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PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE
SUICÍDIO CHC-UFPR-EBSERH
CURITIBA
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNICAS
SETOR DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA DO PACIENTE
Equipe responsável:
1ª EDIÇÃO
CURITIBA
2019
COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ
CLAUDETE REGGIANI
Superintendente CHC-UFPR
EXPEDIENTE
Núcleo de Segurança do Paciente
Unidade de Gerenciamento das Atividades de Extensão
Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais
Unidade de Neuropsiquiatria
Unidade de Urgência e Emergência
Unidade Multiprofissional
CURITIBA
2019
1 INTRODUÇÃO
2.1 Abordagem do risco: falar sobre o suicídio é o primeiro passo para preveni-lo
Falar direta e abertamente sobre ideação suicida e seus fatores de risco é a forma
mais eficaz de abordar e manejar o risco de suicídio em adultos. Nem sempre a pessoa
expressa claramente seus pensamentos ou sentimentos relacionados ao suicídio, portanto,
é necessário estar sensível para reconhecer que a vontade de morrer pode estar presente e
abrir um espaço para o diálogo, permitindo que a pessoa fale sobre o que se passa com
ela durante o atendimento, sem julgamentos ou interpretações. A escuta ativa possibilita
identificar mais rapidamente um eventual risco de suicídio nos pacientes internados.
Falar sobre o suicídio reduz a ansiedade associada aos pensamentos ou atos de
autoagressão e ajuda a pessoa a se sentir compreendida e a aceitar ajuda (BERTOLOTE;
MELLO-SANTOS; BOTEGA, 2010).
2.2 O paciente que está num serviço de saúde e fala em suicídio, na maioria das vezes
está numa posição ambivalente
Não há como prever quem cometerá ou não suicídio, mas é possível avaliar o risco
individual que cada paciente apresenta, baseado nos fatores de risco e de proteção, a partir
da anamnese e entrevista investigados numa entrevista individual. Veja a seguir como
identificar estes fatores.
PEGAR A REFERÊNCIA COM A TATIANA BRUSAMARELLO
Quando perguntar?
Quando a pessoa tem o sentimento de estar sendo compreendida;
Quando a pessoa está confortável falando sobre seus sentimentos;
Quando a pessoa está falando sobre sentimentos negativos de solidão,
desamparo, etc.
• Demonstrar autenticidade ao
Conversar interlocutor
R I S C O BAI X O
R I S C O ALTO
Flexibilidade cognitiva;
Disposição para aconselhar-se em caso de decisões importantes;
Personalidade
Personalidade Disposição para buscar ajuda;
Abertura à experiência de outrem; Habilidade para se comunicar;
Capacidade para fazer uma boa avaliação da realidade;
Habilidade para solucionar problemas da vida.
Personalidade
Gravidez e puerpério;
Boa qualidade de vida;
Outros Regularidade do sono;
Boa relação terapêutica (instituição, equipe e/ou profissional
responsável, adesão medicamentosa).
Todos os profissionais:
- Perguntar como está o pensamento hoje, padrão de
sonoAtentar para a situação de risco moderado de suicídio do
paciente e seus desdobramentos na sua prática assistencial;
- Retirar objetos perigosos próximos ao paciente como
ataduras, cadarços, mantas, caixas de pérfuro-cortantes,
equipamentos com cabos (quando possível);
- Solicitar avaliação do médico do serviço; Commented [ARPdM7]: NSP. Psiquiatria estabelece
- Retirar a ficha de notificação obrigatória no Serviço Social, protocolos para contenção química no CHC-UFPR. 21.02
preencher as 03 vias, conforme formulário padrão da em andamento
SEFARH. Precisa de lista com nome, via de administração e
Secretaria Municipal de Saúde, e devolvê-la a este mesmo protocolo de uso para disponibilizar no carro de emergência
Serviço, que acionará as redes de atenção e proteção do e assim agilizar administração.
Município de Curitiba e do Estado do Paraná.
- Registrar no prontuário avaliação e encaminhamentos
realizados.
Continua...
...continuação do quadro 1.
5. ANEXO I
OBS: considerar Sim em caso de 2 ou mais comportamentos prévios ou apenas 1 se grave (método
violento ou tendo justificado cuidados intensivos)
SOCIODEMOGRÁFICO
1 Sexo Masculino – 1 Feminino – 0
2 Idade ≥ 45 - 1 < 45 → 0
3 Religiosidade* Não - 1 Sim - 0
* existem fatores de natureza religiosa ou espiritual suscetíveis de frear a passagem ao ato?
CONTEXTOS
1 Isolamento - vive só, sem apoio familiar ou social ? não - 0 sim - 2
2 Perda recente marcante - luto, desemprego? não - 0 sim - 2
3 Doença física - incapacitante ou terminal? não - 0 sim - 2
4 Abuso atual de álcool ou substâncias não - 0 sim - 2
5 Doença psiquiátrica grave** não - 0 sim - 2
6 História de internamento psiquiátrico não - 0 sim - 2
7 História familiar de suicídio não - 0 sim - 2
**descompensação atual de psicose, depressão major maior unipolar ou bipolar, perturbação grave da personalidade
Soma do total:
Fonte: (VEIGA et al., 2014).
OBS: Estes pontos de corte e riscos associados devem ser objeto de interpretação
cautelosa e como mera sugestão geral, dependendo do contexto de utilização do IRIS. A
orientação final a dar a cada caso nunca dispensa a avaliação clínica especializada
(VEIGA et al., 2014).
5. ANEXO 2
Commented [ARPdM14]: Quem chama se alguém está
PLANO DE CONTINGÊNCIA – ARQUIVO EM EXCEL ameaçando tentar suicídio? Quem chama se o paciente
consolidar o ato?
O que faz se um transeunte, aluno ou colaborador cometer
suicídio nas dependências do CHC-UFPR?
Commented [ARPdM15]: Atualizar plano de
contingência
Formatted: Left: 0.98", Right: 0.98", Top: 1.18",
Bottom: 1.18", Width: 11.69", Height: 8.27"
Formatted Table
6. REFERÊNCIAS
POSNER, K. et al. The Columbia- Suicide Severity Rating Scale: initial validity and
internal consistency findings from three multisite studies with adolescents and adults.
American Psychiatric Association, Arlington, v. 168, n. 12, p. 12661277, 2011. Formatted: English (United States)
POSNER, K. et al. From uniform definitions to prediction of risk: the Columbia Suicide
Severity Rating Scale approach to suicide risk assessment. In: CANNON, K.E.;
HUDZIK, T. J. Suicide: phenomenology and neurobiology. Switzerland: Springer
International Publishing, 2014, p.59-84, 2014.
Quando perguntar?
• Quando a pessoa tem o sentimento de estar sendo compreendida;
• Quando a pessoa está confortável falando sobre seus sentimentos;
• Quando a pessoa está falando sobre sentimentos negativos de
solidão, desamparo, etc.
O que perguntar?
1. Descobrir se a pessoa tem um plano definido para cometer suicídio:
• Você fez algum plano para acabar com sua vida?
• Você tem uma idéia de como você vai fazê-lo?