You are on page 1of 93

Curso de Eletrônica Prática Para

Todos
Benedito Mira

Curso de Eletrônica Prática para Todos


(técnicas de montagens)

Apresentação

É com muita satisfação, que apresento este curso de eletrônica prática para
todos, ou também podemos chama curso de eletrônica para iniciantes,
objetivo este, que é de contribuir com todos os hobbys as, leigos, ou seja,
leigos em eletrônica e iniciantes, o curso de eletrônica prática, não é só para
iniciantes, é um curso destinado também a estudantes e até profissionais da
área de eletrônica em geral, ou seja, a todos aqueles que querem desenvolver
ou atualizar seus conhecimentos em eletrônica de uma forma fácil e prática.
Este Curso foi elaborado de forma satisfazer todo àquele que deseja conhecer
eletrônica, não importando o nível de escolaridade, o curso de eletrônica
prática vem demonstrar de forma prática todo o sistema operacional dos
componentes eletrônicos de um modo bem prático e de um jeito bem simples
para se entender.

Modéstia à parte, até agora, não encontrei na internet nada que possa superar
este curso. Não foi encontrado nenhum curso tão bem elaborado e completo
como o curso de eletrônica prática se você procurar na internet de como fazer
um curso de eletrônica bem prática ou até mesmo de como fazer um curso de
eletrônica prática online você não irá encontrar nada, portanto este curso é o
melhor neste nível, se não for o único neste seguimento.

Um curso muito bem explicado numa linguagem simples, contendo mais de


150 ilustrações e tabelas, todas bem elaboradas e detalhadas. Benedito Mira*

Curso de eletrônica Prática para Todos


(Técnicas de montagem)

Por: *Benedito Mira

Você tem, ou já teve curiosidade ou, sentiu até mesmo, a vontade de executar
um projeto eletrônico? Pois então! Chegou sua vez, vamos pôr a mão na
massa!
O objetivo maior deste curso é ensinar eletrônica na prática, uma eletrônica
sem cálculos, sem precisar ficar jogando números para lá e para cá.
O que seria Eletrônica?
Numa definição mais abrangente, podemos dizer que a eletrônica é o ramo da
ciência que estuda o uso de circuitos formados por componentes elétricos e
eletrônicos, com o objetivo principal de representar, armazenar, transmitir ou
processar informações além do controle de processos e servo mecanismo. .
Quando se tem qualquer tipo de dispositivo onde haja a atuação de um
determinado fenômeno físico em correlação com outro, interagindo,
modificando, medindo, aí está à eletrônica.
O funcionamento básico de qualquer circuito eletrônico baseia-se no controle
de tensão e intensidade de corrente elétrica, podendo ser moldadas de forma a
que o projetista possa tirar proveito desses parâmetros e configurá-los em
oscilação e amplificação até chegar ao resultado final quando, por exemplo,
através de um feixe de luz, ou feixe de lazer numa fibra ótica conseguimos
nos comunicar com velocidades cada vez maiores e quantidades de
informação imensas a milhares de km de distância e, tudo isso, em segundos
e milissegundos.

Exemplo de Kit para Montagem Eletrônica

Mas, você só vai precisar conhecer alguns componentes de eletrônica e


conhecer alguma coisa da eletrônica básica. Você não conhece? Não se
preocupe, nós iremos dar a você este conhecimento, que nada mais é do que
um curso de eletrônica para leigos fique tranquilo é muito fácil, ou melhor,
um curso de eletrônica fácil, explicado numa linguagem simples, basta saber
ler para entender. Você acredita nisso?“Então, continue lendo!”, com certeza
você vai surpreender.

Este curso nada mais é do que um curso de montagem eletrônica, é um curso


que não fica só na teoria, proporcionamos aulas totalmente práticas, porque a
teoria que oferecemos é muito agradável sem cansaço, é uma eletrônica sem
cálculos.

Este curso foi elaborado de forma para que tenha grande utilidade
principalmente para os que são iniciantes, ou seja, um curso de eletrônica
para iniciantes, que pretendem entrar agora no mundo fascinante das
montagens eletrônicas.
Quando falamos em técnicas de montagem eletrônica nos referimos aos
métodos de fixação e interligação dos componentes de um circuito.
Para que um aparelho funcione, um determinado número de componentes
deve ser interligado de certa forma, dada pelo diagrama, conforme sugere a
figura abaixo.

Esquema Elétrico de um Circuito

O curso de Eletrônica Prática ou pode ser também curso Eletrônica Básica


ou até mesmo Curso de Montagem Eletrônica, portanto este curso está
voltado aos conceitos fundamentais ao entendimento de circuitos elétricos
simples, evitando-se assim o uso

excessivo de conceitos e cálculos só é necessários serem um profissional


dedicado.

Uma pequena introdução na teoria se faz necessário, como já disse nada de


quebra cabeça. Este conhecimento é fundamental busca fazer com que o
profissional domine os conceitos e teorias relacionados à eletricidade e
eletrônica, podendo aplicálos no seu dia-a-dia.

Existem muitos cursos de eletrônica por aí, que até ensina bem, mas é muita
teoria e muitos cálculos, por isso se torna cansativo e desanimador, alguma
vez, que você leu alguns artigos como este você chegou a sentir isto?

Este curso que criamos é o único que o aprendiz pode ir direto à prática, ou
seja, um curso prático. .
“SUMÁRIO”
I
CONCEITO BÁSICO DE ELETRICIDADE

1) - Resistor ou resistência
2) - Tensão
3)– Corrente

II
COMPONENTES

1) – Resistores
2)– Potenciômetros
3)– Trimpot (s)
4)– Capacitores (Cerâmica, Poliéster, Eletrolítico, Variável e trimmer).
5)– Diodo Retificador
6)– Ponte Retificadora
7)– Diodo Zener
8)– LED
9)– Transistores
10)– Regulador de Tensão
11)– Circuitos Integrados (C.I)
12)– Transformadores (trafos)

III
PRÁTICAS

1) – Ferro de Soldar
2) - Como Soldar
3)– Procedimentos
4)– Solda Fria

IV
MONTAGENS

1) – Montagens em barras de terminais (ou pontes de terminais)


2)– Montagens em placas de circuito impresso universal ou na placa padrão
3)– Montagens em placas de circuito impresso (projetada especificamente
para um determinado fim)
V

PRATICANDO

1) – Ferramentas aconselhável para começar


2)– Como ligar LEDs em 110 ou 220 Volts.
3)– Montagem de uma fonte de alimentação “passo a passo”. .

I - CONCEITO BÁSICO DE ELETRICIDADE

Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um


elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde
parte ou toda energia cinética que possuía, excitando outros elétrons. A
energia poderá ser absorvida na forma de energia térmica pelos átomos que
estão em movimento vibratório.
Se um potencial elétrico é aplicado em um condutor, os elétrons têm um
aumento em sua energia cinética e colidem com mais frequência com os
átomos, o que aumenta a temperatura do condutor.

Desta forma, quando a corrente elétrica flui em um condutor, parte da energia


potencial elétrica é convertida em energia térmica; assim, sua resistência não
está associada apenas a oposição ao fluxo de corrente, mas também ao
desenvolvimento da energia térmica no condutor.
Conhecemos diversas formas de energia em nosso dia-a-dia, tal sendo as
principais: a Energia Mecânica; a Energia Química a Energia Elétrica; a
Energia Luminosa e a Energia Atômica.
Para iniciarmos nosso aprendizado e reparações simples em qualquer tipo de
eletricidade, precisamos fixar em nossa mente nas três unidades elétricas:

1) Resistência
2) Tensão ou voltagem
3) Corrente ou amperagem.
.
Vamos ver um pouco dos conceitos básica da elétrica, compreendendo de vez
o que venha a ser:

1)– RESISTÊNCIA (OU RESISTÊNCIA ELÉTRICA):

Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem


de corrente elétrica pelo mesmo, quando existe uma diferença de potencial
aplicada. Seu cálculo é dado pela Lei de Ohm, e, segundo o Sistema
Internacional de Unidades (SI), é medida em ohms.
Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um condutor metálico, um
número muito elevado de elétrons livres passa a se deslocar nesse condutor.
Nesse movimento, os elétrons colidem entre si e também contra os átomos
que constituem o metal. Portanto, os elétrons encontram certa dificuldade
para se deslocar, isto é, existe uma resistência à passagem da corrente no
condutor. Para medir essa resistência, os cientistas definiram uma grandeza
que denominaram resistência elétrica.

Um componente especificamente projetado para possuir resistência é


chamado resistor. Dependendo do material utilizado, e de suas características
físicas e construtivas, os resistores podem ser de carbono, de fio, de filme ou
de semicondutores.

A resistência elétrica representada pela letra “R” é medida em Ohm, cujo


símbolo é a letra Grega ÔMEGA. (Ω)
A resistência elétrica pode ser aplicada de diversas formas, tais como: em
lâmpadas incandescentes; fusível; ferro de passar roupa e muitos outros.
2)– TENSÃO (OU TENSÃO ELÉTRICA):
Tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua
unidade de medida é o volt, em homenagem ao físico italiano Alessandro
Volta. Por outras palavras, a tensão elétrica é a "força" responsável pela
movimentação de elétrons. O potencial elétrico mede a força que uma carga
elétrica experimenta no seio de um campo elétrico, expressa pela lei de
Coulomb, portanto a tensão é a tendência que uma carga tem de ir de um
ponto para o outro.
Normalmente toma-se um ponto que se considera de tensão zero e mede-se a
tensão do resto dos pontos relativos a este.

A Tensão elétrica é representada pela letra “E” ou também pela letra “V”. A
tensão é medida em volts, cujo símbolo é “V”.

Dentre os diversos tipos de fontes de tensão podemos destacar dois grupos: as


que fornecem tensão “alternada” e as que fornecem tensão “contínua.” Todos
os dispositivos eletroeletrônicos necessitam de energia elétrica para seu
funcionamento. A fonte de tensão é o lugar onde tais dispositivos buscam
essa energia que proporciona seu funcionamento.
A tensão alternada: (VA) são normalmente aquelas que geram tensão por
meio de indutores, como um transformador de fio enrolado ou mesmo uma
usina hidrelétrica e aquela energia que chega a sua casa.

Tensão Contínua: (VC) Podem ser as que utilizam processos químicos, como:

As baterias de carro e pilhas, ou proveniente da retificação da tensão


alternada, ou seja, conversão da tensão alternada em contínua por meio de
componentes eletrônicos, os diodos. (Vamos conhece lá na frente).
No mundo moderno as fontes de tensão estão presentes por toda a parte. A
mais comum podemos dizer que é a rede elétrica de nossa casa, ou
apartamento, com a qual interagimos todos os dias assim que ligamos algum
dispositivo eletrônico.
3)– CORRENTE ELÉTRICA:

Corrente Elétrica: é o fluxo orientado de elétrons através de um condutor,


quando submetido a uma diferença de potencial. Entretanto, para que ocorra
o movimento desses elétrons livres é necessário que exista ainda um circuito
fechado. Dizemos, então, que a corrente é o fluxo de elétrons através do
condutor. A corrente elétrica também é conhecida como amperagem.
A corrente elétrica representada pela letra “I” é medida em ampères, cujo
símbolo e a letra“A”.

O sentido convencional da corrente elétrica é sempre do positivo do (+) para


o negativo (-)
A corrente é como a tensão, Portanto, temoscorrente “contínua” e corrente
“alternada”.
Corrente Alternada (CA):

A corrente alternada, ou CA, é uma corrente elétrica cuja magnitude e direção


da corrente variam ciclicamente, ao contrário da corrente contínua cuja
direção permanece constante e que possui polos positivo e negativo
definidos.

A forma de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal por ser a


forma de transmissão de energia mais eficiente. Entretanto, em certas
aplicações, diferentes formas de ondas são utilizadas tais como triangular ou
ondas quadradas.
Gráfico da intensidade de uma corrente "alternada" em função do tempo
A corrente alternada é utilizada em inúmeras aplicações, principalmente em
sistemas de grandes potências, indústrias e máquinas elétricas.
Corrente Contínua (CC)

A corrente contínua tem uma faixa de utilização ainda muito maior, que a
alternada (CA), pois os sistemas eletrônicos como computadores, rádios,
telefones, etc. funcionam com corrente contínua (CC). A corrente contínua
(CC ou DC), é aquela que possui os dois polos, um positivo e outro negativo.
As cargas elétricas se deslocam sempre no mesmo sentido

A corrente contínua (CC) é o tipo de corrente gerada por todos os tipos de


pilhas e baterias, sem exceções, ou pode ser proveniente da retificação da
alternada em contínua por meio de componentes eletrônicos, os diodos.
(Vamos aprender mais a frente).

II - COMPONENTES:

Considera-se o primeiro componente eletrônico puro a Célula Fotovoltaica


(1839) seguida pela Válvula Termoiônica ou termiônica e alguns diodos à
base de Selênio (Se).

A válvula termiônica, também chamada de Válvula Eletrônica, é um


dispositivo que controla a passagem da corrente elétrica através do vácuo,
dentro de um bulbo de vidro, sendo utilizada em larga escala até meados da
década de 1960. Aos poucos, foi substituída pelos Transistores.
Um transístor é um dispositivo que controla a passagem da corrente elétrica
através de materiais semicondutores inteiramente sólidos. Assim, por
definição, ambos são componentes eletrônicos que servem para fazer
trabalhos idênticos, o segundo, porém mais moderno que o primeiro.

A eletrônica, ao passar do tempo, acabou por desenvolver e estudar novos


circuitos eletrônicos além de transistores, diodos, capacitores, indutores,
resistores, etc.

A tecnologia de miniaturização desenvolveu os circuitos integrados, os


microcircuitos, as memórias eletrônicas, os microprocessadores, além de
miniaturizar os capacitores, indutores, resistores, entre outros.

(Vamos agora conhecer os principais componentes eletrônicos, começaremos


pelo):
1)– RESISTORES:

Resistores são componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição à
passagem de corrente elétrica, através de seu material. A essa oposição
damos o nome de resistência elétrica, que possui como unidade ohm (Ω).
Corrente elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga
elétrica. Sabese que, microscopicamente, as cargas livres estão em
movimento aleatório devido à agitação térmica.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso cotidiano são: o filamento
de uma lâmpada incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico, os
filamentos que são aquecidos em uma estufa entre outros.
Exemplo de resistores de Potência (conhecido como RESISTÊNCIA)

Símbolo de Resistores

O resistor causa uma queda de tensão em alguma parte de um circuito


elétrico, porém jamais causam quedas de corrente elétrica, apesar de limitar a
corrente. Isso significa que a corrente elétrica que entra em um terminal do
resistor será exatamente a mesma que sai pelo outro terminal, porém há uma
queda de tensão.

Como os resistores são componentes muito pequenos e devem ter os valores


de suas resistências facilmente identificados, costuma-se codificar este valor
com o uso de uma série de faixas coloridas no corpo do resistor.

Onde lemos o código do valor do resistor impresso (Através de Anéis


colorido no próprio componente).
Devemos considerar que: Cada cor representa um algarismo.

1. As faixas coloridas são lidas a partir da que está mais próxima de uma
extremidade.
2. A primeira faixa colorida representa o primeiro algarismo do valor da
resistência.
3. A segunda faixa colorida indica o segundo algarismo.
4. A terceira faixa representa a potência de dez pela qual devemos multiplicar
os dois algarismos.
5. A quarta faixa, que é opcional, indica imprecisão no valor da resistência.
Prateado indica 10% de imprecisão, dourado indica 5% e a ausência desta
faixa representa imprecisão de 20%. .

Na tabela abaixo estão às cores e seus respectivos valores


EXEMPLOS:

Então temos acima um


resistor e 360Ω Ou *R Com 5% de tolerância
OBS: Alguns fabricantes quando o resistor é menor que 1000 Ω (1K) Eles
preferem chamarem Invés deΩ (ohms) chamam de (R) (Ex. 360 R)
O valor da resistência (Acima) é R = 1500 Ω Ou (1K5) com uma tolerância
de 5% para mais ou para menos.
Se as cores forem: Laranja, violeta, vermelho e ouro, o valor será:
3700 Ω ou 3,7KΩ ou 3K7Ω - 5%
Se as cores forem: Amarelo, cinza, marrom e prateado, o valor será: 480Ω –
10%.

Se as cores forem: Amarelo, cinza, preto e prateado, o valor será: 48 Ω –


10%. “Não esquecer que Ω = ohms”
Vamos tentar colocar os valores no resistor abaixo:

Vamos
preencher as casas abaixo com a cor e o valor de cada faixa do resistor acima
1ª Faixa_____________________________________
2ª Faixa_____________________________________
3ª Faixa_____________________________________
4ª Faixa_____________________________________

2) Potenciômetro:

Agora vamos conhecer um pouco de potenciômetro, que nada mais é do que


um resistor regulável ou ajustável. É um resistor com três terminais, com um
contato deslizante no centro. Se os terminais laterais forem ligados a uma
fonte de tensão, pode-se extrair do terminal central uma tensão variando de 0
v à tensão nominal da fonte ligada ao dispositivo. É utilizado também para
controlar o nível de sinal de corrente alternada, por exemplo, em um controle
de volume ou tonalidade em um rádio ou aparelho de televisão. Quanto ao
sistema de acionamento, pode ser rotativo (comum), deslizante e multi-voltas.
(indicado para ajustes precisos).

OBS: O valor do potenciômetro já vem gravado na própria peça.

Potenciômetro com chave conjugada


Alguns apresentam uma chave conjugada que serve para ligar e desligar o
aparelho eletrônico (como a imagem acima)
Potenciômetro s/ Chave
Potenciômetro
Deslizante
Símbolo de potenciômetro
3)– TRIMPOT:
O Trimpot é semelhante ao potenciômetro ou um resistor.

O Trimpot é um resistor ajustável cujo cursor é acoplado a uma base plana


giratória vertical ou horizontal, dificultando o acesso manual; usados em
circuitos em que não se deseja mudança frequente da resistência. Exemplos:
circuitos para ajuste ou calibração (uso interno)
Alguns modelos de trimpot. (entre Vários)

Símbolo do Trimpot
4) - CAPACITORES:
Vários tipos de
Capacitores
Capacitores são frequentemente classificados de acordo com o material usado
como dielétrico. Os “principais” (mais usados) tipos de capacitores são: A)
Cerâmica (o)
B) Poliéster
C) Eletrolítico.
A) CAPACITOR CERÂMICO
Os capacitores cerâmicos apresentam impressos no próprio corpo um
conjunto de três algarismos e uma letra. Para termos em mãos o valor do
capacitor os dois primeiros algarismos representam os dois primeiros dígitos
do valor do capacitor, e o terceiro algarismo (algarismo multiplicador)
representa o número de zeros à direita. A letra representa a tolerância do
capacitor (a qual pode ser omitida), que é a faixa de valores em que a
capacitância variará. Para os capacitores cerâmicos até 10pF esta é expressa
em pF. Para os acima de 10pF é expressa em porcentagem. Por exemplo, um
capacitor com 224F impresso no próprio corpo, possuirá uma capacitância de
220000pF com uma tolerância de +/- 1% (seu valor pode ser um ponto
percentual a mais ou a menos desse valor). .

Devido ao seu tamanho reduzido, os fabricantes utilizam códigos para


representar as características de cada componente conforme mostrado na
tabela a seguir:

Como identificar o valor do capacitor de cerâmica:


A tabela abaixo foi retirada do blog eletricamente falando com algumas
adaptações. http://eletricamentefalando.blogspot.com.br/

Devido ao seu tamanho reduzido, os fabricantes utilizam códigos para


representar as características de cada componente conforme mostrado na
tabela a seguir:
Como ver a Tolerância:
B) - CAPACITOR DE POLIÉSTER:
Alguns tipos de
Capacitores de Poliéster

O Exemplo abaixo mostra como interpretar o código de cores nos capacitores


de Poliéster. No capacitor "A", as três primeiras cores são: laranja, laranja e
laranja, correspondem a 33000, equivalendo a 33 nF. A cor branca, logo
adiante, é referente à ±10% de tolerância. E o vermelho, representa a tensão
nominal, que é de 250 volts.

A Figura abaixo mostra como interpretar o código de cores dos capacitores e


sua Tabela.
Símbolo de capacitor Poliéster
C) - CAPACITOR ELETROLÍTICO
Vários modelos e
tamanhos de capacitores eletrolítico

Os Capacitores eletrolíticos internamente são compostos por duas folhas de


alumínio, separadas por uma camada de óxido de alumínio, enroladas e
embebidas em um eletrólito líquido (composto predominantemente de ácido
bórico ou borato de sódio). Por ser composto por folhas enroladas, tem a
forma cilíndrica (lembrando que o cilindro não é perfeito, visto que possui
uma área de Secção menor na parte de baixo em relação à de cima). Suas
dimensões variam de acordo com a capacitância e limite de tensão que
suporta. O capacitor eletrolítico possui polaridade (+) e (-). Se inverter as
polaridade este pode “estourar”.
Polaridade do Capacitor Eletrolítico Capacitor Eletrolítico Visto por Dentro
Símbolo do capacitor eletrolítico

D) - CAPACITOR VARIÁVEL:

Vamos conhecer o capacitor variável. É como o Capacitor de Cerâmico, só


que ele pode variar o seu valor através de um eixo. O capacitor variável
possui armaduras que giram para variar a capacitância do capacitor. Eram
usados nos antigos rádios onde a sintonia era feito por um botão rotativo.
Esse eixo do botão era ligado ao capacitor variável que tinha varias
armaduras metálicas e o dielétrico era o ar. Posteriormente nos radinhos à
pilha, esse capacitor foi substituído por um pequeno com dielétrico plástico.
Hoje praticamente não se usa mais nos eletrônicos de consumo.

Capacitor Variável com Dielétricos de ar e Armaduras


Metálicas: Capacitor Variável com Dielétricos Plásticos

Símbolo do capacitor variável E)–


TRIMMER:

Trimmer é um capacitor ajustável que tem a finalidade para ajustar


determinadas frequências em circuitos de RF (rádio frequência), circuito FI
(frequência intermediária) é muito usado em rádios de ondas curtas. Hoje se
usa pouco esse capacitor na eletrônica depois que inventaram o diodo
varicap. Esses capacitores são muito parecidos com trímpot.

O ajuste dele deve ser feito com uma chave plástica ou de madeira, pois uma
de metal poderá alterar a frequência. Cuidado também com o contado das
mãos, pois no ajuste elas poderão introduzir uma interferência de
aproximadamente 60 Hz.
Como podemos observar o trimmer é como o capacitor variável só que o
trimmer e "ajustável".

Vários tipos de Trimmer

(Desde um dos mais antigos até os mais novos)


Símbolo do Trimmer
5)– DIODO RETIFICADOR:

Diodo é o tipo mais simples de componente eletrônico semicondutor, usado


como retificador de corrente elétrica, tanto pode ser em estado sólido quanto
termiônico.
O fenômeno da condutividade em um só sentido é aproveitado como um
chaveamento da corrente elétrica para a retificação de sinais senoidais,
portanto, este é o efeito diodo semicondutor tão usado na eletrônica, pois
permite que a corrente flua entre seus terminais apenas numa direção. Esta
propriedade é utilizada em grande número de circuitos eletrônicos e nos
retificadores.
Diodo retificador é um dispositivo eletrônico que permite a passagem de
corrente em apenas um sentido, oferecendo alta resistência no sentido
reverso. Possui um terminal catodo (K) e outro chamado de anodo (A).

Diodo Retificador e sua


polaridade
Por essa característica é utilizado nos retificadores, que são conversores de
corrente alternada em contínua.

Formas de
Ondas Alternada/Contínua

Assim, dependendo da configuração desse componente no circuito


conseguimos com que apenas os semi-ciclos positivos tenham passagem ou
se o invertemos, apenas os negativo, de uma corrente alternada. Existem
diversas configurações em que os diodos retificadores são utilizados, tais
como retificadores de meia onda (o Mais simples) e os retificadores de onda
completa com dois ou quatro diodos, etc. Normalmente utilizam-se outros
componentes em conjunto com os diodos para que se obtenham otimizações
da tensão retificada, tais como capacitores e bobinas.

Existem os retificadores rápidos e os lentos:


Os retificadores lentos são os comumente usados nas fontes retificadoras e os
rápidos em circuitos onde trabalhamos com frequência mais alta. Ex. Áudio
ou radiofrequência.
Os primeiros diodos eram à Válvula, depois surgiram os retificadores de
Selênio e hoje utilizamos o de silício e o germânio.

Símbolo do Diodo Retificador


6) - PONTE RETIFICADORA

Imagem de Ponte Retificadora


A Ponte Retificadora já vem encapsulada contendo um conjunto de quatro
Diodos, montados em ponte, onde existem quatro terminais, (Figura acima),
dois ligados na fonte AC (tensão alternada a ser retificada) e outros dois
compõem os terminais positivo e negativo da tensão retificada.
Existem mais modelos com invólucro em epóxi, plástico ou metálico, Tanto
para o diodo como para a ponte retificadora. Variam também de tamanho, os
de alta corrente são relativamente grandes.

Símbolo de Ponte Retificadora


7) - DIODO ZENER

Diodo Zener (também conhecido como diodo regulador de tensão, diodo de


tensão constante, diodo de ruptura ou diodo de condução reversa) é um
dispositivo ou componente eletrônico semelhante a um diodo semicondutor,
especialmente projetado para trabalhar sob o regime de condução inversa, ou
seja, acima da tensão de ruptura da junção PN, neste caso há dois fenômenos
envolvidos o efeito Zener e o efeito avalanche.
Imagem de Diodo Zener
Polarização do
Diodo Zener

Símbolo do Diodo Zener


8) - DIODO LED (ou LED)
Agora vamos conhecer os diodos Led's, atualmente é o componente mais
comentado, olha lá se não for o mais usado.
Representação do Diodo LED

Um LED ligado através de uma bateria de 9


Volts

LED é a sigla para Light Emitting Diode, que significa diodo emissor de luz.
O LED tem a função de emitir luz em locais e instrumentos, como lâmpadas,
lanternas e etc. O LED é um condutor de energia elétrica, que quando é
energizado, emite luz visível a olho nu.
LEDs em
Operação

O LED é muito utilizado em produtos eletrônicos, como sinalizador de


avisos, mas também em instrumentos de tamanho maior, como semáforos de
trânsito, além de painéis e cortinas de LED para outdoors.

Símbolo do Diodo LED


9)– TRANSISTOR:

Transistores são componentes semicondutores que tem como funções:


amplificar pequenos sinais, chavear circuitos. Bem, amplificar sinais seria
grosso modo, captar pequenos valores de corrente pela sua base, e utilizá-los
como referencia para controle das correntes em seu coletor, ou seja, para cada
valor de corrente injetado na base, da ordem de miliamperes, circulará entre o
coletor e a carga um valor em amperes proporcional ao seu ganho ou Beta.
Quando esses componentes trabalham como chaveadores ou comutadores,
eles alteram bruscamente a resistência interna através de valores de tensão
injetados na sua base (geralmente onda quadrada) que variam do seu valor
mínimo ao máximo num curto período. Nessa função, ele se comporta
basicamente como uma chave ou interruptor. Os amplificadores de som
utilizam o processo da amplificação de sinais dos transistores e as fontes de
alimentação de PCs utilizam o processo de chaveamento, e é por isso que são
chamadas de fontes chaveadas. Na verdade, o transistor é um resistor
controlado por tensão. Para valores ínfimos de tensão, alteramos a sua
resistência e como consequência, os valores de corrente que circulam entre o
coletor e a carga.
Representação de Transistores
O Transistor tem por sua excelência ser um controlador de corrente. O
transistor é feito em três camadas de cristais, sendo duas camadas de cristais
do mesmo tipo que é separada por outra camada de cristal de tipo oposto, a
camada do meio é que controla a corrente que passa entre as outras duas
camadas. As duas camadas com cristais iguais chamamos de: uma é Emissor
E a outra é Coletor C, e a camada do meio chamamos de: B.

A estrutura interna de um
Transistor
Exemplo de polarização de transistor
Olhando a polarização de um transistor
(visto de frente e por baixo)

Temos duas configurações de Transistor:


Estas duas configurações (NPN e PNP) têm princípios de funcionamento
semelhantes, mas com tensões aplicadas simétricas entre si. Deste modo,
cada transistor NPN pode ter um transistor PNP equivalente ou
complementar.
NPN e PNP estão relacionados com sua polaridade; os transistores NPN o
coletor é positivo e o emissor é negativo; a base deve ser polarizada
positivamente; o PNP o coletor é negativo, o emissor é positivo e a base deve
ser polarizada com tensão negativa.

Transistor visto de frente


mostrando sua polaridade
A principal diferença entre os dois tipos de transistores, NPN e PNP, é a
tensão fornecida na sua base, de forma a que este entre em condução. Ou
seja, nos transistores do tipo NPN (usado Por exemplo em um circuito sensor
de toque) para que o transistor entre em condução é necessário fornecer 5 v
na base. Desta forma é estabelecido circuito entre o coletor e o emissor,
circulando a corrente do coletor para o emissor.
Símbolo dos transistores
NOTA:

O transistor foi uma das grandes invenções do século, a descoberta do


transistor possibilitou um grande avanço na eletrônica. Por isso, venho pedir
desculpas por não aprofundar mais neste tema, que é tão rico, envolve muitos
cálculos e este não é nosso objetivo.

Assim como os transistores, vamos conhecer um pouco os Circuitos


Integrados:
10) - REGULADOR DE TENSÃO

Os reguladores de tensão, que tem por finalidade a manutenção da tensão


de saída de um circuito elétrico. Sua função principal é manter a tensão
produzida pelo gerador/alternador dentro dos limites exigidos pela bateria ou
sistema elétrico que está alimentando.
Imagem de Regulador de Tensão

Os reguladores de tensão podem ser obtidos na forma de circuito integrado.


Os reguladores de tensão na forma de CI são mais precisos e tornam o
circuito mais compacto, pois ocupam menor espaço.

Exemplo: Esquema
de Fonte de Alimentação Usando o Regulador 7805
Símbolo de Regulador de Tensão
Têm-se vários tipos de reguladores de tensão, dentre os quais podemos citar o
CI da série 78xx. Veja a tabela abaixo. .

Obs. A Tabela abaixo só consta os reguladores mais usados (mais comuns).


78xx
7805 = 5 volts
7806 = 6 volts
7808 = 8 volts
7885 = 8,5 volts
7812 = 12 volts
7815 = 15 volts
7818 = 18 volts
7824 = 24 volts
11) - CIRCUITOS INTEGRADOS (C.I):
Imagem de Circuito Integrado (CI)

Circuito integrado (ou simplesmente C.I.) é um circuito eletrônico que


incorpora miniaturas de diversos componentes (principalmente transistores,
diodos, resistores e capacitores), "gravados" em uma pequena lâmina (chip)
de silício. Os circuitos integrados são usados em quase todos os
equipamentos eletrônicos usados hoje e revolucionaram o mundo da
eletrônica.

Obs. Ter muito cuidado com os pinos do C.I, o Pino (1) é sempre o da pinta,
como ilustra a figura abaixo.
Observar a Pinta onde identifica o pino
(1), e onde inicia a contagem dos pinos.
Precisamos observar bastante a figura abaixo a onde inicia a contagem de
seus devidos pinos, Não tem pinta, mas, tem uma "fenda".
Veja a Fenda e onde está o pino (1)

Vários tipos de Circuitos


Integrados (C.I)
Símbolo de Circuito Integrado
(C.I)

Exemplo de utilização de circuito


Integrado
Circuito Integrado Visto Por Dentro
12) - TRANSFORMADORES (ou Trafos)

Exemplos de
Transformadores

Transformadores ou trafos são dispositivos elétricos que tem a finalidade de


isolar um circuito, elevar ou diminuir uma tensão. Servem também para casar
impedância entre diferentes circuitos ou como parte de filtros em circuitos de
radio frequência.
Existem transformadores de diversos tipos, cada um com uma finalidade,
construção e tamanho específicos.

Um transformador é constituído por um núcleo, feito de um material


altamente imantável, e duas bobinas com número diferente de espiras
isoladas entre si, chamadas primário (bobina que recebe a tensão da rede) e
secundário (bobina em que sai a tensão transformada).
A tensão de entrada e de saída é proporcional ao número de espiras em cada
bobina.
Símbolo de
transformadores

Recapitulação:
Vamos recapitular um pouco (Vamos observar os desenhos abaixo) O projeto
"não" é para ser montado (Pelo menos por enquanto, aguarde um

pouco) é somente para ver a posição dos componentes Fig.(1), e interpretação


de esquema fig. (2) e Leitura de lista de componentes fig. (3).
PROJETO DE UM PISCA-PISCA:
Posição dos componentes na Placa (Fig.1)

Esquema do Pisca-Pisca (fig. 2)


Lista de Materiais: (Fig.3)
R1 = Resistor de 8200Ω (8K2Ω) – 5%
R2 = Resistor de 2200Ω (2K2Ω) – 5%
R3 = Resistor de 2200Ω (2K2Ω) – 5%
VR1 = Trimpot 100 KΩ
C1 = Capacitor 220 µF
D1 = Led vermelho
D2 = Led Verde
CI (circuito integrado) (não identificado na placa) NE 555
Um borne (onde são ligados os fios para alimentar 12 volts) III– PRÁTICAS:
1) - FERRO DE SOLDAR:
Todos sabem que as montagens eletrônicas exigem o emprego da solda e, que
esta solda é feita com um ferro aquecido especial.

Imagem de um Ferro de Soldar

É uma ferramenta básica para as soldas em eletrônica. Em sua grande maioria


são elétricos e há desde os simples, que podem ser comprados segundo sua
potência (30, 40 e 60 w são os mais comuns), como os mais modernos com
controle de temperatura, ponteiras intercambiáveis e outras calibrações (estes
são chamados de estações de solda).
Para circuitos impressos, utilize somente soldador elétrico ("ferro de soldar")
com dissipação máxima de 50 W, com a ponteira em forma de “ponta de
lápis”.
Exemplo de como Soldar
“MUITO CUIDADO”

O ferro soldar chega a altas temperaturas (até 600 ºC), então sempre a segure
pela base plástica ou senão você pode se queimar. Proteja a mesa e afaste
outros objetos que possam estar perto.

Estanhe a ponta do soldador:


Se ela não estiver "molhada" com solda, o que ocorre num soldador que já foi
usado, quando o soldador estiver quente encoste um pouco de solda de modo
que ela se funda. Essa solda vai "molhar" ou "estanhar" a ponta do ferro no
local de uso, formando ama região brilhante de metal fundido.

Como deve estanhar a ponta do ferro de soldar

Uma esponja pode ser usada para limpeza da ponta do ferro ou usar um
pedaço de pano ou estopa, também úmido. Tome cuidado, no entanto para
não queimar os dedos se usar um pano ou estopa! Coloque uma pequena
quantidade de solda na ponta do soldador, pois isso facilita a transferência de
calor.

A esponja deve ser mantida umedecida e serve para limpar a ponta do


soldador antes de cada soldagem.

Para derreter a solda no local em que deve ser feita a junção do terminal de
um componente com outro componente ou com uma placa de circuito
impresso é preciso aplicar calor. Isso é conseguido por meio do ferro de
soldar ou soldador, que acabamos de conhecer.

Se os terminais de componentes, fios ou locais de soldagem estiverem sujos


ou oxidados ‚ preciso limpá-los para que a solda possa aderir.

Exemplo de uma pequena placa devidamente soldada


2) - COMO SOLDAR

A solda tem duas funções num aparelho eletrônico: ao mesmo tempo ela
segura firmemente em posição de funcionamento, pelos terminais,
principalmente os componentes pequenos e proporciona a conexão elétrica
deste componente com o restante do circuito.
Como se deve segurar o ferro de Soldar
A Solda dever ser aplicada após o terminal de o componente estar aquecido
Veja o Detalhe acima encostando primeiro o ferro no terminal e a trilha da placa e depois a solda.

· Se mais solda for necessária para garantir o ligamento, alimente o ferro


delicadamente com solda usando com a mão.
· A solda deve sair facilmente e formar lados côncavos enquanto ela se
espalha ao redor do fio do componente. Ele não deve fazer uma bola ou
caroços. Termine a solda. Puxe o fio de solda o primeiro e espere um
segundo. Em seguida, ponha o ferro longe do ponto de solda para esfriá-la.
Novamente, isso só deve demorar de 5 a 10 segundos, no máximo.

Veja no detalhe Acima como uma Solda deve


ficar

Para facilitar os trabalhos de soldagem, esta solda é fornecida basicamente


em fios que contém em seu interior uma resina limpadora que ajuda na
aderência da solda. Rolos, cartelinhas e mesmo tubinhos podem ser
adquiridos no mercado.

Exemplo
dos tipos de embalagem de solda existente no mercado

Para nós que vamos fazer pequenas montagens, serviços de reparos, a melhor
solda ‚ a que vem em fios de 0,8 a 1,2 mm de espessura e com proporção de
estanho e chumbo de 60/40. Esta solda é popularmente chamada de 60 x 40
ou simplesmente "solda para rádio" ou "solda para transistores".

3) - PROCEDIMENTO:

Encoste a ponta do soldador na junção entre o terminal do componente e a


“ilha” do circuito impresso. Mantenha a ponta nessa posição e encoste a solda
no ponto a ser soldado e não à ponta do soldador. (Exemplo abaixo)

Espere que a solda derreta e envolva a conexão. Use somente a quantidade de


solda necessária e evite aquecer desnecessariamente a placa e o componente.
Retire primeira a solda e depois o soldador. Não mova os terminais até que a
solda esfrie.
Uma solda bem feita deve conter uma quantidade mediana de estanho, apenas
o suficiente para cobrir a junção entre as superfícies e/ou componentes.
Também deverá ser lisa e brilhante, pois solda rugosa ou opaca é sinal de
"solda fria".
Outro cuidado que precisamos tomar é não deixar a solda espalhar e encostar
com a outra trilha , pois aí ficará em curto. (Veja a figura abaixo).

Trilha em curto

Outro cuidado importante é não deixar o ferro de solda em contato por muito
tempo com as superfícies ou componentes, pois o calor excessivo causará
danos irreversíveis principalmente em componentes eletrônicos. O tempo de
contato para componentes de menor porte não pode ser maior que um ou dois
segundos.

Não “assopre” sobre a solda!


Toque levemente no terminal com um alicate de corte para certificar-se que a
soldagem está firme. Corte fora o excesso do terminal com o alicate de corte.
Soldagem de transistores e circuitos integrados:

Para facilitar uma futura necessidade de substituição, os transistores de baixa


potência devem ser soldados mantendo-se uma distância de 6 a 10 mm entre
a parte inferior do componente e a placa de circuito impresso.
Antes de soldar, engatase uma “garra jacaré” no terminal a ser soldado, de
modo que esta absorva o calor e assim não se danifique o transistor. O
mesmo pode ser feito segurando-se o terminal com um alicate de bico fino,
mas neste caso será necessário o auxílio de uma segunda pessoa. .
Utilização da garra Jacaré
Exemplo de solda feira com uso do alicate

Quantas vezes precisamos se virar, não é? Uma engenhoca às vezes é muito


bem vinda e se faz necessário, para mim já foi de grande utilidade,
principalmente na montagem de cabo de áudio e vídeo, não tendo uma morsa
ou alicate de pressão, um elástico é muito bem vindo. (Observamos a figura
abaixo)
Alicate pressionado por um elástico Exemplos de como fazer uma solda

Para circuitos integrados, a melhor alternativa em montagens experimentais é


usarem-se soquetes apropriados e não soldar diretamente o componente na
placa. Neste caso, os circuitos integrados só serão instalados nos soquetes
depois de terminada a montagem.

Imagem do soquete para C.I - com o devido C.I


Soquete já colocado na Placa
Circuito
Integrado (CI) Já conectado no soquete, e o soquete já fixado na Placa.

O Soquete além de facilitar-se a futura manutenção do circuito, evita-se que


os circuitos integrados sofram sobreaquecimento durante o trabalho de
soldagem, ou seja, danificados por cargas estáticas. Também o emprego de
soquetes permite que os circuitos integrados sejam reaproveitados em outra
montagem. Na impossibilidade de se usar soquetes, os terminais dos circuitos
integrados devem ser inseridos na placa até o ponto em que há uma espécie
de “base” no terminal.

A soldagem de cada terminal deve ser executada com rapidez, para não
sobreaquecer o componente, e deixando-se um intervalo antes de soldar o
próximo terminal. A melhor técnica é aguardar cerca de um minuto entre a
soldagem de cada terminal, pois o calor gerado pode fazer com que sejam
desligadas as conexões internas dos terminais à “pastilha” do circuito
integrado. A solda deve envolver cada terminal, sem excessos que possam
curto-circuitar terminais adjacentes. Ao contrário do que se faz nos demais
componentes, não se deve cortar a ponta do terminal que “sobra” dos
circuitos integrados.

4) - SOLDA FRIA
Solda fria e quando a solda não tem uma boa aderência com o terminal, então
há um mau contato com a trilha do circuito impresso. Causa esta que pode ser
aquecimento insuficiente da trilha, ou a placa de circuito impresso está suja
ou oxidada.

Há casos de boa aderência com trilha do circuito impresso, porém um mau


contato com o terminal do componente. Causa esta que pode ser aquecimento
insuficiente do terminal, ou terminal sujo ou oxidado.

Uma soldagem correta deve ter boa aderência da solda à trilha do circuito
impresso e ao terminal do componente.
Exemplo de Solda Fria (2 Figuras abaixo)
As figuras acima demonstra bem o que é uma solda fria, na maioria dos
aparelhos novos que apresentam defeitos é este tipo de solda (Fria), como
podemos observar bem nas figuras acima.

OBS:
A) O melhor soldador não é o mais potente, pois se for aplicado muito calor
no local de uma soldagem esse calor pode se propagar até o componente e
danificálo. A maioria dos componentes resiste a um processo de aquecimento
numa soldagem rápida, mas se muito calor for aplicado durante muito tempo
ao componente ele pode ser danificado.
B) A solda não "pega" em qualquer metal. Assim a solda de estanho/chumbo
usada em trabalhos eletrônicos é utilizada para fazer conexões principalmente
em peças de cobre ou cobre que tenha sido previamente estanhado. Metais
como ferro, alumínio e outros não "aceitam" essa solda e nenhum
componente pode ser soldado neles.
C) Para tirar um componente existem sugadores que sugam a solda derretida
do terminal de um componente, ou se nós aplicar uma solda e ela ficar opaca
(sem brilho), e outro sinal de solda fria, podemos usar o sugador para retirar
esta solda, espere esfriar e refazemos de novo.

Exemplo de um
dos modelos de sugador de solda
O exemplo abaixo mostra como se deve sugar, para sugar você deve aquecer
o local, quando perceber que a solda esta derretida coloque o sugador e o
acione.
D) Uma das formas interessante de praticar é retirando componentes de
algum aparelho velho e depois os soldando numa ponte de terminais ou numa
placa qualquer de circuito impresso.

É uma habilidade indispensável, tanto para hobbistas como os usuários mais


avançados que devem dominá-la e para isto, devem PRATICAR MUITO. IV
– MONTAGENS:

Existe uma grande quantidade de tipos diferentes de montagem de circuitos


eletrônicos, apresentarei apenas as mais usadas e as mais simples.
Vou mostrar três tipos de técnica de montagem:
1 – Montagem em barras de terminais (Ponte de terminais)
2 – Montagens em placa Padrão ou Universal (com Trilhas)
3 – Montagens em circuitos impressos (Projetada para própria montagem)

Vamos conhecer
1)– MONTAGENS EM BARRAS DE TERMINAIS OU“PONTE DE
TERMINAIS”:

Esta técnica é muito simples, atualmente esse tipo de montagem é usado


apenas nos casos extremos em que se está aprendendo, não tem muitos
recursos, ou seja, uma montagem simples. Alguns terminais possuem
prolongamentos que possibilitam sua fixação através de parafusos numa base.
As pontes de terminais podem ainda ser encontradas prontas em diversos
tamanhos e comprimentos.

Uma das vantagens da ponte de terminais é que podemos soldar e dessoldar


os componentes à vontade sem perigo de dano ou quebra o que é mais difícil
no caso das placas de circuito impresso.
Abaixo exemplos de montagens em ponte de terminais
2) - MONTAGEM EM PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO UNIVERSAL

(OU PADRÃO):
As Placas de Circuito Impresso do tipo Universal tem tiras paralelas de faixa
de cobre sobre um dos lados. São usadas para fazer circuitos permanentes
soldadas.

A PCI Universal não requer nenhuma preparação especial e pode ser cortado
com uma pequena serra. A conversão de um diagrama de circuito elétrico
para uma montagem em PCI Universal não é linear porque a disposição dos
componentes é diferente. Concentre-se nas conexões entre os componentes.
Separe todas as peças que você vai usar no circuito e corte a PCI Universal
com uma pequena folga, de modo que você pode usar um pedaço fora do
espaço mínimo de que necessitam.

Veja os Exemplos abaixo:


Ter muito cuidado para não colocar as trilhas em

curto Observes acima, como fazer uma solda na


placa universal.

Exemplo de montagem pronta em uma


placa universal
Para interligar pontos diferentes da mesma placa como, por exemplo, um
pino a outro de dois circuitos integrados, usamos pedaços de fios. Conforme
figura abaixo.
Observar que as filas de contatos das bordas (horizontais) são deixadas para
fornecer o que podemos denominar linhas de alimentação. Na parte central
temos então as linhas de furos com interligação vertical. As dimensões e as
separações dos furos são tais que possibilitam o encaixe direto de circuitos
integrados. Podemos ver como é possível que dois terminais de componentes
encaixados na mesma fila são interligados eletricamente.

Veja como foi fácil com essa técnica? Podemos realizar, praticamente,
qualquer tipo montagem.
3) - MONTAGEM EM PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO (PROJETADA
PARA A PRÓPRIA MONTAGEM):

A montagem em placas de circuitos impressos (PCI) é a mais conhecida,


praticamente todos os equipamentos eletrônicos são montados em placas de
circuito impresso. Ela é uma placa de um material isolante como a fenolite ou
fibra de vidro com trilhas de cobre e furos para fixar soldar os componentes.
As placas de circuito impresso podem ter as trilhas de cobre de um só lado,
frente e verso (dupla face) ou multicamadas (sanduíche). As trilhas
condutoras em diferentes camadas são conectadas com furos metalizados.
Alguns modelos mais sofisticados de PCI podem conter componentes, como
capacitores, resistores ou dispositivos ativos incorporados em seu substrato.
Praticamente todos os equipamentos eletrônicos são montados em placas de
circuito impresso.

Obs.: Quando adquirimos um Kit para montagem, no mercado, geralmente já


vem com a placa de circuito impresso.
Exemplos:
Abaixo Exemplo como é uma placa desde o seu inicio até a sua soldagem
4) - PASSO A PASSO DE UMA MONTAGEM:
Ao começar uma montagem, primeiramente começamos pelos componentes
menores, tais como: Diodo, resistores e circuito integrado.
Os componentes deverão ser dobrados conforme as figuras abaixo:

Agora, vamos identificar na placa aonde vai o componente, é só colocar, ok?


Exemplo abaixo identificou o R1
Agora
encaixando o componente no seu devido lugar
Depois de colocados os componentes, seus terminais deverão ser dobrados
num ângulo de 45 Graus:
Depois de dobradas, estes terminais
deverão ser cortados, ou se preferir poderá também soldar antes de cortar,

Como Ex. a figura abaixo. (Abaixo)


Cortando antes de soldar
Ao cortar deixar mais ou menos 2 mm Um exemplo de placa montada usando um suporte
Agora que você está bem treinado em solda, vamos soldar:
Exemplo de uma solda bem
executada
V – PRATICANDO
1) - FERRAMENTAS ACONSELHÁVEL PARA COMEÇAR:
A) Ferro de Soldar*
B) Alicate de Bico
C) Alicate de corte
*Na figura abaixo o ferro de solda veio acompanhado do suporte e um tubo
de solda.

Ferro de
Soldar
(Vamos Praticar?)
2)– COMO FAZER PARA LIGAR LEDs EM 110 OU 220 VOLTS?
Fontes: Saiba como funciona um LED e aprenda a ligá-lo em 110 v e 220 v
(Newton C. Braga) Tirado da Revista FACTA

Uma das aplicações é como foco de luz de baixo consumo permanente para
dormitórios de crianças, evitando-se assim a escuridão total e indicando a
posição do interruptor de luz. Na figura acima damos o circuito que
possibilita a ligação de 1, 2 até 3 LEDs na rede de 110 ou 220 V.

Posição dos
componentes
Vamos usar um capacitor de 1 µF para a rede de 110 v ou um de 470 nF para
o caso da rede de 220 v. O diodo D1 retifica a corrente, pois os LEDs só
trabalham com correntes contínuas e D2 protege os LEDs contra os pulsos
inversos ou problemas com D1.
Os anodos dos LEDs devem ficar do lado esquerdo, como mostra a figura
abaixo:

O capacitor de poliéster é usado para reduzir a tensão da rede, aproveitando-


se assim sua reatância capacitiva. (C1)
Os diodos podem ser 1N4004, 1N4007, ou outros, conforme a rede de
energia e os LEDs podem ser de qualquer cor ou tamanho.

Esquema Elétrico
Lista de Materiais
(O que você vai Precisar)

· D1, D2 – 1N4004 – diodos retificadores


· led1, led2 e led3– LEDs comuns qualquer cor.
· C1 – 1 µF x 200 V (110 V) ou 470 nF x 400 V (220 V) capacitor de
poliéster
3) - MONTAGEM DE UMA FONTE DE ALIMENTAÇÃO (PASSO A
PASSO):

Vamos começar com uma montagem de uma fonte de alimentação muito


simples, mas de grande utilidade nos dias de hoje. Esta fonte é muito versátil,
você pode alterar sua tensão de acordo com sua necessidade, mudamos
apenas o Regulador de tensão. Veja na tabela a opção de tensão ou energia
que você precisa. Como você tem livre escolha nós vamos chamar o
regulador de tensão de 78xx.

Veja como ficará a fonte Montada na ponte de terminais

Falta fixar os componentes em um suporte isolante, apenas estão interligados.


Esquema elétrico da Fonte de Alimentação AGORA VAMOS PRIMEIRO A
LISTA DE MATERIAL, VAMOS VER O QUE VAMOS USAR?
1) Ponte de terminais (7 terminais)

2) Cabo de
força........................................
3) F1 – Fusível de vidro de 1 ampere
......
4) Porta Fusível:........................................
5) S1 - Chave Liga/Desliga:......................
6) Dissipador para o Regul. de tensão........

7) T1 - Transformador
110/220 V – 1 Ampere = 1000mA./Saída 12 + 12 Volts. (o transformador já
vem com o manual explicando como ligar em 110/220). (Com três fios)

Com quatro fios na entrada (Observar o esquema de ligação no próprio


transformador se conseguir visualizar o esquema de 110 Volts, pois, o mesmo
esta ligado desta forma: Juntar o Preto e Azul depois juntar o Vermelho e
verde: e o 220 Volts e só juntar o preto e Azul:
8) D1 e D2 – Diodo, pode ser o 1N4001 (Cuidado com a polaridade, veja o
exemplo abaixo).

(Aonde se encontra a risca é catodo) (Catodo)


9) C1 – Capacitor Eletrolítico 1000 µF. X Acima de 25 Volts (+ ou – 50
Volts). 10) C2 – Capacitor eletrolítico de 100 µF. X Acima de 25 Volts (+ou-
50 Volts).

(Muito cuidado com as polaridades dos capacitores)


11) CI-1 – Regulador de tensão 7805 (no nosso casa vamos usar um 7805, ou
poderá escolher o que você necessita na tabela). Ou seja, qual a tensão que
você vai necessitar. (Na saída Final da Fonte).
78xx
7805 = 5 volts
7806 = 6 volts
7808 = 8 volts
7885 = 8,5 volts CUIDADA COM A LIGAÇÃO DO REGULADOR 7812 =
12 volts
7815 = 15 volts
7818 = 18 volts
7824 = 24 volts

AGORA E SÓ PRESTAR ATENÇÃO NO ESQUEMA E NO DESENHO


DE

MONTAGEM (Acima, no inicio do artigo) E "PAU NA MÁQUINA".


Materiais diversos: Parafuso e porca de 3 mm para o dissipador.
Fio Vermelho e preto (+ ou– meio metro cada)
Garras Jacaré (Vermelha e preta para ligar nos fios de saída)

Material isolante para fixar os componentes


A caixa para colocar a fonte, fica a escolha de cada um, eu,
por exemplo, montei em uma caixa de plástico branca, (conforme fig.
Abaixo).

*Benedito Mira
(técnico eletrônico)
Email: benedito.mira@terra.com.br

** As imagens foram pesquisada do google, editado com seu nome de


Origem ***As matérias contidas neste trabalho além dos meus
conhecimentos também foram pesquisadas na Wikipédia Livre
https://pt.wikipedia.org/
OK/25/08/2016

You might also like