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Conceito e contexto da ergonomia

Segundo a IEA (2013) a ergonomia consiste em uma disciplina que estuda as interações
entre os seres humanos e os elementos do sistema. Ela utiliza teorias, princípios, dados e
métodos com o objetivo de otimizar a segurança e o conforto do trabalhador, melhorando
seu bem-estar, para que assim ele possa realizar suas atividades com eficiência obtendo
um bom desempenho. Como Moraes (2009, p. 90) observa, a ergonomia considera os
limites do corpo humano, estático e dinâmico durante sua interação com os objetos e
espaços em que se vive e trabalha. Sendo assim o planejamento de projetos, e a avaliação
de postos de trabalho para transforma-los quando necessário, alinhando-os com as
necessidades e limitações dos indivíduos, é importante para que o bem-estar dos
trabalhadores esteja garantido.
A ergonomia possui três especialidades, que possuem competências especificas, e são
conhecidas como ergonomia física, cognitiva e organizacional. De acordo com a IEA
(2013) a ergonomia física diz respeito às características da anatomia humana,
antropometria e fisiologia, incluindo variadas discussões, tais como postura no trabalho,
movimentos repetitivos, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde. A ergonomia
Cognitiva se refere a todos os processos mentais, e inclui discussões sobre carga mental
de trabalho, interação homem-computador e stress. E a ergonomia organizacional que se
refere a otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais,
políticas e processos. Inclui discussões sobre comunicações, organização temporal do
trabalho, trabalho em grupo, cultura organizacional, organizações em rede, e gestão da
qualidade.
Para que um produto possua as melhores características de uso possíveis, possuindo um
bom desempenho e conforto ao usurário, ele deve ser analisado utilizando os FEB.
Segundo Gomes Filho (2013, p. 27) o sistema técnico de leitura ergonômica do objeto se
estabelece em: fatores ergonômicos básicos, signos visuais e códigos visuais. Os FEB são
divididos em três blocos de analise: requisitos do projeto, ações de manejo e ações de
percepção. Para Gomes Filho (2013, p. 28) os requisitos do projeto são diversas
qualidades desejadas para que se chegue no produto final, como exemplo a segurança, o
conforto, o estereotipo popular e os materiais. As ações de manejo são definidas como
uma ação física que se relaciona com o manuseio ou operacionalidade de qualquer
produto, por parte do usuário através de seu corpo. E as ações de percepção são relativas
aos sistemas de comunicação, relacionado aos canais de percepção como o visual,
auditivo e tátil por exemplo. Ao passar por todas essas etapas, o produto passa a possuir
um padrão de qualidade mais elevado pois houve o planejamento das suas qualidades
desejadas.
Segundo Gomes Filho (2013, p. 17-18) a ergonomia surgiu numa época em que era
necessária uma maior atenção ao design dos produtos para que eles se adequassem melhor
ao ser humano, com a finalidade de diminuir acidentes e aumentar o bem-estar dos seus
usuários. O campo da ergonomia continua evoluindo cada vez mais e assim ajudando a
aumentar a qualidade de vida do ser humano nos postos de trabalho.

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