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PROF.

GILBERTO SANTOS JR
CINEMÁTICA
SUMÁRIO 1 . INTRODUÇÃO
1 . INTRODUÇÃO ............................................. 1 A física é uma ciência das mais antigas e
2 . SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES ...... 1 responsável pelo alto nível de desenvolvimento
3 . CINEMÁTICA .............................................. 1 científico alcançado pela humanidade.
4 . PONTO MATERIAL ....................................... 1 Ela tem aplicações em praticamente todos
5 . CORPO EXTENSO ........................................ 2 os campos da atividade humana: na medicina, nos
6 . REPOUSO, MOVIMENTO E REFERENCIAL ........ 2 transportes, nas comunicações, na indústria, etc.
7 . TRAJETÓRIA ............................................... 3 2 . SISTEMA INTERNACIONAL DE UNI-
8 . POSIÇÃO ESCALAR ..................................... 3 DADES
9 . DESLOCAMENTO E CAMINHO PERCORRIDO ... 3 O Sistema Internacional de Unidades (SI)
10 . VELOCIDADE MÉDIA (vm) ........................... 5 estabelece sete unidades como fundamentais e
11 . VELOCIDADE INSTANTÂNEA (v) .................. 6 cada uma delas corresponde a uma grandeza.
11.1 Movimento progressivo ............................. 6
11.2 Movimento retrógrado .............................. 7 Grandeza Unidade Símbolo
12 . MOVIMENTO UNIFORME (M.U.) .................... 7 Comprimento metro m
12.1 Definição ................................................. 7 Massa quilograma Kg
12.2 Função horária do espaço .......................... 7 Tempo segundo s
12.2.1 Posição em função do tempo [s = f(t)] ...... 7 Intensidade
12.2.2 Velocidade em função do tempo [v = f(t)] . 7 de corrente ampère A
12.3 Os gráficos do MU ..................................... 9 elétrica
12.3.1 Posição em função do tempo [s = f(t)] 9 Temperatura Kelvin K
12.3.2 Velocidade em função do tempo [v = f(t)] 9 Quantidade
mol 𝑚𝑜𝑙
13 . ACELERAÇÃO ESCALAR MÉDIA (am)........... 11 de matéria
14 . ACELERAÇÃO ESCALAR INSTANTÂNEA (a) . 11 Intensidade
candela cd
15 . TIPOS DE MOVIMENTO ............................ 11 luminosa
15.1 Movimento acelerado .............................. 11 Algumas unidades não fazem parte do SI,
15.2 Movimento retardado .............................. 11 porém estão amplamente difundidos. Elas figuram
16 . MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO no quadro abaixo:
(M.U.V.) ......................................................... 12 Gran- Sím
Nome Valor em unidade SI
16.1 Definição ............................................... 12 deza bolo
16.2 Função horária da velocidade [v = f(t)] ...... 12 minuto min 1 min = 60 s
16.3 Função horária do espaço [s = f(t)] ........... 13 Tempo hora h 1 h = 60 min = 3 600 s
16.4 Aceleração em função do tempo [a = f(t)] .. 13 dia d 1 d = 24 h = 86 400 s
16.4 Equação de Torricelli ............................... 13 Volume litro 𝓁 1 𝓁 = 1 dm3 = 10-3 m3
16.5 Os gráficos do MUV ................................ 13 Massa tonelada t 1t = 103 Kg
16.5.1 Posição em função do tempo [s = f(t)]
................................................................... 13 3 . CINEMÁTICA
16.5.2 Velocidade em função do tempo [v = f(t)] A cinemática é a parte da Física que estuda os
................................................................... 14 movimentos, sem, no entanto, investigar as
16.5.3 Propriedades do gráfico da velocidade em causa que os produzem e modificam. Ela geral-
função do tempo [v = f(t)] ............................... 15 mente descreve como a posição, a velocidade
a) Cálculo da aceleração e do espaço percorrido a e a aceleração que variam em função do tem-
partir do gráfico v = f(t). ................................. 15 po.
b) Velocidade média no MUV ........................... 15
4 . PONTO MATERIAL
17 . QUEDA LIVRE ......................................... 17
A figura mostra um carro que se desloca de
17.1 Introdução ............................................ 17
uma cidade para outra, por uma estrada muito
17.2 Lançamento vertical para cima ................. 18
extensa.
17 . 3 Lançamento vertical para baixo .............. 20
Referências ...................................................... 21

Observe que as dimensões do carro são


muito pequenas quando comparadas com o com-
primento da estrada. Nesta situação, as dimen-
sões do carro podem ser desprezadas e o carro é que o homem está em movimento em relação à
dito um ponto material ou partícula. mulher.
Ponto material é todo corpo cujas dimensões O corpo que tomamos como referência para
não interferem no estudo de um determinado dizer se outro corpo está em movimento ou re-
fenômeno. pouso é denominado referencial.
Um corpo está em repouso quando a distância
5 . CORPO EXTENSO entre este corpo e o referencial não varia com o
Suponha, agora, o mesmo carro do exem- tempo.
plo anterior estacionando numa garagem. Um corpo está em movimento quando a distân-
Neste caso, suas dimensões não podem ser cia entre este corpo e o referencial varia com o
desprezadas quando comparadas com a largura e tempo.
o comprimento da garagem. Nesta situação o car-
Note que, no exemplo dado, um mesmo
ro é dito um corpo extenso.
corpo pode estar em repouso ou em movimento,
dependendo do referencial adotado.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) A respeito do conceito de ponto material, assi-
nale certo ou errado.
I . Uma formiga pode, em qualquer circunstância,
ser considerada um ponto material.
II . Um elefante nunca pode ser considerado um
Corpo extenso é todo corpo cujas dimensões
ponto material.
interferem no estudo de um determinado fenô-
meno. III . Dependendo da situação, um trem com 200
m de comprimento pode ser considerado um ponto
6 . REPOUSO, MOVIMENTO E REFEREN- material.
CIAL
2) Assinale em quais das afirmativas abaixo o
móvel pode ser considerado um ponto material.
I . Um carro indo de Belo Horizonte a Goiânia per-
correndo 828 km.
II . Um ônibus manobrando no estacionamento da
empresa.
III . A Terra girando ao redor do Sol.

3) Observando a figura abaixo. Responda verda-


deiro (V) ou Falso (F):

Para determinar se um corpo se encontra


ou não em movimento é necessário ver se a sua
posição muda em relação a outros corpos que o
rodeiam.
Na figura, vemos um homem sentado na
poltrona de um trem que anda para a direita, ace-
nando para uma mulher na estação.
a)( ) o super-herói está em repouso em relação
a um passageiro sentado no avião.
b)( ) o super-herói está em movimento em rela-
ção a um passageiro sentado no avião.
c)( ) o super-herói está em repouso em relação
a uma pessoa que o observa parado no solo.
d)( ) o super-herói está em movimento em rela-
ção a uma pessoa que o observa parado no solo.
Quando tomamos o trem em movimento
como referência, a distância do homem sentado e)( ) Dizer se o super-herói está em movimento
na poltrona, em relação ao trem, não varia. Dize- ou em repouso é relativo, depende do referencial
mos que o homem está em repouso em relação adotado.
ao trem.
Se tomarmos como referência a mulher na
4) Assinalar verdadeiro ou falso:
I. ( ) Uma pessoa dormindo está em repouso
estação, verificamos que a distância dele em rela-
absoluto.
ção a ela varia com o tempo. Portanto, dizemos

2
II. ( ) A lua está em movimento em relação à EXERCÍCIO PROPOSTO
Terra. 5) Um homem ao inclinar-se sobre a janela do
III. ( ) A Terra está em movimento em relação vagão de um trem que se move com velocidade
ao Sol. constante deixa cair seu relógio. A trajetória do
IV. ( ) O Sol está em movimento em relação a relógio vista pelo homem do trem é (despreze a
Terra. resistência do ar):
V. ( ) Num Universo com único corpo, não teria (a) uma reta.
sentido o conceito de repouso e movimento. (b) uma parábola.
VI. ( ) A Lua pode, dependendo do caso, ser (c) um quarto de circunferência.
considerada um ponto material. (d) uma hipérbole.
VII. ( ) O Sol nunca poderá ser considerado um 8 . POSIÇÃO ESCALAR
ponto material, pois é muito extenso.
Consideramos um corpo se movimentando
VIII. ( ) O sol está em movimento para qualquer sobre a trajetória da figura.
planeta.
IX. ( ) Um carro esta puxando o outro através de
uma corda, então é correto dizer que eles estão
em repouso entre si. Para localizarmos esse corpo num determi-
X. ( ) Pontos materiais não possuem massa. nado instante, adotaremos arbitrariamente um
ponto 𝐎 sobre uma trajetória, ao qual chamare-
7 . TRAJETÓRIA
mos origem das posições, e orientamos a traje-
A foto mostra um esquiador em movimen-
tória, essa posição será positiva se o corpo estiver
to.
à direita da origem e negativa se estiver à esquer-
da da à origem.
Costumamos representar a posição de um
corpo num instante pela letra s.
Na trajetória a seguir temos:

A marca que o esquiador deixa na neve re-


presenta o caminho percorrido por ele em relação A posição do carrinho no instante t = 1 h é
a uma pessoa parada no solo. Essa marca é de- s = – 4 km;
nominada trajetória. A posição do carrinho no instante t = 2 h é
s = 3 km.
Trajetória é a linha determinada pelas diversas
posições que um corpo ocupa no decorrer do Posição escalar de um corpo é a medida da dis-
tempo. tância do corpo até a origem das posições, num
determinado instante.
Observação: A trajetória depende do referencial
adotado, veja o exemplo: 9 . DESLOCAMENTO E CAMINHO PER-
Duas pessoas observando um mesmo fe- CORRIDO
nômeno, mas cada uma delas assiste uma trajetó- Consideramos uma pessoa que sai do ponto
ria diferente. Este é o caso de um avião com velo- A e passa pelos pontos B, C e D, onde pára, se-
cidade constante soltando uma bomba em campo
guindo a trajetória indicada na figura.
aberto. Repare que para um observador parado no
solo, vendo o avião de lado, verá a bomba caindo
de forma curva (trajetória parabólica). Já o pilo-
to assiste a bomba caindo sempre abaixo de seu
avião e, portanto assiste uma trajetória reta.

De acordo com a trajetória, os movimentos Podemos calcular o caminho percorrido pela


recebem os seguintes nomes: pessoa efetuando a soma dos segmentos:
 Movimento retilíneo: a trajetória é uma reta; Caminho percorrido = ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ + 𝐂𝐃
𝐀𝐁 + 𝐁𝐂 ̅̅̅̅
 Movimento curvilíneo: a trajetória é uma cur- Caminho percorrido = 100 + 400 + 400
va. Caminho percorrido = 900 m.

3
Já o deslocamento é a medida do seg- 8) Em um certo instante t1, um garoto se encon-
mento que representa a distância entre a po- tra na posição s1 = – 10 m e no instante t2 ele se
sição inicial e a posição final da pessoa, isto é: encontra em s2 = 10 m, como na figura abaixo.
Calcule o deslocamento ou variação do espaço
desse garoto.

Deslocamento = ̅̅̅̅
𝐀𝐃
9) A tabela indica a posição de um móvel, no de-
Deslocamento = 500 m. correr do tempo, sobre uma trajetória retilínea.
Observe que os valores encontrados são
diferentes. Portanto deslocamento e caminho per- t(s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
corrido são conceitos físicos diferentes. s(m) – 2 4 10 16 22 28 34 40 46 52
O deslocamento escalar é a variação do Determine o deslocamento efetuado pelo móvel
espaço, representamos por s, dado pela diferença entre os instantes:
entre o espaço final e o espaço inicial, isto é, a) 0 s e 2 s b) 4 s e 9 s
s = sf – si EXERCÍCIOS DE VESTIBULARES
ou 10)(Enem-2014) O acesso entre os dois andares
s = s – s0 de uma casa é feito através de uma escada
circular (escada caracol), representado na figura.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS Os cinco pontos A, B, C, D e E sobre o corrimão
6) Um automóvel estava no Km 10 de uma rodo- estão igualmente espaçados, e os pontos P, A e E
estão em uma mesma
via e se deslocou para o Km 40 da mesma rodovia.
reta. Nessa escada, uma
Responda:
pessoa caminha
a) Qual a posição inicial si do automóvel?
deslizando a mão sobre o
b) Qual a posição final sf do automóvel? corrimão do ponto A até
c) Qual o deslocamento s efetuado pelo automó- o ponto D.
vel? A figura que melhor re-
presenta a projeção or-
7) Um automóvel estava no Km 100 de uma rodo- togonal, sobre o piso da
via e se deslocou para o Km 60 da mesma rodovia. casa (plano), do caminho
Responda: percorrido pela mão
a) Qual a posição inicial s0 do automóvel? dessa pessoa é:
b) Qual a posição final s do automóvel? (a) (c) (e)
c) Qual o deslocamento s efetuado pelo automó-
vel?
Observação: Com os Exercícios 7) e 8), feitos
acima, observa-se que: (b) (d)
 Se sf > si → s > 0  o móvel se desloca no
sentido positivo;
 Se sf < si → s < 0  o móvel se desloca no R: (c)
sentido contrário ao positivo.
11)(Enem-2016) A figura representa o globo
terrestre e nela estão marcados os pontos A, B e
C. Os pontos A e B estão localizados sobre o
mesmo paralelo, e os pontos B e C, sobre o mes-
mo meridiano. É traçado um caminho do ponto A
até C, pela superfície do globo, passando por B, de
forma que o trecho de A até B se dê sobre o para-
lelo que passa por A e B e, o trecho de B até C se
dê sobre o meridiano que passa por B e C. Consi-
dere que o plano α é paralelo a linha do equador
na figura.

4
𝐬
𝐯𝐦 =
𝐭
, sendo
s = s2 – s1
t = t2 – t1
A unidade de velocidade no SI é o metro
por segundo, que se indica por m/s. Podemos,
também, utilizar o quilômetro por hora km/h.
Observações:
A projeção ortogonal, no plano α, do cami- a) Se o carro se movimentar no sentido positivo
nho traçado no globo pode ser representada por da trajetória, teremos:
(a) (d) s2 > s1 → s > 0 ∴ vm > 0
b) Se o carro se movimentar no sentido contrário
ao sentido positivo da trajetória, teremos:
s2 < s1 → s < 0 ∴ vm < 0
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
12) Sabendo que

(b) (e)

Transforme:
(c) a) 36 km/h em m/s d) 10 m/s em km/h
R: (e)
b) 54 km/h em m/s e) 20 m/s em km/h
10 . VELOCIDADE MÉDIA (vm) c) 30 m/s em km/h f) 90 km/h em m/s
Suponha que um carro percorrendo um
trecho de estrada entre duas cidades. Sabemos 13) Um atleta percorre 100 m em 10 s. Qual é a
que o carro não mantém sempre a mesma veloci- sua velocidade escalar média?
dade durante todo o trajeto, isto é, sua velocidade
varia com o tempo. Considerando o movimento do
14) Uma pessoa percorre a pé 600 m em 10 min.
carro de uma forma global e não detalhando esse Qual é a velocidade média dessa pessoa em m/s?
estudo em cada ponto da estrada. A velocidade E em km/h? R: 1 m/s; 3,6 km/h
escalar média (vm) é uma informação sobre o
15) Um automóvel passa pelo km 60 de uma ro-
movimento global. Para obtê-la, dividimos a dis-
dovia às 10 h e pelo km 180 às 12 h. A velocidade
tância total percorrida pelo tempo gasto na via-
escalar média do automóvel entre esses dois pon-
gem.
tos foi de:
Exemplo: Numa viagem de Belém a cidade de
(a) 120 km/h (c) 60 km/h (e) 13 km/h
Colares um carro percorreu distância de 100 km
em 2 h, então: (b) 90 km/h (d) 30 km/h R: (c)

distância total percorrida 100 km


vm = → vm = → 16) Um ônibus parte às 8 h de uma cidade locali-
tempo gasto no percurso 2h
zada no km 100 de uma rodovia e às 12 h para em
vm = 50 km/h um posto localizado no km 400 dessa mesma ro-
Observação: É óbvio que durante o trajeto a velo- dovia para almoço. A velocidade média do ônibus
cidade do carro, em cada instante, às vezes foi nesse trajeto foi de:
maior, e outras vezes menor do que 50 km/h. (a) 60 km/h (c) 80 km/h (e) 100 km/h
Agora, observe a figura abaixo:
(b) 75 km/h (d) 90 km/h R: (b)

17) Calcule a velocidade média entre os instan-


tes t1 = 1s e t2 = 2s de um móvel que realiza um
movimento segundo a função horária s = 5 + 4t
(SI). R: 4 m/s
Define-se como velocidade escalar mé-
dia do carro entre, os instantes t1 e t2, a grandeza
vm dada por;
5
18) Os astrônomos costumam usar uma unidade As medições de velocidade deixariam de
de comprimento denominada ano-luz que é defi- ocorrer de maneira instantânea, ao se passar pelo
nida como a distância percorrida pela luz, no vá- radar, e seriam feitas a partir da velocidade média
cuo, em 1 ano. Sabendo que a velocidade da luz no trecho, considerando o tempo gasto no
no vácuo é aproximadamente igual a 3 ∙ 108 m/s, percurso entre um radar e outro. Sabe-se que a
o valor aproximado de 1 ano-luz é: velocidade média é calculada como sendo a razão
entre a distância percorrida e o tempo gasto para
(a) 7,2 ∙ 1012 m (c) 3,6 ∙ 1015 m (e) 9,5 ∙ 1012 m percorrê-la.
(b) 3,6 ∙ 1012 m (d) 9,5 ∙ 1015 m R: (d) O teste realizado mostrou que o tempo que
permite uma condução segura de deslocamento
EXERCÍCIOS DE VESTIBULARES no percurso entre os dois radares deveria ser de,
19)(Fuvest-SP) Um avião vai de São Paulo a no mínimo, 1 minuto e 24 segundos. Com isso, a
Recife em uma hora e 40 minutos. A distância en- CET precisa instalar uma placa antes do primeiro
tre essas cidades é aproximadamente 3 000 km. radar informando a velocidade média máxima
a) Qual a velocidade média do avião? R: v = 500 m/s m
permitida nesse trecho da via. O valor a ser
b) Prove que o avião é supersônico. R: A velocidade média é exibido na placa deve ser o maior possível, entre
maior do que a velocidade do som no ar (340 m/s) os que atendem às condições de condução segura
observadas.
20)(Enem-2016) O veiculo terrestre mais veloz Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 11 jan. 2014 (adaptado).

já fabricado até hoje é Sonic Wind LSRV, que está A placa de sinalização que informa a velocidade
sendo preparado para atingir a velocidade de que atende a essas condições é
3 000 km/h. Ele é o mais veloz do que o Concorde,
um dos aviões de passageiros mais rápidos já fei- (a) (c) (e)
tos, que alcança 2 330 km/h

(b) (d) R: (c)

22)(Mackenzie-SP) A distância média da Terra


à Lua é de 390 000 km. Sendo a velocidade da luz
no vácuo igual a 300 000 km/s, o tempo médio
gasto por ela para percorrer essa distância é de:
(a) 0,77 s (c) 13 s (e) 1 300 s
Para percorrer uma distância fixa, a veloci-
dade e o tempo são inversamente proporcionais. (b) 1,3 s (d) 77 s R: (b)

BASILIO, A. Galileu, mar. 2012 (adaptado).

Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor 11 . VELOCIDADE INSTANTÂNEA (v)
mais próximo da diferença, em minuto, entre os Imagine-se dirigindo um carro numa via-
tempos gastos pelo Sonic Wind LSRV e pelo Con- gem. A partir de certo instante, você olha para o
corde, em suas velocidades máximas, é velocímetro, consulta o relógio e começa a anotar
as velocidades indicadas no decorrer do tempo.
(a) 0,1. (b) 0,7. (c) 6,0. (d) 11,2. (e) 40,2.
R: (c) Suponha que os valores anotados sejam os
21)(Enem-2014) A Companhia de engenharia da tabela abaixo:
de Tráfego (CET) de São Paulo testou em 2013 Tempo Velocidade (Km/h)
novos radares que permitem o cálculo da 8 horas 80
velocidade média desenvolvida por um veículo em 8 horas e 10 minutos 60
um trecho da via. 8 horas e 25 minutos 90
8 horas e 30 minutos 100
8 horas e 40 minutos 40
Observe que para cada instante podemos
associar um valor para a velocidade do carro.
A cada valor indicado pelo velocímetro num
dado instante denominamos velocidade escalar
instantânea.

11.1 Movimento progressivo


Um movimento é denominado progressivo
quando o móvel caminha no sentido positivo da
trajetória, isto é, as posições crescem algebrica-
mente no decorrer do tempo. Neste caso, dizemos
que a velocidade do móvel é positiva.

6
Desse modo, o carro percorrerá distâncias
iguais em intervalos de tempos iguais. Para
que isso ocorra, a velocidade instantânea do carro
deve ser constante e igual a velocidade escalar
movimento progressivo: v > 0
média em qualquer intervalo de tempo.
11.2 Movimento retrógrado Por essas características, do movimento do
Quando o móvel caminha no sentido con- carro, dizemos que ele realiza um movimento
trário do positivo da trajetória, isto é, as posições chamado movimento uniforme (MU).
decrescem algebricamente no decorrer do tempo, No movimento uniforme, o móvel percorre dis-
o movimento é dito retrógrado. Neste caso, dize- tâncias iguais em intervalos de tempos iguais,
mos que a velocidade do móvel é negativa. sendo a sua velocidade escalar instantânea
constante e igual a sua velocidade escalar mé-
dia,
⟹ v = vm = cte ≠ 0
movimento retrógrado: v < 0
Exemplos:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS  O movimento da terra em torno do seu eixo;
 O movimento dos ponteiros de um relógio;
23) Um ponto material, movimentando-se em
 A viagem de uma nave interplanetária, etc;
relação a um determinado referencial e sobre um
 O movimento de uma pessoa parada e descen-
a trajetória retilínea, tem posições em função do
do numa escada rolante;
tempo indicadas na tabela.
 O movimento da lua ao redor da terra.
t(s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8
s(m) 5 8 11 14 17 20 23 26 29 Observações:
 Se a trajetória for retilínea, o movimento é dito
a) Classifique o movimento como progressivo ou movimento retilíneo e uniforme (MRU);
retrógrado. R: Movimento progressivo
 Como no movimento uniforme a velocidade é
b) Dê a sua posição inicial. R: s = 5 m 0
constante, isto significa que não há variação de
c) Dê o deslocamento do ponto no intervalo de velocidade durante o movimento, a aceleração
tempo 1 s a 5 s. R: s = 12 m é nula [a = 0].
d) Calcule a velocidade média no intervalo do item
anterior. R: v = 3 m/s
m
12.2 Função horária do espaço
12.2.1 Posição em função do tempo [s =
24) Um ponto material em movimento retilíneo f(t)]
em relação a um determinado referencial em sua A função horária das posições de um mo-
posição em função do tempo indicada pela tabela. vimento uniforme é a fórmula matemática:
t(s) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
s(m) –2 7 16 25 34 43 34 25 16 7 –2
s = so + vt
em que:
a) Qual é a posição inicial do ponto material?
R: S0 = – 2 m so = é a posição inicial.
b) Classifique o movimento como progressivo ou v = é a velocidade.
retrógrado no intervalo 0 s a 10 s. R: Movimento progressivo t = tempo.
c) Classifique o movimento como progressivo ou s = é posição no tempo t.
retrógrado no intervalo de 10 s a 20 s. R: Movimento retrógrado A função horária das posições de um móvel
d) Dê o deslocamento e o caminho percorrido no em relação ao tempo no movimento uniforme é
intervalo de 4 s a 16 s. R: Deslocamento, 0; Caminho percorrido, 36 m função do 1º grau. Essa função permite obter a
posição de um móvel em movimento em qualquer
e) Calcule a velocidade média nos intervalos de 0 s
instante sobre uma determinada trajetória.
a 8 s. R: v = 4,5 m/s
m

f) Calcule a velocidade média nos intervalos de 12 12.2.2 Velocidade em função do tempo [v =


s a 18 s. R: v = – 4,5 m/s
m f(t)]
V = a; a ∈ ℝ e a ≠ 0
12 . MOVIMENTO UNIFORME (M.U.)
A função horária da velocidade de um mó-
12.1 Definição
vel em relação ao tempo no movimento uniforme
Suponha que você esteja dirigindo um car-
é função constante. Isso significa que o móvel
ro de tal forma que o ponteiro do velocímetro fi-
tem, em toda trajetória, a velocidade do início do
que sempre na mesma posição, acusando, por
movimento.
exemplo, uma velocidade constante de 50
Km/h, no decorrer do tempo. Nessas condições,
você irá percorrer 50 Km a cada hora. Então, se
em 1 hora você percorrer 50 km, em 2 horas per-
correrá 100 km, e assim por diante.

7
EXERCÍCIOS PROPOSTOS EXERCÍCIOS DE VESTIBULARES
25) Um ponto material movimenta-se sobre uma 29)(Enem-2017) Em um teleférico turístico,
trajetória retilínea segundo a função horária bondinhos saem de estações ao nível do mar e do
s = 10 – 2t (no SI). topo de uma montanha. A travessia dura 1,5 mi-
Pedem-se: nuto e ambos os bondinhos à mesma velocidade.
a) sua posição inicial (so). R: s = 10 m
0 Quarenta segundos após ao bondinho A partir da
b) sua velocidade (v). R: v = – 2 m/s estação ao nível do mar, ele cruza com o bondinho
c) o movimento é progressivo ou retrógrado? Por B, que havia saído do topo da montanha. Quantos
quê? R: retrógrado, pois v < 0 segundos após a partida do bondinho B partiu o
d) sua posição(s) no instante 3 s. R: s = 4 m bondinho A?
e) sua posição(s) no instante 6 s. R: s = – 2 m
(a) 5 (b) 10 (c) 15 (d) 20 (e) 25
f) o instante (t) em que o ponto material passa R: (b)

pela posição 5 m. R: t = 2,5 s 30)(Enem-2017) Pivô é um sistema de irrigação


g) o instante (t) em que o ponto material passa muito usado na agricultura, em que uma área cir-
pela origem das posições. R: t = 5 s cular é projetada para receber uma estrutura sus-
h) construa o gráfico s(t) da função. pensa. No centro dessa área, há uma tubulação
i) construa o gráfico v = f(t) da função. vertical que transmite água através de um cano
horizontal longo, apoiado em torres de sustenta-
26) Um corpo movimenta-se sobre uma trajetória ção, as quais giram, sobre rodas, em torno do
retilínea obedecendo à função horária s = 20 + 4t centro do pivô, também chamado de base, con-
(no SI). Determine: forme mostram as figuras. Cada torre move-se
a) sua posição inicial (so). com velocidade constante.
b) sua velocidade (v).
c) o movimento é progressivo ou retrógrado?
d) sua posição(s) no instante 2 s.
e) sua posição(s) no instante 5 s.
f) a variação do espaço s entre os instantes 2 s e
5 s.
g) o instante que o ponto material passa pela po-
sição 60 m.
h) construa o gráfico s(t) da função.
i) construa o gráfico v = f(t) da função.

27) Um corpo movimenta-se sobre uma trajetória


retilínea obedecendo à função horária
s = 60 – 10t (no SI). Determine:
a) sua posição inicial (so).
b) sua velocidade (v).
c) o movimento é progressivo ou retrógrado?
d) sua posição(s) no instante 3 s.
e) sua posição(s) no instante 5 s.
f) a variação do espaço s entre os instantes 3 s e
5 s.
g) o instante em que o corpo passa pela origem
das posições.
h) construa o gráfico s(t) da função. Um pivô de três torres (T1, T2 e T3) será ins-
i) construa o gráfico v = f(t) da função. talado em uma fazenda, sendo que as distâncias
entre torres consecutivas bem como da base a
28) Dois carros A e B se movem em uma estrada torre T1 são iguais a 50 m. O fazendeiro pretende
retilínea com velocidades constantes vA = 30 km/h ajustar as velocidades das torres, de tal forma que
e vB = 20 km/h. Na figura estão indicadas as posi- o pivô efetue uma volta completa em 25 horas.
ções que ocupam num certo instante. Use 3 como aproximação para .
Para atingir seu objetivo, as velocidades
das torres T1, T2 e T3 devem ser, em metros por
hora, de
(a) 12, 24 e 36 (d) 300, 1 200 e 2 700
a) Qual o instante que os corpos se encontram? (b) 6, 12 e 18 (e) 600, 2 400 e 5 400
R: t = 1 s
b) Qual a posição do encontro em relação ao mar- (c) 2, 4 e 6 R: (a)

co zero da estrada? R: s = 50 m

8
12.3 Os gráficos do MU v=0
Neste item vamos estudar as duas etapas (repouso)
mais usadas para descrever e prever os movimen-
tos: a construção e a interpretação dos gráficos do
movimento uniforme.
12.3.1 Posição em função do tempo
[s = f(t)]
A função horária das posições para o mo-
vimento uniforme é s = s0 + vt. Esta função é do 1º c) No gráfico s = f(t), a tg ∝ é numericamente
grau em relação ao tempo, portanto, o gráfico da
igual à velocidade:
função é uma reta.
Vamos distinguir dois casos:
 1º caso: Velocidade positiva (v > 0)
Quando a velocidade é positiva, o móvel
caminha no sentido positivo da trajetória, isto é,
as posições crescem algebricamente no decorrer
do tempo. O gráfico representativo é o de uma
reta inclinada para a direita:
Sabendo que s2 – s1 = s e t2 – t1 = t, segue
v>0
𝐬
movimento progressivo 𝐭𝐠 ∝ = =𝐯
𝐭
12.3.2 Velocidade em função do tempo
[v = f(t)]
Sendo a velocidade constante e não-nula,
no movimento uniforme, o gráfico é representado
por uma reta paralela ao eixo dos tempos.
Temos os seguintes casos:
 1º caso: velocidade positiva (v > 0)
 2º caso: Velocidade positiva (v < 0) v = cte > 0
Se a velocidade é negativa, o móvel cami-
nha no sentido contrário do positivo da trajetória,
isto é, as posições decrescem algebricamente no
decorrer do tempo. O gráfico representativo é o de
uma reta inclinada para a esquerda:
v<0
movimento retrógrado

 2º caso: velocidade positiva (v < 0)


v = cte < 0

Observações:
a) O valor da ordenada em que a reta corta o eixo
s representa o valor de s0. Observação: No gráfico da velocidade em função
s = s0 + vt do tempo, a área A entre a reta e o eixo das abs-
Para t = 0 cissas da figura representa numericamente o es-
s = s0 + v ∙ 0 ⟹ s = s0 paço percorrido pelo móvel entre os instantes t1 e
t2.
Observe o gráfico abaixo:

b) Quando o corpo não estiver em movimento,


isto é, v = 0, a posição do móvel é sempre a mes-
ma:
9
A figura acima representa um retângulo, 35) A posição de um corpo em movimento varia
portanto A = v(t2 – t1). de acordo com o gráfico abaixo.
Sabemos que
s s
v= = ∴ s = v(t 2 − t1 )
t t 2 − t1
Comparando as expressões, temos: o espaço per-
corrido (s) é numericamente igual à área A no
gráfico v = 𝑓(t) no movimento uniforme.
s = A Determine:
a) a função horária das posições; R: s = 20 – 10t
12.3.3 Aceleração em função do tempo b) a posição do corpo no instante 10 s. R: s = – 80 m
[a = f(t)] 36) O gráfico indica a posição de um móvel, no
No movimento uniforme a aceleração é decorrer do tempo, sobre uma trajetória retilínea.
nula; portanto, o gráfico a = 𝑓(t) tem a forma a
seguir:

Determine:
a) Qual a posição inicial do móvel? R: s = 5 m
0

b) Qual é a velocidade do móvel? R: v = 6,8 m/s


EXERCÍCIOS PROPOSTOS c) determine a posição do móvel no instante 25 s.
31) Um ponto material movimenta-se sobre uma R: s = 175 m

trajetória retilínea obedecendo à função horária 37) Um ponto material se movimenta sobre uma
s = 20 + 4t no SI. Construir o gráfico dessa função. trajetória, segundo a função horária s = 10 – 2t (s
em metros e t em segundos). Construa o gráfico
32) Um móvel movimenta-se sobre uma trajetó- v = f(t).
ria retilínea obedecendo à função horária
s = 60 – 5t no SI. Construa o gráfico dessa função. 38) Um móvel movimenta-se sobre uma reta e
possui velocidade que varia com o tempo de acor-
33) Cada gráfico a seguir representa a posição de do com o gráfico.
um móvel, em movimento uniforme, em função do
tempo. Em cada caso, determine a função horária
das posições e diga se o movimento é progressivo
ou retrógrado.
a) b) c)

Determine a velocidade escalar média desse móvel


no intervalo de 0 a 30 s. R: v = 66,7 m/s

t
39) Um móvel tem velocidade, em função do
R: s = 2 + 5t R: s = 10 – 2,5t R: s = – 1 +
3 tempo, dada pelo gráfico.
34) Um móvel tem posição, em função do tempo,
dada pelo gráfico abaixo. Pedem-se:

Sabendo que a trajetória é retilínea, determine o


a) sua posição inicial; R: s = 5 m 0
espaço percorrido pelo móvel no intervalo de 1 s a
b) sua velocidade; R: v = 2 m/s 4 s. R: s = 12 m
c) sua função horária das posições. R: s = 5 + 2t
40) Um ponto material movimenta-se segundo a
função horária s = 15 – 2t no SI. Construa o gráfico
v = f(t).

10
41) Um móvel se movimenta sobre uma trajetó- Considere o móvel percorrendo a trajetória
ria retilínea e sua posição no decorrer do tempo da figura.
está representada no gráfico abaixo.

Temos:
 v1 = velocidade no instante t1;
 v2 = velocidade no instante t2;
 v = v2 – v1 = variação da velocidade;
 t = t2 – t1 = intervalo de tempo na variação v.
Define-se como aceleração escalar mé-
Pede-se: dia, entre os instantes t1 e t2, a grandeza am, dada
a) Representar numa trajetória o movimento des- por:
se móvel. 𝐯
b) Construir o gráfico da velocidade em função do 𝐚𝐦 =
tempo durante todo o movimento. 𝐭
Observações:
42) Um automóvel move-se numa estrada e pos-  Se a velocidade for constante, isto é, for sem-
sui velocidade que varia com o tempo de acordo pre à mesma, o movimento é dito uniforme;
com o gráfico.  Se a velocidade variar, isto é, não for sempre à
mesma o movimento é dito variado.
 No Sistema Internacional a unidade de acelera-
ção é m/s2. Podemos também utilizar o km/h2,
cm/s2.
EXERCÍCIO PROPOSTO
44) Um carro estava com velocidade de 20 km/h
às 9 horas e 70 km/h às 11 horas. Qual a acelera-
ção escalar média do carro nesse intervalo de
Determine a sua velocidade escalar média, em
tempo?
km/h, após 5 s. R: v = 66 km/h
m

14 . ACELERAÇÃO ESCALAR INSTANTÂ-


EXERCÍCIO DE VESTIBULAR
NEA (a)
43)(Enem-2017) Os congestionamentos de
A aceleração instantânea é a que corres-
trânsito constituem um problema que aflige, todos
ponde a um instante dado.
os dias, milhares de motoristas brasileiros. O grá-
fico ilustra a situação, representando, ao longo de 15 . TIPOS DE MOVIMENTO
um intervalo definido de tempo, a variação da ve- 15.1 Movimento acelerado
locidade de um veículo durante um congestiona- É aquele no qual o módulo da velocidade
mento. aumenta no decorrer do tempo. Isto ocorre quan-
do a velocidade e a aceleração têm o mesmo sinal.
Movimento acelerado → v ∙ a > 0

Exemplo: Um móvel percorrendo a trajetória da


figura com o motorista pisando no acelerador.
v>0
} → v∙a>0
a>0
Quantos minutos o veículo permaneceu
imóvel ao longo do intervalo total analisado?
t(h) 0 1 2 3 4 5
(a) 4 (b) 3 (c) 2 (d) 1 (e) 0
R: (c) v(km/h) 20 40 60 80 100 120
13 . ACELERAÇÃO ESCALAR MÉDIA (am)
15.2 Movimento retardado
Consideremos um carro cujo velocímetro
É aquele no qual o módulo da velocidade
indica, num certo instante, uma velocidade de 10
diminui no decorrer do tempo. Isto ocorre quando
km/h. Se, por exemplo, 1 s após pisar no acelera- a velocidade e a aceleração têm os sinais contrá-
dor, o velocímetro indica 30 km/h, podemos afir- rios.
mar que a velocidade do carro aumentou de 20
Movimento retardado → v ∙ a < 0
km/h em 1 s. Assim, dizemos que o carro recebeu
uma aceleração. Exemplo: Um carro freando ao se aproximar de
A aceleração é relacionada a uma variação uma pessoa.
da velocidade.
11
v>0 A aceleração escalar média é igual à acele-
} → v∙a<0
a<0 ração escalar instantânea. Então esse automóvel
executa um movimento uniformemente variado.
Denomina-se movimento uniformemente
variado aquele no qual a aceleração escalar
t(h) 0 1 2 3 4 5 instantânea é constante e igual à aceleração
v(km/h) 80 70 60 50 40 30 escalar média.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 16.2 Função horária da velocidade [v =


45) Um ponto material, em relação a um deter- f(t)]
minado referencial, tem velocidade, em função do
v = v0 + at
tempo, indicado na tabela.
t(h) 0 1 2 3 4 5 6 7 em que:
v(km/h) 3 5 7 9 11 13 15 17 v0 = velocidade inicial;
a = aceleração;
Pedem-se:
t = tempo.
a) a velocidade inicial do ponto material. R: v = 3 km/h
Observe que esta função é do 1º grau em
0

b) a aceleração média do ponto material no inter-


relação a t.
valo de 1 s a 5 s. R: a = 2 km/h
2

c) a classificação do movimento em acelerado ou EXERCÍCIOS PROPOSTOS


retardado. R: acelerado
47) Um ponto material em movimento adquire
46) Um móvel se movimenta sobre uma trajetó- velocidade que obedece a expressão v = 10 – 2t
ria retilínea e tem velocidade, em função do tem- (no SI). Pedem-se:
po, indicada pela tabela: a) a velocidade inicial. R: v = 10 m/s
0

b) a aceleração. R: a = – 2 m/s 2
t(s) 0 1 2 3 4 5 6
c) a velocidade no instante 6 s. R: v = – 2 m/s
0
v(m/s) – 2 – 6 – 10 – 14 – 18 – 22 – 26 d) o instante em que o ponto material muda de
Pedem-se: sentido. R: t = 5 s
a) a aceleração média do móvel no intervalo de 0 e) a classificação do movimento (acelerado ou
e 5 s; R: a = – 4 m/s
2
retardado) no instante 4 s. R: movimento retardado
b) Classificar o movimento em acelerado ou retar-
dado. R: acelerado 48) Partindo do repouso, um avião percorre a
pista com aceleração constante e atinge a veloci-
16 . MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VA- dade de 360 km/h, em 25 s. Qual o valor da acele-
RIADO (M.U.V.) ração em m/s2? R: a = 4 m/s 2

16.1 Definição
Nos movimentos que observamos diaria-
49) Um móvel leva 5 s para passar da velocidade
mente, as velocidades em geral não permanecem de 30 m/s para 60 m/s em movimento uniforme-
constantes, variando, portanto, no decorrer do mente variado. Calcular sua aceleração escalar.
R: a = 6 m/s2
tempo. São os chamados movimentos variados. 50) A velocidade de um automóvel no decorrer
Por outro lado, se num movimento a velo- do tempo é indicada pela tabela seguinte:
cidade variar uniformemente no decorrer do tem-
po, isto é, se ocorrer variações de velocidade t(h) 0 2 4 6 8 10 12
sempre iguais em intervalos de tempos v(km/h) 40 30 20 10 0 – 10 – 20
iguais, o movimento é denominado movimento Qual a função horária desse móvel? R: v = 40 – 5t

uniformemente variado (M.U.V.).


Para que isso ocorra em qualquer intervalo 51) Um ponto material em movimento adquire
de tempo, a aceleração escalar média deve ser velocidade que obedece a expressão v = 15 – 3t
constante, diferente de zero e igual à aceleração (no SI). Pedem-se:
escalar instantânea. a) a velocidade inicial. R: v = 15 m/s
0

b) a aceleração. R: a = – 3 m/s 2

am = a = constante ≠ 0 c) a velocidade no instante 4 s. R: v = 3 m/s


Observe a tabela abaixo que registra a ve- d) o instante em que o ponto material muda de
locidade registrada pelo velocímetro de um auto- sentido. R: t = 5 s
móvel no decorrer do tempo: e) a classificação do movimento (acelerado ou
t(h) 0 1 2 3 4 5 6 retardado) no instante 3 s e 7 s. R: mov. retardado e mov. acelerado
v(km/h) 8 12 16 20 24 28 32
Note que a partir da velocidade inicial v0 = 8
km/h, a velocidade varia de 4 km/h a cada segun-
do decorrido. E,
v 32 − 8 24
am = = = = 4 km/h.
t 6−0 6
12
16.3 Função horária do espaço [s = f(t)] 56) Um corpo desloca-se sobre uma trajetória
Essa função permite determinar a posição s retilínea obedecendo à função horária
num instante t qualquer, desde que se conheça a s = – 40 – 2t + 2t2 (no SI). Pede-se:
posição inicial s0, a velocidade inicial v0 e a acele- a) a posição inicial, a velocidade inicial e a acele-
ração a: ração do corpo. R: s = – 40 m; R: v = – 2 m/s; a = 4 m/s
0 0
2

𝟏 b) a função horária da velocidade. R: s = – 2 + 4t


𝐬 = 𝐬𝟎 + 𝐯𝟎 𝐭 + 𝐚𝐭 𝟐 c) o instante em que o móvel passa pela origem
𝟐 das posições. R: t = 4 s
sejam,
s = posição para tempo t; 16.4 Equação de Torricelli
s0 = posição para t = 0 (posição inicial); Temos até agora duas funções que nos
v0 = velocidade para t = 0 (velocidade inicial); permitem saber a posição do móvel e a sua velo-
t = tempo; cidade em relação ao tempo. Torna-se útil encon-
a = aceleração. trar uma equação que possibilite conhecer a velo-
Observe que esta função é do 2º grau em cidade de um móvel sem saber o tempo.
relação a t. A equação de Torricelli relaciona a veloci-
dade com o espaço percorrido pelo móvel. É obti-
16.4 Aceleração em função do tempo [a = da eliminando-se o tempo entre as funções horá-
f(t)] rias da posição e da velocidade.
a = f(t) = constante ≠ 0 v2 = v02 + 2as
A função horária da aceleração de um mó-
vel em relação ao tempo no movimento unifor- EXERCÍCIOS PROPOSTOS
memente variável é função constante. Portanto, a 57) Determine a aceleração que deve ter um mó-
aceleração (variação da velocidade) em todo o vel para que adquira a velocidade de 144 km/h ao
percurso é a mesma do início dele. percorre 50 metros, partindo do repouso. R: a = 16 m/s 2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 58) Um vagão ferroviário, deslocando-se com


52) Um móvel desloca-se sobre uma reta segun- velocidade 30 m/s, é desacelerado até o repouso
do a função horária s = – 15 – 2t + t2 (no SI). com aceleração constante. O vagão percorre 100
Calcular: metros antes de parar. Qual a aceleração do va-
a) o tipo de movimento (MU ou MUV); R: MUV gão?
b) a posição inicial; R: s = – 15 m
0

c) a velocidade inicial; R: v = 2 m/s 0


59) Um móvel tem velocidade inicial de 8 m/s,
d) a aceleração; R: a = 2 m/s 2
variando uniformemente para 12 m/s após percor-
e) a função v = f(t); R: v = – 2 + 2t rer 20 m. determine a aceleração aplicada no mó-
f) o instante em que a móvel passa pela origem vel.
das posições. R: t = 5 s EXERCÍCIOS DE VESTIBULARES
53) Um corpo desloca-se sobre uma trajetória 60)(UEMA) Um trem viajando a uma velocidade
retilínea obedecendo à função horária escalar de 54 km/h para em um intervalo de tem-
s = 65 + 2t – 3t2 (no SI). Pede-se: po de 1 minuto após a aplicação dos freios. Consi-
a) a posição inicial, a velocidade inicial e a acele- dere o movimento do trem, durante a freada, uni-
ração do corpo. R: s = 65 m; R: v = 2 m/s; a = – 6 m/s
0 0
2 formemente retardado.
b) a função horária da velocidade. R: v = 2 – 6t Calcule, durante a freada:
a) a aceleração escalar do trem R: – 0,25 m/s 2

c) o instante em que o móvel passa pela origem b) a distância percorrida pelo trem. R: 450 m
das posições. R: t = 5 s
61)(Cesgranrio-RJ) Um automóvel partindo do
54) Um ponto material parte do repouso com
repouso leva 5,0 s para percorrer 25 m em movi-
aceleração constante de 4m/s2 da origem das posi-
mento uniformemente variado.
ções de uma trajetória retilínea. Achar sua posição a) Qual a velocidade escalar média nesse percur-
no instante 6 s. R: s = 72 m so? R: 5 m/s
b) Qual a velocidade escalar final? R: 10 m/s
55) Um carro encontra-se parado na posição 8 m
de uma trajetória retilínea. Quando acionamos o 16.5 Os gráficos do MUV
cronômetro, ele arranca com aceleração constante
16.5.1 Posição em função do tempo
4 m/s2 no sentido positivo da trajetória.
a) Escreva a função horária das posições desse
[s = f(t)]
movimento. R: s = 8 + 2t 2 Sendo a função horária das posições do
𝟏
b) Em que posição o carro estará no instante 5 s? MUV s = s0 + v0t + 𝟐at2 uma função do 2º grau, o
R: s = 58 m
seu gráfico é uma parábola.
c) Em que instante o carro passará pela posição
Vejamos alguns exemplos de um corpo rea-
600 m? R: t ≅ 17,2 s lizando um MUV sobre uma trajetória retilínea.
13
Exemplo 1 Construir o gráfico da função s = 6 – 5t
+ t2.
Resolução:
t s
0 6
1 2
2 0
abscissa do vér- ← ordenada do
2,5 – 0,25
tice → vértice
3 0
4 2
5 6 Observe:
 No intervalo 0 ≤ t < 2,5 s, o movimento é retar-
dado.
 No intervalo t > 2,5 s, o movimento é acelerado.
 Quando t = 2,5 s, o móvel muda de sentido
(v = 0), isto é, a velocidade passa de positiva
para negativa.
 A aceleração do móvel é negativa (a = – 2m/s2).

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
62) Um móvel que se movimenta sobre uma tra-
jetória retilínea tem posição no decorrer do tempo
dada pelo gráfico.
Observe:
 Quando v < 0, as posições decrescem com o
tempo.
 Quando v > 0, as posições crescem com o tem-
po.
 No intervalo 0 ≤ t < 2,5 s, o movimento é retar-
dado.
 No intervalo t > 2,5 s, o movimento é acelerado.
 Quando t = 2,5 s, o móvel muda de sentido
Determine:
(v = 0), isto é, a velocidade passa de negativa a) a posição inicial do móvel; R: s = 28 m
0
para positiva. b) os instantes em que o móvel passa pela origem
 A ordenada onde a parábola corta o eixo verti- das posições; R: t = 4 s; t = 7 s
1 2
cal representa o valor s0 (6 m). c) o instante em que o móvel muda de sentido;
 O móvel passa pela origem das posições (s = 0) R: t = 5,5 s

nos instantes 2 s e 3 s. d) a posição do móvel quando muda de sentido;


R: t = – 2,25 m
 A aceleração do móvel é positiva (a = 2m/s2). e) o intervalo de tempo em que o movimento é
acelerado. R: t = 5,5 s < t < 11 s
Exemplo 2 Construir o gráfico da função s = – 4 +
5t – t2 (no SI). 63) Um ponto material se movimenta sobre uma
Resolução: trajetória retilínea obedecendo a função horária
t s s = – 1 + 2t – t2 (no SI).
0 –4 Pede-se:
1 0 a) construir o gráfico s = f(t);
2 2 b) o intervalo de tempo para o qual o movimento
2,5 2,25 é acelerado. R: t > 1 s
3 2 16.5.2 Velocidade em função do tempo
4 0 [v = f(t)]
5 –4 Sendo a função horária da velocidade do
movimento uniformemente variado uma função do
1º grau, o seu gráfico é uma reta.
Vejamos alguns exemplos:

14
Exemplo 1 Construir o gráfico v = 4 + 2t (no SI) a) Qual a velocidade inicial do corpo?
v>0 e a>0 b) Qual o intervalo de tempo em que o movimento
é retardado? R: 0 s ≤ t ≤ 4 s
c) Em qual instante o corpo investe o sentido do
movimento? R: t = 4 s

16.5.3 Propriedades do gráfico da veloci-


dade em função do tempo [v = f(t)]
a) Cálculo da aceleração e do espaço percorrido a
partir do gráfico v = f(t).
Observe:  No gráfico v = f(t), a tg ∝ é numericamente
 A ordenada em que a reta corta o eixo vertical igual à aceleração.
representa o valor da velocidade inicial
(v0 = 4 m/s).
 A velocidade é crescente no decorrer do tem-
po; portanto, a aceleração é positiva (a > 0).
 O movimento é acelerado, pois a > 0 e v > 0.
Exemplo 2 Construir o gráfico v = 6 – t (no SI)

Sabendo que v2 – v1 = v e t2 – t1 = t, segue


𝐯
𝐭𝐠 ∝ = =𝐚
𝐭
 No gráfico v = f(t), área A da figura mede o es-
paço percorrido pelo móvel entre os instantes
t1 e t2.
Observe:
 A velocidade inicial é v0 = 6 m/s.
 A velocidade é decrescente no decorrer do
tempo; portanto, a aceleração é negativa
(a < 0).
 No intervalo 0 ≤ t < 6 s, movimento é retarda-
do, pois v > 0 e a < 0.
 No intervalo t > 6 s, o movimento é acelerado,
pois v < 0 e a < 0.
s = A
 O móvel muda de sentido no instante t = 6 s
(v = 0), isto é, a velocidade passa de positiva b) Velocidade média no MUV
para negativa. Considere o gráfico que representa a velo-
EXERCÍCIOS PROPOSTOS cidade de um móvel em movimento uniformemen-
te variado no decorrer do tempo.
64) Um móvel desloca-se sobre uma reta e sua
Sejam v1 a velocidade no instante t1 e v2 a
velocidade no decorrer do tempo é dada pela fun-
velocidade no instante t2.
ção v = 5 + 4t (no SI). Construa o gráfico v = f(t).

65) Um móvel percorrendo uma trajetória retilí-


nea tem velocidade, que varia com o tempo, dada
pela função horária v = 8 – 2t (no SI).
Pede-se:
a) construa o gráfico v = f(t);
b) calcule para qual intervalo de tempo o movi-
mento é acelerado. R: t > 4 s
Calculemos a velocidade média no intervalo
66) O gráfico a seguir fornece a velocidade, em t1 a t2.
função do tempo, de um corpo que se movimenta Sabemos que:
segundo a trajetória retilínea. s s
Vm = = ①
t t 2 − t1
O espaço percorrido s pelo móvel no in-
tervalo t1 a t2 é dado pela área do trapézio ABCD.
v1 + v2
s = ∙ (t 2 − t1 ) ②
2
Substituindo ② em ①, vem:

15
v1 + v2 70) Um móvel percorre durante 10 s uma trajetó-
2 ∙ (t 2 − t1 ) v1 + v2
Vm = ⟹ Vm = ria retilínea com velocidade que apresenta uma
t 2 − t1 2 variação com o tempo, de acordo com o gráfico.
𝐯𝟏 + 𝐯𝟐
𝐕𝐦 =
𝟐
No intervalo de tempo t1 a t2, a velocidade
média é igual à média aritmética das velocidades
nos instantes t1 e t2.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
67) Um ponto material desloca se sobre uma reta Determine a velocidade escalar média des-
e sua velocidade em função do tempo é dada pelo se móvel relativamente àquele trecho.
gráfico:
EXERCÍCIO DE VESTIBULAR
71)(Unicamp-SP) A tabela mostra os valores da
velocidade de um atleta da Corrida da São Silves-
tre em função do tempo, nos segundos iniciais da
corrida.
t(s) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
v(m/s) 0,0 1,8 3,6 5,4 7,2 9,0
Pedem-se:
a) a velocidade inicial; R: v = 5 m/s
0
a) Esboce o gráfico da velocidade do atleta em
b) a aceleração; R: a = 2 m/s
2 função do tempo.
c) a função v = f(t); R: v = 5 + 2t b) Calcule a aceleração do atleta nos primeiros 5
d) o deslocamento do ponto material entre os ins- segundos da corrida. R: a = 1,8 m/s
2

tantes 0 s e 2 s; R: s = 14 m EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO


e) a velocidade média entre 0 s e 2 s. R: v = 7 m/s
72)(PUC-RS) A afirmação “todo movimento é
68) Os gráficos indicados representam a veloci- relativo” significa que:
dade de um móvel em função do tempo. Determi- (a) todos os cálculos de velocidade são impreci-
ne, para cada caso, a função v = f(t). sos.
a) c) (b) não existe movimento com velocidade cons-
tante.
(c) a velocidade sempre depende de uma força.
(d) a velocidade sempre depende de uma acelera-
ção.
(e) a descrição de qualquer movimento requer um
referencial.

b) 73)(PUC-SP) A figura ao lado esquematiza a


trajetória aproximada da Terra no
seu movimento de translação em
torno do Sol. Estime o tempo ne-
cessário para que a luz do Sol al-
Respostas: cance a Terra (Dado: velocidade
a) R: v = 6 + 2t
b) R: v = 3t da luz no vácuo = 3,0 ∙ 108 m/s).
c) R: v = 10 – 2,5t

69) O gráfico da velocidade para um móvel que


74) O movimento de um carro é representado
pela função horária s = 30 – 20t (S.I). O seu movi-
se desloca numa trajetória retilínea é dado a se-
guir: mento é:
(a) progressivo. (c) acelerado.
(b) retrógrado. (d) retardado.
R: (b)

75) Uma formiga percorre uma escala graduada,


em movimento retilíneo uniforme, para pegar
um grão de açúcar. Sabendo-se que no instante
Determine: t = 0 ela se achava na origem da escala, e que
a) a função v = f(t); R: v = 3t
após percorrer o espaço 15 cm, havia se passado
b) a distância percorrida entre os instantes 1 s e 10 s. Determine a velocidade da formiga.
12 s. R: s = 214,5 m
(a) 1,5 cm/s (c) 15 cm/s
(b) 7,5 cm/s (d) 20 cm/s
16
76) Em uma estrada observam-se um caminhão e Baseado no texto e na figura julgue as afirmações
um jipe, ambos correndo no mesmo sentido. Suas a seguir:
velocidades são vC = 54 km/h e vJ = 72 km/h, res- I O movimento do atleta é acelerado durante toda
pectivamente, ambas invariáveis. No início, o jipe a corrida.
está atrasado 100 m em relação ao caminhão. II A aceleração do atleta é negativa no trecho
entre 60 m e 100 m.
III A máxima velocidade atingida pelo atleta é da
ordem de 11,9 m/s.
IV No trecho entre 50 m e 60 m, o movimento do
(a) O jipe alcança o caminhão em 30 s. atleta é uniforme.
(b) O jipe ultrapassa o caminhão depois de per- Estão corretas somente
correr 400 m a partir do início da contagem do (a) I e II (c) I e IV (e) II, III e IV
tempo.
(b) II e III (d) I, II e IV R: (e)
(c) O jipe e o caminhão percorrem o mesmo des-
locamento até o encontro. 17 . QUEDA LIVRE
(d) O deslocamento do jipe é menor que o deslo- Galieu galilei [1564–1642] foi um físico,
camento do caminhão para qualquer intervalo de matemático, astronomo e filósofo florentino.
tempo. Viveu a maior parte da sua vida em Pisa e
Florença. Foi personalidade fundamental na
(e) Não poderá haver encontro. R: (b) revolução científica. Galileu desenvolveu os
primeiros estudos sistemáticos do
77)(UFPA-2006) Uma criança, brincando com movimento uniformemente acelerado e o do
movimento do pêndulo; descobriu a lei dos
um caminhãozinho, carregando uma garrafa com corpos e enuciou o princípio da inércia;
água, que pinga constantemente, molha o chão da melhorou significamente o telescópio
casa com pingos espaçados, como se observa na refrator decobrindo a manchas solares e as
montanhas da Lua, as fases de Vênus, os
ilustração abaixo. Considerando se essa situação,
quatro satélites de Júpiter, os anéis de
você poderá concluir que, no trecho percorrido, o saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas
movimento do caminhão foi descobertas contribuiram para o
heliocentrismo. Contudo a sua principal
contribuição foi o método científico, pois a
ciência assentava numa metodologia
aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários
(a) uniforme durante todo o trecho. instrumentos como a balança hidrostática,
um tipo de compasso geométrico que
(b) acelerado e depois retardado. permitia medir ângulos e áreas,
(c) retardado e depois acelerado. o termómetro de Galileu e o precursor
(d) acelerado e depois uniforme. do relógio de pêndulo. O método empírico,
(e) retardado e depois uniforme. R: (b)
defendido por Galileu, constitui um corte
com o método aristotélico mais abstrato
utilizado nessa época, devido a isto Galileu é
78) A velocidade escalar de um móvel varia com considerado como o "pai da ciência
a função v = 10 – 2t (SI). O instante em que o mó- moderna".
vel pára é:
17.1 Introdução
(a) 1 s (b) 3 s (c) 4 s (d) 5 s Largando, da mesma altura, uma pena e
R: (d)
uma pedra, observamos que a pedra cai primeiro.
79)(UFPA-2008) Considere o texto a seguir e a
Devido a isso, pensamos que os corpos
figura mostrada abaixo.
mais “pesados” caem mais depressa que os mais
”Na semana passada, foram exatos 3 centésimos
leves. No entanto, a seguinte experiência mostra
de segundo que permitiram ao jamaicano Asafa
que isso não é verdade.
Powell, de 24 anos, bater o novo recorde mundial
na corrida de 100 m rasos e se confirmar no posto
de corredor mais veloz do planeta. Powell percor-
reu a pista do estádio de Rieti, na Itália, em 9,74 s,
atingindo a velocidade média de 37 km/h. Anteri-
ormente, Powell dividia o recorde mundial, de 9,77
s, com o americano Justin Gatlin, afastado das
pistas por suspeita de doping.” (revista Veja, edi-
ção de 19 de setembro de 2007)

Usando uma bomba de sucção, podemos


retirar o ar contido num recipiente chamado tubo
de Newton e, desse modo, obter o vácuo. Assim,
podemos verificar que uma pedra e uma pena,
17
largadas da mesma altura, levam o mesmo tempo
para cair, se não houver resistência do ar.
Essa experiência mostra que todos os cor-
pos, independente de sua massa ou forma, quan-
do em queda livre, caem com a mesma acelera-
ção.
A aceleração constante que age sobre um corpo
em queda livre é denominada aceleração da
gravidade, sendo representada pela letra g.

Queda livre significa cair no vácuo, de forma


que a influência do ar não afete o movimento.
Portanto, o movimento é uniformemente
A aceleração da gravidade é sempre dirigi- variado. Para determinar a aceleração desse mo-
da para o centro da Terra, observe a figura: 1
vimento, portanto, vamos usar s = s0 + v0t + at2, a
2
velocidade inicial é nula (o corpo é largado do re-
pouso), consideremos a posição inicial nula, então
1
s = at2 – observe os resultados da aceleração na
2
tabela acima. Assim, obteremos, para a acelera-
ção, um valor médio próximo de 9,8 m/s2. Essa é a
aceleração que os corpos caem próximo da super-
fície da Terra (algumas biografias utizam a cono-
tação ”ao nível do mar”).
Galileu Galilei realizou uma série de experiên-
O valor da aceleração da gravidade varia de cias sobre a queda livre dos corpos e chegou às
ponto para ponto na superfície da Terra e diminui conclusões que seguem:
com a altitude. Seu valor médio ao nível do mar é  Todos os corpos, independente de sua mas-
9,8 m/s2. Para facilitar os cálculos, usaremos, mui- sa, forma ou tamanho, caem com a mesma
tas vezes, o valor aproximado g = 10 m/s2. aceleração.
Para mostrar como se calcula a aceleração  A distância percorrida por um corpo em que-
da gravidade vamos observar a experiência se- da livre é proporcional ao quadrado do tem-
guinte: largamos um corpo a certa altura da su- po gasto para percorrê-la, isto é, a função
perfície da Terra e fotografamos a sua queda com horária das posições s = f(t) é do 2º grau.
uma lampada especial, chamada estroboscópica, Se a aceleração da gravidade é constante e
que pisca a cada 0,2 s, permitindo obter a sequên- a função horária das posições é de 2º grau, decor-
cia de fotos indicada na figura. re que a queda livre é um MRUV e, portanto, são
t(s) s(m) a(m/s2) válidas para queda livre todas as funções e concei-
0,2 0,20 10,00 to válidos para o MRUV.
0,4 0,78 9,76
0,6 1,76 9,78
17.2 Lançamento vertical para cima
Um corpo lançado verticalmente para cima,
0,8 3,14 9,80
no vácuo, com velocidade inicial v0.
1 4,88 9,76
1,2 7,10 9,86
1,4 9,6 9,79
1,6 12,56 9,81
1,8 15,85 9,78
2 19,58 9,79

Construindo o gráfico da posição em função


do tempo do movimento, obteremos uma parábo-
Observe que:
la.
 Na subida a aceleração da gravidade é negati-
va, pois é contraria ao sentido do positivo da
trajetória (adotado arbitariamente);
 No instante em que o corpo atinge a altura
máxima (hmáx), a sua velocidade é zero;

18
 Na subida o movimento é retilíneo uniforme- EXERCÍCIOS PROPOSTOS
mente retardado, pois o módulo de sua veloci- 80) Um corpo é lançado verticalmente para cima,
dade diminui no decorrer do tempo.
com velocidade inicial de 30 m/s. Desprezando a
Exemplo: Um corpo é lançado do solo, vertical- resistência do ar e admitindo g = 10 m/s2, calcule:
mente para cima, com velocidade inicial de 20 a) o tempo gasto pelo corpo para atingir a altura
m/s. Desprezando a resistência do ar e admitindo máxima; R: t = 3 s
g = 10 m/s2, pedem-se: b) a altura máxima em relação ao solo; R: h = 45 m máx

a) a função s = f(t); c) a velocidade ao tocar o solo; R: v = – 30m/s


b) a função v = f(t); d) os instantes em que o corpo se encontra a 40 m
c) o tempo gasto pelo corpo para atingir a altura do solo. R: t’ = 2 s ou t” = 4 s
máxima;
d) a altura máxima atingida em relação ao solo; 81) De ponto situado a 80 m a cima do solo, uma
e) o tempo gasto pelo corpo para retornar ao so- partícula é lançada verticalmente para cima, com
lo; uma velocidade de 42 m/s. Adotando g = 10 m/s2,
f) a velocidade do corpo ao tocar o solo; determine:
g) os gráficos s = f(t) e v = f(t). a) o tempo de subida; R: t = 4,2 s
b) a altura máxima atingida em relação ao solo;
Resolução: R: 168,2 m

Adotaremos como positiva a trajetória para c) o tempo gasto para atingir o solo. R: t = 10 s

cima: o movimento é MUV.


82) Uma bola, ao ser jogada verticalmente para
cima, atinge uma altura de 125 metros. Sabendo
que a aceleração da gravidade no local vale 10
m/s2, determine o tempo de permanência da bola
no ar. R: t = 10 s

83) Um garoto lança uma pedra verticalmente


1
a) s = s0 + v0t + gt2 para cima e, 3 s mais tarde, apanha-a na mesma
2
altura em que a lançou.
v0 = 20m/s a) Qual a velocidade de lançamento da pedra?
com { 0 = 0
s R: v = 15 m/s

g = −10m/s 2 b) Qual a altura máxima que a pedra alcança em


relação ao ponto de lançamento? R: h = 11,25 m
substituindo, temos: s = 20t – 5t2
máx

b) v = v0 +gt ⟹ v = 20 – 10t 84) Um balão está subindo à razão de 15 m/s e


encontra-se a uma altura de 90 metros acima do
c) Na altura máxima v = 0, segue,
solo, quando dele se solta uma pedra. Quanto
v = 20 – 10t ⟹ 0 = 20 – 10t ⟹ t = 2 s tempo leva a pedra para atingir o solo? Admita g =
d) Substituindo t = 2s em s = 20t – 5t2, temos: 10 m/s2. R: t = 6s
s = 20 ∙ 2 – 5 ∙ 22
s = 40 – 20 ⟹ s = 20 m
e) No solo (s = 0), retorna à origem
s = 20t – 5t2 ⟹ 20t – 5t2 = 0 ⟹ t(20 – 5t) = 0 ⟹
t’ = 0 (não satisfaz porque é o instante do lançamento)
ou
t” = 4s
f) Substituindo t = 4s em v = 20 – 10t, temos
v = 20 – 10 ∙ 4 ⟹ v = 20 – 40
v = – 20 m/s (negativa porque é contrária ao sentido 85) Um helicóptero está subindo verticalmente
positivo adotado) com velocidade constante de 20 m/s e encontra-se
a 105 m acima do solo, quando dele se solta uma
Observações: pedra. Determine o tempo gasto pela pedra para
 Tempo de subida = tempo de descida; atingir o solo. Adote g = 10 ms2. R: t = 7 s
 Velocidade de saída = velocidade de chegada
(em módulo).
g)

19
17 . 3 Lançamento vertical para baixo 88) Uma pedra cai de uma ponte em um rio. Sa-
Seja um corpo lançado verticalmente para be-se que a pedra leva 1,8 s para atingir a água, e
baixo, no vácuo, com velocidade inial v0.
que g = 10 m/s2.

Observa-se que:
 Na descida a aceleração da gravidade é positi-
va, pois concorda com o sentido do positivo da a) Qual a velocidade com que a pedra atinge a
trajetória; água? R: 18 m/s
 Na descida o movimento é uniformemente ace- b) Qual a altura da ponte? R: s = 16, 2 m
lerado;
EXERCÍCIO DE VESTIBULAR
 Quando se diz que o corpo foi abandonado a
sua velocidade inicial é zero (v0 = 0). 89)(Mack-SP) Solta-se um corpo do alto de uma
torre de 80 m de altura. Desprezando a resistência
Exemplo: Um corpo é abandonado do alto de uma
do ar e adotando g = 10 m/s2, determine a veloci-
torre de 125 m de altura em relação ao solo.
dade do corpo ao atingir o solo. R: v = 40m/s
Desprezando a resistência do ar e admitindo
g = 10 m/s2, pede-se
a) a função s = f(t);
b) a função v = f(t);
c) o tempo gasto para atingir o solo;
d) a velocidade ao atingir o solo.
Resolução:
Adotaremos a trajetória para baixo: é um
MUV.

1
a) s = s0 + v0t + gt2
2
s0 = 0
com {v0 = 0
g = 10m/s 2
1
substituindo, temos: s = 0 + 0t + ∙ 10 ∙ t2 ⟹
2
⟹ s = 5t2
b) v = v0 +gt ⟹ v = 0 + 10t ⟹ v = 10t
c) no solo, s = 125 m
s = 5t2 ⟹ 125 = 5t2 ⟹ t2 = 25 ⟹ t = 5 s
d) V = ? quando t = 5 s
v = 10t ⟹ v = 10 ∙ 5 ⟹ v = 50 m/s
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
86) Se não houvesse atrito no ar qual seria a ve-
locidade com que chegaria ao solo uma gota de
chuva que cai de uma nuvem que está a 245 m de
altura? Adote g = 10 m/s2. R: v = 70m/s

87) Um corpo é abandonado de certa altura e


atinge o solo com uma velocidade de 80 m/s. De-
termine a altura de onde ele foi abandonado. Ad-
mita g = 10 m/s2. R: S = 320 m

20
Nunca deixe que lhe digam:
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos
Nunca vão dar certo
Ou que você nunca
Vai ser alguém...
Renato Russo

Apostila atualizada em 7/10/2018


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Referências
BONJORNO, J.R.; CLINTON, M.R. Física 1: Mecânica. São
Paulo: FTD, 1992, v.1.
BONJORNO, J.R.; BONJORNO, R.A.; BONJORNO, V.; RA-
MOS, C.M Temas de Física: Mecânica. São Paulo: FTD, 1997,
v.1.
Galileu Galilei Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei>. Acesso em 26
mai. 2018
21

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