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Sumário

A História da Arte.............................................................................................................. 2

Arte Pré-Histórica.......................................................................................................... 2

A Arte do Paleolítico Superior....................................................................................... 3

A Arte do Neolítico ........................................................................................................ 4

Arte no Egito ..................................................................................................................... 7

A Arte na Grécia ............................................................................................................. 12

A Arte na Roma .............................................................................................................. 17

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 21

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ETAPA 1

A HISTÓRIA DA ARTE
A arte data deste a antiguidade, quando os homens da Pré-História,
desenhava a arte rupestre (desenhos feitos nas cavernas). As figuras
representavam a caça, mas isso não significava como o grupo vivia, tinha um
caráter mágico, fazia com o que o grupo se preparasse para a tarefa que
garantia a sobrevivência.
A palavra “arte” teve muitos significados durante a história. Sempre houve
uma pequena discussão, pois alguns achavam que a arte era uma forma de
criação, já outros, acreditavam que era uma forma de imitação. A arte foi se
subdividindo de estilos em estilos, tais como Barroco, Gótico, Romântico e
outros. O surgimento do Renascimento fez com que a arte se dividisse em
conceitos: a pintura, literatura, música, escultura, arquitetura e a arte feita com
cerâmica, tapeçaria, etc.
Depois do século XIX, a arte teve como objetivo retratar a beleza, as
criações estéticas. Já no século XX, a arte passou a se referir, principalmente,
às artes plásticas. Toda arte criada é uma consequência do trabalho feito pelo
homem. Em cada uma delas expressa a personalidade do autor, onde mostra o
período em que foi feita, criada e sua influência cultural. Muitas vezes o artista
se preocupa com a beleza da sua obra, isso faz com que ele busque matérias-
primas para aproximar sua obra do mais real possível. Os artistas expressam
em suas obras, todos os seus sentimentos. Com o tempo a arte foi se
modificando e por isso a história da arte pode ser dividida de acordo com a
divisão dos períodos da história da humanidade. São divididas em Pré-História,
Idade Antiga, Idade Medieval, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

Arte pré-histórica
A Pré-história se divide em três períodos: Paleolítico Inferior (cerca de
500. 000 a.C.), Paleolítico Superior (aproximadamente 30.000 a.C.) e Neolítico
(por volta do ano 10.000 a.C.).

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A arte do paleolítico superior
As primeiras manifestações artísticas registradas por pesquisadores
ocorreram neste período também chamado de Idade da Pedra Lascada, é o
caso das pinturas pré-históricas encontradas, principalmente, nas cavernas
deNiaux e Lascaux, na França e Altamira, na Espanha.
O homem foi primeiro escultor e depois pintor dada a maior capacidade
de abstração exigida pela pintura. Nesse período aparecem figuras femininas
talhadas em marfim, osso e pedra, apresentando, geralmente formas
volumosas – bastante gordas, que estariam ligadas a símbolos e rituais de
fecundação. A principal característica dos desenhos é o naturalismo. O artista
pintava os animais de modo como os via de uma determinada perspectiva,
reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava.
Representava nas paredes das cavernas: bisontes, cavalos, renas, etc.
chegando a atingir cinco metros de comprimento. A explicação encontrada para
esta arte é que fazia parte do processo de magia, por meio do qual
acreditavam interferir na captura de animais. O pintor supunha ter poderes
sobre o animal, desde que possuísse a sua imagem.
Em suas pinturas o homem da caverna usava óxidos minerais, argilas
coloridas, ossos carbonizados, carvão, vegetais e sangue de animais. Os
elementos sólidos eram esmagados e dissolvidos na gordura dos animais
caçados. Como pincel utilizou inicialmente o dedo, mas há indícios de terem
empregado também pincéis feitos de penas e pelos.
Outra técnica utilizada era a das mãos
em negativo, pintura rupestre que significa
pintura nas paredes. Após obter um pó
colorido a partir da trituração de rochas, os
artistas sopravam, através de um canudo,
sobre a mão espalmada na parede da
caverna. A região em volta da mão ficava
colorida e a parte coberta, não. Assim,
obtinha-se uma silhueta da mão, como num
filme em negativo.

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A arte do neolítico
Este período também é chamado de Idade da Pedra Polida, pela técnica
de construir armas e instrumentos com pedras polidas pelo atrito. A fixação do
homem garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas
ocasionou um aumento rápido da população e o desenvolvimento das
primeiras instituições, como a família e a divisão do trabalho.
Assim o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de
fabricar cerâmica, construir as primeiras moradias e deu início ao trabalho com
metais. A consequência imediata foi o abandono do estilo naturalista que
predominava na arte do Paleolítico, e o surgimento de um estilo simplificador e
geometrizante, formado por sinais e figuras que mais sugerem do que
reproduzem os seres.

Mudam a maneira de desenhar, pintar e os temas


da arte. Começam as representações da vida coletiva
dando a ideia de movimento, com cenas de danças
coletivas ligadas ao trabalho de plantio e colheita. A
preocupação com o movimento fez com que os artistas
criassem figuras leves, ágeis, pequenas e de pouca
cor. Com o tempo, estas figuras foram se reduzindo a
traços e linhas muito simples, surgindo assim, a
primeira forma de escrita, a escrita pictográfica, que
consiste em representar seres e ideias pelo desenho.
Além dos desenhos e pinturas, o artista produziu uma cerâmica que
revela sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto.
Quanto à escultura, encontramos o uso de metal em seus trabalhos, servindo-
se do método com forma de barro e da técnica da cera perdida. As esculturas
em metal representam guerreiros e mulheres.
Os monumentos mais importantes e característicos da arquitetura
neolítica foram as construções palafíticas que são construções rústicas de
madeira, erguidas sobre pilotis – estacas resistentes e profundas enterradas no
fundo dos lagos ou às margens de rios ligados a terra por uma ponte
atendendo à necessidade de segurança e defesa; e os monumentos

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megalíticos (grande pedra) são enormes construções de pedra, toscamente
lavrada, conhecidos como dolmens e menhires.
Menhires são grandes blocos de pedra erguidos verticalmente, dispostos
enfileirados ou em círculos, tendo como provável significado serem estátuas de
divindades e observatório astronômico para o estudo do sol. O maior exemplo
é o Stonehenge, na Inglaterra.

Responda

1. Explique, com suas palavras, o que você entende por arte:

2. Qual o objetivo que a arte teve depois do século XIX?

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3. Cite o nome das cavernas da Arte da Pré-história:

4. O homem na Pré-história foi primeiro ____________ e


depois____________.

5. Qual a principal característica do desenho na pré-história?

6. Que materiais eram usados?

7. Quais as diferenças entre paleolítico e neolítico?

8. Cite dois monumentos arquitetônicos do período neolítico.

9. O que significa pintura Rupestre?

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10. Qual era a preocupação do homem pré-histórico com a cerâmica?

ARTE NO EGITO
A arte egípcia dividi-se em três períodos: Antigo Império (3200 a 2200
a.C.), Médio Império (2000 a 1750 a.C.) e Novo Império (1580 a 1085 a.C.).
Uma das principais civilizações da antiguidade foi a que se desenvolveu
no Egito. O governo era teocrático, ou seja, governado pelos deuses
representados pelo faraó e por isso a religião foi o aspecto mais significativo da
cultura egípcia. O faraó detinha o poder máximo sendo considerado a
encarnação do deus Hórus, o falcão.
A religião determinava toda a vida egípcia, interpretando o universo,
justificando sua organização social e política; determinando o papel de cada
classe social e consequentemente orientando toda a produção artística desse
povo.
Acreditavam numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais
importante do que a que viviam no momento. Dessa forma, a arte egípcia
concretizou-se nos túmulos, nas estatuetas e nos vasos deixados junto aos
mortos.

A Arquitetura
A arquitetura se define nos monumentos funerários e religiosos. Suas
principais características são: dimensões grandiosas, simplicidade nas formas,
aspecto maciço e pesado, predominância do horizontal sobre o vertical, solidez
e durabilidade. Os monumentos funerários eram: mastabas, pirâmides e os
hipogeus. As mastabas eram os túmulos dos primeiros faraós, tinham a base
retangular e forma trapezoidal.
As maiores pirâmides são as dos faraós: Queóps, Quéfren e Miquerinos.
Estes monumentos revelam o domínio que os egípcios demonstram em sua
técnica de construção, pois não existe nenhuma espécie de argamassa entre

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os blocos de pedra que formam as paredes. Junto à pirâmide de Quéfren está
a Esfinge, uma obra de 20 metros de altura e 74 metros de comprimento,
representando a figura do faraó lavrada em Rocha.
Os hipogeus são túmulos escavados na rocha. Os dois maiores
monumentos religiosos são os templos de Luxor e Carnac. Na frente das
mesmas há uma longa e ampla avenida de esfinges.

A Pintura

A arte egípcia servia de veículo para a difusão dos preceitos e das


crenças religiosas. Por isso, era bastante padronizada, não dando margem à
criatividade ou a imaginação pessoal. Assim os artistas egípcios foram
criadores de uma arte
anônima, pois a obra
deveria revelar um
perfeito domínio das
técnicas de execução e
não o estilo do artista.
Dessa forma, na pintura
e nos baixo relevos
existiam muitas regras a
serem seguidas. Dentre

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elas, a lei da frontalidade, que tanto caracteriza a arte egípcia. Esta lei
determinava que o tronco das pessoas fosse sempre representado de frente,
enquanto que a cabeça, pernas e pés eram vistos de perfil. O olho também é
representado de frente. O objetivo é que seja uma representação e não o
próprio ser humano.
Os egípcios não usavam a perspectiva. Para representar o espaço, a
profundidade, sobrepunham as figuras ou cenas em faixas horizontais. Isto
significa que as figuras da faixa mais baixa estão mais próximas e as da faixa
mais alta estão distantes.
Utilizavam a técnica do afresco, em que a pintura é feita sobre a parede
com a argamassa ainda úmida. Utilizavam os hieróglifos (escrita) junto aos
desenhos e baixo relevos contando feitos históricos.

A Escultura

As estátuas de enormes
dimensões são comuns e
manifestam a impassibilidade
e a serenidade. Utilizavam
materiais como: granito,
basalto, calcário e madeira.
Foram excelentes no baixo
relevo e no desenho de incisão
com que cobriam as paredes e
as colunas dos templos com a finalidade de oferecer ao morto uma imagem de
todas as ações que lhe eram usuais: caça, pesca, trabalho, festas, etc.

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Artes decorativas

Os artesãos egípcios foram mais criativos no que tange às artes


decorativas. Criavam todos os tipos de móveis conhecidos, elegantes e
confortáveis. Inventaram o papiro (espécie de papel), o esmalte, o vidro e o
azulejo.

A Música
Utilizavam a harpa, a cítara, flautas e instrumentos de percussão. A
música se fazia presente em todos os momentos da sua vida social. O povo
tinha seus cantos religiosos, guerreiros e de trabalho.

Responda:

1. Quais as principais características da arquitetura egípcia?

2. Qual técnica caracteriza sua pintura?

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3. Cite materiais utilizados nas suas esculturas.

4. Quais invenções destacaram nas artes decorativas?

5. De que maneira a música estava presente em seu meio social?

6. Cite os três períodos da arte egípcia.

7. O que são hipogeus?

8. A arte egípcia servia de veículo para a difusão __________e


das__________________.

9. Que tipo de arte os artistas egípcios foram criadores?

10. Comente sobre as artes decorativas.

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A ARTE NA GRÉCIA
A arte grega dividi-se em três períodos: Arcaico (1000 a 600 a.C.),
Clássico (600 a 400 a.C.) e Helenístico (400 a.C. a 30 d.C.).
Dos povos da Antiguidade, os que apresentaram uma produção cultural
mais livre foram os gregos. Eles não se submeteram às imposições de
sacerdotes ou de reis e valorizaram especialmente as ações humanas, na
certeza de que o homem era a criatura mais importante do universo. Assim, o
conhecimento, através da razão, esteve sempre acima da fé. Devido ao contato
entre os gregos e os povos orientais, a arte grega desenvolveu-se com
características próprias, como o ritmo, o equilíbrio, a harmonia, um profundo
humanismo e a eterna busca da perfeição. Seus ideais de beleza foram
imitados por romanos, renascentistas e até hoje influenciam a arte.

Períodos Arcaico e Clássico


O período Arcaico vai de meados do século VII a.C. até a época das
Guerras Pérsicas, no século V a.C. Tem início então o período Clássico, que
vai até o final da Guerra do Peloponeso (século IV a.C.). Nesse período, a
ênfase recai, sobretudo no século V a.C., chamado século de Péricles, época
em que as atividades intelectuais, artistas e políticas manifestaram o esplendor
da cultura helênica.

A evolução da escultura grega

Aproximadamente no final do século VII a.C., os gregos começaram a


esculpir, em mármore, grandes figuras de homens. Era evidente, nessas
esculturas, a influência do Egito, não só como fonte inspiradora, mas também
da própria técnica de esculpir grandes blocos. Mas o escultor grego acreditava
que uma estátua que representasse um homem não deveria ser apenas
semelhante a um homem, mas também um objeto belo em si mesmo.
O escultor grego começou a não se satisfazer mais com a postura rígida e
forçada do Kouros. A estátua conhecida como Efebo de Krítios, por exemplo,
mostra alterações nesse aspecto: em vez de olhar bem para a frente, o modelo
tem a cabeça ligeiramente voltada para o lado; em vez de apoiar-se igualmente
sobre as duas pernas, o corpo descansa sobre uma delas, que assume uma

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posição mais afastada em relação ao eixo de simetria, e mantém o quadril
desse lado um pouco mais alto.
Nessa procura de superação da rigidez das estátuas, o mármore mostrou-
se um material inadequado: era pesado demais e se quebrava sob seu próprio
peso, quando determinadas partes do corpo não estavam apoiadas. Os braços
estendidos de uma estátua, por exemplo, corriam sério risco de se quebrarem.
A solução para esse problema foi trabalhar com um material mais
resistente. Começaram
então a fazer esculturas
em bronze, pois esse
metal permitia ao artista
criar figuras que
expressassem melhor o
movimento. O Zeus de
Artemísio é um exemplo
disso. Os braços e as
pernas dessa estátua
mostram uma atividade
vigorosa. Seu tronco,
porém, traduz imobilidade.

A Arquitetura
Na arquitetura grega, as
edificações que despertam
maior interesse são os templos.
Essas obras foram construídas
não para reunir dentro delas um
grupo de pessoas para o culto
religioso, mas para proteger das
chuvas ou do sol excessivo as
esculturas dos seus deuses e
deusas.

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Os templos gregos eram cobertos por um telhado inclinado para as
laterais. Dessa posição do telhado resultava um espaço triangular sobre a
cornija, tanto no pórtico de entrada quanto no dos fundos. Esse espaço,
denominado frontão, era intensamente ornamentado com esculturas.

A pintura em cerâmica

Na Grécia, como em outras civilizações, a pintura apareceu como


elemento de decoração da arquitetura. Vasos painéis pintados recobriam as
paredes das construções e, muitas vezes, as métopas dos templos
apresentavam pinturas em lugar de esculturas.
Entretanto, a pintura grega encontrou também uma
forma de realização na arte da cerâmica. Os vasos gregos
são conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas
também pela harmonia entre o desenho, as cores e o
espaço utilizado para ornamentação. Na medida em que
passaram a revelar uma forma equilibrada e um trabalho
de pintura harmonioso, além de utilitários, tornaram-se
também objetos artísticos.
As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades
cotidianas e cenas da mitologia grega. Artistas gregos do final do século VI e
do século V a.C. pintavam figuras negras sobre a cerâmica de cor natural
vermelha. A partir de 530 a.C., aproximadamente, artistas gregos criaram “o
estilo da figura vermelha”, o inverso do estilo anterior. Os artistas pintavam a
cerâmica em negro e deixavam aparecer o fundo vermelho natural nas formas
de suas figuras. Os pintores deste estilo, assim como os escultores gregos
desse período, criaram figuras altamente realistas. Este estilo tornou-se a
principal característica da chamada arte clássica dos gregos e romanos.

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A Escultura
A escultura do século IV a.C.
apresenta traços bem característicos.
O primeiro deles é o crescente
naturalismo. Os seres humanos não
eram representados apenas de acordo
com a idade e a personalidade, mas
também segundo as emoções e o
estado de espírito de um momento.
Outro é a representação, sob forma
humana, de conceitos e sentimentos,
como a paz, o amor, a liberdade, a
vitória, etc. Um terceiro é o surgimento
do nu feminino, pois nos períodos
arcaico e clássico, as figuras de mulher
eram esculpidas sempre vestidas.
Praxíteles, por exemplo, esculpiu uma
Afrodite nua que acabou sendo a sua obra mais famosa e ficou conhecida
como Afrodite de Cnido, cuja cópia romana encontra-se no Museu do Vaticano,
em Roma.
O grande desafio - a grande conquista - da escultura do período
helenístico foi à representação não de uma figura apenas, mas de grupos de
figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos
os ângulos que pudessem ser observados. Assim é o grupo formado pelo
soldado Gálata que acaba de matar sua mulher e está pronto para suicidar-se.
É importante notar que esse grupo revela ao observador, além de beleza, uma
carga de dramaticidade de qualquer lado que seja visto.

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Responda:

1. Cite os períodos que compõem a arte grega.

2. Que civilização influenciou a escultura grega?

3. Que material utilizavam?

4. Quais as características da arquitetura grega?

5. Descreva uma técnica de pintura grega.

6. Como são conhecidos os vasos gregos?

7. Comente sobre a escultura do século IV a.c.

8. Qual foi o grande desafio da escultura no período helenístico?

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A ARTE NA ROMA
O aparecimento da cidade de Roma está envolto em lendas e mitos.
Tradicionalmente indica-se, para a sua fundação, a data de 753 a.C. Sabe-se,
porém, que a formação cultural do povo romano deveu-se principalmente aos
gregos e etruscos, que ocuparam diferentes regiões da Itália entre os séculos
XII e VI a.C. A arte romana, portanto, sofreu duas fortes influências: a arte
etrusca, popular, é voltada para expressão da realidade vivida; e a da greco-
helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza.
Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos
romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções. Esses dois
elementos arquitetônicos – desconhecidos na Grécia – permitiram aos romanos
criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas, próprio dos
templos gregos. Mas no final do século I d.C., Roma já havia superado essas
duas influências – a grega e a etrusca – e estava pronta para desenvolver
criações artísticas independentes. Enquanto a concepção arquitetônica grega
criava edifícios para serem vistos do exterior, a romana procurava criar
espaços interiores. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do
Imperador Adriano, é certamente o melhor exemplo dessa diferença.

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A concepção arquitetônica do teatro
Graças ao uso de arcos e abóbadas, que herdaram dos etruscos, os
romanos construíram edifícios – sobretudo anfiteatros – muito mais amplos do
que teria permitido a simples influência da arquitetura grega. Nos edifícios
destinados à apresentação de espetáculos, os construtores romanos, usando
filas sobrepostas de arcos, obtiveram apoio para construir o local destinado ao
público – o auditório. Com isso, não precisaram mais assentá-lo nas encostas
de colinas, como faziam os gregos. A primeira consequência dessa solução
arquitetônica foi a possibilidade de construir esses edifícios em qualquer lugar,
independentemente de sua topografia. Assim era o Coliseu, certamente o mais
belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por
esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três ordens de colunas gregas.

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A escultura
Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas no
temperamento eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e
práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de
um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos.
Os escultores romanos sofreram forte influência das concepções
helenísticas a respeito da arte, só que não abdicaram de um interesse muito
próprio: retratar os traços particulares de uma pessoa. O que acabou ocorrendo
foi uma acomodação entre concepção artística romana e a grega. Isso pode
ser melhor compreendido quando observamos a estátua do primeiro imperador
romano, Augusto, feita por volta de 19 a.C. Apesar de o escultor ter usado o
Doríforo, de Policleto, como ponto de referência, foram feitas alterações,
adaptando a obra ao gosto romano.
Essa preocupação de representar elementos bem determinados pode ser
observada não só nas estátuas dos imperadores, mas também nos relevos
esculpidos nos monumentos erguidos para celebrar algum feito importante do
Império Romano. Os gregos sempre representavam fatos mitológicos e
intemporais; ao contrário disso, os relevos romanos especificavam nitidamente
o acontecimento e as pessoas que dele participaram.
Dentre os monumentos comemorativos destacam-se a Coluna de Trajano
e a Coluna de Marco
Aurélio. A arte dos
romanos revela-nos um
povo possuidor de um
grande espírito prático:
por toda parte em que
estiveram, estabeleceram
colônias e construíram
casas, templos, termas,
aquedutos, mercados e
edifícios governamentais.

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Responda:
1. Qual característica da arquitetura romana é usada até hoje nas
construções?

2. O que esta característica possibilita?

3. Cite um monumento caracterizado por esta concepção arquitetônica.

4. Qual a principal influência sofriam os escultores romanos?

5. Cite diferenças entre escultura grega e romana.

6. Dentre os monumentos comemorativos destacam – se __________ de


__________ e a coluna de _____________.

7. A arte dos romanos revela-nos que tipo de povo?

8. Que tipo de arte os romanos admiravam?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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e aprendizagem da arte na escola. São Paulo: Cortez, 2003.

CHILVERS, I. Dicionário Oxford de arte. São Paulo: Martins Fontes,


1996.

FERRAZ, Maria Heloísa C. de T.; FUSARI, Maria. F. de Rezende e.


Metodologia do Ensino de Arte. In: Coleção Magistério. 2º grau. Série
Formação do professor. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999.

GRIMSHAW, C. Arte: Conexões. São Paulo: Callis, 1998. (Conexões).

HALDDAD, Denise Akel; MORBIN Dulce Gonçalves. A arte de fazer arte.


2. ed. Reform. São Paulo: Saraiva, 2004.

PEDROSA, I. Da cor à inexistente. Brasília: UnB, 1982.

VELLO, Valdemar, COLUCCI Mônica; ARIANE Paula. Artes: pranchas de


linguagem visual: minigaleria e glossário. V. 4. São Paulo: Scipione, 2001.

FERRAZ, Maria Heloísa C. de T.; FUSARI, Maria. F. de Rezende e. Arte


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professor. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993.

Calabria, Carla Paula Brondi – Arte, história e produção: arte


brasileira/Carla Paula Brondi Calabria, Raquel Valle Martins. – São Paulo: FTD,
1997.

21
FERRAZ, Maria Heloísa C. de T.; FUSARI, Maria. F. de Rezende e.
Metodologia do Ensino de Arte. In: Coleção Magistério. 2º grau. Série
Formação do professor. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999.

Graça Proença – História da Arte. Ed. Ática, 2002.

Referências imagens – Google.

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