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"Diminua seu tempo cirúrgico de

60 para 30 min"

PROTOCOLO DA
CIRURGIA
ODONTOLÓGICA
Por Dra Bianca Rosa
É possível se NÃO ...NÃO
tornar um É!
cirurgião Querer ser o melhor requer esforço e
persistência, e você pode sim compensar a falta

mais rápido de experiência com conhecimento, mas para isso


é necessário um exercício constante de análise,

e preciso? tanto como cirurgião, como do paciente que você


irá operar.

SIM! Aqui neste e-book deixarei o caminho das


pedras, mas percorrer este caminho cabe a você!

É FACIL? Bjo e boa jornada!

V
Índice
1
Antes da Cirurgia
O que saber antes de planejar e

4
realizar sua cirurgia, observando
Pronto Para Operar
radiografias panorâmicas e

acidentes anatômicos naturais Veja como agir e planejar cada

tipor de cirurgia, que instrumentais

colocar na mesa e o que você deve


Conheça seu Paciente

2
esperar.

Conhecer seu paciente é

fundamental para uma cirurgia sem

surpresas, veremos a importância

5
da anamnese e como se prevenir
Cirurgias Difíceis
dos principais problemas de saúde.

O que fazer quando o dente não

Conheça seus Instrumentos sai, método em que você foca na

3
solução e não no problema.
Conhecer a fundo suas ferramentas

de trabalho é fundamental para que

você extraia destes equipamentos a

melhor performance possível, isto

fará de você um cirurgião melhor e

mais rápido.
Capitulo 1

Antes da Cirurgia
Saiba o que é natural, para
aprender identificar o não
natural (doença)
A importância do estudo anatômico

Cirurgião que se preze conhece anatomia de cabeça e pescoço de olhos


fechados! Não tem como fugir do estudo anatômico, tudo passa pela RAMOS DO
anatomia, desde a identificação de uma infecção (apalpamento
NERVO FACIAL
ganglionar) até as etapas cirúrgicas como anestesia, incisão,
descolamento...etc. Além disso é importante também identificar estes
acidentes anatômicos nas radiografias, somente assim você poderá
avaliar o risco cirúrgico e garantir cirurgias mais seguras e previsíveis,
portanto vamos observar aqui no e-book alguns pontos importantes na
anatomia, mas aconselho você estudar todo dia pelo menos um destes
pontos assim com o tempo você treina sua visão e se torna cada dia
melhor.

O nervo facial apresenta 80% de funções motoras, sensitivas e


especial. E é composto por cinco ramos.
Nervo Trigêmeo
O nervo trigêmeo, ou quinto nervo craniano, possui três ramos
calibrosos distribuídos por áreas extensas da face, tanto superficiais
como profundas. Esses três ramos formam a porção maior ou sensitiva,
que recebem denominações conforme seus territórios de distribuições
principais:

1o Ramo: Nervo oftálmico (Sensitivo)


2o Ramo: Nervo maxilar (Sensitivo)
3o Ramo: Nervo mandibular (Misto)

Por isso a nevralgia do trigêmeo causa tanta dor, esta região é


primordialmente sensitiva, na nevralgia a pessoa apresenta dor na
fronte, em todos os dente superiores e inferiores além de dor no
ouvido, tudo ao mesmo tempo.
Nervo Oftálmico
O nervo oftálmico atravessa a fissura orbital
superior, penetra na cavidade orbital e ramifica-se
em: Nervo frontal, nervo lacrimal e nervo nasociliar.
Função : controle dos músculos da mastigação e
percepção sensorial da face e dentes.

O nervo lacrimal pode ser observado no canto do olho.


O nervo lacrimal é o menor dos ramos do nervo oftálmico. Passa
perto do ângulo lateral do olho, onde supre uma pequena área de
pele próxima à pálpebra superior e a túnica conjuntiva mais
profundamente. Junto com um ramo do nervo maxilar inerva
a glândula lacrimal.
Nervo Maxilar
O nervo maxilar atravessa o forame redondo do
esfenoide, penetra na fossa pterigopalatina e
ramifica-se em: Nervo zigomático, nervo
pterigopalatino e nervo infraorbital.

O Nervo Maxilar é um dos ramos do Nervo Trigêmeo (V Par


Craniano). Ele tem origem dentro do crânio, no gânglio trigeminal, e
sai do crânio pelo forâme redondo. É um nervo exclusivamente
sensitivo e suas ramificações são responsáveis por inervar a pele da
face, da pálpebra inferior, da bochecha e do lábio superior, parte da
mucosa nasal, a mucosa do palato e véu palatino, todos os dentes do
arco superior e a região gengival da maxila.
Por ser de suma importância vamos esmiuçar O NERVO
INFRAORBITAL.
Nervo infraorbital (Importante
em nosso bloqueio anestésico)

O nervo infraorbital emite os ramos:

Nervo alveolar superior posterior, que inerva: Os molares superiores


e a gengiva vestibular superior posterior.

Nervo alveolar superior médio, que inerva: Os pré-molares


superiores e a raiz mésio-vestibular do 1º molar superior e a gengiva
vestibular superior média.

Nervo alveolar superior anterior, que inerva: O canino e incisivos


superiores.
Nervo Mandibular
O nervo Mandibular tem uma parte motora
(ligada a musculatura) e uma parte sensitiva.

Ele atravessa o forame oval do esfenoide, penetra na fossa


infratemporal e emite nervos motores e sensitivos.

Parte motora:
Nervo temporal
Nervo massetérico
Nervo pterigoideo lateral
Nervo pterigoideo medial
Nervo milo-hióideo
Nervo Mandibular

Parte sensitiva:

Nervo bucal, que inerva: A mucosa da bochecha e os músculos da


mastigação.

Nervo lingual, que inerva: os 2/3 anteriores da língua, a mucosa


sublingual e a gengiva lingual inferior.

Nervo alveolar inferior, que inerva: Todos os dentes inferiores e gengiva


vestibular inferior posterior.

O Nervo mentual, inerva: O lábio inferior e a gengiva vestibular inferior


anterior.
Saber olhar uma radiografia panorâmica é fundamental
Sem saber identificar as estruturas anatômicas na radiografia fica
difícil prever como será sua cirurgia, e o que você ira precisar.
Saber olhar uma radiografia panorâmica é fundamental
Aqui podemos observar uma radiografia real de um paciente, tente observar
as estruturas desenhadas na página anterior nesta radiografia

Seio Maxilar Seio Maxilar

Ca
na
lM
en
tonia
no
Forame Mentoniano
As radiografias periapicais são muito importantes
Nos dentes Superiores : é importante saber identificar seio maxilar e a relação dele com
as raízes dos molares, pois extrações nesta região pode ter um grau maior de dificuldade
devido ao risco e migração ou comunicação com o seio. Canal incisivo pode dificultar a
anestesia dos incisivos superiores. Nos inferiores observar a relação do canal mentoniano
e os dentes inferiores principalmente os terceiros molares, região que corre risco de
parestesia. O forame mentoniano que devido sua posição entre o pré-molares inferiores
pode causar erro de diagnóstico sendo confundido com lesões apicais.

Canal Incisivo Seio Maxilar Forame Mentoniano Canal Mentoniano


Quanto mais você
se esforçar...
Mais verá os resultados em seus
diagnósticos e tratamentos.
Capitulo 2

Conheça seu
paciente
Anamnese é uma boa conversa

Conheça o histórico de seu paciente


aproxima você dele e te faz mais preparado!

Conhecer seu paciente á fundo vai te ajudar a fazer diagnósticos mais


assertivos e cirurgias mais tranquilas. Não pule nunca essa etapa ela
é primordial para que sua cirurgia tenha etapas seguras e sem
intercorrências.
De maneira geral, o profissional questiona o paciente sobre
problemas passados, sua saúde física e psicológica, seus hábitos e
higiene bucal, entre outros fatores.
Existem algumas perguntas que não podem faltar em sua anmnese.
Na sua anmnese não pode faltar:

1 – PERGUNTE AO PACIENTE SOBRE O SEU HISTÓRICO ODONTOLÓGICO:


E se a pessoa já tinha o hábito de ir ao dentista, qual a frequência e como foi o atendimento.
Core Values

2 – SAIBA COMO OS SINTOMAS SURGIRAM:


Se não for uma visita de rotina, provavelmente o seu paciente chegou até você por conta de algum incômodo, o que torna a
anamnese odontológica ainda mais importante. Saiba como ele começou, pergunte sobre os seus hábitos alimentares, saúde física,
tente entender se algo de “diferente” aconteceu quando as dores iniciaram.

3 – COLETE OS DADOS PESSOAIS E O HISTÓRICO FAMILIAR:


Não esqueça que é preciso saber a idade, sexo e todo o histórico do paciente e de sua família. Saiba, por exemplo, se a pessoa
tem diabetes ou qualquer doença que obrigue um tratamento contínuo. Saiba se em seu histórico familiar há algum caso de câncer,
Compassionate
problema cardíaco ou renal, diabetes, depressão, neoplasia, entre outros.
Medicações que ele toma são de extrema importância, alergias e problemas de saúde também.
Service

4 – SAIBA SE HÁ ALGUM VÍCIO OU HÁBITO DELETÉRIO:


Muitos profissionais da saúde acabam esquecendo de entender melhor se seus pacientes possuem algum mau hábito, como
tabagismo, uso de drogas ilícitas ou lícitas, assim como o uso de remédios contínuos, hábitos nocivos (como usar bicarbonato nos
dentes, mascar palito). Tudo isso te ajudará a entender melhor se algum problema odontológico pode ser a causa de um outro
problema ou o sintoma de alguma doença mais grave.
Anote as informações mais
importantes e deixe à vista!
Não adianta receber as informações e não
deixá-la com acesso rápido quando você precisa!

Anote as informações mais importantes na primeira página do prontuário de seu


paciente de modo que antes de você olhar o plano de tratamento você saiba o que
ele tem como doenças pré-existente, medicações e alergias. Isto vai fazer com que
você prepare sua mesa e seu paciente de forma mais consciente.

Hoje já existe estes prontuários de forma online que quando você coloca as
informações do paciente ele deixa um alerta na primeira página do prontuário
assim fica fácil de se preparar e não haverá surpresas, aconselho todos a terem
prontuários digitais de seus pacientes.

Peça para o paciente assinar a anamnese, é importante validar as informações


assim se ele omitir informações e algo acontecer com ele você se isenta da
responsabilidade, infelizmente ás vezes as pessoas mentem, este passo é muito
importante, não o pule nunca! E durma mais tranquilo!
Peça Exames de Sangue a todos os Pacientes
que realizarão procedimentos cirúrgicos!

As doenças sistêmicas que seu paciente tem


e não sabe, pode atrapalhar!

Uma das medidas mais difíceis de se implementar, mas que traz maior tranquilidade ao
clínico é justamente pedir exames complementares para saber como está a saúde de seu
paciente.
Eu sei que não é fácil, mas depois de aplicar eu descobrir que muitas vezes o próprio paciente
não sabe o que tem e isso é extremamente perigoso a um procedimento cirúrgico, e pior se algo
der errado a culpa é sua. Lembre-se a boca é um dos lugares mais contaminados do corpo, tão
contaminado quanto intestino, como realizar um procedimento cirúrgico sem saber se o
paciente tem saúde para realizar o procedimento? Vale a pena arriscar seu diploma e suas
noites de sono nisso? Eu digo que não vale... portanto prefira o certo, ao duvidoso. Peça no
mínimo:

Hemograma Completo
Coagulograma
Glicemia
Hepatite B
HIV/Aids
Fichas Resumo de Ação
Sabendo o que o paciente tem, você pode consultar estas fichas resumo,
para saber como agir caso necessite.

Diabetes
O que é: É um conjunto de desordens metabólicas caracterizado, principalmente por um quadro de hiperglicemia,
Mellitus resultante de uma alteração na secreção e/ou ação da insulina.
Requer atenção porque? A diabetes atinge a microcirculação, justamente a que irriga dentes e tecidos adjacentes, o
paciente descompensado pode ter problemas de sangramento e principalmente de cicatrização portanto em
pacientes com taxas acima de 200 mg/dl recomenda-se encaminhar o paciente ao médico afim de realizar a
compensação necessária para o tratamento.
Paciente compensado: Se o paciente tem diabetes mas está controlado pode executar a cirurgia sem problemas,
oriente para que se alimente bem antes do procedimento cirúrgico e realize a cirurgia na parte da manhã quando os
níveis de glicose são maiores.

O que é: É quando a pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias para se movimentar é muito forte, ficando
acima dos valores considerados normais. Além disso ela implica no endurecimento das paredes vasculares, o que Hipertenção
dificulta a passagem do fluxo sanguíneo.
Requer atenção porque? Quando não compensado, o stress do procedimento pode levar a um aumento súbito de
pressão correndo risco de problemas mais graves como, derrames cerebrais, doenças do coração como infarto, angina,
insuficiência renal ou paralisação dos rins e alterações da visão que podem levar à cegueira.
Paciente compensado: Se está controlado, o procedimento pode ser realizado desde que ele não faça o uso de ASS, pois
este remédio pode causar problemas de hemorragia por falta de coagulação, se o paciente toma algum anticoagulante
converse com o médico sobre a suspensão por alguns dias afim de que se possa realizar o tratamento.
Fichas Resumo de Ação
Sabendo o que o paciente tem, você pode consultar estas fichas resumo,
para saber como agir caso necessite.

Insuficiência O que é: consiste em uma perda progressiva da função renal, acarretando uma diminuição da filtração glomerular.
Requer atenção porque? Não realizar tratamento odontológico no dia que o paciente for submetido à diálise para
Renal crônica evitar problemas de sangramentos, uma vez que é administrado anticoagulante (heparina) durante este
procedimento.Adotar uma profilaxia antibiótica nos pacientes com IRC com doença inflamatória local intensa ou com
necessidade de procedimentos cirúrgicos. Sempre manter contato com o nefrologista do paciente
Paciente compensado: Paciente deve evitar tratamentos eletivos, somente realizar procedimentos se o risco de proble-
mas infecciosos do não tratamento for eminente, realizando antibiótico terapia e tomando cuidado com as medicações
pós operatórias Evitar drogas nefrotóxicas e ajustar a dosagem dos fármacos conforme o grau de insuficiência do
paciente. Assim, deve-se, se possível, não usar: tetraciclina; aspirina; antiinflamatórios não-esteróides como ibuprofeno
(Advil® ) naproxeno (Naprosyn® ) .

O que é: Distúrbios sanguíneos decorrentes da redução do número de eritrócitos, diminuição da concentração de


hemoglobina e/ou níveis do hematócrito inferiores aos valores referenciais, ocorrendo uma diminuição do transporte de Anemias
oxigênio pelo sangue.
Requer atenção porque? Grande risco de hemorragias, falta de oxigenação dos tecidos em pacientes de alto risco, são
considerados de alto risco os pacientes com: hematócrito inferior a 30 %; quadros de sangramento; necessidade de transfusões
sangüíneas freqüentes; ou anemias associadas à coagulopatias e doenças coronarianas.Evitar o uso de anestésicos a base de
prilocaína em pacientes anêmicos, principalmente no caso da anemia falciforme, devido ao fato de componentes deste sal
anestésico provocar oxidação da hemoglobina.
Paciente compensado: Recomenda-se hospitalizar o paciente para realização de procedimentos cirúrgicos mais invasivos e
extensos, como extrações múltiplas, cirurgias com retalho e exodontia de dentes inclusos
Fichas Resumo de Ação
Sabendo o que o paciente tem, você pode consultar estas fichas resumo,
para saber como agir caso necessite.

Hemofilia O que é: hemofilia A ou clássica é resultante da deficiência do fator de coagulação VIII, enquanto a hemofilia B, também denominada
doença de Christmas, é causada por uma alteração qualitativa ou quantitativa do fator de coagulação IX.
Requer atenção porque? Anotar no prontuário odontológico todos os fármacos utilizados pelo paciente, pois geralmente ele encontra-se em
terapia constante. Requerer antes de iniciar qualquer tratamento em um paciente hemofílico os seguintes exames laboratoriais: tempo de
sangramento, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial, contagem de plaquetas e testes específicos de fatores. Esta conduta
permite maior segurança ao profissional, minimizando os riscos de complicações. A hemofilia severa requer atendimento em ambiente hospitalar
e terapia de reposição do fator de coagulação, sendo imprescindível o contato com o hematologista para assegurar um bom prognóstico.
Paciente compensado: Planejar um tratamento cirúrgico sob uma condição que favoreça uma perfeita hemostasia. Escolha adequada da terapia
prévia (geralmente agentes antifibrinolíticos e reposição do fator deficiente, conversar hematologista), necessita-se utilizar medidas para
hemostasia local, como sutura e compressão, agentes químicos ou auxiliares da coagulação (como trombina, esponja de fibrina e anestésicos
locais com vasoconstritor).

O que é: Consiste em um distúrbio neurológico, caracterizado por um conjunto de sintomas recorrentes resultantes de
alterações na função cerebral, repercutindo momentaneamente na atividade motora, comportamental, sensorial e na Epilepsia
consciência
Requer atenção porque? Há o risco de crise durante o procedimento, portanto é necessário questionar o paciente sobre: época
inicial da desordem; tipo; causas e freqüência das crises convulsivas; o uso de medicamentos e acompanhamento para
controle da doença; existência de fatores antecedentes a crise; data do último episódio

Paciente compensado: Esclarecer os procedimentos a serem realizados ao paciente, com o intuito de minimizar o medo
e a ansiedade, uma vez que o estresse é um fator desencadeante de uma crise epiléptica. É necessário ainda, proteger
o paciente da luz proveniente do foco da cadeira odontológica, a qual pode induzir uma convulsão.
Fichas Resumo de Ação
Sabendo o que o paciente tem, você pode consultar estas fichas resumo,
para saber como agir caso necessite.

Cardiopatias O que é: Apresentam alterações de origem congênita no coração (por exemplo, comunicação interatrial e interventricular, defeitos do
septo atrioventricular, anomalia de artérias coronárias), ou adquirida (envolve, dentre outras, hipertensão arterial, coronariopatias,
arterosclerose, arritmias, cardiomiopatias, insuficiência cardíaca congestiva).
Requer atenção porque? Muitas vezes estes pacientes utilizam medicações anticoagulantes e deve ser conversada a possibilidade
suspensão temporária com o médico por pelo menos 5 dias, a fim que seja possível o tratamento. Aplicar a profilaxia antibiótica para
“todos os procedimentos odontológicos que envolvam manipulação dos tecidos gengivais ou a região periapical dos dentes ou
perfuração da mucosa oral, afim de evitar endocardite bacteriana.
Paciente compensado:Na escolha do anestésico local, o tipo de comprometimento cardiovascular do paciente. Anestésicos contendo a epinefrina
e seus derivados como vasoconstritor devem ser utilizados em quantidade mínima — no máximo dois tubetes com concentração 1:100.000,
realizando-se aspiração negativa para certificar-se de que não haja injeção intravascular, adiar, em pacientes recentemente infartados, as
consultas eletivas até que se completem um ano após o incidente, pedindo a suspenção de medicação anticoagulante ao médico responsável.

O que é: O usuário procura na droga sensações de bem-estar momentâneo, superação física e fuga. Psicotrópicas Usuários de
temos álcool, maconha, cocaína, crack, heroína, solventes, anfetaminas e os esteroides anabolizantes álcool e drogas
Requer atenção porque? Solicitar hemograma completo e coagulograma antes de procedimentos cruentos, pois estas ilícitas
drogas alteram os fatores de coagulação, e glóbulos brancos, podendo provocar sangramento pós-operatório.
Paciente compensado: Só é considerado compensado pacientes que estão em tratamento e ou não ingeriram drogas e
álcool a uma semana, observar as interações medicamentosas com as mediações passadas pelo médico para controlar
o vício, e se possível adie o tratamento até que o paciente esteja de alta médica.
Fichas Resumo de Ação
Sabendo o que o paciente tem, você pode consultar estas fichas resumo,
para saber como agir caso necessite.

Leucemia O que é: As leucemias são doenças neoplásicas que alteram as células hematopoiéticas resultando na proliferação invasiva de
células malignas, sem competência funcional, na medula óssea e tecidos linfoides.
Requer atenção porque? Muitas vezes se faz um tratamento prévio ao tratamento da leucemia afim de evitar que dentes
propensos a infecções causem problemas quando a imunidade do paciente estiver baixa. Extrair terceiros molares parcialmente
irrompidos,e dentes com prognóstico duvidoso ou com problema periodontal.
Paciente compensado: Procedimentos dentários eletivos podem ser realizados quando a contagem de neutrófilos for maior que
1000/mm3 e de plaquetas for maior que 40.000/mm3 . Os procedimentos dentais de emergência podem ser realizados a
qualquer momento mediante consulta com hematologista, considerando a necessidade de infusão de plaquetas (contagem
estiver abaixo de 40.000/mm3.

O que é: Os portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou que já apresentam a síndrome da Aids/Sida
imunodeficiência adquirida (Aids) precisam de cuidados. O estado de imunossupressão causado pelo vírus HIV leva
ao risco de aparecimento de infecções oportunistas ou neoplasias que podem se manifestar na cavidade bucal.
Requer atenção porque? A importância dos exames, caso o paciente apresente HIV +, peça a contagem de linfócitos
T, além da contagem de carga viral afim de avaliar a imunidade do paciente.
Paciente compensado: Realizar profilaxia antibiótica e seguir as normas universais de biossegurança, com base no
princípio de que todo indivíduo pode ser potencialmente portador de doenças infecto-contagiosas.
Fichas Resumo de Ação
Sabendo o que o paciente tem, você pode consultar estas fichas resumo,
para saber como agir caso necessite.

Gravidez O que é: Um período de mudanças fisiológicas e psicológicas que afetam diretamente a saúde da mulher.
Requer atenção porque? No segundo trimestre, realizar procedimentos profiláticos, cirúrgicos, restauradores básicos e reabilitadores,
além de raspagem e alisamento radicular, endodôntias e exodontias, se necessário este é o momento mais estável da gestação.
Paciente compensado: Grandes reabilitações e cirurgias muito invasivas devem ser programadas para depois do nascimento do bebê,
se possível. Antibióticos: os de escolha são as penicilinas, de preferência a penicilina V e a amoxicilina, pois são praticamente atóxicos
e agem sobre a parede celular das bactérias, especificamente, não trazendo danos ao feto e/ou a gestante.Em caso de alergia a
penicilina, é indicado utilizar estearato de eritromicina, ou cefalosporinas de primeira geração. 4Anestésicos locais, tópicos ou
injetáveis: a solução de escolha é a lidocaína a 2% com adrenalina (1:100.000), dose máxima de dois tubetes por sessão, realizando
sempre aspiração prévia e injeção lenta da solução

Radioterapia
O que é: É o principal tratamento dos cânceres de cabeça e pescoço é a radioterapia, que pode estar associada ou não a
quimioterapia e à cirurgia, para a exérese do tumor.
Cabeça e
pescoço
Requer atenção porque? No período radioterápico e nos cinco anos seguintes os procedimentos de extração dentária são
contra-indicados, os demais podem ser realizados.

Paciente compensado: Recomenda-se muita cautela do médico e do paciente, pois o risco de necrose é grande e, mesmo
passado muitos anos do tratamento radioterápico, podem surgir complicações.
Fichas Resumo de Ação
Sabendo o que o paciente tem, você pode consultar estas fichas resumo,
para saber como agir caso necessite.

Trasplante de
O que é: Indivíduos receberem transplantes de órgãos, ou transplantes de tecidos (medula óssea). Para não haver rejeição do
Orgãos transplante os pacientes são submetidos a uma terapia imunossupressiva por tempo indeterminado.
Requer atenção porque? Antes de procedimento odontológico invasivo deve-se consultar um médico, e exames laboratoriais
recentes, como hemograma e coagulograma também são necessário, para averiguar o estado clínico que se encontra o
paciente.
Paciente compensado: Nos procedimentos de emergência que possam causar bacteremia recomenda-se o uso de profilaxia
antibiótica, podendo-se prescrever 2g (gramas) de amoxicilina, 30 minutos ou uma hora antes do procedimento. Após
procedimentos cirúrgicos o paciente deve ser atentamente acompanhado pelo risco que estes têm às infecções e é aconselhado
a consultas freqüentes para profilaxia dentária.

Procure fazer fichas conforme os pacientes vão


aparecendo, o bom cirurgião dentista está sempre
estudando e se atualizando.
Capitulo 3

Conheça seus
instrumentos
Quem é o O MELHOR NINJA É
melhor ninja?
AQUELE QUE
CONHECE SUAS
ARMAS E AS USA
COMO NINGUÉM!

A mesma coisa ocorre com o cirurgião dentista,


quando conhece anatomia, técnicas anestésicas,
realiza uma boa anamnese, a análise de
exames, e seu plano de ação, mas suas armas
são os instrumentos cirúrgicos e ter intimidade
com eles é fundamental.
Como ter TREINE E ESTUDE
intimidade com
ESTA PARTE DO
CONTEÚDO COM
as ferramentas SEUS
cirúrgicas? INSTRUMENTAIS
EM MÃOS
Veja para que serve cada instrumental, teste
sua empunhadura, quanto mais você fizer
isso mais você treinará suas mãos e cérebro
para fazer o que é certo na hora da cirurgia!

V
Fórceps
Cada um tem uma numeração e foi feito para uma anatomia específica.
Vamos mostrar os principais utilizados no consultório.

Os componentes básicos do fórceps para extração


dentária são o cabo, a articulação e a ponta ativa
150 : Dentes Anteriores
superiores e pré-molares
superiores

Os cabos do fórceps são segurados de maneiras diferentes,


dependendo da posição do dente a ser removido. Os fórceps maxilares
são segurados com a palma da mão sob o fórceps de maneira que a
ponta ativa seja direcionada para cima.
151: Dentes Anteriores
Inferiores e Pré-molares
inferiores
Uma pegada mais firme
para a obtenção de uma
maior quantidade de
força rotacional pode ser
obtida com a
movimentação do
polegar para o lado e
para baixo do cabo.

Os fórceps utilizados para a


remoção de dentes
mandibulares são segurados
com a palma da mão sobre o
fórceps de maneira que a
ponta seja direcionada para
baixo, na direção dos dentes.
18R: Molares Superiores
DIREITOS

O “R” do 18R significa “Right” que inglês quer dizer


direita, estes fórceps apresentam na ponta ativa dois
mordentes um liso e um em formato de” flor de liz” em
forma de garra para melhor encaixe no sulco vestibular
dos molares superiores.
18L: Molares Superiores
ESQUERDOS

O “L” do 18L significa “Lefth” que inglês


quer dizer esquerda, estes fórceps
apresentam na ponta ativa dois
mordentes um liso e um em formato de
”flor de liz” em forma de garra para
melhor encaixe no sulco vestibular do
molares superiores.
17: Molares Inferiores
Direito e Esquerdo

Estes fórceps apresentam na ponta ativa dois


mordentes ”flor de liz” em forma de garra para melhor
encaixe no sulco vestibular e lingual dos molares
inferiores, uma vez que a anatomia deste dente
apresenta sulco tanto no vestibular, quanto na lingual.
16 – Molares inferiores

A ponta ativa penetra no sulco entre as duas raizes


dos molares, o problema é que por suas pontas serem
muito finas não é incomum a fratura da coroa pois a
pressão exercida pela mesma é muito grande em
cima de uma pequena área.
65 – Raiz Residual

O nº65 pode ser utilizado para remover


uma raiz fraturada
Princípios de ação dos fórceps: Anatomia e Localização
Usar o fórseps certo para o dente certo!

Core Values
Movimentos Exodônticos Cunha: é a apreensão do dente, propriamente dita, permitindo
que a parte ativa adentre o espaço periodontal, auxiliando na
desinserção das fibras e na expansão óssea.
Intrusão: é um dos movimentos mais importantes, sendo
mantido constantemente até a avulsão dentária. A intrusão tem o
objetivo de transferir o fulcro de rotação o mais apical possível,
permitindo que o eixo de rotação evite a fratura das porções
apicais da raiz. (Muito importante)
Lateralidade: consiste na luxação propriamente dita, fazendo
Compassionate
movimentos de lateralidade vestíbulo-lingual. Tal movimento
Service permite que haja expansão óssea das corticais, facilitando a
avulsão dentária.
Rotação: utilizado apenas para os dentes unirradiculares.
Tração: refere-se ao movimento de avulsão, removendo o dente
luxado do alvéolo.
Lembre-se de sempre apoiar a articulação do seu
paciente.
Sempre apoie segurando a mandíbula se for tirar um dente
Core Values inferior ou maxila se for tirar um dente superior.

Apoio
o
io
oi

A p o
Ap

Hupp, James R. Hupp, James R. Hupp, James R.


Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea / James R. Hupp, Edward Ellis III, Myron R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea / James R. Hupp, Edward Ellis III, Myron R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea / James R. Hupp, Edward Ellis III, Myron R.
Tucker ; [tradução Débora Rodrigues da Fonseca... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009. Tucker ; [tradução Débora Rodrigues da Fonseca... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009. Tucker ; [tradução Débora Rodrigues da Fonseca... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.
il. il. il.

Ao apoiar com a outra mão a maxila ou mandíbula você faz com que toda
força ultilizada nos movimentos exodônticos seja transmitida para dente,
diminuindo a dor pós operatória, desconforto e o risco de luxação da ATM.
Alavancas
A maior variação nos tipos de alavancas está na forma e no tamanho da lâmina. Os três tipos básicos de
alavancas são: (1) tipo reto, (2) tipo triangular ou em forma de flâmula e (3) tipo apical.

Os principais componentes da alavanca são o cabo,


a haste e a lâmina.
Alavancas Retas : Seldin e Goiva
Seldin Goiva

Uma alavanca muito utilizada, eu não entro Excelente para remoção, age como uma
em uma cirurgia sem ela! Serve para remoção cunha: entra obliquamente (a medida
de raízes fraturadas, exodontias de dentes que se introduz ocorre a luxação).
hígidos e terceiros molares impactados, você Tende a causar fratura dentária, então
usa menos a força e traz menos desconforto precisa ser utilizada com cuidado.
para o paciente.
Alavancas flâmula : Seldin
Seldin

Alavancas triangulares (de Cryer) são


instrumentos em par e são desta forma,
usadas para raízes mesial ou distal, para
terceiros molares superiores são excelêntes.
Alavancas apicais
Apicais

Este tipo de alavanca é usado para remover raízes.


A versão robusta desta alavanca é a alavanca apical de Crane
Este instrumento é utilizado para elevar como uma
alavanca uma raiz fraturada do alvéolo dental, sua angulação
ajuda em dentes posteriores. Geralmente é necessário
fazer um furo com uma broca, de cerca de 3 mm na raiz
na altura da crista óssea (ponto de apoio).
Movimento das Alavancas
As alavancas ultilizam a base óssea como fulcro para exérese do dente.

Core Values

Hupp, James R.
Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea / James R. Hupp, Edward Ellis III, Myron R. Hupp, James R.
Tucker ; [tradução Débora Rodrigues da Fonseca... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea / James R. Hupp, Edward Ellis III, Myron R.
il.
Tucker ; [tradução Débora Rodrigues da Fonseca... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.
il.

Uma pequena alavanca reta


utilizada como uma Alavanca triangular desempenhando o papel de
cunha para deslocar a raiz de uma máquina de roda e eixo utilizada para
um dente de seu alvéolo. remover uma raiz do alvéolo.
Os instrumentais nas 5 etapas da extração dentária

Core Values

Etapa 1: Liberação dos tecidos


moles aderidos à porção
cervical do dente.
Etapa 2: Luxação do dente Etapa 3: Adaptação do fórceps
com uma alavanca dentária, ao dente. O fórceps propriado
expansão e a dilatação do é, então, escolhido para o
osso alveolar e a ruptura do dente a ser extraído.
ligamento periodontal só são
obtidas com a luxação do
dente em várias direções, este
movimento muitas vezes já
causa a exérese do dente.

Etapa 4: Luxação do dente com o


Etapa 5: Remoção do dente do
fórceps, todos os movimentos
alvéolo.
conforme já mostrado.
Capitulo 4

Pronto para
cirurgia
Uma Cirurgia de Extração tem as seguintes
etapas/materiais:
Core Values

Anestesia : Carpule, tubetes de anestésico, agulha, sugador cirúrgico.


Incisão: Cabo de bisturi, lâmina de bisturi 15, 15c, 12, 11.
Descolamento: Descolador de Molt.
Osteotomia: Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, soro, seringa para
irrigação.
Odontosecção : Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, alavanca reta
goiva ou seldin, soro, seringa para irrigação, sugador cirúrgico.
Luxação: Alavanca reta seldin ou goiva, fórseps.
Luxação com fórseps: Fórseps selecionado conforme o dente.
Exérese: Fórseps ou pinça de apreenção.
Sutura: Fio agulhado 3.0, 4.0 seda ou naylon, porta agulha.
Você colocará na mesa aquilo que precisa, de acordo com
o planejamento que você fará, exemplos:
Core Values

Exodontia do 46, raiz fraturada:


Pouca inserção óssea, raízes totalmente separadas: não há necessidade de
odontosecção, osteotomia.

Anestesia : Carpule, tubetes de anestésico, agulha, sugador cirúrgico.


Incisão: Cabo de bisturi, lâmina de bisturi 15, 15c, 12, 11.
Descolamento: Descolador de Molt.
Luxação: Alavanca reta seldin ou goiva, fórseps.
Exérese: Fórseps ou pinça de apreenção.
Sutura: Fio agulhado 3.0, 4.0 seda ou naylon, porta agulha.
Você colocará na mesa aquilo que precisa, de acordo com
o planejamento que você fará, exemplos:
Core Values

Exodontia do 22, doença periodontal com reabsorção óssea vertical e


horizontal:
Pouca inserção óssea, dente já com mobilidade (luxado), sem necessidade de
luxação com alavanca.

Anestesia : Carpule, tubetes de anestésico, agulha, sugador cirúrgico.


Incisão: Cabo de bisturi, lâmina de bisturi 15, 15c, 12, 11.
Descolamento: Descolador de Molt.
Luxação: Fórseps.
Exérese: Fórseps ou pinça de apreensão.
Sutura: Fio agulhado 3.0, 4.0 seda ou naylon, porta agulha.
Você colocará na mesa aquilo que precisa, de acordo com
o planejamento que você fará, exemplos:
Core Values

Exodontia do 28, dente incluso, intra-


osseo:
Vai ser necessário realizar todas as etapas
cirúrgicas, portanto, mesa completa!

Anestesia : Carpule, tubetes de anestésico, agulha, sugador cirúrgico.


Incisão: Cabo de bisturi, lâmina de bisturi 15, 15c, 12, 11.
Descolamento: Descolador de Molt.
Osteotomia: Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, soro, seringa para irrigação.
Odontosecção : Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, alavanca reta goiva ou seldin, soro, seringa para irrigação, sugador
cirúrgico.
Luxação: Alavanca reta seldin ou goiva, fórseps.
Luxação com fórseps: Fórseps selecionado conforme o dente.
Exérese: Fórseps ou pinça de apreenção.
Sutura: Fio agulhado 3.0, 4.0 seda ou naylon, porta agulha.
Você colocará na mesa aquilo que precisa, de acordo com
o planejamento que você fará, exemplos:
Core Values
Exodontia do 38, incluso e impactado, muito
próximo do canal mentoniano, necessário alertar
paciente sobre o risco de parestesia, fazer ele
assinar uma declaração de ciência do risco.
Será necessário exercer todas as etapas
cirúrgicas.

Anestesia : Carpule, tubetes de anestésico, agulha, sugador cirúrgico.


Incisão: Cabo de bisturi, lâmina de bisturi 15, 15c, 12, 11.
Descolamento: Descolador de Molt.
Osteotomia: Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, soro, seringa para irrigação.
Odontosecção : Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, alavanca reta goiva ou seldin, soro, seringa para irrigação, sugador
cirúrgico.
Luxação: Alavanca reta seldin ou goiva, fórseps.
Luxação com fórseps: Fórseps selecionado conforme o dente.
Exérese: Fórseps ou pinça de apreenção.
Sutura: Fio agulhado 3.0, 4.0 seda ou naylon, porta agulha.
Capitulo 5

O que fazer frente


a cirurgias difíceis
Já VOCÊ ESTÁ A
MAIS DE 40
aconteceu MINUTOS
com você? TENTANDO
TIRAR UM
DENTE
O dente simplesmente não sai!
Você força um pouco ele quebra, e o paciente
começa a ficar nervoso, você também e tudo
que você pensa é que o dente não... o dente
não sai!! V
O grande problema é que quando estamos a frente de
uma extração difícil tendemos a FOCAR no problema e
Core Values
não na Solução!

Solução: Rever as
Problema: O dente
etapas cirurgicas e ver
não sai
qual está deficiente
Fo c o
co Fo
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values

Incisão
Descolamento
Osteotomia
Odontosecção
Luxação
Exérese
Sutura
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values
Incisão
A incisão que você fez está
correta? Separou os tecidos? Não
se faz necessário uma incisão de
alívio para ajudar a liberar tecido e
facilitar a visualização? Incisões
incorretas tendem a lacerar a
Olhe atentamente sua
cirurgia, observe de gengiva causando sangramento e
modo crítico! dificultando a visualização do
campo operatório.
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values

Descolamento

Ás vezes a incisão está boa, mas o


descolamento está inadequado, se você
não estiver vendo dente e osso o seu
descolamento está errado! Volte e o
refaça. Normalmente se estiver errado
Olhe atentamente sua
lacera os tecidos causando
cirurgia, observe de sangramento, dor, inchaço dificultando a
modo crítico! visualização do campo operatório
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values

Osteotomia

Se incisão e descolamento estão ok, e


você está enxergando seu campo
operatório. E mesmo assim o dente não
de movimenta, não será necessário uma
osteotomia? Um alívio ósseo ajudando
Olhe atentamente sua
no apoio a alavanca ou facilitando a
cirurgia, observe de luxação? Faça de forma a preservar o
modo crítico! osso, mas se necessário execute a
remoção óssea.
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values

Odontosecção
Muitas vezes a gente acha que fez a
odontosecção, mas na realidade não
dividiu as raízes, quando você realizar a
odontosecção e as raízes não se
mexerem, pare o procedimento cirúrgico
e tira uma radiografia periapical! As
Olhe atentamente sua vezes a radiografia é o que está faltando
cirurgia, observe de para você melhorar o ângulo da broca
modo crítico!
de corte, raízes separadas se
movimentam...
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values

Luxação
Se todas as outras etapas estiverem
corretas você conseguirá luxar o dente,
caso contrário volte, veja se não é
necessário um alívio ósseo (osteotomia),
ou odontosecção para facilitar a luxação.
Nunca luxe sem ter certeza que as
etapas anteriores foram realizadas
Olhe atentamente sua
corretamente, normalmente os
cirurgia, observe de
modo crítico! problemas da demora da extração estão
em querer luxar sem realizar as etapas
anteriores.
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values

Exérese

Neste ponto tome cuidado, sempre


observe se o ápice está solto, pois caso
contrário pode ocorrer fratura da porção
apical da raiz, na dúvida execute
movimento de intrusão para soltar as
Olhe atentamente sua fibras do ápice antes de realizar a
cirurgia, observe de retirada do dente do alvéolo.
modo crítico!
Então respire fundo, mantenha a calma e foque nas
etapas cirúrgicas!
Core Values

Sutura
Aqui deixo meus parabéns se você chegou a
esta etapa é porque realizou a extração!
Mas esta etapa é muito importante e ela
depende de todas as outras:
Incisão e descolamento mal feito: laceração
de tecido dificultando coabitar as margens da
ferida cirúrgica de forma uniforme.
Odontosecção e osteotomia: Tomar cuidado
Olhe atentamente sua para não deixar pontas de osso que dificultem a
cirurgia, observe de sutura, uniformizar as margens do alvéolo.
modo crítico! Luxação: cuidado para não lacerar a gengiva
isso dificulta a sutura e aumenta o número de
pontos
Se você seguiu estas etapas você está pronto para o próximo passo:

Início da Jornada Conheço a anatomia natural da cabeça,


Core Values pescoço e dentes, assim identifico
facilmente o problema, nas radiografias
Conheço meu paciente, sei de
1 quando o vejo!
todos os seus problemas de
saúde, o que devo esperar na
hora da cirurgia, não haverá 2
Tenho intimidade com minhas
surpresas!
ferramentas de trabalho! Conheço a
função de cada instrumento de extração e
como devo impunhá-lo assim como deve
3 ser minha postura na hora da cirurgia.
Ao fazer o planejamento sei o que
precisarei na mesa cirurgica, e quais os
problemas que poderei enfrentar
4
durante o procedimento estando
preparado, a cirurgia é mais rápida e
tranquila!

5
Cirurgião Mais Rápido e
Eficaz!
Espero que cada MAS NÃO SE
capítulo deste e- PREOCUPE, SEU
book tenha te
ESFORÇO SERÁ
RECOMPENSADO A
ajudado a ser CADA CIRURGIA QUE
um cirurgião VOCÊ APLICAR O QUE
dentista melhor APRENDEU AQUI.

Mais importante do que a linha de chegada, é o


caminho que você trilha. O que você aprende e o que
você se torna são justamente os pilares necessários
para você chegar onde deseja.
V
Referências Bibliográficas
Hupp, James R.
Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea / James R. Hupp, Edward Ellis III, Myron R.
Tucker ; [tradução Débora Rodrigues da Fonseca... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de atenção básica. Diabetes Mellitus. Cadernos de
atenção básica, Brasília: Normas e Manuais Técnicos. 2006;(16).

Selwitz RH, Pihlstrom BL. How to lower risk of developing diabetes and its complications: Recommendations for the patient.
JADA. 2003; 134: 54- 8.

4 Haddad AS, Castilho AL. Doenças sistêmicas crônicas. In: Haddad AS. Odontologia para pacientes com necessidades
especiais. São Paulo: Editora Santos; 2007. p.263-7

Corrêa EMC, Andrade ED.Tratamento odontológico em pacientes HIV/aids. Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS, v.
20, n. 49, jul./set. 2005

CAMPOS , CC. MANUAL Prático para o atendimento odontológico de pacientes com necessidades especiais. 2009
Universidade Federal de Goiás - Faculdade de Odontologia 111p.
V

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