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AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE
PROPRIEDADES RURAIS
2006
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1. O IAPEP/IBAPE-PA. ........................................................................................................................................................................................................................ 4
2. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................................................................... 5
2.1. CONCEITOS BÁSICOS............................................................................................................................................................................................................ 6
2.2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO................................................................................................................................................................................................ 7
2.2.1. O MÉTODO COMPARATIVO (OU THE SALES COMPARISON APPROACH) ........................................................................................ 8
2.2.2. O MÉTODO DA RENDA (OU THE INCOME CAPITALIZATION APPROACH)..................................................................................11
2.2.3. EXISTE AINDA UM TERCEIRO MÉTODO, NÃO TÃO DIFUNDIDO, QUE É O RESIDUAL.........................................................14
3. A AVALIAÇÃO DAS TERRAS NUAS PELO MÉTODO COMPARATIVO ...................................................................................................................14
3.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS TERRAS..................................................................................................................................................................15
3.2. PRESSUPOSIÇÕES PARA A CLASSIFICAÇÃO POR CAPACIDADE DE USO ..................................................................................................16
3.3. CARACTERIZAÇÃO DAS CLASSES E SUBCLASSES DE CAPACIDADE DE USO .........................................................................................20
3.3.1. GRUPO A .........................................................................................................................................................................................................................21
3.3.2. GRUPO B .........................................................................................................................................................................................................................23
3.3.3. GRUPO C .........................................................................................................................................................................................................................25
3.3.4. EQUIVALÊNCIA ENTRE DENOMINAÇÃO USUAL DOS SOLOS E AS RESPECTIVAS CLASSES DE
CAPACIDADE DE USO ................................................................................................................................................................................................................26
3.4. VALOR DAS TERRAS NUAS EM FUNÇÃO DE SUA CAPACIDADE DE USO.................................................................................................27
3.4.1. QUADRO: RESUMO DA VARIAÇÃO DO TIPO E DA INTENSIDADE MÁXIMA DE UTILIZAÇÃO DA TERRA
SEM RISCO DE EROSÃO ACELERADA EM FUNÇÃO DAS CLASSES DE CAPACIDADE DE USO, RETIRADO DE
KOZMA (1984). .................................................................................................................................................................................................................................27
3.4.2. CAPACIDADE DE USO DO SOLO E VALOR RELATIVO DE CADA CLASSE SEGUNDO MENDES
SOBRINHO........................................................................................................................................................................................................................................28
3.4.3. CAPACIDADE DE USO DO SOLO E VALOR RELATIVO DE CADA CLASSE SEGUNDO VEGNI-NERI - 1976.....................29
3.4.4. VALORES MÉDIOS PERCENTUAIS EM FUNÇÃO DAS CLASSES DE CAPACIDADE SEGUNDO VÁRIOS
AUTORES...........................................................................................................................................................................................................................................30
3.4.5. VALORES MÉDIOS PERCENTUAIS EM FUNÇÃO DAS CLASSES DE CAPACIDADE DE USO E LIMITAÇŐES
DO SOLO ...........................................................................................................................................................................................................................................32
3.4.6. RELAÇÕES ENTRE AS CLASSES E SUBCLASSES DE CAPACIDADE, EXPRESSAS PELAS DIFERENTES
COMBINAÇÕES DE UNIDADES DE MAPEAMENTO E CLASSES DE DECLIVE, COM AS NECESSIDADES DE
PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS E OS PROVÁVEIS VALORES RELATIVOS DAS TERRAS (MUNICÍPIO DE
PIRACICABA/SP, ELABORADO POR FRANÇA, 1983)......................................................................................................................................................34
3.5. VALOR DAS TERRAS NUAS EM FUNÇÃO DE SUA SITUAÇÃO E VIABILIDADE DE CIRCULAÇÃO.................................................35
3.6. ESCALA DE VALORES DE TERRAS SEGUNDO A SITUAÇÃO E VIABILIDADE DE CIRCULAÇÃO...................................................36
3.7. AVALIAÇÃO DE TERRAS NUAS - METODOLOGIA RECOMENDADA ..........................................................................................................36
3.7.1. TABELA 1 - FATORES DE PONDERAÇÃO NA OBTENÇÃO DO VALOR DAS TERRAS RÚSTICAS
SEGUNDO A CLASSE DE CAPACIDADE DE USO E SITUAÇÃO SEGUNDO KOZMA......................................................................................37
3.7.2. TABELA 2 - FATORES DE PONDERAÇÃO NA OBTENÇÃO DO VALOR DAS TERRAS RÚSTICAS
SEGUNDO A CLASSE DE CAPACIDADE DE USO E SITUAÇÃO SEGUNDO FRANÇA ....................................................................................37
3.7.3. TABELA 3 - FATORES DE PONDERAÇÃO NA OBTENÇÃO DO VALOR DAS TERRAS RÚSTICAS
SEGUNDO A CLASSE DE CAPACIDADE DE USO E SITUAÇÃO SEGUNDO O INCRA....................................................................................38
3.7.4. TABELA 4 - FATORES DE PONDERAÇÃO NA OBTENÇÃO DO VALOR DAS TERRAS RÚSTICAS
CONSIDERANDO A SUBCLASSE DE CAPACIDADE DE USO E SITUAÇÃO, SEGUNDO FRANÇA.............................................................38
3.7.5. TABELA DE PREÇOS DE TERRAS PARA A REGIÃO GEO-ECONÔMICA DE VALORES PARA MARÇO DE
1999 39
3.8. PESQUISA DE TERRAS - HOMOGENEIZAÇÃO E SANEAMENTO DAS AMOSTRAS................................................................................40
3.9. A INFLUÊNCIA DA DIMENSÃO (OU DE OUTROS FATORES) NA AVALIAÇÃO DAS TERRAS NUAS ..............................................43
3.10. EXEMPLO USANDO REGRESSÃO..................................................................................................................................................................................43
3.10.1. QUADRO RESUMO......................................................................................................................................................................................................43
3.10.2. QUADRO RESUMO EM ORDEM CRESCENTE SEGUNDO A DIMENSÃO DAS ÁREAS .................................................................44
3.11. EXEMPLO USANDO ESTATÍSTICA DESCRITIVA:...................................................................................................................................................46
3.11.1. QUADRO RESUMO EM ORDEM CRESCENTE SEGUNDO A DIMENSÃO DAS ÁREAS .................................................................46
3.11.2. QUADRO RESUMO COM O VALOR POR HECTARE CORRIGIDO PELA INFLUĘNCIA DA DIMENSÃO DA
ÁREA 49
4. AVALIAÇÃO DE BENFEITORIAS: REPRODUTIVAS E NÃO REPRODUTIVAS....................................................................................................50
4.1. AVALIAÇÃO DE BENFEITORIAS REPRODUTIVAS (CULTURAS).....................................................................................................................51
4.1.1. AVALIAÇÃO DE UM POMAR DE LARANJA .....................................................................................................................................................53
4.1.2. AVALIAÇÃO DE UM CAFEZAL..............................................................................................................................................................................57
4.1.3. AVALIAÇÃO DE UMA CULTURA DE SERINGUEIRA...................................................................................................................................60
4.1.4. AVALIAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS .....................................................................................................................................................62
4.1.5. TABELA AVALIATÓRIA PARA BOSQUES DE EUCALIPTOS.....................................................................................................................64
4.1.6. AVALIAÇÃO DE UMA CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR .........................................................................................................................64
4.1.7. AVALIAÇÃO DE CULTURAS TEMPORÁRIAS ..................................................................................................................................................67
4.1.8. AVALIAÇÃO DE PASTAGENS ................................................................................................................................................................................70
4.1.9. RESUMO DOS GASTOS COM OPERAÇÕES E MATERIAIS: ESTIMATIVA DE CUSTOS DE FORMAÇÃO DE
PASTAGEM POR HECTARE.......................................................................................................................................................................................................73
4.1.10. ESTIMATIVA DE CUSTO DE FORMAÇÃO DE PASTAGEM/HA (SEM DESMATAMENTO) SEGUNDO
CLEMENTE SAVIETTO (VIII COBREAP, SC/95, PÁG. 190/198) ...................................................................................................................................75
4.1.11. ESTIMATIVA DE CUSTO DE FORMAÇÃO DE PASTAGEM/HA (COM DESMATAMENTO) SEGUNDO
CLEMENTE SAVIETTO (VIII COBREAP, SC/95, PÁG. 190/198) ...................................................................................................................................76
4.2. AVALIAÇÃO DE BENFEITORIAS NÃO REPRODUTIVAS (CONSTRUÇÕES RURAIS)...............................................................................76
4.2.1. RAZÃO DE DEPRECIAÇÃO EM FUNÇÃO DO TIPO DE CONSTRUÇÃO.............................................................................................77
4.2.2. FATORES DE DEPRECIAÇÃO EM FUNÇÃO DO TIPO DE CONSTRUÇÃO E DA IDADE: ...........................................................78
4.2.3. ÍNDICES DE DEPRECIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL...................................................................................................................................79
5. AVALIAÇÃO DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS....................................................................................................................................79
6. AVALIAÇÃO DE SEMOVENTES (REBANHOS)..................................................................................................................................................................81
7. AVALIAÇÃO DE MATAS NATURAIS......................................................................................................................................................................................81
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O IAPEP/IBAPE-PA.
Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo congregar
tais profissionais promovendo intercâmbio e difusão de informações e avanços
técnicos, elaborando normas, defendendo interesses profissionais e morais dos seus
associados, promovendo cursos de formação básica e avançados no seu campo,
organizando ainda congressos, cursos, ciclos de estudos, simpósios, conferências,
reuniões, seminários, painéis de debates e outros eventos.
Em sua sede à rua Dr. Moraes, n.º 194, 2º andar, CEP 66035-080, Belém, PA,
mantém atualizado banco de dados com elementos do mercado imobiliário da
Capital e Municípios do Interior, além de biblioteca especializada para consultas,
venda de livros e apostilas que abordam matérias relacionadas à Perícia e
Avaliações.
INTRODUÇÃO
Os imóveis de destinação rural podem ser definidos como terras que possuem
uso agropecuário e/ou florestal.
A determinação dos valores das riquezas minerais não serão incluídas no valor
de propriedades rurais neste trabalho por serem matéria estranha a este profissional
e, específica de engenheiros de minas, geólogos e outros.
No entanto, o valor destas jazidas deve ou não ser incluído no valor das
propriedades dependendo dentre outros fatores, da existência de alvará de
exploração.
Para a avaliação de propriedades com fins rurais faz-se necessário, e isto nos
soa óbvio, que o profissional tenha conhecimentos de engenharia agronômica e/ou
florestal e/ou zootécnica, além dos conhecimentos gerais de engenharia de
avaliações e do mercado imobiliário rural.
CONCEITOS BÁSICOS
Segundo nos ensina o prof. Demétrio (1991) do ponto de vista jurídico, terra
(ou "bem-de-raiz") pode ser conceituada como qualquer porção da superfície
terrestre sobre o qual podem ser exercidos os direitos de propriedade que dizem
respeito não somente à área da superfície, mas também a coisas tais como a
cobertura vegetal natural, as construções e outras benfeitorias feitas pelo homem e
aqueles objetos que jazem acima ou abaixo da superfície, tais como plantações e
pedreiras, por exemplo.
1.1.2. Os imóveis rurais são subdivididos segundo a Lei n.° 8.629 de 25/02/93
como:
I - Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se
destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou
agroindustrial;
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
IMÓVEL RURAL
composição
TERRAS CULTURAS
terras cultiváveis bens que geram rendimentos
terras cultiváveis em alguns casos pastagens, café, cana, laranja
terras não cultiváveis fruticultura, cult. anuais, etc.
CONSTRUÇÕES SEMOVENTES
parte do processo produtivo rebanhos
galpões, silos, armazens, cercas, gado leiteiro, de corte, equinos,
casas, currais, estradas, etc. suínos, caprinos, piscicultura, etc.
MÁQUINAS PRODUTOS
motores, implementos adquiridos ou produzidos
tratores, sementes, fertilizantes,
máquinas de benefício, etc. colheitas armazendas, etc.
RECURSOS Outros
NATURAIS
Matas, capoeiras, campos, Ativo ou passivo ambiental,
Nascentes e cursos d’água, Documentação, etc.
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Neste ponto o engenheiro precisa de muita cautela. Não há consenso sobre a definição de
terra nua, como se pode ver a seguir.
O INCRA, através da sua Instrução Normativa 08/93, em seu Anexo II, item 4.1, dizia:
"Considera-se terra nua a terra com suas acessões naturais, nos termos dos
artigos 43, inciso I, e 64 do Código Civil. Entende-se portanto por acessões naturais
tudo o que se encontrar incorporado a terra sem a intervenção do proprietário".
Artigo 43: "São bens imóveis:";
Inciso I: "O solo com a sua superfície, os seus acessórios
e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos
pendentes, o espaço aéreo e o subsolo”.
Artigo 64: "Não se consideram benfeitorias os
melhoramentos sobrevindos à coisa sem a intervenção do
proprietário, possuidor ou detentor”.
Analisando os citados artigos, veremos que primeiro define bem imóvel e o segundo, de forma não muito clara, define
benfeitoria.
A Constituição Federal, no seu artigo 184 diz que os imóveis desapropriados serão indenizados em títulos da dívida
agrária e as benfeitorias úteis e necessárias em dinheiro, mas em nenhum momento se refere à definição de terra nua.
Podemos deduzir que o que não seja benfeitoria útil e necessária seria terra nua?
O Estatuto da Terra (Lei 4.504/64) e a Lei 8.629/93 em nenhum momento deixam claro o conceito de terra nua.
A medida provisória 2183-56, de 24/8/2001, diz o seguinte:
Art. 3º - Os artigos 2º, 6º, 7º, 11º, 12º, 17º e 18º da Lei n.º 8.629, de 25 de
fevereiro de 1993, passam a vigorar com as seguintes alterações:
IMÓVEL
TERRA BENFEITORIAS
Este método parte do pressuposto que o preço de uma propriedade rural está
relacionado com a renda que ela é capaz de produzir capitalizada, ou seja:
R
VI = x 100 =
i
onde:
R = RENDA/ha =
i = TAXA DE CAPITALIZAÇÃO =
EXEMPLO: avaliação de uma propriedade cultivada com cana de açúcar. Para determinar a
renda líquida média da área iremos utilizar a produtividade média real segundo a safra atual, a
saber:
Modalidade 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ao 8º anos Média
Cana de ano e meio 138,60 103,10 103,50 94,50 63,60 100,66
(tonelada/ha)
Cana de ano (tonelada/ha) 91 103,10 103,50 94,50 63,60 91,14
Média (tonelada/ha) 114,80 103,10 103,50 94,50 63,60 95,90
Deste valor resulta como renda bruta para a área em questão, pela cotação da cana de açúcar
definida em Portaria da Secretaria da Agricultura em vigor R$ 17,20/tonelada. o total de R$
1.649,48/ha.
A despesa média será considerada conforme cálculos discriminados em planilha de custos própria
da propriedade, a seguir:
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Os custos médios serão calculados como segue, admitindo para os 6º, 7º e 8º cortes os mesmos
custos do 5º corte:
Será adotada a taxa de renda de 4,00% ao ano. Tal taxa também é confirmada em diversas
publicações, que se referem a imóveis rurais, como sendo igual a 4,00% ao ano, valor este que
iremos adotar como taxa de renda para o imóvel em questão, plantado com cana de açúcar.
R
VI = x 100
i
onde:
VI = valor do imóvel, considerando a terra Classe I e IIe, situação Ótima (neste exemplo, são os
solos encontrados no imóvel avaliando, que produziu a renda considerada a seguir) com as
benfeitorias reprodutivas e não reprodutivas existentes;
R = renda líquida média por hectare para a área avalianda = R$ 790,44/ha
i = taxa de capitalização para imóveis rurais = 4,00%
do que resulta:
R$ 790,44/ha
VI = x 100 = R$ 19.761,00/ha
4,00
Lembramos que este valor corresponde ao da terra com cana de açúcar e demais benfeitorias
existentes, como as estradas e sistema de fertirrigação, do que resulta, para a área do imóvel,
como valor do imóvel:
Note que não apresentamos justificativas para a taxa de 4,00% ao ano. Não
apresentamos simplesmente porque não existem estudos técnicos, embasados
estatisticamente que informem qual é a taxa de renda para imóveis rurais.
características físicas;
benfeitorias;
Os Grupos foram estabelecidos com base nos tipos de intensidade de uso das
terras. As Classes baseadas no grau de limitação de uso e as Subclasses na natureza
da limitação de uso.
Existem ainda as Unidades de capacidade de uso que não fazem parte deste
estudo.
pastagens naturais obtendo preços mais elevados que terras da classe III,
com pastagens naturais de baixa qualidade. (GRIFAMOS)
os riscos de deterioração do solo ou dano nos cultivos ou, ainda, quando ocorrem
mudanças para pior, de difícil solução, como nos depósitos de erosão ou
desbarrancamentos extensos. No primeiro caso (mudança para melhor), estão
incluídos os polders ou estruturas para controle de inundações, sistemas de
drenagem, suprimento de água para irrigação, remoção de pedras e nivelamento de
terrenos com voçorocas, em larga escala. Pequenas barragens, terraços ou práticas
de conservação do solo sujeitas a mudanças em sua eficácia em um curto período de
tempo não estão incluídos nesta suposição. No segundo caso (mudança para pior)
estão incluídos os desastres ocasionais por grandes inundações ou trombas d'água.
(GRIFAMOS)
Terras com topografia suave, mas com limitações físicas à moto mecanização,
tais como áreas pedregosas, ou de drenagem inviável, em que espécies comumente
cultiváveis só podem ser plantadas e colhidas manualmente, não são colocadas nas
classes I, II ou III. Essas áreas, caso possam ser utilizadas para culturas perenes ou
anuais, podem ser enquadradas na classe IV, definida como própria para cultivos
ocasionais, ou em extensão limitada. Contudo, isso não significa que equipamento
mecânico não possa ser usado em algumas terras das classes V, VI e VII.
GRUPO B: Terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para pastagens e/ou
reflorestamento e/ou vida silvestre, porém cultiváveis em casos de algumas culturas especiais
protetoras do solo (comporta as classes V, VI e VII).
GRUPO C: Terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou reflorestamento, porém
apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre, recreação ou armazenamento de água
(comporta a classe VIII).
GRUPO A
CLASSE I: terras cultiváveis, aparentemente sem problemas especiais de conservação.
CLASSE IV: terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com sérios problemas de
conservação.
GRUPO B
CLASSE V: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento, sem necessidade de práticas
especiais de conservação, cultiváveis apenas em casos muito especiais.
CLASSE VI: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento, com problemas simples de
conservação, cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes protetoras do solo.
CLASSE VII: terras adaptadas em geral somente para pastagens ou reflorestamento, com problemas
complexos de conservação.
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GRUPO C
CLASSE VIII: terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento, podendo servir apenas
como abrigo e proteção de fauna e flora silvestre, como ambiente para recreação, ou para fins de
armazenamento de água.
GRUPO A
Classe I
são terras que têm nenhuma ou somente muito pequenas limitações permanentes ou riscos de depauperamento.
São próprias para culturas anuais climaticamente adaptadas, com produção de colheitas entre médias e
elevadas sem práticas ou medidas especiais de conservação do solo. Normalmente, são solos profundos, de fácil
mecanização, com boa retenção de umidade no perfil e fertilidade de média a alta. São áreas planas ou com
declividades muito suaves, sem riscos de inundação e sem grandes restrições climáticas. Não há afloramentos
de rocha, nem o lençol de água é permanentemente elevado ou qualquer outra condição que possa prejudicar o
uso de máquinas agrícolas. Dependendo de bons sistemas de manejo, podem mesmo ser cultivadas com plantas
que facilitem a erosão, como o algodão, milho ou mandioca, plantadas em linhas retas, sem perigo apreciável
de erosão acelerada.
Classe II
Consiste em terras que têm limitações moderadas para o seu uso. Estão sujeitas a riscos moderados de
depauperamento, mas são terras boas, que podem ser cultivadas desde que lhes sejam aplicadas práticas
especiais de conservação do solo, de fácil execução, para produção segura e permanente de colheitas entre
médias e elevadas, de culturas anuais adaptadas à região.
A declividade já pode ser suficiente para provocar enxurradas e erosão. Em terras planas, podem requerer
drenagem, porém sem necessidade de práticas complexas de manutenção dos drenos. Podem enquadrar-se
nessa classe também terras que não tenham excelente capacidade de retenção de água. Cada uma dessas
limitações requer cuidados especiais, como aração e plantio em contorno, plantas de cobertura, cultura em
faixas, controle de água, proteção contra enxurradas advindas de glebas vizinhas, além das práticas comuns
referidas para a classe I, como rotações de cultura e aplicações de corretivos e fertilizantes. A classe II admite
as seguintes subclasses:
Subclasse IIe: terras produtivas, com relevo suavemente ondulado, oferecendo ligeiro a
moderado risco de erosão (classe de declive entre 2 e 5%);
Subclasse IIs: terras produtivas, planas ou suavemente onduladas, com ligeira limitação pela
capacidade de retenção de água, ou baixa saturação de bases (caráter
distrófico), ou pouca capacidade de retenção de adubos (baixa capacidade de
troca);
Subclasse IIa: terras produtivas, praticamente planas, com ligeiras restrições de drenagem ou
excesso de água, sem riscos de inundação, mas, uma vez instalado o sistema de
drenos, é de fácil manutenção e, a probabilidade da salinização, pequena;
Subclasse IIc: terras produtivas, praticamente planas ou suavemente onduladas, com ligeiras
limitações climáticas (seca prolongada até três meses).
Classe III
são terras que quando cultivadas sem cuidados especiais, estão sujeitas a severos riscos de depauperamento,
principalmente no caso de culturas anuais. Requerem medidas intensas e complexas de conservação do solo, a
fim de poderem ser cultivadas segura e permanentemente, com produção média a elevada, de culturas anuais
adaptadas.
Esta classe pode apresentar variações (subclasses), de acordo com a natureza do fator restritivo de uso. Os
principais fatores limitantes são: a declividade (moderado), drenagem deficiente, escassez de água no solo
(regiões semi-áridas não irrigadas) e pedregosidade. Freqüentemente, essas limitações restringem muito a
escolha das espécies a serem cultivadas, ou a época do plantio ou operações de preparo e cultivo do solo. A
classe III admite as seguintes subclasses:
Subclasse IIIe: terras com declividades moderadas (classe de declive entre 5 e 10%), relevo
suavemente ondulado a ondulado, com deflúvio rápido, com riscos severos à
erosão sob cultivos intensivos, podendo apresentar erosão laminar moderada
e/ou sulcos superficiais e rasos freqüentes, também em terrenos com declives da
classe entre 2 e 5% e solos muito erodíveis, como aqueles com mudança textural
abrupta;
Subclasse IIIs: terras praticamente planas ou suavemente onduladas com fertilidade muito baixa
(caráter álico) ou limitadas ainda por: profundidade efetiva média, ou
drenagem interna moderada a pobre; ou risco acentuado de salinização, ou
dificuldades de preparo do solo devido à presença de pedras ou argilas
expansivas (caráter vértico);
Subclasse IIIa: terras praticamente planas com limitações moderadas por excesso de água, mas
sem riscos freqüentes de inundações: a drenagem é possível, mas, sua
manutenção complexa;
Subclasse IIIc: terras praticamente planas a suavemente onduladas, com moderadas limitações
climáticas, como a escassez de água em regiões semi-áridas.
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Classe IV
são terras que têm riscos ou limitações permanentes muito severas quando usadas para culturas anuais. Os
solos podem ter fertilidade natural boa ou razoável, mas não são adequados, para cultivos intensivos e
contínuos. Usualmente, devem ser mantidas com pastagens, mas podem ser suficientemente boas para certos
cultivos ocasionais (na proporção de um ano de cultivo para cada quatro a seis de pastagem) ou para algumas
culturas anuais, porém com cuidados muito especiais.
Tais terras podem ser caracterizadas pelos seguintes aspectos: declive íngreme, erosão severa, obstáculos
físicos, como pedregosidade ou drenagem muito deficiente, baixa produtividade, ou outras condições que as
tornem impróprias para o cultivo motomecanizado regular.
Em algumas regiões, onde a escassez de chuvas seja muito sentida, de tal maneira a não serem seguras as
culturas sem irrigação, as terras deverão ser classificadas na classe IV. são previstas as seguintes subclasses:
Subclasse IVe: terras severamente limitadas por risco de erosão para cultivos intensivos,
geralmente com declividades acentuadas (classe de declive entre 10 e 15%),
com deflúvio muito rápido, podendo apresentar erosão em sulcos superficiais
muito freqüentes, em sulcos rasos freqüentes ou em sulcos profundos
ocasionais; também é o caso de terrenos com declives da classe entre 5 e 10%,
mas com solos muito suscetíveis à erosão, tais como os Podzólicos com
mudança textural abrupta;
Subclasse IVs: solos limitados pela profundidade efetiva rasa, ou apresentando pedregosidade
(30-50%), com problemas de moto mecanização, ou ainda com pequena
capacidade de retenção de água aliada a problemas de fertilidade (como no
caso das Areias Quartzosas);
Subclasse IVa: solos úmidos, de difícil drenagem, dificultando trabalhos de moto mecanização e
ainda com outra limitação adicional, tal como risco de inundação ocasional,
que impede cultivo contínuo;
Subclasse IVc: terras com limitações climáticas moderadas a severas, ocasionando períodos
prolongados de seca, não sendo possíveis colheitas em anos muito secos, ou
então com risco ocasional de geada.
GRUPO B
Classe V
são terras planas, ou com declives muito suaves, praticamente livres de erosão, mas impróprias para serem
exploradas com culturas anuais, e que podem, com segurança, ser apropriadas para pastagens, florestas ou
mesmo para algumas culturas permanentes, sem a aplicação de técnicas especiais.
Embora se apresentando praticamente planas e não sujeitas à erosão, não são adaptadas para exploração com
culturas anuais comuns, em razão de impedimentos permanentes, tais como muito baixa capacidade de
armazenamento de água, encharcamento (sem possibilidade de ser corrigido), adversidade climática, freqüente
risco de inundação, pedregosidade ou afloramento de rochas. Em alguns casos, é possível o cultivo exclusivo de
arroz; mesmo assim, risco de insucesso pelas limitações advindas principalmente do risco de inundação. O
solo, entretanto, tem poucas limitações de qualquer espécie, para uso em pastagens ou silvicultura. Podem
necessitar de alguns tratos para produções satisfatórias tanto de forragens como de arbustos e árvores.
Entretanto, se tais tratos forem dispensados, não serão sujeitas à erosão acelerada. Por isso, podem ser usadas
permanentemente sem práticas especiais de controle de erosão ou de proteção do solo. são previstas para a
classe V as seguintes subclasses:
Subclasse Vs: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo, podendo
apresentar como limitações os seguintes fatores: muito baixa capacidade de
armazenamento de água, drenagem interna muito rápida ou muito lenta,
pedregosidade ou rochosidade intensa e problemas advindos de pequena
profundidade efetiva;
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Subclasse Va: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo, severamente
limitadas por excesso de água, sem possibilidade de drenagem artificial e/ou
risco de inundação freqüente, mas que podem ser usadas para pastoreio, pelo
menos em algumas épocas do ano;
Subclasse Vc: terras planas com limitações climáticas severas, com longos períodos de seca e/ou
risco freqüente de geada, neve ou ventos frios.
Classe VI
Terras impróprias para culturas anuais, mas que podem ser usadas para produção de certos cultivos
permanentes úteis, como pastagens, florestas e algumas permanentes protetoras do solo, como seringueira e
cacau, desde que adequadamente manejadas. O uso com pastagens ou culturas permanentes protetoras deve
ser feito com restrições moderadas, com práticas especiais de conservação do solo, uma vez que, mesmo sob
esse tipo de vegetação, são medianamente suscetíveis de danificação pelos fatores de depauperamento do solo.
Normalmente as limitações que apresentam, são em razão da declividade excessiva ou pequena profundidade
do solo, ou presença de pedras impedindo emprego de máquinas agrícolas. Quando a pluviosidade da região é
adequada para culturas, as limitações da classe VI residem em geral, na declividade excessiva, na pequena
profundidade do solo ou na pedregosidade. Nas regiões semi-áridas, a escassez de umidade, muitas vezes, é a
principal razão para o enquadramento da terra na classe VI, que apresenta as seguintes subclasses:
Subclasse VIe: terras que, sob pastagem (ou, eventualmente, com culturas permanentes
protetoras do solo, como por exemplo: seringueira, cacau ou banana), são
medianamente suscetíveis à erosão, com relevo ondulado e declividades
acentuadas (classe de declive entre 10 e 15%, ou entre 5 e 10% para solos
muito erodíveis), propiciando deflúvio moderado a severo; dificuldades severas
de moto mecanização, pelas condições topográficas, com risco de erosão que
pode chegar a muito severo; presença de erosão em sulcos rasos muito
freqüentes ou sulcos profundos freqüentes;
Subclasse VIs: terras constituídas por solos rasos ou, ainda, com pedregosidade (30-50%) e/ou
rochas expostas na superfície. Outra condição que pode caracterizá-las é a
pequena produtividade dos solos, como no caso das Areias Quartzosas em
terrenos não planos;
Subclasse VIa: solos muito úmidos, com pequenas ou nulas possibilidades de drenagem artificial,
acarretando problemas à moto mecanização, agravados por certa
suscetibilidade à erosão ou recebimento de depósitos erosivos oriundos de áreas
vizinhas;
Subclasse VIc: terras com limitações climáticas muito severas, a ocasionar seca edafológica
muito prolongada que impeça o cultivo mesmo das plantas perenes mais
adaptadas.
Classe VII
Terras que, por serem sujeitas a muitas limitações permanentes, além de serem impróprias para culturas
anuais, apresentam severas limitações, mesmo para certas culturas permanentes protetoras do solo, pastagens
e florestas. Sendo altamente suscetíveis de danificação, exigem severas restrições de uso, com práticas
especiais. Normalmente, são muito íngremes, erodidas, pedregosas ou com solos muito rasos, ou ainda com
deficiência de água muito grande.
Os cuidados necessários a elas são semelhantes aos aplicáveis à classe VI, com as diferença de poder ser
necessário maior número de práticas conservacionistas, ou que estas tenham que ser mais intensivas, a fim de
prevenir ou diminuir os danos por erosão. Requerem cuidados extremos para controle da erosão. Seu uso, tanto
para pastoreio como para produção de madeira, requer sempre cuidados especiais. Suas subclasses são as
seguintes:
Subclasse VIIe: terras com limitações severas para outras atividades que não florestas, com risco
de erosão muito severo, apresentando declividades muito acentuadas (mais de
40% de declividade) propiciando deflúvios muito rápidos ou impedindo a moto
mecanização; presença de erosão em sulcos muito profundos, muito freqüentes;
- 25 -
Subclasse VIIs: terras pedregosas (mais de 50% de pedregosidade), com associações rochosas,
solos rasos a muito rasos ou, ainda, com agravante de serem constituídas por
solos de baixa capacidade de retenção de água;
Subclasse VIIc: terras com limitações climáticas muito severas, a exemplo das terras situadas em
regiões semi-áridas, em locais onde a irrigação seria imprescindível, mas é
impraticável.
GRUPO C
Classe VIII
Terras impróprias para serem utilizadas com qualquer tipo de cultivo, inclusive o de florestas comerciais ou
para produção de qualquer outra forma de vegetação permanente de valor econômico. Prestam-se apenas para
proteção e abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou armazenamento de água em
açudes.
Subclasse VIIIe: terras de relevo excessivo, com declives extremamente acentuados e deflúvios
muito rápidos, a expor os solos a alto risco de erosão inclusive a eólica, como é
o caso das dunas costeiras; presença de processos erosivos muito severos,
inclusive voçorocas;
Subclasse VIIIs: terras constituídas por solos muito rasos e/ou com tantas pedras a afloramentos
de rocha, que impossibilitem plantio e colheita de essências florestais;
Subclasse VIIIa: áreas planas permanentemente encharcadas, como banhados ou pântanos, sem
possibilidade de drenagem ou apresentando problemas sérios de fertilidade, se
drenados, como no caso dos solos Tiomórficos;
Subclasse VIIIc: terras com limitações climáticas muito severas, como as das áreas áridas, que
não se prestam mesmo ao pastoreio ocasional.
Além das oito classes de capacidade de uso, existem as terras que não
possibilitam o desenvolvimento de vegetação: são áreas denominadas tipos de
terreno. Entre elas, enquadram-se os afloramentos contínuos de rochas, areias de
praias, áreas escavadas pelo homem etc.
Este maior valor pode ser comparado, no quadro a seguir, à classe I, que
permite qualquer tipo de uso com as menores limitações.
II
III
IV
VI
VII
VIII
MÁXIMA UTILIZAÇÃO
SUB-UTILIZAÇÃO RACIONAL DA TERRA
DA TERRA
AUMENTO DA SOBRE
ADAPTABILIDADE E DA UTILIZAÇÃO
LIBERDADE DE ESCOLHA DE DA TERRA
AUMENTO DAS USO
LIMITAÇÕES E DOS
RISCOS DE USO
- 28 -
Pelo mesmo quadro pode-se concluir que o valor irá decrescer a medida que
diminui a adaptabilidade e liberdade de escolha de uso e aumentarem as limitações
e os riscos de uso.
Esta idéia foi proposta pelo engenheiro agrônomo Octávio Teixeira Mendes
Sobrinho, que então confeccionou a tabela a seguir. Nesta pode-se notar que o valor
relativo mencionado foi expresso em porcentagem.
Capacidade de uso do solo e valor relativo de cada classe segundo mendes sobrinho
Capacidade de uso do solo e valor relativo de cada classe segundo VEGNI-NERI - 1976
120%
2
100% y = 0,0057x - 0,1693x + 1,1991
2
80% R = 0,9834
60%
40%
20%
0%
I II III IV V VI VII VIII
Classes de Capacidade de Uso
FONTE: VEGNI-NERI
Valores Médios Percentuais em funçÃo das Classes de Capacidade segundo vários autores
Borgonovi
100
80 y = 1,2024x 2 - 21,845x + 119,64
60 R2 = 0,999
40
20
0
V
IV
VI
VII
VIII
I
II
III
Marques
100
80 y = 148,94e-0,4023x
60 R2 = 0,9999
40
20
0
V
IV
VI
VII
VIII
I
II
III
Souza
100
y = 0,5893x 2 - 18,22x + 115,09
80 R2 = 0,9895
60
40
20
0
V
IV
VI
VII
VIII
I
II
III
- 31 -
Médias
100
y = 1,1369x 2 - 22,292x + 119,95
80 R2 = 0,9968
60
40
20
0
V
IV
VI
VII
VIII
I
II
III
DECLIVE ACENTUADO
DECLIVE LONGO
I MUDANÇA TEXTURAL ABRUPTA
EROSÃO LAMINAR
EROSÃO EM SULCOS
EROSÃO EM VOÇOROCAS
II EROSÃO EÓLICA
DEPÓSITOS DE EROSÃO
e PERMEABILIDADE BAIXA
HORIZONTE A ARENOSO
III
POUCA PROFUNDIDADE EFETIVA
TEXTURA ARENOSA NO PERFIL
IV PEDREGOSIDADE
ARGILAS EXPANSIVAS
s BAIXA SATURAÇÃO EM BASES
ALUMÍNIO TÓXICO
V BAIXA CTC
SULFATOS ÁCIDOS /SULFETOS
SATURAÇÃO COM SÓDIO
SALINIDADE; e CARBONATOS
VI a
LENÇOL FREÁTICO ELEVADO
RISCO DE INUNDAÇÃO
VII SUBSIDÊNCIA EM SOLOS ORGÂNICOS
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO NO SOLO
c
- 32 -
SECA PROLONGADA
VIII GEADA
VENTOS FRIOS
GRANIZO
onde:
Valores Médios Percentuais em funçÃo das Classes de Capacidade de Uso e Limitaçőes do Solo
VII 20 VIIe 23
VIIe,s 17
VIII 13 VIII 13
FONTE: FRANÇA
França
100
90 2
y = 0,0628x - 6,1186x + 100,29
80 2
R = 0,9911
70
60
50
40
30
20
10
0
IV e, s
VI e, s
VII e, s
II e, s
III e, s
IV s
Vw
IV e
VI e
VII e
II s
III s
III w
II e
III e
VIII
I
Para a Classe I não são admitidas subclasses e, para a Classe VIII não foi
detectada nenhuma variação no valor em função das limitações de uso.
CLASSES VALORES
CLASSES E UNIDADES DE DE RELATIVOS
SUBCLASSES MAPEAMENTO DECLIVE UTILIZAÇÃO E PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS
NECESSÁRIAS EM %
I LR e 1 < 2% a 5% culturas com práticas normais de cultivo 100
LE d < 2%
II s LV d 1 < 2% culturas com práticas simples de melhoramento do solo 88
II e LR e 1 5 a 10% culturas com práticas simples de controle da erosão 80
LE d 2 a 5% culturas com práticas simples de controle da erosão combinadas com
II e, s LV d 1 2 a 5% práticas simples de melhoramento do solo 74
LV d 2 < 2%
III s LV d 3 < 2% culturas com práticas intensivas de melhoramento do solo 68
culturas com práticas intensivas de controle de excessos de água
III w Hi < 2% a 5% temporários 64
LR e 1 10 a 15%
LE d 5 a 10% culturas com práticas intensivas de controle da erosão, isoladas ou em
III e combinação com práticas simples de melhoramento do solo 60
LV d 1 5 a 10%
LV d 2 2 a 5% culturas com práticas intensivas de controle da erosão combinadas com
III e, s LV d 3 2 a 5% práticas intensivas de melhoramento do solo 56
culturas ocasionalmente, com práticas complexas de melhoramento do
IV s LR e-L 2 a 10% solo 50
LR e 1 15 a 45%
LE d 10 a 15% culturas ocasionalmente, com práticas complexas de controle da erosão
IV e LV d 1 10 a 15% combinadas com práticas simples ou intensivas de melhoramento do solo; 47
LV d 2 10 a 15% recomendável a rotação de culturas com pastagens
LV d 3 10 a 15%
culturas ocasionalmente, com práticas complexas de controle da erosão
PV d 5 a 10% combinadas com práticas complexas de melhoramento do solo;
IV e, s LR e 2 10 a 15% 44
recomendável a rotação de culturas com pastagens
culturas apenas eventualmente, mediante a instalação e manutenção de
sistemas de drenagem artificial e plantio de espécies e variedades
Vw Hi < 2% a 5% adaptadas a solos úmidos; mais compatível com a formação de pastagens 39
utilizando forrageiras adaptadas a solos com excesso de água
LE d 15 a 45%
LV d 1 15 a 45% desaconselhável a utilização com culturas, mas compatível com a
VI e LV d 2 10 a 15% formação de pastagens, silvicultura e abrigo da vida silvestre, com 32
LV d 3 10 a 15% restrições moderadas devidas ao risco de erosão
PV d 10 a 15%
LR e 2 15 a 45%
Li b 5 a 10% como a anterior, mas com maiores restrições, principalmente para a
VI e, s silvicultura, em virtude da pouca profundidade do solo 26
Li ar 5 a 10%
LV d 3 15 a 45% impróprias para culturas, mas adaptáveis para pastagens, florestas e
VII e PV d 15 a 45% refúgio da vida silvestre, com sérias restrições devidos ao alto risco de 23
erosão
compatíveis somente com pastagens, florestas e abrigo da vida silvestre,
VII e, s Li ar 10 a 15% com sérias restrições pelo risco de erosão e solos rasos e pedregosos 17
compatíveis apenas para abrigo de vida silvestre, com severas restrições
VIII Li ar 45 a 70% pelo risco de erosão e solos rasos e pedregosos, renda líquida de eventual 13
exploração piscícola
- 35 -
CIRCULAÇÃO
SITUAÇÃO Importância das Praticabilidade Escala de
Tipo de estrada
distâncias durante ano valor (%)
ÓTIMA Asfaltada Limitada Permanente 100
Primeira classe não
MUITO BOA Relativa Permanente 95
asfaltada
BOA não pavimentada Significativa Permanente 90
estradas e servidões vias e distâncias se sem condições
DESFAVORÁVEL 80
de passagem eqüivalendo satisfatórias
distâncias e classes problemas sérios
MÁ fechos nas servidões 75
se eqüivalendo na estação
chuvosa
fechos e problemas sérios
PÉSSIMA 70
interceptadas por mesmo na seca
córregos sem pontes
FONTE: CAIRES
CLASSES
SITUAÇÃO I II III IV V VI VII VIII
100% 95% 75% 55% 50% 40% 30% 20%
ótima - 100% 1,000 0,950 0,750 0,550 0,500 0,400 0,300 0,200
muito boa 95% 0,950 0,903 0,713 0,523 0,475 0,380 0,285 0,190
boa - 90% 0,900 0,855 0,675 0,495 0,450 0,360 0,270 0,180
desfavorável - 80% 0,800 0,760 0,600 0,440 0,400 0,320 0,240 0,160
péssima - 70% 0,700 0,665 0,525 0,385 0,350 0,280 0,210 0,140
FONTE: KOZMA
CLASSES
SITUAÇÃO I II III IV V VI VII VIII
100% 80% 61% 47% 39% 29% 20% 13%
ótima - 100% 1,000 0,800 0,610 0,470 0,390 0,290 0,200 0,130
muito boa 95% 0,950 0,760 0,576 0,447 0,370 0,276 0,190 0,123
boa - 90% 0,900 0,720 0,549 0,423 0,351 0,261 0,180 0,117
desfavorável - 80% 0,800 0,640 0,488 0,376 0,312 0,232 0,160 0,104
péssima - 70% 0,700 0,560 0,427 0,329 0,273 0,203 0,140 0,091
FONTE: FRANÇA
CLASSES
SITUAÇÃO I II III IV V VI VII VIII
100% 90% 75% 65% 55% 45% 35% 30%
ótima - 100% 1,000 0,900 0,750 0,650 0,550 0,450 0,350 0,300
muito boa 95% 0,950 0,855 0,710 0,617 0,522 0,427 0,332 0,285
boa - 85% 0,850 0,765 0,637 0,552 0,467 0,385 0,297 0,255
regular - 70% 0,700 0,630 0,525 0,455 0,385 0,315 0,245 0,210
desfavorável - 60% 0,600 0,540 0,450 0,390 0,305 0,270 0,210 0,180
CLASSES E SUBCLASSES
SITUAÇÃO I IIs IIe IIe,s IIIs IIIw IIIe IIIe,s IVs IVe IVe,s Vw VIe VIe,s VIIe VIIe,s VIII
100% 88% 80% 74% 68% 64% 60% 56% 50% 47% 44% 39% 32% 26% 23% 17% 13%
ótima 1,00 0,88 0,8 0,74 0,68 0,64 0,6 0,56 0,5 0,47 0,44 0,39 0,32 0,26 0,23 0,17 0,13
100%
Muito boa 0,95 0,836 0,76 0,703 0,646 0,608 0,57 0,532 0,475 0,447 0,418 0,37 0,304 0,247 0,219 0,162 0,123
95%
Boa 0,90 0,792 0,72 0,666 0,612 0,576 0,54 0,504 0,45 0,423 0,396 0,351 0,288 0,234 0,207 0,153 0,117
90%
Desfavoráve 0,80 0,704 0,64 0,592 0,544 0,512 0,48 0,448 0,4 0,376 0,352 0,312 0,256 0,208 0,184 0,136 0,104
l 80%
Má 0,75 0,66 0,6 0,555 0,51 0,48 0,45 0,42 0,375 0,353 0,33 0,293 0,24 0,195 0,173 0,128 0,097
75%
Péssima 0,70 0,616 0,56 0,518 0,476 0,448 0,42 0,392 0,35 0,329 0,308 0,273 0,224 0,182 0,161 0,119 0,091
70%
Com base neste quadro, o trabalho do avaliador torna-se mais rápido, uma
vez determinado o valor unitário básico para uma determinada situação x classe.
Homogeneização:
IP
q = Vv x =
IE
sendo:
0,256
q = $ 2.000,00/ha x = $ 948,14/ha para classe VIe, situação
0,540
desfavorável.
TABELA DE PREÇOS DE TERRAS PARA A REGIÃO GEO-ECONÔMICA DE Valores para MARÇO de 1999
IIe IIe,s IIIs IIIe IIIe,s IVs IVe IVe,s Vw VIe VIe,s VIIe VIIe,s VIII
80% 74% 68% 60% 56% 50% 47% 44% 39% 32% 26% 23% 17% 13%
Muito boa 95% 2.815 2.604 2.393 2.111 1.970 1.759 1.654 1.548 1.372 1.126 915 809 598 457
Boa 90% 2.667 2.467 2.267 2.000 1.867 1.667 1.567 1.467 1.300 1.067 867 767 567 433
Desfavor. 80% 2.370 2.193 2.015 1.778 1.659 1.481 1.393 1.304 1.156 948 770 681 504 385
Má 75% 2.222 2.056 1.889 1.667 1.556 1.389 1.306 1.222 1.083 889 722 639 472 361
Péssima 70% 2.074 1.919 1.763 1.556 1.452 1.296 1.219 1.141 1.011 830 674 596 441 337
País, sendo perfeitamente possível montar-se a equação das classes apenas com
aquelas que encontramos no local analisado.
Ao mesmo tempo, este método trabalha com valores de TERRA NUA, que não
estão disponíveis, uma vez que as propriedades são negociadas com as respectivas
benfeitorias, é lógico.
Estas, por sua vez, definem as propriedades de forma geral, com área total,
áreas plantadas, culturas existentes, benfeitorias não reprodutivas, área impróprias
para agricultura, áreas de reserva legal etc.
Uma vez obtida a informação, deve-se, sempre que possível e/ou necessário,
fazer-se uma vistoria no imóvel negociado ou ofertado, para conferir ou tirar duvidas
quanto aos dados fornecidos.
Além da dedução do valor das benfeitorias (incluem-se todas aquelas que tem
valor numa comercialização normal) devemos atentar para o fato de que, para
aqueles dados que estão à venda (ofertas) existe o que se convencionou denominar
FATOR ELASTICIDADE, isto é, aquela margem de negociação entre o preço pedido e
o efetivamente transacionado.
$900.000,00 - $180.000,00
= $ 7.200,00 / ha
100,00 ha
1,000
$ 7.000,00 x = $ 16.393,44/ha
0,427
Aos dois fatores já citados, capacidade de uso das terras e situação, pode-se
juntar um terceiro, que seria a dimensão das propriedades, pois se sabe que imóveis
rurais tem variações significativas no tamanho. Também lembramos que,
dependendo da região existirão outros fatores, como potencial de irrigação,
pluviosidade, porcentagem de área com cobertura florística natural (mata nativa)
etc., cuja homogeneização poderá ser feita utilizando-se da mesma seqüência
sugerida a seguir.
QUADRO RESUMO
Vha (q)
ELEMENTO N.º CLASSE IIIe,s - SITUAÇÃO Área (ha)
BOA
1 R$ 108,52 515,2700
2 R$ 348,50 384,5400
3 R$ 570,80 610,2628
4 R$ 260,00 720,0000
5 R$ 574,50 315,0850
6 R$ 202,19 730,9300
7 R$ 280,00 774,0000
8 R$ 275,00 994,0000
9 R$ 264,88 358,1600
10 R$ 696,20 653,4000
11 R$ 368,81 437,9360
12 R$ 344,71 290,4000
13 R$ 338,60 148,6360
- 44 -
Vha (q)
ELEMENTO N.º CLASSE IIIe,s - SITUAÇÃO Área (ha)
BOA
14 R$ 248,80 268,6200
15 R$ 370,50 363,0000
16 R$ 132,47 605,0000
17 R$ 369,70 653,4000
18 R$ 379,68 484,0000
19 R$ 284,76 820,0000
20 R$ 547,99 484,0000
21 R$ 210,00 725,6800
22 R$ 659,70 629,2000
23 R$ 217,15 983,0000
24 R$ 490,70 169,4000
25 R$ 863,30 193,6000
26 R$ 107,94 459,8000
27 R$ 260,00 760,5000
28 R$ 104,97 968,0000
29 R$ 408,90 150,0000
30 R$ 738,00 242,0000
31 R$ 309,00 680,0000
32 R$ 366,40 995,0000
33 R$ 701,90 240,0000
34 R$ 100,46 605,0000
35 R$ 138,91 726,0000
36 R$ 832,20 193,6000
37 R$ 210,00 726,0000
38 R$ 327,10 484,0000
39 R$ 204,00 387,2000
40 R$ 373,00 670,0000
41 R$ 884,50 300,0000
42 R$ 724,56 156,0000
Vha (q)
ELEMENTO N.º CLASSE IIIe,s SITUAÇÃO BOA Área (ha)
13 R$ 338,60 148,6360
29 R$ 408,90 150,0000
42 R$ 724,56 156,0000
24 R$ 490,70 169,4000
25 R$ 863,30 193,6000
36 R$ 832,20 193,6000
33 R$ 701,90 240,0000
30 R$ 738,00 242,0000
14 R$ 248,80 268,6200
12 R$ 344,71 290,4000
41 R$ 884,50 300,0000
5 R$ 574,50 315,0850
9 R$ 264,88 358,1600
15 R$ 370,50 363,0000
2 R$ 348,50 384,5400
39 R$ 204,00 387,2000
11 R$ 368,81 437,9360
26 R$ 107,94 459,8000
20 R$ 547,99 484,0000
18 R$ 379,68 484,0000
38 R$ 327,10 484,0000
1 R$ 108,52 515,2700
16 R$ 132,47 605,0000
- 45 -
Vha (q)
ELEMENTO N.º CLASSE IIIe,s SITUAÇÃO BOA Área (ha)
34 R$ 100,46 605,0000
3 R$ 570,80 610,2628
22 R$ 659,70 629,2000
10 R$ 696,20 653,4000
17 R$ 369,70 653,4000
40 R$ 373,00 670,0000
31 R$ 309,00 680,0000
4 R$ 260,00 720,0000
21 R$ 210,00 725,6800
35 R$ 138,91 726,0000
37 R$ 210,00 726,0000
6 R$ 202,19 730,9300
27 R$ 260,00 760,5000
7 R$ 280,00 774,0000
19 R$ 284,76 820,0000
28 R$ 104,97 968,0000
23 R$ 217,15 983,0000
8 R$ 275,00 994,0000
32 R$ 366,40 995,0000
y = -0,4557x + 625,01
onde:
x = área em ha
35,00 ha de solo Classe IIe, situação boa; 80,00 ha de solo Classe IIIe,s,
situação boa e; 100,00 ha de solo Classe VIIe,s, situação péssima.
A: 35,00 ha de solo Classe IIe, situação boa - valor relativo igual a 0,720 (vide
tabela 4 anterior):
0,720
V TERRA NUA = 35,00 ha x $ 527,05 x =
0,504
B: 80,00 ha de solo Classe IIIe,s, situação boa - valor relativo igual a 0,504
(vide tabela 4 anterior):
0,504
V TERRA NUA = 80,00 ha x $ 527,05 x =
0,504
0,119
V TERRA NUA = 100,00 ha x $ 527,05 x =
0,504
Vha (q)
ELEMENTO N.º CLASSE IIIe,s SITUAÇÃO BOA Área (ha)
13 R$ 338,60 148,6360
29 R$ 408,90 150,0000
42 R$ 724,56 156,0000
24 R$ 490,70 169,4000
25 R$ 863,30 193,6000
36 R$ 832,20 193,6000
33 R$ 701,90 240,0000
30 R$ 738,00 242,0000
14 R$ 248,80 268,6200
- 47 -
Vha (q)
ELEMENTO N.º CLASSE IIIe,s SITUAÇÃO BOA Área (ha)
12 R$ 344,71 290,4000
41 R$ 884,50 300,0000
5 R$ 574,50 315,0850
9 R$ 264,88 358,1600
15 R$ 370,50 363,0000
2 R$ 348,50 384,5400
39 R$ 204,00 387,2000
11 R$ 368,81 437,9360
26 R$ 107,94 459,8000
20 R$ 547,99 484,0000
18 R$ 379,68 484,0000
38 R$ 327,10 484,0000
1 R$ 108,52 515,2700
16 R$ 132,47 605,0000
34 R$ 100,46 605,0000
3 R$ 570,80 610,2628
22 R$ 659,70 629,2000
10 R$ 696,20 653,4000
17 R$ 369,70 653,4000
40 R$ 373,00 670,0000
31 R$ 309,00 680,0000
4 R$ 260,00 720,0000
21 R$ 210,00 725,6800
35 R$ 138,91 726,0000
37 R$ 210,00 726,0000
6 R$ 202,19 730,9300
27 R$ 260,00 760,5000
7 R$ 280,00 774,0000
19 R$ 284,76 820,0000
28 R$ 104,97 968,0000
23 R$ 217,15 983,0000
8 R$ 275,00 994,0000
32 R$ 366,40 995,0000
n = 1 + 3,3 log N =
onde:
N = n.º de observações
I=A÷n=
Onde:
n = n.º de intervalos = 6
Desta forma podemos ordenar as Classes, donde concluímos que existe uma
influência da dimensão da área no valor unitário por hectare, que deve ser corrigida,
através dos índices (tomou-se como base a 1ª classe):
QUADRO RESUMO com o valor por hectare corrigido pela influęncia da dimensÃo da ÁREA
* por exemplo, se o elemento n.º 27 tivesse uma área entre 148 e 290
hectares seu valor unitário seria de R$ 668,20/ha em vez de R$ 260,00/ha para uma
área de 760,50 ha.
reflorestamentos,
culturas anuais
canaviais,
cafezais,
pomares etc.
- 51 -
edificações em geral
casas,
galpões,
estábulos,
pocilgas,
currais e outras
AVALIAÇÃO DE culturas
Por outro lado, as vezes não se conhece o ciclo vegetativo da cultura e, nesse
caso, a avaliação, suprindo essa deficiência, poderá ser efetivada através de uma
variante do método do valor econômico, que é o método que engloba o custo de
formação (atualizado para a data da avaliação) e o valor do rendimento líquido
deixado de auferir durante o período da formação e reposição.
- 53 -
Nesse texto, verifica-se que existe um método básico para avaliação, que é
aquele que prevê o cálculo do valor com base no rendimento integral da cultura,
uma vez que se procura o valor de um bem produtivo.
Um terceiro método seria válido apenas e tão somente, nos caso de culturas
não-adaptáveis ao local, nas quais nunca haveria uma produção regular.
Em resumo, a avaliação de culturas deverá ser feita, sempre que possível, por
um único método e, quando não houver condições de se aplicar tal metodologia,
estar-se-ia prevendo uma metodologia perfeitamente adequada.
V = CF + VE
sendo:
onde:
O número de anos menos um, significa que, está sendo descontado o último
ano do período de formação da cultura porque, neste ano já existe uma produção
razoável.
Também pode ser adotada como taxa de juros o valor desta para crédito
rural.
Assim, o fator de valor presente para três safras, calculado com base em uma
taxa de 6% a.a. é igual a:
(1+ i) N - 1
Fa = =
(1+ i) N x i
(1 + 0,06) 3 - 1
Fa = = 2,6730
(1 + 0,06) 3 x 0,06
Resta agora, definir a taxa de risco a ser adotada. Normalmente, esta varia
entorno de 5 a 10%.
V = CF + (RL x Fa x r) =
V = $ 3.560,51/ha ou $ 16,79/pé
OUTRO EXEMPLO:
V = (RL6º ao 10º ano x Fa6º ao 10º ano x r) + (RL11º x Fa11 x r) + (RL12º x Fa12 x r) +
(RL13º x Fa13 x r) + (RL14º x Fa14 x r) + (RL15º x Fa15 x r) =
RL6º ao 10º ano = renda líquida média do 6º ao 10º ano = (560 cx./ha x
2,30/cx.) - 782,89/ha = $ 505,11
Fa6º ao 10º ano = fator de valor presente do 6º ao 10º ano = [(1 + 0,06)5 - 1] ÷
[(1 + 0,06)5 x 0,06] = 4,2124
RL11 = renda líquida do 11º ano = 560 cx./ha x 0,9 = (504 cx./ha x 2,30/cx.)
- 782,89/ha = $ 376,31
RL12 = renda líquida do 12º ano = 504 cx./ha x 0,9 = (453 cx./ha x 2,30/cx.)
- 782,89/ha = $ 259,01
RL13 = renda líquida do 13º ano = 453 cx./ha x 0,9 = (408 cx./ha x 2,30/cx.)
- 782,89/ha = $ 155,51
RL14 = renda líquida do 14º ano = 408 cx./ha x 0,9 = (367 cx./ha x 2,30/cx.)
- 782,89/ha = $ 61,21
RL15 = renda líquida do 15º ano = 367 cx./ha x 0,9 = (330 cx./ha x 2,30/cx.)
- 782,89/ha = $ -23,89
Substituindo:
V = $ 2.434,37/ha.
AVALIAÇÃO DE UM CAFEZAL
V = CF + VE
sendo:
CF = custo de reposição;
O número de anos menos um, significa que, está sendo descontado o último
ano do período de formação da cultura porque, neste ano já existe uma produção
razoável.
RL = $ 586,80/ha ÷ 2 = $ 293,40/ha/semestre
Assim, o fator de valor presente para uma safra e meia, calculado com base
em uma taxa de 6% a.a. ou 2,96% por semestre é igual a, considerando o período
em semestres:
Resta agora, definir a taxa de risco a ser adotada. Normalmente, esta varia
entorno de 5 a 10%.
V = CF + VE
sendo:
CF = custo de reposição;
V = CF + (RL x Fa x r) =
O número de anos menos um, significa que, está sendo descontado o último
ano do período de formação da cultura porque, neste ano já existe uma produção
razoável.
Assim, o fator de valor presente para seis safras futuras, calculado com base
em uma taxa de 6% a.a. é igual a:
Fa = 4,9173
Resta agora, definir a taxa de risco a ser adotada. Normalmente, esta varia
entorno de 5 a 10%.
V = CF + (RL x Fa x r) =
V = RL x A x r =
onde:
A1 = 1÷(1+0,08)4 = 0,7350
A2 = 1÷(1+0,08)9 = 0,5002
A3 = 1÷(1+0,08)14 = 0,3405
V1 = 597 x p
do que resulta:
V2 = 644 x p
3º. multiplica-se o fator tabelado pelo preço vigente, obtendo-se, por fim, o
valor do bosque por unidade de área.
Desta forma, o método mais indicado por se tratar de uma cultura que possui
um ciclo conhecido e esperado, é o método econômico.
- 65 -
A1 = 1
A3 = 1÷(1+0,12)2 = 0,7972
A4 = 1÷(1+0,12)3 = 0,7118
A2 = 1÷(1+0,12)2,5 = 0,7533
A3 = 1÷(1+0,12)3,5 = 0,6726
A4 = 1÷(1+0,12)4,5 = 0,6005
do que resulta,
V = $ 703,83/ha.
V = (RL3 x A3 x r) + (RL4 x A4 x r) =
A3 = 1÷(1+0,12)1 = 0,8929
- 67 -
A4 = 1÷(1+0,12)2 = 0,7972
do que resulta,
V = $ 270,53/ha.
V = (RL3 x A3 x r) + (RL4 x A4 x r) =
A3 = 1,0000
A4 = 1÷(1+0,12) = 0,8928
do que resulta,
V = $ 618,38/ha.
V = CF + VE
sendo:
CF = custo de reposição;
Fa = (1+0,00016)-30 = 0,9952
V = CF + (RL x Fa x r) =
- 70 -
V = $ 349,49/ha.
AVALIAÇÃO DE PASTAGENS
Os fazendeiros que não tem rebanho suficiente para lotar suas invernadas
arrendam o excedente de área formada com pastagem exigindo uma lotação
máxima de número de cabeças por hectare, procurando evitar a degradação precoce
das invernadas.
PREPARO DO SOLO
Quando o solo vem sendo cultivado com alguma espécie anual, para seu
preparo basta uma gradeação com grade simples.
SEMEADURA
O plantio pode ser feito com semeadoras em conjunto com culturas anuais
(milho, arroz), sendo que após o ciclo colhe-se o produto e fica a pastagem
praticamente formada. Outra prática bastante adotada é a lanço por meios
mecânicos e por último a manual.
- 73 -
Existe também o plantio por mudas, prática adotada para alguns tipos de
gramíneas (grama estrela, Mato Grosso etc.).
TOTAL DE DIAS 4,5 1,88 1,88 0,4 0,2 0,13 0,25 0,2
CUSTO DIÁRIO
DESPESAS COM OPERAÇÕES
subtotal
MATERIAIS
ITENS UNIDADE QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL
CALCÁRIO TON. 1
SEMENTES KG 6,8
SUPERFOSFATO SIMPLES TON. 0,1
MIREX KG 2
SEMENTES DE LEGUMINOSAS KG 4
9.2.2.2. A depreciação das construções e das instalações deve levar em conta os aspectos físicos e funcionais,
com a consideração da vida útil, aparente e provável, bem como do estado de conservação.
Kd = (1 - R)n
onde:
Kd = coeficiente de depreciação
n = idade
R = razão de depreciação
barracos 4,0%
residências proletária, rústica/médio comercial 1,5%
residências médio superior/luxo 2,0%
apartamentos e escritórios 2,5%
armazéns e indústrias 1,5%
construções de madeira 4,0%
- 78 -
R
n 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
1 0,990 0,985 0,980 0,975 0,970 0,965 0,960
2 0,980 0,970 0,961 0,951 0,941 0,931 0,922
3 0,970 0,955 0,942 0,927 0,913 0,898 0,884
4 0,960 0,941 0,923 0,903 0,885 0,867 0,849
5 0,951 0,927 0,904 0,881 0,858 0,837 0,815
6 0,942 0,913 0,886 0,858 0,832 0,807 0,782
7 0,932 0,900 0,868 0,834 0,807 0,789 0,751
8 0,923 0,886 0,851 0,816 0,783 0,757 0,721
9 0,914 0,873 0,834 0,796 0,760 0,726 0,692
10 0,904 0,860 0,818 0,776 0,758 0,700 0,664
15 0,860 0,798 0,738 0,683 0,633 0,586 0,542
20 0,818 0,739 0,667 0,602 0,543 0,490 0,442
25 0,778 0,686 0,604 0,530 0,466 0,410 0,360
30 0,740 0,636 0,546 0,467 0,400 0,342 0,294
35 0,703 0,589 0,493 0,389 0,343 0,287 0,240
40 0,669 0,546 0,446 0,362 0,294 0,240 0,195
45 0,636 0,507 0,402 0,319 0,254 0,201 0,159
50 0,605 0,470 0,364 0,280 0,217 0,168 0,130
55 0,575 0,436 0,333 0,240 0,190 0,141 0,106
60 0,548 0,405 0,298 0,218 0,160 0,117 0,086
FONTE: Estudo Edificações - Valores de Venda - 1987
DEPRECIAÇÃO FUNCIONAL
No caso de não ser possível a aplicação deste método por falta de elementos
comparativos no mesmo estado do bem avaliando, pode-se utilizar entre outros o
critério sugerido pelo Eng. Victor C. Fillinger que consiste, resumidamente em:
Determina-se primeiro sua vida útil provável do bem, com base em tabelas
publicadas (vide livro Engenharia de Avaliações, páginas 130/132);
Ou seja, máquinas e equipamentos deste tipo, têm sua vida útil, estimada em
no máximo igual ao limite superior, o que corresponde à um depreciação anual de:
D = 100÷A =
onde:
A idade limite superior não significa que o equipamento com idade maior que
este não tenha valor de mercado. Este limite serve para determinar a depreciação
anual do equipamento. Assim para veículos utilitários temos:
Kd = (1 - R)N =
onde:
Kd = coeficiente de depreciação
do que resulta:
Kd = (1 - 0,20)N
N Kd
idade (anos)
1,0 0,8000
- 81 -
5,0 0,3277
20,0 0,0115
polvilhadeira 10 plantadeira 10
cultivador 12 adubadeira 8
escarificador 6 ancinho 12
Para animais de elite ou de raça a avaliação também deve ser feita por
comparação, tomando-se os cuidados necessários se forem utilizados dados de
leilões (forma de pagamento, genealogia etc.).
π
V= x DAP² x H x FF x FE =
4
onde:
VE = RL x A x r
sendo:
R = fator de risco.
avaliaçÃo expedita
BIBLIOGRAFIA
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Brasileira de Normas Técnicas, 1985.
- 86 -
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Sistema de Capacidade de Uso, Campinas, Sociedade Brasileira da Ciência do Solo, 1983.
Lepsch, I. F., Solos - Formação e Conservação, 4ª edição, São Paulo, Coleção Prisma - Brasil, Ed.
Melhoramentos, 1982.
Magossi, A. J., Avaliações para Garantias (Avaliação de Imóveis Rurais), São Paulo, Instituto Brasileiro
de Avaliações e Perícias de Engenharia, ed. PINI, 1983.
Magossi, A. J., Método para Avaliação de Florestas Artificiais, Caderno Brasileiro de Avaliações e
Perícias, 1991.
Martins, F. G. e Martins, F. G. N., Avaliação de Propriedades Rurais, Instituto Brasileiro de Avaliações
e Perícias de Engenharia, separata.
Medeiros Júnior, J. da R. e Fiker, J., A Perícia Judicial: Como Redigir Laudos e Argumentar
Dialeticamente, São Paulo, ed. PINI, 1996.
Moreira, A. L., Princípios de Engenharia de Avaliações, São Paulo, PINI - Escola Nacional de Habitação
e Poupança, 1984.
Neves, L. C. das e Demétrio, V. A., Engenharia de Avaliações e Matemática Financeira, São Paulo,
Curso realizado na AEASP, 1992.
Ohno, M., Avaliação de Benfeitorias não Reprodutivas, São Paulo, 2ª ed. CESP, 1971.
Pelegrino, J. C., Avaliações para Garantias (Avaliação de Propriedades Rurais), São Paulo, Instituto
Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, ed. PINI, 1983.
Ribas, L. C. Proposta Metodológica para Avaliação de Danos Ambientais - o caso florestal. 1996, 242
págs. Tese (Doutorado). Escola Politécnica. Universidade de São Paulo.
Savietto, C., Caderno de Preços para Avaliação de Culturas Perenes, CESP/SP, 1997.
Triola, M. F., Introdução à Estatítica, 7ª edição, Rio de Janeiro, LTC - Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A., 1999.
Vegni-Neri, G. B. dei, Avaliação de Imóveis Urbanos e Rurais, 4ª edição, São Paulo, Ed. Nacional,
1979.
- 88 -
ANEXO I DA APOSTILA
À EMPRESA
A/C: Dr.
LAUDO DE
AVALIAÇÃO
- 90 -
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 12ª (DÉCIMA SEGUNDA) VARA DE SÃO
PAULO
LAUDO DIVERGENTE
- 91 -
I - CONSIDERAÇŐES PRELIMINARES
QUADRO RESUMO
VALOR TOTAL RR$ 1.721.000,00
Data de referência (mês/ano)
a. Terra nua
b. BENFEITORIAS
iii. VISTORIA
LOCALIZAÇÃO
SOLOS
75,00 ha Classe de capacidade de uso IIIe,s, com erosão laminar moderada, declividade
aproximada de 10%, drenagem moderada a pobre, fertilidade baixa, risco de inundação
ausente, pedregosidade ausente, profundidade em torno de 50. Possui cercas de
divisão internas.
35,00 ha Classe de capacidade de uso Vw, com erosão suave não influenciando, declividade
aproximada de 3%, drenagem interna muito rápida, com baixa capacidade de
armazenamento de água, fertilidade média baixa, pedregosidade presente,
profundidade efetiva pequena.
12,00 ha Classe de capacidade de uso VIIe,s, com erosão severa em sulcos profundos,
declividade aproximada de 40%, fertilidade média baixa, com baixa capacidade de
retenção de água, pedregosidade em torno de 60%, profundidade em torno de 30 cm.
Possui cercas de divisão internas.
As suas ocupações principais são distribuídas da seguinte forma, segundo
levantamento em anexo:
CULTURAS
REBANHOS
A propriedade possui ainda um rebanho de gado de corte, raça Nelore, composto de:
300 cabeças de boi em regime de engorda, peso médio de 17 arrobas; 100 cabeças
de garrotes; 50 cabeças de bezerros; 150 cabeças de vaca gorda, peso médio de 16
arrobas.
CONSTRUÇÕES
SEDE: Trata-se de uma residência construída em alvenaria, com revestimentos nas paredes e pisos,
com pintura à látex, com forro de madeira (tipo macho e fêmea), com cobertura de telhas de barro,
com instalações elétricas e hidráulicas completas. Enquadra-se como tipo construtivo médio superior,
em bom estado de conservação. É composta de sala de estar, sala de jantar, sala de jogos, escritório,
3 dormitórios, 3 suítes, 2 banheiros, cozinha e despensa. ÁREA CONSTRUÍDA: 445,00 m²
CASAS DOS FUNCIONÁRIOS: Tratam-se de residências construídas em alvenaria, com
revestimentos nas paredes e pisos cimentados lisos, com pintura à látex, sem forro, com cobertura de
telhas de barro, com instalações elétricas e hidráulicas simples. Enquadra-se como tipo construtivo
proletário, em estado de conservação regular. são compostas de sala, 2 dormitórios, banheiro,
cozinha e despensa. ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL: 320,00 m²
CURRAL: Construído com cerca de madeira de lei, com 5 tábuas e mourões a cada 4 metros. Está
em estado de conservação regular. 80,00 metros lineares.
PAIOL (TULHA): Fechamento lateral de madeiramento serrado, cobertura de telhas de barro, piso
cimentado liso, sem forro. Em estado de conservação precário. ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL: 120,00
m²
CERCAS INTERNAS E EXTERNAS: Com mourões de madeira espaçados de 2,5 m cada, com 4 fios
de arame farpado, estado de conservação e manutenção bons. 10.000 metros lineares.
IV. AVALIAÇÃO
Para a presente pesquisa foram seguidos os ditames recomendados pela NORMA NBR 8799 - NORMA
PARA AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS RURAIS, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT,
utilizando-se o Método Comparativo Direto e o Nível de precisão foi para avaliação de precisão ... . Os
elementos coletados foram identificados e plotados em planta parcial rodoviária do Município de , na
escala 1:75.000 (ANEXO).
2. PREÇO PADRÃO (q): obtido obedecendo aos critérios das Normas para Avaliações, fazendo-se a
correção da(s):
• SITUAÇÃO: em função da tabela criada pelo engenheiro Hélio de Caires a partir da proposição do
engenheiro Otávio Teixeira Mendes Sobrinho;
ótima 1,00 0,88 0,8 0,74 0,68 0,64 0,6 0,56 0,5 0,47 0,44 0,39 0,32 0,26 0,23 0,17 0,13
100%
Muito boa 0,95 0,836 0,76 0,703 0,646 0,608 0,57 0,532 0,475 0,447 0,418 0,37 0,304 0,247 0,219 0,162 0,123
95%
boa 0,90 0,792 0,72 0,666 0,612 0,576 0,54 0,504 0,45 0,423 0,396 0,351 0,288 0,234 0,207 0,153 0,117
90%
Desfavoráve 0,80 0,704 0,64 0,592 0,544 0,512 0,48 0,448 0,4 0,376 0,352 0,312 0,256 0,208 0,184 0,136 0,104
l 80%
Má 0,75 0,66 0,6 0,555 0,51 0,48 0,45 0,42 0,375 0,353 0,33 0,293 0,24 0,195 0,173 0,128 0,097
75%
Péssima 0,70 0,616 0,56 0,518 0,476 0,448 0,42 0,392 0,35 0,329 0,308 0,273 0,224 0,182 0,161 0,119 0,091
70%
• BENFEITORIAS: através dos valores unitários do trabalho elaborado pelo engenheiro Mitsuo Ohno
publicado pela CESP, atualizado para a data da avaliação pelos índices PINI deduzindo-se a
depreciação em função da idade aparente e estado de conservação;
• CULTURAS: através dos valores unitários oriundos do trabalho "Avaliações de propriedades rurais:
avaliação de Culturas - Desenvolvimento e Métodos" dos engenheiros Adilson Magossi e Miguel
Kozma;
• DATA: a atualização não foi efetuada pois todos os elementos foram cotados em dólar americano,
câmbio comercial;
• DIMENSÃO: no caso de verificada a existência de influência da área no valor unitário, será feita a
devida correção após a homogeneização dos itens acima, com a adoção de índices devidamente
demonstrados neste laudo.
01: MUNICÍPIO
SOLOS: 50,00 ha
SOLOS: 100,00 ha
LOCALIZAÇÃO: Partindo-se da igreja matriz, sentido bairro Jurumirim, seguindo a estrada da Represa,
passando a linha, à direita, encontra-se a propriedade.
BENFEITORIAS: O imóvel não possui benfeitorias com valor comercial, tendo em vista sua finalidade
de uso.
CÁLCULOS
SITUAÇÃO e CLASSE
Índice ponderado deste elemento [(0,57 x 100) + (0,76 x 50)] ÷ 150 ha = 0,633333
Fator de homogeneização 1,00 ÷ 0,633333 = 1,578947
q = R$ 8.482,26/ha
- 98 -
02: MUNICÍPIO
ÁREA: 220 ha
SOLOS: 220 ha
BENFEITORIAS.
180 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
NA = 0,57
03: MUNICÍPIO
ÁREA: 180 ha
BENFEITORIAS:
A) 1 casa tipo proletário, de tijolos, paredes de 1/2 tijolo, sem revestimento, sem pintura,
madeiramento serrado, cobertura de telhas de barro, piso de cimento, sem forro, sem instalação
hidráulica, sem instalação elétrica, em mau estado de conservação e com idade aparente de 25 anos.
Área construída de 40 m².
V = R$ 105,76/m² x 0,50 x 40,00 m² = R$ 2.115,20
Uso atual das terras com pastagens cultivadas.
B) 140 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
V = R$ 140,78/ha x 140 ha = R$ 19.709,00
CÁLCULOS
- 100 -
04: MUNICÍPIO
ÁREA: 200 ha
SOLOS: 200 ha
BENFEITORIAS.
150 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
- 101 -
05: MUNICÍPIO
ÁREA: 250 ha
BENFEITORIAS.
200 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
- 102 -
06: MUNICÍPIO
ÁREA: 400 ha
SOLOS: 400 ha
BENFEITORIAS.
300 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
- 103 -
07: MUNICÍPIO
ÁREA: 150 ha
BENFEITORIAS.
100 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
- 104 -
08: MUNICÍPIO
ÁREA: 350 ha
SOLOS: 350 ha
BENFEITORIAS.
300 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
- 105 -
09: MUNICÍPIO
ÁREA: 230 ha
SOLOS: 230 ha
BENFEITORIAS.
180 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
- 106 -
10: MUNICÍPIO
ÁREA: 245 ha
SOLOS: 245 ha
BENFEITORIAS.
210 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
- 107 -
11: MUNICÍPIO
ÁREA: 290 ha
SOLOS: 290 ha
BENFEITORIAS.
240 ha de solos com pastagem de capim Brachiaria decumbens, com boa formação e boa
manutenção.
CÁLCULOS
NA = 0,76
QUADRO RESUMO
Assim:
s
e = [tn-1, X÷2] x =
n
onde:
Do que resulta:
935,57
e = 1,40 x =
9
CLASSES
SITUAÇÃO I IIe,s IIIe,s IV Vw VI VIIe,s VIII
1,00 0,74 0,56 0,47 0,39 0,29 0,17 0,13
ÓTIMA
1,00 7.460,00
MUITO
BOA 0,95 7.087,00 5.244,38 3.968,72 2.763,93 1.204,79
onde:
S1 = área de classe IIe,s, situação muito boa = 100,00 ha
q1 = unitário básico de pesquisa = $ 5.244,38
S2 = área de classe IIIe,s, situação muito boa = 75,00 ha
q2 = unitário básico de pesquisa = $ 3.968,72
S3 = área de classe Vw, situação muito boa = 35,00 ha
q3 = unitário básico de pesquisa = $ 2.763,93
S4 = área de classe VIIe,s, situação muito boa = 12,00 ha
q4 = unitário básico de pesquisa = $ 1.204,79
do que resulta:
VALOR TOTAL DA TERRA NUA
$ 933.287,03
Foi adotado o método do custo de reprodução para a cana de açúcar e para o pomar
de laranja, contabilizando-se o capital atual existente e as receitas líquidas futuras,
de acordo com o estágio em que se encontra a cultura e das expectativas de
produção futuras. Para a pastagem baseou-se na determinação das despesas
efetuadas para a reprodução da pastagem, depreciando-se este valor em função de
suas condições atuais. Os cálculos encontram-se no ANEXO deste laudo. Os valores
totais são iguais a:
V CANA DE AÇÚCAR
CUSTO DE PRODUÇÃO POR FASE (R$/ha)
ANO Produção GASTOS GASTOS GASTOS FINAIS CUSTOS
Ton./ha INICIAIS INTERMEDIÁRIOS (COLHEITA) TOTAIS
1º 108 869,77 30,61 366,04 1.266,42
2º 90 227,39 24,52 303,03 554,95
3º 80 227,39 24,52 270,48 522,40
4º 67 227,39 24,52 228,17 480,08
5º 57 227,39 24,52 195,62 447,53
V POMAR DE LARANJA
V = CF + (RL x Fa x r)
Fa = [(1 + i)n - 1] ÷ [(1 + i)n x i] =
área no 6º ano, 35 ha, produção média de 742 cx./ha (R$ 3.058,95/ha) R$ 107.063,25
área no 5º ano, 25 ha, produção média de 636 cx./ha (R$ 2.715,25/ha) R$ 67.881,25
V PASTAGEM
PASTAGEM: 35,00 ha x R$ 140,78/ha = R$ 4.927,30
Segundo pesquisa junto ao frigorífico X (fone n.º , Sr. ), frigorífico Y (fone n.º , Sr. )
e a publicação Preços Agrícolas (n.º , de ), para a região em estudo, temos os
seguintes valores médios:
V CRIAÇÕES = (300 cab. x 17 @/cab. x R$ 24,30/@) + (100 cab. x R$ 189,63/cab.) + (50 cab. x R$
144,24/cab.) + (150 cab. x 16 @/cab. x R$ 21,13/@) = R$ 200.817,00
v. valor do IMÓVEL
VALOR DO IMÓVEL
DATA DA AVALIAÇÃO
NÍVEL DE PRECISÃO
R$ 1.721.000,00
(um milhão setecentos e vinte e um mil reais)
Conforme a Norma nos permite, o valor encontrado pode variar em até 6,20%
(campo de arbítrio, veja o item HOMOGENEIZAÇÃO E SANEAMENTO DOS DADOS
AMOSTRAIS neste laudo) sobre o valor encontrado, ou seja, de R$ 1.614.298,00 até
R$ 1.827.702,00.
VII. ENCERRAMENTO
ANEXO II DA APOSTILA
LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
AUTOR: CREA-SP
A alteração introduzida no artigo 145 do Código de Processo Civil, pela Lei n.º 7.270,
de 10 de Dezembro de 1984, privilegia o trabalho dos peritos judiciais, quando
dispõe que serão “escolhidos entre os profissionais de nível universitário,
devidamente inscritos no órgão de classe competente”, que deverão comprovar
especialidade na matéria sobre a qual deverão opinar mediante certidão do
mencionado órgão profissional. Somente nas localidades onde não houver
profissionais qualificados, que preencham tais requisitos, aí então a indicação dos
peritos será de livre escolha do juiz. Esta excepcionalidade não ocorre no Estado de
São Paulo.
Em consonância com este dispositivo legal, deve-se verificar que todas as normas
brasileiras relativas à avaliação dispõem que “a determinação desse valor é de
responsabilidade exclusiva dos profissionais legalmente habilitados pelos CREAs -
Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia”.
A legislação especifica consagra tal privilégio, o que se acha disposto na Lei Federal
n.º 5.194, de 24 de Dezembro de 1966, nos seus artigos 3º, 6º, 7º, 13º e 15º dos
quais transcrevemos:
“Art. 4º - Os trabalhos técnicos indicados no artigo anterior, para sua plena validade,
deverão ser objeto de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) exigida pela Lei
n.º 6496, de 07 de Dezembro de 1977”.
O Código de Processo Civil deixa taxativo que as perícias sejam elaboradas por
profissionais. Quando essas perícias dependerem de conhecimentos técnicos e
científicos inerentes a uma determinada profissão, somente poderão ser feitas por
profissional habilitado. Por isso o CREA-SP tem constantemente se manifestado
sobre o cumprimento dos imperativos legais, referentes ao exercício da profissão,
quando da nomeação de peritos ou admissão de assistentes, tendo em vista que é
seu dever fiscalizar a atividade de seus próprios registrados, em defesa da
sociedade, velando pela qualidade técnica do trabalho que realizam e pela fiel
observância de um comportamento ético compatível.
RECOMENDAÇÕES FINAIS
CREA-SP: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2614; Tel.: 815.4466 - R. 137; São
Paulo - SP.
- 118 -
LITERATURA RECOMENDADA
ABUNAHMAN, Sérgio Antonio. Curso Básico de Engenharia Legal e de Avaliações. São Paulo: PINI, 1999. 307p.
AMERICAN INSTITUTE OF REAL ESTATE APPRAISERS. The Appraisal of Rural Property. Chicago/USA, 1983. 434p.
ANAIS DO SIMPÓSIO SOBRE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS (Coordenador: Valdemar Antonio Demétrio).
Piracicaba: FEALQ, 1995. 191p.
ARAGÃO, Severiano. Honorários Periciais e sua Liberação Parcial. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo:
ABRAPE, v. 7, n. 77, p.167-70, nov. 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Avaliação de imóveis rurais: NB-613/80. São Paulo, 1980.
ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS AGRÔNOMOS DO ESTADO DO PARÁ (AEAPA). Tabela de honorários mínimos
profissionais. Belém, 1992.
CABALLER, Vicente. Valoration agraria: teoria y practica. 3ª ed. Madrid: MP, 1993, 380p.
CASTRO, Orlando Ferreira de. Deontologia da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Goiânia: CREA, 1995, 527p.
CHEDE, Gil José. Avaliação de Máquinas e Equipamentos. In: Curso de Avaliações de Bens. X COBREAP – Congresso
Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. Porto Alegre: IBAPE, 1999. 69p.
CONDURÚ, José Maria Pinheiro. Avaliação de propriedades rurais. Belém: AGRIMAZÔNIA, 17p., 1985.
CONDURÚ NETO, José Maria Hesketh. Sistema Internacional de Unidades (SI): utilização em trabalhos técnicos e científicos.
Belém: FCAP. Serviço de Documentação e Informação, 1999. 24p.
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA (CONFEA). Leis - Decretos e Resoluções. 3ª ed.
Brasília, 1987.
DANTAS, Rubens Alves. Engenharia de Avaliações: uma introdução à metodologia científica. São Paulo: PINI, 1998. 251p.
DAUDT, Carlos Dário Lopes. Avaliação de imóveis rurais - terra nua; ranking de solos. Caderno Brasileiro de Avaliações e
Perícias. São Paulo: ABRAPE, v. 4, n. 41, p.127-134, nov. 1992.
DAUDT, Carlos Dário Lopes. Curso de avaliação e perícia de imóveis rurais. Brasília: ABEAS, 1995, 84p.
DAUDT, Carlos Dário Lopes. Metodologia dos Diferenciais Agronômicos na Vistoria e Avaliação do Imóvel Rural. Porto Alegre:
CREA/RS, 1996. 127p.
ESTATUTOS do IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia. Caderno Brasileiro de Avaliações e
Perícias, São Paulo: ABRAPE, v. 7, n. 79, p.227-261, jan. 1996.
FERNANDES, José Fonseca. Avaliação de propriedades rurais. In: AVALIAÇÕES PARA GARANTIAS, São Paulo: PINI, 1983,
216p., p.123-126.
FIKER, José. Avaliação de imóveis: manual de redação de laudos. São Paulo: PINI, 1994, 119p.
FILLINGER, Victor Carlos. Vida útil de máquinas, equipamentos e instalações. In: AVALIAÇÕES PARA GARANTIAS, São
Paulo: PINI, 1983, 216p., p.173-179.
GUIMARÃES, Jorge Artur Rodrigues. Guia de Avaliação, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAPE, v.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA. Norma básica para perícias de engenharia do
IBAPE/SP. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: ABRAPE, v. 7, n. 75, p.79-98., set. 1995.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual Técnico de Uso da Terra. Rio de Janeiro: IBGE, 1999.
58p. (Manuais Técnicos em Geociência, 7).
- 119 -
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de Apresentação Tabular. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.
61p.
LOCH, Carlos. Curso de avaliação de imóveis rurais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E
PERÍCIAS, 8., 1995, Florianópolis. Anais...Florianópolis: ICAPE, 1995, 8p.
MACHADO, Cláudio Rossi. Avaliação de Recursos Naturais e Meio Ambiente. In: X COBREAP – Congresso Brasileiro de
Engenharia de Avaliações e Perícias. Porto Alegre: IBAPE, 1999. 38p.
MAGNOU, Eduardo. Importancia de la valuación en el crédito pignoraticio. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São
Paulo: ABRAPE, v. 4, n. 38, p.35-60., ago. 1992.
MAGOSSI, Adilson José. Avaliação de imóveis rurais. In: Avaliações para Garantias, São Paulo: PINI, 1983, 216p., p.127-161.
MAIA NETO, Francisco. Laudo pericial, a importância de uma apresentação didática. Caderno Brasileiro de Avaliações e
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MARTINS, Domingos Mota, SÁ LEITÃO, André Castelo Branco de. Processo computadorizado para avaliação de culturas. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 8., 1995, Florianópolis.
Anais...Florianópolis: ICAPE, 1995, p.404-12.
MEDEIROS JÚNIOR, Joaquim da Rocha. Métodos avaliatórios: diretos x indiretos. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias,
São Paulo: ABRAPE, v. 4, n. 42, p.147-152., dez. 1992.
MEDEIROS JUNIOR, Joaquim da Rocha & FIKER, José. A Perícia Judicial – Como redigir laudos e argumentar dialeticamente.
São Paulo: PINI, 1996. 138p.
MENDONÇA, Marcelo Corrêa. Engenharia Legal: Teoria e Prática Profissional. São Paulo: PINI, 1999. 214p.
MENDONÇA, M.C.; SOLLERO FILHO, M.; CURI, E.; AGUIAR, J.B.; QUEIROGA, H.S.; MAIA, E.A.; AQUINO, R. de;
RESENDE, O. de; CANÇADO, J.M. de M. Fundamentos de Avaliações Patrimoniais e Perícias de Engenharia – Curso
básico do IMAPE. São Paulo: PINI, 1998.316p.
MILUZZI, Reinaldo. Problemas existentes nos laudos de peritos e assistentes técnicos em face do código de processo civil.
Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: ABRAPE, v. 4, n. 42, p.154-157., dez. 1992.
MOREIRA FILHO, Ibá Ilha. Laudo Pericial de uma área de terras de 4.500 hectares - 1ª Parte. Caderno Brasileiro de
Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAPE, v. 4, N. 47, p.275-296., mai. 1993.
MOREIRA FILHO, Ibá Ilha. Laudo Pericial de uma área de terras de 4.500 hectares - 2ª Parte. Caderno Brasileiro de
Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAPE, v. 4, n. 48, p.307-331., Jun. 1993.
MOREIRA, Alberto Lélio. Princípios de engenharia de avaliações, 3ª ed. rev. ampl. São Paulo: PINI, 1995, 379p.
PELLEGRINO, José Carlos. Avaliação de Propriedades Rurais. In: AVALIAÇÕES PARA GARANTIAS, São Paulo: PINI, 1983,
216p., p.115-122.
RAMOS, Tânia Magda Matsumo Albino. Avaliação de Imóveis Rurais. In: Curso de Avaliações de Bens. X COBREAP –
Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. Porto Alegre: IBAPE, 1999. 24p.
RIBEIRO, José Ronan Simões. Perito judicial - uma honrosa função. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo:
ABRAPE, v. 4, n. 41, p.123-125., nov. 1992.
SAVIETTO, Clemente. Avaliação de culturas: eucalipto - cana de açúcar - pastagem. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 8., 1995, Florianópolis. Anais.... Florianópolis: ICAPE, 1995, p.190-198.
TOLEDO, Flávio Godoy de. A informatização da avaliação de máquinas e equipamentos. Caderno Brasileiro de Avaliações e
Perícias, São Paulo: IBAPE, v. 7, n. 81, p.332-8., mar. 1996.
TOSH, Dennis S. & RAYBURN, William B. Uniform Standarts of Professional Appraisal Practice: Applying the Standards.
Chicago: REAL STATE EDUCATION COMPANY, 1999. 186p.
- 120 -
ANEXOS
Ca + Mg trocáveis mE/100g Ca + Mg 3 -2
Distrofismo % V 50 -35
Automóvel 13,2
Camioneta 10,0
Jipe 21,2
Caminhão médio com carroceria 9,1
Caminhão médio com basculante 11,1
Caminhão grande com carroceria 16,7
Caminhão grande com basculante 8,9
Pá carregadeira de pneus - pequena 7,5
Pá carregadeira de pneus – grande 9,2
Trator de esteiras – pequeno 12,8
Trator de esteiras com lâmina – médio 20,0
Trator de esteiras com lâmina – grande 20,0
Trator de esteiras com escarificador e lâmina grande 20,0
Trator agrícola de pneus 9,8
Caminhão fora de estrada 9,7
Retroescavadeira de pneus 10,0
Moto-serra à gasolina 0,0
Avaliação dos Graus de Limitação dos solos para Classificação de terras segundo a Classe de Capacidade de Uso
GRAUS DE LIMITAÇÃO:
N = nulo L = ligeiro M = moderado F = forte
DINIZ, J. Manual para Classificação da Capacidade de Uso das Terras para fins de Avaliação de Imóveis Rurais – 1ª Aproximação – CESP – 1997.
- 126 -
DINIZ, J. Manual para Classificação da Capacidade de Uso das Terras para fins de Avaliação de Imóveis Rurais – 1ª Aproximação – CESP – 1997.
- 127 -
μg/cm3 0 - 6 7 - 15 16 - 40 41 - 80 > 80
Fósforo (P) *
pH em CaCl2 > 6,0 5,6 - 6,0 5,1 - 5,5 4,4 - 5,0 < 4,4
Acidez pH em H2O > 6,6 6,2 - 6,6 5,7 - 6,1 4,9 - 5,6 < 4,9
meq/100 cm3 0,01 - 0,07 0,08 - 0,15 0,16 - 0,30 0,31 - 0,60 > 0,60
Potássio Trocável (K)
meq/100 cm3 - < 0,4 0,4 - 0,8 > 0,8 -
Magnésio Trocável (Mg)
meq/100 cm3 - < 0,3 0,3 - 0,6 > 0,6 -
Alumínio Trocável (Al) **
meq/100 cm3 < 2,5 2,5 - 5,0 5,1 - 15,0 15,1 - 50,0 > 50,0
CTC ou T
% < 25 25 - 50 51 - 70 71 - 90 > 90
Saturação de Bases (V)
gSO4/cm3 < 5 5 - 10 11 - 15 > 15 -
Enxofre (S) ***
* Extrator Resina ** Extrator KCl 1N *** Extrator Acetato de Amônio 0,5N em Ácido Acético 0,25N
Relação Solo : Extrator 1:2,5
DINIZ, J. Manual para Classificação da Capacidade de Uso das Terras para fins de Avaliação de Imóveis Rurais – 1ª Aproximação – CESP – 1997.
- 129 -
Através de uma vistoria pormenorizada na propriedade avalianda busca-se as informações relevantes (dados agronômicos e
econômicos) necessários. No exemplo presente estas informações são as seguintes:
Primeiro:
Os desembolsos (Despesas de Investimentos) até o 4º ano, se aplicados alternativamente no mercado financeiro, produziriam juros na
razão de 6 % a.a. (Caderneta de Poupança). Esse rendimento alternativo estabelece um Custo de Oportunidade para o capital
investido. Entendemos, assim, que para cada desembolso, corresponda um montante ao final de (n - t) períodos, devendo ser
considerado no custo de formação do pomar em apreço.
Segundo:
Embora a Constituição de 1988 estabeleça um teto 12 % a.a. para a taxa de juros bancários, é nosso entendimento que sua adoção
(mesmo que justificada) seja motivo de controvérsias pois, a única alternativa de rendimento garantida pelo governo federal é a
Caderneta de Poupança, com rendimento anual de 6 %. Desta maneira, conforme a NBR 8799/85, a expressão algébrica que melhor
traduz o texto da Norma é:
Onde:
CFP = Custo de Formação [Custo de Implantação (CI) + Custo de Manutenção (CM) + Custos de Oportunidade dos Desembolsos
Efetuados ou Juros Produzidos (J) à Taxa (i)]. Depreende-se assim que o Custo de Formação é estabelecido com base na seguinte
expressão:
n
n-t
CFP = CIt . (1 + i) + ∑CM
t =0
n-t
t . (1 + i)
- 130 -
CFP = R$2.736,74 / ha
(Os juros mais os valores desembolsados, estabelecem, ao final do período analisado, um Montante, razão pela qual na fórmula,
n
utilizamos o fator de valor futuro (1,06) , diretamente sobre estes desembolsos)
⎡ (1 + i ) n − 1⎤ ⎡ (1 + i ) n − 1⎤
VEP = RL . ⎢ n ⎥
-r. ⎢ n ⎥
⎣ i .(1 + i ) ⎦ ⎣ i .(1 + i ) ⎦
Onde:
RL = Fluxo de Receitas Líquidas Futuras, RL = RL1 = RL2 = ... = RLn, com t = 0, 1, 2,...,n, períodos.
r = Coeficiente de risco associado a queda de no Fluxo de Receitas Líquidas decorrentes de queda na produção e/ou redução no
preço do produto no mercado. Normalmente atribui-se uma taxa de 10% à variável risco.
⎡ (1 + i ) n − 1⎤
⎢ n ⎥
= Fator de Valor Presente para uma série uniforme de pagamentos (ou rendimentos) futuros
⎣ i .(1 + i ) ⎦
Reorganizando os termos da expressão, obtemos:
⎡ (1 + i ) n − 1⎤
VEP = (1 – r) . RL . ⎢ n ⎥
⎣ i .(1 + i ) ⎦
Para o exemplo presente, temos então;
⎡ (1 + 0,06) 4 − 1 ⎤
VEP = (1 – 0,10) . 505,11 . ⎢ 4 ⎥
= R$1.575,23
⎣ 0,06.(1 + 0,06) ⎦
Lembrando, portanto, da equação, teremos o valor atual, para o pomar avaliando de:
A mesma metodologia poderá ser utilizada na avaliação de um pomar em datas diferentes, anteriores ao período de formação ou
posteriores à primeira safra.
- 131 -
EXEMPLO 2 – Utilizando-se dos dados do exemplo anterior, obter o Valor Atual de Pomar,
admitindo-se que a avaliação esteja sendo feita logo após efetuada a primeira colheita.
CFP = R$2.736,74 / ha
Para obtermos o valor econômico do pomar, bastará, portanto, descontar a Receita Líquida proveniente da primeira safra. Ou seja,
basta fazer:
⎡ (1 + 0,06) 3 − 1 ⎤
VEP = (1 – 0,10) . 505,11 . ⎢ 3 ⎥
= R$1.215,15
⎣ 0,06.(1 + 0,06) ⎦
Teremos portanto,
EXEMPLO 3 – A partir dos dados do exemplo 1, obter o Valor Atual de um Pomar no 2º ano de
formação.
Lembrando que o pomar em formação começará a produzir no 4º ano de sua formação teremos, neste caso, o Custo de Formação
será dado apenas pelo Custo de Implantação mais o Custo de Manutenção do primeiro ano, ou seja:
5 4
CFP = 376,75 . (1,06) + 300,00 . (1,06) = R$882,92 / ha
Entretanto, para cobrir os investimentos efetuados, serão necessárias duas safras futuras, considerando a produtividade de 560
caixas/ha, ao preço de R$2,30 / caixa. Termos, portanto:
⎡ (1 + 0,06) 2 − 1 ⎤
VEP = (1 – 0,10) . 505,11 . ⎢ 2 ⎥
= R$833,46 / ha
⎣ 0,06.(1 + 0,06) ⎦
EXEMPLO 4 – Supondo que, na região do imóvel avaliando, a vida útil de um pomar seja de 10
anos. O Valor Atual de um Pomar no início do 10º ano, será dado por:
Neste caso não é considerado o custo de formação, uma vez que o pomar encontra-se no final de sua vida útil. Logo, se a avaliação é
efetuada numa data anterior a última safra, o Valor Atual do Pomar será dado apenas por:
⎡ (1 + 0,06) 1 − 1 ⎤
VAP = VEP = (1 – 0,10) . 505,11 . ⎢ 1⎥
= R$428,87 / ha
⎣ 0,06.(1 + 0,06) ⎦
- 132 -
Florestas Plantadas
Avaliação de florestas artificiais
De acordo com MAGOSSI (1991), pelo método do Valor Econômico, a fórmula avaliatória pode ser representada pela seguinte
expressão algébrica:
n
1
VEF = (1 – r) . ∑ RL
t =0
t .
(1 + i ) n −t
Onde:
1
= Fator de Valor Presente para as Receitas (diferentes) Líquidas Esperadas
(1 + i ) n −t
r = Coeficiente de Risco de Mercado (queda de preços), admitindo-se 5% a 10%
t = t = 0, 1, 2, ..., n períodos
i = Taxa de juros (6 % a.a.)
EXEMPLO 5 : Sabendo-se que o preço pago ao produtor de madeira é de R$5,27/m3, para uma
floresta de eucalipto, destinada a produção de celulose, obter seu valor econômico, no período t
= 0, sabendo-se que a produtividade média esperada em 4 cortes, em intervalos regulares de 5
em 5 anos, é de:
3
0 - 5 anos 1º corte 390 m / ha
3
5 - 10 anos 2º corte 300 m / ha
3
10 - 15 anos 3º corte 220 m / ha
3
15 - 20 anos 4º corte 180 m / ha
3
Colocando o preço do metro cúbico (m ) em evidência e reorganizando os termos da expressão do valor econômico da floresta temos:
VEt=0 = R$2.002,21 / ha
- 133 -
Culturas Temporárias
AVALIAÇÃO DE CULTURAS TEMPORÁRIAS
De acordo com a NBR 8799/1985, na avaliação de culturas perenes e temporárias comerciais, em produção, deve ser empregado o
método do custo de reposição, acrescido do valor econômico da plantação. Este deverá ser equiparado ao valor presente dos
rendimentos líquidos das safras correspondentes ao número de anos menos um, necessários para que a plantação atinja a época de
produção da espécie, multiplicado por um coeficiente de risco, adicionando-se, quando for o caso, o rendimento líquido da safra
pendente de fato, na ocasião da avaliação, deduzidos os custos vincendos da mesma.
Tem-se, portanto, a seguinte expressão, utilizada na obtenção do valor atual da cultura anual:
VA = CF + VE
Onde:
CF = Custo de Formação e/ou reposição da cultura [Custo de Implantação (CI) + Custo de Manutenção (CM) + Custos de
Oportunidade dos Desembolsos Efetuados ou Juros Produzidos (J) à Taxa (i)]. Dado que os desembolsos com a implantação e
manutenção, se aplicados alternativamente no mercado financeiro, produziriam os juros (J), temos então que:
n
CFcap = CF . (1 + i)
1
VE = (1 – r) . RLt .
(1 + i ) n −t
Onde:
1
= Fator de valor presente para a receita futura
(1 + i ) n −t
- 134 -
[
id = 360 (1,06) − 1 ] . 100 = 0,016% a.d.
b. custo de formação
c. valor econômico
⎧ ⎡ 1 ⎤ ⎫
VEmilho = (1 – 0,05) . ⎨80.5,55.⎢ 50 ⎥ − 86,10 − 203,80 ⎬ ≅ R$150,56 / ha
⎩ ⎣ (1,00016) ⎦ ⎭
Avaliação de Pimenta-do-Reino
EXEMPLO 8 – Avaliação de um pimental em produção
Onde:
CFp = Custo de Formação [Custo de Implantação (CI) + Custo de Manutenção (CM) + Custos de Oportunidade dos Desembolsos
Efetuados ou Juros Produzidos (J) à Taxa (i)]. Depreende-se assim que o Custo de Formação é estabelecido com base na seguinte
expressão:
n
n-t
CFP = CIt . (1 + i) + ∑CM
t =0
n-t
t . (1 + i)
Observação: Como na data da avaliação do pimental já foram efetuadas quatro (4) safras, devemos obter o montante destas safras
(devidamente capitalizadas) e descontá-las do Custo de Formação do Pimental. Este montante é dado pela equação:
⎡ (1 + i ) t − 1⎤
MRL = RL . ⎢ ⎥
⎣ i ⎦
- 136 -
Onde:
t = Número de Rendas (ou períodos) obtidas desde o início da produção (2º ano) até a data da avaliação (6º ano).
Teremos então:
n
⎡ (1 + i ) t − 1⎤
n-t
CFP = CIt . (1 + i) + ∑CM n-t
t . (1 + i) - RL . ⎢
i
⎥
t =0 ⎣ ⎦
⎡ (1 + 0,06) 4 − 1⎤
⎢ ⎥
6 5
CFP = 6000 . (1 + 0,06) + 3000 . (1 + 0,06) - 1508 .
⎣ 0,06 ⎦
CFP = R$5.928,87 / ha
⎡ (1 + i ) n − 1⎤
VEP = (1 – r) . RL . ⎢ n ⎥
⎣ i .(1 + i ) ⎦
Onde:
RL = Fluxo de Receitas Líquidas Futuras, RL = RL1 = RL2 = ... = RLn, com t = 0, 1, 2,...,n, períodos.
r = Coeficiente de risco associado a queda de no Fluxo de Receitas Líquidas decorrentes de queda na produção e/ou redução no
preço do produto no mercado. Normalmente atribui-se uma taxa de 10% à variável risco.
⎡ (1 + i ) n − 1⎤
⎢ n ⎥
= Fator de Valor Presente para uma série uniforme de pagamentos (ou rendimentos) futuros
⎣ i .(1 + i ) ⎦
Para o exemplo presente, e considerando as receitas futuras até o ponto de nivelamento, teremos portanto:
⎡ (1 + 0,06) 4 − 1 ⎤
VEP = (1 – 0,10) . 1.508,00 . ⎢ 4 ⎥
= R$4.702,84 / ha
⎣ 0,06.(1 + 0,06) ⎦
Lembrando, portanto, da equação, teremos o Valor Atual para o Pimental avaliando de: