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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIAS


CURSO DE BACHARELADO EM DESIGN
PROF. LEONARDO VALENTE

Ana Beatriz Barbosa de Oliveira

Rebecka Milenna Nascimento Barroso

Yan Gonçalves da Silva Nunes

NASCIMENTO DA ERGONOMIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA O


DESIGN

Belém-Pará
2019
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Ana Beatriz Barbosa de Oliveira

Rebecka Milenna Nascimento Barroso

Yan Gonçalves da Silva Nunes

NASCIMENTO DA ERGONOMIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA O


DESIGN

Pré-projeto de pesquisa apresentado à disciplina de


Ergonomia do Produto I, do Prof. Leonardo Valente
como requisito para obtenção de nota parcial na
disciplina.

Belém-Pará
2019
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1 INTRODUÇÃO

Para compreender a importância de ergonomia em design, explana-se que para cada


projeto, a utilização de ergonomia pode agregar itens importantes como segurança e conforto
no produto.
Sobre esse contexto, pode-se ressaltar que ao utilizar a ergonomia na produção de um
produto, tem-se o bem-estar do usuário como fator relevante, e também o prazer ao ser utilizado
faz com que o produto ganhe destaque. Porem é importante salientar que este pré-projeto tem
como objetivo principal analisar a historia e a importância da ergonomia e a relação que ela tem
com o design.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Desenvolver pesquisa exploratória sobre a ergonomia, sua história, sua importância e a


relação que estabelece com o Design.

Objetivos Específicos

 Buscar referências bibliográficas de autores da Ergonomia e do Design.


 Compreender as definições para o conceito de ergonomia.
 Buscar conhecer a origem da Ergonomia e sua relação com o Design.

JUSTIFICATIVA

O seguinte tema tem como objetivo o de conhecer a Ergonomia e sua origem e analisar
sua relação com o design. Para que ela seja compreendida, absolvida e amplamente utilizada
pelos designers em projetos de produto, no sentido de otimizar e adequar as funções ao usuário
em questão. Ademais, vale ressaltar que a pesquisa terá carácter exploratório, sendo
fundamentada em referências bibliográficas e nas bases para a configuração dos
produtos propostas por Bernd Lobach (1976).
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LIMITAÇÕES DO TRABALHO

Apenas a pesquisa bibliográfica será realizada. Não será desenvolvido um produto físico
pois se trata apenas de um trabalho teórico.

METODOLOGIA GERAL

O estudo a respeito do surgimento e importância da ergonomia para o design será


fundamento na metodologia de Bernd Lobach (1976), tendo em vista que a pesquisa possuirá
caráter exploratório, uma vez que esse tipo de pesquisa visa "proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses"
(GIL, 2007). Dessa forma, a compreensão acerca da ergonomia, de sua relevância e da relação
que ela estabelece com o Design será indubitavelmente facilitada, a fim de auxiliar em sua
utilização em futuros projetos de produto, tornando-os mais eficientes.
Para compreender com clareza, inicialmente, serão analisadas relevantes definições
sobre ergonomia e como ela se originou. Posteriormente, será observada sua importância, bem
como sua relação com o Design.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 SURGIMENTO DA ERGONOMIA

O termo ergonomia vem do termo em grego ergon(trabalho)+nomos(normas), sendo


utilizado pela primeira vez pelo biólogo e cientista polonês Wojciech Jastrzebowski em 1857
em um artigo, porem a ergonomia em si já era utilizada desde a pré-história, segundo João
Gomes Filho, o homem, para se adaptar ao seu habitat, criou objetos artificiais para a
sobrevivência. Depois da Segunda Guerra Mundial, com a fundação em 1949 da primeira
sociedade de ergonomia, a Ergonomic Research Society, na Inglaterra, a ergonomia pode ser
amplamente estudada e aplicada em diferentes áreas por ter um caráter multidisciplinar. Já no
Brasil, segundo Carlos Plácido da Silva e Luís Carlos (2010, p. 91), foi na década de 1970 que
se iniciaram as primeiras abordagens ergonômicas no país, influenciadas pelo pesquisador
francês Alain Wisner. Entretanto, foi com base em um método proposto pelas professoras
Cláudia Mont’Alvão e Anamaria de Moraes, na década de 1990, que novos estudos
ergonômicos apareceram.

2.2 CONCEITO E CONTEXTO DA ERGONOMIA

Segundo a IEA (2013) a ergonomia consiste em uma disciplina que estuda as interações
entre os seres humanos e os elementos do sistema. Ela utiliza teorias, princípios, dados e
métodos com o objetivo de otimizar a segurança e o conforto do trabalhador, melhorando seu
bem-estar, para que assim ele possa realizar suas atividades com eficiência obtendo um bom
desempenho. Como Moraes (2009, p. 90) observa, a ergonomia considera os limites do corpo
humano, estático e dinâmico durante sua interação com os objetos e espaços em que se vive e
trabalha. Sendo assim o planejamento de projetos, e a avaliação de postos de trabalho para
transforma-los quando necessário, alinhando-os com as necessidades e limitações dos
indivíduos, é importante para que o bem-estar dos trabalhadores esteja garantido.
A ergonomia possui três especialidades, que possuem competências especificas, e são
conhecidas como ergonomia física, cognitiva e organizacional. De acordo com a IEA (2013) a
ergonomia física diz respeito às características da anatomia humana, antropometria e fisiologia,
incluindo variadas discussões, tais como postura no trabalho, movimentos repetitivos, projeto
de postos de trabalho, segurança e saúde. A ergonomia Cognitiva se refere a todos os processos
mentais, e inclui discussões sobre carga mental de trabalho, interação homem-computador e
stress. E a ergonomia organizacional que se refere a otimização dos sistemas sócio técnicos,
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incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos. Inclui discussões sobre


comunicações, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, cultura organizacional,
organizações em rede, e gestão da qualidade.
Para que um produto possua as melhores características de uso possíveis, possuindo um
bom desempenho e conforto ao usurário, ele deve ser analisado utilizando os FEB. Segundo
Gomes Filho (2013, p. 27) o sistema técnico de leitura ergonômica do objeto se estabelece em:
fatores ergonômicos básicos, signos visuais e códigos visuais. Os FEB são divididos em três
blocos de analise: requisitos do projeto, ações de manejo e ações de percepção. Para Gomes
Filho (2013, p. 28) os requisitos do projeto são diversas qualidades desejadas para que se chegue
no produto final, como exemplo a segurança, o conforto, o estereotipo popular e os materiais.
As ações de manejo são definidas como uma ação física que se relaciona com o manuseio ou
operacionalidade de qualquer produto, por parte do usuário através de seu corpo. E as ações de
percepção são relativas aos sistemas de comunicação, relacionado aos canais de percepção
como o visual, auditivo e tátil por exemplo. Ao passar por todas essas etapas, o produto passa
a possuir um padrão de qualidade mais elevado pois houve o planejamento das suas qualidades
desejadas.
Segundo Gomes Filho (2013, p. 17-18) a ergonomia surgiu numa época em que era
necessária uma maior atenção ao design dos produtos para que eles se adequassem melhor ao
ser humano, com a finalidade de diminuir acidentes e aumentar o bem-estar dos seus usuários.
O campo da ergonomia continua evoluindo cada vez mais e assim ajudando a aumentar a
qualidade de vida do ser humano nos postos de trabalho.

2.3 A RELAÇÃO ENTRE DESIGN E ERGONOMIA

De acordo com Gomes Filho (2010, p. 19), a ergonomia tem como objetivo adequar o
produto as necessidades do usuário, com ênfase nas questões de conforto, segurança e
operacionalidade. Nesse sentido, torna-se notória a importância da ergonomia para o design,
uma vez que, ela é um dos principais fatores direcionadores de qualquer projeto. Isso ocorre,
devido ao fato de ela ser o "ponto chave" para a definição das necessidades do usuário, bem
como das características estéticas, físicas e simbólicas do artefato a ser desenvolvido.
Ademais, a realização de análises ergonômicas sobre os projetos de design, nas mais
variadas etapas de concepção e produção, é fundamental para que ele possua todas as
características e aptidões necessárias para a utilização e comercialização. Isso porque, segundo
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Iida (2005), “o objetivo da ergonomia é estudar esses sistemas, para que as máquinas e
ambientes possam funcionar harmoniosamente com o homem, de modo que o desempenho dos
mesmos seja adequado ”. Logo, torna-se possível inferir que o design depende da ergonomia
para adequar os produtos ao usuário ou grupo de usuários.

2.3.1 A Importância Para os Designers

Tratando-se uma análise para adequação de um produto as necessidades do usuário, a


ergonomia é de extrema importância para os projetos dos profissionais de design, uma vez que,
em sua grande maioria, os projetos desenvolvidos servem para auxiliar o indivíduo ou grupo,
seja visual, físico ou psicologicamente, de modo a sanar suas necessidades. Assim, é notório
que o designer precisa utilizar da ergonomia em suas etapas criativas e de execução de projetos.

REFERÊNCIAS

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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GOMES FILHO, João. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonômica. 2. ed.
São Paulo: Escrituras Editora, 2010, p. 247

IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. Editora Edgard Blücher, 2005.

INTERNATIONAL ERGONOMICS ASSOCIATION. IEA, c2019. What is ergonomics?


Disponível em: <https://www.iea.cc/whats/index.html>. Acesso em 10 de mar. de 2019.

LOBACH, Bernd. Design Industrial: Bases para a configuração... São Paulo: Edgard
Blucher, 2001.

MORAES D.; Anamaria. Ergonomia: conceitos e aplicações.Editora 2AB, 2009

SILVA, JCP., and PASCHOARELLI, LC., orgs. A evolução histórica da ergonomia no mundo
e seus pioneiros [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010, p.
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