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Capítulo 1

Importantes transformações no mundo estão acontecendo. A globalização tem se


tornado tema de discussão muito frequente. São transformações rápidas que tem afetado
de forma intrínseca na forma como a sociedade se localiza neste eixo global em seus
aspectos políticos, econômico e social. O autor chama atenção para os efeitos do mundo
globalizado, caracterizando em metáforas explicativas de reflexão a partir da ideia de
“aldeia global”, “fabrica global”, “terrapátria”, “nave espacial”, “nova Babel” e outras
expressões. O autor faz uso dessas metáforas para explicar inicialmente o contexto do
mundo globalizado. O autor se baseia nas ideias de Renato Ortiz a partir do livro
Mundialização e Cultura em que dá significação aos conceitos-metáforas que circulam
sobre a “economia-mundo”, “shopping center global”, Disneylândia global”, “nova
visão internacional do trabalho”, “moeda global”, “cidade global”, “capitalismo global”,
“mundo sem fronteiras”, “tecnocosmo”, planeta terra,”, desterritorialização,
miniaturização, hegemonia global, fim da geografia”, fim da história” e outras mais.
Tudo isso paira segundo ele nas controvérsias sobre a modernidade e pós-modernidade
como novo plano cartográfico de mundo. Para o autor, a ideia de “aldeia global”,
caracteriza-se pela informação e fabulação abertas pela eletrônica. Em outras palavras, o
autor baseia-se na organização, funcionamento e mudança da vida social em sentido
amplo em que com o tempo, tudo será atravessado pela informação, comunicação e
eletrônica. A metáfora propõe enxergar um mundo sem fronteiras, em que tudo passa a
ser generalizado por uma cultura dominante. Por isso a ideia de fábrica global, onde se
permite observar a produção e reprodução ampliada do capital. Ou seja, todos estão
conectados a um modo de economia, uma forma de produção não apenas internacional
ou multinacional. Isso porque a nova divisão internacional do trabalho propicia uma
produção ampliada do capital em escala mundial. Através de diferentes meios de
comunicação (mídia impressa e eletrônica, a indústria cultural, jornais, videoclipe, fax,
redes de computadores) tem agilizado o mercado de consumo. Então surge a “nave
espacial”, como o lugar, o destino e o desconhecido. A metáfora da nave mostra como a
sociedade veio se desenvolvendo durantes os séculos XIX e XX, tratando de uma
utopia-nostálgica. A modernidade abre as portas para o declínio do individuo, porque
ele próprio produz e reproduz as condições materiais e espirituais da sua subordinação,
reveladas através da universalização das relações sociais. Assim, a Babel apresenta a
ideia de globalização como ápice da história humana. Todos querem chegar lá. Há até
mesmo uma língua que seja adotada como referência para o mundo. É praticamente a
língua do capital, ou seja, é o idioma do mercado universal, do intelectual cosmopolita,
da epistemologia escondida no computador, do Prometeu eletrônico como sugere o
autor. A globalização carrega sua própria alegoria, uma fantasia em que se povoam as
aflições, ilusões de um mundo globalizado.

Capítulo 2

As marcas deixadas pelos sistemas coloniais reacendem como provocação para se


pensar no mundo atual, em suas oscilações ao longo da história de sociedades nacionais
ou Estado nações. O que de fato tem se preocupado o autor foi em debater sobre a
organização, ascensão, ruptura e declínio do Estado nação em diferentes aspectos.
Nesse sentido, o autor busca compreender os processos e estruturas que transcendem o
Estado-Nação desde os subalternos aos dominados. Para isso, os nexos políticos,
econômicos, geográficos, geopolíticos, culturais, religiosos, linguísticos, étnicos, raciais
articulam e tensionam as sociedades nacionais em âmbito internacional, regional,
multinacional, transnacional ou mundial. A ideia de economia mundo sintoniza com
essas questões apresentadas através de um olhar feito pelo historiador e do geógrafo que
entendem esse movimento e realidade social como atravessamentos nos meios de
produção por questores históricas, cartográficas e sociais. Ou seja, nenhum Estado-
nação está cercado, isolado, como sugere o autor, pelo contrário, transcendem o feudo, a
província, e a nação, bem como a ilha o arquipélago assim como o continente, mares e
oceanos. Segundo o autor, o conceito de economia-mundo, está presente. Em estudos
de Braudel e Wallerstein – os mesmos que sugere os olhares cruzados na pesquisa a
partir do historiador e do geógrafo. O autor explicita que Wallerstein prefere a noção de
sistema mundo, ao invés de Braudel de economia mundo. As análises desses
pesquisadores segundo o autor contribuiu para mapear um conjunto de sucessões, de
subsistemas econômicos mundiais, no sentido que transcenderam a localidade, criando e
recriando fronteiras ao mesmo tempo em que as fragmentaram. O autor chama atenção
para o conceito de economia mundo, mostrando que existe uma tripla realidade baseado
nos estudos de Fernand Braudel. A primeira ocupa o espaço geográfico, tendo em vista
os intervalos e desdobramentos econômicos do final do século XV. No segundo, uma
economia mundo entendido como polo e centro de dominação. Como por exemplo, a
capital dos Estados Unidos que é Washington, mas não é vista economicamente como
Nova York e assim sucessivamente ao logo de toda a história em outras sociedades. E
por último, todas as economias-mundo e suas divisões me zonas sucessivas: a zonas
central, em que em determinados momentos exerceram maiores forças na economia até
1780, e depois zonas intermediarias marcadas pela força continua da economia e por
fim, a zona periférica marcada pela espera da decisão (purgatório) ou pela condenação
(inferno). O autor prossegue o capitulo mostrando como a pesquisa de Braudel e
Wallerstein se diferencia por diferentes motivos. O primeiro propõe uma espécie de
teoria geral geo-história, contemplando as mais diversas configurações de economias-
mundo. Já segue entende o capitalismo moderno apoiando-se em recursos
metodológicos, semelhantes ao do estruturalismo de Marxista. Assim, a visão do autor
sobre os pesquisadores esforça-se a constituição da economia-mundo capitalista como
sendo permeada de economias-mundo, (no plural) a variedade de economias existentes
na esfera econômica mundial. E Assim as economias mundo menores e regionais,
organizadas e moldes coloniais, imperialistas, geoeconômicos e geopolíticos, articulam-
se com base no Estado-nação. Por fim, tanto as análises de Braudel e Wallerstein são
plausíveis aos novos horizontes da economia enquanto processo capitalista e na
economia política da mundialização.

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