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Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS

Introdução
Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são equipamentos
desenvolvidos com o objetivo de detectar sobretensões transitórias na
rede elétrica e desviar as correntes de surto para a terra. Estes distúrbios,
são mais comuns do que muitos imaginam, ocorrendo diariamente em
ambientes residenciais, comerciais e industriais. Mas, como eles são
gerados? E mais, que tipo de danos os surtos elétricos podem causar?
Qual é a melhor proteção para os nossos equipamentos?
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
O QUE É O SURTO ELÉTRICO?

Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou potência que tem
como característica uma elevada taxa de variação por um período curtíssimo de
tempo.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
DE ONDE VEM O SURTO ELÉTRICO?

Os surtos elétricos são normalmente causados por descargas atmosféricas,


manobras de rede e liga/desliga de grandes máquinas. Saiba mais sobre cada
tipo de situação:
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS

Descargas Atmosféricas

Sempre que um raio cai, seja diretamente ou próximo à uma instalação / rede
elétrica, são gerados surtos. Eles podem chegar até os aparelhos conectados
às redes elétricas, linhas de dados, como internet e TV a Cabo e linhas
telefônicas.

A origem do raio
Os raios são descargas elétricas que ocorrem durante tempestades.
Durante as tempestades, há dentro das nuvens o acumulo de cargas negativas
em sua região inferior.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
A origem do raio

Os raios são descargas elétricas que ocorrem durante tempestades.


Durante as tempestades, há dentro das nuvens o acumulo de cargas negativas em
sua região inferior.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
A origem do raio

O raio é uma descarga elétrica. Ela é produzida entre uma nuvem e a terra ou
mesmo entre uma nuvem e outra. É uma descarga intensa e visível, chegando a
formar um clarão arroxeado, o relâmpago. Ela pode também vir acompanhada de
uma onda sonora, o trovão.

Os raios têm a sua origem na formação das nuvens. Quando ocorre o ciclo da água,
no momento de sua ascensão ao céu por meio da evaporação, na condensação e na
sua precipitação, ocorre uma troca de carga entre as partículas de água que se
chocam.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
Manobras de Rede
Não apenas os blecautes, conhecidos popularmente como apagões, mas
também as tentativas de religamento são grandes fontes de distúrbios
eletromagnéticos, incluindo o surto elétrico.

Liga/Desliga de Máquinas
O que a grande maioria das pessoas não sabe, é que os surtos elétricos
acontecem de maneira cotidiana devido também ao ligar e desligar de
grandes motores.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
QUAIS DANOS OS SURTOS ELÉTRICOS PODEM
CAUSAR?

Os principais danos causados pelos surtos elétricos são:


- a degradação de componentes;

- a diminuição de vida útil de equipamentos eletroeletrônicos e;

- até mesmo a queima instantânea destes aparelhos.


Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
QUEM ESTÁ EXPOSTO A ESTE TIPO DE PROBLEMA?

Absolutamente todos os ambientes que possuam equipamentos


conectados à rede elétrica ou linhas de dados, como telefonia, internet
e TV estão expostos aos malefícios dos surtos elétricos. Temos
exemplos em diversas esferas.
Grandes companhias de energia sofrem diariamente com queimas de
transformadores causadas por surtos elétricos.
Eles podem avariar equipamentos essenciais para o nosso dia-a-dia,
como geladeiras, fogões, freezers, microondas, tvs, modems de
internet, receptores de tv a cabo, câmeras de segurança, portões
eletrônicos, interfones e muitos outros tipos de aparelhos.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
O QUE É DPS? COMO ELES PROTEGEM OS
EQUIPAMENTOS?
Os Dispositivos de Proteção contra Surtos são equipamentos desenvolvidos para
detectar a presença de sobretensões transitórias na rede e drená-las para o sistema de
aterramento antes que atinjam os equipamentos eletroeletrônicos.

Os Dispositivos de Proteção contra Surtos podem ser utilizados em diversas


aplicações: em redes de distribuição de energia elétrica, para proteção de
transformadores e luminárias urbanas; linhas de telecomunicações; tubulações de
companhias de óleo e gás; painéis de energia solar fotovoltaica; quadros de
distribuição de edificações comerciais/residenciais e até mesmo conectados às
tomadas, acoplados aos equipamentos que desejamos proteger.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
Existem três classes de DPS:

Classe I – Dispositivos com capacidade de corrente suficiente para drenar


correntes parciais de um raio. É a proteção primária, utilizada em ambientes
expostos a descargas atmosféricas diretas, como áreas urbanas periféricas ou
áreas rurais. Instalados nos quadros primários (QGBT) de distribuição.

Classe II – Dispositivos com capacidade para drenar correntes induzidas que


penetram nas edificações, ou seja, os efeitos indiretos de uma descarga
atmosférica. Utilizados em áreas urbanas e instalados nos quadros
secundários de distribuição.

Classe III – Dispositivos destinados à proteção fina de equipamentos,


instalados próximos destes. São utilizados para proteção de equipamentos
ligados à rede elétrica, à linha de dados e linhas telefônicas.
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
Símbolos mais comumente encontrados em projeto e placas de equipamentos
eletrônicos
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
Como ligar DPS ao circuito?
Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS
Como ligar DPS aos circuitos sem neutro?
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
Antes de falarmos de fatores de carga e de demanda, veremos alguns
conceitos importantes:

Carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos elétricos


instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em
funcionamento, expressa em quilowatts (kW);

Demanda: média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao


sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade
consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, expressa em
quilowatts (kW) e quilovolt-ampère-reativo (kvar), respectivamente;
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
Demanda contratada: demanda de potência ativa a ser obrigatória e
continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega,
conforme valor e período de vigência fixados em contrato, e que deve ser
integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento,
expressa em quilowatts (kW);

Demanda medida: maior demanda de potência ativa, verificada por


medição, integralizada em intervalos de 15 (quinze) minutos durante o
período de faturamento;

Demanda faturável: valor da demanda de potência ativa, considerada para


fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa em
quilowatts (kW);
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
Fator de carga (FC): Segundo a resolução a normativa nº 414 de 9 de
setembro de 2010 da ANEEL, o fator de carga é definido como sendo a
razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade
consumidora ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado. Também
se pode afirmar, que o fator de carga é a razão entre a energia ativa
consumida e a energia máxima que poderia ser utilizada em um dado
intervalo de tempo.
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
Fator de demanda (FD): Segundo a resolução normativa nº 414 de 9 de
setembro de 2010 da ANEEL, o fator de demanda é a razão entre a
demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a potência
instalada na unidade consumidora.
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
Para simplificar o entendimento do fator de carga e fator de demanda, é
apresentado abaixo um gráfico simbolizando o consumo de energia para um dia
útil (e.g.: de terça a sexta feira) para um cliente do grupo A.

Na figura temos:
- A: Curva de Carga
diária (a integral da
curva é o consumo
diário)
- B: Demanda máxima
- C: Potência instalada
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
Na Figura anterior, o consumo é o resultado da soma das demandas
instantâneas de um determinado período. O consumo de energia atinge seu
maior nível no horário de ponta, neste caso por volta das 19 horas, horário em
que muitos aparelhos são ligados ao mesmo tempo. A linha na cor azul,
identificada com a letra (B), representa o maior valor registrado no dia
referente à demanda de energia, cujo valor máximo foi de 105 kW no horário
das 19 horas. Digamos que para o período de 1 mês, o valor 105 kW foi a
maior demanda registrada, nesse caso ao multiplicar esse valor por 30 dias,
obtemos a energia elétrica que seria consumida caso a demanda máxima
fosse utilizada ao longo de todo este período, caracterizando-se como o
máximo de utilização da rede elétrica disponível. A terceira linha, na cor verde,
identificada com a letra (C) representa a soma das potências de todos os
aparelhos elétricos existentes no estabelecimento, mesmo daqueles que não
estejam sendo usados naquele momento, mas funcionariam caso fossem
ligados na tomada.
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
FATOR DE CARGA E FATOR DE DEMANDA
O fator de carga (FC) é um índice adimensional que varia de 0 a 1, e quanto
mais próximo de 1, melhor a eficiência energética da instalação.
O FC é um bom indicador de como uma unidade consumidora utiliza a
potência instalada no estabelecimento. Em outras palavras, permite verificar o
quanto a energia está sendo utilizada de forma racional.

Já para o fator de demanda (FD), o que se procura conhecer é o quanto dos


aparelhos existentes (seja ele residencial, comercial, industrial) é usado
simultaneamente. Este fator é obtido pela razão entre a demanda máxima do
cliente e seu potencial de uso, ou seja, a sua potência instalada. Se este valor
for próximo de 1 significa que o cliente consegue utilizar simultaneamente toda
a sua potência instalada.
EXEMPLO 1:
O gráfico abaixo representa a demanda de uma indústria ao longo de um dia.
EXEMPLO 1
a) Em quais horários é possível observar os pontos de demanda máxima
e de demanda mínima?

a) Sabendo-se que a potência instalada na indústria é de 400kW,


encontre o fator de demanda.

a) Observando o gráfico acima, dê sugestões de como otimizá-lo. Como


tais mudanças afetariam no valor da conta de energia? Comente.
EXEMPLO 2:
A demanda média para as duas curvas apresentadas é de 35 kW. Se a
potência instalada para ambos os casos é de 80 KW, calcule o fator de
carga e fator de demanda para as duas curvas. Comente as diferenças.
EXEMPLO 3:
Considerando a seguinte curva típica de um determinado consumidor,
determinar:
(a) A demanda média e a demanda máxima;
(b) fator de carga e fator de demanda;
TIPOS DE CONSUMIDOR
As classes de consumo são as diversas classes aplicadas a cada tipo de
consumidor, conforme a Resolução Normativa ANEEL n. 414/2010.
As classes com suas respectivas subclasses são definidas como se segue:

Grupo A: grupamento composto de unidades consumidoras com


fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas a partir de
sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado
pela tarifa binômia e subdividido nos seguintes subgrupos:

a) subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;


b) subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
c) subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV;
d) subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
e) subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; e
f) subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de
sistema subterrâneo de distribuição.
TIPOS DE CONSUMIDOR
Grupo B: grupamento composto de unidades consumidoras com
fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monômia e
subdividido nos seguintes subgrupos:

a) subgrupo B1 - residencial;
b) subgrupo B2 - rural;
c) subgrupo B3 - demais classes; e
d) subgrupo B4 - Iluminação Pública.

Inicialmente, é importante esclarecer que a responsabilidade pela prestação do serviço


de iluminação pública é da prefeitura municipal. Isso foi estabelecido no art. 30, inciso
V da Constituição Federal.
Amparada pela determinação constitucional, a Resolução Normativa ANEEL nº 414, de
9 de setembro de 2010, no art. 218, determinou que as distribuidoras deveriam
transferir os ativos de iluminação pública (luminárias, lâmpadas, relés e reatores) às
prefeituras.
MODALIDADE TARIFÁRIA
Conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica
e demanda de potência ativas, considerando as seguintes modalidades: As
modalidades tarifárias são um conjunto de tarifas aplicáveis às componentes
de consumo de energia elétrica e demanda de potência ativas, considerando
as seguintes modalidades:

a) modalidade tarifária convencional monômia: aplicada às unidades


consumidoras do grupo B, caracterizada por tarifas de consumo de
energia elétrica, independentemente das horas de utilização do dia;

b) modalidade tarifária horária branca: aplicada às unidades consumidoras


do grupo B, exceto para o subgrupo B4 e para as subclasses Baixa Renda do
subgrupo B1, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia;
MODALIDADE TARIFÁRIA

c) modalidade tarifária horária verde: aplicada às unidades consumidoras


do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia, assim como de uma
única tarifa de demanda de potência; e

e) modalidade tarifária horária azul: aplicada às unidades consumidoras do


grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do
dia;”
MODALIDADE TARIFÁRIA
A Tarifa Branca é uma nova opção tarifária que sinaliza aos consumidores a variação do
valor da energia conforme o dia e o horário do consumo.
Com a Tarifa Branca, o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes
em função da hora e do dia da semana.
Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia em três horários: ponta, intermediário e fora de
ponta. Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora de ponta, é mais barata.
Nos feriados nacionais e nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.
HORÁRIO DE PONTA:
Das 18h30 às 21h29 (Mais caro com Tarifa Branca).

HORÁRIO INTERMEDIÁRIO:
Das 17h30 às 18h29 e das 21h30 às 22h29.

HORÁRIO FORA DE PONTA:


Das 22h30 às 17h29 e ao longo de fins de semana e feriados nacionais (Mais barato com
Tarifa Branca).
MODALIDADE TARIFÁRIA
MODALIDADE TARIFÁRIA
MODALIDADE TARIFÁRIA
A ANEEL fixa o valor da tarifa de energia que deve ser cobrada na sua fatura
bem como o valor de alguns serviços. Anualmente esse valor é reajustado
pela ANEEL. Conheça as tarifas e serviços cobráveis estipulados pela
ANEEL.
MODALIDADE TARIFÁRIA
MODALIDADE TARIFÁRIA
MODALIDADE TARIFÁRIA
Exemplo 1:
Um consumidor industrial que apresentava a curva de demanda diária
mostrada na Figura 1 (a), mediante uma modificação dos procedimentos de
produção, conseguiu alterá-la para a curva mostrada na Figura 1 (b).

(a) Antes (b) Depois


Figura 1 - Curvas de carga
Exemplo 1:
Pede-se:
a) Para cada uma das duas curvas acima determine a demanda máxima
(Dmax) e a energia consumida em um mês (Em) (considerando mês de 30
dias úteis).
b) Determine o valor da fatura mensal da situação inicial deste consumidor
(curva da Figura 1 (a)) caso ele pague uma tarifa Binômia Verde.
Considerar os valores de Custo de energia e Custo da Demanda Máxima
da tabela da celpa.
c) Determine o valor da fatura mensal da situação final deste consumidor
(curva da Figura 1 (b)) caso ele pague a mesma tarifa Binômia Verde do
item anterior.
Exemplo 2:
Para a curva de demanda diária dada a seguir de um consumidor alimentado
em 13,8 kV, determinar:
Horário (h) Demanda (kW) Obs.: considere o mês de 30 dias e o
80 horário de ponta entre 18:00 às 21:00 e a
0-6 carga instalada de 235 kW.
6-12 140
12-14 160
14-18 180
18-21 200
21-24 100
•Energia média mensal;
•As demandas máximas e mínimas;
•Os fatores de carga e de demanda
•Qual é a tarifa mais adequada nestas condições, grupo B, grupo A vede ou
azul;
•Proponha um rearranjo na curva de demanda que permita alcançar um
custo menor que o obtido no item anterior mantendo a energia consumida.

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