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3 a 7 de dezembro de 2018

ASPECTOS DA ARBORIZAÇÃO URBANA NA CIDADE DE CAPANEMA-PARÁ

Akim Afonso GARCIA¹; Silvia Marcela Ferreira Monteiro¹; Gabriela Costa Duarte
Ribeiro1; Fernando Oliveira Pinheiro Júnior¹; Lucas Ramon Teixeira Nunes¹; Danilo
Mesquita Melo².

A arborização urbana exerce papel essencial nas cidades, pois promove bem-estar físico e mental
do homem aproximando-o da natureza, proporciona sombreamento para pedestres e veículos,
contribui para o equilíbrio do ecossistema, entre outros. Em contrapartida, a falta de
planejamento e manutenção podem fazer “cair por terra” todos esses benefícios. O município de
Capanema está localizado no Nordeste Paraense, com uma área de 614,026 km2 cuja população
está estimada em 68 mil habitantes. O objetivo desse trabalho é abordar os aspectos da
arborização urbana na cidade de Capanema-Pará, por meio de levantamento quantitativos e
qualitativos. Os dados foram coletados no centro da cidade e bairros adjacentes, onde foi feito
uma avaliação visual e por desta registrado em planilhas contendo informações como nome
científico e comum, densidade da copa, estado fitossanitário, necessidade de poda, problemas
ocasionados pela raiz, fiação elétrica, bem como as situações de manutenção e planejamento, e
posteriormente os dados foram organizados no software EXCEL, com o intuito de se obter uma
frequência. A arborização urbana da cidade de Capanema é constituída predominantemente por
mangueiras (78,99%), mas também há presença de Ficus, Oiti, espécies de palmeiras, etc; sendo
a maioria de copa densa, proporcionando sombreamento e conforto térmico à população. Do
total de espécies observadas, cerca de 64% encontram-se em um espaço considerado ruim para
o seu desenvolvimento, principalmente Mangueiras, as quais possuem porte grande e
necessidade de um espaço adequado para que haja longevidade da espécie. 9% dos indivíduos
apresentavam estado fitossanitário ruim, com destaque para as mudas de mangueiras recém
implantadas no canteiro central do bairro Areia branca. Do total, 56% apresentavam estado
fitossanitário regular, provocado pelo desenvolvimento de ervas-de-passarinho e fumagina, por
exemplo. Quanto à necessidade de poda, para 35% dos indivíduos não havia necessidade; em
24% necessidade média, 12% necessidade baixa e 29% necessidade consideravelmente alta.
Vale ressaltar que a falta de poda pode desencadear problemas relacionados à rede elétrica e ao
tráfego de veículos maiores. Em 54% dos casos não haviam problemas provocados pelas raízes,
e em 46% haviam problemas como, destruição de canteiros, inferência em ruas e calçadas. Estes
problemas apontam a falta de planejamento para a implantação de determinadas espécies. A
maioria dos espaços ocupados pelas espécies encontrava-se com pouca ou nenhuma ocorrência
de plantas invasoras, entretanto em mudas de mangueiras recém implantadas observou-se alta
infestação, realidade que pode comprometer o desenvolvimento inicial da espécie. Constatou-se
presença de fiação elétrica na copa das árvores em 35% dos casos. No mais, a arborização de
Capanema é caracterizada por grande presença de mangueiras, em muitos casos não havendo
espaço adequado ao desenvolvimento da espécie, sendo detectados inúmeros danos provocados
pelo crescimento das raízes. Porém, apesar dos transtornos, as mangueiras sempre fizeram parte
do paisagismo da cidade, o que justifica novas implantações da espécie nos bairros da cidade.

Palavras–chave: Bem estar; Mangueiras; Nordeste Paraense; Paisagismo; Planejamento.

Graduando em Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia, Capanema, PA.


akim.afonso@gmail.com; 2Doutorado em agronomia, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP.

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