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04 C
Módulo 1
Segundo Aristóteles, autor dessa teoria, que foi influen-
O método científico – A origem da vida – A origem ciado pela teoria platônica da existência de um mundo das
dos seres vivos imagens, as espécies surgem por geração espontânea, ou
seja, existiam diversas fórmulas que dariam origem a dife-
rentes espécies. Isto é, os organismos podem surgir a par-
Atividades para Sala tir de uma massa inerte segundo um princípio ativo (por
exemplo, nascer um rato da combinação de uma camisa
suja e de um pouco de milho). A geração espontânea per-
01 C maneceu como ideia principal do surgimento das espécies
Os príons são estruturas proteicas alteradas. Nos testes devido à influência que as crenças religiosas incutiam na
para detectar esses príons patogênicos, o de número 1 civilização ocidental, principalmente.
indica que o camundongo B morreu em virtude da ação
dessas proteínas alteradas. No teste 2, o anticorpo reco- 05 A
nhece o príon patogênico na lâmina A. No teste 3, o mar- A partir do século XIX, uma série de pensadores passou
cador específico se liga aos príons patogênicos na lâmina B. a admitir a ideia da substituição gradual de espécies por
outras, através de adaptações a ambientes em contínuo
processo de mudança. Essa corrente de pensamento
02 E
transformista, que vagarosamente foi ganhando adeptos,
Em I e II, verifica-se a observação de fatos que levam ao des- explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao
pertar da curiosidade, estabelecendo uma problematização. contrário do que propunham os fixistas. Para o transfor-
Em III, observamos a formulação de uma hipótese com mismo, a adaptação é conseguida através de mudanças. À
base nas informações já existentes sobre o assunto. medida que muda o meio, muda a espécie. Os adaptados
Em IV, temos a necessidade de desenvolver experimentos ao ambiente em mudança sobrevivem. Essa ideia deu ori-
controlados, observações ou mesmo simulações matemá- gem ao evolucionismo.
ticas (testar hipóteses). Evolução biológica é a adaptação das espécies a meios con-
tinuamente em mudança. Essa mudança das espécies nem
sempre implica aperfeiçoamento ou melhora.
03 E Fixismo era uma doutrina ou teoria filosófica bem aceita no
(V) século XVIII, que propunha, na Biologia, que todas as espécies
(V) fossem criadas tal como são por poder divino, e permanece-
(F) Francesco Redi era contrário à geração espontânea, riam assim, imutáveis, por toda sua existência, sem que jamais
tendo sido, no século XVII, um dos primeiros a questio- ocorressem mudanças significativas na sua descendência.
O criacionismo era visto por teólogos e filósofos de modos
nar a veracidade de tal evento com o experimento dos
diferentes: os teólogos afirmavam que Deus, o ser supremo
recipientes contendo pedaços de carne.
e perfeito, tinha criado todos os seres e, uma vez que era
(V) perfeito, tudo o que criava era perfeito também, portanto
(F) Lazzaro Spallanzani, Francesco Redi e Louis Pasteur as espécies foram colocadas no mundo já adaptadas ao
correspondem a um grupo seleto de cientistas contrá- ambiente para o qual foram criadas, e permaneceram imu-
rios à abiogênese (geração espontânea). Na verdade, táveis ao longo dos tempos; os filósofos, embora também
Spallanzani travou sérias discussões a respeito das ori- apoiassem a criação das espécies por Deus, acrescenta-
gens com John Needham, defensor da ideia do princí- vam que, quando se verificava uma imperfeição no mundo
pio ativo como responsável pelas origens de maneira vivo, esta se devia ao ambiente, que era corrupto e mutá-
espontânea. vel, portanto, imperfeito.
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06 D 05 B
De acordo com a teoria de Oparin e Haldane (Evolução A forma de raciocínio lógico que extrai uma verdade geral
Química – Hipótese de Evolução Gradual dos Sistemas a partir da observação de um grupo particular é chamada
Químicos), a Terra não era constituída de O2 livre, mas de indução. A partir dessa regra geral, ou dessa lei natural,
era rica em metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e estabelecida pela observação do mesmo resultado repeti-
vapor de água (H2O). Sendo assim, a atmosfera primitiva das vezes, pode-se então deduzir (dedução é a forma de
apresentava composição redutora. raciocínio que extrai uma verdade particular de uma ver-
dade geral) que, se fulano é um ser humano – e já que todos
os seres humanos são mortais –, então fulano é mortal.
Atividades Propostas Desse modo, o texto de Descartes defende que a aplica-
ção de dedução lógica, a evidenciação experimental, per-
01 B mite à razão humana a busca por todo o conhecimento a
ser alcançado.
É perceptível que a questão requer única e exclusivamente
interpretação do texto, não havendo necessidade de se
06 A
estabelecer qualquer relação com a forma de produção
do conhecimento científico ou com a filosofia da ciência. Karl Popper estabeleceu o princípio de falsificabilidade,
Vale destacar que a canção faz referência à lenda, ao mito, segundo o qual uma hipótese passa a ser científica se for
falsificável, se por meio de algum experimento real ou ima-
à crença, o que provavelmente já leva o estudante à alter-
ginário for possível provar sua falsidade.
nativa correta, a única que contempla a ideia de outras cul-
Assim, ao contrário do que muitos pensam, o objetivo dos
turas.
cientistas não é defender o status quo ou proteger as leis
científicas contra contestações. Seu objetivo é justamente
02 C tentar contestar essas leis. Dessa forma, o método cientí-
fico implica na possibilidade constante de refutar leis ou
O trecho do relatório “... para decidir a questão, é impor-
verdades científicas, uma vez que as mesmas representam
tante empregar um meio conveniente que permita separar
apenas um estado de repouso do conhecimento.
o vapor da parte figurada do sêmen, e fazê-lo de tal modo
que os embriões sejam mais ou menos envolvidos pelo
vapor” demonstra a capacidade de formular uma hipótese 07 C
com base nas informações já existentes sobre o assunto. Adepto da teoria biogênica, Louis Pasteur, em 1861, por
meio de um experimento, conseguiu demonstrar conclu-
sivamente a impossibilidade da geração espontânea da
03 C
vida (hipótese tão defendia pelos abiogenistas), ou seja, a
A motivação principal dessas investigações, que ocupam origem da vida somente é possível a partir da matéria viva,
frequentemente o noticiário sobre Marte, deve-se ao fato de um ser vivo preexistente.
de que a presença de água indicaria a possibilidade de No experimento, Pasteur adicionou um caldo nutritivo a
existir ou de ter existido alguma forma de vida semelhante um balão de vidro com gargalo alongado. Em seguida,
à da Terra, devido à estrutura e às funções moleculares da aqueceu o gargalo, imprimindo a este um formato de tubo
água. curvo (pescoço de cisne). Após a modelagem, prosseguiu
com a fervura do caldo, submetendo-o a uma tempera-
tura até o estado estéril (ausência de micro-organismos),
04 C porém permitindo que o caldo tivesse contato com o ar.
As experiências não necessariamente envolvem as banca-
das de um laboratório ou tubos de ensaio. No entanto,
08 D
elas precisam ser montadas de forma a testar uma hipó-
tese específica e precisam ser controladas. Controlar uma A hipótese heterotrófica sugere que os primeiros organis-
experiência significa controlar todas as variáveis, de modo mos vivos, vivendo em ambiente aquático, rico em subs-
que apenas uma esteja aberta a estudo. A variável inde- tâncias nutritivas, sem O2 na atmosfera, nem dissolvido
pendente é aquela controlada e manipulada pelo respon- nas águas dos mares, deveriam utilizar vias metabólicas
sável pela experiência, enquanto a variável dependente anaeróbicas para simplificar matéria orgânica sem oxigê-
nio, ou seja, a fermentação.
não o é. À medida que a variável independente é mani-
pulada, a variável dependente é mensurada em busca de
variações. Controlar uma experiência também significa 09 D
montá-la de forma que haja um grupo de controle e um Para reproduzir o ambiente primitivo, ele inseriu uma mis-
grupo experimental. O grupo de controle permite que o tura de gases redutores (ausentes de oxigênio molecu-
responsável pela experiência estabeleça um parâmetro de larmente livres à base de amônia, metano, hidrogênio e
comparação, com números que ele possa confiar e que vapor de água) no interior de um balão de vidro, bombar-
não resultem das mudanças geradas pela experiência. deando-o com descargas elétricas.
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10 C 02 A
Segundo o texto e o experimento LHC, os pesquisadores O cladograma observado na figura da questão anterior
utilizarão os princípios de origem da vida e de transfor- demonstra a existência de uma ancestralidade comum
mação da energia, e poderão afirmar que a vida é o resul- entre as aves atuais e os dinossauros extintos há 65 milhões
tado de um processo de evolução gradual de sistemas de anos. O ovo de casca calcária e a membrana amniótica
químicos, em que compostos inorgânicos se combinaram, revelam uma homologia entre os grupos, tendo a cladogê-
nese favorecido o aparecimento de novidades evolutivas
originando moléculas simples, como aminoácidos, carboi-
nos grupos das aves, como penas e endotermia.
dratos, bases nitrogenadas, que, também, se combinaram,
originando moléculas mais complexas, como proteínas e 03 B
ácidos nucleicos, que finalmente originaram estruturas As patas dianteiras de um cavalo e a asa de um morcego
com capacidade de replicação e metabolismo, as quais constituem evidências da evolução porque são estruturas
seriam as primeiras formas de vida. homólogas, ou seja, possuem a mesma origem embrio-
nária evolutiva, apesar de o cavalo ter perdido os dedos,
11 A enquanto no morcego estes não só foram mantidos como
alongados. A asa de uma ave e o élitro (asa dura) do
O texto de Martini contempla a informação de que um
besouro (coleóptero) não correspondem a estruturas aná-
significativo aumento dos níveis de oxigênio atmosférico logas, uma vez que os élitros não exercem a mesma fun-
ocorreu em resultado do surgimento de um processo ção adaptativa que as asas das aves. Os fósseis constituem
metabólico específico no Período Cambriano. Esse pro- evidência de evolução, porque demonstram aspectos
cesso refere-se à fotossíntese realizada pelos organismos morfológicos que estabelecem possíveis ancestralidades
procarióticos autotróficos, chamados cianobactérias, pro- comuns, e não evolução por aperfeiçoamento (organismos
movendo a liberação de oxigênio e criando uma alteração mais especializados e mais adaptados que os extintos).
da atmosfera redutora para atmosfera oxidante.
04 B
(F) A descoberta de fósseis demonstra as variações ocorri-
12 A
das nos organismos ao longo do tempo, evidenciando
O holocausto do oxigênio foi uma espécie de “crise de possíveis transformações decorrentes de adaptações
poluição mundial” que ocorreu há 2 milhões de anos. ao ambiente no curso da evolução.
Nessa época, praticamente não havia oxigênio na atmos- (V)
fera. Quando surgiram os micro-organismos fotossinteti- (F) Na época de Darwin, ainda não havia conhecimento
zantes púrpuras e verdes, estes passaram a produzir oxi- profundo sobre os estudos da hereditariedade, pois
gênio a partir da água. O teor de oxigênio na atmosfera as descobertas das leis da hereditariedade de Gregor
aumentou significativamente a partir do surgimento da Mendel só ocorreram anos mais tarde. Além disso, o
comportamento dos genes é completamente asso-
fotossíntese. Com isso, houve uma grande perda da bio-
ciado à transmissão dos caracteres.
diversidade, especialmente as formas vivas anaeróbicas. A
(F) Darwin estabeleceu que os mecanismos evolutivos
“pegada antrópica” seria uma consequência semelhante,
eram gerenciados por uma força seletiva do ambiente
denominada a “sexta grande extinção”, porém a poluição em dependência com os meios bióticos.
resultaria das atividades antrópicas (humanas). (V)
(F) O naturalista Charles Darwin não estabeleceu qualquer
referência a alterações na molécula de hereditariedade
Módulo 2 (DNA), uma vez que não havia conhecimento sobre os
processos mutacionais, fato que só ocorreu no século
Introdução à evolução – Conceitos e evidências – XX com o neodarwinismo.
Teorias evolucionistas – Fatores evolutivos 05 A
Quando estruturas são semelhantes apenas por exerce-
Atividades para Sala rem a mesma função, são denominadas estruturas análo-
gas. Sendo assim, elas não derivam de modificações de
estruturas semelhantes existentes no ancestral comum.
01 A
Segundo os estudos evolutivos, as estruturas análogas são
A sistemática filogenética consiste na constituição de cla- resultado de um processo denominado evolução conver-
dogramas baseados na relação de ancestralidade comum gente (ou convergência evolutiva), que acontece quando
entre os indivíduos. A contemporaneidade dos grupos organismos evolutivamente não tão próximos asseme-
reside na existência de homologias a partir da análise de lham-se em função da adaptação a uma mesma condição
registros fósseis. ecológica.
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16 B
Módulo 3
De acordo com o número de representantes de aves ten-
tilhões e o caráter fenotípico do bico, podemos concluir Genética das populações – Especiação – Seleção
que as aves com bico de “forma afinada” (população I) e artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e
as aves com bico de “forma larga” (população II) apresen- sobre populações humanas
tam maior frequência, ou seja, foram selecionadas positi-
vamente em detrimento das aves de “bico intermediário”.
Sendo assim, a seleção positiva dos caracteres extremos Atividades para Sala
revela uma seleção disruptiva ou diversificadora.
01 B
17 E AA
Enrolar a língua: A 64%
Os seres humanos surgiram recentemente na história evo- Aa
lutiva do nosso planeta, portanto não tem sua origem no
Período Devoniano. A maior taxa de extinção se deu na Não enrolar a língua: a aa 36%
passagem do Período Permiano para o Triássico. Nem f(a) = 36% = 0,36
todos os eventos de extinção resultaram no desapareci-
f(a) ⋅ f(a) = 0,36
mento de mais de 70% das espécies. A extinção massiva
dos dinossauros ocorreu no fim do Período Cretáceo. f(a)2 = 0,36
f(a) = 0, 36
18 A f(a) = 0,6
Com base nos conhecimentos sobre seleção natural e f(A) + f(a) = 1
fazendo uso de suas características particulares é possível
f(A) = 1 – f(a)
afirmar: I – Seleção estabilizadora, II – Seleção direcional e
III – Seleção diversificadora. f(A) = 0,4
Na seleção estabilizadora, indivíduos portadores de carac- f(Aa) = 2 · f(A) ⋅ f(a)
terísticas intermediárias são mais aptos. Por exemplo, ima- f(Aa) = 2 · 0,4 ⋅ 0,6
gine uma espécie vegetal com genótipos AA, Aa e aa.
f(Aa) = 0,48
O alelo A confere resistência frente ao herbicida A, e o
alelo a confere resistência frente ao herbicida B. A aplica- f(Aa) = 48%
ção simultânea dos herbicidas A e B eliminaria os indiví-
duos AA e aa, restando assim somente os indivíduos Aa, 02 B
trata-se assim de um exemplo de seleção estabilizadora. f (C ) = 30%
Na seleção direcional, os indivíduos são selecionados ↓
mediante duas características. Por exemplo, vírus HIV resis- 30
P=
tentes ou sensíveis ao AZT. Com a utilização do fármaco 100
AZT, há eliminação dos vírus sensíveis e manutenção dos P = 0, 3
resistentes, logo há deslocamento da curva para a direita q = 0, 7
pela prevalência de um só tipo de indivíduo na população.
f (CC ) = p2 f (Cc ) = 2pq
Na seleção disruptiva, a população apresenta indivíduos
f (CC ) = (0, 3)
2
com três características distintas, porém somente os tipos f (Cc ) = 2 ⋅ 0, 3 ⋅ 0, 7
extremos estão mais adaptados às condições do ambien- f (CC ) = 0, 09 ou 9% f (Cc ) = 0, 42 ou 42% = 51%
tes. Trata-se de uma forma de seleção em que o tipo
↓ ↓
mediano é eliminado mais facilmente que os demais. Ima-
Homens calvos Homens calvos
ginemos, por exemplo, que em uma ilha hipotética, o tipo
de semente seja o fator de pressão seletiva; há sementes +
pequenas, médias e grandes e aves com bicos também
distribuídos em três padrões, e cada uma está adaptada a 03 B
um tipo de alimento. Se, por acaso, houver alterações cli- f(b) = 30% f(b) = 0,3
máticas que interfiram na produção de sementes de tama- Pop = 1.000 IND.
nho médio, as aves com bicos médios serão eliminadas e Heterozigotos = ?
permanecerão as de bicos pequenos e grandes ou longos. f(B) + f(b) = 1
Assim, observa-se o desaparecimento do tipo mediano e f(B) = 1 − 0,3
a manutenção dos tipos extremos. f(B) = 0,7 = 70%
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04 C 08 B
Considerando uma população com 10.000 indivíduos, Quando duas populações se encontram separadas geo-
temos: 6.400 indivíduos AA ou 64%, 3.200 indivíduos Aa graficamente, é possível verificar que fatores evolutivos
ou 32% e 400 indivíduos aa ou 0,4%. que promovem variabilidade, associados às diferentes res-
Frequência dos genótipos: sões seletivas do ambiente, favorecem uma diferenciação
64 fenotípica e genotípica dos dois grupos. Porém, a garantia
f(AA) =
100 de especiação somente é confirmada com o isolamento
64 reprodutivo (caso haja cruzamento, nascerá descendentes
p2 =
100 estéreis).
p ou f(A) = 8/10 ou 0,8. Daí, o valor de q ou f(a) = 0,2.
Dessa forma, a frequência do gene A é 4 vezes maior que
09 D
a do gene a.
As espécies existentes hoje resultaram da combinação de
05 D uma série de processos que modificaram seus antepas-
sados para que continuassem vivendo em um ambiente
Sabendo-se que 84% da população expressam a caracte-
rística dominante, conclui-se que 16% são homozigotos também em movimento, processo que a ciência chama de
recessivos. Assim, temos: especiação. Ernst Mayr, na década de 1940, afirmou que,
16 se uma população é separada ou dividida por uma barreira
f(aa) =
100 geográfica e evolui de forma independente, a divergência
16 genética acabará levando ao isolamento reprodutivo, con-
q2 =
100 firmando a especiação.
4
q= ou 0,4. Então, p = 0,6. 10 C
10
Já a frequência de indivíduos heterozigotos seria: O isolamento reprodutivo corresponde a um meca-
f(Aa) = 2pq nismo que bloqueia a troca de genes entre as popula-
f(Aa) = 2 · 0,6 · 0,4 ções das diferentes espécies existentes na natureza. Não
f(Aa) = 0,48 ou 48% se esqueça de que o conceito de espécie se baseia jus-
Daí, 48% de 500 indivíduos = 240 indivíduos. tamente na possibilidade de trocas de genes entre os
organismos, levando a uma descendência fértil. No isola-
06 D mento pós-zigótico, é bastante comum a esterilidade da
O conceito de polialelia fica evidente por existirem 3 genes geração F1. Embora nasçam, cresçam e sejam vigorosos,
ocupantes do mesmo locus no cromossomo. Observa-se a os híbridos são estéreis, o que revela incompatibilidade
relação de dominância: AX > AY > AZ. Portanto: dos lotes cromossômicos herdados de pais de espécies
AX Determina a manifestação do fenótipo de (AX) diferentes, implicando a impossibilidade de ocorrência da
meiose. Não havendo meiose, não há formação de game-
AY AY tas e, consequentemente, não há reprodução. É clássico
Determina a manifestação do fenótipo de (AY)
AY AZ o exemplo do burro ou da mula, consequência do cruza-
mento de égua com jumento, pertencentes a duas espé-
AZ AZ Determina a manifestação do fenótipo de (AZ)
cies próximas, porém diferentes. Nesse caso, burro e mula
Dessa forma, a frequência de fenótipos que expressam o não constituem uma terceira espécie, sendo considerados
gene AZ é de: apenas híbridos interespecíficos. O exemplo visualizado
no texto é análogo ao do burro e da mula.
Indivíduos que exp ressam o gene A Z 1.500
f( A Z A Z ) = =
População 15.000 11 D
Seres de mesma ancestralidade sofreram pressões adap-
f(AZAZ) = 0,1
tativas diferentes, apresentando características distintas,
f(AZAZ) = 10%
adaptando-se a ambientes diversos.
07 D
12 B
A configuração de duas entidades biológicas (espécies)
diferentes se estabelece quando há uma incapacidade O isolamento geográfico fez com que as modificações
de promover reprodução com geração de descenden- que foram sendo adquiridas ao longo de milhares de anos
tes férteis. Nesse caso, configura-se um isolamento ficassem restritas a essa população, gerando uma nova
reprodutivo. espécie.
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14 C
A competição funciona como um fator seletivo, favore-
cendo a sobrevivência dos mais aptos.
15 C
A capacidade de crescimento de uma população é o seu
potencial biótico, que é medido por meio de fatores como:
capacidade de reprodução da espécie, mecanismos de
defesa contra predadores, resistência a doenças, capaci-
dade de migração, de adaptação a mudanças ambientais
etc. Assim, uma espécie não cresce indefinidamente, pois
existem fatores que impedem que isso ocorra, como com-
petição, predatismo, escassez de recursos do meio. Isso é
importante para que a população não ultrapasse o limite
determinado que o ambiente seja capaz de sustentar.
Assim, todas as populações crescem formando curvas sig-
moides, pois apresentam um ponto de estabilização deter-
minados pela resistência do meio. A população humana é
a única que cresce em uma curva J (jota), ou seja, cresce
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