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ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS EM UMA

EMPRESA VAREJISTA DO RAMO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Ivan Alves da Silva JÚNIOR (1); Miguel Crecêncio da Costa NÉTO (2); Rosângela Silva de
ANDRADE (3); Trícia Thaise e Silva PONTES (4); Victor Hugo Clementino dos SANTOS
(5); Cristine PIMENTEL (6)

(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), Av. 1º de Maio, 720 - Jaguaribe CEP: 58.015-430 -
João Pessoa/PB, Fone: (0xx83) 3208.3000 Fax: 3208.3088, e-mail: ivanjp03@yahoo.com.br
(2) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), e-mail: crecencio@gmail.com
(3) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), e-mail: roro_jp@yahoo.com.br
(4) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), e-mail: tricia.thaise@hotmail.com
(5) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), e-mail: shywido@hotmail.com
(6) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), e-mail: cristinehelena@hotmail.com

RESUMO
O presente artigo tem por finalidade analisar a gestão da armazenagem e movimentação de materiais em uma
empresa varejista do ramo de material de construção. O tema proposto tem importante impacto sobre a
eficiência organizacional e na redução dos custos, desta forma tem sido um diferencial competitivo nas
empresas deste setor que vem apresentando um crescimento acelerado nos últimos anos no Brasil. A
pesquisa foi baseada em uma análise qualitativa realizada na empresa no período compreendido entre Abril e
Junho do corrente ano através da utilização de um questionário semi-estruturado e uma entrevista individual,
tendo também a observação sistemática como objetivo para a descrição precisa do que foi analisado, além de
uma investigação bibliográfica objetivando um maior domínio sobre a temática do artigo para efeitos de
comparação com a prática. Verificou-se que a empresa não possui uma gestão adequada da armazenagem e
movimentação, sendo necessária à utilização de algumas ferramentas para uma melhor gestão e organização
dos materiais na empresa tendo como foco na otimização e eficiência sobre os recursos alocados na área.
Palavras-chave: Armazenagem, Movimentação, Layout, Programa 5S, PEPS.
1. INTRODUÇÃO
Em meio a um mercado dinâmico, as empresas devem procurar a melhoria continua de seus processos de
gestão, como forma de adquirir ou manter vantagem competitiva. O adequado gerenciamento de
armazenagem e movimentação de materiais, é um fator que poderá auxiliar a organização nesse nível de
competitividade, tornando mais fácil o controle das entradas e saídas de produtos do estoque agilizando
assim, o processo da empresa com um todo, e evitando a perda de espaço e até mesmo de produto.
O presente estudo pretende mostrar, baseado na teoria, como a má gestão da armazenagem e movimentação
de materiais pode ser prejudicial para a empresa. Usando como exemplo, uma loja de Material de
Construção, serão analisados problemas como o layout inadequado do armazém, falta de distribuição correta
dos materiais, ausência de estruturas (como Paletes e Cantilever) para armazenagem dos produtos e
equipamentos adequados de movimentação de materiais.
A fim de minimizar os problemas acarretados pela incorreta armazenagem e movimentação do estoque, serão
propostas melhorias que visem à otimização dos processos de organização, disposição e distribuição dos
produtos. O que de certa forma, poderá contribuir significativamente para o desempenho da organização de
forma geral.

2. METODOLOGIA
O conhecimento é o processo pelo qual as pessoas deduzem, assimilam e depois expressam o que foi
analisado, mostrando suas conclusões sobre o objeto de estudo, tendo a pesquisa como a atividade
predominante na metodologia. Assim, de acordo com Deslandes (1996, p. 42), metodologia é uma parte
complexa e deve requerer maior cuidado do pesquisador. Mais que uma descrição formal dos métodos e
técnicas a serem utilizadas, indica as opções e a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro teórico.
Este estudo buscará relacionar os conceitos teóricos de Armazenagem com a análise realizada no período de
Abril a Junho do corrente ano, tendo como natureza de pesquisa um caráter qualitativo, possuindo como
fonte direta para coleta de dados uma Loja de Material de Construção localizada em João Pessoa – Paraíba e
os pesquisadores como instrumento-chave. É descritiva, pois envolve o uso de técnicas padronizadas de
coleta de dados, como: o questionário, que foi do tipo semi-estruturado, e a entrevista individual, tendo
também a observação sistemática como objetivo para a descrição precisa do que foi analisado.
Com relação aos procedimentos técnicos, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e documental, objetivando um
maior domínio sobre a temática apresentada nesse artigo. Dessa forma, a pesquisa bibliográfica e documental
constituem uma inigualável técnica para fornecer ao pesquisador a bagagem teórica de conhecimento e o
treinamento cientifico. Utilizando-se como fonte: livros, dissertação, artigos, material impresso, redes
eletrônicas, e o Estudo de Caso, dando grande suporte para a elaboração do mesmo, pois será apresentada
uma avaliação do estado atual e propostas de melhorias na Gestão de Armazenagem que atendam às
necessidades da empresa em estudo.
O método utilizado para compreensão e caracterização do assunto é o estudo de caso, que foi realizado com a
colaboração direta da administração da Loja de Material de Construção. Conforme Révillion (2003), o
estudo de caso examina um fenômeno em seu ambiente natural, pela aplicação de diversos métodos de coleta
de dados, visando obter informações de uma ou mais entidades.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Armazenagem
Segundo Santos (2005), a armazenagem de matérias merece um planejamento especifico, já que condições
impróprias de materiais geram desperdícios, devido à dificuldade de acesso, controle do estoque entre
outros, ele continua, afirmando que a armazenagem é uma operação que não acrescenta valor ao produto,
mas aumenta o seu custo. Desta forma faz-se necessário um sistema de armazenamento eficiente e que por
conseqüência gere o menor custo possível.
Moura (2005), diz que armazenar refere-se à estocagem aliada a uma série de funções voltadas para a
movimentação, tais como consolidar, separar, classificar e preparar as mercadorias para despacho. Ele
acrescenta ainda, que a armazenagem é a denominação ampla que inclui todas as atividades de um local
destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais, tais quais, depósitos, almoxarifado e centros de
distribuição entre outros.
Para Guarnieri et al. apud Braga, Pimenta e Vieira (2009) as atividades envolvidas no processo de
armazenagem são: recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento,
expedição, emissão de documentos e inventários, que, agindo de forma integrada, atendem às necessidades
logísticas, evitando falhas e maximizando os recursos.
Dois fatores importantes influenciam no processo de estocagem: um em função das características do
material, que explora possibilidades de agrupamentos por tipo, tamanho, frequência de movimentação, ou
mesmo até a estocagem por tipo de material que seja usado em um departamento específico. E o outro em
função das características do espaço, e a forma com que se pretende utilizar este espaço, considerando o
tamanho, características da construção (paredes, pisos etc.), localização em consonância às demais áreas de
empresa que se relacionam, critérios de disponibilidade (existência de filas para atendimento), etc. MOURA
(1997).
Segundo Braga, Pimenta e Vieira (2009) objetivo do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões
(comprimento, largura e altura), de maneira eficaz. As instalações do armazém devem propiciar a
movimentação ágil de suprimentos desde o recebimento até a expedição.
O armazenamento de matérias não possui uma forma clara que ordenem o modo como os materiais devem
ficar organizados no estoque, desta forma é necessário analisar os aspectos citados anteriormente, como as
dimensões do armazém (comprimento, largura e altura), bem como as características do produto a ser
armazenado. Desta forma Viana (2002) cita algumas alternativas de armazenagem que podem ser utilizadas
de acordo com a necessidade do almoxarifado, das quais destacamos:
• Armazenagem por agrupamento: consiste em agrupar materiais com a mesma característica, muito
embora nem sempre permita o melhor aproveitamento do espaço;
• Armazenagem por freqüência: que consiste na arrumação mais próxima possível dos materiais que
tenham maior freqüência de movimento.

3.1.1 Equipamentos de armazenagem


No mercado existem vários tipos de equipamentos destinados a armazenagem dos estoques, dentre os quais
destacaremos aqueles que podem auxiliar a empresa pesquisada, que são: paletes, estruturas metálicas e
cantilever.
Os paletes, são plataformas dispostas horizontalmente para carregamento, podendo ser feitas em madeira,
metal ou plástico, constituídas de vigas, blocos ou uma simples face sobre os apoios, cuja a altura é
compatível com a introdução de garfos do equipamento de movimentação utilizado, possibilitando o
agrupamento de materiais, possibilitando a estocagem e manuseio VIANA (2002).
As estruturas metálicas, possuem vários tamanhos e formatos, enfatizaremos aqui a estrutura leve em
prateleira de bandejas. Assim de acordo com VIANA (2002, p. 330-331),
Trata-se de estantes metálicas constituídas com colunas em perfis de chapa de aço dobrada,
perfuradas continuamente segundo determinado passo, e prateleiras, também em chapa de
aço dobrada, com posição regulável na altura, adequadas ao armazenamento de matérias
leves, de até 35 kg, manuseados sem a necessidade de qualquer equipamento, e que admitem
uma carga de até 250 kg uniformemente distribuídos.
A estrutura cantilever é indicada para armazenagem de peças de grande comprimento (Viana 2002), como
barras e tubos, formada por colunas perfuradas nas quais se encaixam os braços, cuja altura é regulada.

3.2 Layout
Segundo Martins e Laugeni (2006) para elaboração do layout, são necessárias informações sobre
especificações e características do produto, quantidades de produtos e de materiais, espaço necessário para
cada equipamento, incluindo espaço para movimentação do funcionário, estoques e manutenção e
informação sobre o recebimento, expedição, estocagem de matérias primas e produtos acabados e
transportes.
Dias (1993) define layout como sendo à disposição de homens, máquinas e materiais que permite integrar o
fluxo de materiais e a operação dos equipamentos de movimentação para que a armazenagem se processe
dentro do padrão de economia e rendimento.
Seguindo essa mesma linha de pensamento de Dias, observa-se que Viana (1998) apud Freitas et al. (2006)
também define o layout com um arranjo de homens, máquinas e materiais, sendo a integração do fluxo típico
de materiais, da operação dos equipamentos de movimentação, combinados com as características que
conferem maior produtividade ao elemento humano, isto para que a armazenagem de determinado produto se
processe dentro do padrão máximo de economia.
Na concepção de Matos (1999) apud Piazzarollo et al. (2008, p. 02) os objetivos básicos do layout são:
Integração total de todos os fatores que afetam o arranjo físico; Movimentação de materiais por distâncias
mínimas; Todo o espaço efetivamente utilizado; Satisfação e segurança para os empregados; Um arranjo
flexível que possa facilmente ser reajustado. Ainda de acordo com o autor o layout é uma integração de
diversos fatores, há sempre alguma coisa imperfeita nele. Sempre se pode criticar alguma coisa em qualquer
layout.
De acordo com Moura (1997), o layout deve ter por objetivo:
• Assegurar a utilização máxima do espaço;
• Proporcionar movimentação de materiais da forma mais eficiente;
• Permitir estocagem mais econômica, minimizando as despesas de equipamento, espaço danos de
material e mão-de-obra do armazém;
• Proporcionar a máxima flexibilidade do sistema que atenda as necessidades de mudança de estocagem e
movimentação, e;
• Permitir a boa organização.
A metodologia geral, para projetar um layout de um armazém, consiste em cinco passos, segundo VIANA
(2002, p. 310):
• Definir a localização de todos os obstáculos;
• Localizar as áreas de recebimento e expedição;
• Localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de estocagem;
• Definir o sistema de localização de estoque e;
• Avaliar as alternativas de layout do armazém.
Há algumas situações que originam a mudança do layout:
• Variedades dos produtos;
• Lançamento de produtos;
• Variação na demanda;
• Obsolescência das instalações;
• Ambiente de trabalho inadequado e;
• Redução dos custos
O layout é uma estrutura que já foi bastante ignorada por seus administradores, sendo considerado
secundário nos seus planejamentos. Hoje, o meio empresarial concebe que não se pode obter eficiência nas
operações logísticas, sem que haja um arranjo físico bem planejado da área do armazém (FREITAS et al.,
2006).

3.3 Movimentação
A movimentação de materiais é uma tarefa que demanda grande esforço, a utilização de equipamentos
adequados para cada tipo de material contribui de forma a proporcionar aos funcionários uma execução
melhor desta tarefa.
Dessa forma, o projeto de movimentação de materiais deve, portanto, considerar no investimento de
equipamentos, a sua efetiva necessidade. O uso de carrinhos manuais devem ser preferidos, se o processo
não exigir equipamento com maior sofisticação e de maior custo, tanto de aquisição como de manutenção.
Moura (1997, p. 204), menciona que a maior parte do trabalho executado num armazém consiste na
movimentação de materiais. É nessa área que as soluções para os problemas devem ser buscadas. O modo
pelo qual os materiais são localizados, estocados e movimentados, tem uma influência decisiva sobre como é
efetivamente utilizado o espaço.
A movimentação para Lambert et al. (1998) apud Braga, Pimenta e Vieira (2007) trata de todos os aspectos
do manuseio o fluxo de matérias-primas, estoques de produtos dentro de uma fábrica ou armazém. A
movimentação de materiais procura atingir os seguintes objetivos: eliminar o manuseio onde possível;
minimizar distâncias; proporcionar um fluxo uniforme, livre de gargalos; e minimizar perdas com: quebra,
desperdício e desvio.
No mercado existem equipamentos modernos e sofisticados. A escolha dos equipamentos depende de
algumas variáveis como: o custo, o produto a ser manuseado, espaço disponível, entre outros.
Também existem duas importantes variáveis para a seleção dos equipamentos que farão à movimentação de
materiais: a distância do trajeto e o volume de material. Essas variáveis apontam para quatro categorias de
equipamentos (REVISTA INTRALOGÍSTICA, 2009, p. 94):
• Equipamentos de movimentação simples – adequados para distâncias curtas e baixa intensidade. Por
exemplo, transpaletes manuais.
• Equipamentos de movimentação complexos – adequados para distâncias curtas e alta intensidade.
Por exemplo, transportadores contínuos de rolos.
• Equipamentos de transporte simples – adequados para longas distâncias e baixa intensidade. Por
exemplo, rebocadores e carretas industriais.
• Equipamentos de transporte complexos – adequados para longas distâncias e alta intensidade. Por
exemplo, transportadores contínuos de correia.
Para Moura (2005) o layout e a movimentação estão ligados de tal maneira que é difícil determinar, muitas
vezes, as áreas de influencia de um sobre o outro. Na verdade, movimentação de materiais é uma
consequência do layout. Um layout bem planejado e estruturado proporciona uma movimentação adequada
de equipamentos, material e pessoas.

3.4 Programa 5S
A fim de contextualizarmos historicamente e conceitualmente, sinalizamos que o Programa 5S ou House
Keeping, surgiu no Japão nas décadas de 50 e 60, com a equipe do professor Kaoru Ishikawa que lançou um
método de combate aos desperdícios e eliminação de perdas, visando otimizar os poucos recursos existentes
em um país destruído pela Segunda Guerra Mundial, quando aquele país vivia a chamada crise de
competitividade (CASTRO, 2006).
O programa tem esse nome por tratar-se de um sistema de cinco conceitos básicos e simples, porém
essenciais e que fazem à diferença no Sistema da Qualidade (Anvisa, 2005; Castro, 2006). A pesar da
simplicidade das idéias e da facilidade de aplicação na prática, a sua implantação efetiva não constitui uma
tarefa simples, isto porque a essência do seu entendimento é a promoção da mudança de atitudes e hábitos
das pessoas.
O programa 5S fundamenta-se na melhoria da qualidade dos ambientes e faz com que pequenas mudanças
do dia-a-dia proporcionem um grande resultado, atrelando as possíveis mudanças comportamentais e atitudes
das pessoas, uma vez que o ambiente é um fator preponderante no processo, na satisfação das pessoas e para
a Gestão da Qualidade Total (AGILITY, 2002; LAPA, 1999 apud SILVA JÚNIOR et al., 2009).
Segundo Castro (2006), o Programa foi utilizado, inicialmente, pelas donas de casa japonesas para envolver
todos os membros da família na administração e organização do lar, estendendo-se, posteriormente ao
segmento industrial.
Conforme o autor, na década de 80, o Programa foi redescoberto por alguns países do Oriente, cujo enfoque
e objetivo foram alcançados como maneira de se comunicar pronta e eficazmente. Segundo Andrade (2002,
p. 43), no Brasil, a partir de 1991, o 5S tem sido implantado formalmente nas empresas.
De acordo com o Sebrae (2008, p. 08), o Programa 5S consiste de cinco “sensos”, cujas palavras em Japonês
iniciam com a letra S:
 Seiri: Senso de utilização (descarte). Esse é o senso de utilidade, ou seja, separar as coisas úteis das
inúteis, dando um destino àquelas que, no instante e no ambiente atual, não são mais úteis. Vale a pena
esclarecer que inútil não significa que poderá ser jogado fora, e sim que no momento não tem utilidade
naquele local especifico. Pode ser encontrado no Brasil com os nomes: organização, utilização, seleção,
classificação.
 Seiton: Senso de organização. A ordem é “pesquisa de layout”, de forma a encontrar um lugar para cada
coisa e manter todas as coisas sempre em seus devidos lugares. A organização é a etapa que mais
contribui para o “gerenciamento visual”. Pode ser encontrado no Brasil com os nomes: sistematização,
arrumação.
 Seiso: Senso de respeito (limpeza). Esse é o senso de respeito a tudo que está ao nosso redor – objetos,
equipamentos, instalações – e às pessoas. Terminada a etapa do senso de utilização, ficou somente o útil,
e este deverá ser respeitado, pois quando for preciso terá obrigação de cumprir seu propósito. Pode ser
encontrado no Brasil com os nomes: inspeção, zelo.
 Seiketsu: Senso de higiene. É o senso para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nele são praticados
todos os sensos anteriores, na vida pessoal e no ambiente, para garantir uma melhor qualidade de vida.
Pode ser encontrado no Brasil com os nomes: padronização, saúde, aperfeiçoamento, asseio.
 Shitsuke: Senso de disciplina (ordem mantida). Autodisciplina significa autocontrole, nova atitude para
ter e manter as habilidades de fazer as coisas certas. Argumentar sobre o caminho percorrido até o
momento, os benefícios obtidos e a importância da continuidade. Uma vez obtido o comprometimento de
todos os envolvidos, cumprir rigorosamente as regras.
De acordo com Ribeiro (1994), é possível, implantar o Programa 5S e integrar todos os colaboradores,
sócios, clientes, e pessoas que façam parte do empreendimento, seguindo os seguintes passos:
• Sensibilização – é preciso que todos se comprometam com a condução do Programa 5S;
• Definição de quem irá promovê-lo – o responsável por implantá-lo na empresa deve ter conhecimento
dos conceitos que fazem parte desse programa tendo como função criar a estrutura para execução do
Programa 5S, elaborando um plano, treinando/formando e promovendo a integração dos funcionários;
• Anúncio oficial – o responsável pelo Programa deve anunciar para todos, a decisão de implantar o 5S,
fazendo uma cerimônia ou reunião enfatizando a importância dos conceitos;
• Treinamento/Formação – pode ser feito através de visitas a outras instituições que já estejam
implantando o programa 5S, cursos, materiais específicos e etc.;
• Elaboração do plano – deve definir os objetivos a serem atingidos, estratégias e meios de verificação;
• Formação de comitês locais – é função do grupo encarregado, promover o 5S no seu local de trabalho;
• Treinamento de comitês, locais para o lançamento do 5S – com um maior conhecimento sobre o
programa, os grupos locais podem orientar e conduzir os colegas de trabalho durante a implantação do
mesmo.
O Programa 5S, terá grande êxito com o comprometimento e dedicação de todos que fazem parte do
empreendimento, contando até mesmo com a colaboração daqueles de difícil personalidade.
3.5 PEPS ou FIFO (First-In-First-Out)
A gestão de estoques é essencial para o bom funcionamento da empresa, daí a importância de controle em
relação ao estoque tanto com relação a sua quantidade que deve ser ótima, de forma suficiente para atender a
demanda, sem grandes excessos que geram custos demasiados para a empresa.
Outro importante mecanismo de controle de estoques é determinar o custo dos produtos estocados que estão
destinados à venda. Este cálculo é feito através do valor de aquisição da mercadoria menos o ICMS mais os
acréscimos referentes a fretes e seguros pagos pelo comprador.
Administrar estoques exige certo cuidado, visto que um mesmo produto do estoque pode ter preços
diferentes para a empresa, dependendo do período em que foi adquirido. Esse fator quando não é levado em
consideração pode representar prejuízos para a empresa. Para auxiliar nesse controle e avaliação dos
estoques pode-se citar, dentre outros, o método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair).
O método PEPS é controle de entradas e saídas do estoque de forma cronológica. Por esse método, à medida
que ocorrerem as vendas, é dado baixa no estoque dos primeiros itens que foram comprados pela empresa,
ou seja, as primeiras unidades compradas são as primeiras a serem vendidas. A mercadoria vendida é
contabilizada de acordo com o seu valor de entrada no estoque, devendo ser aplicado o seu custo real.
De acordo com Mattos (2006, p. 08), quando o giro dos estoques ocorre de maneira rápida ou quando as
oscilações normais nos custos podem ser absorvidas no preço do produto, ou quando se dispõe de material
que esteja mantido por longo prazo, esse tipo de avaliação serve também para valorização dos estoques.
Consequentemente, os estoques são mantidos em contas do ativo, com valores aproximados dos preços
atuais de mercado.

4. ANÁLISE
4.1 A empresa objeto do estudo
A empresa estudada foi constituída em 1984, com um capital inicial de 10 mil reais e iniciando como uma
empresa de fabricação de portas e janelas, que também podiam ser produzidas sob medida de acordo com a
preferência do consumidor. Com o passar dos anos a empresa tornou-se uma loja varejista do ramo de
material de construção especializada em acabamentos em geral (materiais hidráulicos, elétricos, tintas,
iluminação, pisos e revestimentos, louças e vasos sanitários portas e janelas entre outros produtos), não
produzindo mais portas e janelas, que agora são responsabilidade de mão de obra terceirizada.
Caracteriza-se por uma organização LTDA e familiar, que atualmente tem um faturamento médio mensal de
R$ 100.000,00. Possui um quadro de funcionários composto por 14 colaboradores divididos da seguinte
forma: oito vendedores; dois funcionários para entrega dos produtos (um motorista e um ajudante); quatro
funcionários (da família) que fazem serviços gerais (atendimento, caixa, acompanhamento de pedidos entre
outros serviços). No período de sazonalidade alta (entre Outubro e Janeiro) a empresa contrata de dois a três
funcionários temporários.
O aumento das vendas ocorre no período compreendido entre os meses de Agosto a Janeiro, sendo as
esquadrias de madeira e o piso cerâmico os produtos que apresentam os melhores desempenhos, pois tem
uma boa procura por parte dos consumidores durante todo o ano.
As compras (feitas pela empresa) são concentradas no mês de Julho, ao final do período chuvoso e um mês
antes do aumento das vendas, desta forma, todo o estoque adquirido atende a demanda do período
compreendido entre Agosto e Janeiro. Nos demais meses, podemos observar um baixo volume de compras
devido à sazonalidade do mercado, onde as vendas de artigos para construção civil sofrem uma queda nos
seus volumes de vendas.
A empresa possui um software de gerenciamento, que facilita o controle do estoque da empresa, pois
informa os níveis do mesmo em cada venda que é realizada e equipamentos de informática (computadores,
impressoras, leitor óptico) e telecomunicação (dados e voz). Além disso, os vendedores fazem um
acompanhamento periódico do estoque, observando, visualmente, aqueles produtos que se encontram em
pequeno volume. Possui estoque de produtos para venda e um estoque para materiais de consumo. As
mercadorias são codificadas de acordo com a ordem de entrada na loja, não havendo um código de referência
por tipo de material.
Não é feita a depreciação dos bens, devido ao desconhecimento por parte dos diretores da existência de um
cálculo que determine a Vida Econômica dos Bens. A substituição dos equipamentos acontece quando eles já
não estão em condições de uso ou quando são identificados como equipamentos obsoletos e o investimento
feito em patrimônio é todo de capital próprio, já que não existe um fundo de reserva gerado pela depreciação
dos equipamentos. Geralmente se investe quando é identificada a necessidade de atualização da loja de
acordo com as tendências do mercado. Esta decisão de investimento é tomada pelos dois sócios.
4.2 Processo de armazenagem da empresa em estudo
O processo de armazenagem inicia-se com a chegada da mercadoria a empresa, logo o funcionário recebe e
confere junto ao distribuidor se o lote está de acordo com o que foi pedido. Em seguida, é feita a codificação
das mercadorias de acordo com a sua ordem de chegada, e consequente registro dos seus dados no sistema de
gerenciamento de estoque. Posteriormente as mercadorias são armazenadas de acordo com suas
especificidades. O diagrama abaixo descreve esse processo.
CHEGADA DA
MERCADORIA

CONFERE O LOTE

NÃO

SIM

CODIFICAÇÃO

REGISTRO NO SISTEMA
(Software de Gerenciamento)

ARMAZENAGEM

Figura 01 – Diagrama do processo de armazenagem.


Fonte: Pesquisa direta, 2009.

4.3 Quadro atual da empresa


Foram identificados na organização visitada, alguns problemas relacionados à parte de organização,
distribuição, movimentação e armazenagem. Nesses pontos, torna-se necessário uma intervenção e além de
uma veemente busca por melhorias, já que o estoque para esse tipo de organização representa um alto índice
de capital investido.
Os principais problemas encontrados na área de armazenagem foram:
• Falta de organização do layout; ausência de uma distribuição correta dos materiais dentro da
Organização e perda de alguns produtos do estoque, devido à falta de estruturação do almoxarifado.
• Espaço inadequado para movimentação de materiais, funcionários e equipamentos e falta de
equipamentos de movimentação apropriado para carregar alguns tipos de produtos do estoques;
• Ausência de estrutura apropriada para armazenagem de produtos como portas, cerâmicas e louças (figura
2);
Uma análise, desses problemas encontrados na Loja de Material de Construção em estudo, será apresentada a
seguir.
ESQUADRIAS

PISO

ESQUADRIAS
LOUÇAS MATERIAL
HIDRÁULICO
ARGAMASSA MATERIAL LOUÇAS
HIDRÁULICO

PLANTA DO PAVIMENTO SUPERIOR

FOI OBSERVADO E ILUSTRADO NAS PARTES


HACHURADAS, QUE A EMPRESA EM ESTUDO NÃO
TEM A PREOCUPAÇÃO COM A MOVIMENTAÇÃO E
CIRCULAÇÃO DOS PRODUTOS E FUNCIONÁRIOS,
POIS OS PRODUTOS FICAM EM LOCAIS DE DIFÍCIL
Ilustração: Rosângela Andrade

ACESSO, SEM CORREDORES QUE FACILITEM A BUS-


CA E O ACESSO AS MERCADORIAS DO ESTOQUE. EM
ALGUNS PONTOS, FICA CONFUSO SABER QUE TIPO
MATERIALELÉTRICO

DE PRODUTO PODE SER ENCONTRADO NO LOCAL.

LOJA

PLANTA DO PAVIMENTO TÉRREO

Figura 02 – Layout atual da área de armazenagem.


Fonte: Pesquisa direta, 2009.

4.4 Análise dos dados


Apesar de todos os problemas encontrados na Gestão da Armazenagem e Movimentação da Loja em estudo,
estarem interligados, será necessário fazer a análise de alguns desses problemas ponto a ponto, para melhor
compreensão e aplicação de melhorias.
Fica bem evidente ao observar às fotos 01, 02, 03 e 04 a falta de organização do Layout da Loja. A área que
corresponde à armazenagem do estoque da empresa é má estruturada, apesar da mesma adotar certa divisão
de produtos por área, mais isso não é seguido corretamente, pois ao examiná-la foram encontradas portas,
cerâmicas e louças (sanitárias) no mesmo setor, já no pavimento superior da loja estão dispostas juntas
novamente as louças com uma parte dos produtos elétricos e hidráulicos, como também entulhos (sacos
plásticos, papelão, produtos quebrados entre outros), que amontoam o espaço.
Foto 1 – Estoque Foto 2 – Estoque
Fonte: Pesquisa direta, 2009. Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Foto 3 – Estoque Foto 4 – Estoque


Fonte: Pesquisa direta, 2009. Fonte: Pesquisa direta, 2009.

A Loja possui uma área grande para a armazenagem do seu estoque, no entanto é mal dividida. A empresa
não tem uma preocupação com a estrutura física do Galpão, visto que é observada a má conservação do
mesmo, não há uma preocupação da loja em fazer uma limpeza do local, como também não possui um
interesse de iluminar adequadamente a parte de estocagem das esquadrias e cerâmicas, esse problema
dificulta o trabalho dos funcionários, além disso, não existe nenhum tipo de sinalização, codificação e
classificação dos produtos.
No ambiente que corresponde à loja, os produtos vendidos estão agrupados de acordo com suas funções,
exemplo é que, na parte das esquadrias os itens complementares como fechaduras, ferrolhos e dobradiças se
encontram localizadas próxima às mesmas (foto 05), facilitando o acesso e a sua escolha, já isso não ocorre
de forma correta na estocagem, prejudicando o desempenho dos funcionários da empresa, dificultando a
busca de um produto, exemplo às portas, pois estão amontoadas de forma inadequada, assunto este que será
falado mais adiante.

Foto 5 – Exposição dos produtos da loja.


Fonte: Pesquisa direta, 2009.
Como cada produto tem características diferentes, o mesmo deve ser armazenado conforme a suas
características e necessidades, garantindo a máxima proteção, mais uma vez isso não ocorre na loja. Podendo
ser citado o exemplo das louças e das cerâmicas que são produtos de certa forma frágeis, que no caso de um
mal acondicionamento pode ser danificado, foi o que observou-se com algumas louças que estavam
“jogadas” em locais impróprios e com as cerâmicas que estavam espalhadas por várias áreas da loja e do
almoxarifado (foto 06), e estavam danificadas e até quebradas.

Foto 6 – Estoque
Fonte: Pesquisa direta, 2009.

A empresa não possui em sua área de armazenagem estruturas apropriadas para estocagem de seus produtos,
as duas estruturas que a empresa dispõe não são apropriadas, uma delas é improvisada para esse fim que é a
estrutura de madeira para estocar os tubos de PVC (foto 07), já o outro são os Pallets no quais as cerâmicas
ficam em cima (foto 08), tendo trechos que o acesso as mesma é difícil.
A empresa também não possui uma estrutura adequada para a estocagem das portas, as mesmas ficam
acumuladas umas em cima das outras de forma inadequada (foto 09), podendo acarretar a perda do produto,
pois a porta pode empenar e pegar umidade (foi observada em uma das visitas a empresa, que aviam portas
molhadas).

Foto 7 – Estoque Foto 8 – Estoque Foto 9 – Estoque


Fonte: Pesquisa direta, 2009. Fonte: Pesquisa direta, 2009. Fonte: Pesquisa direta, 2009.

A falta de organização do almoxarifado acarreta outro problema à falta de espaço para circulação dentro do
estoque, pois toda a movimentação é feita só nos corredores, os produtos que ficam perto das paredes
possuem difícil acesso, os funcionários passam por cima de determinados produtos para pegar o que esteja
procurando.
A empresa utiliza carrinhos manuais, carro de mão e principalmente à força física dos empregados, para
locomoção dos produtos, há má adequação do ambiente, acarreta para os empregados, perda do rendimento
físico, devido a esforços desnecessários. Como também perda para empresa, visto que a mesma terá custos
extras com o problema. Observamos então, que a movimentação de materiais está diretamente ligada a forma
como o layout é estabelecido, portanto para uma boa capacidade de movimentação, é necessário um layout
que leve tal ponto em consideração.
Outro aspecto a ser levado em conta é a não utilização do sistema PEPS (Primeiro a entrar é o primeiro a
sair), o que acarreta problemas quanto ao cálculo do custo do estoque e da apuração correta do ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços). Além disso, a falta de controle sobre
essa ordem de entrada e saída tem ocasionado perdas para empresa, pois foi verificado no almoxarifado
produtos estocados por longo prazos, como cerâmicas, tendo em vista que produtos da mesma linha estão
entrando e saindo antes que os que já se encontravam estocados sejam despachados, desta forma vários
produtos acabam ficando sem condições de uso em face a seu longo tempo estocado, o que acarreta em perda
das suas condições de uso.
O inventário físico, apesar de executado de forma anual, não recebe a atenção devida, pois após a análise de
alguns relatórios, verificamos várias discrepâncias entre o estoque físico e o que se encontravam registrados
no sistema de gestão utilizado pela empresa, encontrando-se inclusive alguns itens com estoque negativo.
4.5 Sugestões
Com base na análise dos dados foi observada a necessidade de várias alterações no sistema de armazenagem
e movimentação dos materiais, visando à otimização do sistema.
Buscando a redução de tempo e melhoria do processo como um todo, sugere-se que a codificação dos
produtos, seja realizada através do código de barras, simultaneamente ao seu registro no sistema. Dessa
forma o produto estaria disponível para venda mais rapidamente (figura 2).
Identifica-se também a necessidade no processo de armazenagem, de disposição por categorias de produtos e
maior cuidado ao acomodá-los, evitando a perda por quebra ou perca de suas propriedades, tornando-se
impróprios para venda. O que gera uma porção de custos extras.

CHEGADA DA
MERCADORIA

CONFERE O LOTE

NÃO

SIM

REGISTRO NO SISTEMA
(Software de Gerenciamento)

ARMAZENAGEM

Figura 03 – Diagrama melhorado do processo de armazenagem.


Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Sugere-se a implantação do Programa 5S, que visa trazer benefícios para a estrutura física do ambiente (o
layout), para a motivação dos colaboradores, higiene, organização, arrumação e a autodisciplina de todos.
Com a sugestão de implantação do Programa de Qualidade Total – 5S acarretará numa melhoria em seu
ambiente de trabalho; as relações interpessoais tornar-se-ão mais saudáveis; diminuirá as perdas com
acidentes no trabalho; reduzirá o retrabalho; aumentará a produtividade nas atividades realizadas e a imagem
da organização junto aos clientes ficará melhor; restringirá os gastos dos serviços para os clientes; os
funcionários perceberão a possibilidade de crescimento pessoal e profissional e ocorrerá uma melhora na
auto-estima das pessoas envolvidas.
Aliado à implantação dos 5S propomos que a armazenagem dos materiais seja realizada de acordo com o
sistema PEPS, pois dessa forma seria garantida a renovação do estoque, visto que, os primeiros itens que
entram são os primeiros que devem sair. Para isso é necessário a adequada organização dos itens com
sinalização que indique as datas de entrada no estoque, facilitando o controle das entradas e saídas. Dessa
forma, itens recém chegados não poderiam ser expedidos antes dos que estão a um maior tempo no estoque,
correndo o risco de tornarem-se obsoletos ou mesmo perderem suas propriedades.
Como sugestão para empresa existe o Empilhamento sobre o piso, os mesmos são empilhamentos que são
feitos com os Pallets que ficam no piso, é o que ocorre mais ou menos com estrutura adotada pela empresa
para estocar as cerâmicas, mais o que esta sendo proposto é que tenha uma maior organização no
empilhamento da cerâmica deixando espaços para que os funcionários possam pegar com facilidade as
caixas e também que o equipamento que os mesmos utilizam possa circular de forma acessível.
Possui no mercado uma estrutura chamada Cantilever (figura 10), a mesma é apropriada para estocar tubos
de PVC, metálicos e também madeira, seria adequado para a empresa, pois principalmente no caso das
madeiras, as mesmas não ficariam mais amontoadas no chão.

Figura 04 – Estante Cantilever


Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Outro ponto que merece destaque é o layout atual da empresa, pois apesar do almoxarifado esta dividido por
área não é usado de forma correta, é proposto que os gestores da empresa se conscientizem da importância da
utilização adequado do espaço, para evitar perdas, custos extras e que alguns produtos tornem-se obsoleto. A
figura 05, traz a proposta de melhoria para o layout da área de armazenagem da empresa em estudo, a mesma
terá as áreas adequadas para a circulação de pessoal, equipamentos e material. Como sugestão a empresa
poderá investir em um equipamento não motorizado como é o caso do Transpalete hidráulico, que será útil
para empresa principalmente no deslocamento das cerâmicas e portas.
Figura 05 – Proposta de melhorias para o layout da área de armazenagem.
Fonte: Pesquisa direta, 2009.

5. CONCLUSÃO
Foi constatado que a empresa não faz a administração da armazenagem e movimentação materiais de forma
correta, o que é um grande erro, visto que, é neles que a empresa investe uma maior quantidade de recursos.
Não há planejamento adequado quanto ao layout, nem controle de entrada e saídas dos materiais, bem como
a carência de equipamentos para a armazenagem e a movimentação dos mesmos.
A melhor organização da armazenagem e movimentação funciona como mais uma ferramenta de controle,
pois irá possibilitar uma melhor e maior eficiência, facilitando as entradas e saídas das mercadorias evitando
assim que algumas possam ficar por um longo período estocado, ao passo que produtos novos sejam
despachados antes dos antigos.
É nítida a importância de uma administração de materiais consciente para as empresas, mesmo para as de
pequeno porte como é o caso da pesquisa, pois dessa forma a empresa consegue obter um maior retorno
sobre os recursos que foram alocados nessa área. Além de obter maior qualidade nos seus produtos e
serviços e um grande potencial competitivo.
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