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MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES INTERNADOS NA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA BRASILEIRA: UMA REVISÃO


DE LITERATURA.

MOBILIZE IN PATIENTS HOSPITALIZED EARLY OF INTENSIVE


CARE UNIT: LITERATURE REVIEW.
FERREIRA, Kátia da Silva¹ ; COSTA, Priscila Sousa ²; NEVES, Laura de Jesus³; FERREIRA,
Verusca de Matos4 ;
1
Fisioterapeuta, Pós-graduanda em Fisioterapia Hospitalar pela Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública (EBMSP).
2
Fisioterapeuta, Pós-graduanda em Fisioterapia Hospitalar pela EBMSP
3
Fisioterapeuta, Pós-graduanda em Fisioterapia Hospitalar pela EBMSP
4
Fisioterapeuta, Docente da EBMSP

RESUMO

Introdução: Atualmente, sabe-se que a imobilidade pode influenciar na recuperação de


doenças críticas devido às alterações sistêmicas associadas. A mobilização precoce (MP) é um
recurso terapêutico que deve ser utilizada em pacientes internados nas unidades de terapia
intensiva (UTIs). Estes exercícios têm como propósito manter e/ou ganhar amplitude de
movimento (ADM), alongamento muscular e trofismo, além de prevenir o tromboembolismo
e o declínio funcional. Objetivo: Elucidar a importância do estímulo precoce e identificar as
técnicas mais utilizadas nos protocolos de MP em pacientes internados nas UTIs do Brasil.
Métodos: Revisão de literatura com busca nas bases de dados eletrônicas Medline, Lilacs e
através das bibliotecas virtuais Scielo. Foram selecionados artigos em português, publicados
entre os anos de 2009 à 2016, que abordassem sobre a MP nos pacientes internados nas UTIs
brasileiras. Resultados: Por meio de busca eletrônica foram escolhidos 37 artigos, destes 17
foram selecionados para compor o presente estudo, pois abordavam os benefícios da MP e as
técnicas mais utilizadas nos pacientes ventilados. Considerações Finais: Conclui-se que o
protocolo de MP mais utilizado inclui alongamentos, exercícios passivos em membros,
estímulo a sedestração e ortostatismo em pacientes hemodinamicamente estáveis. Além disso,
pode-se comprovar que a MP é de extrema importância para prevenção do declínio funcional
e reabilitação dos pacientes internados nas UTIs.
PALAVRAS-CHAVE: mobilização precoce, unidade de terapia intensiva e ventilação
mecânica.
ABSTRACT
Introduction: Currently, it is known that immobility may influence the recovery of
critical illness due to associated systemic alterations. Early mobilization (MB) is a therapeutic
resource that should be used in patients hospitalized in intensive care units (UTIs). These
exercises are intended to maintain and / or gain range of motion, muscle stretching and
tropism and preventing thromboembolism and functional decline. Objective: Elucidating the
importance of early stimulation and identify the techniques most used in MP protocols in
patients hospitalized in ICUs in Brazil. Methods: Literature review with search in electronic
databases Medline, Lilacs and Scielo through virtual libraries. We selected articles in
Portuguese, published between the years 2009-2016, which addressed on the MB in patients
admitted in Brazilian UTIs. Results: Through electronic search were selected 40 articles, of
which 17 were selected to compose this study because addressed the benefits of MP and the
most used techniques in ventilated patients. Final considerations: We conclude that the most
used MP protocol includes stretching, passive exercises in members, sedestração stimulus and
upright in patients hemodynamically stable. Moreover, it can be proved that the MP is of
utmost importance for the prevention of functional decline and rehabilitation of patients
hospitalized in UTIs.
KEYWORDS: early mobilization, intensive therapy and mechanical ventilation unit.
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.

INTRODUÇÃO internamento do paciente na UTI e na

No passado, o repouso no leito era VM3,6.

frequentemente prescrito pela equipe Com o proposito de minimizar o tempo de

médica, pois acreditava-se que era internação, promover a recuperação e a

benéfico para a estabilização clínica do preservação da funcionalidade dos

paciente crítico. Atualmente, sabe-se que a pacientes à fisioterapia vem atuando de

imobilidade gera alterações sistêmicas as maneira satisfatória7. A utilização da

quais afetam os barorreceptores, podendo mobilização deve ser iniciada de maneira

levar o doente a hipotensão postural e precoce após a estabilização dos

taquicardia 1,2. parâmetros clínicos e hemodinâmicos8.

Nas últimas décadas, a unidade de terapia Os benefícios da estimulação precoce

intensiva (UTI) e a ventilação mecânica incluem a melhora da função respiratória,

(VM) sofreram grandes avanços o que nível de consciência, aumento da

resultou no aumento da sobrevida dos independência funcional, melhora da

pacientes enfermos3. Porém, a longa aptidão cardiovascular e aumento do bem-

permanência na UTI acarreta efeitos estar. Desta forma, acelera a recuperação

deletérios da imobilidade, com do paciente e atua diretamente no tempo de

consequente declínio funcional dos imobilização no leito que pode ser afetado

pacientes internados, além do aumento dos por diversos fatores, tais como: o quadro

custos assistenciais e redução da qualidade clínico, o motivo da internação, a

de vida4. Vale ressaltar que essas diversas administração de sedação e analgésicos5.

complicações podem perdurar por até No Brasil, a MP vem sendo utilizada

cinco anos após a alta5,6. através de intervenções terapêuticas

Há relato de perda de 4 a 5% da força simples, tais como exercícios passivos ou

muscular periférica por semana durante o ativos no leito, sedestração na beira do

período de imobilidade. A perda de força leito, ortostase, transferências,

atinge com maior incidência os músculos deambulação, exercícios respiratórios ou

respiratórios pelo uso do ventilador recursos fisioterapêuticos como o


3
mecânico3. Um dos fatores associados à Cicloergômetro . Os pacientes devem ser

imobilização prolongada é o monitorizados antes e após as atividades,

desenvolvimento da polineuropatia do deve ser observado o nível de consciência,

doente crítico que aumenta o tempo de as variáveis cardiovasculares (pressão


arterial e frequência cardíaca) e as
respiratórias (padrão muscular ventilatório,
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.

saturação periférica de oxigênio e originais que abordassem o tema proposto


frequência respiratória)4,5. como mobilização precoce, pacientes na
Apesar das implicações da imobilidade UTI e em VM. Foram excluídos artigos
serem descritas pela literatura, existe uma que não abordassem o assunto proposto.
carência de estudos que mostrem como a
mobilização precoce é realizada dentro das RESULTADO
UTIs brasileiras, além de uma carência de Somando-se todas as bases de dados foram
estudos que demostrem as restrições da encontrados 37 artigo. Após a leitura dos
realização das técnicas. Diante da resumos foram selecionados 17 artigos os
relevância em realizar estimulação durante quais preenchiam os critérios proposto
o internamento na UTI, este artigo tem sendo estes lidos na íntegra, conforme a
como objetivo elucidar a importância do tabela 1 em anexo. Foram excluídos os
estímulo precoce e identificar as técnicas demais sendo 12 por não abordarem o
mais utilizadas nos protocolos de MP em tema proposto, cinco por serem revisão de
pacientes internados nas UTIs do Brasil. literatura e três por serem relato de caso.

MATERIAIS E MÉTODOS
DISCUSSÃO
Trata-se de uma revisão sistemática, cuja
A MP é um recurso terapêutico que deve
abordagem do tema foi empreendida por
ser utilizada, precocemente em pacientes
meio de levantamento sistemático de
internados nas UTIs5,7,8. As técnicas
artigos científicos encontrados nas bases
utilizadas para realização da MP têm como
de dados Literatura Internacional em
propósito manter e/ou ganhar ADM,
Ciências da Saúde (Medline), Literatura
alongamento muscular e trofismo. Além de
Latino-Americana e do Caribe em Ciências
prevenir o tromboembolismo e o declínio
da Saúde (Lilacs) e na biblioteca virtual
funcional causado pelo imobilismo, que
Scientific Electronic Library Online
gera impacto nas atividades de vida diária
(Scielo), além da busca manual nas
(AVDs) pós-alta5.
referências dos artigos voltados ao tema.
Dantas et al3 ressaltam a relevância de
Todos publicados no período
associar um posicionamento adequado no
compreendido entre 2009 à 2016. Para
leito a MP. No entanto, Santos et al9 além
realização da busca foram utilizadas
de utilizar o posicionamento articular no
palavras chaves: mobilização precoce,
leito categorizou os exercícios mais
unidade de terapia intensiva e ventilação
utilizados pelos fisioterapeutas com o
mecânica. Foram incluídos artigos
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.

objetivo de desenvolver um instrumento de e aparelhos de monitorização. O tempo


MP, associando o alongamento muscular e médio gasto para as transferências durante
mobilização passiva de membros. a realização da técnica foi 16 ± 5 minutos,
A mobilização passiva vem sendo citada o tempo médio utilizado de permanência
em diversos trabalhos. Segundo Freitas et do paciente na prancha foi de 44 ± 15
4
al , a mobilização passiva de membros minutos. No entanto, Sibeline et al12
superiores e inferiores impacta, estabeleceu o tempo de intervenção no
principalmente, na frequência cardíaca equipamento de 15 minutos.
(FC) dos pacientes que recebem este tipo Soares et al12 corraboram com Carvalho et
de exercício mesmo estes estando sob o al13 para a retirada precoce do leito.
efeito de sedação na ventilação mecânica Carvalho et al13 realizaram em seu
(VM). Logo, Savi et al10corraboram com protocolo de fisioterapia convencional
Freitas et al quando aplicaram em seu recursos como trocas de decúbito a cada 2
trabalho um protocolo de MP semelhante, horas, alongamento estático de peitorais e
utilizando técnicas de movimentos isquiostibiais, mobilização passiva, ativo-
passivos de flexo-extensão dos quadris e assistidas e resistidas de membros a partir
joelhos, realizados durante 10 minutos com de diagonais funcionais/primitivas segundo
uma frequência de 30 movimentos por método de facilitação neuromuscular
minuto com movimentos cíclicos passivos proprioceptiva e, transferências evoluindo
dos membros. para marcha sem auxílio. Porém, Soares et
Feliciano et al11 em um ensaio clínico al 12
utizaram como critério no seu estudo
realizado em pacientes de ambos os para a retirada precoce do leito: sedestação
gêneros em VM, utilizou um protocolo de com membros inferiores (MMII)
MP. Neste foi incluída a mobilização pendentes, sedestação na poltrona, marcha
passiva, alongamento passivo, estacionária e deambulação.
posicionamento articular, exercício ativo- Martinez et al6 salientam em seu estudo
assistido, transferência de deitado para sobre os malefícios da modificação na
sentado e sentado para ortostase, postura angulação da cabeceira. Demonstra que as
ortostática, cicloergometria para membros diversas angulações afeta a mecânica do
inferiores e exercício contra-resistido. sistema respiratório de pacientes em VM.
Dois estudos trazem a utilização do Foi encontrado maior valor de pressão
ortostatismo na prancha ortostática. Souza resistiva na posição de 0° e da pressão
et al7 aplicou este recurso em pacientes elástica na posição de 60° em relação à
ventilados com uso de diversos apetrechos complacência dinâmica o maior valor
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.

obtido ocorreu na posição de 30° em Sobre a segurança da ultilização da


relação às outras angulações e a driving prancha ortostática Souza et al7 garante a
pressure apresentou elevação nas viabilidade da técnica em pacientes com
cabeceiras a 45° e 60. No entanto, acessos, aparelhos de monitorização, tubo
Carvalho et al13 em seu protocolo de orotraqueal, traqueostomia, sonda
fisioterapia convencional utilizou o nasoenteral, sonda vesical , dreno de tórax
posicionamento com elevação da cabeceira e sob ventilação mecânica, corrobando
a 30° sem fazer referência a outras com Sibeline et al14 que utilizaram a
angulações. mesma técnica e não observaram nenhuma
Todos os estudos corrobam que a MP traz alteração do nível de consciência e grau de
diversos benefícios para o paciente alerta nos pacientes críticos restritos ao
ventilado, dentre eles o que mais se leito.
destacou foi à redução do tempo de No entanto, Savi et al15 não realizaram o
internamento. Carvalho et al13 em seu ortostatismo em seus pacientes, devido ao
protocolo constatou melhor recuperação da nível de consciência. Relatam que todos
taxa de funcionalidade e menor tempo de estavam sob VM no modo controle por
internação na amostra estudada quando pressão, com um nível de pressão
submetida a um protocolo de MP. Dantas respiratória final positiva a infusão de
et al3 afirmam que a utilização da MP drogas sedativas e analgésicas em grau
facilita o desmame da VM e, máximo.
consequentemente, a saída mais rápida do Sobre a estabilização hemodinâmica
hospital. Também demonstra que a MP Santos et al16 sugere que os pacientes da
reduz o tempo de permanência na UTI, UTI iniciem o programa de MP assim que
acelerando o processo de recuperação. estáveis. Martinez et al6 e Savi et al10
A MP em pacientes hospitalizados concordam, porém alertam para a
possibilita uma melhor qualidade de vida influência de alguns exercícios de MP nas
aos pacientes11. Morris et al10 acrescenta condições hemodinâmicas e metabólicas
que há redução do tempo de internação e dos pacientes sedados dependentes de VM.
dos valores gastos pelos hospitais. Diante das diversas opiniões dos autores a
Os benefícios da MP também foi realçada MP é segura, eficaz e favorece a saída
na pesquisa de Sibinelli et al14, onde precoce do leito, assim como reduz o
constatou-se a melhora do volume corrente tempo de internação na UTI. Utilizando
(Vt), da capacidade vital (CV) e da pressão sempre como critério de segurança o
inspiratória máxima (PImáx).
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.

estado de cada paciente, observando o vez mais incentivado dentro do ambiente


nível de consciência e o grau de força. de terapia intensiva.

CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS:


A partir do debate dos estudos, foram
evidenciados diversos benefícios como 1. Brower, R.G. Consequences of bed
diminuição do tempo de internamento e rest. Critical Care Medicine, Baltimore,
melhora da funcionalidade, gerados pela v. 37, n. 10, p. 422-428, 2009.
MP em pacientes internados na UTI. 2. Korupolu, R.; GIFFORD, J.M.;
Salientou–se as intervenções mais NEEDHAM, D. Early Mobilization of
utilizadas nos Hospitais do Brasil como o Critically Ill Patients: Reducing
uso do cicloergômetro, mobilizações Neuromuscular Complications After
passivas e ativas, e como elas repercutem, Intensive Care. Contemporary Critical
clínica e hemodinamicamente, nos Care, Baltimore, v. 6, n. 9, 2009.
indivíduos hospitalizados. 3. Dantas CM, Silva PFS, Siqueira FHT,
Pinto RMF, Martins S, Maciel C,
Os protocolos de MP em pacientes
Oliveira MC, Albuquerque OCG,
internados na UTI apresentam como
Andreade FMD, Ramos FF, França
proposta de intervenção estratégias
EET. Influência da mobilização
similares. Todos refletem de forma
precoce na força muscular periférica e
positiva o uso da mobilização para a
respiratória em pacientes críticos. Rev.
reabilitação dos indivíduos internados, sem
Bras.Ter. Intensiva. 2012; 24(2): 173-
demonstrar grandes restrições para a
178. Mundy
realização das técnicas. Diante dos
4. Freitas ERFS, Bersi RSS, Kuromoto
resultados encontrados, conclui-se que as
MY, Slembarski SC, Sato APA,
técnicas precisam ser utilizadas no
Carvalho MQ. Efeitos da mobilização
momento certo, sendo necessário que
passiva nas respostas hemodinâmicas
sejam respeitados os critérios citados no
agudas em pacientes sob ventilação
levantamento da literatura.
mecânica. Rev. Bras.Ter. Intensiva.
Sugere-se que novos estudos sejam 2012; 24(1): 72-78.
realizados sobre as técnicas de
5. França EET, Ferrari F, Fernandes P,
mobilização, pois estas trazem benefícios
Cavalcanti R, Duarte A, Martinez BP,
aos pacientes e devem ter o seu uso cada
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.

Aquim EE, Damasceno MCP.- 10. Savi A, Maia CP, Dias AS, Teixeira C.
Fisioterapia em pacientes críticos Efeitos hemodinâmicos e metabólicos
adultos: recomendações do da movimentação passiva dos membros
Departamento de Fisioterapia da inferiores em pacientes sob ventilação
Associação de Medicina Intensiva mecânica. Rev. Bras. Ter. Intensiva.
Brasileira. Rev Bras TerIntensiva. 2010; 22(4): 315-320.
2012; 24(1): 6-22. 11. Feliciano VA, Albuquerque CG,
6. Martinez BP, Marques TI, Santos DR, Andrade FMD, Dantas CM, Lopez A,
Silva VS, Júnior BRN, Alves GAA, Ramos FF, Silva PFS, França EET.
Neto MG, Junior LAJ. Influência de Influência da mobilização precoce no
diferentes graus de elevação da tempo de internamento na Unidade de
cabeceira na mecânica respiratória de Terapia Intensiva. Assobrafir
pacientes ventilados mecanicamente. Ciência.2012 Ago;3(2):31-42.
Rev. Bras. Ter. Intensiva. 2015; 27(4): 12. Soares TR, Avena KM, Olivieri FM,
347-352. Feijó LF, Mendes KMB, Filho SAS,
7. Souza GDF, Albergaria TFS, Bomfim Gomes AMCG. Retirada do leito após
NV, Duarte ACM, Fraga HM, a descontinuação da ventilação
Martinez BP. Eventos adversos do mecânica: há repercussão na
ortostatismo passivo em pacientes mortalidade e no tempo de
críticos numa unidade de terapia permanência na unidade de terapia
intensiva. Assobrafir Ciência. 2014 intensiva? Rev. Bras. Ter. Intensiva.
Ago;5(2):25-33. 2010; 22(1): 27-32.
8. Farinatti PT, Soares PP, Monteiro WD, 13. Carvalho TG, Silva ALG, Santos ML,
Duarte AF, Castro LA.Cardivascular Schäfer J, Cunha LS, Santos LJ.
responses to passive static flexibility Relação entre saída precoce do leito na
exercises are influenced by the unidade de terapia intensiva e
stretched muscle mass and the Valsalva funcionalidade pós-alta: um estudo
maneuver.Clinics (São Paulo). piloto. RevEpidemiolControlInfect.
2011:66(3):459-64. 2013;3(3):82-86.
9. Santos PB, Faria LMA, Oliveira AA, 14. Sibinelli M, Maioral DC, Falcão ALE,
Queiroz RS. Desenvolvimento e pré- Kosour C, DragosavacD, Lima
teste de um instrumento de NMFV.Efeito imediato do ortostatismo
mobilização precoce. Rev. Saúde Com em pacientes internados na unidade de
2014; 10(3)289-298.
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.

terapia intensiva de adultos. RevBras Hospitalar Escola Bahiana de Medicina e


Ter Intensiva. 2012; 24(1): 64-70. Saúde Pública.
15. Savi A, Maia CP, Dias AS, Teixeira C.
Efeitos hemodinâmicos e metabólicos Priscila Costa : Graduada em Fisioterapia
da movimentação passiva dos membros pela Universidade Católica do Salvador
inferiores em pacientes sob ventilação Priscila Costa : Graduada em Fisioterapia
mecânica. Rev. Bras. Ter. Intensiva. pela Universidade Católica do Salvador
2010; 22(4): 315-320. (UCSAL), Pós graduando em Fisioterapia
16. Santos F, Mandelli PGB, Ostrowski Hospitalar Escola Bahiana de Medicina e
VRO, Tezza R, Dias JS. Relação entre Saúde Pública.
mobilização precoce e tempo de
internação em uma unidade de terapia Laura Neves: Graduada em Fisioterapia
intensiva. Revista Eletrônica Gestão & pela Universidade Católica do Salvador
Saúde. Vol.06, N°. 02, Ano 2015 p. (UCSAL), Pós graduando em Fisioterapia
1394-07. Hospitalar Escola Bahiana de Medicina e
17. Velloso M, Moreira R C M , Romanelli Saúde Pública.
MTC Mobilização precoce em
Verusca Ferreira: Especialista em
pacientes criticamentes doentes-
fisioterapia hospitalar pela: Escola Bahiana
Ensaio clinico aleotorizado
de Medicina e Saúde Pública, Graduada
.RevBrasFisioter. 2012;16(Supl 1): 234
em Fisioterapia pela Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública.
Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública – AV. Dom João VI, 275- Brotas,
CEP: 40.290- 000, Salvador – BA
(71) 3276-8200
katiaferreira.fisio@gmail.com;
priscilasousac@hotmail.com;
laura.fisio18@gmail.com;
verusca.ferreira@yahoo.com.br

Kátia Ferreira: Graduada em Fisioterapia


pela Universidade Católica do Salvador
(UCSAL), Pós graduando em Fisioterapia
Pós Graduação em Fisioterapia Hospitalar, 2016.
Tabela 1: Descrição das evidências científicas sobre a mobilização precoce em pacientes internados na unidade de terapia intensiva brasileira.

AUTOR/DATA TIPO DE ESTUDO OBJETIVO RESULTADOS CONCLUSÃO

Soares et al, 2010 Longitudinal Descrever a frequência de retirada do Foram estudados 91 pacientes com Os pacientes retirados do leito após a

leito em pacientes submetidos à média de idade de 62,5±18,8 anos, descontinuação da ventilação mecânica

ventilação mecânica e sua repercussão predomínio do gênero feminino apresentaram menor mortalidade.

na mortalidade e no tempo de (52%) e tempo de permanência na Sugere-se que, cada vez mais, seja es-

permanência na unidade de terapia unidade de terapia intensiva de 07 timulada a realização de mobilização

intensiva. dias (IC 95%, 8-13 dias). precoce e da retirada do leito na unidade

de terapia intensiva.

Savi et al, 2010 Randomizado Determinar se o movimento cíclico Todos os pacientes apresentaram Os movimentos cíclicos passivos dos

passivo dos membros inferiores aumenta aumento do consumo de oxigênio membros inferiores podem influenciar a

as variáveis hemodinâmicas e (VO2). O aumento do VO2 ocorreu condição hemodinâmica e metabólica de

metabólicas em pacientes sedados concomitantemente a uma queda na pacientes sedados dependentes de

dependentes de ventilação mecânica. saturação de oxigênio no sangue venoso ventilação mecânica.

(SvO2).

França et al, 2012 Qualitativo Para nortear as condutas Foi traçado recomendações com intuito Além destas recomendações específicas,
fisioterapêuticas nas unidades de terapia da prevenção e tratamento de outro aspecto importante foi a
consideração de que a prescrição e
intensiva, um grupo de especialistas atelectasias, condições respiratórias
execução de atividades, mobilizações e
reunidos pela Associação de Medicina relacionadas à remoção de secreção e exercícios físicos são do domínio
Intensiva Brasileira (AMIB), condições relacionadas a falta de específico do fisioterapeuta e o seu
diagnóstico deve preceder qualquer
desenvolveu recomendações mínimas condicionamento físico e declínio
intervenção.
aplicáveis à realidade brasileira. funcional foram as três áreas discutidas.
Tabela 1: continuação

Sibinelle et al, 2012 Observacional Analisar o nível de consciência, efeitos Não houve alteração do nível O ortostatismo passivo proporcionou

pulmonares e hemodinâmicos em neurológico. A frequência melhora do volume corrente, capacidade

pacientes intensivos durante a posição respiratória (f) e VE reduziram-se, vital, pressão inspiratória máxima e

ortostática. no entanto, essas alterações não aumento da frequência cardíaca e

foram estatisticamente significativas. pressão arterial média nos pacientes.

Dantas et al, 2012 Randomizado. Avaliar os efeitos de um protocolo de Para os valores de pressão inspiratória Houve ganho da força muscular

mobilização precoce na musculatura máxima foram encontrados ganhos inspiratória e periférica para a

periférica e respiratória de significativos. Porém, a pressão população estudada quando submetida a

pacientescríticos. expiratória máxima, o tempo de um protocolo de mobilização precoce e

ventilação mecânica, internamento na sistematizado.

UTI e internamento hospitalar não

apresentaram significância estatística.

Velloso et al, 2012 Quantitativo Avaliar a aplicabilidade de um Os pacientes do GT saíram do leito A mobilização precoce é segura, eficaz
protocolo de mobilização precoce para antes dos pacientes do GC 2,95(2,59) e favorece a saída precoce do leito,
assim como reduz o tempo de internação
favorecer a saída do leito de pacientes vs. 12,5(13,62) dias, respectivamente
na UTI.
internados na UTI. (p=0,000, IC95% 5,39-13,74). Para os

pacientes do GT, o tempo de estada na

UTI foi de 9,45(8,53) vs 12,85(13,66)

dias do GC (p=1,00).
Tabela 1: continuação

Freitas et al, 2012 Quantitativa e observacional. Avaliar as respostas hemodinâmicas A mobilização passiva de membros Os resultados sugerem que a

agudas da mobilização passiva de inferiores e de membros superiores mobilização passiva de membros

pacientes sob ventilação mecânica. provocou aumento da frequência inferiores e superiores em pacientes

cardíaca, do duplo produto e do sedados sob ventilação mecânica

consumo ou captação de oxigênio pelo influência de forma segura nos efeitos

miocárdio com diferença hemodinâmicos agudos, particularmente

estatisticamente significante. Entretanto na frequência cardíaca, porém sem

a PAM não apresentou diferença . alterar significativamente a PAM.

Feliciano et al, 2012 Randomizado. Avaliar a eficácia de um protocolo de Os pacientes do protocolo de Para população estudada de pacientes

mobilização precoce no tempo de mobilização ficaram um tempo mais críticos não houve redução no tempo de

estadia na unidade de terapia intensiva curto na UTI do que aqueles que não internamento na UTI. No entanto, esses

(UTI). entraram no protocolo de mobilização mesmos pacientes evoluíram com

(19,86 ± 11,67 e 21,43 ± 17,14, melhora da força muscular inspiratória e

respectivamente), porém sem diferença com o nível cinco de funcionalidade.

significativa (p =0,77).

Carvalho et al, 2013 Randomizado. Avaliar a funcionalidade e O grupo intervenção (n=4) Houve menor perda e melhor

independência de pacientes que apresentou menor perda da recuperação da taxa de funcionalidade

realizaram a saída do leito funcionalidade após a alta da UTI, na amostra estudada quando submetida

precocemente na Unidade de Terapia com déficit de 19%, tendo a um protocolo de mobilização precoce

Intensiva. recuperado até a alta hospitalar e sistematizado, bem como menor

97% da medida pré hospitalização, tempo de internação.

o grupo controle (n=5) apresentou

maior perda na UTI com 47,6%.,


Tabela 1: continuação

Junior, Martinez &Neto, 2014 Prospectivo e longitudinal. Aferir a amplitude de movimento A amostra foi composta por 22 Houve uma tendência de decréscimo nas

articular de pacientes graves durante o indivíduos, com idade média de amplitudes de movimento de grandes

internamento numa unidade de cuidados 53,5±17,6 anos, tempo de articulações, como tornozelo, joelho e

intensivos. internamento na unidade de cotovelo, durante o internamento em

cuidados intensivos de 13,0±6,0 e unidade de cuidados intensivos.

de ventilação mecânica de 12,0±6,3

dias.

Souza et al, 2014 Transversal Verificar a frequência e caracterizar os Dentre as 57 intervenções de ortostase, A frequência de eventos adversos foi

eventos adversos durante a utilização da houve apenas 1,7% de eventos adversos, pequena, durante o ortostatismo passivo,

prancha ortostática em doentes críticos devido perda de dispositivo (sonda e tiveram uma baixa complexidade, já

em uma UTI nasoenteral). Vinte e oito por cento das que não necessitou de intervenções

intervenções foram interrompidas por médicas adicionais para reversão.

alterações dos parâmetrosfisiológicos,

além dos limites considerados seguros.

Santos et al, 2014 Transversal. Desenvolver e aplicar um instrumento Dentre os exercícios terapêuticos que É possível que um número maior de

para verificar a relação feita pelos compõe as etapas de MP, os que são participantes tivesse favorecido a uma

fisioterapeutas intensivistas entre o grau mais realizados pelos profissionais melhor análise do instrumento aplicado.

de interação dos pacientes com a fisioterapeutas são os, alongamentos, Sugere-se a aplicação deste instrumento

prescrição dos exercícios terapêuticos mobilização passiva de membros e o em outra população de características

descrevendo as etapas de um projeto- posicionamento articular, sendo citadas similares para posterior análise.

piloto do tipo pré-teste. em todas as quatro etapas.


Tabela 1: continuação

Santos et al, 2015 Descritivo O presente trabalho tem como objetivo Das variáveis analisadas, a variável que Mesmo sem terem sido considerados outros

identificar a relação de relevância dos representa a mensuração da força muscular fatores que interferem no tempo de

procedimentos de Mobilização Precoce do Membro Superior Direito (MSD) e internação como o tipo de doença,

realizados por fisioterapeutas na UTI para o Membro Superior Esquerdo (MSE), é o reinternação na UTI e utilização ou não de

tempo de internação desses pacientes. item com maior significância. ventilação mecânica, dentre outros, os

Trata-se de uma pesquisa resultados da pesquisa são considerados

positivos.

Martinez et al, 2015 Prospectivofisiológico Avaliar a mecânica respiratória em Quando comparamos os 35 pacientes A complacência dinâmica apresentou maior

diferentes angulações da cabeceira em avaliados, os valores da pressão valor na posição a 30° em relação às outras

pacientes internados na unidade de terapia resistiva das vias aéreas na posição a angulações, sendo que a posição de maior

intensiva sob ventilação mecânica. 0° foram superiores em relação às oxigenação foi a 0°.

angulações mais elevadas. Já na aná-

lise da pressão elástica, a posição a

60° apresentou o maior valor em

relação às outras posições.

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