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A doença de graves responde por 60% a 90% dos casos de hipertireoidismo. A incidência entre
mulheres e homens é de 10:1, com pico de incidência entre os 25-30 anos. Outros nomes da
doença : doença de Basedow ou de Parry.
Diagnostico: Níveis de T4 livre, T3 e TSH. O T3 e T4 livre estão elevados e os níveis de TSH não
são detectáveis.
Tipos de insônia:
A insônia pode ser ainda aguda (1-6 meses), transitória (até um mês) e crônica ( mais
de 6 meses).
Transito intestinal normal: Regra dos 3 => 3 vezes ao dia ou 3 vezes na semana é considerado
normal.
Hipotireoidismo
Síndrome clinica causada pela secreção diminuída de hormônios da tireoide, podendo ser
primaria (disfunção da própria glândula) secundaria (doença hipofisaria ou doença no
hipotálamo). Ele é 10 vezes mais comum em mulheres. O mais comum é o hipertireoidismo
primário que normalmente vem acompanhada de aumento (bócio) da glândula tireoide e pode
ser congênito, adquirido ou autoimune. A forma congênita está associado a agenesia da
tireoide , defeitos enzimáticos, deficiência de iodo e administração de agentes antitireoideos
pela gestante; o adquirido esta relacionado à iatrogênia (remoção da tireoide e irradiação); a
forma autoimune é a mais comum sendo o principal exemplo a doença de Hashimoto em que
anticorpos são produzidos contra o tecido tireoideano, bloqueando o receptor de TSH,
diminuindo a síntese de hormônios da tireoide, essa doeça é 10 vezes mais comum em
mulheres e sua incidência é maior na idade entre 45-65 anos e tem um forte componente
genético envolvido, no seu inicio pode haver um tirotoxicose devido o rompimento dos
folículos e liberação maciça de hormônios. O hipotireoidismo secundário é causado pela
secreção diminuída de TSH ou TRH devido tumores hipofisario e traumas. Pode-se ter um
hipotireoidismo transitório quando se tem uma tireoidite subaguda ou indolor.
Manifestações clinicas são decorrentes do baixa ação dos hormônios da tireoide e consistem
em cansaço, pele seca, diminuição dos pelo, sonolência, deprimido ,intolerância ao frio,
sudorese diminuída , aumento de peso mesmo tendo a mesma dieta, constipação, câimbras e
perda de força muscular. Face mixematosa ( apático, com inchaço ao redor dos olhos, perda de
sobrancelhas, pele seca, pálida e fria com mixedema (edema sem cacifo devido ao acumulo de
glicosaminoglicanos e ac. Hialuronico no interstício), o mixedema se manifesta também em
outros locais e provoca engrossamento da língua. A tireoide pode estar normal, ausente ou
aumentada. O paciente tem braquicardia e é hipertenso.
Doença de Gull (mixedema) é aplicado à crianças mais velhas e adultos com hipotireoidismo,
podendo levar anos para se manifestar clinicamente e pode mimetizar as fazes inicias da
depressão ( fadiga, preguiça mental, apatia). A clinica é igual ao citado acima.
Sindrome do cushing
Acomente 4 vezes mais mulheres do que homens e atinge principalmente adultos jovens
Contra DNA.
Contra histonas.
Contra proteínas não histonas.
Contra antígenos nucleolares.
Para identificar esses anticorpos utiliza-se a imunoflorescencia que é sensível (positivo pra
todos que tem LES), mas não é especifico pois outras doenças auto imunes também tem
resultados positivos. Os anticorpos contra DNA de cadeia dupla e o antígeno Smith (Sm) são
relacionados ao diagnostico de LES. Além dos anticorpos contra antígenos nucleares, os
pacientes tem uma grande variedade de outros auto anticorpos (contra hemácias, plaquetas,
leucócitos e fosfolipídios). Os anticorpos antifosfolipideos podem se ligar à cardiolipina usada
na sorologia da sífilis dando um falso positivo, podem aumentar o tempo de coagulação in
vitro, induzir um estado de hipercoagulavel in vivo (trombos venosos e arteriais). Essa
características compõem a síndrome do anticorpo antifosfolpidio secundária, que ocorre no
LES. Esses auto anticorpos, também, são reesposáveis pela lesão tecidual ao formar imuno
complexos que se depositam no glomérulo e nos pequenos vasos. Já os elementos do sangue
são opsonizados pelos anticorpos e fagocitados e lizados
A etiologia do LES ainda não esta bem definida, mas admite-se que se deva a uma falha nos
mecanismos que mantem a auto tolerância. Componentes genéticos e ambientais estão
envolvidos nessa falha.
O quadro clinico do LES é variável podendo ter algumas das seguintes queixas, mas não todas :
rash em borboleta na face, febre, dor em uma ou mais articulações periféricas, dor torácica
pleurítica e fotossensibilidade. Porém em muitos casos a clinica é sutil e mimetiza outros
quadros como doença febril, artrite reumatoide, febre reumática. Pode-se encontrar nos
exames laboratoriais achados de comprometimento renal como hematúria, proteinuria ; e/ou
comprometimento hematológico como anemia ou trombocitopenia. Pacientes com LES tem
propensão às infecções devido à disfunção imune subjacente ou ao tratamento com base em
imunossupressores. Pode ocorrer coronariopatias. A evolução também é variável podendo ter
reativação mesmo na doença tratada ou uma evolução benigna em doenças não tratadas. O
LES pode se manifestar, também, como duas síndromes em que o envolvimento cutâneo é a
característica exclusiva ou mais proeminente:
Lúpus Eritematoso Discoide Crônico: tem as mesmas manifestações na pele que o LES,
mas as manifestações sistêmicas são raras. Ocorrem placas na pele, com graus
variáveis de edema, eritema, descamação, atrofia da pele, cercadas por uma borda
eritematosa elevada. Geralmente afeta face e couro cabeludo. Após anos de evolução,
alguns pacientes podem desenvolver sintomas sistêmicos. Raramente tem anticorpo
contra DNA de cadeia dupla.
Lúpus eritematoso cutâneo subagudo: presença de erupção cutâneas generalizados,
superficial e não cicatricial. Sintomas sistêmicos são leves. Parece ser um grupo
intermediário entre o ultimo e o LES.
O Lúpus eritematoso, ainda, pode ser causado por drogas (hidralazina, procainamida, d-
penicilamina). Isso ocorre devido a formação de fatores antinucleares (FANs) que também
ocorre no LES. A doença tem remissão depois da suspensão do medicamento.
Critérios diagnósticos
Hanseníase
A doença de Hansen é uma infecção lentamente progressiva (doença crônica granumolatosa)
causada pelo M. leprae que basicamente afeta a pele e nervos periféricos e resulta em
deformidades e incapacidades. Esse microrganismo é transmitido de pessoa a pessoa através
de aerossóis de lesões assintomáticas no trato respiratório superior e lesões de pele em
pacientes com hanseníase lepromatosa . Entra no organismo pelo mesmo e se dissemina pelo
organismo e se replica apenas nos tecidos relativamente frios (pele e nervos periféricos). O M.
leprae é um organismo intracelular obrigatório álcool acido resistente.
A Hanseníase é endêmica no Brasil. Ele tem dois padrões de doença diferente com varias
variantes entre esses dois extremos:
Testes de sorologia e cultura não são realizados. O tratamento da hanseníase é longo (2 anos).
• Casos paucibacilares (PB): pacientes que apresentam até cinco lesões de pele.
• Casos multibacilares (MB): pacientes que apresentam mais de cinco lesões de pele
Pênfigo: Doenças auto-imune endêmica na nossa região. Doenças bolhosa causada por auto
anticorpos (IgG)que resulta na dissociação das ligações intercelulares dentro da epiderme e do
epitélio das mucosas. Se desenvolve entre os 40-60 anos e atinge igualmente homens e
mulheres. Existem vários tipos de pênfigo:
Vulgar: mais comum. Afeta pele, inclusive couro cabeludo, e mucosas (ulceras orais).
As lesões iniciais são vesículas e bolhas que se rompem facilmente, deixando erosões
recobertas por crostas.
Vegetantes: Não se manifesta com bolhas, mas com placas vegetantes grandes e
verrucosas sobre superfícies flexoras.
Foliáceo: endêmica no Brasil, onde é chamado de fogo selvagem (devido à dor em
ardência e sensação de calor da coença), é uma forma benigna, crônica, raramente
afeta mucosa. As bolhas são superficiais e algumas vezes apenas eritemas, crostas e
descamação são notados. Essas lesões aparecem principalmente na face, couro
cabeludo e parte superior do tronco, tendo disseminação crânio caudal lento. Quando
as escamas se se desprende ou as bolhas estouram deixam ulceras dolorosas. O
diagnostico baseia na observação dessas lesões e no sinal de Nikolsky positivo
(remoção da camada superficial da epiderme com um leve fricção sobre a pele). Sua
variante clínica, o pênfigo eritematoso, é considerada uma forma localizada e inicial de
pênfigo foliáceo, que apresenta lesões eritematodescamativas na face e em áreas
seborreicas. Pode haver infecção por patógenos nos locais de rompimento das bolhas
podendo haver pus e crostas purulentas.
O tratamento consiste em imunossupressores como a prednisona.
Pneumonia
As pneumonias são infecções do parênquima pulmonar e são subdivididas em dois grandes
grupos: as adquiridas na comunidade (pneumonia lobar) e as pneumonias hospitalares
(broncopneumonia ou pneumonia lobular).
Os sintomas mais comuns são dor aguda, dispneia e tosse. No exame físico pode-se notra
abaulamento dos espaços intercostais quando a quantidade de ar é grande, diminuição do
FTV, percussão timpânica, MV diminuído e ressonância vocal diminuído. O tratamento do
simples em paciente assintomático é a simples observação, pois o organismo absorverá o
ar com o tempo; se for grande pode-se drenar o ar. Na secundária sempre drena-se o ar
com um dreno e trata-se a causa primaria.
Etiologicamente a asma tem componentes tanto genéticos quanto ambientais. Ela pode
ser classificada em:
Ela pode ser classificada ainda de acordo com o agente desencadeador: Asma
induzida por drogas (aspirina), ocupacional (fumaças, poeiras, química), fumantes,
sazonal.
A patogenia está relacionada com a predisposição genética a hipersensibilidade
tipo I e a exposição a gatilhos ambientais. A sensibilização inicial causa uma
indução de células TH2 que secretam citocinas e induz a produz de IgE por células
B , recrutamento e ativação de eosinófilos para o local da inflamação e secreção
de muco na arvore brônquica. A IgE reveste os mastócitos e a exposição repetida
ao antígeno faz com que os mastócitos degranulem e produzam citocinas que
causam a hipersensibilidade inicial (broncoconstricção, produção de muco e
vasodilatação). A reação tardia na asma é mediada principalmente por eosinófilos
que perpetuam a reação inflamatória e os efeitos da fase inicial. As crises
asmáticas repetidas causam uma remodelagem das vias aéreas (hipertrofia e
hiperplasia da musculatura brônquica; dano epitelial; hipertrófica e hiperplasia
das glândulas produtoras de muco e deposição de colágeno).
As manifestações clinicas na crise asmática aguda são dispneia, tosse, sibilo e
ansiedade. Pode haver dificuldade de dormir e sempre se deve investigar oque
pode estar desencadeando as crises ( mudança no clima, exposição ocupacional,
exercícios físicos, remédios).
No exame físico observa-se FR alta, taquicardia, pulso paradoxal. No exame físico
do tórax a percussão do tórax está timpânica, FTV diminuído, e na ausculta ouve-
se sibilos.
O tratamento é direcionado para a desobstrução das vias aéreas com agentes
aliviadores (beta adrenérgico e anticolinérgico) e os agentes para controle
(corticoides e antileucotrienos).
Estenose aórtica
Estenose aórtica bicúspide: 1% da população nasce com uma valva aórtica bicúspide, com
predomínio do sexo masculino. Essas valvas aórticas no inicio não causam distúrbios, mas elas
tendem a deteriorar com o envelhecimento devido a processos inflamatórios ativos, sendo
que 1/3 delas ficam estenosadas (40-60 anos).
Estenose aórtica tricúspide: Ocorrem por volta dos 60-80 anos. A estenose e a calcificação
ocorrem devido a processos inflamatórios ativos, tendo como fator de risco a HAS e a
hiperlipidemia . A doença cardíaca valvar reumática é outra causa de estenose aórtica, porem
menos frequentes hoje em dia, e geralmente é acompanhada de anormalidade na valva mitral.
Exame clinico: Na palpação não há desvio do ictus cordis pois não há dilatação da câmara,
porem ele está propulsivo devido a hipertrófica do VE; além disso os pulsos estão fracos (pulso
parvus)e retardados (pulso tardus) ( carotídeo) devido ao menor volume de ejeção e ao
aumento do tempo da sístole, respectivamente. Na palpação pode se perceber um frêmito no
foco aórtico(frêmito catario) quando existe uma bulha muito intensa. Na ausculta encontra-se
um sopro sistólico de ejeção (crescente-decrescente) no foco aórtico e que irradia para a
fúrcula esternal e para o pescoço, podendo ouvir também um estalido de abertura da valva
aórtica estenosada e um desdobramento paradoxal da 2º bulhar na inspiração. A 2º bulha
pode estar hipofonetica, pois as cúspides da valva mão abrem e fecham. Pode-se ouvir um
ritmo de galope por 4º bulha ( choque do sangue da contração atrial (pré-sistole) contra o
sangue no VE num coração pouco complacente (duro)).Em alguns casos esse sopro desaparece
sobre o esterno e reaparece no ápice do VE, dando a falsa impressão de um sopro de
insuficiência mitral ( fenômeno de Gallivardan).
Tratamento: troca da vala por uma mecânica ou biológica. Utiliza-se a profilaxia antibiótica
para se evitar a endocardite bacteriana que é comum nessas patologias.
Oque o Claudião falou?!
Critérios maiores da ICC: Estase jugular; estertores finos; cardiomegalia; edema agudo de
pulmão; ritmo de galope por B3; aumento da pressão venosa; refluxo hepatojugular positivo,
dispneia paroxística noturna.
Causas de dispneia
Estenose mitral.
A principal causa de estenose mitral adquirida é a doença reumática. Outra causa é a
calcificação. A estenose mitral é 3 vezes mais comum em mulheres e aparece entre 40-50
anos. Ela é mais comum em países em desenvolvimento onde a febre reumática é comum.
Na estenose mitral o sangue que está no AE tem dificuldade de encher o VE, provocando uma
elevação na pressão atrial e diminuição da fração de ejeção (debito cardíaco). Devido o baixo
debito cardíaco ocorre um vaso constrição reflexa, aumentando a pós-carga. O aumento da
pressão no AE e a vasoconstrição pulmonar devido o baixo debito provocam uma hipertensão
pulmonar. Essa, juntamente com a congestão dos vasos, provoca a passagem de sangue e
proteínas do plasma para dentro dos alvéolos, provocando uma expectoração espumosa e
rosada. A hipertensão pulmonar pode acometer o coração direito.
Tratamento: Pode-se evitar a estenose mitral com tratamento adequado e rápido contra S.
beta-hemoliticos causadores da febre reumática. Pacientes que não desenvolveram
hipertensão pulmonar trata-se clinicamente os sintomas, pelo contrario a troca de valva é
recomendado para dar qualidade de vida e longevidade.
Apenas faringites frequentes e dores articulares não indicam que o paciente teve febre
reumática, o diagnostico é dado baseado no critério de Jones