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JOGOS E DIVERSÕES
MATEMÁTICAS
SOBRAL
MAIO-2008
SUMÁRIO
PARTE I
7. Curiosidades Matemáticas
7.1 - Paradoxo de Curry
Referências Bibliográficas
Anexos
• Caleidociclo
• Geoplanos
1 - Considerações acerca dos jogos matemáticos
Consideremos jogos matemáticos aqueles com objetivos voltados apenas para o ensino de
matemática, ou seja, aqueles jogos que necessitem de conhecimentos matemáticos para resolvê-los,
ou ainda, aqueles que utilizam regras que despertem o raciocínio para a construção de estratégias que
solucionem uma situação-problema.
Para Macedo (2000, p. 32) qualquer jogo pode assumir as características de um jogo
educativo, desde que seu propósito seja a aquisição de conhecimento. Ele conjectura que: “A questão
não é o material, mas o modo como ele será explorado. Pode-se dizer portanto que serve qualquer
jogo, mas não de qualquer jeito.”
Nesta perspectiva, os jogos devem atuar de forma a contribuir com o ensino de matemática, e
não atuando apenas como atividade de lazer. Sua aplicação deve ser explorada ao máximo, devendo
o professor extrair do jogo o máximo de conhecimento possível.
A utilização destes jogos em sala de aula ou fora da sala de aula deve atuar como
complemento as atividades curriculares normais, contribuindo assim para o ensino de matemática.
Sobre este aspecto, Groenwald; Timm (2004, p.1) conjectura que: “Os jogos, se
convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento
matemático. Referimo-nos àqueles que implicam conhecimentos matemáticos.”
Tais jogos devem ser analisados e aplicados conforme o conteúdo a ser explorado ou objetivo
que se deseja alcançar.
Uma característica importante nestes jogos devem ser as presenças de regras que devem
atuar nas condições impostas para a solução de uma problemática.
Para uma maior compreensão do estudo da aplicação dos jogos no desenvolvimento cognitivo
das crianças, é imprescindível destacar as pesquisas desenvolvidas por Piaget (1975, 1982,1990). Em
suas obras, ele destaca que os jogos de regras são instrumentos fundamentais para o de
desenvolvimento cognitivo, seja na decodificação de símbolos ou até mesmo no cumprimento de leis e
regras da sociedade.
Tais jogos provocam um conflito interno, e a necessidade de se buscar uma saída. Desse
conflito, o pensamento sai enriquecido, reestruturado e apto a lidar com novas transformações.
De um modo geral Groenwald; Timm (2004, p.2) busca classificar os jogos matemáticos em
três tipos:
• JOGOS ESTRATÉGICOS;
• JOGOS DE AZAR;
• JOGOS GEOMÉTRICOS.
Nos jogos estratégicos, são trabalhadas as habilidades que compõem o raciocínio lógico, com
eles os alunos lêem as regras do jogo e buscam caminhos para atingir o objetivo final, utilizando
estratégias para isso. Neste tipo de jogo, o fator sorte não deve interferir no resultado. Um dos
exemplos mais conhecidos deste tipo de jogo é o xadrez.
Nos jogos de azar, o fator sorte sempre está presente, e deve ser trabalhado de uma forma
diferenciada, uma vez que este fator tem a capacidade de alterar o resultado do jogo, o que pode
frustrar as idéias anteriormente colocadas. Aconselha-se a sua utilização nos estudos de
probabilidades ou na formação de dados estatísticos. Dentre estes jogos, podemos destacar os jogos
com dados.
Nos jogos geométricos, o principal objetivo é desenvolver a habilidade de observação e o
pensamento lógico. Com eles, conseguimos trabalhar figuras geométricas, semelhança, ângulos,
polígonos, além de ampliar a visão espacial do aluno. Os quebra-cabeças são os principais exemplos
deste tipo jogo.
É importante destacar que muitos jogos podem apresentar duas ou mais características
classificadas anteriormente, pois um mesmo jogo pode ser ao mesmo tempo estratégico e geométrico,
ou até mesmo, ser um jogo de azar e estratégico como por exemplo no jogo de dominós, que possui
característica de jogo de azar, pois o fator sorte está presente, uma vez que as peças são sorteadas
para os participantes e também pode ser um jogo estratégico porque seus participantes buscam
estratégias e caminhos para vencer o jogo.
É válido enfatizar que muitos jogos matemáticos também podem ser criados ou adaptados
conforme a necessidade do professor em utilizá-los com complemento didático no ensino de
determinado conteúdo.
Encontre uma fórmula que possa descobrir a constante (C) de um quadro mágico de ordem n.
2.6 – Os triângulos
Este é um simples jogo formado por vinte triângulos retângulos exatamente iguais, sendo que
o objetivo do jogo é formar figuras planas com estes vinte triângulos
Desenhe e recorte vinte triângulos retângulos de papelão com as seguintes dimensões da
figura ao lado.
OBS : A base deste triângulo deve ser o dobro da altura.
II - Quebra-cabeça geométrico 1
IV - Quebra-cabeça geométrico 3
Consiste num quebra-cabeça de cinco peças formado a partir de uma cruz grega.
Na figura abaixo, podemos ver um pentaminó, em três fases da construção de uma caixa
cúbica aberta no topo. A parte sombreada do pentaminó corresponde à base da caixa aberta.
Encontre outros pentaminós que também possibilitam a construção de uma caixa idêntica, e
destaque no pentaminó o quadrado que corresponde à base da caixa aberta.
3.3 - Geoplanos
O geoplano é uma ótima ferramenta para o ensino de geometria plana, ele consiste apenas de
uma tábua com pregos dispostos tal como mostra as figuras abaixo, onde temos um exemplo de um
geoplano de 3 x 3 e um de 5 x 5 :
Usando um elástico ligado aos pregos do geoplano podemos formas diversas figuras, o que
possibilita trabalhar com os alunos as áreas das figuras planas. Desenvolveremos a seguir algumas
atividades que podem ser trabalhadas com este material.
ATIVIDADE 01 Coloque as peças abaixo no retângulo ao lado de modo que as duas linhas de o
mesmo valor (4) e as quatro colunas de o mesmo valor (2)
0–0
0–1.1–1
0–2.1–2.2–2
Neste jogo uma peça pode formar um a dama saltando duas peças consecutivas (obs: os espaços
vazios não devem ser considerados). Sendo que uma dama tem valor de duas peças consecutivas .
Veja o exemplo:
a) b) c)
d) e) f)
6 - Atividades com Xadrez
ATIVIDADE 01 Coloque 10 peões num tabuleiro 5x5 de modo que três peões
não fiquem alinhados, ou seja, numa mesma linha, coluna ou diagonal.
Na figura abaixo, a parte escura corresponde a um triângulo retângulo com dissensões (altura =
5 e base = 13) cuja área é igual a 65/2 u.a.. Podemos perceber que este triângulo é formado pela
união dos polígonos I, II, III e IV
Na figura abaixo, percebemos um absurdo, pois a parte escura desta figura é composta pelos
mesmos polígonos I, II, III e IV dispostos agora numa outra posição e ocupando as mesmas
dimensões (altura = 5 e base = 13), porém como se percebe a figura já não possui mais a mesma
área.
Como é possível uma figura composta pelos mesmos polígonos, possuir em um momento uma
determinada área e em outro momento uma outra área ?
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Jogos divertidos e brinquedos criativos. 1. ed.,
Petrópolis-RJ: Vozes, 2004
ANDRADE, Wendel Melo. Jogos e Educação Matemática: Reflexões acerca da utilização de jogos
como ferramenta de auxílio ao ensino de matemática. 2005. 85 f. Monografia (Especialização em
ensino de matemática). Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, Sobral.
BATLLORI, Jorge. Jogos para treinar o cérebro. 1. ed., São Paulo: Madras, 2004.
BOLT, Brian. Mais Actividades Matemáticas: coleção O prazer da matemática n° 11. 1. ed., Lisboa:
Gradiva, 1992
CÂNDIDO, Patrícia; LANDULFO, Mirela. Tangram e matemática, Fundação Mathema. Disponível em:
<http://www.mathema.com.br> . Acesso em 20 jan. 2005.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 1. ed., São Paulo:
Ática, 1998.
FALZETTA, Ricardo. A matemática pulsa no dia-a-dia. Nova Escola a revista do professor, São
Paulo, v. 18, n. 150, p. 18 – 24, mar. 2002.
GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira ; TIMM, Ursula Tatiana. Utilizando curiosidades e jogos
matemáticos em sala de aula. ULBRAS/RS, Rio Grande do Sul. Disponível em:
<http://www.somatematica.com.br/artigos/a1/>. Acesso em: 05 nov. 2004.
MACEDO, Lino de.; PASSOS, Norimar Christe.; PETTY, Ana Lúcia Sícoli. Aprender com jogos e
situações-problema. 1. ed., Porto Alegre: Artmed, 2000
MEC – Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN. Brasília: MEC/SEF, v.3,
1997.
RÊGO, Rogério Gaudêncio; RÊGO, Rômulo Marinho. Matemáticativa . 1. ed., Paraíba: UFPB, 1997.
ROSA NETO, Ernesto. Didática da Matemática. 9.ed., São Paulo: Ática, 1997.
SMOOTHEY, Marion. Investigação Matemática: atividades e jogos com triângulos. 1. ed., São Paulo:
Scipione, 1997.
SITES CONSULTADOS :
• http://www.somatematica.com.br
• http://www.start.com.br/matematica
ANEXO
GEOPLANOS
ATIVIDADE 01
ATIVIDADE 02
ATIVIDADE 03
ATIVIDADE 04
ATIVIDADE 05
CALEUDOCICLO (folha 01)
CALEUDOCICLO (folha 02)