntou a Sereia Mia.
– O que é fome? – perguntou o Juninho.
Desta vez, foi Mia que ficou a olhar a água sem saber o que responder! Mas
resolveu mudar de assunto.
– Querem conversar mais um pouco sobre as vossas brincadeiras? – questionou.
– Não podemos ficar muito mais tempo – respondeu Nixon, na qualidade de
mais velho.
– Porquê?
– Por causa do perigo da noite, dos rapazes dos tiros que andam à luta com os
rapazes de outros bairros e partem portas e janelas e roubam as pessoas cresci-
das à noite. É assim no nosso bairro!
– Mas não há ninguém que repreenda esses malandros? – questionou Mia.
– Haver… há. A Polícia, de vez em quando, passa por lá, mas… não faz nada
nem os leva presos!... – disse Nádi
– Quem manda no vosso bairro? – perguntou Mia
– Não sabemos! Quer dizer… Aqui há dias apareceu na televisão um homen-
zinho a dizer que ia falar com os rapazes das pistolas, mas toda a gente se riu e
nada se fez. A minha mãe até disse que era chuchadeira! – disse Iva.
– O que é isso de chuchadeira?! – perguntou Mia.
– Chuchadeira é quando os homens que estão a mandar dizem que vão fazer
bem a nós, disse a minha mãe!
Entretanto, Mia estava escandalizada e revoltada com tudo o que ouvia.
Naquele bairro de Manguí nasciam meninos com sensibilidade para querer sal-
var uma baleia, para esconder o segredo de uma sereia amiga, mas… passavam
fome, a família era esquisita, e brincavam ao lado de criminosos aos tiros! E
assaltavam-na muitas perguntas: aquele povo ficava calado? não se zangava
com quem mandava e deixava o país passar fome e andar aos tiros?!
É neste momento que Mia se lembra de perguntar pelo avô Irondino, e os meni-
nos ficam de novo calados, sem saber o que dizer, até que Mia lhes disse:
– Vão para casa e digam ao avô Irondino que quero falar com ele amanhã. Que
não tenha medo nem vergonha.
Será que o avô Irondino vai aparecer? E o que quererá falar Mia com ele?
José Braga-Amaral
 Já • Quinta-feira 28 Outubro 2010 • 19

cachupada
Telenovelas PALAVRAS CRUZADAS
RECORD • Ribeirão do Tempo
Horizontais:
1 – Ignorantes; Erras.
2 – Acautelaras.
3 – Ali; Anateiram.
4 – Capela; Empacota.
5 – Circunferência; Ligaras.
6 – Âmago; Filtra; Fedor.
7 – Oferecerias; Pato.
8 – Avaliar; Obedeça.
9 – Constante; Entre.
10 – Avinagradas.
Joca dá sinal de vida 11 – Ardente; Abrigo.
A rminda e Diana abraçam-se tristes pelo sumiço de Joca. Bill serve sopa a
Joca, que está enfraquecido. Alguns populares ainda brigam e os policiais
os contém. Célia sente dor nas costas, depois de ter levado uma pancada durante Verticais:
a confusão. Joca acorda e Bill conta-lhe que o encontrou desmaiado na margem 1 – Calorosas.
do rio. Joca afirma que não se lembra de nada.
2 – Essências; Antes de Cristo
Marta diz a Léia que o carro de Joca foi rebocado e que não tem mais nenhuma
notícia. Léia fica irritada e diz que a polícia de Ribeirão não vale um centavo (abrev.).
dos impostos que o povo paga. Sancha e Romeu tentam acalmar Léia. Joca lem- 3 – Se; Afrouxa.
bra-se do que aconteceu e agradece a Bill por tê-lo ajudado. Marta diz para 4 – Oval; Embarcações a vela
Ajuricaba que a carceragem está lotada e é preciso providenciar comida para
todos. O delegado manda a investigadora libertar todo mundo. ou a motor.
Ajuricaba diz a Marta que Joca deve ter se metido com traficantes. Joca tenta 5 – Sorte; Caraça.
arranjar uma boleia para voltar a Ribeirão. Tito mostra a dois operários o que 6 – Basta!; Ós; “Rádio” (s.q.).
deve ser consertado no quarto que vai ser dele e de Filomena. Clorís diz a Tito NO; EN. 10 – ACETADAS; T. 11 – ACESA; ASILO.
7 – Basbaque; Marcha!.
que não consegue entender como um casamento pode ser feito de forma tão COA; ACA. 7 – DARIAS; ADEM. 8 – ASMAR; ACATE. 9 – S; ETER-
insana. Tito liga a Filó e conta que está reformando o quarto. 8 – Aramá; Ladras (o cão). ANATAM; C. 4 – ORADA; EMALA. 5 – RODO; ATARAS. 6 – IMO;
Joca, finalmente, consegue boleia com um caminhoneiro. Joca vai até a delega- 9 – Colega; Sim. Horizontais: 1 – CEGOS; PECAS. 2 – O; EVITARAS. 3 – LA;
cia e de lá liga a Léia e a tranquiliza. Joca conta a Ajuricaba que sofreu um aten- 10 – Aquelas; Laçada pequena. Soluções:
tado e que Bill o ajudou. O detetive explica que o atentado contra ele tem a ver
com o assassinato do senador e exige que o caso seja investigado. A secretária
11 – Boda.
mostra a foto de Joca no jornal a Arminda e diz que ele está desaparecido. Joca
chega em casa e Léia o recebe, chorando.

SIC • Passione Boa Mesa Farmácias

de serviço

“Veleiro” de bom gosto Praia

29/11 – Farmácia Santo
António
O “Veleiro” é um simpático restaurante situado na Vila do Ponta do Sol, Santo
Antão. Foi construído em cima de um rochedo que permite ver e sentir o
mar, o barulho das ondas. A comida é caseira, mas também encontram-se os
30/10 – Farmácia
Africana
sabores da cozinha internacional. Dá para todos os gostos e quase para todos os 31/10 – Farmácia
bolsos. Também servem refeições para grupos, onde se pode optar entre uma
ementa tradicional, onde o caldo de peixe e uma entrada de moreia frita é uma Avenida
boa opção. Para um jantar a dois também é o recanto acolhedor. Sozinho, dá 01/11 – Farmácia Santa
Danilo ameaça bater no pai jeito. O veleiro é uma alternativa para um jantar diferente na Ponta do Sol, na ilha Isabel
de Santo Antão.
02/11 – Farmácia
F red é grosseiro com Clara, que pede para falar com ele. Gemma reconhece
Giovanni e os dois ficam emocionados. Diógenes inventa uma desculpa
para justificar a Brígida a ausência do marido. Antero/Giovanni conta a Gemma
Universal
o que teve que fazer para se casar com Brígida. Adamo acorda e desespera-se 03/11 – Farmácia 2000
ao ver o sítio em chamas. Clara pede a Fred para ajudá-la a conseguir a guarda 04/11 - Farmácia
de Kelly, mas ele a maltrata. Moderna
Agostina conta a Totó e Agnello a conversa que teve com Berilo. Jéssica não
suporta ficar sem o marido. Berilo sofre pensando nas duas esposas. Francesca 05/11 – Farmácia Central
desespera-se por não conseguir convencer Adamo a sair de Itália. Diana fica
feliz ao saber que Gerson está a frequentar uma psiquiatra. Gerson não consegue
contar o seu segredo para o psiquiatra. S. Vicente
Danilo discute com Saulo e revela as mágoas que tem do pai. Stela tenta acal- 30/10 – Farmácia
mar o filho, que tem uma crise de abstinência. Lorena sai de casa e Stela segue Avenida
a filha. Francesca pede a Antonela avisar a Ugo para procurá-la no hotel. Clara
desculpa-se com Kelly por não ter cumprido o que prometeu à irmã. Stela segue 31/10 – Farmácia Leão
Lorena até ao shopping. 01/11 – Farmácia Nena
Benedetto tenta sair de casa, mas Mimi inventa uma história e deixa o avô apa- 02/11 – Farmácia Higiene
vorado. Clô conta a Jackie que já sabia qual era o segredo de Berilo. Fortunato
se surpreende ao encontrar Berilo em frente à sua casa. Danilo vai ao encontro 03/11 – Farmácia Jovem
de Boca. Lorena conversa com Telma sobre a sua mãe. Agnello encontra Stela 04/11 - Farmácia Mindelo
no shopping. Clara procura Totó.
 Já SEMANÁRIO GRATUITO

bai-bai
Quinta-feira 28 Outubro 2010
Escreva-nos:
semanarioja@gmail.com

Curvas do destino: Irina/Ronaldo

Milhões
em época de crise
Ambiciosa, a namorada de Cristiano Ronaldo nunca escondeu que sonhava um futuro risonho
e que gosta "muito de dinheiro”. O namoro com o craque revelou-se providencial…
dos no coração de Nova Iorque
no valor de 1,5 milhões de dó-
lares, ao que se diz, pago com
dinheiro do namorado, o qual
não olha a despesas para man-
ter a bela Irina debaixo de olho.
Ambiciosa, a namorada de
Cristiano Ronaldo nunca es-
condeu que sonhava com um
futuro risonho e que gosta mui-
descendente de uma cabo-ver- to de dinheiro. Além do novo

A
pesar dos milhões
que giram em seu diana, a servir de bitola alta apartamento em Nova Iorque,
redor e das curvas (em termos de rentabilidade…) Irina é ainda proprietária de
volutuosas, Irina para o seu protagonismo, pro- várias casas na Rússia. Tenho
Shayk, a namorada russa de jetando-a numa carreira que ‘meia dúzia’ de apartamentos
Cristiano Ronaldo, prima por atingiu o seu ponto mais alto ao na Rússia, estou a colecioná-
alguma reserva: não gosta de ser nomeada embaixadora ofi- -los e a arrendá-los, revelou a
abordar a sua relação com o cial da marca italiana de linge- modelo, sem modéstia, ela que
galático do Real Madrid, mes- rie Intimissimi. no seu passado, na Rússia,
mo quando, em pleno namoro, chegou a passar por algumas
que dura desde Maio, soube Casamento à vista privações.
que o futebolista tinha sido pai É caso para dizer que não há
Quanto ao romance com Cris-
de um rebento de tom moreno, crise que resista à dupla Irina/
tiano Ronaldo, apesar da entra-
fato que levantou suspeitas na Ronaldo. Curvas do destino,
da em cena do filho mistério do
imprensa internacional alvi- certamente…
jogador, tudo indica que o mes-
trando que o mesmo poderia mo vai de vento em popa. O
ser fruto de uma relação do
CR7 com uma jovem que ele
mediático casal até pode pas- Irina e Ronaldo
sar, dentro em breve, para a fa-
conhecera durante férias em se seguinte da ligação, o casa- partilham o mesmo
Fermentera, Espanha. mento. Para já, partilham o
Apesar deste dissabor, a super mesmo teto em luxuoso aparta-
teto em luxuoso
modelo russa continua a faturar mento na zona exclusiva de La apartamento na
milhões, não se sabendo se por Finca, Madrid (o treinador
causa dos seus atributos na- Mourinho é um dos vizinhos),
zona exclusiva de
turais (que são múltiplos e bem que custa a módica quantia de La Finca, Madrid,
explícitos), se em razão direta 15 mil euros mensais (1 500
do seu relacionamento com contos CV). Do outro lado do que custa a módica
CR. Ainda há pouco, voltou a
seduzir num ensaio fotográfico
Atlântico, o património da bela quantia de 1 500
russa aumentou ao adquirir um
para a revista americana Sports loft de duzentos metros quadra- contos
Illustrated, ela que diz, sem
papas na língua, que gosta
pouco de futebol e não acom-
panha as partidas de futebol do
namorado com a frequência
que se esperava devido ao seu
estatuto. Radiante por ter sido
escolhida para mostrar o seu
lado mais sensual, a pequena
apressou-se a divulgar as fotos
na página oficial do Facebook.
Aos 24 anos, a modelo tem su-
perado a crise económica mun-
dial e continua a faturar em
grande - diz -se que, cada ses-
são picante pode ultrapassar os
250 mil euros - com o romance
com o craque português,