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IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas 1

o
1 Semestre de 2011 AP3 de ICF1 e ICF1Q

Instituto de Física
UFRJ

Gabarito da Terceira Avaliação Presencial de ICF1 e Segunda Avaliação Presencial de ICF1Q – AP3
Primeiro Semestre de 2011

PROVA AP31 DE ICF1

Questão 1 (3,5 pontos)


A Figura 1 mostra um objeto luminoso que foi colocado no eixo de um espelho côncavo.

0,6(0,3 cada
raio refletido)
0,6 (imagem)
O aluno só
ganha os
pontos da
imagem se os
raios
Considere que o lado do
refletidos
entrarem no menor quadrado da figura 1
olho do vale 0,6 cm.
observador.

Figura 1

a) Desenhe na Figura 1 com uma régua o raio refletido associado ao raio incidente 1.
O raio refletido 3 associado ao raio incidente 1 foi desenhado na Figura 1 . A normal
nesse caso é o raio do círculo que passa pelo ponto onde o raio 1 incide no espelho;
O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão .

b) Desenhe na Figura 1 um raio incidente 2 próximo ao raio 1. Os raios refletidos


associados aos raios 1 e 2 devem formar uma imagem para um observador localizado no
ponto A.
O raio incidente 2 e o refletido 4 foram desenhados na Figura 1 . A normal nesse
caso é o raio do círculo que passa pelo ponto que o raio 2 incide no espelho. O
ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
c) Obtenha na Figura 1 o valor do raio R do espelho, a distância da fonte ao vértice V
do espelho e a distância da imagem ao plano AB que passa pelo vértice V do
espelho. Preencha a Tabela 1 com estas medidas e com as suas incertezas
experimentais.
Tabela 1 - Medidas diretas
o[cm] δo[cm] R[cm] δR [cm] i [cm] δi [cm]
15.9 0.3 7,2 0.3 3,6 0,3

1,2 (0,2 para cada medida e para cada incerteza ). (O aluno perde 0,1 para cada erro
de algarismo significativo) .

Coordenadoras:Ana Maria Senra Breitschaft 1


Maria Antonieta T. de Almeida
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d) A equação do espelho côncavo na aproximação dos raios paraxiais é dada por:

onde é o raio R entra na equação com o sinal positivo.

A incerteza no cálculo indireto de é dada por: .

Utilize os valores de o e R da Tabela 1 para encontrar com a equação dos espelhos o


valor da distância i . Utilize este valor de i e a fórmula anterior para encontrar a
incerteza na medida indireta de i . Coloque os resultados na Tabela 2.
Tabela 2 - Medidas indiretas

i [cm] δi [cm]

4,7 0,3

0,6 (0,3 para cada cálculo ). (O aluno perde 0,1 para cada erro de algarismo
significativo) .

e) Represente como um intervalo dos números reais a faixa de valores de obtida


pelas medidas diretas. Represente como um intervalo dos números reais a faixa de
valores de obtida pelas medidas indiretas. Obtenha a interseção entre estes
intervalos.
0,2 (0,1 para cada intervalo)
I1 = [3,3, 3,9]cm e I 2 = [4,4, 5,0]cm .
f) Os raios 1 e 2 são paraxiais? Justifique a sua resposta utilizando a resposta do item e.

€ Os raios€não são paraxiais porque a faixa de valores da medida direta da


distância da imagem ao vértice do espelho e a faixa de valores obtida com a
aproximação paraxial têm interseção nula.
0,3

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Maria Antonieta T. de Almeida
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Questão 2 (3,5 pontos)


A luz de um raio laser incide em uma superfície polida de acrílico. Na Figura 2 denominamos o
raio incidente de raio 1. Considere índices de refração absoluto do acrílico e do ar
respectivamente iguais a 1,5 e 1,0.
a) Meça com um transferidor o ângulo incidência do raio 1 representado na Figura 2.
O ângulo de incidência é . 0,2

0,3

2
Ângulo de
reflexão 22º

Normal Ângulo de 22º


incidência

1
Figura 2-a

b) Qual o ângulo de reflexão associado ao raio 1? Desenhe com o transferidor esse


ângulo.
O raio refletido 2 forma com a normal um ângulo de reflexão que é igual ao
ângulo de incidência. 0,5
c) Calcule, usando a Lei de Snell, o ângulo de refração associado ao raio que penetra no
acrílico. Desenhe esse raio com o transferidor.

Pela Lei de Snell


temos que:

4 0,3

0,3
Foi dado no 22o
o
problema que 14,5 14,5º
(ar) 3
22º
e (acrílico). 1
Substituindo na
expressão acima
Temos que:
Figura 2-b
sen(22 o ) =1,5 × senθrefração1

0,3
€ 0,3

d) Meça o ângulo de incidência na segunda superfície. Calcule o ângulo refratado nessa


superfície. Desenhe com transferidor esse raio.
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O ângulo de incidência na segunda superfície que é igual


o
aproximadamente a 14,5 .
0,2θ
Pela Lei de Snell temos que: nacrílico sen incidência 2 = n ar senθ refração2

Foi dado no problema que (ar) e (acrílico).


Substituindo na expressão acima, temos:

o
1,5 sen(14,5 ) =1,0 senθrefração2
senθrefração2 ≅ 0,38
0,3
⇒ θrefração2 ≅ 22° . 0,3


e) Que modificações o raio que saiu da placa de acrílico pelo lado direito da figura 2 tem
€ em relação ao raio luminoso 1 ? Utilize os itens anteriores para justificar a sua
resposta.
O raio 4 estava apenas deslocado lateralmente em relação ao raio 1.

0,5

Questão 3 (3,0 pontos)


Um carro parte da cidade A tendo como destino a cidade C. Ele segue primeiro para a cidade
B, que dista de A, na direção Norte-Sul, sentido de Sul para Norte. Depois ele segue
para a cidade C que dista de B, na direção Sudeste(SE) – Noroeste(NO) (que forma
com a direção Leste-Oeste) dirigindo-se para Noroeste (NO).

Figura-3

NO SEU GRÁFICO 1,0 cm DEVE CORRESPONDER A 20 km.

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Maria Antonieta T. de Almeida
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a) Desenhe na figura 3 o vetor deslocamento do carro que vai de A até B. Na figura. 0,1

b) Desenhe na figura 3 o vetor deslocamento do carro que vai de B até C. Na figura. 0,1
c) Desenhe na figura 3 o vetor deslocamento do carro que vai de A até C. Na figura. 0,1
d) Trace na figura 3 um sistema de eixos coordenados com a origem em O (dista 120 km do
ponto A), o eixo OX com a direção e o sentido do vetor unitário e o eixo OY com a direção
e o sentido do vetor unitário . Os vetores unitários e estão representados na figura 3. 0,1
Na figura.
e) Projete os vetores deslocamentos e nas direções dos vetores unitários e .
Desenhe na figura 3 os vetores projetados , , e . Na figura. 0,4

f) Calcule as componentes dos vetores e . Não é para medir no desenho.

0,4

g) Calcule as componentes do deslocamento total . Calcule o módulo de e o ângulo que


ele faz com o eixo OX. Não é para medir no desenho.

0,4

0,4

h) Desenhe na figura 3 os vetores posição dos pontos A, B e C. Represente esses vetores em


termos dos vetores unitários e .

( )
rA = 120 iˆ km
0,6
  
( )
rB = rA + d1 = 120 iˆ + 80 ˆj km
  
[ ] (
rC = rA + d 3 ≅ ( 120 − 84,9 ) iˆ +164,9 ˆj km = 35,1 iˆ +164,9 ˆj km )
i) Sabendo que o carro levou 1h para se deslocar de A até B e 1,5h para ir de B até C, calcule
o vetor velocidade média associada ao percurso total do carro. Escreva esse vetor em
€ termos dos unitários e . Determine o seu módulo. Não é para medir no
desenho.

 d3 (
− 84,9 iˆ +164,9 ˆj ) 0,4
vm =
(tC − tA )
=
(2,5)
(
≅ − 34,0 iˆ + 66,0 ˆj km/h ) ; v m ≅ 74,2 km/h .

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PROVA AP32 DE ICF1


Questão 1: (3,5 pontos)
Na Figura 1, uma caixa de massa desce uma superfície inclinada que faz um ângulo
com a vertical. Esta caixa é empurrada (no sentido de baixo para cima da superfície)
por uma vara rígida, que faz um ângulo com a superfície. O módulo da força exercida
pela vara sobre a caixa é igual a . O coeficiente de
atrito cinético entre a caixa e a superfície vale 0,2. A caixa se
desloca sem descolar e sem girar com uma aceleração .
Resolva o problema do referencial da Terra, considerando-a
como um referencial inercial. Despreze a resistência do ar.
2
Considere a aceleração da gravidade igual a 10m/s . Utilize Figura 1
o sistema de eixos da Figura 1.

a) Isole a caixa e coloque todas as forças não desprezíveis


que atuam sobre ela. Onde atuam as reações a essas
forças?
Estão em contato com a caixa a superfície do plano inclinado, a vara e o ar. Como o
problema manda desprezar a resistência do ar, só a superfície do plano inclinado e
a vara podem exercer forças de contato sobre a caixa. A vara exerce a força .A
superfície do plano inclinado, deformada pela ação da superfície da caixa, empurra
a caixa para cima com a força normal . A caixa ao descer o plano inclinado
empurra a superfície do plano para baixo, logo a superfície do plano inclinado
empurra a caixa para cima com
a força de atrito . A única
força gravitacional não
desprezível que atua no bloco é
o seu peso . A reação à força

normal é e a reação à
força atrito é e estão
0,4 (0,05 para cada
aplicadas no plano inclinado. A força e sua reação)
reação à força é e está
aplicada sobre a vara. A reação
á força peso é e está aplicada no centro da Terra.

b) Escreva a Segunda Lei de Newton na forma vetorial e em componentes para a caixa.

0,3 (0,1 para cada equação)

c) Escreva as componentes nas direções x e y de todas as forças que atuam sobre a


caixa

1,6 (0,2 para cada


componente)

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Maria Antonieta T. de Almeida
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Do item b e sabendo que , podemos determinar o valor de :


.
Com isso .

d) Escreva todas as forças que atuam sobre a caixa em termos dos vetores unitários e
.
0,8 (0,2 para cada vetor)

e) Calcule o módulo da aceleração da caixa. Escreva a aceleração em termos dos


vetores unitários e .
Do item b,
0,3

0,1

Questão 2 (3,5 pontos)


Um aluno de ICF1 fez o experimento para verificar se o empuxo era igual ao peso do volume
de líquido deslocado. Ele tinha à sua disposição uma proveta, um dinamômetro, linha e um
cilindro de alumínio. Ele pendurou com a linha o cilindro de alumínio no dinamômetro que
indicou a leitura e colocou água na proveta até atingir o nível . A seguir, ele mergulhou
o cilindro totalmente na água, tomando cuidado para que o mesmo não encostasse em
nenhuma das paredes da proveta, e mediu o novo nível da água e a nova leitura do
dinamômetro. Em uma tabela, obteve a aceleração da gravidade local e
a densidade da água . Despreze a massa dos fios. Os resultados das
medidas diretas estão na Tabela 1. Na Tabela 2, já estão colocados alguns cálculos das
incertezas das medidas indiretas.
Tabela 1- Medidas diretas

[ ] [ ] [ ] [ ]

Tabela 2- Medidas indiretas

[ ] [ ] [ ] [ ]
[ ] [ ]
-6
20x10 0,18 0,03 0,20

a) Na situação em que o cilindro está pendurado no dinamômetro e fora do líquido, desenhe o


cilindro separado do seu exterior e coloque as forças que atuam sobre ele.

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Maria Antonieta T. de Almeida
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Só estão em contato com o cilindro a linha e o ar.


Logo só podem exercer forças de contato sobre o
cilindro o ar e a linha. Como o empuxo do ar é
desprezível, a única força de contato que atua sobre o
cilindro é a tensão exercida pela linha. A única força
gravitacional não desprezível que atua sobre o
cilindro é a força peso.

0,4 (0,2 para cada força)

b) Aplique a Segunda Lei de Newton no item (a) para relacionar o peso do cilindro com a
leitura do dinamômetro. Despreze o empuxo do ar.
0,3
Pela segunda Lei de Newton:
Como o cilindro está parado, a aceleração do cilindro é nula. Logo temos que

Como a massa da linha é desprezível, a tensão se transmite e o seu módulo é a


leitura Lo do dinamômetro.
. 0,3
c) Na situação em que o cilindro está pendurado no dinamômetro e imerso totalmente na
água, desenhe o cilindro separado do seu exterior e coloque as forças que atuam sobre
ele.
Agora, além das forças listadas no item a, o
cilindro também está em contato com a água.
Logo, aparecerá mais uma força de contato que
chamamos empuxo.

0,6 (0,2 para cada força)

d) Aplique a Segunda Lei de Newton no item (c) para relacionar o módulo do empuxo E com
as leituras e Calcule o empuxo E utilizando as leituras e Calcule a faixa de
valores para o empuxo associada às leituras e Transfira os resultados para a
Tabela 2.
0,3
.
Como o cilindro está parado, a aceleração do cilindro é nula. Logo temos que

. 0,3

Como a massa da linha é desprezível, a tensão se transmite e o seu módulo é a


leitura L do dinamômetro.
, isto é
0,3
.
0,3
A incerteza no valor do empuxo é

e) Calcule o peso do volume deslocado pelo cilindro ( ) quando o cilindro está


imerso na água. Transfira os resultados para a Tabela 2.
0,3

f) Os resultados experimentais estão de acordo com o modelo que afirma que o empuxo é o
peso do volume de líquido deslocado? Justifique.
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A faixa de valores da medida do empuxo obtida com o dinamômetro é I1=[0,15 , 0,21]


N. A faixa de valores obtida com a fórmula do modelo é I2=[0,16, 0,24] N. Como a
interseção entre essas faixas de valores é [0,16 , 0,21] N, os resultados experimentais
estão de acordo com o modelo que diz que o empuxo é o volume do líquido
deslocado.
Obs.: A incerteza na medida de é 0,4

Questão 3: ( 3,0 pontos)

a) Explique quando existe o eclipse lunar.


0,5
Os eclipses da Lua
Um eclipse lunar ocorre quando a Lua penetra na sombra da
Terra. Na Figura ao lado podemos ver a geometria desse evento.
Um eclipse lunar é total apenas quando a Lua entra totalmente na
umbra da Terra (perto dos pontos nodais da órbita da Lua); do
contrário, temos um eclipse parcial. Um eclipse lunar somente
ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua se encontram alinhados com a Terra entre o Sol
e a Lua, ou seja, a Lua deve estar em sua fase cheia.
b) A afirmação de que a Lua só aparece no céu à noite está correta? Justifique a sua
resposta.
Não, a Lua Nova aparece no céu de dia. 0,2
c) Na Tabela 4 estão listadas as latitudes ( ) aproximadas das cidades do Rio de Janeiro e
Londres. A altura do Sol no Solstício de Inverno é dada por e que a
altura do Sol no Solstício de Verão é dada por . A insolação na
superfície da Terra é dada por , onde é uma constante.

i. Calcule , a razão e para estas cidades e transfira para a Tabela 4.

Tabela 4
Cidade 1,6 (0,2 para
cada h e 0,4
[graus] [graus] para cada
[graus]
razão)
Rio de -23° o o
43,5 90,5 0,69
Janeiro
o o
Londres 51º 15.5 62.5 0,30

ii. Na Figura 3 a seguir, são apresentados os gráficos de temperatura média


como função do mês de 2 regiões durante o ano 2000. As regiões são as
cidades do Rio de Janeiro e Londres. Relacione os gráficos com as cidades.
Justifique a sua resposta.
0,2
O gráfico 3-a é da cidade do Rio de Janeiro uma vez que a sua
temperatura média é maior do que a temperatura média de Londres.
iii. Se você considerar que as temperaturas destas cidades dependem
exclusivamente do calor recebido pelo Sol, justifique as diferenças nas
variações das temperaturas médias durante o ano entre estas cidades. Utilize
as informações da Tabela 4 para justificar a sua resposta.
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Gráficos de temperaturas (médias) como função do mês durante o ano 2000.

Figura 3-a Figura 3-b

As variações de temperatura em Londres são maiores porque a razão entre a


insolação no inverno e no verão (0,30) é menor do que na cidade do Rio de
Janeiro (0,69) , o que indica uma quantidade de calor bem maior no verão do que
no inverno na cidade de Londres.
0,5

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Maria Antonieta T. de Almeida

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