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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)........................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS............................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
MANEJO CLÍNICO.................................................................................................................. 25
CAPÍTULO 3
TRANSPLANTE.......................................................................................................................... 42
UNIDADE II
TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)............................................................................... 47
CAPÍTULO 1
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS.................................................................................................... 47
CAPÍTULO 2
PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR........................................................................................ 65
UNIDADE III
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE......................................................................................... 70
CAPÍTULO 1
PERFIL DO DRC EM HOME CARE.......................................................................................... 70
CAPÍTULO 2
CUIDADOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM NA DRC............................................................... 75
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 92
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Doença Renal Crônica (DRC) é o termo utilizado para qualquer alteração heterogênea
que afeta tanto a estrutura, quanto a função renal. Existem múltiplas causas e múltiplos
fatores de prognóstico.
Figura 1.
Trata-se de uma doença de curso prolongado, sendo que o tempo de sua evolução é
demorada e assintomática.
Existem diversos fatores relacionados tanto à etiologia quanto à progressão para perda
de função renal, logo, cabe o reconhecimento de quais são as pesoas que podem estar
em risco de desenvolver a DRC, assim pode-se fazer um diagnóstico precoce, identificar
quais os fatores de pior prognóstico, definindo e intervindo em quais deles podem ser
associados à progressão para perda de função renal.
Essa doença é classificada como Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), também
está relacionada a doença cardiovascular (DCV) pelos fatores de risco tradicionais como
hipertensão e diabetes que esses doentes apresentam.
A doença renal crônica (DRC) vem sendo descrita como um dos principais determinantes
de risco de eventos cardiovasculares. Se por um lado a DRC está associada à DCV, e pode
ser um importante fator de prognóstico, a morbidade e a mortalidade cardiovascular
entre os pacientes com DRC é bastante elevada.
Por isso, a DRC é considerada um problema de saúde pública, estima-se que cerca de
2 milhões de pessoas são afetadas por essa doença, o que eleva os custos hospitalares,
domiciliares e para a sociedade.
7
Neste contexto, a assistência domiciliar para esse tipo de patologia tem aumentando
no Brasil, visto que os pacientes evoluem cronicamente necessitando de algum tipo
de Terapia Renal Substitutiva (TRS) como: hemodiálise, diálise peritoneal e mesmo o
transplante renal, portanto, a atenção de enfermagem é fundamental nesta área.
Objetivos
»» Compreender o contexto do Paciente Renal Crônico (DRC) e seus
cuidados domiciliares.
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DOENÇA RENAL UNIDADE I
CRÔNICA (DRC)
CAPÍTULO 1
Conceitos básicos
Figura 2.
A Doença Renal (DR) ou Insuficiência Renal (IR) é definida quando os rins não
conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo ou realizar as funções
reguladoras.
Pode ser aguda ou crônica; é uma patologia de repercussão sistêmica e pode ser causada
por uma doença sistêmica, como o diabetes, hipertensão arterial, glomerulonefrite,
pielonefrite, bem como obstrução do trato urinário, problemas renais hereditários
(rim policístico, distúrbios vasculares) e até por intoxicações medicamentosas ou por
agentes tóxicos.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
No caso da Doença Renal Aguda, trata-se da perda súbita e/ou quase completa da função
renal durante um período de horas a dias. A condição clínica mais comum nesses casos
é a súbita oligúria (menos de 400 ml de urina por dia) ou anúria (menos de 50 ml de
urina por dia) e/ou uma oscilação significativa no débito urinário. Independente do
volume de urina excretado, o paciente com insuficiência renal aguda apresenta níveis
séricos crescentes de ureia e creatinina e retenção de outros produtos metabólicos
normalmente excretados pelos rins.
Figura 3.
Fonte: <http://saude.culturamix.com/blog/wp-content/uploads/2011/04/diferenca-entre-insuficiencia-renal-aguda-e-cronica.
jpg>. Acesso em: 27/5/2016.
Fonte: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=azotemia>. Acesso em: 27/5/2016.
<http://www.saudemedicina.com/tratamento-natural-para-ureia/>
<https://www.youtube.com/watch?v=J11yDlMpQ90>
<https://www.youtube.com/watch?v=ukLwwuzTc40>
<https://www.youtube.com/watch?v=Ff6QzD1dg5c>
10
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
»» Produção de hormônios.
Os rins são fundamentais na regulação do meio interno, em que estão imersas as células
de todos os órgãos.
Dentre os principais mecanismos por meio dos quais os rins exercem as suas funções
são:
»» filtração glomerular;
»» reabsorção tubular;
»» secreção tubular.
<https://www.youtube.com/watch?v=qiadHaP5FIY>.
<https://www.youtube.com/watch?v=u6UQ_8Oo9EM&list=PLvyUgRTnouCNf
7w-ro9u7QbGsICEe4-nI>.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 4.
Os rins são envolvidos por uma cápsula fibrosa que ao nível do hilo renal se deixa
atravessar pela artéria renal, a veia renal e a pelve coletora que se continua com o ureter.
O néfron representa a menor unidade do rim; cada néfron é capaz de filtrar e formar a
urina independentemente dos demais. A função renal pode, portanto, ser compreendida
estudando-se a função de um único néfron. Existem aproximadamente 1.200.000
néfrons em cada rim, que funcionam alternadamente, conforme as necessidades do
organismo a cada momento. O néfron é constituído basicamente por um glomérulo e
um longo túbulo que desemboca nos tubos coletores de urina.
A função do Néfron
12
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
Figura 5.
13
UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Filtração Glomerular
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Envolvendo cada glomérulo existe uma cápsula, chamada cápsula de Bowman, que se
continua com o túbulo proximal.
Do túbulo proximal, o líquido penetra na alça de Henle, que tem uma porção com
parede muito fina, chamada segmento fino da alça de Henle.
Da alça de Henle, o líquido penetra no túbulo distal que se insere num canal coletor,
juntamente com os túbulos distais de diversos outros glomérulos.
Figura 6.
O canal coletor acumula a urina proveniente de vários néfrons e se lança na pelve renal.
As artérias renais são ramos da aorta abdominal. Ao penetrar no hilo do rim, a artéria
renal dá origem a diversos ramos, chamados ramos interlobares, que mergulham na
profundidade do parênquima renal.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
emaranha com os túbulos proximais e distais do sistema coletor. Outros vasos emergem
da arteríola eferente e se dirigem às regiões que circundam as alças tubulares e são
conhecidos como vasos retos, que após formarem as alças na medula renal, se lançam
nas veias.
Figura 7.
Existem diversas formas de aferir as funções renais, mas, do ponto de vista clínico, a
função excretora é aquela que tem maior correlação com os desfechos clínicos.
Todas as funções renais costumam declinar de forma paralela com a sua função
excretora.
Na prática clínica, a função excretora renal pode ser medida pela Taxa de Filtração
Glomerular (TFG).
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
A National Kidney Foundation sugere que todas as pessoas conheçam sua taxa
de filtração glomerular. Recomenda-se que os resultados sejam interpretados
com base no quadro a seguir.
Quadro 1.
GRAU DE LESÃO
DESCRIÇÃO TFG* OUTROS ACHADOS
RENAL
1 Normal ou lesão renal mínima com TFG 90 ou mais. Proteínas ou albumina aumentadas na urina; presença de
normal. células ou cilindros.
2 Pequena diminuição da TFG. 60-89.
3 Diminuição moderada da TFG. 30-59.
4 Diminuição grave da TFG. 15-29.
5 Insuficiência renal. <15.
Fonte: <http://www.labtestsonline.org.br/understanding/analytes/gfr/tab/test/>. Acesso em: 30/5/2016.
»» TFG alterada.
É portador de DRC qualquer indivíduo que, independente da causa, apresente por pelo
menos três meses consecutivos uma TFG < 60ml/min/1,73m2.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
›› Rins policísticos.
Figura 8.
Figura 9.
Figura 10.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 11.
Figura 12.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
»» Hipertensos.
»» Idosos.
»» Tabagismo.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
»» Tabagismo.
O Diagnóstico
Figura 13.
Fonte: <http://www.webconsultas.com/sites/default/files/styles/encabezado_articulo/public/articulos/diagnostico-insuficiencia-
renal.jpg?itok=K3VSBElL>. Acesso em: 30/5/2016.
Inicia-se pela clínica, ou seja, sinais e sintomas. Os sinais de doença renal aparecem
gradualmente e podem nem notar o início. Porém, quando a função renal já está
comprometida, inferior a 50%, podem aparecer os sinais e sintomas:
»» Falta de ar.
»» Dificuldades em dormir.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
»» Hipertensão.
Para diagnosticar um paciente com DRC, faz-se necessário investigar dos exames
laboratoriais (elevação dos níveis de creatinina e ureia no sangue); albuminúria,
proteinúria, urina de 24h no intuito de analisar a Taxa de Filtração Glomerular e os
exames de imagem como ultrassom rins e vias urinárias, Raio X, no qual a evidência da
existência de rins pequenos e com perda de diferenciação cortico-medular na ecografia
renal são sinais sugestivos da doença. Lembrar que: presença de rins assimétricos
podem ser causa de agenesia renal, pielonefrite crônica e nefropatia isquémica por
estenose da artéria renal unilateral.
A presença de anemia pode ajudar a distingui-la de uma insuficiência renal aguda, embora
algumas causas desta possam cursar com anemia. A presença de hiperparatiroidismo é
outra marca de cronicidade de uma insuficiência renal.
Para a avaliação da TFG, deve-se evitar o uso da depuração de creatinina medida pela
coleta de urina de 24 horas, pelo potencial de erro de coleta, além dos inconvenientes
da coleta temporal. Deve-se utilizar fórmulas baseadas na creatinina sérica.
A sua avaliação pelo método clássico carece de uma colheita de urina de 24 horas,
sendo, por isso, sujeito a erros, pelo que atualmente são mais utilizadas fórmulas
validadas, sendo as mais importantes as de Cockcroft-Gault, cuja utilização se faz com
uma simples máquina de calcular e a MDRD, mais complexa.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Quadro 2.
Classificação da RAC
Categoria RAC (mg/g)
Normal < 30
Microalbuminúria 30 – 300
Nos indivíduos com fatores de risco nos quais a DRC não foi identificada na primeira
avaliação, recomenda-se a reavaliação da TFG e dos exames laboratoriais anualmente.
<https://www.youtube.com/watch?v=32GbHGBC4gw>.
24
CAPÍTULO 2
Manejo clínico
Figura 14.
Nos pacientes com doença renal crônica, o estágio da doença deve ser determinado com
base no nível de função renal, independentemente do diagnóstico.
Figura 15.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 16.
A Doença Renal Crônica é dividida em seis estágios funcionais, conforme a função renal
do paciente.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 17.
30/5/2016.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
Figura 18.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-iXndhNpUfsM/VitdbiH9GGI/AAAAAAAACC4/YU448BFcCKM/s1600/prescription_drugs1.jpg>.
Acesso em: 30/5/2016.
Recomendações – Estágio 1
»» Abandono do tabagismo.
Figura 19.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 20.
Recomendações – Estágio 2
As mesmas do Estágio 1.
»» Abandono do tabagismo.
Atentar-se as alterações clínicas como: RAC acima de 1 g/g, se não diabético, e perda
de 30% de TFG com Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) ou
Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina (BRA).
Deverá ser realizada sorologia para hepatite B (AgHbs, Anti-HBc IgG e Anti-HBs) no
início do acompanhamento.
Figura 21.
Recomendações – Estágio 3A
»» Abandono do tabagismo.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 22.
A avaliação da TFG, do EAS, RAC e da dosagem de potássio sérico deverá ser realizada
semestralmente. Os demais exames deverão ser realizados anualmente como cálcio,
fósforo, PTH e Proteínas totais e frações, em pacientes com diagnóstico de anemia (Hb
<13g/Dl, para homens e Hb<12, para mulheres), hematócrito e hemoglobina, ferritina
e índice de saturação de transferrina (IST).
Figura 23.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-dezVWaGt_GM/UaaJXTQFnoI/AAAAAAAACrk/DRPwHhlQbXs/s1600/RIM+NA+NEFROPATIA+DIAB
%C3%89TICA.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
Recomendações – Estágio 3B
Nos casos de hemodiálise, deverá ser feita a fístula arteriovenosa quando a TFG for
menor do que 20 ml/min. Em casos de diálise peritoneal, deverá ser feito treinamento
pela equipe multidisciplinar. Será discutido no capítulo de indicações terapêuticas
desta apostila.
Recomendações – Estágio 4
»» Abandono do tabagismo.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Acredita-se que a acidose seja o principal fator responsável pelo coma, visto que
a acidose causada por outras condições também resulta em coma.
O paciente com DRC grave quase sempre desenvolve anemia grave, a causa mais
provável dessa anemia é o fato de, em condições normais, os rins secretarem
a eritropoetina que estimula a medula óssea a produzir eritrócitos. Assim, se
os rins estiverem gravemente lesados, serão incapazes de formar quantidades
adequadas de eritropoetina, do que resulta diminuição da produção de
eritrócitos, com consequente desenvolvimento de anemia.
<https://www.youtube.com/watch?v=SQweQ9q5bhw>.
<https://www.youtube.com/watch?v=_f2o-T6o5zA>.
<https://www.youtube.com/watch?v=qrZANwbxwDE>.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
Nesse estágio, deverá ser realizado o treinamento e preparo para a modalidade de TRS
escolhida pelo paciente, por uma equipe multiprofissional da atenção especializada.
Deverá ser realizada sorologia para hepatite B (AgHbs, Anti-HBc IgG e Anti-HBs) no
início do acompanhamento.
Figura 24.
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
»» Estágio 5-D (em diálise) – deve-se indicar TRS para pacientes com TFG
inferior a 10 mL/min/1,73m2.
Deve-se destacar que menos de 10% dos pacientes terá contraindicação para realizar
a diálise peritoneal. Entretanto, para os casos indicados, cabe uma visita domiciliar
prévia para avaliar condições de higiene e demais ambientais que podem ocasionar
risco de infecção.
Figura 25.
Em pacientes diabéticos e com idade inferior à 18 anos, pode-se indicar o início da TRS,
quando a TFG for menor do que 15 mL/min/1,73m2.
Figura 26.
Fonte:<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/atm_racional/modulo4/image/hemodialise.jpg>.
Acesso em: 30/5/2016.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
Figura 27.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-6Uw-EIfhsPU/UhwTVG3FcXI/AAAAAAAADgQ/c-AwAhWkA7c/s1600/Exame-Beta-HCG+(1).jpg>
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UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 28.
Figura 29.
38
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
Figura 30.
Figura 31.
39
UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Quando houver elevação de TGP, deve-se solicitar: AntiHBc IgM, HbsAg e AntiHCV.
Figura 32.
»» Abandono do tabagismo.
40
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 3
Transplante
Figura 33.
É um tratamento para pessoas com insuficiência renal crônica, que consiste na realização
de uma cirurgia na qual um rim saudável de um doador é colocado na pessoa (receptor)
com insuficiência renal crônica. O transplante é um tratamento, não é uma cura.
Para além de, por meios naturais, regular o metabolismo de diversas substâncias (água,
sódio, potássio etc.) e de eliminar outras que são tóxicas, também produz hormônios
que regulam funções designadamente, entre outras, as que promovem a formação dos
glóbulos vermelhos do sangue e as que regulam regeneração dos ossos.
Por isso, e por permitir que o doente se liberte de algumas das restrições impostas
pela diálise, a transplantação renal é a modalidade terapêutica que faculta uma melhor
qualidade de vida e uma maior esperança de vida.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
Nem todos os doentes renais são candidatos aptos para transplante renal. Existem
certas condições clínicas que não permitem a realização de um transplante.
O tempo de espera para um transplante varia. Antes do transplante são realizados testes
especiais ao sangue para determinar a compatibilidade do rim. Mesmo que tenha um
parente que lhe deseje doar um rim, o rim pode não ser compatível.
Pós-transplante
43
UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 34.
Ao fim de algumas horas, começará a urinar e para isso irá permanecer uma sonda vesical
durante alguns dias. Em raras circunstâncias, pode mesmo não chegar a funcionar.
Poderá precisar de alguma diálise enquanto espera que o rim transplantado comece
a funcionar corretamente.
As primeiras horas são as mais importantes na evolução
do rim.
Estes medicamentos podem ter efeitos adversos indesejáveis – os mais comum são a
fragilização do sistema imunitário (menor capacidade de combater infeções, aumento
de peso, hipertensão, aumento do colesterol.
Figura 35.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-hJXO3z-EZ4Y/UUXFqB08Y0I/AAAAAAAAAb8/9FkU8RSyBJg/s1600/Transplante_Renal_16.jpg>.
Acesso em: 1/6/2016.
44
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE I
O período de hospitalização é de uma ou duas semanas. Após a alta, terá que voltar
regularmente à unidade de transplante para consultas de acompanhamento é de uma
ou duas semanas.
Fonte: <http://www.portaldadialise.com/portal/o-que-e-o-transplante-renal>.
Perda do transplante
Figura 36.
Alguns pacientes permanecem com os rins transplantados funcionando por vários anos
(mais de 10 anos), mas em alguns casos o tempo de duração de funcionamento do órgão
não é tão longa.
»» Rejeição crônica.
»» Recidiva de glomerulopatias.
»» Glomerulopatia do transplante.
45
UNIDADE I │ DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
46
TRATAMENTO DA
DOENÇA RENAL UNIDADE II
CRÔNICA (DRC)
CAPÍTULO 1
Indicações terapêuticas
Figura 37.
Existem as Terapias Renais Substitutivas (TRS) que auxiliam nesse gerenciamento; são
os tratamentos que exercem as funções dos rins que, quando doentes, não conseguem
mais executar.
»» Transplante renal.
»» Diálise peritoneal:
47
UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
»» Hemoperfusão.
»» Hemodiálise.
Figura 39.
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TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
Diálise peritoneal
Indicações:
É o processo pelo qual instala-se (por meio de métodos cirúrgicos adequados) um cateter
no peritônio do paciente, penetrando-o. Neste, injetam-se 2 (dois) litros de uma solução
dialisadora especial, contendo glicose, lactato de sódio, cloreto de sódio e de cálcio,
bicarbonato de sódio etc. Estes solutos contidos na solução dialisadora, normalmente,
se encontram nas mesmas concentrações de um sangue normal; entretanto, quanto
maior a concentração de sódio (obviamente, dentro de um limite fisiológico) maior será
o grau de depuração.
49
UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Esta variação na concentração de sódio contido nas soluções é importante para adequar
e suprir o grau de necessidade do paciente, quando por exemplo, o mesmo permanece
por muito tempo sem fazer a diálise ou escapa da sua dieta adequada pré determinada.
Como as partículas coloidais não “saem” da membrana, o fluxo de sangue que a atravessa
é filtrado de modo que as impurezas solúveis no líquido são “purificadas”. Então, ao
término do processo, retira-se do peritônio a solução que havia sido injetada através do
mesmo cateter.
Tipos de diálise
Cuidados
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TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
Para que isto não aconteça, faz-se necessário o perfeito cuidado do profissional
(geralmente o enfermeiro) que realiza os procedimentos de troca de compartimentos
plásticos etc.
Quadro 3.
Hemodiálise (HD)
Figura 40.
51
UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
É o tratamento dialítico que consiste, na remoção das escórias sanguíneas por meio de
uma via de acesso vascular e uma membrana dialisadora artificial.
Figura 41.
O procedimento ocorre, em geral, três vezes por semana, durante quatro horas cada
sessão.
Indicações:
Diversas alterações funcionais e orgânicas dos rins tem sido detectadas em relação à
circulação extracorpórea. Esta pode afetar a função renal por diversos mecanismos, tais
como:
52
TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
»» Hemólise e hemoglobinúria.
53
UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
A proteção da hipotermia é menos eficaz para os rins, em relação aos demais órgãos.
A vasoconstrição renal é precoce e ocorre antes que o órgão esteja uniformemente
resfriado. Além da vasoconstrição, a hipotermia produz o aumento da viscosidade do
sangue, que favorece a aglutinação intravascular que, contudo, pode ser minimizada
pelo uso criterioso da hemodiluição.
54
TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
Vias de acesso
As vias de acesso utilizadas em hemodiálise são: Catéter Duplo Lúmen (CDL), permcath,
fístula arteriovenosa e próteses.
›› Fístula Arteriovenosa.
›› P.T.F.E. – Teflon.
Figura 42.
55
UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 43.
Politetrafluoretileno (P.T.F.E. )
Figura 44.
56
TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
Figura 45.
»» Imediatas:
›› hematomas;
›› sangramento;
›› pneumotorax;
›› hemotorax.
»» Tardias
›› infecção;
57
UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
›› exteriorização;
›› dobras ou quebras;
›› obstrução.
Complicações hemodinâmicas
»» Ruptura intravascular.
»» Trombose.
»» Bacteriemia.
»» Sepsis.
»» Embolia gasosa.
»» Hematoma.
»» Sangramento.
»» Hiperemia.
»» Flebite.
»» Tromboflebite.
»» Aneurisma.
Complicações gerais
»» De ordem técnica.
»» Reação de hipersensibilidade.
»» Hemólise.
»» Coagulação do sistema.
»» Calafrios/tremores/febre.
»» Embolia gasosa.
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TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
De ordem metabólica
»» Hipertensão arterial.
»» Caimbras.
Para melhor escolha da TRS, cabe ao profissional junto com o paciente e a família,
pensar em algumas questões como:
Embora todas as opções de terapia enteral e parenteral possam ser indicadas, o reforço
da alimentação convencional via oral e, quando necessário, o uso de suplementos,
parecem ser as opções mais efetivas e bem toleradas para a prevenção e a recuperação
nutricional dos pacientes em HD.
Essa cadeia é acompanhada por aumento no gasto de energia durante e até duas horas
após a sessão de diálise.
Recomendações
A avaliação global subjetiva (AGS), que associa dados da história e do exame físico, tem
se destacado por apresentar bom poder de prognóstico, ser simples e apresentar baixo
custo. Recentemente, a AGS modificada de sete pontos foi validada para pacientes em
HD crônica.
Outro sistema modificado da AGS tradicional, mas que adiciona medidas antropométricas
e testes laboratoriais, é o Escore de Desnutrição Inflamação (Malnutrition-Inflammation
Score: MIS).
Nos testes laboratoriais, destaca-se a albumina sérica, devendo ser usada com cautela
para essa finalidade, uma vez que a DRC e o procedimento dialítico per se podem
desencadear processo inflamatório subclínico. Porém, independente da causa, os
valores reduzidos de albumina plasmática merecem atenção por se associarem com
piora das taxas de mortalidade.
A ureia e a creatinina séricas baixas podem refletir ingestão proteica deficiente, sendo
que a concentração sérica baixa de creatinina pode refletir massa muscular reduzida.
O equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio (PNA) pode ser calculado para
avaliar a ingestão proteica.
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UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Não existe um marcador único capaz de avaliar o estado nutricional do paciente em HD.
Portanto, recomenda-se a aplicação de um conjunto de métodos, que inclui a história
global e alimentar, o exame físico detalhado, as medidas antropométricas e os testes
bioquímicos, para se chegar ao diagnóstico nutricional adequado.
»» Melhorar o prognóstico.
Pacientes com volume urinário igual ou maior que 1.000 mL/dia, em geral, não
necessitam de restrição de potássio na dieta. Os níveis séricos de potássio e o
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TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Recomendação
Pacientes em HD necessitam de dietas hiperproteicas, normocalóricas e restritas
em líquido, sódio, potássio e fósforo. Devido às perdas significativas durante
o procedimento hemodialítico, existe indicação de suplementação diária de
vitaminas hidrossolúveis para pacientes em HD. Com a exceção da vitamina D, a
suplementação de vitaminas lipossolúveis não é recomendada, particularmente
de vitamina A, que pode se acumular no organismo.
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CAPÍTULO 2
Papel da equipe multidisciplinar
Figura 46.
As pessoas com DRC devem ser acompanhadas por uma equipe multiprofissional, para
orientações e educação como:
»» avaliação nutricional;
Os doentes renais crônicos são vistos pela equipe multidisciplinar de saúde como
rebeldes e não aderentes ao tratamento, por isso, a atenção deve ser redobrada, a falta
de aderência ao tratamento pode ser devido a dificuldade de aceitação e enfrentamento
da doença.
Outro fator que exerce influencia na forma como as pessoas vivenciam a experiência
de estar doente é a autonomia, pois como já demonstrado a doença aumenta o número
de dias em afastamento do trabalho, é responsável pelo isolamento social deixando de
realizar atividades antes comuns como sair com amigos, frequentar igreja reduzindo
gradualmente a sua interação social criando um sentimento de suporte reduzido que
poderá afetar negativamente a sua saúde.
Isto é uma realidade vivenciada na prática clínica dos pacientes renais crônicos quando
convidados a participar do tratamento e estimulados ao autocuidado por meio da
educação para saúde experimentam a sensação de maior autonomia, fato que pode
colaborar com o sucesso do tratamento.
Figura 47.
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TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
É necessário trazer o doente renal crônico próximo, pois este sofre alterações em sua
rotina justamente por necessitar realizar seu tratamento, necessitando do suporte
formal de atenção à saúde, vivendo dependente da máquina, da equipe multidisciplinar
de saúde e do suporte informal para ter o seu cuidado.
As reações do doente proveem do contexto social, cultural além de suas crenças e valores
em que este está inserido. O apoio psicoterápico, seja de forma individual ou coletiva, a
paciente sozinho ou com a família, além do suporte informal são fundamentais e devem
ser utilizados como estratégias para o enfrentamento da doença.
Este apoio social pode ajudar a prevenir, minimizar ou ser utilizado pelo doente renal
como uma forma de defesa emocional contra as repercussões negativas durante o
decorrer do tratamento e declínio das funções físicas ao longo da doença.
Figura 48.
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UNIDADE II │ TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
Figura 49.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-rx2aVs6nw9k/UeMi0KD5tsI/AAAAAAAAAD4/mtifURNxWr8/s1600/piramide-alimentar-tradicional-
1277245417585_540x420.jpg>. Acesso em: 1/6/2016.
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TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) │ UNIDADE II
Figura 50.
Deste modo é que se pretende contribuir para uma assistência mais humanizada ao
doente renal crônico, estimulando a participação dos familiares ou até mesmo do seu
grupo social no tratamento do paciente para que assim este não se sinta isolado.
Figura 51.
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DOENÇA RENAL
CRÔNICA E UNIDADE III
HOME CARE
CAPÍTULO 1
Perfil do DRC em Home Care
Figura 52.
O doente renal crônico sofre uma intensa transformação no seu cotidiano, passa a ter
que conviver com limitações e constantemente com o pensamento da morte iminente,
70
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE │ UNIDADE III
Como as duas principais causas de insuficiência renal crônica são a hipertensão arterial
e o diabetes mellitus, são os médicos clínicos gerais que trabalham na área de atenção
básica à saúde que cuidam destes pacientes.
Figura 53.
Há diminuição no nível de qualidade de vida dos doentes com insuficiência renal crônica
terminal e, quando comparada com outras doenças crônicas o comprometimento da
qualidade de vida, é mais intenso nos doentes renais crônicos do que na insuficiência
cardíaca, por exemplo.
Figura 54.
71
UNIDADE III │ DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
As atenções quanto o tratamento das pessoas com doença renal crônica se voltaram
para a questão da qualidade de vida do doente. Isto seria possível por meio do estado
de bem-estar físico e mental, resultante da recuperação da autonomia do paciente, das
atividades de trabalho e lazer, da preservação da esperança e do senso de utilidade
destes indivíduos.
A gestão do cuidado em casa também pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes
crônicos, auxiliando na conquista do autocuidado, autonomia e garantindo o convívio
familiar e social.
Além de promover mais qualidade de vida ao paciente renal crônico, a terapia domiciliar
ainda promove uma economia nos custos do tratamento, considerando gastos com
medicação, internação e locomoção dos pacientes.
Figura 55.
Fonte: <http://i0.wp.com/conexaohomecare.com/wp-content/uploads/2014/04/an%C3%A1lise-de-custos-home-care.
jpg?fit=400%2C267>. Acesso em: 1/6/2016.
A doença renal crônica associada aos tratamentos hemodialíticos gera uma série de
situações, que desencadeiam sofrimento físico e acima de tudo sofrimento psíquico,
que repercutem na vida social, familiar e pessoal do indivíduo doente.
O perfil do DRC em Home Care requer que se faça um conjunto de ações que viabilizam
a promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, com visitas
periódicas de equipes multidisciplinares.
72
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE │ UNIDADE III
É necessário que o portador de doença crônica aceite a sua limitação e, mesmo com
seu sofrimento físico e psíquico, encontre um sentido para que assim consiga atingir a
superação da melhor maneira possível.
Figura 56.
O tratamento conservador pode ser considerado uma opção para pacientes que
escolham não serem mantidos em TRS devendo ser criado um programa de suporte
para estes casos.
Todo o programa de DRC deve estar apto para fornecer e planejar cuidados para
as necessidades e suportes adequados para o fim de vida, incluindo pacientes em
tratamento conservador por opção.
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UNIDADE III │ DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
Suporte coordenado para o fim de vida deve ser avaliado e mantido para pacientes e
familiares, utilizando tanto a atenção primária como especialistas na área específica, de
acordo com o sistema de saúde local.
Um dos fatores que exerce grande influência na adesão do tratamento é a confiança que
o paciente possui em sua equipe multidisciplinar. Isto exige que as atitudes tomadas
pelos profissionais sejam adaptadas como: o uso de linguagem entendida pelo paciente
levando em consideração seu nível de escolaridade, demonstrações de respeito pelas
crenças próprias do paciente, acolhimento durante a prestação de cuidado para assim
promover uma maior confiança do paciente possibilitando melhores resultados na
adesão ao tratamento e enfrentamento da doença renal crônica.
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CAPÍTULO 2
Cuidados específicos de enfermagem
na DRC
Figura 57.
Uma grande parcela de apoio emocional é necessária ao paciente e familiares por causa
das inúmeras alterações experimentadas fisicamente
A enfermagem deve a cada instante estar atenta as suas ações e ter em mente que
elas devem estar sempre fundamentadas cientificamente, os procedimentos técnicos
deverão seguir a sistematização de enfermagem, proporcionando segurança, meios de
avaliação e qualidade no tratamento.
75
UNIDADE III │ DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
Figura 58.
»» pesar;
»» conversar com o paciente e família sobre qualquer sintoma que ele tenha
sentido.
Para que o plano de cuidados seja implementado pelo cuidador familiar, faz-se
necessário o treinamento quanto aos procedimentos simples necessários ao cuidado.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE │ UNIDADE III
Figura 59.
77
UNIDADE III │ DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
Figura 60.
Figura 61.
A ação educativa com os pacientes renais crônicos se faz essencial, pois por meio desta,
os pacientes estarão aptos para apreenderem a viver dentro de suas limitações, de uma
maneira que não seja controvérsia ao modo de vida, conseguindo assim atingir uma
convivência com a doença e com o seu tratamento.
Figura 62.
O enfermeiro deve ensinar, cuidar ensinando e ensinar a cuidar. Não pode se esquecer
de:
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UNIDADE III │ DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
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DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE │ UNIDADE III
Responsabilidades:
Figura 63.
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UNIDADE III │ DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
O vínculo terapêutico funciona desde que haja atenção desde o primeiro contato com
o paciente. Ruídos de comunicação; as barreiras pessoais de diferenças de linguagem;
as possíveis limitações físicas; os bloqueios psicológicos criados devem ser levados em
consideração pela enfermagem, no intuito de minimizar essas questões e garantir o
plano terapêutico previsto.
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Para (não) Finalizar
Porém, o que temos observado é que o conhecimento que a família de crianças com
doença crônica possuem acerca da doença do filho e dos cuidados domiciliares, na
maioria das vezes, não lhes dão embasamento para a continuação da terapêutica,
tampouco para a prevenção de recidivas ou mesmo criar estratégias de enfrentamento.
83
PARA (NÃO) FINALIZAR
Contudo, há uma amplitude de ações que podem ser direcionadas as crianças e seus
familiares quando adotamos como referencial teórico para o cuidado, a teoria das
necessidades humanas básicas de Horta. Em função disso, é preciso que os profissionais
não direcionem sua assistência apenas as questões psicobiológicas, é preciso preservar
as relações sociais, afetivas presentes no nível psicossocial e fazer do nível psicoespiritual
uma estratégia de enfrentamento da condição crônica.
Nível psicobiológico
A infância é um período em que ocorrem diversas transformações no indivíduo,
ditadas pela etapa de amadurecimento das funções orgânicas e de proliferação celular.
Na criança e adolescente com doença crônica é necessário um efetivo cuidado a nível
biológico, para minimizar alterações no crescimento e desenvolvimento como meio de
promover saúde, devido alterações determinadas pela patologia.
Cada família possui uma maneira singular de lidar com essa situação, algumas
conseguem visualizam a cura e agarram-se a essa esperança. No entanto, outras reagem
com descrença e despreparo para o enfrentamento da doença, sendo incapazes de
compreender a necessidade da criança frente à condição crônica.
84
PARA (NÃO) FINALIZAR
85
PARA (NÃO) FINALIZAR
Nível psicossocial
As mudanças provocadas na rotina familiar foi uma das falas de destaque nas entrevistas,
pois, todas as famílias realizaram inúmeros esforços para superar as dificuldades
provocadas por essas mudanças a fim de manter o tratamento adequado para o filho.
Porém, as exigências imposta, assim como retornos ao hospital, muitas vezes, ocasiona
afastamento temporário ou prolongado da criança/adolescente da escola, os familiares
também vivenciam esse processo de quebra de relações, distanciam-se dos amigos, do
trabalho e do companheiro.
Para tanto, as pessoas com doenças crônicas precisam de informações e apoio para
poderem ter autônomas na produção do cuidado em seus cotidianos e para reivindicar
seus direitos. A interação terapêutica da equipe com a família é uma ferramenta
indispensável para a superação das lacunas que obstaculizam a autonomia desses
sujeitos(20). Disseram que era probema renal... É quando a pessoa num fica com o rim
né? (M. E., 61 anos, avó de E. com 10 anos de idade, seu único neto, tem uma filha com
problemas de saúde). Desconheço a doença renal, tenho apenas uma pequena noção
dos cuidados com o LUPUS (M. mãe e apena acompanha P. 15 anos nas internações).
Conhecimento sobre a doença e tratamento diminuído: Déficit da cognição em
reconhecimento da informação.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Nível psicoespiritual
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Conversar com a família sobre as mudanças que ocorrerá na rotina da criança e família;
dialogar sobre os cuidados no domicílio e os arranjos necessários para a reorganização
da dinâmica familiar; estimular os familiares a expressarem seus sentimentos acerca
das mudanças ocorridas e apoiá-los em suas escolhas; apoiar a família e estimular a
identificação da rede de apoio na comunidade foram intervenções selecionadas para o
diagnóstico de Rotina familiar prejudicada.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Considerações finais
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PARA (NÃO) FINALIZAR
As intervenções traçadas nesse estudo são sugestões que precisam ser validadas,
contudo, são ações de suma importância para os profissionais, em especial os de
enfermagem, estabelecer uma interação dialógica com a família para que a mesma
tenha compreensão do processo saúde-doença do filho e os cuidados necessários no
domicílio para prevenção de complicações.
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Referências
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REFERÊNCIAS
DAUGIRDAS, J.T.; ING, T.S. Manual de diálise. 4a ed. São Paulo: Guanabara Koogan,
2013.
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