You are on page 1of 6

Universidade Federal de Campina Grande- UFCG

Centro De Ciências e Tecnologia – CCT


Unidade Acadêmica de Engnharia química – UAEQ
Componente Curricular: Físico-Química Experimenta I
ProfessoraAluno: Maelson marques De Lima

Relatório_2 :
Experimento 03: Viscosidade de Líquidos (Parte I).
Realizado em 07 de abril de 2009

Campina Grande 14 de abril de 2009


1.Introdução teórica

A viscosidade é a propriedade dos fluidos correspondente ao transporte microscópico


de quantidade de movimento por difusão molecular. Quanto maior a viscosidade, menor a
velocidade em que o fluido se movimenta.
Viscosidade é a medida da resistência de um fluido à deformação causada por um
torque. É comumente percebida como a “grossura”, ou resistência ao despejamento.

A viscosídade mede-se por meio de viscosímetros, aparelhos em que geralmente se


determina o tempo que um certo volume de líquido leva a escoar-se através de um
orifício de pequeno diâmetro. Os valores de viscosidade dos óleos são obtidos
experimentalmente em Laboratório com métodos como o da figura no início do post.
Trata-se de um teste padronizado onde é medido o tempo que uma certa quantidade de
fluido leva para escoar através de um pequeno tubo (capilar) a uma temperatura
constante.

Fig.1:viscosímetro, cronômetro e Termômetro

2. Objetivos
2.1Objetivo Geral: Determinar a viscosidade de diferentes tipos de óleos.
2.2Objetivos Específicos: Verificar se a viscosidade determinada para cada tipo de óleo está de
acordo com a NBR 15442

3.Fundamentação Teórica

Coeficiente de Viscosidade Dinâmica


O coeficiente de viscosidade dinâmico , é o parâmetro que produz a existência de esforços
tangenciais nos líquidos em movimento. Depende do atrito interno do fluído (isto é, da força de
atrito entre camadas diferentes do fluído que se move com velocidades diferentes. As dimensões
são M/LT. No sistema S.I. exprime-se em poiseulle (PL), tal que 1 PL = 1 kg / m.s. No sistema
C.G.S. a unidade é o poise (g / cm.s). Geralmente utiliza-se o centipoise que vale a centésima
parte do poise.
Coeficiente de Viscosidade Cinemática
O coeficiente de viscosidade cinemática,  , é o quociente entre o coeficiente de
viscosidade
dinâmica e a massa específica: = / .
As dimensões de são o L2/T. No sistema S.I. exprime-se em m2/s. No sistema C.G.S.
a unidade é o stokes (St). Em geral a unidade é o centistokes (cSt), que vale a centésima
parte do stock.
De maneira geral, o movimento relativo de sólidos e fluido só pode ser descrito de forma
simples em situações de baixa velocidade. Nessa situação dizemos que o regime de
escoamento do fluido é laminar, pois o fluido se comporta como se fosse composto de
camadas muito finas que deslizam, com atrito, umas sobre as outras.
M
4.Materiais e Métodos

4.1 Materiais

 Viscosímetro de Cannon-Frenske .
 Cuba Termostática com Cronômetro e Termômetro de precisão integrados.
 Bomba de aspiração.
 Béquers
 Amostra de diferentes tipos de óleos.
 Pipetas graduadas

4.2 Metodologia
Procedimentos
I. Separar as amostras de óleos em béquers diferentes;
II. Adicionar o óleo presente no béquer ao viscosímetro com o auxílio de uma pípeta;
III. Ligar a cuba para o banho do viscosímetro à corrente eléctrica, utilizando a unidade de
controle anexa a cuba , onde estão localizados os interruptores de iluminação,
aquecimento;
IV. No termómetro de controle verificar até uma temperatura de 40 0C;
V.

Fig.2: Cuba Termômetro e Cronômetro integrados

VI. Com o auxílio de uma bomba aspirar a amostra de óleo no ramo do viscosímetro que
contem o capilar até que o bordo superior da amostra ultrapasse o traço de referência
superior;
VII. Deixa-se a amostra de óleo escorrer livremente no viscosímetro e com o auxílio do
cronómetro que faz parte do eqipamento determina-se o tempo de escoamento, entre os
dois traços de referência.
A viscosidade cinemática calcula-se por:
= K.t

Onde:
Viscosidade Cinemática
K Constante do viscosímetro
t tempo de escoamento

VIII. Repetir o procedimento descrito em II, III, IV , VI e VII para a mesma temperatura , 40°C
5.Resultados e Discussões

Viscosidade descreve a resistência interna para fluir de um fluido e deve ser pensada
como a medida do atrito do fluido. Assim, a água é “fina”, tendo uma baixa viscosidade,
enquanto óleo vegetal é “grosso”, tendo uma alta viscosidade.

Fig.3

Fig. 3:Pressão laminar de um fluido entre duas placas. Atrito entre o fluido e a superfície móvel causa a torção do fluido.
A força necessária para essa ação é a medida da viscosidade do fluído.

Tabela 1.: Com os tempos cronômetrados de cada uma das amostras de óleos medidas.

Medições Óleo( milho Óleo(soja) Óleo(Algodão)


)
1a t1=167,05s t1=156,94s t1=165,26
a
2 t2=166,57s t2=156,75s t2=165,16
Média T=166,81s T=156,85s T=165,21s

Pode se observar que os tempos de todas as segundas medições foram menores do que
os das primeiras, devido a pequenas quantidades de óleo que se prendiam às paredes
do viscosímetro a cada medição.

Tabela2.: com os valores das viscosidades cinéticas de cada um dos óleos testados
experimentalmente.

V Óleo( milho Óleo(soja) Óleo(Algodão)


)
Viscosidade cinemática(cSt) 38,67 36,36 38,30

Os valores transcritos na tabela. 2 foram cálculados em anexo.


TABELA 3.:Valores Teóricos das viscosidades dos óleos de acordo com a NBR15442
Propriedades físico-químicas dos óleos
*Densidade Viscosidade (cSt)
Tipo de Óleo
Relativa T=20ºC T=40ºC T=100ºC
Valor Limite
0,96 máximo 150 máximo 50 máximo 15 máximo
NBR 15442
Algodão 0,9228±0,02 73,26±0,48 35,21±0,01 8,63±0,02

Babaçu - - 29,36±0,01 6,68±0,00

Girassol 0,9249±0,03 65,74±0,23 32,60±0,01 8,38±0,00

Milho 0,9228±0,00 70,82±0,22 34,90±0,01 8,39±0,05

Soja 0,9202±0,03 66,67±0,29 32,18±0,01 8,21±0,00

Mineral 0,8797±0,01 20,9±0,00 9,35±0,01 2,74±0,00

De acordo co a tabela 2 todos os óleos apresentaram valores dentro das especificações


impostas pela NBR15442 realizada experimentalmente a 40°C; Pois nenhum dos valores
excedeu o valor limite de 50cSt a 40°C.
6.Conclusão

Os experimentos realizados puderam confirmar vários itens teóricos no estudo da


viscosidade cinemática dos líquidos. Pode-se tomar medidas experimentais, efetuar
cálculos com elas, e comparar a dados achados na teoria. Os dados obtidos nos
experimentos ficaram dentro dos limites aceitos para os teóricos, o que dá uma certa
validade aos experimentos realizados e serve de base aos conceitos aprendidos.

Assim, o experimento, apesar de válido, ainda contém muito erro, como, impurezas no
viscosímetro , contaminação das amostras seguintes por meio de resíduos dos óleos que
não saíram durate a lavagem da vidraria lavagem, como também os óleos usados podem
estar um pouco fora das especificações defendidas pela NBR15442.

7.Bibliográfia
http://www.convertworld.com/pt/viscosidade-cinematica/
Apostila cedida pelo curso de fisico-quimicas experimental I , ano 2009
http://fisicoloko.blogspot.com/2008/06/viscosidade-de-lubrificantes.html
Anexo
Média aritimética dos tempos transcritos na tabela 1.
t1  (167,05  166,57 ) / 2  166,81
t 2  (156,94  156,75) / 2  156,85
t 3  (165,26  165,16) / 2  165,21

Cálculos dos valores das viscosidades cinemáticas citadas na tabela 2.


Segundo a seguinte expressão:
v  Kt
V 1  0,2318 *166,81  38,66
V 2  0,2318 *156,85  36,36
V 3  0,2318 *165,21  38,30

Cálculo do erro com relação aos valores teóricos dos óleos citados na tabela 3 .
valorteo.  valor exp .
E
vaçlorteo.
ASSIM :
34,90  38,66
E1   0,1077ou10,8%
34,90
32,18  36,36
E2   0,13ou13,0%
32,18
35,21  38,30
E3   0,088ou8,8%
35,21
Etotal  (0,1077  0,13  0,088) / 3  0,10856ou10,86%

You might also like