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Relion® Proteção e Controle

Série 615
Manual Técnico
ID do documento: 1MRS757783
Emitido em: 2013-04-15
Revisão: A
Versão de produto: 3.0

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equipamento tratado neste manual devem se certificar de que cada aplicação
desejada seja adequada e aceitável, incluindo que qualquer requisito operacional
aplicável de segurança ou outro seja atendido. Em particular, qualquer risco em
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prejuízo à propriedade ou pessoas (incluindo, mas não limitado a danos pessoais ou
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Europeias relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros
respeitantes à compatibilidade electromagnética (EMC Diretriz 2004/108/CE) e
respeitantes ao material elétrico para uso dentro de determinados limites de tensão
(baixa tensão Diretriz 2006/95/CE). Esta conformidade é resultado dos testes
conduzidos pela ABB de acordo com as normas de produto EN 50263 e
EN60255-26 para diretriz EMC e com as normas de produto EN 60255-1 e EN
60255027 para a seguinte diretriz de baixa tensão. O IED é projetado de acordo
com as normas internacionais da série IEC 60255.
Sumário

Sumário

Seção 1 Introdução......................................................................21
Este manual......................................................................................21
Público alvo......................................................................................21
Documentação do produto...............................................................22
Conjunto de documentação do produto......................................22
Documento com o histórico de revisões......................................23
Documentos relacionados...........................................................24
Símbolos e convenções...................................................................24
Símbolos de alertas de segurança..............................................24
Convenções dos manuais...........................................................24
Funções, códigos e símbolos......................................................25

Seção 2 Visão geral da série 615.................................................29


Visão Geral.......................................................................................29
Histórico da versão da série do produto......................................30
PCM 600 e Versão do pacote de conectividade do IED.............31
IHM Local.........................................................................................32
Display.........................................................................................32
LEDs............................................................................................33
Teclado........................................................................................33
IHM Web...........................................................................................34
Autorização.......................................................................................35
Comunicação....................................................................................36

Seção 3 Funções básicas............................................................39


Parâmetros gerais............................................................................39
Auto-supervisão................................................................................57
Falhas internas............................................................................57
Advertências................................................................................60
Controle de indicação de LED..........................................................61
Sincronização de tempo...................................................................61
Grupos de configuração de parâmetros...........................................63
Bloco de funções.........................................................................63
Funcionalidade............................................................................63
Registro de falhas.............................................................................65
Memória não volátil..........................................................................68
Entrada binária.................................................................................69
Tempo do filtro de entrada binária...............................................69
Inversão de entrada binária.........................................................70
Supressor de oscilações.............................................................70

Série 615 1
Manual Técnico
Sumário

Entradas RTD/mA ...........................................................................71


Funcionalidade............................................................................71
Princípio de operação..................................................................71
Seleção de tipo de sinal de entrada.......................................71
Seleção de formato de valor de saída....................................72
Escalonamento linear de entrada...........................................72
Supervisão da cadeia de medição.........................................73
Auto-supervisão.....................................................................73
Calibragem.............................................................................74
Supervisão do valor limite......................................................74
Supervisão de banda morta...................................................75
Temperatura RTD vs. resistência...........................................76
Conexão de entrada RTD/mA................................................77
Sinais...........................................................................................79
Configurações.............................................................................79
Bloco de funções GOOSE................................................................82
GOOSERCV_BIN - Bloco de função...........................................82
Bloco de funções....................................................................82
Funcionalidade.......................................................................83
Sinais......................................................................................83
GOOSERCV_DP bloco de funções.............................................83
Bloco de funções....................................................................83
Funcionalidade.......................................................................83
Sinais......................................................................................83
GOOSERCV_MV bloco de funções............................................84
Bloco de funções....................................................................84
Funcionalidade.......................................................................84
Sinais......................................................................................84
GOOSERCV_INT8 bloco de funções..........................................84
Bloco de funções....................................................................84
Funcionalidade.......................................................................84
Sinais......................................................................................85
GOOSERCV_INTL bloco de funções..........................................85
Bloco de funções....................................................................85
Funcionalidade.......................................................................85
Sinais......................................................................................85
GOOSERCV_CMV bloco de funções..........................................86
Bloco de funções....................................................................86
Funcionalidade.......................................................................86
Sinais......................................................................................86
GOOSERCV_ENUM floco de funções........................................87
Bloco de funções....................................................................87
Funcionalidade.......................................................................87

2 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Sinais......................................................................................87
GOOSERCV_INT32 bloco de funções........................................87
Bloco de funções....................................................................87
Funcionalidade.......................................................................87
Sinais......................................................................................88
Blocos de função de conversão de tipo............................................88
QTY_GOOD bloqueio de funções...............................................88
Funcionalidade.......................................................................88
Sinais......................................................................................88
QTY_BAD bloco de funções........................................................89
Funcionalidade.......................................................................89
Sinais......................................................................................89
T_HEALTH bloco de funções......................................................89
Funcionalidade.......................................................................89
Sinais......................................................................................90
T_F32_INT8 bloco de funções.....................................................90
Funcionalidade.......................................................................90
Bloco de função......................................................................90
Ajustes....................................................................................90
Blocos lógicos configuráveis............................................................91
Blocos lógicos configuráveis padrão...........................................91
Bloco de funções OR.............................................................91
Bloco de funções AND...........................................................91
Bloco de funções XOR...........................................................92
Bloco de funções NOT...........................................................92
Bloco de funções MAX3.........................................................93
Bloco de funções MIN3..........................................................93
Bloco de funções R_TRIG......................................................94
Bloco de funções F_TRIG......................................................94
Bloco de funções T_POS_XX.................................................95
PTGAPC bloco de função de temporizador de pulso..................95
Bloco de funções....................................................................95
Funcionalidade.......................................................................96
Sinais......................................................................................96
Configurações........................................................................97
Dados técnicos.......................................................................98
TOFGAPC bloco de funções de atraso de tempo de
desligamento...............................................................................98
Bloco de função......................................................................98
Funcionalidade.......................................................................98
Sinais......................................................................................99
Configurações........................................................................99
Dados técnicos.....................................................................100

Série 615 3
Manual Técnico
Sumário

TONGAPC Bloco de funções de atraso de tempo de


ligamento...................................................................................100
Bloco de função....................................................................100
Funcionalidade.....................................................................100
Sinais....................................................................................101
Configurações......................................................................101
Dados técnicos.....................................................................102
SRGAPC Bloco de função set-reset..........................................102
Bloco de função....................................................................102
Funcionalidade.....................................................................102
Sinais....................................................................................103
Configurações......................................................................104
MVGAPC Bloco de funções Move.............................................104
Bloco de funções..................................................................104
Funcionalidade.....................................................................104
Sinais....................................................................................105
Bloco de funções de controle local/ remoto CONTROL............105
Bloqueio de funções.............................................................105
Funcionalidade.....................................................................105
Sinais....................................................................................106
Configurações......................................................................107
Dados monitorados..............................................................108
Restauração dos Ajustes de Fábrica..............................................109

Seção 4 Funções de proteção....................................................111


Proteção de corrente trifásica.........................................................111
Proteção de sobrecorrente trifásica não direcional
PHxPTOC..................................................................................111
Identificação.........................................................................111
Bloco de função....................................................................111
Funcionalidade.....................................................................111
Princípio de operação..........................................................112
Modos de medição...............................................................115
Características do temporizador..........................................115
Aplicação..............................................................................117
Sinais....................................................................................124
Configurações......................................................................125
Dados monitorados..............................................................128
Dados técnicos.....................................................................129
Histórico de revisão técnica.................................................130
Proteção de sobrecorrente trifásica direcional DPHxPDOC.....130
Identificação.........................................................................130
Bloco de funções..................................................................130
Funcionalidade.....................................................................131

4 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Princípio de funcionamento .................................................131


Modos de Medição...............................................................137
Características de sobrecorrente direcional ........................137
Aplicação..............................................................................145
Sinais....................................................................................147
Configurações......................................................................149
Dados monitorados..............................................................152
Dados técnicos.....................................................................154
Histórico de revisão técnica.................................................154
Proteção térmica trifásica para alimentadores, cabos e
transformadores de distribuição T1PTTR..................................155
Identificação.........................................................................155
Bloco de função....................................................................155
Funcionalidade.....................................................................155
Princípio de operação..........................................................155
Aplicação..............................................................................158
Sinais....................................................................................159
Configurações......................................................................160
Dados monitorados..............................................................160
Dados técnicos.....................................................................161
Histórico de revisão técnica.................................................161
Proteção de sobrecarga térmica trifásica para
transformadores de potência, duas constantes de tempo
T2PTTR.....................................................................................161
Identificação.........................................................................161
Bloco de função....................................................................161
Funcionalidade.....................................................................162
Princípio de operação..........................................................162
Aplicação..............................................................................165
Sinais....................................................................................168
Configurações......................................................................168
Dados monitorados..............................................................169
Dados técnicos.....................................................................169
Histórico de revisão técnica.................................................169
Proteção contra bloqueio da carga do motor JAMPTOC..........170
Identificação.........................................................................170
Bloco de funções..................................................................170
Funcionalidade.....................................................................170
Princípio de operação..........................................................170
Aplicação..............................................................................172
Sinais....................................................................................172
Configurações......................................................................173
Dados monitorados..............................................................173
Dados técnicos.....................................................................173

Série 615 5
Manual Técnico
Sumário

Supervisão de perda de carga LOFLPTUC...............................174


Identificação.........................................................................174
Bloqueio de funções.............................................................174
Funcionalidade.....................................................................174
Princípio de funcionamento..................................................174
Aplicação..............................................................................175
Sinais....................................................................................176
Configurações......................................................................176
Dados monitorados..............................................................177
Dados técnicos.....................................................................177
Proteção de sobrecarga térmica para motores MPTTR............177
Identificação.........................................................................177
Bloco de funções..................................................................178
Funcionalidade.....................................................................178
Princípio de operação..........................................................178
Aplicação..............................................................................187
Sinais....................................................................................191
Configurações......................................................................192
Dados monitorados..............................................................193
Dados técnicos.....................................................................193
Histórico de revisão técnica.................................................193
Proteção de falha à terra................................................................194
Proteção de falha à terra não direcional EFxPTOC..................194
Identificação.........................................................................194
Bloco de funções..................................................................194
Funcionalidade.....................................................................194
Princípio de operação..........................................................194
Modos de medição...............................................................197
Características do temporizador..........................................197
Aplicação..............................................................................199
Sinais....................................................................................199
Configurações......................................................................200
Dados monitorados..............................................................203
Dados técnicos.....................................................................204
Histórico de revisão técnica.................................................205
Proteção contra falha à terra direcional DEFxPDEF.................205
Identificação.........................................................................205
Bloco de funções..................................................................205
Funcionalidade.....................................................................206
Princípio de funcionamento..................................................206
Princípios contra falhas à terra direcionais..........................211
Modos de medição...............................................................217
Características do temporizador..........................................218

6 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Características de falha à terra direcional............................219


Aplicação..............................................................................227
Sinais....................................................................................229
Configurações......................................................................230
Dados monitorados..............................................................234
Dados técnicos.....................................................................235
Histórico de revisão técnica.................................................236
Proteção contra falha à terra transitória/intermitente
INTRPTEF.................................................................................237
Identificação.........................................................................237
Bloco de funções..................................................................237
Funcionalidade.....................................................................237
Princípio de operação..........................................................237
Aplicação..............................................................................239
Sinais....................................................................................241
Configurações......................................................................242
Dados monitorados..............................................................242
Dados técnicos.....................................................................243
Histórico de revisão técnica.................................................243
Proteção de falha à terra baseada em admitância
EFPADM....................................................................................243
Identificação.........................................................................243
Bloco de funções..................................................................243
Funcionalidade.....................................................................243
Princípio de operação..........................................................244
Características de admitância de neutro..............................257
Aplicação..............................................................................264
Sinais....................................................................................268
Configurações......................................................................269
Dados monitorados..............................................................270
Dados técnicos.....................................................................270
Proteção diferencial........................................................................271
Proteção diferencial de linha e medições relacionadas,
estágios estabilizado e instantâneo LNPLDF............................271
Identificação.........................................................................271
Bloco de funções..................................................................271
Funcionalidade.....................................................................271
Princípio de operação..........................................................272
Comissionamento.................................................................281
Aplicação..............................................................................287
Sinais....................................................................................292
Configurações......................................................................293
Dados monitorados..............................................................294
Dados técnicos.....................................................................296

Série 615 7
Manual Técnico
Sumário

Proteção diferencial estabilizada e instantânea para


transformadores de 2 enrolamentos TR2PTDF........................296
Identificação.........................................................................296
Bloco de funções..................................................................297
Funcionalidade.....................................................................297
Princípio de funcionamento..................................................297
Aplicação..............................................................................311
Conexões do TC e correção da relação de
transformação......................................................................326
Sinais....................................................................................330
Configurações......................................................................331
Dados monitorados..............................................................333
Dados técnicos.....................................................................336
Proteção de falha à terra restrita de baixa impedância
numericamente estabilizada LREFPNDF..................................336
Identificação.........................................................................336
Bloqueio de funções.............................................................336
Funcionalidade.....................................................................336
Princípio de funcionamento..................................................337
Aplicação..............................................................................341
Sinais....................................................................................344
Configurações......................................................................344
Dados monitorados..............................................................345
Dados técnicos.....................................................................345
Falha à terra restrita com base em alta impedância
HREFPDIF.................................................................................346
Identificação.........................................................................346
Bloco de funções..................................................................346
Funcionalidade.....................................................................346
Princípio de operação..........................................................346
Aplicação..............................................................................347
Recomendações para transformadores de corrente ...........350
Exemplo de ajuste................................................................354
Sinais....................................................................................357
Configurações......................................................................357
Dados monitorados..............................................................358
Dados técnicos.....................................................................358
Proteção de desbalanceamento.....................................................358
Proteção de sobrecorrente de sequência negativa
NSPTOC....................................................................................358
Identificação.........................................................................358
Bloco de funções..................................................................359
Funcionalidade.....................................................................359
Princípio de operação..........................................................359

8 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Aplicação..............................................................................361
Sinais....................................................................................362
Configurações......................................................................362
Dados monitorados..............................................................364
Dados técnicos.....................................................................364
Histórico de revisão técnica.................................................364
Proteção de descontinuidade de fase PDNSPTOC..................365
Identificação.........................................................................365
Bloco de funções..................................................................365
Funcionalidade.....................................................................365
Princípio de operação..........................................................365
Aplicação..............................................................................367
Sinais....................................................................................368
Configurações......................................................................368
Dados monitorados..............................................................369
Dados técnicos.....................................................................369
Proteção de inversão de fase PREVPTOC...............................370
Identificação.........................................................................370
Bloco de funções..................................................................370
Funcionalidade.....................................................................370
Princípio de operação..........................................................370
Aplicação..............................................................................371
Sinais....................................................................................371
Configurações......................................................................372
Dados monitorados..............................................................372
Dados técnicos.....................................................................372
Proteção de sobrecorrente de sequência negativa para
motores MNSPTOC...................................................................373
Identificação.........................................................................373
Bloqueio de funções.............................................................373
Funcionalidade.....................................................................373
Princípio de funcionamento..................................................373
Características do temporizador..........................................375
Aplicação..............................................................................377
Sinais....................................................................................378
Configurações......................................................................378
Dados monitorados..............................................................379
Dados técnicos.....................................................................379
Proteção de tensão........................................................................380
Proteção de sobretensão trifásica PHPTOV.............................380
Identificação.........................................................................380
Bloco de função....................................................................380
Funcionalidade.....................................................................380

Série 615 9
Manual Técnico
Sumário

Princípio de operação..........................................................380
Características do temporizador..........................................384
Aplicação..............................................................................384
Sinais....................................................................................385
Configurações......................................................................386
Dados monitorados..............................................................387
Dados técnicos.....................................................................387
Proteção de subtensão trifásica PHPTUV.................................387
Identificação.........................................................................387
Bloco de função....................................................................388
Funcionalidade.....................................................................388
Princípio de operação..........................................................388
Características do temporizador..........................................392
Aplicação..............................................................................392
Sinais....................................................................................393
Configurações......................................................................394
Dados monitorados..............................................................395
Dados técnicos.....................................................................395
Proteção de sobretensão residual ROVPTOV..........................396
Identificação.........................................................................396
Bloco de função....................................................................396
Funcionalidade.....................................................................396
Princípio de operação..........................................................396
Aplicação..............................................................................398
Sinais....................................................................................398
Configurações......................................................................399
Dados monitorados..............................................................399
Dados técnicos.....................................................................399
Histórico de revisão técnica.................................................400
Proteção de sobretensão de sequência negativa NSPTOV......400
Identificação.........................................................................400
Bloco de funções..................................................................400
Funcionalidade.....................................................................400
Princípio de operação..........................................................401
Aplicação..............................................................................402
Sinais....................................................................................403
Configurações......................................................................403
Dados monitorados..............................................................403
Dados técnicos.....................................................................404
Histórico de revisão técnica.................................................404
Proteção de subtensão de sequência positiva PSPTUV...........404
Identificação.........................................................................404
Bloco de funções..................................................................405

10 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Funcionalidade.....................................................................405
Princípio de operação..........................................................405
Aplicação..............................................................................406
Sinais....................................................................................407
Configurações......................................................................408
Dados monitorados..............................................................408
Dados técnicos.....................................................................408
Histórico de revisão técnica.................................................409
Proteção de frequência..................................................................409
Proteção de frequência FRPFRQ..............................................409
Identificação.........................................................................409
Bloco de funções..................................................................409
Funcionalidade.....................................................................410
Princípio de funcionamento..................................................410
Aplicação..............................................................................416
Sinais....................................................................................417
Configurações......................................................................417
Dados monitorados..............................................................418
Dados técnicos.....................................................................418
Redução e restauração de cargaLSHDPFRQ...........................419
Identificação.........................................................................419
Bloqueio de funções.............................................................419
Funcionalidade.....................................................................419
Princípio de funcionamento..................................................420
Aplicação..............................................................................424
Sinais....................................................................................428
Configurações......................................................................429
Dados monitorados..............................................................429
Dados técnicos.....................................................................430
Proteção do arco ARCSARC..........................................................430
Identificação..............................................................................430
Bloqueio de funções..................................................................430
Funcionalidade..........................................................................430
Princípio de funcionamento.......................................................431
Aplicação...................................................................................432
Sinais.........................................................................................436
Configurações...........................................................................437
Dados monitorados...................................................................437
Dados técnicos..........................................................................437
Supervisão de partida de motor STTPMSU...................................438
Identificação..............................................................................438
Bloco de função.........................................................................438
Funcionalidade..........................................................................438

Série 615 11
Manual Técnico
Sumário

Princípio de operação................................................................439
Aplicação...................................................................................445
Sinais.........................................................................................449
Configurações...........................................................................449
Dados monitorados...................................................................450
Dados técnicos..........................................................................451
Proteção multifunção MAPGAPC...................................................451
Identificação..............................................................................451
Bloqueio de funções..................................................................451
Funcionalidade..........................................................................451
Princípio de operação................................................................452
Aplicação...................................................................................453
Sinais.........................................................................................454
Configurações...........................................................................454
Dados monitorados...................................................................455
Dados técnicos..........................................................................455

Seção 5 Funções relacionadas à proteção................................457


Detector de inrush trifásico INRPHAR............................................457
Identificação..............................................................................457
Bloco de funções.......................................................................457
Funcionalidade..........................................................................457
Princípio de operação................................................................457
Aplicação...................................................................................459
Sinais.........................................................................................460
Configurações...........................................................................461
Dados monitorados...................................................................461
Dados técnicos..........................................................................462
Proteção de falhas do disjuntor CCBRBRF....................................462
Identificação..............................................................................462
Bloqueio de funções..................................................................462
Funcionalidade..........................................................................462
Princípio de funcionamento ......................................................463
Aplicação...................................................................................469
Sinais.........................................................................................471
Configurações...........................................................................471
Dados monitorados...................................................................472
Dados técnicos..........................................................................472
Histórico de revisão técnica.......................................................472
Master trip TRPPTRC.....................................................................472
Identificação..............................................................................472
Bloco de funções.......................................................................472
Funcionalidade..........................................................................473
Princípio de operação................................................................473

12 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Aplicação...................................................................................474
Sinais.........................................................................................476
Configurações...........................................................................476
Dados monitorados...................................................................476
Histórico de revisão técnica.......................................................477
Transferência de sinais binários BSTGGIO...................................477
Identificação..............................................................................477
Bloco de função.........................................................................477
Funcionalidade..........................................................................477
Princípio de funcionamento.......................................................478
Aplicação...................................................................................479
Sinais.........................................................................................480
Configurações...........................................................................481
Dados técnicos..........................................................................482
Partida de emergência ESMGAPC................................................482
Identificação..............................................................................482
Bloco de funções.......................................................................482
Funcionalidade..........................................................................482
Princípio de funcionamento.......................................................483
Aplicação...................................................................................483
Sinais.........................................................................................484
Configurações...........................................................................484
Dados monitorados...................................................................485
Dados técnicos..........................................................................485

Seção 6 Funções de supervisão................................................487


Supervisão de circuito de trip TCSSCBR.......................................487
Identificação..............................................................................487
Bloco de função.........................................................................487
Funcionalidade..........................................................................487
Princípio de operação................................................................487
Aplicação...................................................................................488
Sinais.........................................................................................495
Configurações...........................................................................496
Dados monitorados...................................................................496
Supervisão de circuito de corrente CCRDIF..................................496
Identificação..............................................................................496
Bloco de função.........................................................................496
Funcionalidade..........................................................................497
Princípio de operação................................................................497
Aplicação...................................................................................499
Sinais.........................................................................................503
Configurações...........................................................................504
Dados monitorados...................................................................504

Série 615 13
Manual Técnico
Sumário

Dados técnicos..........................................................................504
Supervisão de comunicação de proteção PCSRTPC....................504
Identificação..............................................................................504
Bloco de função.........................................................................505
Funcionalidade..........................................................................505
Princípio de operação................................................................505
Aplicação...................................................................................507
Sinais.........................................................................................508
Configurações...........................................................................508
Dados monitorados...................................................................509
Histórico de revisão técnica.......................................................509
Supervisão de falha do fusível SEQRFUF.....................................509
Identificação..............................................................................509
Bloco de função.........................................................................510
Funcionalidade..........................................................................510
Princípio de operação................................................................510
Aplicação...................................................................................514
Sinais.........................................................................................515
Configurações...........................................................................515
Dados monitorados...................................................................516
Dados técnicos..........................................................................516
Contador do tempo de operação MDSOPT...................................516
Identificação..............................................................................516
Bloqueio de funções..................................................................517
Funcionalidade..........................................................................517
Princípio de funcionamento.......................................................517
Aplicação...................................................................................518
Sinais.........................................................................................519
Configurações...........................................................................519
Dados monitorados...................................................................520
Dados técnicos..........................................................................520

Seção 7 Funções de monitoramento de condição.....................521


Monitoramento de condição do disjuntor SSCBR..........................521
Identificação..............................................................................521
Bloco de função.........................................................................521
Funcionalidade..........................................................................521
Princípio de operação................................................................522
Status do disjuntor................................................................523
Monitoramento da operação do disjuntor.............................523
Tempo de percurso do contato do disjuntor.........................524
Contador de operação..........................................................525
Acúmulo de Iyt......................................................................526
Vida útil restante do disjuntor...............................................527

14 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Indicação de mola carregada do disjuntor...........................529


Supervisão de pressão do gás.............................................529
Aplicação...................................................................................530
Sinais.........................................................................................533
Configurações...........................................................................534
Dados monitorados...................................................................536
Dados técnicos..........................................................................536
Histórico de revisão técnica.......................................................537

Seção 8 Funções de medição....................................................539


Medições básicas...........................................................................539
Funções.....................................................................................539
Funcionalidade de medição.......................................................540
Aplicações das funções de medição.........................................547
Medição de corrente trifásica CMMXU......................................548
Identificação.........................................................................548
Bloco de funções..................................................................548
Sinais....................................................................................548
Configurações......................................................................549
Dados monitorados..............................................................549
Dados técnicos.....................................................................550
Histórico de revisão técnica.................................................551
Medição de tensão trifásica VMMXU........................................551
Identificação.........................................................................551
Bloqueio de funções.............................................................551
Sinais....................................................................................551
Configurações......................................................................552
Dados monitorados..............................................................552
Dados técnicos.....................................................................553
Medição da corrente residual RESCMMXU..............................553
Identificação.........................................................................553
Bloco de funções..................................................................554
Sinais....................................................................................554
Configurações......................................................................554
Dados monitorados..............................................................555
Dados técnicos.....................................................................555
Histórico de revisão técnica.................................................555
Medição da tensão residual RESVMMXU.................................555
Identificação.........................................................................555
Bloco de funções..................................................................556
Sinais....................................................................................556
Configurações......................................................................556
Dados monitorados..............................................................557
Dados técnicos.....................................................................557

Série 615 15
Manual Técnico
Sumário

Histórico de revisão técnica.................................................557


Medição de frequência FMMXU................................................558
Identificação.........................................................................558
Bloco de funções..................................................................558
Sinais....................................................................................558
Configurações......................................................................558
Dados monitorados..............................................................559
Dados técnicos.....................................................................559
Medição da sequência de corrente CSMSQI............................559
Identificação.........................................................................559
Bloco de funções..................................................................559
Sinais....................................................................................560
Configurações......................................................................560
Dados monitorados..............................................................561
Dados técnicos.....................................................................562
Medição de sequência de tensão VSMSQI...............................562
Identificação.........................................................................562
Bloqueio de funções.............................................................562
Sinais....................................................................................562
Configurações......................................................................563
Dados monitorados..............................................................564
Dados técnicos.....................................................................565
Medição de potência e energia trifásica PEMMXU...................565
Identificação.........................................................................565
Bloco de funções..................................................................565
Sinais....................................................................................565
Configurações......................................................................566
Dados monitorados..............................................................566
Dados técnicos.....................................................................567
Registrador de distúrbios................................................................567
Funções.....................................................................................567
Entradas analógicas registradas..........................................568
Alternativas de disparo.........................................................568
Extensão de registros...........................................................569
Frequências de amostragem................................................570
Upload dos registros............................................................570
Eliminação de registros........................................................571
Modo de armazenamento....................................................572
Dados de pré-disparo e pós- disparo...................................572
Modos operacionais.............................................................572
Modo de exclusão................................................................573
Configuração.............................................................................573
Aplicação...................................................................................574

16 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Ajustes.......................................................................................575
Dados monitorados...................................................................579
Histórico de revisão técnica.......................................................579
Indicador de posição do comutador de tap TPOSSLTC................580
Identificação..............................................................................580
Bloco de função.........................................................................580
Funcionalidade..........................................................................580
Princípio de operação................................................................580
Aplicação...................................................................................583
Sinais.........................................................................................584
Configurações...........................................................................584
Dados monitorados...................................................................585
Dados técnicos..........................................................................585
Histórico de revisão técnica.......................................................585

Seção 9 Funções de controle.....................................................587


Controle do disjuntor CBXCBR .....................................................587
Identificação..............................................................................587
Bloqueio de funções..................................................................587
Funcionalidade..........................................................................587
Princípio de funcionamento.......................................................588
Aplicação...................................................................................590
Sinais.........................................................................................591
Configurações...........................................................................592
Dados monitorados...................................................................592
Histórico de revisão técnica.......................................................593
Indicador de posição da seccionadora DCSXSWI e indicação
da chave de aterramento ESSXSWI..............................................593
Identificação..............................................................................593
Bloco de funções.......................................................................593
Funcionalidade..........................................................................593
Princípio de operação................................................................594
Aplicação...................................................................................594
Sinais.........................................................................................594
Configurações...........................................................................595
Dados monitorados...................................................................595
Verificação de energização e sincronismo SECRSYN...................596
Identificação..............................................................................596
Bloco de função.........................................................................596
Funcionalidade..........................................................................596
Princípio de operação................................................................597
Aplicação...................................................................................605
Sinais.........................................................................................607
Configurações...........................................................................608

Série 615 17
Manual Técnico
Sumário

Dados monitorados...................................................................609
Dados técnicos..........................................................................610
Religamento automático DARREC.................................................610
Identificação..............................................................................610
Bloco de função.........................................................................610
Funcionalidade..........................................................................611
Definição do sinal de proteção.............................................611
Coordenação de zona..........................................................612
Esquema mestre-escravo ...................................................612
Bloqueio de sobrecarga térmica...........................................613
Princípio de operação................................................................613
Coleta de sinal e lógica de atraso........................................614
Início da descarga................................................................618
Controlador do apontador de disparo...................................622
Controlador de religamento..................................................623
Controlador de sequência....................................................625
Controlador de coordenação de proteção............................626
Controle do disjuntor............................................................627
Contadores................................................................................629
Aplicação...................................................................................629
Início da descarga................................................................630
Sequência............................................................................632
Exemplos de configuração...................................................633
Linhas de iniciação retardada..............................................637
Início da descarga a partir do sinal de partida de
proteção...............................................................................638
Disparo rápido em mudança para falha...............................639
Sinais.........................................................................................640
Configurações...........................................................................641
Dados monitorados...................................................................644
Dados técnicos..........................................................................645
Histórico de revisão técnica.......................................................645
Controle do comutador com regulador de tensão OLATCC...........646
Identificação..............................................................................646
Bloco de funções.......................................................................646
Funcionalidade..........................................................................646
Princípio de operação................................................................647
Dispositivos de medição de tensão e corrente..........................648
Indicação de posição do comutador..........................................649
Seleção do modo de operação..................................................650
Regulagem de tensão manual...................................................651
Regulação automática da tensão de transformadores
únicos........................................................................................652

18 Série 615
Manual Técnico
Sumário

Regulação automática da tensão de transformadores


paralelos....................................................................................656
Princípio Mestre/Seguidor M/F.............................................658
Princípio de Reatância Negativa NRP.................................659
Princípio de Minimização da Corrente Circulante MCC.......661
Características do temporizador................................................664
Controle de pulso......................................................................665
Esquema de bloqueio................................................................666
Indicação de alarme..................................................................671
Aplicação...................................................................................672
Sinais.........................................................................................679
Configurações...........................................................................680
Dados monitorados...................................................................682
Dados técnicos..........................................................................684

Seção 10 Características gerais do bloco de função...................685


Características de tempo definitivo................................................685
Operação de tempo definitivo....................................................685
Características de tempo mínimo inverso definido baseado na
corrente..........................................................................................688
Curvas IDMT para proteção de sobretensão............................688
Características de tempo inverso padrão.............................690
Características de tempo inverso programadas pelo
usuário..................................................................................706
Características de tempo inverso do tipo RI e RD...............706
Reset em modos de tempo inverso...........................................709
Temporizador inverso de congelamento...................................718
Características de tempo mínimo inverso definido baseado na
tensão.............................................................................................719
Curvas IDMT para proteção de sobretensão............................719
Características de padrão de tempo inverso para
proteção de sobretensão......................................................721
Características de tempo inverso programáveis pelo
usuário para proteção de sobretensão.................................725
Saturação de curvas IDMT para proteção de
sobrecorrente.......................................................................726
Curvas IDMT para proteção de subtensão................................726
Características de padrão inverso do tempo para
proteção de subtensão.........................................................727
Características de tempo inverso programáveis pelo
usuário para proteção de subtensão....................................729
Saturação de curvas IDMT de proteção contra
subtensão.............................................................................730
Proteção e medição de frequência.................................................730
Modos de medição.........................................................................731

Série 615 19
Manual Técnico
Sumário

Medições calculadas......................................................................733

Seção 11 Requisitos para transformadores de medição.............735


Transformadores de corrente.........................................................735
Requisitos dos transformadores de corrente para proteção
contra sobrecorrente não direcional..........................................735
Classe de exatidão do transformador de corrente e fator
limite de precisão.................................................................735
Proteção de sobrecorrente não direcional...........................736
Exemplo de proteção de sobrecorrente não direcional
trifásica.................................................................................737

Seção 12 Conexões físicas do IED..............................................739


Conexões de aterramento de proteção..........................................739
Conexões binárias e analógicas.....................................................739
Conexões de comunicação............................................................740
Conexão frontal Ethernet RJ-45................................................740
Conexões traseiras de Ethernet................................................741
Conexão traseira Serial EIA-232...............................................741
Conexão traseira Serial EIA-485...............................................741
Conexão de comunicação de proteção.....................................742
Conexão óptico ST traseira de série.........................................742
Interfaces e protocolos de comunicação...................................742
Módulos de comunicação da parte traseira...............................743
Locais e conexões de jumper COM0001-COM0014............747
Locais e conexões de jumper COM0023.............................750
Locais e conexões de jumper COM0008 e COM0010.........755
Conexões e localização dos jumpers COM0033 e
COM0034.............................................................................759
Dispositivos Ethernet industriais recomendados.......................761

Seção 13 Dados técnicos.............................................................763

Seção 14 IED e testes de funcionalidade....................................771

Seção 15 Normas e regulamentos aplicáveis..............................775

Seção 16 Glossário......................................................................777

20 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 1
Introdução

Seção 1 Introdução

1.1 Este manual

O manual técnico contém as descrições da aplicação e de funcionalidade, lista os


blocos de função, diagramas lógicos, sinal de entrada e saída, parâmetros de ajuste
e dados técnicos organizados por função. O manual também pode ser utilizado
como referência técnica durante a fase de planejamento, fase de instalação e
comissão, além de durante o serviço normal.

1.2 Público alvo

Este manual está dirigido a engenheiros de sistemas e pessoal de instalação e


ativação, que usam informações técnicas durante o projeto, instalação e ativação, e
em operação normal.

O engenheiro de sistemas deve ter um conhecimento amplo de sistemas de


proteção, equipamentos de proteção, funções de proteção e da lógica funcional
configurada nos IEDs. O pessoal de instalação e ativação deve ter um
conhecimento básico no manuseio de equipamentos eletrônicos.

Série 615 21
Manual Técnico
Seção 1 1MRS757783 A
Introdução

1.3 Documentação do produto

1.3.1 Conjunto de documentação do produto

IEC07000220 V1 PT

Figura 1: A utilização pretendida dos manuais em diferentes ciclos de vida

O manual de engenharia contém instruções de como projetar os IEDs utilizando as


diferentes ferramentas em PCM600. O manual fornece instruções de como
configurar um projeto PCM600 e inserir os IEDs na estrutura do projeto. O manual
também recomenda uma sequência para a engenharia de proteção e funções de
controle, assim como para as funções LHMI e engenharia de comunicação para
IEC 61850 e outros protocolos suportados.

O manual de instalação contém instruções de como instalar o IED. O manual


fornece os procedimentos para instalações mecânicas e elétricas. Os capítulos são
organizados em ordem cronológica no qual o IED deve ser instalado.

O manual de comissionamento contém as instruções de como comissionar o IED.


Além disso, o manual também pode ser utilizado pelos engenheiros de sistema e
pessoal de manutenção para assistência durante a fase de teste. O manual fornece
os procedimentos para checagem da conexão externa, da energização do IED, do

22 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 1
Introdução

ajuste e da configuração de parâmetro, além dos ajustes de verificação pela injeção


secundária. O manual descreve o processo de teste de um IED na subestação que
não está em serviço. Os capítulos são organizados em ordem cronológica no qual o
IED deve ser comissionado.

O manual de operação contém as instruções de como operar o IED uma vez que foi
comissionado. O manual fornece instruções de monitoramento, controle e ajuste do
IED. Além disso, o manual também descreve como identificar os ruídos e como
visualizar os dados de grade de energia calculados e medidos para determinar a
causa da falha.

O manual de serviço contém instruções de serviço e manutenção IED. O manual


também fornece procedimentos para desenergizar, desativar e descartar o IED.

O manual de aplicação contém as descrições do aplicativo e diretrizes de ajuste


ordenado por função. O manual pode ser utilizado para descobrir quando e com
qual finalidade uma função de proteção típica pode ser utilizada. O manual também
pode ser utilizado no cálculo dos ajustes.

O manual técnico contém as descrições da aplicação e de funcionalidade, lista os


blocos de função, diagramas lógicos, sinal de entrada e saída, parâmetros de ajuste
e dados técnicos organizados por função. O manual também pode ser utilizado
como referência técnica durante a fase de planejamento, fase de instalação e
comissão, além de durante o serviço normal.

O manual do protocolo de comunicação descreve um protocolo de comunicação


suportado pelo IED. O manual se concentra nas implementações específicas para
vendedores.

O manual de lista de pontos descreve a percepção e as propriedades de pontos de


dados específicas para o IED. O manual deve ser utilizado junto com o manual de
protocolo de comunicação correspondente.

Alguns dos manuais ainda não estão disponíveis.

1.3.2 Documento com o histórico de revisões


Revisão/data do documento Versão da série do produto Histórico
A/2013-04-15 3.0 Traduzido da versão em inglês E
(1MRS756887)

Faça o download dos documentos mais recentes no site da ABB http://


www.abb.com/substationautomation.

Série 615 23
Manual Técnico
Seção 1 1MRS757783 A
Introdução

1.3.3 Documentos relacionados


As séries do produto - e os manuais específicos de produtos - podem ser baixados
do site da ABB http://www.abb.com/substationautomation.

1.4 Símbolos e convenções

1.4.1 Símbolos de alertas de segurança

O ícone de alerta elétrico indica a presença de um risco que poderia


resultar em choque elétrico.

O ícone de alerta indica a presença de um risco que poderia resultar


em ferimentos pessoais.

O ícone de cuidado indica informações importantes ou um alerta


relativo ao conceito discutido no texto. Ele pode indicar a presença
de um risco que poderia resultar na corrupção do software ou danos
ao equipamento ou a ativos.

O ícone de informação alerta o leitor para fatos e condições


importantes.

O ícone de dicas indica um conselho sobre, por exemplo, como


conceber seu projeto ou como usar uma determinada função.

Embora os riscos alertados estejam relacionados com ferimentos pessoais, deve ser
entendido que a operação de equipamentos danificados pode, em certas condições
operacionais, resultar em desempenho degradado do processo levando a ferimentos
pessoais ou a morte. Portanto, observe completamente todos os alertas e avisos de
cuidado.

1.4.2 Convenções dos manuais


Convenções utilizadas nos manuais IED. Uma convenção particular pode não ser
utilizada neste manual.

24 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 1
Introdução

• Abreviações e siglas neste manual são explicadas no glossário. O glossário


também contém definições de termos importantes.
• Apertar o botão de navegação LHMI na estrutura do menu é apresentado por
meio dos ícones do botão, por exemplo:
Para navegar entre as opções, utilize e .
• Os caminhos do menu HMI são apresentados em negrito, por exemplo:
Selecione no menu principal/Settings.
• As mensagens LHMIsão mostradas em fonte Courier, por exemplo:
Para salvar as alterações em memória não volátil, selecione Yes e pressione
.
• Os nomes dos parâmetros são mostrados em itálico, por exemplo:
A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração.
• Os valores de parâmetro são indicados com aspas, por exemplo:
Os valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".
• As mensagens do IED de entrada/saída e os nomes de dados monitorados são
mostrados em fonte Courier, por exemplo:
Quando a função inicia, a saída START é configurada para TRUE.

1.4.3 Funções, códigos e símbolos


Todas as funções disponíveis estão listadas na tabela. Nem todas são aplicáveis a
todas as variantes do produto.

Tabela 1: Funções inclusas nas configurações padrão


Função IEC 61850 IEC 60617 IEC-ANSI
Proteção
Proteção de sobrecorrente trifásica PHLPTOC1 3I> (1) 51P-1 (1)
não-direcional, estágio baixo
PHLPTOC2 3I> (2) 51P-1 (2)
Proteção de sobrecorrente trifásica PHHPTOC1 3I>> (1) 51P-2 (1)
não-direcional, estágio alto
PHHPTOC2 3I>> (2) 51P-2 (2)
Proteção de sobrecorrente trifásica PHIPTOC1 3I>>> (1) 50P/51P (1)
não direcional, estágio instantâneo
PHIPTOC2 3I>>> (2) 50P/51P (2)
Proteção de sobrecorrente trifásica DPHLPDOC1 3I> -> (1) 67-1 (1)
direcional, estágio baixo
DPHLPDOC2 3I> -> (2) 67-1 (2)
Proteção de sobrecorrente trifásica
DPHHPDOC1 3I>> -> 67-2
direcional, estágio alto
Proteção de falha à terra não- EFLPTOC1 Io> (1) 51N-1 (1)
-direcional, estágio baixo
EFLPTOC2 Io> (2) 51N-1 (2)
Proteção de falha à terra não- EFHPTOC1 Io>> (1) 51N-2 (1)
-direcional, estágio alto
EFHPTOC2 Io>> (2) 51N-2 (2)
Proteção de falha à terra não-
EFIPTOC1 Io>>> 50N/51N
-direcional, estágio instantâneo
Proteção de falha à terra direcional, DEFLPDEF1 Io> -> (1) 67N-1 (1)
estágio baixo
DEFLPDEF2 Io> -> (2) 67N-1 (2)
Tabela continua na próxima página

Série 615 25
Manual Técnico
Seção 1 1MRS757783 A
Introdução

Função IEC 61850 IEC 60617 IEC-ANSI


Proteção de falha à terra direcional,
DEFHPDEF1 Io>> -> 67N-2
estágio alto
Proteção de falha à terra baseada na EFPADM1 Yo> -> (1) 21YN (1)
admitância
EFPADM2 Yo> -> (2) 21YN (2)
EFPADM3 Yo> -> (3) 21YN (3)
Proteção de falha à terra transitória/
INTRPTEF1 Io> -> IEF 67NIEF
intermitente
Falha à terra (cross-country) não-
EFHPTOC1 Io>> (1) 51N-2 (1)
-direcional, utilizando Io calculado
Proteção de sobrecorrente de NSPTOC1 I2> (1) 46 (1)
sequência negativa
NSPTOC2 I2> (2) 46 (2)
Proteção de descontinuidade de fase PDNSPTOC1 I2/I1> 46PD
Proteção de sobretensão residual ROVPTOV1 Uo> (1) 59G (1)
ROVPTOV2 Uo> (2) 59G (2)
ROVPTOV3 Uo> (3) 59G (3)
Proteção de subtensão trifásica PHPTUV1 3U< (1) 27 (1)
PHPTUV2 3U< (2) 27 (2)
PHPTUV3 3U< (3) 27 (3)
Proteção de sobretensão trifásica PHPTOV1 3U> (1) 59 (1)
PHPTOV2 3U> (2) 59 (2)
PHPTOV3 3U> (3) 59 (3)
Proteção de subtensão de sequência PSPTUV1 U1< (1) 47U+ (1)
positiva
PSPTUV2 U1< (2) 47U+ (2)
Proteção de sobretensão de NSPTOV1 U2> (1) 47O- (1)
sequência negativa
NSPTOV2 U2> (2) 47O- (2)
Proteção de frequência FRPFRQ1 f>/f<,df/dt (1) 81 (1)
FRPFRQ2 f>/f<,df/dt (2) 81 (2)
FRPFRQ3 f>/f<,df/dt (3) 81 (3)
FRPFRQ4 f>/f<,df/dt (4) 81 (4)
FRPFRQ5 f>/f<,df/dt (5) 81 (5)
FRPFRQ6 f>/f<,df/dt (6) 81 (6)
Proteção térmica trifásica para
alimentadores, cabos e T1PTTR1 3Ith>F 49F
transformadores de distribuição
Proteção de sobrecarga térmica
trifásica para transformadores de T2PTTR1 3Ith>T 49T
potência, duas constantes de tempo
Proteção de sobrecorrente de MNSPTOC1 I2>M (1) 46M (1)
sequência negativa para motores
MNSPTOC2 I2>M (2) 46M (2)
Supervisão de perda de carga LOFLPTUC1 3I< 37
Proteção de rotor bloqueado de motor JAMPTOC1 Ist> 51LR
Supervisão de partida do motor STTPMSU1 Is2t n< 49,66,48,51LR
Tabela continua na próxima página

26 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 1
Introdução

Função IEC 61850 IEC 60617 IEC-ANSI


Proteção de inversão de fase PREVPTOC1 I2>> 46R
Proteção de sobrecarga térmica para
MPTTR1 3Ith>M 49M
motores
Transferência de sinal binário BSTGGIO1 BST BST
Proteção diferencial instantânea e
estabilizada para 2 transformadores TR2PTDF1 3dI>T 87T
2W
Proteção diferencial de linha e
medições relacionadas, estágios LNPLDF1 3dI>L 87L
estável e instantâneo
Proteção de falha à terra restrita de
baixa impedância numérica LREFPNDF1 dIoLo> 87NL
estabilizada
Proteção de falha à terra restrita
HREFPDIF1 dIoHi> 87NH
baseada em alta impedância
Proteção de falha de disjuntor CCBRBRF1 3I>/Io>BF 51BF/51NBF
Detector de inrush trifásico INRPHAR1 3I2f> 68
Master trip Master Trip
TRPPTRC1 94/86 (1)
(1)
Master Trip
TRPPTRC2 94/86 (2)
(2)
Proteção de arco elétrico ARCSARC1 ARC (1) 50L/50NL (1)
ARCSARC2 ARC (2) 50L/50NL (2)
ARCSARC3 ARC (3) 50L/50NL (3)

Proteção multiuso 1) MAPGAPC1 MAP (1) MAP (1)


MAPGAPC2 MAP (2) MAP (2)
MAPGAPC3 MAP (3) MAP (3)
Redução de carga e restauração LSHDPFRQ1 UFLS/R (1) 81LSH (1)
LSHDPFRQ2 UFLS/R (2) 81LSH (2)
LSHDPFRQ3 UFLS/R (3) 81LSH (3)
LSHDPFRQ4 UFLS/R (4) 81LSH (4)
LSHDPFRQ5 UFLS/R (5) 81LSH (5)
Controle
Controle do disjuntor CBXCBR1 I <-> O CB I <-> O CB
Indicação de posição do seccionador DCSXSWI1 I <-> O DC (1) I <-> O DC (1)
DCSXSWI2 I <-> O DC (2) I <-> O DC (2)
DCSXSWI3 I <-> O DC (3) I <-> O DC (3)
Indicação da chave de aterramento ESSXSWI1 I <-> O ES I <-> O ES
Início de emergência ESMGAPC1 ESTART ESTART
Religamento automático DARREC1 O -> I 79
Indicação de posição do comutador TPOSSLTC1 TPOSM 84M
Controle do comutador com
OLATCC1 COLTC 90V
regulador de tensão
Tabela continua na próxima página

Série 615 27
Manual Técnico
Seção 1 1MRS757783 A
Introdução

Função IEC 61850 IEC 60617 IEC-ANSI


Verificação de energização e
SECRSYN1 SYNC 25
sincronismo
Monitoramento de condição
Monitoramento da condição do
SSCBR1 CBCM CBCM
disjuntor
Supervisão do circuito de trip TCSSCBR1 TCS (1) TCM (1)
TCSSCBR2 TCS (2) TCM (2)
Supervisão do circuito de corrente CCRDIF1 MCS 3I MCS 3I
Supervisão de falha do fusível SEQRFUF1 FUSEF 60
Supervisão de comunicação de
PCSRTPC1 PCS PCS
proteção
Contador do tempo de execução
MDSOPT1 OPTS OPTM
para máquinas e dispositivos.
Medições
Registrador de distúrbios RDRE1 - -
Medição de corrente trifásica CMMXU1 3I 3I
CMMXU2 3I(B) 3I(B)
Medição de sequência de corrente CSMSQI1 I1, I2, Io I1, I2, Io
Medição de corrente residual RESCMMXU1 Io Em
RESCMMXU2 Io(B) In(B)
Medição de tensão trifásica VMMXU1 3U 3U
Medição de tensão residual RESVMMXU1 Uo Vn
Medição de sequência da tensão VSMSQI1 U1, U2, Uo U1, U2, Uo
Medição de potencia e energia
PEMMXU1 P, E P, E
trifásica
Medição RTD/mA XRGGIO130 X130 (RTD) X130 (RTD)
Medição de frequência FMMXU1 f f

1) A proteção multiuso é utilizada, por exemplo, em proteções relacionadas a RTD/mA

28 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 2
Visão geral da série 615

Seção 2 Visão geral da série 615

2.1 Visão Geral

A série 615 é um produto da família de IEDs projetada para proteção, controle,


medição e supervisão de subestações de concessionárias e painéis e equipamentos
industriais. O design dos IEDs foi orientado pela norma IEC 61850 para a
comunicação e interoperabilidade entre dispositivos de automação de subestações.

Os IEDs apresentam um design extraível com uma variedade de métodos de


montagem, tamanho compacto e facilidade de utilização. Dependendo do produto,
funcionalidades opcionais estão disponíveis no momento do pedido, tanto para
software quanto para hardware, como por exemplo, religamento automático e
módulo adicional de I/Os.

A série do IED auxilia uma série de protocolos de comunicação incluindo IEC


61850 com mensagem GOOSE, IEC 60870-5-103, Modbus® e DNP3.

Série 615 29
Manual Técnico
Seção 2 1MRS757783 A
Visão geral da série 615

2.1.1 Histórico da versão da série do produto


Versão da série do Histórico da série do produto
produto
1.0 Primeiro produto de 615 série REF615 liberado com configurações A-D
1.1 Novo produto: RED615

Melhorias na plataforma:

• Suporte IRIG-B
• Suporte para protocolos paralelos: IEC 61850 e Modbus
• Módulo de entrada/saída binária adicional X130 como uma opção
• Funcionalidade de intertravamento CB aprimorada
• Funcionalidade TCS aprimorada em HW
• Suporte de memória não volátil

2.0 Novos produtos:

• RET615 com configurações A-D


• REM615 com configuração C

Novas configurações

• REF615: E e F
• RED615: B e C

Melhorias na plataforma

• Suporte para série DNP3 ou TCP/IP


• Suporte para IEC 60870-5-103
• Proteção e medição de tensão
• Medição de potência e energia
• Carregamento de registrador de distúrbios via WHMI
• Supervisão de falha do fusível

30 Série 615
Manual Técnico
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Visão geral da série 615

Versão da série do Histórico da série do produto


produto
3.0 Novo produto:

• RET615 com configurações A e B

Novas configurações

• REF615 G e H
• RET615 E-H
• REM615 A e B

Adições para configurações:

• REF615 A, B, E e F
• RET615 A-D
• REM615 C
• RED615 B

Melhorias na plataforma:

• Suporte de configurabilidade de aplicação


• Suporte GOOSE analógico
• Display grande com Diagrama Unifilar
• Projeto mecânico aprimorado
• Aumento do valor máximo de registros de eventos e falhas
• Proteção e medição de frequência
• Falha à terra com base na admitância
• Entradas de sensor combi
• Proteção e medição de RTD/mA
• Verificação de energização e sincronismo
• Controle do comutador de tap com regulador de tensão
• Redução de carga e restauração
• Io/Uo mensurado/calculado selecionável
• Opção Ethernet multi-portas

2.1.2 PCM 600 e Versão do pacote de conectividade do IED


• Gerenciador de IEDs de proteção e controle PCM600 versão 2.3 ou mais recente
• Pacote de Conectividade do RED615 Ver. 3.0 ou posterior
• Pacote de Conectividade do REF615 Ver. 3.0 ou posterior
• Pacote de Conectividade do REM615 Ver. 3.0 ou posterior
• Pacote de Conectividade do RET615 Ver. 3.0 ou posterior
• Pacote de Conectividade do REU615 Ver. 3.0 ou posterior

Faça o download de pacotes de conectividade na página ABB em


http://www.abb.com/substationautomation

Série 615 31
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Visão geral da série 615

2.2 IHM Local

REF615

Overcurrent
Dir. earth-fault
Voltage protection
Phase unbalance
Thermal overload
Breaker failure
Disturb. rec. Triggered
CB condition monitoring
Supervision
Arc detected
Autoreclose shot in progr.

A070704 V3 PT

Figura 2: Exemplo da IHM Local da série 615

A IHM Local do IED contém os seguintes elementos:


• Display
• Botões
• LEDs indicadores
• Porta de Comunicação

A IHM Local é usada para ajustar, monitorar e controlar.

2.2.1 Display
A IHM Local inclui um display gráfico que suporta dois tamanhos de caracteres. O
tamanho dos caracteres depende do idioma selecionado. A quantidade de caracteres
e linhas que cabem na página depende do tamanho do caractere.

32 Série 615
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Visão geral da série 615

Tabela 2: Caracteres e linhas na página


Tamanho do caractere Linhas na página Caracteres por linha
Pequeno, monoespaçado 5 linhas 20
(6x12 pixels) 10 linhas no display grande
Grande, largura variável 4 linhas min 8
(13x14 pixels) 8 linhas no display grande

O display é dividido em quatro áreas básicas.


1 2

3 4
A070705 V2 PT

Figura 3: Layout do display

1 Cabeçalho
2 Ícone
3 Conteúdo
4 Barra de rolagem (aparece quando necessário)

2.2.2 LEDs
A IHM Local inclui três indicadores de proteção acima do display: Ready, Start e
Trip.

Há também 11 LEDs programáveis na frente da IHM Local. Os LEDs podem ser


configurados com o PCM600 e o modo de operação pode ser selecionado pela
IHM Local, IHM Web ou pelo PCM600.

2.2.3 Teclado
O teclado da IHM Local contém botões utilizados para navegar em diversos menus
ou páginas. Com os botões, você pode efetuar comandos de abertura ou
fechamento em um objeto primário, como por exemplo, um disjuntor, contator ou
um seccionador. Os botões também são usados para reconhecer alarmes, restaurar
indicações, fornecer ajuda e mudar entre os modos de controle remoto e local.

Série 615 33
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Visão geral da série 615

A071176 V1 PT

Figura 4: Teclado da IHM Local com botões de controle de objeto,


navegação e comando e porta de comunicação RJ-45

2.3 IHM Web

A IHM Web permite ao usuário acessar o IED via um navegador web. A versão de
navegador suportada é o Internet Explorer 7.0 ou mais recente.

A IHM Web é desabilitada por padrão.

A IHM Web oferece diversas funções.

• LEDs programáveis e lista de eventos


• Supervisão do sistema
• Ajuste de parâmetros
• Exibição das medidas
• Gravador de perturbações
• Diagrama fasorial
• Diagrama Unifilar

A estrutura em árvore do menu na IHM Web é quase idêntica ao da IHM Local.

34 Série 615
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A070754 V3 PT

Figura 5: Exemplo de visualização da IHM Web

A IHM Web pode ser acessado local e remotamente.

• De forma local por meio da conexão do computador do usuário ao IED via


porta de comunicação frontal.
• Remotamente via LAN/WAN.

2.4 Autorização

As categorias de usuário são pré-definidas para oLHMI e WHMI, cada um com


privilégios e senhas diferentes.

As senhas padrões podem ser alteradas com privilégio de administrador.

Autorização de usuário está desativada por definição, mas a WHMI


sempre usa autorização.

Série 615 35
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Tabela 3: Categorias de usuários pré-definidas


Nome do usuário Direitos de usuário
VIEWER Acesso apenas de leitura
OPERADOR • Selecionando o estado local ou remoto com (apenas
localmente)
• Alterando os grupos de ajustes
• Controle
• Limpando indicações

ENGENHEIRO • Alterando os ajustes


• Limpando a lista de evento
• Limpando as oscilografias
• Alterando as configurações do sistema tais como endereço de
IP, baud rate serial ou ajustes de oscilografia
• Configurando o IED para o modo de teste
• Selecionando o idioma

ADMINISTRADOR • Todos os listados acima


• Alterando a senha
• Ativação das definições de fábrica

Para autorização do usuário no PCM600,vide documentação do


PCM600.

2.5 Comunicação

O IED suporta uma série de protocolos de comunicação, incluindo: IEC 61850,


IEC 60870-5-103, Modbus® e DNP3. As informações operacionais e controles
estão disponíveis através destes protocolos. No entanto, algumas funcionalidades
de comunicação, por exemplo, comunicação horizontal entre os IEDs, só é liberada
pelo protocolo de comunicação IEC 61850.

A implementação de comunicação do IEC 61850 suporta todas as funções de


monitoramento e controle. Além disso, parâmentros de ajustes, gravações de
oscilografias e registros de faltas podem ser acessados usando o protocolo IEC
61850. Registros de oscilografia estão disponíveis para qualquer aplicação baseada
em Ethernet via FTP no formato padrão Comtrade. O IED pode enviar e receber
sinais digitais a partir de outros IEDs (chamado de comunicação horizontal),
utilizando GOOSE IEC61850-8-1 onde a classe de maior desempenho com um
tempo total de transmissão de 3 ms é suportada. Além disso, o IED suporta o envio
e recebimento de valores analógicos utilizando mensagens GOOSE. O IED cumpre
os requisitos de desempenho de GOOSE para aplicações de disparo em
subestações, conforme definido pelo padrão IEC 61850. O IED suporta
simultaneamente relatórios de eventos para até cinco clientes diferentes no
barramento de comunicação

36 Série 615
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O IED pode suportar cinco clientes simultaneamente. Se o PCM600 reservar a


conexão de um cliente, apenas quatro conexões de clientes estão disponíveis, por
exemplo, para IEC 61850 e Modbus.

Todos os conectores de comunicação, exceto o conector da porta frontal, são


colocados nos módulos de comunicação opcional O IED pode ser conectado aos
sistemas de comunicação baseados em Ethernet através do conector RJ-45 (100Base-
-TX) ou do conector de fibra óptica LC (100Base-FX).

Cliente A Cliente B

Rede

Rede

Gerenciamento de interruptores Gerenciamento de interruptores


Ethernet com suporte RSTP Ethernet com suporte RSTP

RED615 REF615 RET615 REU615 REM615

GUID-AB81C355-EF5D-4658-8AE0-01DC076E519C V1 PT

Figura 6: Solução self-healing de Ethernet em anel

A solução do anel Ethernet suporta a conexão de até trinta IEDs da


série 615. Se mais do que 30 IEDs necessitam ser conectados,
recomenda-se que a rede seja dividida em vários anéis com não
mais de 30 IEDs por anel.

Série 615 37
Manual Técnico
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Funções básicas

Seção 3 Funções básicas

3.1 Parâmetros gerais

Tabela 4: Ajustes de entrada analógica, corrente de fase


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Corrente secundária 1=0.2A 2=1A Corrente secundária avaliada
2=1A
3=5A
Corrente primária 1.0...6000.0 A 0,1 100.0 Corrente primária avaliada
Correção de amplitude A 0.900...1.100 0,001 1,000 Fator de correção de amplitude fase A
Correção de amplitude B 0.900...1.100 0,001 1,000 Fator de correção de amplitude fase B
Correção de amplitude C 0.900...1.100 0,001 1,000 Fator de correção de amplitude fase C
Corrente Nominal 39...4000 A 1 1300 Corrente Nominal de Rede (In)
Valor Secundário 1.000...50.000 mV/Hz 0,001 3.000 Proporção do valor secundário avaliado
avaliado (RSV)
Polaridade reversa 0=Falso 0=Falso Reverta a polaridade dos CTs de fase
1=Verdadeiro

Tabela 5: Ajustes de entrada analógica, corrente residual


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Corrente secundária 1=0.2A 2=1A Corrente secundária
2=1A
3=5A
Corrente primária 1.0...6000.0 A 0,1 100.0 Corrente primária
Correção de amplitude 0.900...1.100 0,001 1,000 Correção de amplitude
Polaridade reversa 0=Falso 0=Falso Reverta a polaridade do CT residual
1=Verdadeiro

Tabela 6: Ajustes de entrada analógica, tensões de fase


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tensão primária 0.100...440.000 kV 0,001 20.000 Tensão primária avaliada
Tensão secundária 60...210 V 1 100 Tensão secundária avaliada
Conexão VT 1=em estrela 2=Delta Conexão VT em estrela, delta, U12 ou
2=Delta UL1
3=U12
4=UL1
Correção de amplitude A 0.900...1.100 0,001 1,000 Correção de magnitude de fasor de
tensão da fase A de um transformador
de tensão externa
Tabela continua na próxima página

Série 615 39
Manual Técnico
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Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Correção de amplitude B 0.900...1.100 0,001 1,000 Correção de magnitude de fasor de
tensão da fase B de um transformador
de tensão externa
Correção de amplitude C 0.900...1.100 0,001 1,000 Correção de magnitude de fasor de
tensão da fase C de um transformador
de tensão externa
Proporção de divisão 1000...20000 1 10000 Proporção de divisão do sensor de tensão
Tipo de entrada de 1=trafo da tensão 1=trafo da tensão Tipo de entrada de tensão
tensão 3=sensor CVD

Tabela 7: Configurações do canal analógico, tensão residual


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tensão secundária 60...210 V 1 100 Tensão secundária
Tensão primária 0.100...440.000 kV 0,001 11.547 Tensão primária
Correção de amplitude 0.900...1.100 0,001 1,000 Correção de amplitude

Tabela 8: Sinais de entrada LED programáveis


Nome Tipo Padrão Descrição
LED programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 1 programáveis
LED programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 2 programáveis
LED programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 3 programáveis
LED 4 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 4 programáveis
LED 5 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 5 programáveis
LED 6 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 6 programáveis
LED 7 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 7 programáveis
LED 8 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 8 programáveis
LED 9 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 9 programáveis
LED 10 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 10 programáveis
LED 11 programável BOOLEAN 0=Falso Status de LED 11 programáveis

40 Série 615
Manual Técnico
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Funções básicas

Tabela 9: LED configurações programáveis


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 1
to-S 1) nto-S
1=Acompanhamen
to-F 2)
2=Com trinco 3)
3=LatchedAck-F-S
4)

Descrição LED programável Descrição LED programável


Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 2
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED programável Descrição LED programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 3
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED programável Descrição LED programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 4
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 4 Descrição LED programável
programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 5
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 5 Descrição LED programável
programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 6
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 6 Descrição LED programável
programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 7
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 7 Descrição LED programável
programável
Tabela continua na próxima página

Série 615 41
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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 8
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 8 Descrição LED programável
programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED 9
to-S nto-S
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 9 Descrição LED programável
programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED
to-S nto-S 10
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 10 Descrição LED programável
programável
Modo de alarme 0=Acompanhamen 0=Acompanhame Modo de alarme programável para LED
to-S nto-S 11
1=Acompanhamen
to-F
2=Latched-S
3=LatchedAck-F-S
Descrição LED 11 Descrição LED programável
programável

1) Modo não travado


2) Modo não travado
3) Modo não travado
4) Modo não travado

Tabela 10: Ajustes de autorização


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Acionamento local 0=Falso 1) 1=Verdadeiro Autoridade desabilitada
1=Verdadeiro 2)
Acionamento remoto 0=Falso 3) 1=Verdadeiro Autoridade desabilitada
1=Verdadeiro 4)
Viewer local 0 Ajuste senha
Operador local 0 Ajuste senha
Engenheiro local 0 Ajuste senha
Administrador local 0 Ajuste senha
Visualizador remoto 0 Ajuste senha
Tabela continua na próxima página

42 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Operador remoto 0 Ajuste senha
Engenheiro remoto 0 Ajuste senha
Administrador remoto 0 Ajuste senha

1) Autorização de acionamento está desabilitada, a senha LHMI deve ser inserida.


2) Autorização de acionamento está habilitada, não é perguntada sobre a senha LHMI
3) Autorização de acionamento está desabilitada, as ferramentas de comunicação pedem a senha para inserir o IED.
4) Autorização de acionamento está habilitada, as ferramentas de comunicação não precisam de senha para inserir o IED, exceto para
WHMI, que sempre solicita.

Tabela 11: Ajustes de entrada binária


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tensão mínima 18...176 VDC 2 18 Tensão colocada na entrada binária
Nível de oscilação de 2...50 eventos/ 1 30 Supressão de oscilação mínima de
entrada s entrada binária
Histerese de oscilação 2...50 eventos/ 1 10 Histerese de supressão de oscilação de
de entrada s entrada binária

Tabela 12: Ajustes da porta frontal Ethernet


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Endereço de IP 192.168.0.254 Endereço de IP para porta frontal (fixa)
Endereço do Mac XX-XX-XX-XX- Endereço do Mac para a porta frontal
-XX-XX

Tabela 13: Ajustes da porta traseira Ethernet


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Endereço de IP 192.168.2.10 Endereço de IP para porta(s) traseira(s)
Máscara de sub-rede 255.255.255.0 Máscara de sub-rede para porta(s)
traseira(s)
Gateway padrão 192.168.2.1 Gateway-padrão para porta(s) traseira(s)
Endereço do Mac XX-XX-XX-XX- Endereço de Mac para porta(s) traseira(s)
-XX-XX

Série 615 43
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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Tabela 14: Ajuste geral de sistema


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Frequência nominal 1=50Hz 1=50Hz Frequência avaliada da rede
2=60Hz
Rotação de fase 1=ABC 1=ABC Ordem fase de rotação
2=ACB
Modo de bloqueio 1=Parar o 1=Parar o Comportamento para as entradas de
temporizador temporizador função de BLOQUEIO
2=Bloquear tudo
3=Bloquear a
saída OPERATE
Nome do compartimento REF6151) Nome do compartimento no sistema

Ponto IDMT Sat 10...50 I/I> 1 50 Ponto de saturação IDMT de


sobrecorrente

1) Dependendo da variante do produto

Tabela 15: Ajuste HMI


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Convenção de nome FB 1=IEC61850 1=IEC61850 Convenção de nome FB utilizado em IED
2=IEC60617
3=IEC-ANSI
Visualização-padrão 1=Medições 1=Medições Visualização-padrão LHMI
2=Menu principal
3=SLD
Intervalo de luz de fundo 1...60 min 1 3 Intervalo de luz de fundo LHMI
Modo HMI Web 1=Ativo somente 3=Desabilitado Funcionalidade HMI Web
para leitura
2=Ativo
3=Desabilitado
Intervalo HMI Web 1...60 min 1 3 Intervalo de login HMI Web
Formato do símbolo SLD 1=IEC 1=IEC Formato do símbolo de diagrama de
2=ANSI linha simples
Atraso de Autoscroll 0...30 s 1 0 Atraso de Autoscroll para visualização
de medições

Tabela 16: Ajustes IEC 60870-5-103


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Porta serial 1 0=Fora de uso 0=Fora de uso Porta COM para exemplo 1
1=COM 1
2=COM 2
Endereço 1 1...255 1 Endereço de unidade para exemplo 1
Atraso inicial 1 0...20 character 4 Atraso inicial de estrutura em
caracteres para exemplo 1
Atraso final 1 0...20 character 4 Atraso final da estrutura em caracteres
para exemplo 1
DevFunType 1 0...255 9 Tipo de Função de Dispositivo para
exemplo 1
Tabela continua na próxima página

44 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


UsrFType 1 0...255 10 Tipo de função para Estrutura de
Classe de Usuários 2 para exemplo 1
UsrInfNo 1 0...255 230 Número da Informação para Estrutura
de Classe de Usuário 2 para exemplo 1
Class1Priority 1 0=Alto Ev 0=Alto Ev Envio de dados de classe 1 com
1=Ev/DR Igual relação de prioridade entre os dados de
2=DR Alto Evento e Registro de Perturbação.
Frame1InUse 1 -1=Não está em uso 6=Estrutura Estrutura 1 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de privada 6 exemplo 1
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Frame2InUse 1 -1=Não está em uso -1=Não está em Estrutura 2 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de uso exemplo 1
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Frame3InUse 1 -1=Não está em uso -1=Não está em Estrutura 3 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de uso exemplo 1
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Tabela continua na próxima página

Série 615 45
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Frame4InUse 1 -1=Não está em uso -1=Não está em Estrutura 4 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de uso exemplo 1
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Class1OvInd 1 0=Nenhuma 2=Extremidades Indicação de excesso para exemplo 1
indicação em ascensão
1=Ambas as
extremidades
2=Extremidades em
ascensão
Class1OvFType 1 0...255 10 Tipo de função para indicação de
excesso de Classe 1 para exemplo 1
Class1OvInfNo 1 0...255 255 Número de Informação para indicação
de excesso de Classe 1 para exemplo 1
Class1OvBackOff 1 0...500 500 Redução de potência para buffer de
Classe 1 para exemplo 1
Otimizar GI 1 0=Comportamento- 0=Comportamento Otimize tráfego GI para exemplo 1
-padrão -padrão
1=Pulo espontâneo
2=Somente
sobrecarga
3=Combinado
Notificação DR 1 0=Desabilitado, 0=Desabilitado, Indicações espontâneas do Registro de
1=Habilitado Perturbação habilitadas/desabilitadas
Porta serial 2 0=Fora de uso 0=Fora de uso Porta COM para exemplo 2
1=COM 1
2=COM 2
Endereço 2 1...255 1 Endereço de unidade para exemplo 2
Atraso inicial 2 0...20 character 4 Atraso inicial de estrutura em
caracteres para exemplo 2
Atraso final 2 0...20 character 4 Atraso final da estrutura em caracteres
para exemplo 2
DevFunType 2 0...255 9 Tipo de Função de Dispositivo para
exemplo 2
UsrFType 2 0...255 10 Tipo de função para Estrutura de
Classe de Usuários 2 para exemplo 2
UsrInfNo 2 0...255 230 Número da Informação para Estrutura
de Classe de Usuário 2 para exemplo 2
Class1Priority 2 0=Alto Ev 0=Alto Ev Envio de dados de classe 1 com
1=Ev/DR Igual relação de prioridade entre os dados de
2=DR Alto Evento e Registro de Perturbação.
Tabela continua na próxima página

46 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Frame1InUse 2 -1=Não está em uso 6=Estrutura Estrutura 1 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de privada 6 exemplo 2
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Frame2InUse 2 -1=Não está em uso -1=Não está em Estrutura 2 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de uso exemplo 2
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Frame3InUse 2 -1=Não está em uso -1=Não está em Estrutura 3 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de uso exemplo 2
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Tabela continua na próxima página

Série 615 47
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Frame4InUse 2 -1=Não está em uso -1=Não está em Estrutura 4 de Classe2 Ativa por
0=Estrutura de uso exemplo 2
usuário
1=Estrutura-padrão
1
2=Estrutura-padrão
2
3=Estrutura-padrão
3
4=Estrutura-padrão
4
5=Estrutura-padrão
5
6=Estrutura privada
6
7=Estrutura privada
7
Class1OvInd 2 0=Nenhuma 2=Extremidades Indicação de excesso para exemplo 2
indicação em ascensão
1=Ambas as
extremidades
2=Extremidades em
ascensão
Class1OvFType 2 0...255 10 Tipo de função para indicação de
excesso de Classe 1 para exemplo 2
Class1OvInfNo 2 0...255 255 Número de Informação para indicação
de excesso de Classe 1 para exemplo 2
Class1OvBackOff 2 0...500 500 Redução de potência para buffer de
Classe 1 para exemplo 2
GI Optimize 2 0=Comportamento- 0=Comportamento Otimize tráfego GI para exemplo 2
-padrão -padrão
1=Pulo espontâneo
2=Somente
sobrecarga
3=Combinado
Notificação DR 2 0=Desabilitado, 0=Desabilitado, Indicações espontâneas do Registro de
1=Habilitado Perturbação habilitadas/desabilitadas
Sobrefluxo interno 0=Falso 0=Falso Sobrefluxo interno: Ocorreu o
1=Verdadeiro sobrefluxo de nível de sistema TRUE
(somente indicação)

Tabela 17: Ajustes IEC 61850-8-1 MMS


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de unidade 1=Primária 0=Nominal Modo de unidade IEC 61850-8-1
0=Nominal
2=Primária-
-Nominal

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Funções básicas

Tabela 18: Ajustes Modbus


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Porta serial 1 0=Fora de uso 0=Fora de uso Porta COM para interface serial 1
1=COM 1
2=COM 2
Paridade 1 0=Nenhuma 2=regular Paridade para interface serial 1
1=possível
2=regular
Endereço 1 1...255 1 Endereço de unidade modbus na
interface serial 1
Modo do link 1 1=RTU 1=RTU Modo do link modbus na interface serial 1
2=ASCII
Atraso inicial 1 0...20 characte 4 Iniciar o atraso da estrutura em
r character na interface serial 1
Atraso final 1 0...20 characte 3 Finalizar o atraso da estrutura em
r character na interface serial 1
Porta serial 2 0=Fora de uso 0=Fora de uso Porta COM para interface serial 2
1=COM 1
2=COM 2
Paridade 2 0=Nenhuma 2=regular Paridade para interface serial 2
1=possível
2=regular
Endereço 2 1...255 2 Endereço de unidade modbus na
interface serial 2
Modo do link 2 1=RTU 1=RTU Modo do link modbus na interface serial2
2=ASCII
Atraso inicial 2 0...20 4 Iniciar o atraso da estrutura em
character na interface serial 2
Atraso final 2 0...20 3 Finalizar o atraso da estrutura em
character na interface serial 2
MaxTCPClients 0...5 5 Número máximo de clientes TCP/IP
modbus
TCPWriteAuthority 0=Nenhum cliente 2=Todos os Escreva os ajustes autoritários para os
1=Reg. clientes clientes clientes TCP/IP modbus
2=Todos os
clientes
EventID 0=Endereço 0=Endereço Seleção de ID de evento
1=UID
TimeFormat 0=UTC 1=Local Formato do tempo para carimbos de
1=Local tempo modbus
ClientIP1 000.000.000.000 Cliente registrado modbus 1
ClientIP2 000.000.000.000 Cliente registrado modbus 2
ClientIP3 000.000.000.000 Cliente registrado modbus 3
ClientIP4 000.000.000.000 Cliente registrado modbus 4
ClientIP5 000.000.000.000 Cliente registrado modbus 5
CtlStructPWd1 **** Senha para estrutura de controle
modbus 1
CtlStructPWd2 **** Senha para estrutura de controle
modbus 2
Tabela continua na próxima página

Série 615 49
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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


CtlStructPWd3 **** Senha para estrutura de controle
modbus 3
CtlStructPWd4 **** Senha para estrutura de controle
modbus 4
CtlStructPWd5 **** Senha para estrutura de controle
modbus 5
CtlStructPWd6 **** Senha para estrutura de controle
modbus 6
CtlStructPWd7 **** Senha para estrutura de controle
modbus 7
CtlStructPWd8 **** Senha para estrutura de controle
modbus 8

Tabela 19: Comfiguração DNP3


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Camada física DNP 1=Serial 2=TCP/IP Camada física DNP
2=TCP/IP
Endereço de unidade 1...65519 1 1 Endereço de unidade DNP
Endereço principal 1...65519 1 3 DNP principal e endereço UR
Porta serial 0=Não está em uso 0=Fora de uso Porta COM para interface serial quando
1=COM 1 a camada física for serial.
2=COM 2
Necessidade de 0...65535 min 1 30 Período para ajustar o bit de tempo
intervalo de tempo necessário IIN
Formato de tempo 0=UTC 1=Local UTC ou local. Coordenar com o principal.
1=Local
Selecione o intervalo 1...65535 seg 1 10 Intervalo de seleção de bloco de saída
CROB do relé de controle
Confirmação do link de 0=Nunca 0=Nunca Modo de confirmação de link de dados
dados 1=Somente
multiquadros
2=Sempre
TO de confirmação de 100...65535 ms 1 3.000 Intervalo de confirmação de link de dados
link de dados
Tentativa de link de 0...65535 1 3 Contagem da tentativa de link de dados
dados
Link de dados Rx para 0...255 ms 1 0 Atraso na data de entrega da transmissão
atraso Tx
Atraso de character inter 0...20 characte 1 4 Atraso de character inter para
de link de dados r mensagens em aproximação
Confirmação da camada 1=Desabilitado 1=Desabilitado Modo de confirmação da camada de
de aplicação 2=Habilitado aplicação
TO de confirmação de 100...65535 ms 1 5000 Confirmação da camada de aplicação e
aplicação intervalo UR
Fragmento da camada 256...2048 bytes 1 2048 Tamanho de fragmentação da camada
de aplicação de aplicação
SBO principal legacy 1=Desabilitado 1=Desabilitado Número de sequência SBO principal
2=Habilitado DNP Legacy habilitado
Tabela continua na próxima página

50 Série 615
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1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Objeto-padrão variável 1...2 1 1 1=BI; 2=BI com status.
01
Objeto-padrão variável 1...2 1 2 1=evento BI; 2=Evento BI com tempo.
02
Objeto-padrão variável 1...4 1 2 1=32 bit AI; 2=16 bit AI; 3=32 bit AI sem
30 flag; 4=16 bit AI sem flag.
Objeto-padrão variável 1...4 1 4 1=32 bit evento AI; 2=16 bit evento AI;
32 3=32 bit evento AI com tempo; 4=16 bit
evento AI com tempo.

Tabela 20: Ajuste da comunicação serial


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de fibra 0=Nenhuma fibra 0=Nenhuma fibra Modo de fibra para COM1
2=Fibra óptica
Modo serial 1=RS485 2Wire 1=RS485 2Wire Modo serial para COM1
2=RS485 4Wire
3=RS232 sem
handshake
4=RS232 com
handshake
Atraso CTS 0...60000 0 Atraso CTS para COM1
Atraso RTS 0...60000 0 Atraso RTS para COM1
Taxa de transmissão 1=300 6=9600 Taxa de transmissão para COM1
2=600
3=1200
4=2400
5=4800
6=9600
7=19200
8=38400
9=57600
10=115200

Série 615 51
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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Tabela 21: Ajuste de comunicação serial


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de fibra 0=Nenhuma fibra 0=Nenhuma fibra Modo de fibra para COM2
2=Fibra óptica
Modo serial 1=RS485 2Wire 1=RS485 2Fio Modo serial para COM2
2=RS485 4Wire
3=RS232 sem
handshake
4=RS232 com
handshake
Atraso CTS 0...60000 0 Atraso CTS para COM2
Atraso RTS 0...60000 0 Atraso RTS para COM2
Taxa de transmissão 1=300 6=9600 Taxa de transmissão para COM2
2=600
3=1200
4=2400
5=4800
6=9600
7=19200
8=38400
9=57600
10=115200

Tabela 22: Configurações de hora


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Data 0 Data
Tempo 0 Tempo
Formato de tempo 1=24H:MM:SS:MS 1=24H:MM:SS:M Formato de tempo
2=12H:MM:SS:MS S
Formato de data 1=DD.MM.AAAA 1=DD.MM.AAAA Formato de data
2=DD/MM/AAAA
3=DD-MM-AAAA
4=MM.DD.AAAA
5=MM/DD/AAAA
6=AAAA-MM-DD
7=AAAA-DD-MM
8=AAAA/DD/MM
Contrabalanço do tempo -720...720 min 0 Contrabalanço do tempo local em
local minutos
Fonte de sincronização 0=Nenhuma 1=SNTP Fonte de sincronização de tempo
1=SNTP
2=Modbus
5=IRIG-B
8=Diferencial de
linha
9=DNP
17=IEC60870-5-10
3
IP SNTP primário 10.58.125.165 Endereço de IP para servidor primário
SNTP
IP SNTP secundário 192.168.2.165 Endereço de IP para servidor secundário
SNTP
Tabela continua na próxima página

52 Série 615
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1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


DST em tempo 02:00 Tempo de economia de luz do dia
ativado, tempo (hh:mm)
DST na data 01.05 Tempo de economia de luz do dia
ativado, data (dd.mm)
DST na data 0=Fora de uso 0=Fora de uso Tempo de economia de luz do dia ativo,
1=Seg dia da semana
2=Ter
3=Qua
4=Qui
5=Sex
6=Sáb
7=Dom
DST desativado -720...720 min 60 Tempo de economia de luz do dia
desativado, em minutos
DST desligado 02:00 Tempo de economia de luz do dia
desativado, tempo (hh:mm)
DST na data 25.09 Tempo de economia de luz do dia
desativado, data (dd.mm)
DST fora de data 0=Fora de uso 0=Fora de uso Tempo de economia de luz do dia
1=Seg desativado, dia da semana
2=Ter
3=Qua
4=Qui
5=Sex
6=Sáb
7=Dom

Tabela 23: Sinais de Saída Binários X100 PSM


Nome Tipo Padrão Descrição
X100-PO1 BOOLEAN 0=Falso Conectores 6-7
X100-PO2 BOOLEAN 0=Falso Conectores 8-9
X100-SO1 BOOLEAN 0=Falso Conectores
10c-11nc-12no
X100-SO2 BOOLEAN 0=Falso Conectores 13c-14no
X100-PO3 BOOLEAN 0=Falso Conectores
15-17/18-19
X100-PO4 BOOLEAN 0=Falso Conectores
20-22/23-24

Tabela 24: sinais de saída binários X110 BIO


Nome Tipo Padrão Descrição
X110-SO1 BOOLEAN 0=Falso Conectores
14c-15no-16nc
X110-SO2 BOOLEAN 0=Falso Conectores
17c-18no-19nc
X110-SO3 BOOLEAN 0=Falso Conectores
20c-21no-22nc
X110-SO4 BOOLEAN 0=Falso Conectores 23-24

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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Tabela 25: sinais de entrada binários X110 BIO


Nome Tipo Descrição
X110-Input 1 BOOLEAN Conectores 1-2
X110-Input 2 BOOLEAN Conectores 3-4
X110-Input 3 BOOLEAN Conectores 5-6c
X110-Input 4 BOOLEAN Conectores 7-6c
X110-Input 5 BOOLEAN Conectores 8-9c
X110-Input 6 BOOLEAN Conectores 10-9c
X110-Input 7 BOOLEAN Conectores 11-12c
X110-Input 8 BOOLEAN Conectores 13-12c

Tabela 26: configurações de entrada binária X110 BIO


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 1-2
entrada 1
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 3-4
entrada 2
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 5-6c
entrada 3
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 7-6c
entrada 4
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 8-9c
entrada 5
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 10-9c
entrada 6
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 11-12c
entrada 7
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 13-12c
entrada 8
Inversão de entrada 0=Falso 0=Falso Conectores 1-2
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 2 0=Falso 0=Falso Conectores 3-4
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 3 0=Falso 0=Falso Conectores 5-6c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 4 0=Falso 0=Falso Conectores 7-6c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 5 0=Falso 0=Falso Conectores 8-9c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 6 0=Falso 0=Falso Conectores 10-9c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 7 0=Falso 0=Falso Conectores 11-12c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 8 0=Falso 0=Falso Conectores 13-12c
1=Verdadeiro

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Manual Técnico
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Funções básicas

Tabela 27: sinais de entrada binários X120 AIM


Nome Tipo Descrição
X120-Input 1 BOOLEAN Conectores 1-2c
X120-Input 2 BOOLEAN Conectores 3-2c
X120-Input 3 BOOLEAN Conectores 4-2c
X120-Input 4 BOOLEAN Conectores 5-6

Tabela 28: configurações de entrada binária X120 AIM


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 1-2c
entrada 1
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 3-2c
entrada 2
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 4-2c
entrada 3
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 5-6
entrada 4
Inversão de entrada 0=Falso 0=Falso Conectores 1-2c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 2 0=Falso 0=Falso Conectores 3-2c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 3 0=Falso 0=Falso Conectores 4-2c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 4 0=Falso 0=Falso Conectores 5-6
1=Verdadeiro

Tabela 29: Sinais de Saída Binários X130 BIO


Nome Tipo Padrão Descrição
X130-SO1 BOOLEAN 0=Falso Conectores
10c-11no-12nc
X130-SO2 BOOLEAN 0=Falso Conectores
13c-14no-15nc
X130-SO3 BOOLEAN 0=Falso Conectores
16c-17no-18nc

Tabela 30: sinais de entrada binários X110 BIO


Nome Tipo Descrição
X130-Input 1 BOOLEAN Conectores 1-2c
X130-Input 2 BOOLEAN Conectores 3-2c
X130-Input 3 BOOLEAN Conectores 4-5c
X130-Input 4 BOOLEAN Conectores 6-5c
X130-Input 5 BOOLEAN Conectores 7-8c
X130-Input 6 BOOLEAN Conectores 9-8c

Série 615 55
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Tabela 31: configurações de entrada binária X130 BIO


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 1-2c
entrada 1
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 3-2c
entrada 2
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 4-5c
entrada 3
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 6-5c
entrada 4
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 7-8c
entrada 5
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 9-8c
entrada 6
Inversão de entrada 0=Falso 0=Falso Conectores 1-2c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 2 0=Falso 0=Falso Conectores 3-2c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 3 0=Falso 0=Falso Conectores 4-5c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 4 0=Falso 0=Falso Conectores 6-5c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 5 0=Falso 0=Falso Conectores 7-8c
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 6 0=Falso 0=Falso Conectores 9-8c
1=Verdadeiro

Tabela 32: Sinais de Entrada Binários X130 AIM


Nome Tipo Descrição
X130-Input 1 BOOLEAN Conectores 1-2
X130-Input 2 BOOLEAN Conectores 3-4
X130-Input 3 BOOLEAN Conectores 5-6
X130-Input 4 BOOLEAN Connectores 7-8

Tabela 33: configurações de entrada binária X130 AIM


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 1-2
entrada 1
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 3-4
entrada 2
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Conectores 5-6
entrada 3
Tempo do filtro de 5...1000 ms 5 Connectores 7-8
entrada 4
Inversão de entrada 0=Falso 0=Falso Conectores 1-2
1=Verdadeiro
Tabela continua na próxima página

56 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Inversão de entrada 2 0=Falso 0=Falso Conectores 3-4
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 3 0=Falso 0=Falso Conectores 5-6
1=Verdadeiro
Inversão de entrada 4 0=Falso 0=Falso Connectores 7-8
1=Verdadeiro

3.2 Auto-supervisão

O sistema de auto-supervisão extensiva de IED supervisiona continuamente o


software e os componentes eletrônicos. Ele comanda situação de falha de tempo de
execução e informa o usuário sobre uma falha através de LHMI e através de canais
de comunicação.

Há dois tipos de indicações de falha.

• Falhas internas
• Avisos

3.2.1 Falhas internas


Quando uma falha interna no IED é detectada, a operação da proteção do IED é
desabilitada, o LED Ready verde começa a piscar e o contato de saída de auto-
-supervisão é ativado.

Indicações de falhas internas têm a maior prioridade na IHM Local.


Nenhuma das outras indicações da IHM Local pode substituir a
indicação de falha interna.

Uma indicação sobre a falha é exibida como uma mensagem na IHM local. O texto
Falha Interna com uma mensagem de texto adicional, um código, data e hora
é mostrado para indicar o tipo de falha.

Diferentes ações são tomadas dependendo da gravidade da falha. . O IED tenta


eliminar a falha, reiniciando. Após a falha ser considerada permanente, o IED
permanece no modo de falha interna. Todos os outros contatos de saída são
liberados e bloqueados para a falha interna. O IED continua a realizar testes
internos durante a situação de falha.

Se uma falha interna desaparece, o LED Ready verde para de piscar e o IED
retorna para o estado normal de serviço. A mensagem de indicação de falha
permanece no visor até ser limpa manualmente.

A saída do sinal de auto-supervisão funciona segundo o princípio de circuito


fechado. Em condições normais o relé é energizado e o contato 3-5 da entrada

Série 615 57
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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

X100 é fechado. Se a fonte de alimentação auxiliar falhar ou uma falha interna é


detectada, o contacto 3-5 é aberto.

Condição normal Condição defeituosa

A070789 V1 PT

Figura 7: Contato de saída

O código de falha interna indica o tipo de falha interna do IED. Se uma falha
aparecer, registre o nome e código que pode ser fornecido para um serviço de
atendimento ao cliente ABB.

Tabela 34: Indicações e códigos de falha interna


Indicação de falha Código de falha Informações adicionais
Falha interna 2 Ocorreu um erro interno do sistema.
Erro no sistema
Falha interna 7 Ocorreu um erro no sistema de arquivos.
Erro no sistema de
arquivos
Falha interna 8 Teste de falha interna ativado
Teste manualmente pelo usuário.
Falha interna 10 Reset do watchdog ocorreu muitas vezes
SW erro watchdog em uma hora.
Falha interna 43 Relé(s) de saída de sinalização
Relé(s) SO, X100 defeituoso(s) no cartão localizado na
entrada X100.
Falha interna 44 Relé(s) de saída de sinalização
Relé(s) SO, X110 defeituoso(s) no cartão localizado na
entrada X110.
Falha interna 46 Relé(s) de saída de sinalização
Relé(s) SO, X130 defeituoso(s) no cartão localizado na
entrada X130.
Falha interna 53 Relé(s) de saída de potência
Relé(s) PO, X100 defeituoso(s) no cartão localizado na
entrada X100.
Falha interna 54 Relé(s) de saída de potência
Relé(s) PO, X110 defeituoso(s) no cartão localizado na
entrada X110.
Falha interna 56 Relé(s) de saída de potência
Relé(s) PO, X130 defeituoso(s) no cartão localizado na
entrada X130.
Tabela continua na próxima página

58 Série 615
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Funções básicas

Indicação de falha Código de falha Informações adicionais


Falha interna 57 Entrada do sensor de luz contra arco
Erro no sensor de luz voltáico defeituoso.
Falha interna 62 O cartão na entrada X000 é de um tipo
Erro Conf., X000 incorreto.
Falha interna 63 O cartão na entrada X100 é de um tipo
Erro Conf., X100 incorreto ou não pertence à composição
original.
Falha interna 64 O cartão na entrada X110 é de um tipo
Erro Conf., X110 incorreto, está faltando ou não pertence
à composição original.
Falha interna 65 O cartão na entrada X120 é de um tipo
Erro Conf., X120 incorreto, está faltando ou não pertence
à composição original.
Falha interna 66 O cartão na entrada X130 é de um tipo
Erro Conf., X130 incorreto, está faltando ou não pertence
à composição original.
Falha interna 72 O cartão na entrada X000 está com
Erro no Cartão, X000 defeito.
Falha interna 73 O cartão na entrada X100 está com
Erro no Cartão, X100 defeito.
Falha interna 74 O cartão na entrada X110 está com
Erro no Cartão, X110 defeito.
Falha interna 75 O cartão na entrada X120 está com
Erro no Cartão, X120 defeito.
Falha interna 76 O cartão na entrada X130 está com
Erro no Cartão, X130 defeito.
Falha interna 79 O módulo da IHM Local está com defeito.
Módulo IHM Local A indicação de falha não pode ser vista
na IHM Local durante a falha.
Falha interna 80 Erro na memória RAM no cartão da CPU.
Erro RAM
Falha interna 81 Erro na memória ROM no cartão da CPU.
Erro ROM
Falha interna 82 Erro na memória EEPROM no cartão da
Erro EEPROM CPU.
Falha interna 83 Erro no FPGA no cartão da CPU.
Erro FPGA
Falha interna 84 Erro no RTC no cartão da CPU
Erro RTC
Falha interna 96 o cartão RTD localizado na entrada X130
Erro no cartão RTD, X130 pode ter um defeito permanente. Um erro
temporário ocorreu muitas vezes dentro
de um curto período de tempo.

Para mais informações sobre indicações de falhas internas, consulte o manual de


operação.

Série 615 59
Manual Técnico
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3.2.2 Advertências
Nos casos de advertência o IED continua operando com exceção das funções de
proteção possivelmente afetadas pela falha, e o LED verde permanece aceso como
durante a operação normal

Advertências estão indicadas com o texto Advertência adicionalmente


fornecidas com o nome da advertência, um código numérico, e a data e a hora na
IHM Local. A mensagem de indicação da advertência também pode ser apurada
manualmente.

Se uma advertência aparecer, registre o nome e o código que podem ser fornecidos
para um serviço de atendimento ao cliente ABB.

Tabela 35: Indicações e Códigos das Advertências


Indicação de Advertência Código de Informações adicionais
Advertência
Advertência 10 Ocorreu um reset do watchdog.
Reset watchdog
Advertência 11 A tensão de alimentação auxiliar caiu
Queda na Tensão demais.
Auxiliar.
Advertência 20 Erro ao construir o modelo de dados IEC
Erro IEC61850 61850.
Advertência 21 Erro na comunicação Modbus.
Erro Modbus
Advertência 22 Erro na comunicação DNP3
Erro DNP3
Advertência 24 Erro no conjunto de Dados.
Erro no conjunto de dados
Advertência 25 Erro no relatório dos blocos de controle.
Erro no relatório de
controle
Advertência 26 Erro no bloco de controle GOOSE
Erro controle GOOSE
Advertência 27 Erro no arquivo de configuração SCL ou
Erro na configuração SCL algum arquivo está faltando.
Advertência 28 Muitas conexões na configuração.
Erro lógico
Advertência 29 Erro nas conexões SMT.
Erro lógico SMT
Advertência 30 Erro nas conexões GOOSE.
Erro de entrada GOOSE
Erro ACT 31 Erro nas conexões ACT
Advertência 32 Erro no recebimento da mensagem
Erro GOOSE Rx. GOOSE.
Advertência 33 Erro na configuração dos canais
Erro AFL analógicos.
Advertência 40 Uma nova composição não foi
Cartão não reconhecido. reconhecida/aceita.
Tabela continua na próxima página

60 Série 615
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Indicação de Advertência Código de Informações adicionais


Advertência
Advertência 50 Erro na comunicação de proteção.
Comunicação de
proteção.
Advertência 85 Uma luz contínua foi detectada na
Luz contínua ARC1. entrada de luz ARC 1.
Advertência 86 Uma luz contínua foi detectada na
Luz contínua ARC2. entrada de luz ARC 2.
Advertência 87 Uma luz contínua foi detectada na
Luz contínua ARC3. entrada de luz ARC 3.
Advertência 96 Um erro temporário ocorreu no cartão
Erro no cartão RTD, X130 RTD localizado na abertura X130.
Advertência 106 Erro de medição no cartão RTD
Erro medição RTD, X130 localizado na abertura X130.

Para mais informações sobre como restaurar as configurações de fábrica, consulte o


manual de operação.

3.3 Controle de indicação de LED

O IED inclui uma função de condicionamento global LEDPTRC que é usada com
os LEDs de indicação de proteção.

O controle de indicação de LED nunca deve ser usado para fins de


trip. Há uma função lógica separada de trip TRPPTRC disponível
na configuração IED.

O controle de indicação de LED é pré-configurado de tal maneira que todos os


sinais de início e operacionais gerais de função de proteção são combinados com
essa função (disponíveis como sinais de saída OUT_START e OUT_OPERATE).
Esses sinais estão sempre internamente conectados com os LEDs Start e Trip. O
LEDPTRC coleta e combina informações de fase de diferentes funções de proteção
(disponíveis como sinais de saída OUT_ST_A /_B /_C e OUT_OPR_A /_B /
_C). Também há informações de falha à terra combinada coletada de todas as
funções de falha à terra disponíveis na configuração do IED (disponíveis como
sinais de saída OUT_ST_NEUT e OUT_OPR_NEUT).

3.4 Sincronização de tempo

O IED tem um relógio interno em tempo real que pode ou funcionar livremente ou
sincronizado a partir de uma fonte externa. O relógio em tempo real é utilizado
para eventos de marcação de tempo, dados gravados e registros de distúrbio.

Série 615 61
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O IED é fornecido com um back-up de capacitor que permite que o relógio em


tempo real mantenha o horário em caso de falha da alimentação auxiliar.

O ajuste Fonte de sincronização determina o método como o relógio em tempo real


é sincronizado. Se definido como “None”, o relógio funciona livremente e os
ajustes Dados e Hora podem ser utilizados para definir o tempo manualmente.
Outros valores de ajuste ativam um protocolo de comunicação que fornece a
sincronização do tempo. Apenas uma método de sincronização pode estar ativo de
cada vez, mas SNTP fornece redundância mestra de tempo.

O IED suporta SNTP, IRIG-B, DNP3, Modbus e IEC 60870-5-103 para atualizar o
relógio em tempo real. IRIG-B com GPS fornece a melhor precisão, ±1 ms. A
precisão usando SNTP é +2...3 ms.

Quando Modbus TCP ou DNP3 em TCP/IP é utilizado,


sincronização de tempo SNTP ou IRIG-B deve ser usada para
melhor precisão de sincronização.

Quando o ajuste de IP do servidor SNTP é alterado, o IED deve ser


reinicializado para ativar o novo endereço IP. Os ajustes de IP do
servidor SNTP são normalmente definidos na fase de engenharia
por meio do arquivo SCL.

O IED pode usar um dos dois servidores SNTP, o primário ou o secundário. O


servidor primário é o principal em uso e o secundário é utilizado se o servidor
primário não puder ser conseguido. Ao usar o servidor SNTP secundário, o IED
tenta mudar de volta para o servidor primário a cada terceira tentativa de
solicitação do SNTP. Se ambos servidores SNTP estiverem offline, marcações de
tempo de eventos têm status de tempo inválidos. O tempo é solicitado do servidor
SNTP a cada 60 segundos.

A sincronização de tempo IRIG-B requer o formato IRIG-B B004/B005 de acordo


com a norma 200-04 IRIG-B. Normas IRIG-B referem-se a eles com B000/B001
com extensões IEEE-1344. O tempo de sincronização pode ser ou horário UTC ou
local. Como não é necessária reinicialização, a sincronização de tempo inicia
imediatamente após a fonte de sinc. IRIG-B é selecionada e a fonte de sinal IRIG-
-B é conectada.

A ABB testou o IRIG-B com os seguintes relógios mestres:


• Relógio Tekron TTM01 GPS com saída IRIG-B
• Meinberg TCG511 controlado por GPS167
• Datum ET6000L
• Arbiter Systems 1088B

62 Série 615
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A sincronização de tempo IRIG-B requer uma placa COM com


uma entrada IRIG-B.

Ao utilizar comunicação diferencial de linha entre IEDs RED615, mensagens de


sincronização de tempo podem ser recebidas de IED final da outra linha dentro dos
telegramas de proteção. O IED começa a sincronizar seu relógio em tempo real
com o horário dos IEDs finais remotos se a fonte de sincronização de tempo
diferencial da Linha for selecionado. Isso não afeta a sincronização de proteção
utilizada na proteção diferencial da linha ou a seleção do método de sincronização
do tempo dos IEDs finais remotos. [1]

3.5 Grupos de configuração de parâmetros

3.5.1 Bloco de funções

GUID-76F71815-D82D-4D81-BCFE-28AF2D56391A V1 PT

Figura 8: Bloco de funções

3.5.2 Funcionalidade
O IED suporta seis grupos de ajuste. Cada grupo de ajuste contém parâmetros
categorizados como ajustes de grupo dentro de funções de aplicação. O cliente
pode alterar o grupo de ajuste ativo em tempo de execução.

O grupo de ajuste ativo pode ser alterado por um parâmetro ou através de entradas
binárias, dependendo do modo selecionado com o ajuste Configuração/Grupo de
Ajuste/Modo de Operação SG.

O valor padrão de todas as entradas é FALSO, o que torna possível utilizar


somente o número exigido de entradas e deixar o restante desconectado. A seleção
de grupo de ajuste não depende das saídas SG_x_ACT.

[1] A proteção diferencial da linha está disponível apenas em RED615.

Série 615 63
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Funções básicas

Tabela 36: Modos de operação opcionais para seleção de grupo de ajuste


Modo de operação SG Descrição
Operador (Padrão) O grupo de ajuste pode ser alterado com o
ajuste Ajustes/Grupo de ajuste/Grupo de ajuste.
Modo lógica 1 O grupo de ajuste pode ser alterado com
entradas binárias (SG_1_ACT...SG_6_ACT). A
maior entrada binária TRUE define o grupo de
ajuste ativo.
Modo lógica 2 O grupo de ajuste pode ser alterado com as
entradas binárias, em que BI_SG_4 é utilizado
para selecionar grupos de ajuste 1-3 ou 4-6.
Quando a entrada binária BI_SG_4 for FALSE,
os grupos de ajuste 1-3 são selecionados com
entradas binárias BI_SG_2 e BI_SG_3. Quando
a entrada binária BI_SG_4 for TRUE, os grupos
de ajuste 4-6 são selecionados com entradas
binárias BI_SG_5 e BI_SG_6.

Por exemplo, seis grupos de ajuste podem ser controlados com três entradas
binárias. Ajuste Modo de operação SG =”Modo lógica 2” e conecta BI_SG_2 e
BI_SG_5, assim como BI_SG_3 e BI_SG_6.

Tabela 37: Modo de operação SG = “Modo lógica 1”


Entrada
BI_SG_2 BI_SG_3 BI_SG_4 BI_SG_5 BI_SG_6 Grupo ativo
FALSA FALSA FALSA FALSA FALSA 1
VERDADEIR FALSA FALSA FALSA FALSA 2
A
qualquer VERDADEIR FALSA FALSA FALSA 3
A
qualquer any VERDADEIR FALSA FALSA 4
A
qualquer qualquer qualquer VERDADEIR FALSA 5
A
qualquer qualquer qualquer qualquer VERDADEIR 6
A

Tabela 38: Modo de operação SG = “Modo lógica 2”


Entrada
BI_SG_2 BI_SG_3 BI_SG_4 BI_SG_5 BI_SG_6 Grupo ativo
FALSA FALSA FALSA qualquer qualquer 1
VERDADEIR FALSA FALSA qualquer qualquer 2
A
qualquer VERDADEIR FALSA qualquer qualquer 3
A
Tabela continua na próxima página

64 Série 615
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Entrada
BI_SG_2 BI_SG_3 BI_SG_4 BI_SG_5 BI_SG_6 Grupo ativo
qualquer qualquer VERDADEIR FALSA FALSA 4
A
qualquer qualquer VERDADEIR VERDADEIR FALSA 5
A A
qualquer qualquer VERDADEIR qualquer VERDADEIR 6
A A

O grupo de ajuste 1 pode ser copiado a qualquer outro grupo ou todos os grupos de
HMI (Grupo de cópia 1).

3.6 Registro de falhas

O IED tem a capacidade de armazenar os registros dos últimos 32 eventos de falha.


Os registros permitem ao usuário analisar recentes eventos do sistema de energia.
Cada registro de falha (FLTMSTA) é marcado com um número de falha crescente
e um timestamp que é tirado do início da falha.

O período de registro da falha começa do início do evento de qualquer função de


proteção e termina caso qualquer função de proteção termine ou o início seja
restaurado sem a operação do evento. Duração do início que tem o valor de 100%
indica que a função de proteção operou durante a falha. Caso um início seja
restaurado sem o evento de operação, a duração do início mostra o valor mais alto
de todas as funções de proteção que tenham sido iniciadas durante a falha, mas
ainda menores do que 100%.

O tipo de falha que aciona a gravação da falha é selecionada com o parâmetro de


configuração Modo de disparo. Quando “From all faults” é selecionado, todos os
tipos de falha detectadas disparam um novo registro de falha. Quando “From
operate” é selecionado, apenas as falhas que causam um evento de operação
disparam um novo registro de falha. Finalmente, quando “From only start” é
selecionado, apenas as falhas sem um evento de operação são registrados.

A falha relacionada com corrente, tensão, frequência, valores de ângulo e o grupo


de ajuste de número ativo são tomadas a partir do momento da operação do evento,
ou a partir do início da falha se apenas um evento de início ocorra durante a falha.
O valor máximo de corrente coleta o maior número de falhas de corrente durante a
falha. O modo de mensuração para a fase de corrente e os valores de corrente
residual podem ser selecionados com o parâmetro A Measurement mode setting.

A quantidade de informação em um registro de falha depende do produto e da


configuração padrão.

Série 615 65
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Tabela 39: Ajustes de grupo não-FLTMSTA


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo de disparo 0=De todos os 0=De todos os Modo de disparo
defeitos defeitos
1=De operação
2=Somente de
início
Um modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona os correntes de fase de modo
2=DFT de medição utilizado e corrente residual
3=Pico a pico

Tabela 40: Dados monitorados FLTMSTA


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Número de fallhas INT32 0...999999 Número do registrador
de falhas
Tempo e data Marca Falha de registro do
temporal carimbo de tempo
Duração do início da FLOAT32 0.00...100.00 % Duração máxima do
atividade início da atividade de
todos os estágios
durante a falha
Grupo de ajuste INT32 0...6 Grupo de ajuste ativo
Corrente diferencial FLOAT32 0.000...80.000 Corrente diferencial
máxima IL1 máxima de fase A
Corrente diferencial FLOAT32 0.000...80.000 Corrente diferencial
máxima IL2 máxima de fase B
Corrente diferencial FLOAT32 0.000...80.000 Corrente diferencial
máxima IL3 máxima de fase C
Corrente diferencial FLOAT32 0.000...80.000 Corrente diferencial da
IL1 fase A
Corrente diferencial FLOAT32 0.000...80.000 Corrente diferencial da
IL2 fase B
Corrente diferencial FLOAT32 0.000...80.000 Corrente diferencial de
IL3 fase C
Corrente de FLOAT32 0.000...50.000 Corrente de polarização
polarização máxima máxima fase A
IL1
Corrente de FLOAT32 0.000...50.000 Corrente de polarização
polarização máxima máxima fase B
IL2
Corrente de FLOAT32 0.000...50.000 Corrente de polarização
polarização máxima máxima fase C
IL3
Corrente de FLOAT32 0.000...50.000 Corrente de polarização
polarização IL1 de fase A
Corrente de FLOAT32 0.000...50.000 Corrente de polarização
polarização IL2 de fase B
Tabela continua na próxima página

66 Série 615
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Funções básicas

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


Corrente de FLOAT32 0.000...50.000 Corrente de polarização
polarização IL3 de fase C
Corrente diferencial FLOAT32 0.000...80.000 Corrente diferencial
Io residual
Corrente de FLOAT32 0.000...50.000 Corrente de polarização
polarização Io residual
Corrente máxima IL1 FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de fase A
máxima
Corrente máxima IL2 FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de fase B
máxima
Corrente máxima IL3 FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de fase C
máxima
Corrente máxima Io FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente residual
máxima
Corrente IL1B FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de fase A
Corrente I2 FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de fase B
Corrente I2 FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de fase C
Corrente Io FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente residual
Corrente Io-Calc FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente residual
calculada
Corrente Ps-Seq FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de sequência
positiva
Corrente Ng-Seq FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de sequência
negativa
Corrente máxima FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente máxima de
IL1B fase A (b)
Corrente máxima FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente máxima de
IL2B fase B (b)
Corrente máxima FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente máxima de
IL3B fase C (b)
Corrente máxima IoB FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente máxima
residual (b)
Corrente IL1B FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente máxima de
fase A (b)
Corrente IL2B FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente máxima de
fase B (b)
Corrente IL3B FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente máxima de
fase C (b)
Corrente IoB FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente residual (b)
Corrente Io-CalcB FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente residual
calculada (b)
Corrente Ps-SeqB FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de sequência
positiva (b)
Corrente Ng-SeqB FLOAT32 0.000...50.000 xIn Corrente de sequência
negativa (b)
Tensão UL1 FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de fase A
Tensão UL2 FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de fase B
Tabela continua na próxima página

Série 615 67
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


Tensão UL3 FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de fase C
Tensão U12 FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de fase A para
fase B
Tensão U23 FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de fase B para
fase C
Tensão U31 FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de fase C para
fase A
Tensão Uo FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão residual
Tensão de FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de sequência
Sequência Zero zero
Tensão de FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de sequência
Sequência Ps positiva
Tensão Ng-Seq FLOAT32 0.000...4.000 xUn Tensão de sequência
negativa
Ângulo Uo - Io FLOAT32 -180.00...180.00 deg Tensão de ângulo
residual - corrente
residual
Ângulo U23 - IL1 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo de tensão de
fase B para a fase C -
corrente de fase A
Ângulo U31 - IL2 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo de tensão de
fase C para a fase A -
corrente de fase B
Ângulo U12 - IL3 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo de tensão de
fase A para a fase B -
corrente de fase C
Nível térmico PTTR FLOAT32 0.00...99.99 Temperatura calculada
PTTR do objeto
protegido relativo ao
nível de operação
relação FLOAT32 0.00...999.99 % PDNSPTOC1 relação I2/
PDNSPTOC1 I2/I1 I1
Frequência FLOAT32 30.00...80.00 Hz Frequência
Gradiente de FLOAT32 -10.00...10.00 Hz/s Gradiente de frequência
frequência
Condutância Yo FLOAT32 -1000.00...1000. mS Condutância Yo
00
Susceptância Yo FLOAT32 -1000.00...1000. mS Susceptância Yo
00

3.7 Memória não volátil

Além dos valores de configuração, o IED pode armazenar alguns dados na


memória não volátil.

68 Série 615
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Funções básicas

• Até 512 eventos são armazenados. Os eventos armazenados são visíveis


somente em LHMI e WHMI.
• Dados registrados
• Registro de falhas (até 32)
• Demandas máximas
• Monitoramento da condição do disjuntor
• Status de LEDs de alarme e trip selados
• Bloqueio do circuito de trip
• Valores do contador

3.8 Entrada binária

3.8.1 Tempo do filtro de entrada binária


O tempo do filtro elimina ressaltos e distúrbios curtos em uma entrada binária. O
tempo do filtro é ajustado para cada entrada binária do IED.

1 2

4
5 5
GUID-13DA5833-D263-4E23-B666-CF38B1011A4B V1 PT

Figura 9: Filtragem de entrada binária

1 t0

2 t1

3 Sinal de entrada
4 Sinal de entrada filtrado
5 Tempo de filtro

No início, o sinal de entrada está no estado elevado, o estado baixo é filtrado e


nenhuma mudança no estado de entrada é detectada. O estado baixo, começando a
partir do tempo t0, excede o tempo de filtro, o que significa que a mudança no
estado de entrada é detectada e a indicação do tempo vinculado à mudança de

Série 615 69
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

entrada é t0. O estado elevado, começando a partir de t1, é detectado e a indicação


do tempo t1 é vinculado.

Crada entrada binária tem um parâmetro de tempo de filtro Filtro de entrada #,


onde # é o número da entrada binária do módulo em questão (por exemple, Filtro
de entrada 1).

Tabela 41: Valores de parâmetro do filtro de entrada


Parâmetros Valores Padrão
Tempo do filtro de entrada # 5...1000 min 5 min

3.8.2 Inversão de entrada binária


O parâmetro de Inversão de entrada # é usado para inverter uma entrada binária.

Tabela 42: Estados de entrada binária


Tensão de comando Inversão de entrada # Estado de entrada binária
Não 0 Falso (0)
Sim 0 Verdadeiro (1)
Não 1 Verdadeiro (0)
Sim 1 Falso (0)

Quando uma entrada binária é invertida, o estado da entrada é VERDADEIRO (1)


quando nenhuma tensão de comando é aplicada a seus terminais. Assim, o estado
de entrada é FALSO (0) quando uma tensão de comando é aplicada aos terminais
da entrada binária.

3.8.3 Supressor de oscilações


A supressão de oscilações é utilizada para reduzir a carga do sistema quando uma
entrada binária começa a oscilação. Uma entrada binária é considerada como
oscilante se o número de alterações de estado válidas (= número de eventos após a
filtragem) durante um segundo for equivalente ou superior ao valor de nível de
oscilação de ajuste. Durante a oscilação, a entrada binária é bloqueada (o status é
inválido) e um evento é gerado. O estado da entrada não será alterado quando for
bloqueado, ou seja, seu estado depende da condição antes do bloqueio.

A entrada binária é considerada como não oscilante se o número de alterações de


estado válidas durante um segundo for inferior ao valor de nível de oscilação de
conjunto menos o valor de histerese de oscilação de conjunto. Observe que a
histerese de oscilação deve ser definida abaixo do nível de oscilação para permitir
que a entrada seja restaurada da oscilação. Quando a entrada retorna a um estado
de não oscilação, a entrada binária é desbloqueada (o status é válido) e um evento é
gerado.

70 Série 615
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Tabela 43: Valores de parâmetros de oscilações


Parâmetro Valores Padrão
Nível de oscilação de entrada 2...50 eventos/s 30 eventos/s
Histerese de oscilação de 2...50 eventos/s 10 eventos/s
entrada

3.9 Entradas RTD/mA

3.9.1 Funcionalidade
O módulo de entrada análogo X130 (RTD) é usado para monitorar e para medir milli-
-ampere (mA), temperature (°C) e resistance (Ω). As entradas 1 e 2 são atrubuídas
para milli-ampere, enquanto que as entradas 3 a 8 são para sensores RTD. Cada
entrada pode ser linearmente escalada para várias aplicações, por exemplo,
indicação da posição do comutador de tap do transformador. Cada entrada tem
valor limite de supervisão independente e função de supervisão de banda morta,
incluindo sinais de aviso e alarme.

3.9.2 Princípio de operação


Todas as entradas do X130 (RTD) são canais independentes RTD / mA com
proteção individual, de referência e isolação óptica para cada entrada, tornando-os
galvanicamente isolados uns dos outros e do resto do módulo. No entanto, as
entradas de RTD compartilham um terra comum.

3.9.2.1 Seleção de tipo de sinal de entrada

As entradas de módulo de função aceitam sinais do tipo corrente e resistência. As


entradas 1 e 2 são utilizadas para a medição de corrente, enquanto as entradas 3 a 8
são utilizadas para medições de resistência. As entradas são configuradas para um
tipo específico de entrada pelo ajuste específico de canal Modo de entrada. O valor
padrão para todas as entradas é "Não em uso", o que significa que o canal não é
amostrado de forma alguma, e a qualidade de valor de saída é ajustada de acordo.

Tabela 44: Identificação da função


Modo de entrada Descrição
Não em uso Seleção padrão. Utilizado quando a entrada correspondente não for utilizada.
0...20 mA Seleção para entradas de corrente analógica de DC miliampere, válida para
entradas 1 e 2, na faixa de entrada de 0 – 20 mA.
Resistência Seleção para entradas de RTD, válida para entradas de 3 a 8, na faixa de
entrada de 0 – 2000 Ω.
Pt100 Seleção para entradas de RTD, válida para entradas de 3 a 8, quando o sensor
Pt250 de temperatura for utilizado. Todos os tipos de sensores selecionáveis possuem
Ni100 suas características de resistência vs. temperatura armazenadas no módulo; a
Ni120 faixa de medição padrão é de -40 – 200 °C.
Ni250
Cu10

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3.9.2.2 Seleção de formato de valor de saída

Cada saída possui ajustes de Value unit independentes que são utilizados para
selecionar a unidade para a saída de canal. O valor padrão para o ajuste Value unit
é “Dimensionless”. Os ajustes Input minimum respectivo, Input maximum e Value
maximum respectivo, Value minimum devem ser ajustados de acordo com o canal
de entrada. Os valores padrão para esses ajustes são definidos aos seus valores
máximos de ajuste respectivo.

Quando o canal for utilizado para o tipo de sensor de temperatura, defina o ajuste
Value unit para “Graus celsius”. Quando Value unit for definido para “Graus
celsius”, o escalonamento linear não será possível, porém a faixa padrão (-40…200
°C) poderá ser definida abaixo dos ajustes Value maximum e Value minimum.

Quando o canal for utilizado para sinal de DC miliampere e a aplicação exigir


escalonamento linear da faixa de entrada, defina o ajuste Value unit para
“Dimensionless”, em que a faixa de entrada pode ser linearmente escalonada com
ajustes Input minimum e Input maximum até Value minimum e Value maximum.
Quando miliampere for utilizado como uma unidade de saída, defina o ajuste Value
unit para “Ampere”. Quando Value unit for definido para “Ampere”, o
escalonamento linear não será possível, porém a faixa padrão (0…20 mA) poderá
ser definida abaixo dos ajustes Value maximum e Value minimum.

Quando o canal for utilizado para sinais de resistência e a aplicação exigir


escalonamento linear da faixa de entrada, defina o ajuste Value unit para
“Dimensionless”, em que a faixa de entrada pode ser linearmente escalonada com
ajustes Input minimum e Input maximum até Value minimum e Value maximum.
Quando a resistência for utilizada como uma unidade de saída, defina o ajuste
Value unit para “Ohm”. Quando Value unit for definido para “Ohm”, o
escalonamento linear não será possível, porém a faixa padrão (0…2000 Ω) poderá
ser definida abaixo dos ajustes Value maximum e Value minimum.

3.9.2.3 Escalonamento linear de entrada

Cada entradaRTD/mA pode ser linearmente escalada pela construção de uma


função linear de saída em relação à entrada. A curva consiste de dois pontos, onde
o eixo Y entrada mínima eentrada máxima) define o alcance máximo e o eixo X
(Valor mínimo eValor máximo) é o alcance do valor escalonado de entrada.

O escalonamento de entrada é habilitado somente quando o Modo


de entrada “0...20 mA” ou “Resistance” estiver selecionado e o
“Dimensionless” estiver sendo usado como Valor de Unidade.

72 Série 615
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Exemplo de escalonamento linear


A entrada de Milli-ampere é utilizada como informação de posição do comutador.
O sensor de informações vai de 4 mA a 20 mA, o que equivale a à posição do
comutador de -36 a 36, respectivamente.
X130-Input#
20 mA

Entrada máxima

”0..20mA”
Modo de entrada

4 mA
Enrada mínima AI_VAL#
Valor de unidade
-36 36
Valor mínimo "Dimensionless" Valor máximo
GUID-85338A5E-3D2F-4031-A598-EA8A525190D3 V1 PT

Figura 10: A entrada de Milli-ampere escalonada para dar informação de


posição do comutador.

3.9.2.4 Supervisão da cadeia de medição

Cada entrada contém funcionalidade para monitorar a cadeia de medição de


entrada. Os circuitos monitoram os canais RTD continuamente e relatam uma falha
no circuito de qualquer canal de entrada habilitado. Se o valor de entrada medido
está fora dos limites, o valor mínimo/máximo é mostrado na saída correspondente.
A qualidade da saída correspondente é configurada de acordo para indicar mal
comportamento na entrada RTD/mA.

Tabela 45: Identificação de função, limites para entradas RTD/mA


Entrada Valor limite
Temperatura RTD, alta > 200 °C
Temperatura RTD, baixa < -40 °C
corrente mA, alta > 23 mA
Resistência, alta > 2000 Ω

3.9.2.5 Auto-supervisão

Cada amostra de entrada é validada antes de ser alimentada no algoritmo de filtro.


As amostras são validadas medindo-se uma corrente de referência de ajuste interna
imediatamente após as entradas serem examinadas. Cada tipo de sensor RTD
possui corrente esperada baseada no tipo de sensor. Se a corrente compensação
medida desviar da corrente de referência acima de 20%, a amostra é descartada e a

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saída é definida como inválida. O status de medição inválida desativa assim que o
sinal de entrada medido estiver dentro da compensação de medição.

3.9.2.6 Calibragem

O módulo de entrada analógica X130 (RTD) é calibrado na fábrica. Os circuitos de


calibragem monitoram continuamente os canais de RTD e relatam uma falha nos
circuitos de qualquer canal.

3.9.2.7 Supervisão do valor limite

A função de supervisão do valor limite indica se o valor medido de AI_INST#


excede ou está abaixo dos limites definidos. Todos os canais de medição têm uma
função de supervisão de valor limite individual. O valor medido contém a
correspondente faixa de informação AI_RANGE# e tem valor na faixa de 0 a 4:

• 0: “normal”
• 1: “alto”
• 2: “baixo”
• 3: “alto-alto”
• 4: “baixo-baixo”

As mudanças na faixa de informação e os novos valores são reportados.


Y Out of Range

Valor máximo

AI_RANGE#=3

Val alto/limite alto

Hysteresis
AI_RANGE#=1
Val limite alto
AI_RANGE#=0

AI_RANGE#=0 t
Val limite baixo

AI_RANGE#=2

AI_RANGE#=4
Val baixo/limite baixo

Valor relatado

Valor mínimo

GUID-6A6033E6-22C8-415D-AABD-D0556D38C986 V1 PT

Figura 11: Supervisão do valor limite para RTD (130)

A faixa de informação de “limite alto-alto” e “limite baixo-baixo” é combinada de


todos os canais de medição para uma saída ALARM Booleano. A faixa de
informação de “limite alto” e “limite baixo” é combinada de todos os canais de
medição para uma saída WARNING Booleano.

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Tabela 46: Configurações para supervisão de valor limite de entrada análoga X130 (RTD)
Função Configurações para supervisão de valor limite
entrada análoga X130 (RTD) Fora de range Valor máximo
Limite alto-alto Val limite alto alto
Limite alto Val limite alto
Limite baixo Val limite baixo
Limite baixo-baixo Val limite baixo baixo
Fora de range Valor mínimo

Quando o valor mensurado excede a configuração Value maximum ou Value


minimum, a qualidade correspondente é estabelecida como fora de alcance e um
valor máximo ou mínimo é mostrado quando o valor medido excede a histerese
adicionada, respectivamente. A histerese é adicionada ao valor extremo do limite
de faixa para permitir que a medição exceda levemente o valor limite antes de ser
considerada fora de alcance.

3.9.2.8 Supervisão de banda morta

Cada entrada tem uma supervisão de banda morta independente. A função de


supervisão de banda morta reporta o valor mensurado de acordo com alterações
integradas ao longo de um período de tempo.

GUID-63CA9A0F-24D8-4BA8-A667-88632DF53284 V1 PT

Figura 12: Supervisão de banda morta integrada

O valor de banda morta usado no cálculo integral é configurado com o ajuste do


Valor de banda morta. O valor representa o percentual da diferença entre os limites
máximo e mínimo nas unidades de 0,001 porcento * segundos. O atraso no
relatório dos algoritmos integrados em segundos é calculado com a fórmula:

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Exemplo de supervisão de banda morta de entrada análógica X130


(RTD)
O sensor de temperatura Pt100 é usado na faixa de temperatura de 15 – 180 °C. É
usada a unidade de valor em “Graus Celsius” e os valores ajustados "Valor
mínimo" e "Valor máximo" são definidos entre 15 e 180, respectivamente.

Valor de banda morta = 7500 (7,5% da faixa total de medição 165)

AI_VAL# = AI_DB# = 85

If AI_VAL# muda para 90, o relatório de atraso é:

(180 − 15) × 7500 / 1000


t (s ) = ≈ 2, 5s
90 − 85 × 100%

Tabela 47: Configurações para supervisão de banda morta de entrada análógica X130 (RTD)
Função Configuração Máximo/mínimo (=range)
entrada analógica X130 Valor da banda morta Valor máximo / Valor mínimo
(RTD) (=20000)

Uma vez que a função pode ser utilizada em vários modos de


medição, os valores-padrão são ajustados para os extremos. Assim,
é muito importante ajustar os valores-limite corretos para adequar a
aplicação antes das atividades de supervisão de banda morta,
devidamente.

3.9.2.9 Temperatura RTD vs. resistência


Tabela 48: Temperatura vs. resistência
Temp TCR 0,00385 de platina TCR 0,00618 de níquel TCR 0,00427
°C de cobre
Pt 100 Pt 250 Ni 100 Ni 120 Ni 250 Cu 10
-40 84.27 210.675 79.1 94.92 197.75 7.49
-30 88.22 220.55 84.1 100.92 210.25 -
-20 92.16 230.4 89.3 107.16 223.25 8.263
-10 96.09 240.225 94,6 113.52 236.5 -
0 100 250 100 120 250 9.035
10 103.9 259.75 105.6 126.72 264 -
20 107.79 269.475 111.2 133.44 278 9.807
30 111.67 279.175 117.1 140.52 292.75 -
40 115.54 288.85 123 147.6 307.5 10.58
50 119.4 298.5 129.1 154.92 322.75 -
60 123.24 308.1 135.3 162.36 338.25 11.352
Tabela continua na próxima página

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Temp TCR 0,00385 de platina TCR 0,00618 de níquel TCR 0,00427


°C de cobre
Pt 100 Pt 250 Ni 100 Ni 120 Ni 250 Cu 10
70 127.07 317.675 141.7 170.04 354.25 -
80 130.89 327.225 148.3 177.96 370.75 12.124
90 134.7 336.75 154.9 185.88 387.25 -
100 138.5 346.25 161.8 194.16 404.5 12.897
120 146.06 365.15 176 211.2 440 13.669
140 153.58 383.95 190.9 229.08 477.25 14.442
150 - - 198.6 238.32 496.5 -
160 161.04 402.6 206.6 247.92 516.5 15.217
180 168.46 421.15 223.2 267.84 558 -
200 175.84 439.6 240.7 288.84 601.75 -

3.9.2.10 Conexão de entrada RTD/mA

As entradas RTD podem ser utilizadas com conexão de 2 ou 3 fios com


aterramento comum. Ao utilizar a conexão de 3 fios, é importante que todos os três
fios que estiverem conectando o sensor sejam simétricos, ou seja, os fios devem ser
do mesmo tipo e comprimento. Consequentemente, a resistência do fio será
compensada de forma automática.

Sensor resistor

GUID-BC4182F7-F701-4E09-AB3D-EFB48280F097 V1 PT

Figura 13: Três sensores de RTD/resistência conectados de acordo com a


conexão de três fios

Série 615 77
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Sensor do resistor

GUID-2702C0B0-99CF-40D0-925C-BEC0725C0E97 V1 PT

Figura 14: Três sensores de RTD/resistência conectados de acordo com a


conexão de dois fios

X130

+
Sensor 1 Curto -
Transdutor circuito
(44 Ω)
-
2
...
...
...

11

12
...
...
...

GUID-88E6BD08-06B8-4ED3-B937-4CC549697684 V1 PT

Figura 15: Conexão de fiação mA

78 Série 615
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3.9.3 Sinais
Tabela 49: Sinais de entrada analógica X130 (RTD/mA)
Nome Tipo Descrição
ALARME BOOLEAN Alarme geral
Advertência BOOLEAN Advertência geral
AI_VAL1 FLOAT32 entrada mA, Conectores 1-2, valor instantâneo
AI_VAL2 FLOAT32 entrada mA, Conectores 3-4, valor instantâneo
AI_VAL3 FLOAT32 entrada RTD, Conectores 5-6-11c, valor
instantâneo
AI_VAL4 FLOAT32 entrada RTD, Conectores 7-8-11c, valor
instantâneo
AI_VAL5 FLOAT32 entrada RTD, Conectores 9-10-11c, valor
instantâneo
AI_VAL6 FLOAT32 entrada RTD, Conectores 13-14-12c, valor
instantâneo
AI_VAL7 FLOAT32 entrada RTD, Conectores 15-16-12c, valor
instantâneo
AI_VAL8 FLOAT32 RTD input, Connectors 17-18-12c, instantaneous
value

3.9.4 Configurações
Tabela 50: Configurações de entrada RTD
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de entrada 1=Não está em uso 1=Não está em Modo de entrada analógica
2=Resistência uso
10=Pt100
11=Pt250
20=Ni100
21=Ni120
22=Ni250
30=Cu10
Entrada máxima 0...2000 1 2000 Valor máximo de entrada analógica para
mA ou escala de resistência
Entrada mínima 0...2000 1 0 Valor mínimo de entrada analógica para
mA ou escala de resistência
Unidade de valor 1=Adimensional 1=Adimensional Unidade selecionada para formato do
5=Ampére valor de saída
23=Graus Celsius
30=Ohm
Valor máximo -10000.0...10000.0 10000.0 Valor máximo de saída para escala e
supervisão
Valor mínimo -10000.0...10000.0 -10000.0 Valor mínimo de saída para escala e
supervisão
Val limite alto alto -10000.0...10000.0 10000.0 Alto limite de alarme de valor de saída
para supervisão
Alto limite de valor -10000.0...10000.0 10000.0 Alto limite de advertência de valor de
saída para supervisão
Tabela continua na próxima página

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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Baixo limite de valor -10000.0...10000.0 -10000.0 Baixo limite de advertência de valor de
saída para supervisão
Limite com valor baixo- -10000.0...10000.0 -10000.0 Baixo limite de alarme de valor de saída
-baixo para supervisão
Valor da banda morta 100...100000 1000 Valor de configuração de banda morta
para cálculo integral (porcentagem da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)

Tabela 51: Ajustes de entrada mA


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de entrada 1=Não está em uso 1=Não está em Modo de entrada analógica
5=0..20mA uso
Entrada máxima 0...20 1 20 Valor máximo de entrada analógica para
mA ou escala de resistência
Entrada mínima 0...20 1 0 Valor mínimo de entrada analógica para
mA ou escala de resistência
Unidade de valor 1=Adimensional 1=Adimensional Unidade selecionada para formato do
5=Ampére valor de saída
23=Graus Celsius
30=Ohm
Valor máximo -10000.0...10000.0 10000.0 Valor máximo de saída para escala e
supervisão
Valor mínimo -10000.0...10000.0 -10000.0 Valor mínimo de saída para escala e
supervisão
Val limite alto alto -10000.0...10000.0 10000.0 Alto limite de alarme de valor de saída
para supervisão
Alto limite de valor -10000.0...10000.0 10000.0 Alto limite de advertência de valor de
saída para supervisão
Baixo limite de valor -10000.0...10000.0 -10000.0 Baixo limite de advertência de valor de
saída para supervisão
Limite com valor baixo- -10000.0...10000.0 -10000.0 Baixo limite de alarme de valor de saída
-baixo para supervisão
Valor da banda morta 100...100000 1000 Valor de configuração de banda morta
para cálculo integral (porcentagem da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)

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Tabela 52: Dados monitorados X130 (RTD/mA)


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
AI_DB1 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada mA, Conectores
.0 1-2, valor relatado
AI_RANGE1 Enum 0=normal entrada mA, Conectores
1=alto 1-2, faixa
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo
AI_DB2 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada mA, Conectores
.0 3-4, valor relatado
AI_RANGE2 Enum 0=normal entrada mA, Conectores
1=alto 3-4, faixa
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo
AI_DB3 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada RTD,
.0 Conectores 5-6-11c,
valor relatado
AI_RANGE3 Enum 0=normal entrada RTD,
1=alto Conectores 5-6-11c,
2=baixo faixa
3=alto-alto
4=baixo-baixo
AI_DB4 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada RTD,
.0 Conectores 7-8-11c,
valor relatado
AI_RANGE4 Enum 0=normal entrada RTD,
1=alto Conectores 7-8-11c,
2=baixo faixa
3=alto-alto
4=baixo-baixo
AI_DB5 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada RTD,
.0 Conectores 9-10-11c,
valor relatado
AI_RANGE5 Enum 0=normal entrada RTD,
1=alto Conectores 9-10-11c,
2=baixo faixa
3=alto-alto
4=baixo-baixo
AI_DB6 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada RTD,
.0 Conectores 13-14-12c,
valor relatado
AI_RANGE6 Enum 0=normal entrada RTD,
1=alto Conectores 13-14-12c,
2=baixo faixa
3=alto-alto
4=baixo-baixo
AI_DB7 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada RTD,
.0 Conectores 15-16-12c,
valor relatado
Tabela continua na próxima página

Série 615 81
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Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


AI_RANGE7 Enum 0=normal entrada RTD,
1=alto Conectores 15-16-12c,
2=baixo faixa
3=alto-alto
4=baixo-baixo
AI_DB8 FLOAT32 -10000.0...10000 entrada RTD,
.0 Conectores 17-18-12c,
valor relatado
AI_RANGE8 Enum 0=normal entrada RTD,
1=alto Conectores 17-18-12c,
2=baixo faixa
3=alto-alto
4=baixo-baixo

3.10 Bloco de funções GOOSE

Blocos de função GOOSE são usadas para conectar dados de chegada GOOSE para
a aplicação. Eles suportam os tipops de dados BOOLEAN, Dbpos, Enum,
FLOAT32, INT8 e INT32.

Sinais comuns
O saída VÁLIDA indica que a validade de dados GOOSE recebidos, o que
significa, no caso de validade, que a comunicação GOOSE está trabalhando e
recebeu bits de dados de qualidade (caso configurado) indica um bom processo de
dados. Status inválido é causado tanto por bits de dados de má qualidade ou falha
na comunicação GOOSE. Veja o guia de engenharia IEC 61850 para detalhes.

A saída OUT passa os valores de dados recebidos GOOSE para a aplicação O valor
padrão (0) é usado se a saída VALID indicar um status inválido. A entrada IN é
definido na configuração GOOSE e pode sempre ser visto na folha SMT.

Ajustes
Os blocos de função GOOSE não têm quaisquer parâmetros disponíveis em LHMI
ou PCM600.

3.10.1 GOOSERCV_BIN - Bloco de função

3.10.1.1 Bloco de funções

GUID-44EF4D6E-7389-455C-BDE5-B127678E2CBC V1 PT

Figura 16: Bloco de funções

82 Série 615
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3.10.1.2 Funcionalidade

A função GOOSERCV_BIN é utilizada para conectar as entradas binárias GOOSE


à aplicação.

3.10.1.3 Sinais
Tabela 53: Sinais de Entrada GOOSERCV_BIN
Nome Tipo Padrão Descrição
IN BOOLEANO 0 Sinal de entrada

Tabela 54: Sinais de Entrada GOOSERCV_BIN


Nome Tipo Descrição
OUT BOOLEANO Sinal de saída
VÁLIDO BOOLEANO Sinal de saída

3.10.2 GOOSERCV_DP bloco de funções

3.10.2.1 Bloco de funções

GUID-63C0C3EE-1C0E-4F78-A06E-3E84F457FC98 V1 PT

Figura 17: Bloco de funções

3.10.2.2 Funcionalidade

A função GOOSERCV_DP é usada para conectar as entradas binárias duplas para


a aplicação.

3.10.2.3 Sinais
Tabela 55: GOOSERCV_DP Sinais de entrada
Nome Tipo Padrão Descrição
IN Dbpos 00 Sinal de entrada

Tabela 56: GOOSERCV_DP Sinais de saída


Nome Tipo Descrição
OUT (SAÍDA) Dbpos Sinal de saída
VÁLIDO BOOLEANO Sinal de saída

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3.10.3 GOOSERCV_MV bloco de funções

3.10.3.1 Bloco de funções

GUID-A59BAF25-B9F8-46EA-9831-477AC665D0F7 V1 PT

Figura 18: Bloco de funções

3.10.3.2 Funcionalidade

A função GOOSERCV_MV é utilizada para conectar os valores medidos de


entrada GOOSE para a aplicação.

3.10.3.3 Sinais
Tabela 57: Sinais de Entrada GOOSERCV_MV
Nome Tipo Padrão Descrição
IN FLOAT32 0 Sinal de entrada

Tabela 58: Sinais de Saída GOOSERCV_MV


Nome Tipo Descrição
SAÍDA FLOAT32 Sinal de saída
VALID BOOLEANO Sinal de saída

3.10.4 GOOSERCV_INT8 bloco de funções

3.10.4.1 Bloco de funções

GUID-B4E1495B-F797-4CFF-BD19-AF023EA2D3D9 V1 PT

Figura 19: Bloco de funções

3.10.4.2 Funcionalidade

A função GOOSERCV_INT8 é utilizada para conectar os valores as entradas de


números inteiros GOOSE de 8 bits para a aplicação.

84 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.10.4.3 Sinais
Tabela 59: Sinais de Entrada GOOSERCV_INT8
Nome Tipo Descrição
IN INT8 Sinal de entrada

Tabela 60: Sinais de Saída GOOSERCV_INT8


Nome Tipo Descrição
OUT (SAÍDA) INT8 Sinal de saída
VALID BOOLEANO Sinal de saída

3.10.5 GOOSERCV_INTL bloco de funções

3.10.5.1 Bloco de funções

GUID-241A36E0-1BB9-4323-989F-39668A7B1DAC V1 PT

Figura 20: Bloco de funções

3.10.5.2 Funcionalidade

A função GOOSERCV_INTL é utilizada para conectar entradas binárias duplas à


aplicação e extrair sinais binários de posição única do sinal de posição binário duplo.

O sinal de saída OP indica que a posição está aberta. O valor padrão (0) é usado se
a saída VALID indicar um status inválido.

O sinal de saída CL indica que a posição está fecchada. O valor padrão (0) é usado
se a saída VALID indicar um status inválido.

A sinal de saída OK indica que a posição não está em estado defeituoso nem
intermediário. O valor padrão (0) é usado se a saída VALID indicar um status inválido.

3.10.5.3 Sinais
Tabela 61: Sinais de Entrada GOOSERCV_MV
Nome Tipo Padrão Descrição
IN Dbpos 00 Sinal de entrada

Série 615 85
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Tabela 62: Sinais de Saída GOOSERCV_INTL


Nome Tipo Descrição
OP BOOLEANO Sinal de Saída Aberta de Posição
CL BOOLEANO Sinal de Saída Fechada de Posição
OK BOOLEANO Sinal de Saída OK de Posição
VALID BOOLEANO Sinal de saída

3.10.6 GOOSERCV_CMV bloco de funções

3.10.6.1 Bloco de funções

GUID-4C3F3A1A-F5D1-42E1-840F-6106C58CB380 V1 PT

Figura 21: Bloco de funções

3.10.6.2 Funcionalidade

A função GOOSERCV_MV é utilizada para conectar os valores medidos de


entrada GOOSE para a aplicação. As entradas MAG_IN (amplitude) e ANG_IN
(ângulo) são definidas na configuração GOOSEG(PCM600).

A saída MAG passa o valor GOOSE (amplitude) recebido para a aplicação. O valor
padrão (0) é usado se a saída VALID indicar um status inválido.

A saída ANG passa os valores de dados recebidos GOOSE para a aplicação O


valor padrão (0) é usado se a saída VALID indicar um status inválido.

3.10.6.3 Sinais
Tabela 63: Sinais de Entrada GOOSERCV_CMV
Nome Tipo Padrão Descrição
MAG_IN FLOAT32 0 Sinal de entrada
(amplitude)
ANG_IN FLOAT32 0 Sinal de entrada
(ângulo)

Tabela 64: Sinais de Saída GOOSERCV_CMV


Nome Tipo Descrição
MAG FLOAT32 Sinal de saída (amplitude)
ANG FLOAT32 Sinal de saída (ângulo)
VÁLIDO BOOLEANO Sinal de saída

86 Série 615
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1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.10.7 GOOSERCV_ENUM floco de funções

3.10.7.1 Bloco de funções

GUID-E1AE8AD3-ED99-448A-8C11-558BCA68CDC4 V1 PT

Figura 22: Bloco de funções

3.10.7.2 Funcionalidade

A função GOOSERCV_INT8 é utilizada para conectar os valores as entradas de


números inteiros GOOSE de 8 bits para a aplicação.

3.10.7.3 Sinais
Tabela 65: GOOSERCV_DP Sinais de entrada
Nome Tipo Padrão Descrição
IN Enum 0 Sinal de entrada

Tabela 66: GOOSERCV_DP Sinais de saída


Nome Tipo Descrição
OUT (SAÍDA) Enum Sinal de saída
VÁLIDO BOOLEANO Sinal de saída

3.10.8 GOOSERCV_INT32 bloco de funções

3.10.8.1 Bloco de funções

GUID-61FF1ECC-507D-4B6D-8CA5-713A59F58D5C V1 PT

Figura 23: Bloco de funções

3.10.8.2 Funcionalidade

A função de bloqueio GOOSERCV_INT32 é usada para conectar valores de


números inteiros GOOSE 32 para a aplicação.

Série 615 87
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Seção 3 1MRS757783 A
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3.10.8.3 Sinais
Tabela 67: Sinais de Entrada GOOSERCV_INT32
Nome Tipo Padrão Descrição
IN (ENTRADA) INT32 0 Sinal de entrada

Tabela 68: Sinais de Saída GOOSERCV_INT32


Nome Tipo Descrição
OUT (SAÍDA) INT32 Sinal de saída
VÁLIDO BOOLEANO Sinal de saída

3.11 Blocos de função de conversão de tipo

3.11.1 QTY_GOOD bloqueio de funções

3.11.1.1 Funcionalidade

O bloco de função QTY_GOODD avalia os bits de qualidade do sinal de entrada e


os passa como um sinal Booleano para a aplicação.

A entrada IN pode ser conectada a qualquer sinal de aplicação (saída de função


lógica, entrada binária, saída de função de aplicação ou sinal GOOSE recebido).
Devido a propagação de bit de qualidade lógico de aplicação, cada sinal (simples e
mesmo combinado) possui qualidade que pode ser avaliada.

A saída OUT indica boa qualidade do sinal de entrada. Os sinais de entrada que não
possui ajuste de bits de qualidade ou que possui somente bit de teste são ajustados
indicarão situação de boa qualidade.

3.11.1.2 Sinais
Tabela 69: Sinais de entrada QTY_GOOD
Nome Tipo Padrão Descrição
IN Qualquer 0 Sinal de entrada

Tabela 70: Sinais de saída QTY_GOOD


Nome Tipo Descrição
OUT BOOLEANO Sinal de saída

88 Série 615
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1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.11.2 QTY_BAD bloco de funções

3.11.2.1 Funcionalidade

O bloco de função QTY_BAD avalia os bits de qualidade do sinal de entrada e os


passa como um sinal Booleano para a aplicação.

A entrada IN pode ser conectada a qualquer sinal de aplicação (saída de função


lógica, entrada binária, saída de função de aplicação ou sinal GOOSE recebido).
Devido a propagação de bit de qualidade lógico de aplicação, cada sinal (simples e
mesmo combinado) possui qualidade que pode ser avaliada.

A saída OUT indica má qualidade do sinal de entrada. Os sinais de entrada que


possuem qualquer outro que não seja ajuste de bit de teste indicarão situação de má
qualidade.

3.11.2.2 Sinais
Tabela 71: Sinais de entrada QTY_BAD
Nome Tipo Padrão Descrição
IN Qualquer 0 Sinal de entrada

Tabela 72: Sinais de saída QTY_BAD


Nome Tipo Descrição
OUT BOOLEANO Sinal de saída

3.11.3 T_HEALTH bloco de funções

3.11.3.1 Funcionalidade

A função T_HEALTH avalia dados enumerados do atributo de dados "Health".


Esse bloco de função pode ser usado com GOOSE.

A entrada IN pode ser conectada ao bloco de função GOOSERCV_ENUM, que


está recebendo o atributo de dados LD0.LLN0.Health.stVal enviado por outro IED.

As saídas OK, WARNING e ALARM são extraídas do valor de entrada enumerado.


Somente uma das saídas pode estar ativa por vez. Caso o bloco de função
GOOSERCV_ENUM não receba o valor do IED enviante, o valor default (0) é
utilizado e o ALARM é ativado no bloco de função T_HEALTH.

Série 615 89
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

3.11.3.2 Sinais
Tabela 73: Sinais de entrada T_HEALTH
Nome Tipo Padrão Descrição
IN Qualquer 0 Sinal de entrada

Tabela 74: Sinais de saída T_HEALTH


Nome Tipo Descrição
OK BOOLEAN Sinal de saída
WARNING BOOLEAN Sinal de saída
ALARME BOOLEAN Sinal de saída

3.11.4 T_F32_INT8 bloco de funções

3.11.4.1 Funcionalidade

T_F32_INT8 é uma função de conversão de tipo.

A função converte valores do tipo flutuante de 32 bits em valores inteiros de 8 bits.


A operação de arredondamento está incluída. O valor de saída satura se o valor de
entrada estiver abaixo do valor mínimo ou acima do valor máximo.

3.11.4.2 Bloco de função

GUID-F0F44FBF-FB56-4BC2-B421-F1A7924E6B8C V1 PT

Figura 24: Bloco de função

3.11.4.3 Ajustes

A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de


Proteção e Controle (PCM600).

90 Série 615
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Funções básicas

3.12 Blocos lógicos configuráveis

3.12.1 Blocos lógicos configuráveis padrão

3.12.1.1 Bloco de funções OR

Funcionalidade
OR e OR6 são utilizados para formar expressões combinatórias gerais com
variáveis Booleanas.

A saída O é ativada quando no mínimo uma entrada tem o valor VERDADEIRO. O


valor padrão de todas as entradas é FALSO, o que torna possível utilizar somente o
número exigido de entradas e deixar o restante desconectado.

OR possui duas entradas e OR6 possui seis.

Bloco de funções

GUID-9D001113-8912-440D-B206-051DED17A23C V1 PT

Figura 25: Blocos de funções

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.1.2 Bloco de funções AND

Funcionalidade
"AND" e "AND6" são usados para formar expressões combinatórias gerais com
variáveis Booleanas.

O valor padrão de todas as entradas é logicamente verdadeiro, o que torna possível


utilizar somente o número exigido de entradas e deixar o restante desconectado.

"AND" tem duas entradas e "AND6" tem seis entradas.

Série 615 91
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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Bloco de funções

GUID-7592F296-60B5-4414-8E17-2F641316CA43 V1 PT

Figura 26: Blocos de funções

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.1.3 Bloco de funções XOR

Funcionalidade
A função OU exclusiva é utilizada para gerar expressões combinatórias com
variáveis booleanas.

O sinal de saída é VERDADEIRO se os sinais de entrada forem diferentes e


FALSO se forem iguais.

Bloco de funções

GUID-9C247C8A-03A5-4F08-8329-F08BE7125B9A V1 PT

Figura 27: Bloco de funções

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.1.4 Bloco de funções NOT

Funcionalidade
NOT é usado para gerar expressões combinatórias com variáveis Booleanas.

NOT inverte o sinal de entrada.

92 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

Bloco de funções

GUID-0D0FC187-4224-433C-9664-908168EE3626 V1 PT

Figura 28: Bloco de funções

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.1.5 Bloco de funções MAX3

Funcionalidade
A função máxima MAX3 seleciona o valor máximo entre três valores análogos.

As entradas desconectadas têm valor 0.

Bloqueio de funções

GUID-5454FE1C-2947-4337-AD58-39D266E91993 V1 PT

Figura 29: Bloqueio de funções

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.1.6 Bloco de funções MIN3

Funcionalidade
A função mínima MIN3 seleciona o valor mínimo entre três valores análogos.

Se o valor mínimo for contado a partir de dois sinais, conectar uma das entradas a
duas em MIN3 faz com que todas as entradas sejam conectadas.

Bloqueio de funções

GUID-40218B77-8A30-445A-977E-46CB8783490D V1 PT

Figura 30: Bloqueio de funções

Série 615 93
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Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.1.7 Bloco de funções R_TRIG

Funcionalidade
R_Trig é utilizado como um detector de borda de subida.

R_Trig detecta a transição de FALSE para TRUE na entrada CLK. Quando a borda
de subida é detectada, o elemento determina a saída como TRUE. Na rodada de
execução subsequente, a saída retorna para FALSE independentemente do estado
da entrada.

Bloco de função

GUID-3D0BBDC3-4091-4D8B-A35C-95F6289E6FD8 V1 PT

Figura 31: Bloco de função

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.1.8 Bloco de funções F_TRIG

Funcionalidade
F_Trig é utilizado como um detector de borda de descida.

A função detecta a transição de TRUE para FALSE na entrada CLK. Quando a


borda de descida é detectada, o elemento determina a saída Q como TRUE. Na
rodada de execução subsequente, a saída retorna para FALSE independentemente
do estado da entrada.

Bloco de funções

GUID-B47152D2-3855-4306-8F2E-73D8FDEC4C1D V1 PT

Figura 32: Bloco de funções

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

94 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.12.1.9 Bloco de funções T_POS_XX

Funcionalidade
As informações de posição do disjuntor podem ser comunicadas com as mensagem
GOOSE IEC 61850. As informações de posição são dados do tipo duplo binário
que são alimentados na entrada POS.

T_POS_CL e T_POS_OP são utilizadas para extrair as informações de status do


disjuntor. Respectivamente, T_POS_OK é utilizada para validar a posição posição
intermediária ou defeituosa do disjuntor.

Tabela 75: Referência cruzada entre a posição do disjuntor e a saída do bloco de função
Posição do disjuntor Saída do bloco de função
T_POS_CL T_POS_OP T_POS_OK
Intermediária '00' FALSA FALSA FALSA
Fechada '01' VERDADEIRA FALSA VERDADEIRA
Aberta '10' FALSA VERDADEIRA VERDADEIRA
Defeituosa '11' VERDADEIRA VERDADEIRA FALSA

Bloco de função

GUID-4548B304-1CCD-454F-B819-7BC9F404131F V1 PT

Figura 33: Blocos de função

Ajustes
A função não tem nenhum parâmetro disponível em LHMI ou Gerente de IED de
Proteção e Controle (PCM600).

3.12.2 PTGAPC bloco de função de temporizador de pulso

3.12.2.1 Bloco de funções

GUID-2AA275E8-31D4-4CFE-8BDA-A377213BBA89 V1 PT

Figura 34: Bloco de funções

Série 615 95
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

3.12.2.2 Funcionalidade

O bloco de função do temporizador de pulso PTGAPC contém oito temporizadores


independentes. A função possui um comprimento de pulso ajustável. Uma vez que
a entrada é ativada, a saída é ajustada para uma duração específica utilizando o
Tempo de atraso de pulso .

t0 t0+dt t1 t1+dt t2 t2+dt

dt=Tempo de atraso de pulso


GUID-08F451EE-5110-41D9-95ED-084D7296FA22 V1 PT

Figura 35: Operação do temporizador

3.12.2.3 Sinais
Tabela 76: Sinais de entrada PTGAPC
Nome Tipo Padrão Descrição
IN1 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 1
IN2 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 2
IN3 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 3
IN4 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 4
IN5 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 5
IN6 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 6
IN7 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 7
IN8 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 8

Tabela 77: Saídas de sinal PTGAPC


Nome Tipo Descrição
Q1 BOOLEAN Status de saída
Q2 BOOLEAN Status de saída 2
Q3 BOOLEAN Status de saída 3
Q4 BOOLEAN Status de saída 4
Q5 BOOLEAN Status de saída 5
Q6 BOOLEAN Status de saída 6
Q7 BOOLEAN Status de saída 7
Q8 BOOLEAN Status de saída 8

96 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.12.2.4 Configurações
Tabela 78: Não ajuste de grupo PTGAPC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 1
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 2
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 3
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 4
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 5
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 6
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 7
Tempo de atraso de 0...3600000 ms 10 0 Tempo de atraso de pulso
pulso 8

Tabela 79: Temporizador genérico TPGAPC1...4


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo de 0...60000 ms 1 150 Tempo de
pulso pulso mínimo

Tabela 80: Temporizador genérico, TPSGAPC1


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo de 0...300 s 1 0 Tempo
pulso mínimo de
pulso,
variação em
segundos

Tabela 81: Temporizador genérico, TPMGAPC1


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo de 0...300 min 1 0 Tempo
pulso mínimo de
pulso,
variação em
segundos

Série 615 97
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

3.12.2.5 Dados técnicos


Tabela 82: Dados técnicos PTGAPC
Característica Valor
Precisão de tempo operacional ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms

3.12.3 TOFGAPC bloco de funções de atraso de tempo de


desligamento

3.12.3.1 Bloco de função

GUID-6BFF6180-042F-4526-BB80-D53B2458F376 V1 PT

Figura 36: Bloco de função

3.12.3.2 Funcionalidade

O bloco de função de retardo de desligamento TOFGAPC pode ser utilizado, por


exemplo, para uma saída em drop-off retardada relacionada ao sinal de entrada.
TOFGAPC contém oito temporizadores independentes. Há um retardo ajustável no
temporizador. Uma vez a entrada ativada, a saída é ativada imediatamente. Quando
a entrada é eliminada, a saída continua até que o tempo definido pelo ajuste do
Tempo de retardo de desligamento tenha terminado.

t0 t1 t1+dt t2 t3 t4 t5 t5+dt

dt=Tempo de retorno
GUID-D45492E6-5FBC-420C-B1BF-B3A1F65ADF96 V1 PT

Figura 37: Operação do temporizador

98 Série 615
Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.12.3.3 Sinais
Tabela 83: Sinais de entrada TOFGAPC
Nome Tipo Padrão Descrição
IN1 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 1
IN2 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 2
IN3 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 3
IN4 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 4
IN5 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 5
IN6 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 6
IN7 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 7
IN8 BOOLEAN 0=Falso Status de entrada 8

Tabela 84: Saídas de sinal TOFGAPC


Nome Tipo Descrição
Q1 BOOLEAN Status de saída
Q2 BOOLEAN Status de saída 2
Q3 BOOLEAN Status de saída 3
Q4 BOOLEAN Status de saída 4
Q5 BOOLEAN Status de saída 5
Q6 BOOLEAN Status de saída 6
Q7 BOOLEAN Status de saída 7
Q8 BOOLEAN Status de saída 8

3.12.3.4 Configurações
Tabela 85: Ajustes de grupo não TONGAPC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
ajuste do atraso 1 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado
ajuste do atraso 2 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado
ajuste do atraso 3 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado
ajuste do atraso 4 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado
ajuste do atraso 5 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado
ajuste do atraso 6 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado
ajuste do atraso 7 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado
ajuste do atraso 87 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de desligamento
desligado

Série 615 99
Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

3.12.3.5 Dados técnicos


Tabela 86: Dados técnicos TOFGAPC
Característica Valor
Precisão de tempo operacional ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms

3.12.4 TONGAPC Bloco de funções de atraso de tempo de


ligamento

3.12.4.1 Bloco de função

GUID-B694FC27-E6AB-40FF-B1C7-A7EB608D6866 V1 PT

Figura 38: Bloco de função

3.12.4.2 Funcionalidade

O bloco de função de retardo de ligamento TONGAPC pode ser utilizado, por


exemplo, para retardar a saída relacionada ao sinal de entrada. TONGAPC contém
oito temporizadores independentes. O temporizador tem um retardo de tempo
ajustável. Uma vez que a entrada é ativada, a saída é ativada depois que o tempo
definido pelo ajuste do Tempo de retardo de ligamento tiver terminado.

t0 t0+dt t1 t2 t3 t4 t4+dt t5

dt=Tempo de retorno
GUID-B74EE764-8B2E-4FBE-8CE7-779F6B739A11 V1 PT

Figura 39: Operação do temporizador

100 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.12.4.3 Sinais
Tabela 87: Sinais de entrada TONGAPC
me Tipo Padrão Descrição
IN1 BOOLEAN 0=Falso Entrada 1
IN2 BOOLEAN 0=Falso Entrada 2
IN3 BOOLEAN 0=Falso Entrada 3
IN4 BOOLEAN 0=Falso Entrada 4
IN5 BOOLEAN 0=Falso Entrada 5
IN6 BOOLEAN 0=Falso Entrada 6
IN7 BOOLEAN 0=Falso Entrada 7
IN8 BOOLEAN 0=Falso Entrada 8

Tabela 88: Saídas de sinal TONGAPC


Nome Tipo Descrição
Q1 BOOLEAN Saída 1
Q2 BOOLEAN Saída 2
Q3 BOOLEAN Saída 3
Q4 BOOLEAN Saída 4
Q5 BOOLEAN Saída 5
Q6 BOOLEAN Saída 6
Q7 BOOLEAN Saída 7
Q8 BOOLEAN Saída 8

3.12.4.4 Configurações
Tabela 89: Ajustes de grupo não TONGAPC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Em tempo de atraso 1 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento
Em tempo de atraso 2 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento
Em tempo de atraso 3 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento
Em tempo de atraso 4 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento
Em tempo de atraso 5 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento
Em tempo de atraso 6 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento
Em tempo de atraso 7 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento
Em tempo de atraso 8 0...3600000 ms 10 0 Tempo de retardo de ligamento

Série 615 101


Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

3.12.4.5 Dados técnicos


Tabela 90: Dados técnicos TONGAPC
Característica Valor
Precisão de tempo operacional ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms

3.12.5 SRGAPC Bloco de função set-reset

3.12.5.1 Bloco de função

GUID-93136D07-FDC4-4356-95B5-54D3B2FC9B1C V1 PT

Figura 40: Bloco de função

3.12.5.2 Funcionalidade

O bloco de função SRGAPC é um simples SR flip-flop com uma memória que


pode ser ajustada ou que pode redefinir uma saída das entradas S# ou R#,
respectivamente. O SRGAPC contém oito travas flip-flop de ajuste/reajuste em que
a entrada SET possui a maior prioridade sobre a entrada RESET. O status de cada
saída Q# é retida na memória não volátil. O reset individual para cada saída Q# está
disponível em LHMI ou através de ferramenta via comunicação.

Tabela 91: Tabela verdade para SRGAPC


S# R# Q#
0 0 01)
0 1 0
1 0 1
1 1 1

1) Manter estado/sem alteração

102 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.12.5.3 Sinais
Tabela 92: Sinais de entrada SRGAPC
Nome Tipo Padrão Descrição
S1 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q1 quando programado
R1 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q1 quando programado
S2 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q2 quando programado
R2 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q2 quando programado
S3 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q3 quando programado
R3 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q3 quando programado
S4 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q4 quando programado
R4 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q4 quando programado
S5 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q5 quando programado
R5 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q5 quando programado
S6 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q6 quando programado
R6 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q6 quando programado
S7 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q7 quando programado
R7 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q7 quando programado
S8 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q8 quando programado
R8 BOOLEAN 0=Falso Redefine a saída Q8 quando programado

Tabela 93: Sinais de saídal SRGAPC


Nome Tipo Descrição
Q1 BOOLEAN Q1 status
Q2 BOOLEAN Q2 status
Q3 BOOLEAN Q3 status
Q4 BOOLEAN Q4 status
Q5 BOOLEAN Q5 status
Q6 BOOLEAN Q6 status
Q7 BOOLEAN Q7 status
Q8 BOOLEAN Q8 status

Série 615 103


Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

3.12.5.4 Configurações
Tabela 94: Nenhum ajuste de grupo SRGAPC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Redefine Q1 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q1 quando programado
1=Redefine
Redefine Q2 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q2 quando programado
1=Redefine
Reset Q3 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q3 quando programado
1=Redefine
Redefine Q4 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q4 quando programado
1=Redefine
Redefine Q5 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q5 quando programado
1=Redefine
Redefine Q6 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q6 quando programado
1=Redefine
Redefine Q7 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q7 quando programado
1=Redefine
Redefine Q8 0=Cancelar 0=Cancelar Redefine a saída Q8 quando programado
1=Redefine

3.12.6 MVGAPC Bloco de funções Move

3.12.6.1 Bloco de funções

GUID-C79D9450-8CB2-49AF-B825-B702EA2CD9F5 V1 PT

Figura 41: Bloco de funções

3.12.6.2 Funcionalidade

O bloco de função de movimento MVGAPC é usado para bits lógicos de usuário.


Cada estado de entrada é diretamente copiado para o estado de saída. Isso permite a
criação de combinação de eventos de lógicas avançadas.

104 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.12.6.3 Sinais
Tabela 95: Sinais de saída MVGAPC
Nome Tipo Descrição
Q1 BOOLEAN Q1 status
Q2 BOOLEAN Q2 status
Q3 BOOLEAN Q3 status
Q4 BOOLEAN Q4 status
Q5 BOOLEAN Q5 status
Q6 BOOLEAN Q6 status
Q7 BOOLEAN Q7 status
Q8 BOOLEAN Q8 status

3.12.7 Bloco de funções de controle local/ remoto CONTROL

3.12.7.1 Bloqueio de funções

GUID-FA386432-3AEF-468D-B25E-D1C5BDA838E3 V1 PT

Figura 42: Bloqueio de funções

3.12.7.2 Funcionalidade

O controle Local/Remoto é por padrão realizado através do botão R/L no painel


frontal. O controle através da entrada binária pode ser ligado ao configurar o valor
do parâmetro LR control para "Binary input".

O estado real do controle Local/Remoto é avaliado pelo esquema de prioridade nas


entradas de bloqueio de função. Se mais de uma entrada estiver ativa, a entrada
com a maior prioridade é selecionada.

O estado atual é refletido nas saídas de função CONTROLE. Somente uma saída
está ativa por vez.

Série 615 105


Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

Tabela 96: Tabela verdade para CONTROLE


Entrada Saída
CTRL_OFF CTRL_LOC CTRL_STA 1) CTRL_REM
VERDADE qualquer qualquer qualquer OFF = VERDADE
FALSO VERDADE qualquer qualquer LOCAL =
VERDADE
FALSO FALSO VERDADE qualquer ESTAÇÃO =
VERDADE
FALSO FALSA FALSO VERDADE REMOTO =
VERDADE
FALSO FALSA FALSA FALSO OFF = VERDADE

1) Se a autoridade da estação não está em uso, a entrada CTRL_STA é interpretada como CTRL_REM.

A verificação de autoridade da estação com base na categoria originadora de


comando pode ser ligada ao configurar o valor do parâmetro Station authority para
"Station, Remote" (A validação do originador de comando é realizada somente se o
parâmetro LR control estiver configurado para "Binary input"). A verificação de
autoridade da estação não é ligada como padrão.

3.12.7.3 Sinais
Tabela 97: Sinais de entrada CONTROLE
Nome Tipo Padrão Descrição
CTRL_OFF BOOLEANO 0 Entrada de controle
OFF (DESLIGADO)
CTRL_LOC BOOLEANO 0 Entrada de controle
Local
CTRL_STA BOOLEANO 0 Entrada de controle
Estação
CTRL_REM BOOLEANO 0 Entrada de controle
Remoto

Sinais de saída
Tabela 98: Sinais de saída CONTROLE
Nome Tipo Descrição
OFF BOOLEANO Saída de controle OFF
(DESLIGADO)
LOCAL BOOLEANO Saída de controle Local
ESTAÇÃO BOOLEANO Saída de controle Estação
REMOTO BOOLEANO Saída de controle Remoto

106 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.12.7.4 Configurações
Tabela 99: Configurações de CONTROLE
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
controle LR 1 = "tecla LR" 1 = "tecla LR" Controle LR
2 = "entrada através da
binária" tecla LR ou
entrada
binária
Autoridade de 1 = "Não 1 = "Não Uso da
estação utilizado" utilizado" categoria
2 = "Estação originadora do
Remota" comando de
controle

Série 615 107


Manual Técnico
Seção 3 1MRS757783 A
Funções básicas

3.12.7.5 Dados monitorados


Tabela 100: Dados monitorados CONTROLE
Parâmetro Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Resposta de ENUM 1 = "Selecione Última resposta
comando aberto" de comando
2 = "Selecione
fechado"
3 = "Operar
aberto"
4 = "Operar
fechado"
5 = "Direcionar
aberto"
6 = "Direcionar
fechado"
7 = "Cancelar"
8 = "Posição
atingida"
9 = "Posição
intervalo"
10 = "Somente
estado de objeto"
11 = "Objeto
direto"
12 = "Objeto
selecionado"
13 = "RL local
permitido"
14 = "RL remoto
permitido"
15 = "RL desligar"
16 = "Função
desligar"
17 = "Função
bloqueada"
18 = "Progresso
de comando"
19 = "Selecionar
intervalo"
20 = "Autoridade
faltante"
21 = "Fechar não
habilitado"
22 = "Abrir não
habilitado"
23 = "Falha
interna"
24 = "Já está
fechado"
25 = "Cliente
errado"
26 = "RL estação
permitida"
27 = "RL
mudança"
Estado LR ENUM 1= Estado LR
"DESLIGADO" monitorado para
2 = "Local" PCM
3 = "Remoto"
4 = "Estação"

108 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 3
Funções básicas

3.13 Restauração dos Ajustes de Fábrica

Em caso de perda de dados de configuração ou de qualquer outro erro de arquivo


de sistema que impeça o IED de funcionar adequadamente, o sistema de arquivo
inteiro pode ser restaurado para o estado original de fábrica. Todas as
configurações padrão e arquivos de configuração armazenados na fábrica são
restauradas. Para mais informações sobre como restaurar as configurações de
fábrica, consulte o manual de operação.

Série 615 109


Manual Técnico
110
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Seção 4 Funções de proteção

4.1 Proteção de corrente trifásica

4.1.1 Proteção de sobrecorrente trifásica não direcional


PHxPTOC

4.1.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção contra sobrecorrente não PHLPTOC 3I> 51P-1
direcional trifásica - Estágio baixo
Proteção contra sobrecorrente não PHHPTOC 3I>> 51P-2
direcional trifásica - Estágio baixo
Proteção contra sobrecorrente não PHIPTOC 3I>>> 50P/51P
direcional trifásica - Estágio instantâneo

4.1.1.2 Bloco de função

A070553 V1 PT

Figura 43: Bloco de função

4.1.1.3 Funcionalidade

A proteção de sobrecorrente de tempo longo trifásica DPHxPDOC é utilizada


como proteção de curto-circuito e sobrecorrente direcional monofásica, bifásica ou
trifásica para alimentadores.

A função inicia quando a corrente excede o limite estabelecido. O tempo


operacional para PHLPTOC de estágio baixo pode ser selecionado para estar tanto
emtempo definido (TD) ou tempo mínimo definido inversoe (IDMT).A fase
instantânea PHIPTOC sempre opera com a característica TD.

Série 615 111


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

No modo TD, a função opera após um tempo predefinido de operação e reseta


quando a falha de corrente desaparece. O modo IDMT fornece características de
temporizador dependente de corrente.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

4.1.1.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobrecorrente trifásica não-direcional pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

A070552 V1 PT

Figura 44: Diagrama de módulo funcional. I_A, I_B e I_C representam


correntes de fase.

Detector de nível
As correntes de fase medidas são comparadas no sentido de fase ao ajuste do Valor
de partida. Se o valor calculado exceder o ajuste do Valor de partida, o detector de
nível irá relatar o excedente do valor para a lógica de seleção de fase. Se a entrada
ENA_MULT estiver ativa, a configuração do Valor de partida será multiplicada
pelo ajuste do Mult. do valor de ação .

O IED não aceita a configuração do Start value ou Pickup value


Mult se o produto dessas configurações exceder a faixa de
configuração do Start value .

A multiplicação do start value normalmente termina quando a função de detecção


de inrush (INRPHAR) é conectada a entrada ENA_MULT.

112 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

A070554 V1 PT

Figura 45: Start value behavior com a entrada ENA_MULT ativada

Lógica de seleção de fase


Se os critérios de falha forem cumpridos no detector de nível, a lógica de seleção
de fase irá detectar a fase (ou fases) em que a corrente mensurada for superior à
configuração. Se a informação de fase coincidir com o Num of start phases a lógica
de seleção de fase ativará o módulo do temporizador.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa, por sua vez, a saída START. Dependendo
do valor da configuração do Tipo de curva operacional , as características de
tempo estarão de acordo com DT ou IDMT. Quando o temporizador operacional
tiver alcançado o valor do Tempo de atraso operacional no modo DT ou o valor
máximo definido pela curva de tempo inversa, a entrada OPERATE será ativada.

Quando a curva IDMT programável pelo usuário é selecionada, as características


de tempo operacional são definidas pelos parâmetros. Parâmetro de curva A,
Parâmetro de curva B, Parâmetro de curva C, Parâmetro de curva D e Parâmetro
de curva D.

Se houver uma situação de drop-off, ou seja, uma falha desaparecer repentinamente


antes de o atraso operacional ser excedido, o estado de redefinição do temporizador
será ativado. A funcionalidade do temporizador no estado de redefinição depende
da combinação das configurações do Tipo de curva operacional, Tipo de curva de
redefinição e Tempo de atraso de redefinição . Quando as características de DT
forem selecionadas, o temporizador de redefinição será executado até que o valor

Série 615 113


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

do Tempo de atraso de redefinição seja excedido. Quando as curvas IDMT forem


selecionadas, a configuração do do Tipo de curva de redefinição poderá ser
ajustada para "Immediate", "Def time reset" ou "Inverse reset". O tipo de curva de
redefinição "Immediate" causa uma reconfiguração imediata. Com o tipo de curva
de redefinição "Def time reset", o tempo de redefinição depende da configuração
do Tempo de atraso de reajuste . Com o tipo de curva de redefinição "Inverse
reset", o tempo de reconfiguração depende da corrente durante a situação de drop-
-off. A saída START será desativada quando o temporizador de reajuste tiver passado.

A seleção de "Inverse reset" só é suportada com ANSI ou tipos


programáveis pelo usuário das curvas operacionais de IDMT. Se
outra curva operacional for selecionada, uma redefinição imediata
acontecerá durante a situação de drop-off.

A configuração do Multiplicador de tempo é utilizada para escalonar os tempos


operacionais e de reajuste de IDMT.

O parâmetro de configuração Tempo operacional mínimo define o tempo mínimo


de funcionamento para IDMT. A configuração só é aplicável quando as curvas
IDMT são utilizadas.

A configuração do Tempo operacional mínimo deverá ser utilizada


com muito cuidado, pois o tempo operacional ocorre de acordo com
a curva IDMT, mas sempre, no mínimo, o valor da configuração do
Tempo operacional mínimo . Para mais informações, veja a seção
General function block features neste manual.

O temporizador calcula o valor de duração de partida START_DUR, que indica a


razão percentual da situação de partida e o tempo de operação definido. O valor
fica disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

114 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

4.1.1.5 Modos de medição

A função opera em quatro modos de medição alternativos: "RMS", "DFT", "Pico-a-


-Pico" e "P-a-P + backup". O modo de medição é selecionado com o ajuste Modo
de medição.

Tabela 101: Modos de medição suportados por estágios PHxPTOC


Modo de medição Modos de medição suportados
PHLPTOC PHHPTOC PHIPTOC
RMS x x
DFT x x
Pico-a-Pico x x
P-a-P + backup x

Para uma descrição detalhada dos modos de medição, ver a seção


Características gerais do bloco de funções neste manual.

4.1.1.6 Características do temporizador

PHxPTOC suporta tanto as características TD quanto IDMT. O usuário pode


selecionar as características do temporizador com o Tipo de curva operacional e
Tipo de curva de reset .Quando a caracteristica TD é selecionada, é apenas afetada
pela configuração de Tempo de atraso operacional e Tempo de atraso de reset.

O IED fornece 16 curvas de características IDMT, das quais sete estão em


conformidade com a norma IEEE C37.112 e seis com a norma IEC 60255-3. Duas
curvas acompanham as características especiais da práxis ABB e são conhecidas
como RI e RD. Além disso, uma curva programável pelo usuário pode ser usada se
nenhuma das curvas-padrão forem aplicáveis. O usuário pode escolher a
característica de TD ao selecionar os valores do Tipo de curva operacional "ANSI
Def. Time" ou "IEC Def. Time". A funcionalidade é idêntica em ambos os casos.

As seguintes características, que estão em conformidade com a lista nas


especificações IEC 61850-7-4, indicam as características suportadas em diferentes
etapas:

Tabela 102: As características do temporizador suportadas em diferentes etapas


Tipo de curva operacional Suportadas por
PHLPTOC PHHPTOC
(1) ANSI Extremamente x x
Inverso
(2) ANSI Muito Inverso x
(3) ANSI Normalmente x x
Inverso
(4) ANSI Moderadamente x
Inverso
Tabela continua na próxima página

Série 615 115


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Tipo de curva operacional Suportadas por


PHLPTOC PHHPTOC
(5) ANSI Tempo definido x x
(6) Tempo Longo x
Extremamente Inverso
(7) Tempo Longo Muito x
Inverso
(8) Tempo Longo Inverso x
(9) IEC Normal Inverso x x
(10) IEC Muito inverso x x
(11) IEC Inverso x
(12) IEC Extremamente x x
Inverso
(13) IEC Espaço curto de x
tempo inverso
(14) Tempo Longo Inverso x
da IEC
(15) IEC Tempo definido x x
(17) Programável pelo x x
usuário
(18) Tipo RI x
(19) Tipo RD x

PHIPTOC suporta apenas características de tempo definido.

Para uma descrição detalhada dos temporizadores, vide a seção


Características gerais dos blocos de função deste manual.

Tabela 103: Redefinir as características do tempo suportadas por diferentes fases.


Tipo de curva de reset Suportadas por
PHLPTOC PHHPTOC Nota
(1) Imediata x x Disponível para todas
as curvas de tempo
operacionais
(2) Reset do tempo x x Disponível para todas
definido as curvas de tempo
operacionais
(3) Reset inverso x x Disponível apenas
para ANSI e curvas
programáveis do
usuário

116 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

O parâmetro Tipo de curva de reset não se aplica a PHIPTOC ou


quando a operação TD é selecionada. O reset é definido apenas pelo
Tempo de atraso de reset .

4.1.1.7 Aplicação

PHxPTOC é utilizado em diversas aplicações no sistema de energia. As aplicações


incluem, entre outras:
• Proteção de sobrecorrente e curto-circuito seletiva de alimentadores em
sistemas de distribuição e subtransmissão
• Proteção de sobrecorrente de backup e curto-circuito de geradores e
transformadores de energia
• Proteção de sobrecorrente e curto-circuito de diversos dispositivos conectados
ao sistema de energia, por exemplo, bancos de capacitador "shunt", reatores
"shunt" e motores
• Proteção de backup geral

PHxPTOC é utilizada como proteção de curto-circuito e sobrecorrente não


direcional monofásica, bifásica ou trifásica. Geralmente, proteção de sobrecorrente
é utilizada para limpar curtos circuitos bifásico e trifásico. Portanto, o usuário pode
escolher quantas fases, no mínimo, devem ter correntes acima do nível inicial para
a função operar. Quando o número de ajustes de fase inicial é estabelecido para "1
de 3", a operação de PHxPTOC é permitida com a presença de alta corrente em
uma fase.

Quando o ajuste é "2 de 3" ou "3 de 3", falhas de fase única não são
detectadas. O ajuste "3 de 3" exige que a falha esteja presente em
todas as três fases.

Muitas aplicações exigem diversos passos utilizando diferentes níveis de início e


atrasos de tempo. PHxPTOC consiste de três estágios de proteção:
• Baixo PHLPTOC
• Alto PHHPTOC
• Instantâneo PHIPTOC.

PHLPTOC é utilizado para proteção de sobrecorrente. A função contém diversos


tipos de características de atraso de tempo. PHHPTOC e PHIPTOC são utilizadas
para esclarecimento rápido de situações de alta sobrecorrente.

Proteção de sobrecorrente de transformador


O propósito da proteção de sobrecorrente de transformador é operar como principal
proteção quando a proteção diferencial não for utilizada. Também pode ser
utilizada como proteção de backup grosseira para proteção diferencial em falhas

Série 615 117


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

dentro da zona de proteção, ou seja, falhas que ocorrem em alimentadores de


entrada e saída, na região de terminais de transformador e tampa de tanque. Isso
significa que a faixa de magnitude da corrente de falha pode ser muito ampla. A
faixa varia de 6xIn a diversas centenas de vezes In, dependendo da impedância do
transformador e da impedância da fonte da rede de alimentação. Deste ponto de
vista, fica claro que a operação deve ser tanto muito rápido quanto seletiva, o que é
geralmente atingido utilizando-se ajustes de corrente grosseiros.

O propósito é também proteger o transformador de curtos circuitos que ocorrem


fora da zona de proteção, ou seja, através de falhas. A proteção de sobrecorrente de
transformador também fornece proteção para as barras do lado LV. Neste caso, a
magnitude da corrente de falha é geralmente inferior a 12xIn dependendo do local
da falha e da impedância do transformador. Consequentemente, a proteção deve
operar o mais rápido possível levando-se em consideração as exigências de
seletividade, correntes de comutação e resistência térmica e mecânica do
transformador e alimentadores de saída.

Tradicionalmente, a proteção de sobrecorrente do transformador foi organizada


conforme mostrado na Figura 46. O estágio baixo de ajuste PHLPTOC opera de
forma seletiva em relação ao tempo tanto no transformador quanto nas falhas de
barras do lado LV. O estágio alto de ajuste PHHPTOC opera instantaneamente
fazendo uso de seletividade de corrente somente em falhas de lado HV de
transformadores. Se houver uma possibilidade de que a falha de corrente também
pode ser alimentada a partir do lado LV até o lado HV, o transformador deve
também ser equipado com proteção de sobrecorrente do lado LV. Detectores de
corrente de partida são utilizados em situações de inicialização para multiplicar o
ajuste de valor start de corrente em cada IED específico, em que a corrente de
partida pode ocorrer. A proteção de sobrecorrente e falha de disjunto baseado em
contato CCBRBRF é utilizada para confirmar o esquema de proteção em caso de mal-
-funcionamento do disjuntor.

118 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

A070978 V1 PT

Figura 46: Exemplo de proteção tradicional de sobrecorrente de


transformador seletivo de tempo

Os tempos de operação da proteção de sobrecorrente principal e backup do


esquema acima se tornam muito longas, isso se aplica especialmente nas falhas de
barramento e também nas falhas de terminal LV de transformador. A fim de
melhorar o desempenho do esquema acima, uma proteção de sobrecorrente de
múltiplos estágios com bloqueio reverso é proposta. A Figura 47 mostra essa
organização.

Proteção de sobrecorrente de barramento e transformador com


princípio de bloqueio reverso
Através da implementação de um ajuste completo de estágios de proteção de
sobrecorrente e canais de bloqueio entre os estágios de proteção dos alimentadores
de entrada, elo de barramento e alimentadores de saída, é possível acelerar a
operação da proteção de sobrecorrente no barramento e falhas do lado LV de
transformador sem prejudicar a seletividade. Além disso, o grau de segurança de
proteção de barramento é aumentada, pois há atualmente uma funcionalidade de
proteção de barramento rápida, seletiva e dedicada que é baseada no princípio de
proteção de sobrecorrente bloqueável. Os estágios seletivos de tempo adicional no
transformador HV e LV proporcionam um maior grau de segurança de proteção de
backup para o transformador, barramento e também para os alimentadores de saída.

Dependendo do estágio de sobrecorrente em questão, a seletividade do esquema na


Figura 47 é baseada na corrente operacional, tempo operacional ou bloqueios entre
os estágios de sobrecorrente sucessiva. Com canais de bloqueio, o tempo de
funcionamento da proteção pode ser drasticamente reduzido se comparado com a
proteção seletiva de tempo simples. Além da proteção de barramento, este
princípio de bloqueio é aplicável para a proteção de terminais LV de transformador

Série 615 119


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

e linhas curtas. A funcionalidade e o desempenho das proteções de sobrecorrente


propostas pode ser resumida como visto na tabela.

Tabela 104: Funcionalidade proposta de transformador numérico e proteção de sobrecorrente


de barramento. TD = tempo definido, IDMT = tempo mínimo definido inverso
Estágio O/C Car. operacional Modo de Velocidade Sensibilidade
seletividade operacional
HV/3I> TD/IDMT seletivo de tempo baixo muito alto
HV/3I>> TD bloqueável/ alto/baixo alto
seletivo de tempo
HV/3I>>> TD seletivo de muito alto baixo
corrente
LV/3I> TD/IDMT seletivo de tempo baixo muito alto
LV/3I>> TD seletivo de tempo baixo alto
LV/3I>>> TD bloqueável alto alto

Em caso de abertura do disjuntor de tie de barramento, o tempo de operação da


proteção de sobrecorrente bloqueável é de aproximadamente 100 ms (tempo de
relé). Quando o disjuntor de tie estiver fechado, isto é, os fluxos de corrente de
falta para a seção em falha do barramento de duas direções, o tempo de operação
torna-se o seguinte: primeiro a unidade de relé de tie de barramento dispara o
disjuntor de tie para acima de 100 ms, o que reduz a corrente de falta à metade.
Posteriormente, a unidade do relé do alimentador de entrada da seção do
barramento com falha dispara o disjuntor em aproximadamente 250 ms (tempo do
relé), o que se torna o tempo total de liberação total de falha nesse caso.

120 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

A070980 V2 PT

Figura 47: Funcionalidade de proteção de sobrecorrente numérica para uma


subestação de subtransmissão/distribuição típica (proteção do
alimentador não mostrado). Saída de bloqueio = sinal de saída
digital desde o início de um estágio de proteção, Entrada de
bloqueio = sinal de entrada digital para bloquear a operação de um
estágio de proteção

Os tempos de funcionamento dos estágios seletivos de tempo são muito curtos,


pois as margens de classificação entre os estágios de proteção sucessivos podem
ser mantidas curtas. Isto é principalmente devido ao princípio de medição avançado
permitindo um certo grau de saturação de TC, boa precisão operacional e tempos
de retardo curto das unidades numéricas. Assim, por exemplo, uma margem de
classificação de 150 ms no modo de operação TD pode ser utilizada, desde que o
tempo de interrupção do disjuntor seja inferior a 60 ms.

A sensibilidade e a velocidade dos estágios seletivos de corrente se tornam tão boas


quanto possível devido ao fato de que a sobrecarga transitória é praticamente zero.
Além disso, os efeitos da mudança de correntes de partida nos valores de ajuste
podem ser reduzidos utilizando a lógica IED, o que reconhece a corrente de partida
de energização de transformador e bloqueia a operação ou multiplica o ajuste de
valor inicial de corrente do estágio de sobrecorrente selecionado com um ajuste
multiplicador pré-definido.

Finalmente, um trip dependente da proteção de sobrecorrente é garantido tanto por


uma seleção adequada de ajustes quanto uma capacidade adequada dos
transformadores de medição para reproduzir a corrente de falha. Isto é importante
para manter a seletividade e também para a proteção para operar sem atrasos
adicionais. Para informações adicionais sobre modos de medição disponíveis e
exigências de transformador de corrente, vide a seção Características gerais do
bloco de função neste manual.

Série 615 121


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Proteção de sobrecorrente de alimentador de saída radial


Os requisitos básicos para a proteção de sobrecorrente de alimentador são
sensibilidade adequada e velocidade de operação tendo em conta os níveis de
corrente de falhas mínimos e máximos juntamente com a linha protegida, requisitos
de seletividade, correntes de partida e resistência térmica e mecânica das linhas a
serem protegidas.

Em muitos casos, os requisitos acima podem ser melhores cumpridos utilizando-se


unidades de sobrecorrente de múltiplos estágios. A Figura 48 mostra um exemplo
disso. Um breve estudo de coordenação foi realizado entre os alimentadores de
entrada e saída.

O esquema de proteção é implementado com proteção de sobrecorrente numérica


trifásica, em que o está de baixo ajuste PHLPTOC opera em modo IDMT e os dois
estágios mais altos PHHPTOC e PHIPTOC, no modo DT. Além disso, a resistência
térmica dos tipos de linha ao longo do alimentador e as correntes de partida
máximas esperadas dos alimentadores são mostradas. As falhas que ocorrem
próximo à estação onde os níveis de corrente de falha são os mais altos são
rapidamente liberadas pelo estágio instantâneo, a fim de minimizar os efeitos das
falhas de curto-circuito grave. A influência da corrente de partida é levada em
consideração conectando o detector de corrente de partida à entrada multiplicadora
de valor inicial do estágio instantâneo. Desta forma, o valor inicial é multiplicado
com um ajuste pré-definido durante a situação de partida e trips indevidos podem
ser evitados.

122 Série 615


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Figura 48: Funcionalidade de proteção de sobrecorrente numérica de


múltiplos estágios

O plano de coordenação é uma ferramenta eficaz para estudar o funcionamento de


características de operação seletiva de tempo. Todos os pontos mencionados
anteriormente, necessários para definir os parâmetros de proteção de sobrecorrente,
podem ser expressos, simultaneamente, em um plano de coordenação. Na Figura
49, o plano de coordenação mostra um exemplo de características de operação no
alimentador de entrada do lado LV e no alimentador de saída radial.

Série 615 123


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Figura 49: Coordenação de exemplo de proteção de sobrecorrente numérica


de múltiplos estágios

4.1.1.8 Sinais
Tabela 105: Sinais de Entrada PHLPTOC
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente

Tabela 106: Sinais de entrada PHHPTOC


Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente

Tabela 107: Sinais de Entrada PHIPTOC


Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente

124 Série 615


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Tabela 108: Sinais de saída PHLPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Tabela 109: Sinais de saída PHHPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Tabela 110: Sinais de saída PHIPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.1.1.9 Configurações
Tabela 111: PHLPTOC Ajustes do grupo
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.05...5.00 xIn 0,01 0,05 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tabela continua na próxima página

Série 615 125


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 2=ANSI Very inv. Tempo atrasado
3=ANSI Norm. inv.
4=ANSI Mod. inv.
5=ANSI Def.
Tempo
6=L.T.E. inv.
7=L.T.V. inv.
8=L.T. inv.
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
11=IEC inv.
12=IEC Ext. inv.
13=IEC S.T. inv.
14=IEC L.T. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
18=RI type
19=RD type
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa

Tabela 112: PHLPTOC Nenhum ajuste do grupo


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Num of start phases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidas para a
2=2 de 3 ativação de disparo
3=3 de 3
Tempo operacional 20...60000 ms 1 20 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
redefinição
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente

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Tabela 113: Configurações de grupo PHHPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.10...40.00 xIn 0,01 0,10 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 3=ANSI Norm. inv. Tempo atrasado
5=ANSI Def.
Tempo
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
12=IEC Ext. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa

Tabela 114: Nenhum ajuste de grupo PHHPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Num of start phases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidas para a
2=2 de 3 ativação de disparo
3=3 de 3
Tempo operacional 20...60000 ms 1 20 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
redefinição
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente

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Tabela 115: Configurações de grupo PHIPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 1.00...40.00 xIn 0,01 1.00 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Tempo de atraso 20...200000 ms 10 20 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 116: Nenhuma configuração de grupo PHIPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Num of start phases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidas para a
2=2 de 3 ativação de disparo
3=3 de 3
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
redefinição

4.1.1.10 Dados monitorados


Tabela 117: Dados monitorados PHLPTOC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
PHLPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Tabela 118: Dados monitorados PHHPTOC


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
PHHPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

128 Série 615


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Tabela 119: Dados monitorados PHIPTOC


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
PHIPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.1.1.11 Dados técnicos

Tabela 120: PHxPTOC Dados técnicos


Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

PHLPTOC ±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

PHHPTOC ±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In


e (nas correntes na faixa de 0,1…10 x In)
PHIPTOC ±5,0% do valor ajustado
(nas correntes na faixa de 10…40 x In)

Tempo inicial 1)2) Mínimo Normal Máximo


PHIPTOC:
IFalta = 2 x ajuste Valor 16 ms 19 ms 23 ms
de partida
IFalta = 10 x ajuste 11 ms 12 ms 14 ms
Valor de partida
PHHPTOC and
PHLPTOC:
IFalta = 2 x ajuste Valor 22 ms 24 ms 25 ms
de partida
Tempo de reinício < 40 ms
Razão de reinício Típico 0,96
Tempo de retardamento < 30 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5,0% do valor teórico ou ±20 ms 3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos RMS: Sem supressão
DFT: -50 dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…
Pico a pico: Sem supressão
P-para-P+backup: Sem supressão

1) Modo de medição = padrão (depende do estágio), corrente antes da falta = 0.0 x In, fn = 50 Hz,
corrente de falta em uma fase com frequência nominal injetada no ângulo de fase aleatória,
resultados com base na distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinalização
3) Máximo Valor de partida = 2.5 x In, Valor de partida multiplica na faixa de 1.5 a 20

Série 615 129


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4.1.1.12 Histórico de revisão técnica


Tabela 121: PHIPTOC Históroco da revisão técnica
Revisão técnica Alteração
C Valores mínimo e padrão alterado para 20 ms
para o Tempo de atraso operacional .
Valor mínimo modificado para 1.00 x In para o
ajuste do Valor de partida .

Tabela 122: PHHPTOC Histórico da revisão técnica


Revisão técnica Alteração
C Modo de medição "P-to-P + backup" recolocado
com "Peak-to-Peak"

Tabela 123: PHLPTOC Histórico da revisão técnica


Revisão técnica Alteração
B Valores mínimo e padrão alterado para 40 ms
para a definição do Tempo de atraso
operacional .

4.1.2 Proteção de sobrecorrente trifásica direcional DPHxPDOC

4.1.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de sobrecorrente trifásica DPHLPDOC 3I> -> 67-1
direcional - estágio baixo
Proteção de sobrecorrente trifásica DPHHPDOC 3I>> -> 67-2
direcional - estágio alto

4.1.2.2 Bloco de funções

GUID-9EB77066-518A-4CCC-B973-7EEE31FAE4F1 V3 PT

Figura 50: Bloco de funções

130 Série 615


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4.1.2.3 Funcionalidade

A proteção de sobrecorrente trifásica DPHxPDOC é utilizada como proteção de curto-


-circuito e sobrecorrente direcional monofásica, bifásica ou trifásica para
alimentadores.

O DPHxPDOC se inicia quando o valor da corrente exceder o limite estabelecido e


o critério direcional for atingido. O tempo operacional para DPHLPDOC de estágio
baixo e o DPHHPDOC de estágio alto podem ser selecionados para estarem tanto
em tempo definido (TD) ou tempo mínimo definido inverso (IDMT).

No modo TD, a função opera após um tempo predefinido de operação e reseta


quando a falha de corrente desaparece. O modo IDMT fornece características de
temporizador dependente de corrente.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

4.1.2.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobrecorrente direcional pode ser descrita utilizando-se


um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

GUID-C5892F3E-09D9-462E-A963-023EFC18DDE7 V3 PT

Figura 51: Diagrama de módulo funcional

Série 615 131


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Cálculo direcional
O cálculo direcional compara os fasores de corrente com o fasor de polarização. A
quantidade de polarização adequada pode ser selecionada a partir das quantidades
de polarização diferentes, que são a tensão de sequência positiva, tensão de
sequência negativa, tensão de auto-polarização (com falha) e tensões de
polarização cruzada (tensões em boas condições). O método de polarização é
definido com a configuração Pol quantity (Quantidade de polarização) .

Tabela 124: Quantidades de polarização


Quantidade de polarização Descrição
Pos. seq. volt (Ten. seq. pos.) Tensão de sequência positiva
Neg. seq. volt. (Ten. seq. neg.) Tensão de sequência negativa
Self pol (Auto pol.) Auto-polarização
Cross pol (Pol cruzada) Polarização cruzada

A operação direcional pode ser selecionada com a configuração do Modo


direcional . O usuário pode selecionar a operação "Non-directional" (Não
direcional), "Forward" (Direta) ou "Reverse" (Inversa). Ao configurar o valor de
Permitir Não Dir em "Verdadeiro", a operação não-direcional é permitida quando
as informações direcionais forem inválidas.

O ajuste Ângulo característico é usada para mudar a característica direcional. O


valor do Ângulo característico deve ser escolhido de forma que todas as falhas na
direção operacional sejam vistas na zona operacional, e todas as falhas na direção
oposta sejam vistas na zona não operacional. O valor do Ângulo característico
depende da configuração de rede.

Operação confiável requer tanto as grandezas operacionais como de polarização


para exceder certos níveis de amplitude mínimos. O nível de amplitude mínimo
para a quantidade operacional (corrente) é estabelecido com o ajuste Min operate
current. O nível de amplitude mínimo para a quantidade de polarização (tensão) é
estabelecido com o ajuste Min operate voltage. Se o nível de amplitude da
quantidade operacional ou quantidade de polarização estiver abaixo do nível
estabelecido, as informações de direção da fase correspondente são ajustadas para
"Desconhecidas".

A validade da quantidade de polarização pode permanecer válida mesmo se a


amplitude da quantidade de polarização ficar abaixo do valor do ajuste Min operate
voltage. Nesse caso, as informações direcionais são fornecidas por uma função de
memória especial por um tempo definido com o ajuste Voltage Mem time .

DPHxPDOC é fornecido com uma função de memória para garantir uma operação
IED direcional correta no caso de um curto circuito ou uma falha à terra
caracterizada por uma tensão extremamente baixa. Na perda súbita da quantidade
de polarização, a diferença de ângulo é calculada com base em uma tensão fictícia.
A tensão fictícia é calculada usando a quantidade de polarização medida antes que
a falha ocorresse, presumindo-se que a tensão não é afetada pela falha. A função de

132 Série 615


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memória permite que a função opere até três segundos, no máximo, após uma
perda total de tensão. Esse tempo pode ser estabelecido com o ajuste Voltage Mem
time . A memória de tensão não pode ser usada para a polarização de "Tensão de
sequência negativa", pois não é possível substituir a tensão de sequência positiva
por tensão de sequência negativa sem saber o nível de assimetria de rede. Essa é a
razão pela qual o ângulo de tensão fictícia e informações de direção
correspondentes serem congeladas imediatamente para esse modo de polarização,
quando a necessidade por uma memória de tensão surge, e são mantidas
congeladas até que o tempo estipulado com Voltage Mem time passe.

O valor para Min operate voltage deve ser cuidadosamente


selecionado, visto que a precisão em níveis de sinal baixos é
muitíssimo afetada pela precisão do dispositivo de medição.

Quando a tensão de ficar abaixo da Min operate voltage em uma falha próxima, a
tensão é usada para determinar o ângulo de fase. A tensão medida é aplicada
novamente assim que a tensão aumentar além da Min operate voltage e histerese. A
tensão fictícia é também descartada se a tensão medida ficar abaixo da Min operate
voltage e histerese por mais tempo do que o Voltage Mem time ou se a corrente
falha desaparecer enquanto a tensão fictícia estiver em uso. Quando a tensão
estiver abaixo da Min operate voltage e histerese e a tensão fictícia for inutilizável,
a direção da falha não pode ser determinada. A tensão fictícia pode ser inutilizável
por duas a razões:
• A tensão fictícia é descartada após Voltage Mem time
• O ângulo de fase não pode ser medido de forma confiável antes da situação de
falha.

DPHxPDOC pode ser forçado à operação não-direcional com a entrada


NON_DIR. Quando a entrada NON_DIR estiver ativa, DPHxPDOC opera como
proteção de sobrecorrente não-direcional, independentemente do ajuste Modo
direcional .

Série 615 133


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GUID-718D61B4-DAD0-4F43-8108-86F7B44E7E2D V1 PT

Figura 52: Zonas operacionais nos níveis de magnitude mínima

Detector de nível
As correntes de fase medidas são comparadas no sentido de fase ao ajuste do Valor
de partida. Se o valor calculado exceder o ajuste do Valor de partida, o detector de
nível irá relatar o excedente do valor para a lógica de seleção de fase. Se a entrada
ENA_MULT estiver ativa, a configuração do Valor de partida será multiplicada
pelo ajuste do Mult. do valor de ação .

O IED não aceita a configuração do Start value ou Pickup value


Mult se o produto dessas configurações exceder a faixa de
configuração do Start value .

A multiplicação do start value normalmente termina quando a função de detecção


de inrush (INRPHAR) é conectada a entrada ENA_MULT.

134 Série 615


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A070554 V1 PT

Figura 53: Start value behavior com a entrada ENA_MULT ativada

Lógica de seleção de fase


Se os critérios de falha forem cumpridos no detector de nível e no cálculo
direcional, a lógica de seleção de fase irá detectar a fase (ou fases) em que a
corrente mensurada for superior à configuração. Se a informação de fase
corresponder ao ajuste Num of start phases, a lógica de seleção de fase ativa o
temporizador.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa, por sua vez, a saída START. Dependendo
do valor da configuração do Tipo de curva operacional , as características de
tempo estarão de acordo com DT ou IDMT. Quando o temporizador operacional
tiver alcançado o valor do Tempo de atraso operacional no modo DT ou o valor
máximo definido pela curva de tempo inversa, a entrada OPERATE será ativada.

Quando a curva IDMT programável pelo usuário é selecionada, as características


de tempo operacional são definidas pelos parâmetros. Parâmetro de curva A,
Parâmetro de curva B, Parâmetro de curva C, Parâmetro de curva D e Parâmetro
de curva D.

Se houver uma situação de drop-off, ou seja, uma falha desaparecer repentinamente


antes de o atraso operacional ser excedido, o estado de redefinição do temporizador
será ativado. A funcionalidade do temporizador no estado de redefinição depende
da combinação das configurações do Tipo de curva operacional, Tipo de curva de
redefinição e Tempo de atraso de redefinição . Quando as características de DT

Série 615 135


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forem selecionadas, o temporizador de redefinição será executado até que o valor


do Tempo de atraso de redefinição seja excedido. Quando as curvas IDMT forem
selecionadas, a configuração do do Tipo de curva de redefinição poderá ser
ajustada para "Immediate", "Def time reset" ou "Inverse reset". O tipo de curva de
redefinição "Immediate" causa uma reconfiguração imediata. Com o tipo de curva
de redefinição "Def time reset", o tempo de redefinição depende da configuração
do Tempo de atraso de reajuste . Com o tipo de curva de redefinição "Inverse
reset", o tempo de reconfiguração depende da corrente durante a situação de drop-
-off. A saída START será desativada quando o temporizador de reajuste tiver passado.

A seleção de "Inverse reset" só é suportada com ANSI ou tipos


programáveis pelo usuário das curvas operacionais de IDMT. Se
outra curva operacional for selecionada, uma redefinição imediata
acontecerá durante a situação de drop-off.

A configuração do Multiplicador de tempo é utilizada para escalonar os tempos


operacionais e de reajuste de IDMT.

O parâmetro de configuração Tempo operacional mínimo define o tempo mínimo


de funcionamento para IDMT. A configuração só é aplicável quando as curvas
IDMT são utilizadas.

A configuração do Tempo operacional mínimo deverá ser utilizada


com muito cuidado, pois o tempo operacional ocorre de acordo com
a curva IDMT, mas sempre, no mínimo, o valor da configuração do
Tempo operacional mínimo . Para mais informações, veja a seção
General function block features neste manual.

O temporizador calcula o valor de duração de partida START_DUR, que indica a


razão percentual da situação de partida e o tempo de operação definido. O valor
fica disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

136 Série 615


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4.1.2.5 Modos de Medição

A função opera em três modos alternativos de medição: “RMS”, “DFT” e “Pico-a-


-Pico” . O modo de medição é selecionado com o Modo de medição .

Tabela 125: Modos de medição suportados pelo estágio DPHxPDOC


Modo de medição Modos de medição suportados
DPHLPDOC DPHHPDOC
RMS x x
DFT x x
Pico-a-Pico x x

4.1.2.6 Características de sobrecorrente direcional

Os setores direto e reverso são definidos separadamente. A área de operação direta


é limitada pelo Ângulo direto mínimo and Ângulo direto máximo . A área de
operação reversa é limitada pelo Ângulo reverso mínimo and Ângulo reverso
máximo .

Os limites do setor são sempre dados como valores de grau positivo.

Na área de operação direta, a configuração Ângulo direto máximo resultam no setor


anti-horário e o Ângulo direto mínimo resulta no setor horário correspondente,
medido a partir do Ângulo característico .

Na área de operação reversa, o ajuste Ângulo reverso máximo resultam no setor anti-
-horário e o Ângulo reverso mínimo resulta no setor horário correspondente,
medido a partir dodo Ângulo característico que foi rotacionado em 180 graus.

As características do ângulo do relê (RCA) é positiva caso a corrente de operação


atrase a grandeza de polarização e negativa caso a corrente de operação adiante a
grandeza de polarização.

Série 615 137


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GUID-CD0B7D5A-1F1A-47E6-AF2A-F6F898645640 V2 PT

Figura 54: Setores de operação configuráveis

Tabela 126: Valor de direção por fase momentânea para visualização de dados monitorados
Critério para informação de direção por fase O valor para DIR_A/_B/_C
O ÂNGULO_X não está em nenhum dos setores 0 = desconhecido
definidos, ou a direção não pode ser definida
devido à amplitude muito baixa
O ÂNGULO_X está no setor direto 1 = direto
O ÂNGULO_X está no setor reverso 2 = reverso
(O ÂNGULO_X está tanto nos setor direto 3 = ambos
quanto no sentido no reverso, isto é, quando os
setores são sobrepostos)

138 Série 615


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Tabela 127: Valor de direção por fase combinada para visualização de dados monitorados
Critério para informação de direção combinada O valor para DIREÇÃO
por fase
A informação de direção (DIR_X) para todas as 0 = desconhecido
fases é desconhecida
A informação de direção (DIR_X) para pelo 1 = direto
menos uma fase é direta, sendo que nenhuma é
reversa
A informação de direção (DIR_X) para pelo 2 = reverso
menos uma fase é reversa, sendo que nenhuma
é direta
A informação de direção (DIR_X) para alguma 3 = ambos
fase é direta e para outra fase é reversa

FAULT_DIR dá a direção detectada da falha durante situações de falha, ou seja,


quando saída de INÍCIO estiver ativa.

Auto-polarização como método de polarização


Tabela 128: Equações para o cálculo da diferença de ângulo para o método de auto-polarização
Fases Corrente Tensão Diferença de ângulo
falhas de falha de
utilizada polarizaç
ão
utilizada
A IA UA ANGLE _ A = ϕ (U A ) - ϕ ( I A ) - ϕ RCA
GUID-60308BBA-07F8-4FB4-A9E8-3850325E368C V2 PT

B IB UB ANGLE _ B = ϕ (U B ) - ϕ ( I B ) - ϕ RCA
GUID-9AF57A77-F9C6-46B7-B056-AC7542EBF449 V2 PT

C IC UC ANGLE _ C = ϕ (U C ) - ϕ ( I C ) - ϕ RCA
GUID-51FEBD95-672C-440F-A678-DD01ABB2D018 V2 PT

A-B IA - IB UAB ANGLE _ A = ϕ (U AB ) - ϕ ( I A - I B ) - ϕ RCA


GUID-7DA1116D-86C0-4D7F-AA19-DCF32C530C4C V2 PT

B-C IB - IC UBC ANGLE _ B = ϕ (U BC ) - ϕ ( I B - I C ) - ϕ RCA


GUID-3E9788CA-D2FC-4FC4-8F9E-1466F3775826 V2 PT

C-A IC - IA UCA ANGLE _ C = ϕ (U CA ) - ϕ ( I C - I A ) - ϕ RCA


GUID-EFD80F78-4B26-46B6-A5A6-CCA6B7E20C6E V2 PT

Em um caso exemplo dos fasores em uma falha à terra monofásica, onde a fase em
falha é a fase A, a diferença angular entre a grandeza de polarização U A e a
grandeza operacional IA é marcado como φ. Em um método de auto-polarização,
não há necessidade de rotacionar a grandeza de polarização.

Série 615 139


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-C648173C-D8BB-4F37-8634-5D4DC7D366FF V1 PT

Figura 55: Falha à terra monofásica, fase A

Em um caso exemplo de uma falha de um curto circuito de duas fases onde a falha
tenha ocorrido entre as fases B e C, a diferença de ângulo é medida entre a
grandeza de polarização UBC e a grandeza de operação IB - IC no método de auto-
-polarização

GUID-65CFEC0E-0367-44FB-A116-057DD29FEB79 V1 PT

Figura 56: Curto circuito de duas fases, curto circuito entre as fases B e C

140 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Polarização cruzada como grandeza de polarização


Tabela 129: Equações para o cálculo da diferença de ângulo para polarização cruzada
Fases Corrente Tensão de Diferença de ângulo
falhas de falha polarizaçã
utilizada o utilizada
A IA UBC
ANGLE _ A = ϕ (U BC ) - ϕ ( I A ) - ϕ RCA + 90o
GUID-4F0D1491-3679-4B1F-99F7-3704BC15EF9D V3 PT

B IB UCA
ANGLE _ B = ϕ (U CA ) - ϕ ( I B ) - ϕ RCA + 90o
GUID-F5252292-E132-41A7-9F6D-C2A3958EE6AD V3 PT

C IC UAB
ANGLE _ C = ϕ (U AB ) - ϕ ( I C ) - ϕ RCA + 90o
GUID-84D97257-BAEC-4264-9D93-EC2DF853EAE1 V3 PT

A-B IA - IB UBC -
ANGLE _ A = ϕ (U BC - U CA ) - ϕ ( I A - I B ) - ϕ RCA + 90o
UCA
GUID-AFB15C3F-B9BB-47A2-80E9-796AA1165409 V2 PT

B-C IB - IC UCA -
ANGLE _ B = ϕ (U CA - U AB ) - ϕ ( I B - I C ) - ϕ RCA + 90o
UAB
GUID-C698D9CA-9139-40F2-9097-007B6B14D053 V2 PT

C-A IC - IA UAB -
ANGLE _ C = ϕ (U AB - U BC ) - ϕ ( I C - I A ) - ϕ RCA + 90o
UBC
GUID-838ECE7D-8B1C-466F-8166-E8FE16D28AAD V2 PT

A diferença de ângulo entre a grandeza de polarização UA e a grandez operacional


IA é marcado como φ em um exemplo dos fasores em uma falha monofásica à terra
onde a fase falha é a fase A. A quantidade de polarização é rotacionada em 90
graus. Assume-se que o ângulo característico seja de ~ 0 graus.

GUID-6C7D1317-89C4-44BE-A1EB-69BC75863474 V1 PT

Figura 57: Falha à terra monofásica, fase A

Série 615 141


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Em um exemplo dos fasores em uma falha de um curto circuito de duas fases onde
a falha tenha ocorrido entre as fases B e C, a diferença de ângulo é medida entre a
grandeza de polarização UAB e a grandeza de operação IB - IC marcado como φ.

GUID-C2EC2EF1-8A84-4A32-818C-6D7620EA9969 V1 PT

Figura 58: Curto circuito de duas fases, curto circuito entre as fases B e C

As equações são válidas quando a direção de rotação da rede for anti-


-horário, ou seja, ABC. Caso a direção de rotação seja reversa, 180
graus serão adicionados ao cálculo de diferença de ângulo. Isto é
feito automaticamente com um parâmetro de sistema. Rotação de
fase.

142 Série 615


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Funções de proteção

Sequência de tensão negativa como grandeza de polarização


Quando a tensão negativa for usada como grandeza polarizadora, a diferença de
ângulo entre a grandeza polarizadora e operacional é calculada por meio da mesma
fórmula para todos os tipos de falha:

ANGLE _ X = ϕ (−U 2 ) − ϕ ( I 2 ) − ϕ RCA


GUID-470263DD-C1D7-4E59-B011-24D8D35BD52A V3 PT (Equação 1)

Isto significa que a grandeza polarizadora atuante é -U2.

UA
IA
UA

IA U
2
I2

UCA UAB IC
IB
IC IB
U2
I2
UC UB
UC UBC UB

A B
GUID-027DD4B9-5844-4C46-BA9C-54784F2300D3 V2 PT

Figura 59: Fasores em uma falha à terra monofásica, fases A-N, e de duas
fases em curto-circuito, fases B e C, quando a grandeza de
polarização atuante é a sequência negativa de tensão -U2

Sequência de tensão positiva como grandeza de polarização


Tabela 130: Equações para o cálculo da diferença de ângulo para método de grandeza de
polarização de sequência positiva
Fases Corrente Tensão Diferença de ângulo
falhas de falha de
utilizada polarizaçã
o utilizada
A IA U1 ANGLE _ A = ϕ (U 1 ) − ϕ ( I A ) − ϕ RCA
GUID-4C933201-2290-4AA3-97A3-670A40CC4114 V4 PT

B IB U1
ANGLE _ B = ϕ (U 1 ) − ϕ ( I B ) − ϕ RCA − 120o
GUID-648D061C-6F5F-4372-B120-0F02B42E9809 V4 PT

C IC U1
ANGLE _ C = ϕ (U 1 ) − ϕ ( I C ) − ϕ RCA + 120o
GUID-355EF014-D8D0-467E-A952-1D1602244C9F V4 PT

Tabela continua na próxima página

Série 615 143


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Funções de proteção

Fases Corrente Tensão Diferença de ângulo


falhas de falha de
utilizada polarizaçã
o utilizada
A-B IA - IB U1
ANGLE _ A = ϕ (U 1 ) − ϕ ( I A − I B ) − ϕ RCA + 30o
GUID-B07C3B0A-358E-480F-A059-CC5F3E6839B1 V3 PT

B-C IB - IC U1
ANGLE _ B = ϕ (U 1 ) − ϕ ( I B − I C ) − ϕ RCA − 90o
GUID-4597F122-99A6-46F6-A38C-81232C985BC9 V3 PT

C-A IC - IA U1
ANGLE _ C = ϕ (U 1 ) − ϕ ( I C − I A ) − ϕ RCA + 150o
GUID-9892503C-2233-4BC5-8C54-BCF005E20A08 V3 PT

UA
IA U1
U1
UA
-90°
IA
IB - Ic
-IC
IB
IB IC
IC

UC UB
UC UB

A B
GUID-1937EA60-4285-44A7-8A7D-52D7B66FC5A6 V3 PT

Figura 60: Fasores em uma falta à terra monofásica, fase A para terra, e um
curto circuito bifásico, fases B-C, são curto circuitadas quando a
grandeza de polarização é a tensão de sequência positiva U1

Direção da rotação da rede


A direção de rotação da rede é no sentido anti-horário e definida como "ABC". Se
a direção da rede for invertida, sendo sentido horário "ACB", as equações para
calcular a diferença do ângulo devem ser mudadas. A direção de rotação da rede
deve ser definida com um parâmetro de sistema Rotação de fase. A mudança na
direção da rotação da rede afeta os métodos de polarização da tensão fase-a-fase
onde a diferença de ângulo calculada deve ser defasada 180 graus. Também,
quando os componentes de sequência são usados, os quais são, os componentes de
tensão de sequência positiva ou os componentes de tensão de sequência negativa, o
cálculo dos componentes são afetados, mas o cálculo de diferença de ângulo
permanece o mesmo. Quando as tensões fase à terra são usadas como método de
polarização, a mudança na direção da rotação da rede não tem efeito no cálculo de
direção.

144 Série 615


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Funções de proteção

A direção de rotação da rede é configurada no IEC usando o


parâmetro no menu HMI: Configuração/Sistema/Rotação de fase.
O valor padrão para o parâmetro é "ABC".

GUID-BF32C1D4-ECB5-4E96-A27A-05C637D32C86 V1 PT

Figura 61: Exemplos de direção da rotação da rede

4.1.2.7 Aplicação

O DPHxPDOC é usado como proteção de curto-circuito redes de distribuição ou


sub transmissão trifásicas operando em 50 ou 60 Hz.

Em redes radiais, IEDs de sobrecorrente de fase são frequentemente suficientes


para proteção contra curto-circuitos de linhas, transformadores e outros
equipamentos. As características de temporização de corrente devem ser escolhidas
de acordo com as práticas comuns da rede. É recomendado utilizar as mesmas
características de temporização de corrente para todas as IEDs de sobrecorrente de
rede. Isto inclui proteção contra sobrecorrente de transformadores e outros
equipamentos.

A proteção contra sobrecorrente de fase pode também ser utilizada em sistemas em


anel fechado como proteção contra curto-circuito. Devido ao fato das
configurações do sistema de proteção em sistemas em anel fechado poderem ser
complicadas, é necessário um grande número de cálculos contra falhas no circuito.
Há situações em que não há possibilidade de haver seletividade por meio de um
sistema de proteção baseado em IEDs de sobrecorrente em um sistema em anel
fechado.

Em algumas aplicações, a possibilidade de se obter a seletividade poderá aumentar


significativamente caso o DPHxPDOC seja usado. Isto também pode ser feito nas
redes de anel fechadas e nas redes radiais com geração remota conectada no
sistema dando assim alimentação de corrente de falha na direção reversa. IEDs de
sobrecorrente direcional são também utilizados para que haja um esquema de

Série 615 145


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Funções de proteção

proteção seletiva, por exemplo, no caso de linhas de distribuição paralela ou


transformadores de potência alimentados pelo mesma fonte. O DPHxPDOC
também é utilizado em alimentadores de fornecimento conectados em anel entre
subestações ou alimentadores com duas fontes de alimentação.

Linhas paralelas ou transformadores


Quando as linhas estiverem conectadas em paralelo e uma falha ocorrer em uma
dessas linhas, é prático haver um DPHxPDOC para detectar a direção da falha.
Caso contrário, há um risco que a falha em uma parte do sistema de alimentação
possa desenergizar todo o sistema conectado ao lado LV.

GUID-1A2BD0AD-B217-46F4-A6B4-6FC6E6256EB3 V2 PT

Figura 62: Proteção contra sobrecorrente de linhas paralelas usando IEDs


direcionais

O DPHxPDOC pode ser usado para aplicações de transformadores em


funcionamento paralelo. Nestas aplicações, existe a possibilidade de que a corrente
de falha também possa ser alimentada a partir do lado LV para o lado HV.
Portanto, o transformador também é equipado com uma proteção de sobrecorrente
direcional.

GUID-74662396-1BAD-4AC2-ADB6-F4A8B3341860 V2 PT

Figura 63: Proteção de sobrecorrente de transformadores em paralelo

146 Série 615


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Topologia de rede em anel fechado


A topologia de rede em anel fechado é utilizada em aplicações onde a distribuição
de eletricidade para os consumidores é assegurada no momento em que ocorre a
falha da rede. A energia é alimentada ao menos em duas direções diferentes, o que
significa que a direção da corrente pode variar. A graduação de tempo entre os
estágios em nível de rede é desafiador sem atrasos desnecessários nas
configurações de tempo. Neste caso, é prático utilizar os IEDs de sobrecorrente
direcional para se conseguir um esquema de proteção seletiva. Funções de
sobrecorrente direcional podem ser utilizadas em aplicações em anel fechado. As
setas definem a direção operacional da funcionalidade direcional. As setas duplas
definem a funcionalidade não direcional onde falhas podem ser encontradas em
ambas as direções.

GUID-276A9D62-BD74-4335-8F20-EC1731B58889 V1 PT

Figura 64: Topologia de rede em anel fechado onde linhas de alimentação


são protegidas por IEDs de sobrecorrente direcional.

4.1.2.8 Sinais
Tabela 131: Sinais de entrada DPHLPDOC
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Tabela continua na próxima página

Série 615 147


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Funções de proteção

Nome Tipo Padrão Descrição


I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência de fase negativa

U_A_AB SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento A ou tensão


fase a fase AB
U_B_BC SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento B ou tensão
fase a fase BC
U_C_CA SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento C ou tensão
fase a fase CA
U1 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase positiva

U2 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio


ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitação do sinal para o multiplicador de
corrente
NON_DIR BOOLEAN 0=Falso Force a proteção para não-direcional

Tabela 132: Sinais de entrada DPHHPDOC


Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência de fase negativa

U_A_AB SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento A ou tensão


fase a fase AB
U_B_BC SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento B ou tensão
fase a fase BC
U_C_CA SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento C ou tensão
fase a fase CA
U1 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase positiva

U2 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio


ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitação do sinal para o multiplicador de
corrente
NON_DIR BOOLEAN 0=Falso Force a proteção para não-direcional

Tabela 133: Sinais de saída DPHLPDOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

148 Série 615


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Funções de proteção

Tabela 134: Sinais de saída DPHHPDOC


Nome Tipo Descrição
INÍCIO BOOLEAN Tempo de
OPERATE BOOLEAN Operar

4.1.2.9 Configurações
Tabela 135: Configurações de grupo DPHLPDOC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.05...5.00 xIn 0,01 0,05 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 2=ANSI Very inv. Tempo atrasado
3=ANSI Norm. inv.
4=ANSI Mod. inv.
5=ANSI Def.
Tempo
6=L.T.E. inv.
7=L.T.V. inv.
8=L.T. inv.
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
11=IEC inv.
12=IEC Ext. inv.
13=IEC S.T. inv.
14=IEC L.T. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
18=RI type
19=RD type
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa
Voltage Mem time 0...3000 ms 1 40 Tempo de memória de voltagem
Modo direcional 1=Não-direcional 2=Para frente Modo direcional
2=Para frente
3=Reverso
Ângulo característico -179...180 deg 1 60 Ângulo característico
Ângulo direto máximo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase máximo em direção
avançada
Ângulo reverso máximo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase máxima em direção
inversa
Tabela continua na próxima página

Série 615 149


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Funções de proteção

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Ângulo direto mínimo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
avançada
Ângulo reverso mínimo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
inversa
Pol quantity -2=Pos. seq. volt. 5=Cross pol Quantidade de referência para
1=Self pol determinar a direção de uma falha
4=Neg. seq. volt.
5=Cross pol

Tabela 136: DPHLPDOC Nenhum ajuste do grupo


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Num of start phases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidas para a
2=2 de 3 ativação de disparo
3=3 de 3
Tempo operacional 20...60000 ms 1 20 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
redefinição
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Permitir não dir 0=Falso 0=Falso Permissão da ativação prot como non-
1=Verdadeiro -dir quando dir info for inválido
Corrente mínima de 0.01...1.00 xIn 0,01 0,01 Corrente mínima de operação
operação
Tensão mínima de 0.01...1.00 xUn 0,01 0,01 Tensão operacional mínima
operação

150 Série 615


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Tabela 137: Configurações de grupo DPHHPDOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.10...40.00 xIn 0,01 0,10 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Modo direcional 1=Não-direcional 2=Para frente Modo direcional
2=Para frente
3=Reverso
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 3=ANSI Norm. inv. Tempo atrasado
5=ANSI Def.
Tempo
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
12=IEC Ext. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa
Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Ângulo característico -179...180 deg 1 60 Ângulo característico
Ângulo direto máximo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase máximo em direção
avançada
Ângulo reverso máximo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase máxima em direção
inversa
Ângulo direto mínimo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
avançada
Ângulo reverso mínimo 0...90 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
inversa
Voltage Mem time 0...3000 ms 1 40 Tempo de memória de voltagem
Pol quantity -2=Pos. seq. volt. 5=Cross pol Quantidade de referência para
1=Self pol determinar a direção de uma falha
4=Neg. seq. volt.
5=Cross pol

Tabela 138: Nenhum grupo de ajuste DPHHPDOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reset
reinício
Tempo operacional 20...60000 ms 1 20 Tempo mínimo de operação para as
mínimo curvas IDMT
Tabela continua na próxima página

Série 615 151


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Permitir não dir 0=Falso 0=Falso Permissão da ativação prot como non-
1=Verdadeiro -dir quando dir info for inválido
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Corrente mínima de 0.01...1.00 xIn 0,01 0,01 Corrente mínima de operação
operação
Tensão mínima de 0.01...1.00 xUn 0,01 0,01 Tensão operacional mínima
operação
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Num of start phases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidas para a
2=2 de 3 ativação de partida
3=3 de 3

4.1.2.10 Dados monitorados


Tabela 139: Dados Monitorados DPHLPDOC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo inicial/
tempo de operação
FAULT_DIR Enum 0=desconhecido Direção de falha
1=para frente detectada
2=para trás
3=ambos
DIREÇÃO Enum 0=desconhecido Informação de direção
1=para frente
2=para trás
3=ambos
DIR_A Enum 0=desconhecido Fase de direção A
1=para frente
2=para trás
3=ambos
DIR_B Enum 0=desconhecido Fase de direção B
1=para frente
2=para trás
3=ambos
DIR_C Enum 0=desconhecido Fase de direção C
1=para frente
2=para trás
3=ambos
ANGLE_A FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo diferencial
calculado, Fase A
Tabela continua na próxima página

152 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


ANGLE_B FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo diferencial
calculado, Fase B
ANGLE_C FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo diferencial
calculado, Fase C
DPHLPDOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Tabela 140: Dados monitorados DPHHPDOC


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo inicial/
tempo de operação
FAULT_DIR Enum 0=desconhecido Direção de falha
1=para frente detectada
2=para trás
3=ambos
DIREÇÃO Enum 0=desconhecido Informação de direção
1=para frente
2=para trás
3=ambos
DIR_A Enum 0=desconhecido Fase de direção A
1=para frente
2=para trás
3=ambos
DIR_B Enum 0=desconhecido Fase de direção B
1=para frente
2=para trás
3=ambos
DIR_C Enum 0=desconhecido Fase de direção C
1=para frente
2=para trás
3=ambos
ANGLE_A FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo diferencial
calculado, Fase A
ANGLE_B FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo diferencial
calculado, Fase B
ANGLE_C FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo diferencial
calculado, Fase C
DPHHPDOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Série 615 153


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.1.2.11 Dados técnicos


Tabela 141: Dados técnicos DPHxPDOC
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente/tensão
medida: fn ±2 Hz

DPHLPDOC Corrente:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In
Tensão:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un
Ângulo de fase: ±2°
DPHHPDOC Corrente:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In
(nas correntes na faixa de 0,1…10 x In)
±5,0% do valor ajustado
(nas correntes na faixa de 10…40 x In)
Tensão:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un
Ângulo de fase: ±2°

Tempo inicial1)2) Mínimo Típico Máximo


IFalha = 2,0 x ajuste
37 ms 40 ms 42 ms
Valor inicial
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1.0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5,0% do valor teórico ou ±20 ms 3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Modo de medição e Quantidade Pol = padrão, corrente antes da falha = 0,0 x In, tensão antes da
falha = 1,0 x Un, fn = 50 Hz, falha de corrente em uma fase com frequência nominal injetada a partir
do ângulo de fase aleatório, resultados com base na distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinal
3) Valor inicial máximo = 2,5 x In, O valor inicial multiplica na faixa de 1,5 a 20

4.1.2.12 Histórico de revisão técnica


Tabela 142: Histórico de revisão técnica do DPHLPDOC
Revisão técnica Alteração
B Adicionada uma nova entradaNON_DIR

Tabela 143: Histórico de revisão técnica do DPHHPDOC


Revisão técnica Alteração
B Adicionada uma nova entradaNON_DIR

154 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

4.1.3 Proteção térmica trifásica para alimentadores, cabos e


transformadores de distribuição T1PTTR

4.1.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção térmica trifásica para T1PTTR 3lth> 49F
alimentadores, cabos e
transformadores de distribuição

4.1.3.2 Bloco de função

A070691 V2 PT

Figura 65: Bloco de função

4.1.3.3 Funcionalidade

A maior utilização de sistemas de energia mais próxima aos limites térmicos gerou
a necessidade de uma função de sobrecarga térmica também para linhas de energia.

A sobrecarga térmica é em alguns casos não detectada por outras funções de


proteção, e a introdução da função de sobrecarga térmica T1PTTR permite que o
circuito protegido opere próximo aos limites térmicos.

Um alarme de nível dá um alerta para que os operadores tomem medidas antes do


trip da linha. O alerta é baseado na função de medição trifásica atual usando um
modelo térmico de primeira ordem com perda térmica com o tempo ajustável
constante. Se o aumento da temperatura continua a função irá operar com base no
modelo térmico da linha.

A reenergização da linha após a operação de sobrecarga térmica pode ser inibida


durante o tempo de resfriamento da linha que está em andamento. O resfriamento
da linha é estimado pelo modelo térmico.

4.1.3.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

Série 615 155


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

A operação de proteção térmica trifásica para alimentadores, cabos e


transformadores de distribuição pode ser descrita utilizando-se um diagrama de
módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

I_A Seletor de Estimador de START


I_B corrente
Temperatura
máxima OPERATE
I_C Contador
térmico ALARM
ENA_MULT
BLK_CLOSE
BLK_OPR
AMB_TEMP
A070747 V3 PT

Figura 66: Diagrama de módulo funcional. I_A, I_B e I_C representam


correntes de fase.

Max current selector


O seletor de corrente máxima da função verifica de forma contínua o mais alto
valor de corrente de fase TRMS medido. O seletor reporta o mais alto valor para o
estimador de temperatura.

Estimador de temperatura
O aumento de temperatura final é calculado a partir da mais alta das correntes
trifásicas de acordo com a expressão:

2
 I 
Θ final =  ⋅ Tref
 I ref 
 
A070780 V2 PT (Equação 2)

I a maior corrente de fase


Iref configurada Referência de corrente

Tref configurada Aumento de temperatura

A temperatura ambiente é adicionada à estimativa de aumento de temperatura final,


e o valor de temperatura ambiente usado no cálculo está também disponível nos
dados monitorados como TEMP_AMB. Se a estimativa de temperatura final for
maior do que a Maximum temperatureconfigurada , a saída START é ativada.

Current reference e Temperature rise são usados na estimativa de temperatura final


juntamente com a temperatura ambiente. Sugere-se configurar esses valores para a
corrente de estado estável máximo permitido para a linha ou cabo sob operação de
emergência para algumas horas por ano. Valores de corrente com as temperaturas
de condutor correspondentes são dados em manuais de cabos. Esses valores são
dados para condições como temperaturas do solo, temperatura do ar ambiente, a
forma de disposição de cabos e resistividade térmica do solo.

156 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Thermal counter
A temperatura real no ciclo de execução atual é calculado como:

 ∆t 

(
Θn = Θn −1 + Θ final − Θn −1 ) 
⋅ 1− e τ



 
A070781 V2 PT (Equação 3)

Θn temperatura atual calculada

Θn-1 temperatura calculada em etapa de tempo prévia

Θfinal temperatura final calculada com corrente atual

Δt etapa de tempo entre cálculo de temperatura real


t constante de tempo térmica para o dispositivo protegido (linha ou cabo), constante de tempo
configurada

A temperatura real do componente protegido (linha ou cabo) é calculada por meio


da adição da temperatura ambiente à temperatura calculada, conforme mostrado
abaixo. A temperatura ambiente pode receber um valor constante ou pode ser
medida. A temperatura calculada do componente pode ser monitorada na medida
em que for exportada da função como um número real.

Quando a temperatura do componente atingir o nível de alarme configurado Alarm


value, o sinal de saída ALARM está configurado. Quando a temperatura do
componente atingir o nível de desarme configurado Maximum temperature, a saída
OPERATE é ativada. O comprimento do pulso de sinal OPERATE é fixado em 100
ms

Há também um cálculo do tempo atual para operação com a corrente atual. Esse
cálculo é somente realizado se a temperatura final for calculada para estar acima da
temperatura de operação:

 Θ final − Θoperate 
toperate = −τ ⋅ ln  
 Θ final − Θn 
 
A070782 V2 PT (Equação 4)

Causada pela função de proteção de sobrecarga térmica, pode haver um bloqueio


para reconectar o circuito desarmado após operação. A saída de bloqueio
BLK_CLOSE é ativada no mesmo momento quando a saída OPERATE é ativada e
não é restabelecida até a temperatura do dispositivo tiver resfriado abaixo do valor
configurado da configuração Reclose temperature . O valor Maximum temperature
tem de ser configurado no mínimo 2 graus acima do valor configurado de Reclose
temperature.

O tempo para liberação de travamento é calculado, ou seja, o cálculo do tempo de


resfriamento para um valor configurado. O tempo calculado pode ser resetado para
seu valor inicial (a configuração Initial temperature ) via um parâmetro de controle

Série 615 157


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Funções de proteção

que está localizado abaixo do menu clear. Isso é útil durante os testes quando a
corrente injetada secundária tiver dado um nível de temperatura falsa calculada.

 Θ final −Θlockout _ release 


tlockout _ release = −τ ⋅ ln  
 Θ final − Θn 
 

A070783 V3 PT (Equação 5)

Nesse caso, a temperatura final é igual à temperatura ambiente configurada ou


medida.

Em algumas aplicações, a corrente medida pode envolver uma quantidade de linhas


paralelas. Isso é frequentemente usado para linhas de cabos nas quais um cubículo
conecta diversos cabos paralelos. Ao configurar o Current multiplier para a
quantidade de linhas paralelas (cabos), a corrente real em uma linha é usada no
algoritmo de proteção. Para ativar essa opção, a entrada ENA_MULT tem de estar
ativada.

A temperatura ambiente pode ser medida com a medição RTD. O valor de


temperatura medida é então conectado, por exemplo, da saída AI_VAL3 da função
X130 (RTD) até a entrada AMB_TEMP de T1PTTR.

A configuração Env temperature Set é usada para definir a temperatura ambiente se


o valor de medição de temperatura ambiente não estiver conectado à entrada
AMB_TEMP. A configuração Env temperature Set é também usada quando a
medição de temperatura ambiente conectada a T1PTTR é configurada em “Sem
uso” na função X130 (RTD).

O cálculo de temperatura é iniciado a partir do valor definido com o parâmetro de


configuração Initial temperature. Isso é feito no caso do IED estar ligado, a função
estar "Off" e voltar para "On" ou restabelecer por meio do menu Clear. A
temperatura é também armazenada na memória não-volátil e restaurada no caso do
IED ser reiniciado.

A constante de tempo térmica do circuito protegido é dada em minutos com a


configuração Time constant . Veja os manuais dos fabricantes de cabos para ter
mais detalhes.

4.1.3.5 Aplicação

As linhas e cabos no sistema de potência são construídos para um certo nível


máximo corrente de carga. Se a corrente exceder esse nível, as perdas serão
maiores do que o esperado. Como consequência, a temperatura dos condutores irão
aumentar. Se a temperatura das linhas e cabos atinge valores muito altos, pode
causar um risco de danos, por exemplo, das seguintes formas:

158 Série 615


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Funções de proteção

• A curvatura de linhas aéreas pode chegar a um valor inaceitável.


• Se a temperatura dos condutores, para condutores de alumínio, por exemplo,
se torna demasiado elevada, o material será destruído.
• Em cabos a isolação pode ser danificada como consequência de
sobretemperatura, e, portanto, falhas fase a fase ou fase a terra podem ocorrer.

Em situações críticas no sistema de potência, as linhas e cabos podem ser


obrigados a ser sobrecarregados por um tempo limitado. Isto deve ser feito sem
qualquer risco para os riscos acima mencionados.

A proteção de sobrecarga térmica fornece informações que faz com que a


sobrecarga temporária de cabos e linhas seja possível. A proteção de sobrecarga
térmica estima a temperatura do condutor de forma contínua. Esta estimativa é feita
usando um modelo térmico da linha/cabo, que é baseada na medição da corrente.

Se a temperatura do objeto protegido atinge um nível de alerta definido, um sinal é


dado para o operador. Isso permite que as ações no sistema de potência a serem
feito antes temperaturas perigosas sejam atingidos. Se a temperatura continuar a
aumentar para o valor da temperatura máxima permitida, a proteção inicia um trip
da linha protegida.

4.1.3.6 Sinais
Tabela 144: Sinais de entrada T1PTTR
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar multiplicador de corrente
BLK_OPR BOOLEAN 0=Falso Bloqueio de sinal para saídas de operação
TEMP_AMB FLOAT32 0 A temperatura ambiente utilizada no cálculo

Tabela 145: Sinais de saída T1PTTR


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Inicio
ALARME BOOLEAN Alarme térmico
BLK_Fechar BOOLEAN Indicador de sobrecarga térmica. Para bloquear a
liberação de travamento.

Série 615 159


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Funções de proteção

4.1.3.7 Configurações
Tabela 146: Configurações de gurpo T1PTTR
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Ajuste de temperatura -50...100 °C 1 40 Temperatura ambiente utilizada quando
ambiente nenhuma medição de temperatura
externa está disponível
Multiplicador de corrente 1...5 1 1 Multiplicador de corrente quando a
função é utilizada para linhas paralelas
Referência de corrente 0.05...4.00 xIn 0,01 1.00 A corrente de carga principal ao
aumento da temperatura
Temperature rise 0.0...200.0 °C 0,1 75.0 Aumento da temperatura final acima da
temperatura ambiente
Constante de tempo 60...60000 s 1 2700 Tempo constante da linha em segundos.
Temperatura máxima 20.0...200.0 °C 0,1 90,0 Nível de temperatura par ativação
Valor de alarme 20.0...150.0 °C 0,1 80.0 Nível de temperatura para arranque
(alarme)
Temperatura de 20.0...150.0 °C 0,1 70.0 Temperatura para reiniciar o bloco
restabelecimento liberado após ativação

Tabela 147: Ajuste de grupo não T1PTTR


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Temperatura inicial -50.0...100.0 °C 0,1 0,0 Aumento da temperatura acima da
temperatura ambiente no momento da
partida

4.1.3.8 Dados monitorados


Tabela 148: Dados Monitorados T1PTTR
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
TEMP FLOAT32 -100.0...9999.9 °C Temperatura calculada
do objeto protegido
TEMP_RL FLOAT32 0.00...99.99 Temperatura calculada
do objeto protegido
relativo ao nível de
operação
T_OPERAR INT32 0...60000 s Tempo estimado para
operar em segundos
T_ENA_FECHAR INT32 0...60000 s Tempo estimado para
desativar BLK_CLOSE
T1PTTR Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

160 Série 615


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4.1.3.9 Dados técnicos


Tabela 149: Dados técnicos T1PTTR
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

Medição de corrente: ±1,5% do valor ajustado


ou ±0,002 x In (na correntes na faixa de 0,01…
4,00 x In)

Precisão do tempo de operação1) ±2,0% do valor teórico ou ±0,50 s

1) Sobrecarga da corrente > 1,2 x Nível da temperatura de operação

4.1.3.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 150: Histórico de revisão técnica de T1PTTR
Revisão técnica Alteração
C Removido do parâmetro Sensor disponível .
D Acrescentou a entrada AMB_TEMP

4.1.4 Proteção de sobrecarga térmica trifásica para


transformadores de potência, duas constantes de tempo
T2PTTR

4.1.4.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de sobrecarga térmica T2PTTR 3Ith>T 49T
trifásica para transformadores de
potência, duas constantes de tempo

4.1.4.2 Bloco de função

GUID-68AADF30-9DC7-49D5-8C77-14E774C8D1AF V2 PT

Figura 67: Bloco de função

Série 615 161


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Funções de proteção

4.1.4.3 Funcionalidade

A função de proteção de sobrecarga térmica trifásica, duas constantes de tempo


T2PTTR protege o transformador principalmente de sobrecargas de tempo curto. O
transformador está protegido contra sobrecargas de tempo longo com o detector de
temperatura do óleo incluído no seu equipamento.

O alarme dá um alerta para que os operadores a tomem medidas antes do trip do


transformador. O alerta é baseado na função de medição trifásica atual usando um
modelo térmico de duas constantes ajustáveis. Se o aumento da temperatura
continua, a função T2PTTR irá operar com base no modelo térmico da linha.

Após uma operação de sobrecarga térmica, a reenergização do transformador é


inibida durante o tempo de resfriamento do transformador. O resfriamento do
transformador é estimado com um modelo térmico.

4.1.4.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobrecarga térmica trifásica, duas constantes de tempo


para transformadores de potência pode ser descrita utilizando-se um diagrama de
módulo. Todos os módulos são explicados mas próximas seções.

I_A START
Seletor de Estimador de
I_B corrente temperatura OPERATE
I_C máxima
Contador
ALARM
térmico
BLK_CLOSE
BLOCK

AMB_TEMP
GUID-FF965F1C-6039-4A01-9A4F-B378F8356279 V2 PT

Figura 68: Diagrama de módulo funcional

Seletor de corrente máxima


O seletor de corrente máxima da função verifica de forma contínua o mais alto
valor de corrente de fase TRMS medido. O seletor reporta o mais alto valor para o
contador térmico.

Estimador de temperatura
O aumento de temperatura final é calculado a partir da mais alta das correntes
trifásicas de acordo com a expressão:

162 Série 615


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Funções de proteção

2
 I 
Θ final =  ⋅ Tref
 I ref 
 
GUID-06DE6459-E94A-4FC7-8357-CA58988CEE97 V2 PT (Equação 6)

I mais alta corrente de fase medida


Iref o valor configurado do ajuste Referência de corrente

Tref o valor configurado do ajuste Aumento de temperatura (aumento de temperatura (°C) com Iref
de corrente de estado estável

O valor de temperatura ambiente é adicionado à estimativa de aumento de


temperatura final calculada. Se o valor total de temperatura for mais alto do que o
nível de temperatura de operação estabelecida, a saída START é ativada.

O ajuste Referência de corrente é uma corrente de estado estável que dá o valor de


temperatura final de estado estável Aumento de temperatura. Dá um valor de ajuste
correspondente à potência nominal do transformador.

O ajuste Aumento de temperatura é usado quando o valor do aumento de


temperatura de referência corresponder ao valor Referência de corrente . Os
valores de temperatura com correntes de carga de transformador correspondente
são normalmente dados pelos fabricantes de transformadores.

Contador térmico
T2PTTR aplica o modelo térmico de duas constantes de tempo para medição de
temperatura. O aumento de temperatura em graus Celsius (°C) é calculado a partir
da mais elevada das correntes trifásicas de acordo com a expressão:

  
2   −  
∆t
 
2   −
∆t 
I  ⋅  1 − e τ 1  + (1 − p ) ⋅  I
∆Θ =  p *   * Tref  ⋅ Tref  ⋅ 1 − e τ 2 
  I ref       I ref    
           
GUID-27A879A9-AF94-4BC3-BAA1-501189F6DE0C V2 PT (Equação 7)

ΔΘ aumento de temperatura calculado (°C) no transformador


I corrente de fase medida com o valor TRMS mais alto
Iref o valor configurado do ajuste Referência de corrente (corrente nominal do objeto protegido)
Tref o valor configurado do ajuste Aumento de temperatura (ajuste de aumento de temperatura (°C)
com a corrente de estado estável Iref)

p o valor configurado do ajuste Fator p de ponderação (fator de ponderação para a constante de


tempo curto)
Δt etapa de tempo entre cálculo da temperatura real
t1 o valor configurado do ajuste Constante de tempo curto (o aquecimento curto / constante de
tempo de resfriamento)
t2 o valor configurado do ajuste Constante de tempo longo (o aquecimento longo / constante de
tempo de resfriamento)

Série 615 163


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Funções de proteção

O aquecimento e resfriamento após a curva térmica de constante de dois tempos é


uma característica de transformadores. As constantes térmicas de tempo do
transformador protegido são dadas em segundos com os ajustes Constante de
tempo curto e Constante de tempo longo . O ajuste Constante de tempo curto
descreve o aquecimento do transformador em relação às bobinas. O ajuste
Constante de tempo longo descreve o aquecimento do transformador em relação ao
óleo. Usando o modelo de constante de dois tempos, o IED pode seguir tanto as
mudanças rápidas como as lentas na temperatura do objeto protegido.

O ajuste Fator p de ponderação é o fator de ponderação entre Constante de tempo


curto τ1 e Constante de tempo longo τ2. Quanto mais alto o valor do ajuste Fator p
de ponderação , maior é o compartilhamento da parte íngreme da curva de
aquecimento. Quando Fator p de ponderação =1, somente Constante de tempo
curto é usada. Quando Fator p de ponderação = 0, somente Constante de tempo
longo é usada.

GUID-E040FFF4-7FE3-4736-8E5F-D96DB1F1B16B V1 PT

Figura 69: Efeito do Fator p de ponderação e a diferença entre a constante


de dois tempos e modelos de constante de um tempo

A temperatura real do transformador é calculado por meio da adição da


temperatura ambiente à temperatura calculada.

Θ = ∆Θ + Θ amb
GUID-77E49346-66D2-4CAB-A764-E81D6F382E74 V2 PT (Equação 8)

Θ temperatura no transformador (°C)


ΔΘ aumento de temperatura calculado (°C) no transformador
Θamb valor configurado do ajuste Ajuste de temperatura ambiente ou temperatura ambiente medida

164 Série 615


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Funções de proteção

A temperatura ambiente pode ser medida com a medição RTD. O valor de


temperatura medida é conectado, por exemplo, da saída AI_VAL3 da função X130
(RTD) até a entrada AMB_TEMP de T2PTTR.

A configuração Ajuste de temperatura ambiente é usada para definir a temperatura


ambiente se o valor de medição de temperatura ambiente não estiver conectado à
entrada AMB_TEMP. A configuração Ajuste de temperatura ambiente é também
usada quando a medição de temperatura ambiente conectada a T2PTTR é
configurada em “Not in use” na função X130 (RTD).

O cálculo de temperatura é iniciado a partir do valor definido com os parâmetros de


configuração Temperatura inicial e Temperatura máxima . O valor inicial é uma
porcentagem da Temperatura máxima definida pela Temperatura inicial. Isso é
feito quando o IED está ligado ou a função está desligada e volta ou restabelece por
meio do menu Clear. A temperatura é armazenada em uma memória não-volátil e
restaurada se o IED for reiniciado.

O ajuste Temperatura máxima define a temperatura máxima do transformador em


graus Celsius (°C). O valor do ajuste Temperatura máxima é normalmente dado
pelos fabricantes de transformadores. O alarme real, temperaturas operacionais e de
bloqueio para T2PTTR são dadas como um valor de porcentagem do ajuste
Temperatura máxima.

Quando a temperatura do transformador atingir o nível de alarme definido com o


ajuste Temperatura de alarme , o sinal de saída ALARM é acionado. Quando a
temperatura do transformador atingir o valor de nível de trip com o ajuste
Temperatura de operação, a saída OPERATE está ativada. A saída OPERATE é
desativada quando o valor da corrente medida fica abaixo de 10% do valor
Referência de corrente ou o valor de temperatura calculado fica abaixo da
Temperatura de operação.

Há também um cálculo do tempo atual para operação com a corrente atual.


T_OPERATE é somente calculado se a temperatura final for calculada para estar
acima da temperatura de operação: O valor fica disponível através da visualização
de dados monitorados.

Após operação, em decorrência da função de proteção de sobrecarga térmica, pode


haver um bloqueio para reconectar o circuito desarmado. A saída de travamento
BLK_CLOSE é ativada quando a temperatura do dispositivo estiver acima do valor
de ajuste de temperatura de liberação de travamento Reclose temperature. O
tempo para liberação de travamento T_ENA_CLOSE também é calculado. O valor
fica disponível através da visualização de dados monitorados.

4.1.4.5 Aplicação

Os transformadores no sistema de potência são construídos para um certo nível


máximo de corrente de carga. Se a corrente exceder esse nível, as perdas serão
maiores do que o esperado. Isso resulta em um aumento da temperatura do

Série 615 165


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Funções de proteção

transformador. Se o aumento de temperatura é muito alto, o equipamento é


danificado:
• O isolamento dentro do transformador envelhece mais rápido, que por sua vez
aumenta o risco de falhas fase-fase ou de fase-terra internos.
• A formação de possíveis pontos de calor dentro do transformador degradam a
qualidade do óleo do transformador.

Durante situações críticas em sistemas de potência, ele é obrigado a sobrecarregar


os transformadores por um tempo limitado, sem quaisquer riscos. A proteção de
sobrecarga térmica fornece informações que faz com que a sobrecarga temporária
de transformadores seja possível.

O nível de carga admissível de um transformador de potência é altamente


dependente do sistema de resfriamento do transformador. Os dois principais
princípios são:
• ONAN: O ar é naturalmente distribuído aos coolers sem ventiladores, e o óleo
circula naturalmente sem bombas.
• OFAF: Os refrigeradores têm ventiladores para forçar o ar para a refrigeração
e bombas para forçar a circulação do óleo do transformador.

A proteção tem vários conjuntos de parâmetros localizados nos grupos de


configuração, por exemplo, um para um resfriamento não forçado e um para uma
situação de arrefecimento forçado. Tanto o nível de carga permissiva de estado
parado, bem como a constante de tempo térmica são influenciados pelo sistema de
resfriamento do transformador. O grupo de ajuste ativo pode ser alterado por um
parâmetro, ou através de uma entrada binária se ela é habilitada para isso. Este
recurso pode ser usado para transformadores, onde o arrefecimento forçado é
retirado de operação ou o de refrigeração extra é ligado. Os parâmetros também
podem ser mudados quando um ventilador ou bomba não funcionam.

A proteção de sobrecarga térmica continuamente estima o conteúdo de calor


interno, ou seja, a temperatura do transformador. Esta estimativa é feita usando um
modelo térmico do transformador, que é baseada na medição da corrente.

Se o conteúdo de calor do transformador protegido atinge o nível de alarme


configurado, um sinal é dado para o operador. Isso permite que a ação que precisa
ser tomada nos sistemas de alimentação antes que a temperatura atinja um valor
alto. Se a temperatura continuar a aumentar para o valor da temperatura máxima
permitida, a proteção inicia o trip do transformador.

Após o trip, o transformador precisa esfriar em um nível de temperatura na qual


possa ser tomado em serviço novamente. O T2PTTR continua a estimar o conteúdo
de calor do transformador durante este período de arrefecimento utilizando um
conjunto de constante de tempo de resfriamento. A energização do transformador
é bloqueada até que o conteúdo de calor seja reduzido ao nível definido.

166 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

A curva térmica de duas constantes de tempo é típica de um transformador. As


constantes térmicas de tempo do transformador protegido são dadas em segundos
com os ajustes Constante de tempo curto e Constante de tempo longo . Se o
fabricante não especifica qualquer outro valor, a Constante de tempo longo pode
ser ajustada para 4920 s (82 minutos) para um transformador de distribuição e
7,260 s (121 minutos) para um transformador de alimentação. A correspondente
Constante de tempo curto é de um total de 306 s (5,1 minutos) e 456 s (7,6 minutos).

Se o fabricante do transformador de potência, declarou apenas um, isto é, uma


única constante, ela pode ser convertida em duas constantes de tempo. A constante
de tempo única também é usada por si só, se o p-fator Fator de ponderação p e sua
configuração é definido como zero e o valor constante de tempo é definido como o
valor da Constante de tempo longo . A imagem térmica corresponde ao modelo de
tempo de uma constante nesse caso.

Tabela 151: Tabela de conversão entre uma e duas constantes de tempo


Constante de tempo Constante de tempo Constante de tempo Fator de ponderação p
única (min) curto (min) longo (min)
10 1,1 17 0.4
15 1.6 25 0.4
20 2.1 33 0.4
25 2.6 41 0.4
30 3.1 49 0.4
35 3.6 58 0.4
40 4.1 60 0.4
45 4.8 75 0.4
50 5.1 82 0.4
55 5.6 90 0.4
60 6.1 98 0.4
65 6.7 107 0.4
70 7.2 115 0.4
75 7.8 124 0.4

O padrão Temperatura máxima configurado é de 105 ° C. Este valor é escolhido


uma vez que mesmo que o padrão IEC 60076-7 recomende 98 ° C como
temperatura máxima admissível em longo tempo de carregamento, a norma
também afirma que um transformador pode suportar a carga de emergência para
semanas ou mesmo meses, o que pode produzir o temperatura do enrolamento de
140 ° C. Portanto, 105 ° C é um valor de temperatura máxima de segurança, para
um transformador se a Temperatura máxima não dada pelo fabricante do
transformador.

Série 615 167


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Seção 4 1MRS757783 A
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4.1.4.6 Sinais
Tabela 152: Sinais de entrada T2PTTR
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio
TEMP_AMB FLOAT32 0 A temperatura ambiente utilizada no cálculo

Tabela 153: Sinais de saída T2PTTR


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Inicio
ALARME BOOLEAN Alarme térmico
BLK_Fechar BOOLEAN Indicador de sobrecarga térmica. Para bloquear a
liberação de travamento.

4.1.4.7 Configurações
Tabela 154: Configurações de grupo T2PTTR
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Ajuste de temperatura -50...100 °C 1 40 Temperatura ambiente utilizada quando
ambiente nenhuma medição de temperatura
externa está disponível
Referência de corrente 0.05...4.00 xIn 0,01 1.00 A corrente de carga principal ao
aumento da temperatura
Temperature rise 0.0...200.0 °C 0,1 78.0 Aumento da temperatura final acima da
temperatura ambiente
Temperatura máxima 0.0...200.0 °C 0,1 105.0 Temperatura máxima permitida para o
tranformador
Temperatura operacional 80.0...120.0 % 0,1 100.0 Temperatura de ativação, valor em
porcentagem
Temperatura de alarme 40.0...100.0 % 0,1 90,0 Temperatura de alarme, valor em
porcentagem
Temperatura de 40.0...100.0 % 0,1 60.0 Temperatura para reiniciar o bloco
restabelecimento liberado após ativação
Constante de tempo 6...60000 s 1 450 Constante de tempo curto em segundos
curto
Constante de tempo 60...60000 s 1 7200 Constante de tempo longo em segundos
longo
Fator de ponderação p 0.00...1.00 0,01 0.40 Fator de ponderação para a constante
de tempo curto

168 Série 615


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Tabela 155: Ajuste de grupo não-T2PTTR


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Temperatura inicial 0.0...100.0 % 0,1 80.0 Temperatura inicial, valor em
porcentagem

4.1.4.8 Dados monitorados


Tabela 156: Dados monitorados T2PTTR
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
TEMP FLOAT32 -100.0...9999.9 °C Temperatura calculada
do objeto protegido
TEMP_RL FLOAT32 0.00...99.99 Temperatura calculada
do objeto protegido
relativo ao nível de
operação
T_OPERAR INT32 0...60000 s Tempo estimado para
operar em segundos
T_ENA_FECHAR INT32 0...60000 s Tempo estimado para
desativar BLK_FECHAR
em segundos
T2PTTR Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.1.4.9 Dados técnicos


Tabela 157: T2PTTR Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

Medição de corrente: ±1,5% do valor ajustado


ou ±0,002 x In (na correntes na faixa de 0,01…
4,00 x In)

Precisão do tempo de operação1) ±2,0% do valor teórico ou ±0,50 s

1) Sobrecarga da corrente > 1,2 x Nível de temperatura operacional

4.1.4.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 158: Histórico de revisão técnica de T2PTTR
Revisão técnica Alteração
B Acrescentou a entrada AMB_TEMP

Série 615 169


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4.1.5 Proteção contra bloqueio da carga do motor JAMPTOC

4.1.5.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC ANSI/IEEE C37.2
61850 60617 número do
dispositivo
Proteção contra obstrução da carga do JAMPTOC Ist> 51LR
motor

4.1.5.2 Bloco de funções

GUID-FA5FAB32-8730-4985-B228-11B92DD9E626 V2 PT

Figura 70: Bloco de funções

4.1.5.3 Funcionalidade

A proteção de motor bloqueado JAMPTOC é usada para proteger o motor em


situações de bloqueio ou de obstrução durante o funcionamento.

Quando o motor é iniciado, uma função separada é usada para a proteção inicial e
JAMPTOC é normalmente bloqueado durante o período de partida. Quando o
motor passou pela fase de partida, JAMPTOC monitora a magnitude das correntes
de fase. A função se inicia quando a corrente medida excede o nível de torque de
colapso, isto é, acima do limite estabelecido. A característica de operação é o
tempo definitivo.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função.

4.1.5.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de rotor bloqueado pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

170 Série 615


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GUID-93025A7F-12BE-4ACD-8BD3-C144CB73F65A V2 PT

Figura 71: Diagrama de módulo funcional

Detector de nível
As correntes de fase medidas são comparadas ao ajuste Start value. Os valores de
TRMS das correntes de fase são considerados para a detecção de nível. O módulo
temporizador é ligado se ao menos duas das correntes de fase medidas excedem o
ajuste Start value.

Temporizador
Uma vez ativado, o sinal interno START é ativado. O valor fica disponível somente
através da visualização de dados monitorados. A característica de tempo é de
acordo com DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o valor
Tempo de espera operacional , a saída OPERATE é ativada.

Quando o tempo tiver passado, mas a condição de motor bloqueado ainda persistir,
a saída OPERATE permanece ativa até que os valores de corrente de fase caiam
abaixo do valor de Start, isto é, enquanto a condição de bloqueio persistir. Se
existir uma situação de drop-off enquanto o tempo de operação ainda estiver
contando, o temporizador de reset é ativado. Se o tempo de drop-off exceder o
parâmetro Tempo de atraso de reset, o temporizador de reset é ativado.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

Série 615 171


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4.1.5.5 Aplicação

A proteção do motor bloqueado é primariamente necessária para proteger o motor


de aumento excessivo de temperatura, pois o motor utiliza grandes correntes
durante essa fase. Essa condição causa um aumento na temperatura nos
enrolamentos do estator. Devido à baixa velocidade, a temperatura também
aumenta no rotor. O aumento da temperatura do rotor é mais crítico quando o
motor para.

Os isolamentos físicos e dielétricos do sistema se deterioram com o tempo e a


deterioração é acelerada pelo aumento da temperatura. A vida do isolamento está
relacionada com o intervalo de tempo durante o qual o isolamento é mantido a uma
certa temperatura.

Um motor de indução pára quando o valor da torque de carga excede o valor de


torque de colapso, fazendo com que a velocidade diminua a zero ou a algum ponto
de operação parado muito abaixo da velocidade indicada. Isso ocorre, por exemplo,
quando a carga aplicada no eixo é repentinamente aumentada e é maior que o
torque produzido do motor devido à falhas nos rolamentos. Essa condição
desenvolve uma corrente no motor quase que igual ao valor da corrente de rotor
bloqueado.

JAMPTOC é projetada para proteger o motor em ponto morto ou em situações de


emperramento mecânico durante o funcionamento. Para fornecer uma proteção boa
e confiável para os motores em uma situação de bloqueio, os efeitos de temperatura
no motor precisam ser mantidos dentro dos limites permitidos.

4.1.5.6 Sinais
Tabela 159: JAMPTOC - Sinais de Entrada
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 160: Sinais de saída JAMPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN Operar

172 Série 615


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4.1.5.7 Configurações
Tabela 161: Ajustes de grupos não-JAMPTOC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Valor de partida 0.10...10.00 xIn 0,01 2,50 Valor de partida
Tempo de atraso 100...120000 ms 10 2000 Tempo de atraso operacional
operacional
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 100 Tempo de atraso de reinício
reinício

4.1.5.8 Dados monitorados


Tabela 162: Dados monitorados JAMPTOC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
INÍCIO BOOLEAN 0=Falso INÍCIO
1=Verdadeiro
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
JAMPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.1.5.9 Dados técnicos


Tabela 163: JAMPTOC Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo de reset < 40 ms


Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido

Série 615 173


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4.1.6 Supervisão de perda de carga LOFLPTUC

4.1.6.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Perda da supervisão de carga LOFLPTUC 3I< 37

4.1.6.2 Bloqueio de funções

GUID-B7774D44-24DB-48B1-888B-D9E3EA741F23 V1 PT

Figura 72: Bloqueio de funções

4.1.6.3 Funcionalidade

A perda de supervisão de carga LOFLPTUC é usada para detectar uma perda


repentina de carga que é considerada como condição de defeito.

LOFLPTUC começa quando a corrente é menor que o limite estabelecido. Ela


opera com as características de tempo definitivo (DT), que significa que a função
opera após um tempo predefinido de operação e se reinicia quando a falha de
corrente desaparece.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, o temporizador definitivo ou a própria função, se desejar.

4.1.6.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de supervisão de perda de carga pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

174 Série 615


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GUID-4A6308B8-47E8-498D-A268-1386EBBBEC8F V1 PT

Figura 73: Diagrama de módulo funcional

Detector de nível 1
Este módulo compara as correntes de fase (valor RMS) com a configuração Start
value high de ajuste. Se todos os valores de corrente de fase são menores do que o
valor de Start value high , a perda de condição de carga é detectada e um sinal de
ativação é enviado para o temporizador. Este sinal é desabilitado após uma ou
várias correntes de fase terem excedido o valor de ajuste Start value high do elemento.

Detector de nível 2
Este é um módulo de detecção de corrente baixa, que monitora a condição
desenergizada do motor. Ele compara as correntes de fase (valor RMS) com a
configuração Start value low . Se quaisquer um dos valores de corrente de fase for
menor do que o valor de ajuste de Start value low, um sinal é enviado para
bloquear o funcionamento do temporizador.

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo é
de acordo com DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o ajuste de
valor pelo Tempo de espera operacional, a saída OPERATE é ativada. Se a falha
desaparecer antes do funcionamento do módulo, o temporizador de redefinição é
ativado. Se o reset do temporizador alcançar o ajuste de valor pelo Tempo de
atraso de reset, o temporizador de operação se redefine e a saída START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

O sinal BLOCK bloqueia a operação da função toda, e o temporizador é reconfigurado.

4.1.6.5 Aplicação

Quando um motor funciona com uma carga conectada, ele usa uma corrente igual
ao valor entre o valor sem carga e a corrente nominal do motor. A corrente de
carga mínima pode ser determinada por estudar as características da carga
conectada. Quando a corrente usada pelo motor é menor que a corrente de carga
mínima, infere-se que o motor esteja desconectado da carga ou que o mecanismo
de acoplamento tem falhas. Se o motor for permitido funcionar nessa condição,

Série 615 175


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pode agravar a falha no mecanismo de acoplagem ou danificar o manuseio pessoal


da máquina. Portanto, o motor precisa ser desconectado da fonte de energia assim
que a condição acima for detectada.

LOFLPTUC detecta a condição monitorando os valores de corrente e ajuda a


desconectar o motor da fonte de energia instantaneamente ou após um atraso de
acordo com o requerimento.

Quando um motor está em ponto morto, a corrente será zero e não e recomendado
ativar o desarme durante esse período. A corrente mínima usada pelo motor quando
é conectado à fonte de energia é a corrente sem carga, isto é, a corrente de maior
valor de início. Se a corrente usada é menor que a menor corrente de valor de
início, o motor é desconectado da fonte de energia. LOFLPTUC detecta esta
condição e interpreta que o motor está sem energia, descapacitando a função para
prevenir eventos de desarme desnecessários.

4.1.6.6 Sinais
Tabela 164: Sinais de entrada LOFLPTUC
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Bloquear todas as saídas binárias reiniciando os
temporizadores

Tabela 165: Sinais de saída LOFLPTUC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.1.6.7 Configurações
Tabela 166: Ajustes de grupo LOFLPTUC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor inicial baixo 0.01...0.50 xIn 0,01 0,10 Ajuste da corrente/valor inicial baixo
Valor inicial alto 0.01...1.00 xIn 0,01 0.50 Ajuste da corrente/valor inicial alto
Tempo de atraso 400...600000 ms 10 2000 Tempo de atraso operacional
operacional

176 Série 615


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Tabela 167: Ajustes de grupo não-LOFLPTUC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
reinício

4.1.6.8 Dados monitorados


Tabela 168: Dados Monitorados LOFLPTUC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
LOFLPTUC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.1.6.9 Dados técnicos


Tabela 169: LOFLPTUC T Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo inicial Típico 300 ms


Tempo de reset < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido

4.1.7 Proteção de sobrecarga térmica para motores MPTTR

4.1.7.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de sobrecarga térmica para MPTTR 3Ith>M 49M
motores

Série 615 177


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4.1.7.2 Bloco de funções

GUID-1EEED1E9-3A6F-4EF3-BDCC-990E648E2E72 V4 PT

Figura 74: Bloco de funções

4.1.7.3 Funcionalidade

A função de proteção de sobrecarga térmica do motor MPTTR protege os motores


elétricos de superaquecimento. MPTTR modela o comportamento térmico do
motor com base na corrente de carga mensurada e desconecta o motor quando o
teor térmico atinge 100%. As condições de sobrecarga térmica são mais
frequentemente as condições anormais encontradas em aplicações de motores
industriais. As condições de sobrecarga térmica são tipicamente o resultado do
aumento anormal da corrente de funcionamento do motor, que produz um aumento
na dissipação térmica do motor e temperatura ou reduz o resfriamento. MPTTR
evita que um motor elétrico retire corrente excessiva e superaqueça, que causa
falhas no isolamento prematura dos enrolamentos, e nos piores casos, a queima dos
motores.

4.1.7.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de função de proteção de sobrecarga térmica do motor pode ser


descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

I_A Seletor
I_B de corrente
I_C máxima
Calculadora Lógica de OPERATE
I2 de nível alarme e ALARM
térmico desarme
Calculadora BLK_RESTART

AMB_TEMP FCL
interna

START_EMERG
BLOCK
GUID-1E5F2337-DA4E-4F5B-8BEB-27353A6734DC V2 PT

Figura 75: Diagrama de módulo funcional

178 Série 615


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Funções de proteção

Seletor de corrente máxima


O seletor de corrente máxima da função verifica de forma contínua o mais alto
valor de corrente de fase TRMS medido. O seletor reporta o mais alto valor para o
estimador de temperatura.

Calculadora FLC interna


Corrente de carga plena (FLC) do motor é definida pelo fabricante em uma
temperatura ambiente de 40°C. Considerações especiais são exigidas com uma
aplicação na qual a temperatura ambiente de um motor excede ou permanece
abaixo de 40°C. Um motor operando em uma temperatura mais alta, mesmo se na
carga nominal ou abaixo dela, pode sujeitar as bobinas do motor à temperatura
excessiva similar àquela resultante da operação de sobrecarga em temperatura
ambiente normal. A potência do motor tem de estar apropriadamente reduzida para
operação em tais temperaturas ambientes altas. De forma similar, quando a
temperatura ambiente for consideravelmente inferior do que a nominal 40°C, o
motor pode estar levemente sobrecarregado. Para calcular o nível térmico, é melhor
que os valores FLC sejam escalados para temperaturas diferentes. As correntes em
escala são conhecidas como FLC interna. Uma FLC interna é calculada com base
na temperatura ambiente mostrada na tabela. O ajuste Modo de temperatura
ambiente define se os cálculos do nível térmico são baseados em FLC ou FLC interna.

Quando o valor do ajuste Modo de temperatura ambiente for ajustado no modo


"FLC Somente", nenhuma FLC interna é calculada. Em vez disso, a FLC dada na
planilha de dados do fabricante é usada. Quando o valor do ajuste Modo de
temperatura ambiente for ajustado no modo "Temp Amb Configurada", a FLC
interna é calculada com base na temperatura ambiente tida como uma entrada por
meio da configuração Ajuste de temperatura ambiente . Quando o ajuste Modo de
temperatura ambiente estiver no modo "Uso de entrada", a FLC interna é calculada
baseada nos dados de temperatura disponíveis por meio dos detectores de
temperatura de resistência (RTDs) usando a entrada AMB_TEMP.

O Ajuste de temperatura ambiente é usado:


• Se o valor de medição de temperatura ambiente não estiver conectado à
entrada AMB_TEMP em ACT.
• Quando a medição de temperatura ambiente conectada a MPTTR é
configurada em “Sem uso” na função RTD.
• No caso de erros ou funcionamento defeituoso na saída RTD

Série 615 179


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Tabela 170: Modificação de FLC interna


Temperatura ambiente Tamb FLC interna
<20°C FLC x 1,09
20 até <40°C FLC x (1,18 - Tamb x 0,09/20)

40°C FLC
>40 até 65°C FLC x (1 –[(Tamb -40)/100])

>65°C FLC x 0,75

A temperatura ambiente é usada para calcular o nível térmico e está disponível por
meio da visualização dos dados monitorados da saída TEMP_AMB. A ativação da
entrada BLOCK não afeta a saída TEMP_AMB.

Calculadora de nível térmico


O aquecimento do motor é determinado pelo valor ao quadrado da corrente de
carga. Entretanto, no caso de correntes de fase desequilibradas, a corrente de
sequência negativa também causa aquecimento adicional. Isso é levado em
consideração por meio do ajuste Fator de sequência negativa .

A carga térmica é calculada com base em diferentes situações ou operações, e


também depende do nível de corrente de fase. As equações usadas para os cálculos
de aquecimento são:

 I  2  I2  
2

θB =   + K2 × 
 k × I r  
  × 1− e
k × Ir  
−t /τ
(
× p% )
 
GUID-526B455A-67DD-46E7-813D-A64EC619F6D7 V2 PT (Equação 9)

 I  2  I2  
2

θA =   + K2 × 
 k × I r  
  × 1− e
k × Ir  
−t /τ
(
× 100% )
 
GUID-9C893D3E-7CAF-4EA6-B92D-C914288D7CFC V2 PT (Equação 10)

I Valor TRMS do máximo medido das correntes de fase


Ir corrente nominal estabelecida Corrente nominal, FLC ou FLC interna

I2 corrente de sequência negativa medida

k valor configurado do Fator de sobrecarga


K2 valor configurado do Fator de sequência negativa

p valor configurado do Fator de ponderação


t constante de tempo

A equação θB é usada quando os valores de todas as correntes de fase estiverem


abaixo do limite de sobrecarga, ou seja, k x Ir. A equação θA é usada quando o
valor de qualquer uma das correntes de fase exceder o limite de sobrecarga.

180 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Durante a condição de sobrecarga, a calculadora de nível térmico calcula o valor de


θB no segundo plano, e, quando a sobrecarga finalizar, o nível térmico é gerado de
forma linear a partir de θA até θB com uma velocidade de 1,66% por segundo. Para
o motor em paralisação, quando a corrente está abaixo do valor de 0,12 x Ir, o
resfriamento é expresso da seguinte forma:
−t
θ = θ02 ×e τ
GUID-2C640EA9-DF69-42A9-A6A8-3CD20AEC76BD V2 PT (Equação 11)

θ02 nível térmico inicial quando o resfriamento começa

GUID-A19F9DF2-2F04-401F-AE7A-6CE55F88EB1D V2 PT

Figura 76: Comportamento térmico

O fator de sobrecarga exigido e fator de efeito de aquecimento de corrente de


sequência negativa são configurados pelos valores dos ajustes Fator de sobrecarga
e Fator de seq negativa .

Para calcular com precisão a condição térmica do motor, diferentes constantes de


tempo são usadas nas equações acima. Essas constantes de tempo são empregadas
com base em diferentes condições de funcionamento do motor, como, por exemplo,
partida, normal ou parada, e são configuradas através dos ajustes Início de
constante de tempo, Constante de tempo normal e Parada de constante de tempo .
Somente uma constante de tempo é válida a cada vez.

Série 615 181


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Tabela 171: Constante de tempo e os valores de corrente de fase respectivos


Constante de tempo (tau) em uso Corrente de fase
Início de constante de tempo Qualquer corrente cujo valor esteja acima de 2,5
x Ir

Constante de tempo normal Qualquer corrente cujo valor esteja acima de


0,12 x Ir e que todas as correntes estejam
abaixo de 2,5 x Ir

Parada de constante de tempo Todas as correntes cujos valores estiverem


abaixo de 0,12 x Ir

O ajuste Fator p de ponderação determina a relação do aumento térmico das duas


curvas θA e θB.

O nível térmico na energização do IED é definido pelo ajuste Val térmica inicial .

O cálculo de temperatura é iniciado a partir do valor definido no ajuste Val térmica


inicial . Isso é feito se o IED estiver ligado ou a função estiver desligada e voltar ou
se restabelecer por meio do menu Clear.

A temperatura calculada do objeto protegido referente ao nível de operação, a saída


TEMP_RL, está disponível por meio da visualização de dados monitorados. A
ativação da entrada BLOCK não afeta a temperatura calculada.

O nível térmico no começo da condição de partida de um motor e no final da


condição da partida está disponível por meio da visualização de dados monitorados
nas saídas THERMLEV_ST e THERMLEV_END respectivamente. A ativação da
entrada BLOCK não tem nenhum efeito nessas saídas.

Lógica de alarme e trip


O módulo gera sinais de alarme, inibição de religamento e trip.

Quando o nível térmico excede o valor estabelecido no parâmetro Alarm thermal


value , a saída ALARM é ativada. Às vezes, a condição se origina quando se torna
necessário inibir o religamento de um motor, por exemplo, no caso de alguma
condição extrema de partida como um longo tempo de inicialização. Se o nível
térmico exceder o valor estabelecido no parâmetro Restart thermal val , a saída
BLK_RESTART é ativada. O tempo para a próxima partida do motor esta
disponível através da visualização dos dados monitorados na saída
T_ENARESTART. A saída T_ENARESTART estima o tempo para a desativação
BLK_RESTART considerando o motor como se estivesse parado.

Quando o sinal de partida de emergência START_EMERG é ajustado alto, o nível


térmico é ajustado para um valor abaixo do nível térmico de inibição de reinício.
Isso permite ao menos uma partida do motor, mesmo que o nível térmico tenha
excedido o nível de inibição de re-energização.

182 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Quando o nível térmico atinge 100%, a saída OPERATE é ativada. A saída


OPERATE é desativada quando o valor da corrente medida cai abaixo de 12% da
Rated current ou se o nível térmico cai abaixo de 100%.

A ativação da entrada BLOCK bloqueia as saídas ALARM, BLK_RESTART e


OPERATE.

Série 615 183


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Tau [s]

3840

1920

960

640

480

320

160

80

GUID-F3D1E6D3-86E9-4C0A-BD43-350003A07292 V1 PT

Figura 77: Curvas de trip quando não há carga prévia e p=20...100 %. Fator
de sobrecarga = 1,05.

184 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Tau [s]

3840

1920

80 160 320 480 640 960

GUID-44A67C51-E35D-4335-BDBD-5CD0D3F41EF1 V1 PT

Figura 78: Curvas de trip em carga prévia 1 x FLC e p=100 %, Fator de


sobrecarga = 1,05.

Série 615 185


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Tau [s]

3840

1920

960

640

480

320

80 160

GUID-5CB18A7C-54FC-4836-9049-0CE926F35ADF V1 PT

Figura 79: Curvas de trip em carga prévia 1 x FLC e p=50 %. Fator de


sobrecarga = 1,05.

186 Série 615


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Funções de proteção

4.1.7.5 Aplicação

MPTTR é projetado para limitar o nível térmico do motor para valores pré-
-determinados durante condições anormais de operação do motor . Isso evita que
haja uma falha prematura no isolamento do motor.

As condições anormais resultam em superaquecimento e incluem sobrecarga,


paradas, falha ao iniciar, alta temperatura ambiente, ventilação restrita do motor,
velocidade de operação reduzida, inicialização frequente ou emperramento,
frequência ou tensão de linha alta ou baixa, falha mecânica da carga dirigida,
instalação inadequada e desequilibrio na tensão de linha ou fase única. A proteção
de falha de isolamento pela implantação de sensores de corrente não pode detectar
algumas dessas condições, tais como ventilação restrita. De maneira semelhante, a
proteção pela detecção de temperatura sozinha pode ser inadequada em casos como
inicialização frequente ou emperramento. A proteção de sobrecarga térmica
endereça essas deficiências em boa parte ao implantar um modelo térmico de motor
com base na corrente de carga.

A carga térmica é calculada usando o valor true RMS da corrente de fase e o valor
de sequência negativa. O aquecimento do motor é determinado pelo valor ao
quadrado da corrente de carga. Entretanto, ao calcular o nível térmico, a corrente
aplicada deve ser recalculada, dependendo do valor da temperatura ambiente. Além
da corrente, a taxa na qual o motor se aquece ou resfria é governada pela constante
de tempo do motor.

Estabelecendo o fator de ponderação


Há duas curvas térmicas: uma que caracteriza as sobrecargas de curto e longo
prazo e que também é usada para desarmar e outra que é usada para monitorar a
condição térmica do motor. O valor do ajuste Fator de ponderação p determina a
proporção do aumento térmico das duas curvas.

Quando o Fator de ponderação p está em 100%, uma unidade térmica constante de


tempo única e pura é produzida e é usada para a aplicação com os cabos. Como
apresentado na Figura 80, a curva quente com o valor do Fator de ponderação p
estando em 100% somente permite um tempo de operação que é cerca de 10%
daquela sem nenhuma carga anterior. Por exemplo, quando a constante de tempo
configurado é de 640 segundos, o tempo de operação com a carga de 1 x FLC
(Corrente de Plena Carga) e fator de sobrecarga de 1,05 é somente 2 segundos,
mesmo se o motor pudesse resistir por no mínimo 5 a 6 segundos. Para permitir o
uso da capacidade total do motor, um valor menor do Fator de ponderação p deve
ser usado.

Normalmente, um valor aproximado de metade da capacidade térmica é usado


quando o motor está funcionando a plena carga. Assim, ao configurar o Fator de
ponderação p a 50 porcento, o IED notifica o uso da capacidade térmica de 45 a
50% em carga total.

Para motores de partida direta com tendências a pontos quentes, o valor do Fator
de ponderação p é tipicamente configurado em 50%, que irá adequadamente

Série 615 187


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

diferenciar entre estresse térmico de curto prazo e histórico térmico de longo prazo.
Após um período curto de estresse térmico, por exemplo a partida de um motor, o
nível térmico começa a diminuir muito rapidamente, simulando o nivelamento dos
pontos quentes. Consequentemente, a probabilidade de partidas sucessivas
permitidas aumenta.

Ao proteger os objetos sem tendências de pontos quentes, por exemplo motores


com partida a soft starter, e cabos, o valor do Fator de ponderação p é estipulado
em 100%. Com o valor do Fator de ponderação p estipulado em 100%, o nível
térmico diminui lentamente após uma condição de carga pesada. Isso faz com que a
proteção seja adequada para aplicações onde nenhum ponto quente é esperado.
Somente em casos especiais onde a proteção de sobrecarga térmica é obrigada a
seguir as características do objeto a ser protegido mais atentamente e a capacidade
térmica do objeto é muito bem conhecida, um valor entre 50 e 100% é necessário.

Para aplicações de motor onde, por exemplo, duas partidas a quente são permitidos
ao invés de três partidas frias, o valor do parâmetro Fator de ponderação p a 40%
foi provado como sendo útil. Configurar o valor do Fator de ponderação p
significativamente abaixo de 50% deve ser feito com cuidado, pois há a
possibilidade de sobrecarregar o objeto protegido conforme a unidade térmica
possa permitir muitas partidas a quente, ou o histórico térmico do motor não tenha
sido levado suficientemente em consideração.

188 Série 615


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Funções de proteção

Carga
negativa

GUID-B6F9E655-4FFC-4B06-841A-68DADE785BF2 V1 PT

Figura 80: A influência do Fator de ponderação p na carga prévia 1xFLC,


constante de tempo = 640 seg, e Fator de sobrecarga = 1.05

Série 615 189


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Funções de proteção

Configurar o fator de sobrecarga


O valor do Fator de sobrecarga define a maior carga contínua permitida. O valor
recomendado é 1,05.

Configurar o fator de sequência negativa


Durante a condição de desequilibrio, a simetria das correntes de estatores é
perturbada e uma corrente de componente de sequência negativa contra-rotacional
é configurada. Uma corrente de estator aumentada causa aquecimento adicional no
estator e um aquecimento excessivo da corrente de componente de sequência
negativa no rotor. Também, problemas mecânicos como a vibração do rotor podem
ocorrer.

A causa mais comum de distúrbio para motores trifásicos é a perda de fase


resultante de um fusível, conector ou condutor aberto. Muitas vezes, problemas
mecânicos podem ser mais graves que os efeitos de aquecimento, e portanto, uma
proteção de desequilíbrio separada é usada.

Desequilíbrios em outras cargas conectadas na mesma barra também podem afetar


o motor. Um desequilíbrio de tensão tipicamente produz de 5 a 7 vezes um maior
desequilíbrio de corrente. Como a proteção de sobrecarga térmica é baseada no
maior valor True RMS da corrente de fase, o aquecimento adicional no
enrolamento do estator é automaticamente considerado. Para modelagem térmica
mais precisa, o parâmetro de Fator de sequência negativa é usado para considerar
o efeito de aquecimento do rotor.
RR 2
Fator de seq negativa =
RR1
GUID-EA5AD510-A3CA-47FB-91F0-75D7272B654E V1 PT (Equação 12)

RR2 resistência de sequência negativa de rotor

RR1 resistência de sequência positiva de rotor

Uma estimativa conservadora para a configuração pode ser calculada:


175
Fator de seq negativa = 2
I LR
GUID-13CE37C5-295F-41D4-8159-400FA377C84C V1 PT

ILR corrente de rotor bloqueado (múltiplo da Corrente avaliada). O mesmo que a corrente de partida
no início da partida do motor.

Por exemplo, se a corrente nominal de um motor é 230 A, a corrente de partida é


5,7 x In,

190 Série 615


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Funções de proteção

175
Fator de seq negativa = = 5.4
5.7 2
GUID-DF682702-E6B1-4814-8B2E-31C28F3A03DF V1 PT

Configurar o nível de re-partida térmica


O nível bloqueio de re-partida pode ser calculado a seguir:

GUID-5B3B714D-8C58-4C5D-910D-A23852BC8B15 V1 PT (Equação 13)

Por exemplo, o tempo de partida do motor é de 11 segundos, corrente de partida 6


x corrente nominal e Início de constante de tempo é configurado para 800
segundos. Usando a curva de desarme sem nenhuma carga prévia, o tempo de
operação a 6 x a corrente nominal é de 25 segundos, uma partida de motor usa
11/25 ≈ 45% da capacidade térmica do motor. Portanto, o nível de desabilitação de
re-partida deve ser configurado abaixo de 100% - 45% = 55%, por exemplo a 50%
(100% - (45% + margem), onde a margem é de 5%).

Configurar o nível de alarme térmico


O desarmamento devido a uma grande sobrecarga é evitado reduzindo a carga do
motor em um alarme anterior.

O valor do Valor do alarme térmico é configurado a um nível que permita o uso da


capacidade térmica total do motor sem causar um desarmamento devido a um
grande tempo de sobrecarga. Geralmente, o nível de alarme prévio é configurado
em um valor de 80 a 90% do nível de desarme.

4.1.7.6 Sinais
Tabela 172: Sinais de entrada MPTTR
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de


bloqueio
Início_EMERG BOOLEAN 0=Falso Sinal que indica a necessidade de início
emergencial
TEMP_AMB FLOAT32 0 A temperatura ambiente utilizada no cálculo

Série 615 191


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Funções de proteção

Tabela 173: Sinais de saída MPTTR


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN Operar
ALARME BOOLEAN Alarme térmico
BLK_RESTART BOOLEAN Indicação de sobrecarga térmica para inibição da
reiniciação

4.1.7.7 Configurações
Tabela 174: Configurações de grupo MPTTR
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Fator de sobrecarga 1.00...1.20 0,01 1,05 Fator de sobrecarga (k)
Valor do alarme térmico 50.0...100.0 % 0,1 95,0 Nível térmico acima da função ativa um
alarme
Reinicie o valor térmico 20.0...80.0 % 0,1 40,0 Nível térmico acima da função inibe o
reinício do motor
Fator de sequência 0.0...10.0 0,1 0,0 Fator de efeito de aquecimento para
negativa corrente de sequência negativa
Fator de ponderação p 20.0...100.0 % 0,1 50,0 Fator de ponderação (p)
Constante de tempo 80...4000 s 1 320 Monitore o tempo constante durante a
normal operação normal do motor
Constante de tempo de 80...4000 s 1 320 Monitore o tempo constante durante o
partida início do motor
Constante de tempo de 80...8000 s 1 500 Monitore o tempo constante durante a
parada inatividade do motor
Modo de temperatura 1=Somente FLC 1=Somente FLC Modo de medição da temperatura
ambiente 2=Use entrada ambiente
3=Ajuste da
temperatura
ambiente
Ajuste de temperatura -20.0...70.0 °C 0,1 40,0 Temperatura ambiente utilizada quando
ambiente nenhuma medição de temperatura
externa está disponível

Tabela 175: Ajuste de grupo não MPTTR


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Corrente nominal 0.30...2.00 xIn 0,01 1.00 Corrente avaliada (FLC) do motor
Val térmica inicial 0.0...100.0 % 0,1 74.0 Nível térmico inicial do motor

192 Série 615


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4.1.7.8 Dados monitorados


Tabela 176: Dados monitorados MPTTR
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
TEMP_RL FLOAT32 0.00...9.99 Temperatura calculada
do objeto protegido
relativo ao nível de
operação
THERMLEV_ST FLOAT32 0.00...9.99 Nível térmico no início
da partida do motor
THERMLEV_END FLOAT32 0.00...9.99 Nível térmico no fim da
partida do motor
T_ENARESTART INT32 0...99999 s Tempo estimado para
reiniciar o bloqueio
MPTTR Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado
Therm-Lev FLOAT32 0.00...9.99 Nível térmico do objeto
protegido (1,00 é o nível
de operação)

4.1.7.9 Dados técnicos


Tabela 177: MPTTR dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

Medição de corrente: ±1,5% do valor ajustado


ou ±0,002 x In (na correntes na faixa de 0,01…
4,00 x In)

Precisão do tempo de operação1) ±2,0% do valor teórico ou ±0,50 s

1) Sobrecarga da corrente> 1.2 x Nível de temperatura da operação

4.1.7.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 178: Histórico de revisão técnica de MPTTR
Revisão técnica Alteração
B Inseriu uma nova entrada AMB_TEMP.
Inseriu uma nova seleção para o parâmetro
Modo de temperatura ambiente "Use input".

Série 615 193


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4.2 Proteção de falha à terra

4.2.1 Proteção de falha à terra não direcional EFxPTOC

4.2.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de falha à terra não EFLPTOC Io> 51N-1
direcional - estágio baixo
Proteção de falha à terra não EFHPTOC Io>> 51N-2
direcional - estágio alto
Proteção de falha à terra não EFIPTOC Io>>> 50N/51N
direcional - estágio instantâneo

4.2.1.2 Bloco de funções

EFLPTOC EFHPTOC EFIPTOC


Io OPERATE Io OPERATE Io OPERATE
BLOCK START BLOCK START BLOCK START
ENA_MULT ENA_MULT ENA_MULT

A070432 V2 PT

Figura 81: Bloco de funções

4.2.1.3 Funcionalidade

A função de falha à terra EFxPTOC é usado como falha à terra não direcional para
alimentadores.

A função se inicia e opera quando a corrente residual excede o limite. O tempo


operacional para EFLPTOC de estágio baixo e o EFHPTOC de estágio alto podem
ser selecionados para estarem tanto em tempo definido (TD) ou tempo mínimo
definido inverso (IDMT). A fase instantânea do EFIPTOC sempre opera com a
característica TD.

No modo DT, a função opera após um tempo pré-definido de operação e é


reajustada quando a falha de corrente desaparece. O modo IDMT fornece
características de temporizador dependente de corrente.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

4.2.1.4 Princípio de operação

194 Série 615


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Funções de proteção

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobrecorrente residual não-direcional fases pode ser


descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

Detector Temporizador

de
nível

Lógica de
bloqueio

A070437 V3 PT

Figura 82: Diagrama de módulo funcional. Io representa a corrente residual.

Detector de nível
A grandeza de operação pode ser selecionada com o ajuste Io signal Sel. As opções
selecionáveis são "Measured Io" e "Calculated Io". A grandeza de operação é
comparada ao ajuste Valor inicial. Se o valor medido exceder o ajuste do Valor
inicial, o detector de nível envia um sinal de ativação para o módulo temporizador.
Se a entrada ENA_MULT estiver ativa, a configuração do Valor de partida será
multiplicada pelo ajuste do Mult. do valor de ação .

O IED não aceita a configuração do Start value ou Pickup value


Mult se o produto dessas configurações exceder a faixa de
configuração do Start value .

A multiplicação do start value normalmente termina quando a função de detecção


de inrush (INRPHAR) é conectada a entrada ENA_MULT.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa, por sua vez, a saída START. Dependendo
do valor da configuração do Tipo de curva operacional , as características de
tempo estarão de acordo com DT ou IDMT. Quando o temporizador operacional
tiver alcançado o valor do Tempo de atraso operacional no modo DT ou o valor
máximo definido pela curva de tempo inversa, a entrada OPERATE será ativada.

Quando a curva IDMT programável pelo usuário é selecionada, as características


de tempo operacional são definidas pelos parâmetros. Parâmetro de curva A,
Parâmetro de curva B, Parâmetro de curva C, Parâmetro de curva D e Parâmetro
de curva D.

Se houver uma situação de drop-off, ou seja, uma falha desaparecer repentinamente


antes de o atraso operacional ser excedido, o estado de redefinição do temporizador
será ativado. A funcionalidade do temporizador no estado de redefinição depende

Série 615 195


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

da combinação das configurações do Tipo de curva operacional, Tipo de curva de


redefinição e Tempo de atraso de redefinição . Quando as características de DT
forem selecionadas, o temporizador de redefinição será executado até que o valor
do Tempo de atraso de redefinição seja excedido. Quando as curvas IDMT forem
selecionadas, a configuração do do Tipo de curva de redefinição poderá ser
ajustada para "Immediate", "Def time reset" ou "Inverse reset". O tipo de curva de
redefinição "Immediate" causa uma reconfiguração imediata. Com o tipo de curva
de redefinição "Def time reset", o tempo de redefinição depende da configuração
do Tempo de atraso de reajuste . Com o tipo de curva de redefinição "Inverse
reset", o tempo de reconfiguração depende da corrente durante a situação de drop-
-off. A saída START será desativada quando o temporizador de reajuste tiver passado.

A seleção de "Inverse reset" só é suportada com ANSI ou tipos


programáveis pelo usuário das curvas operacionais de IDMT. Se
outra curva operacional for selecionada, uma redefinição imediata
acontecerá durante a situação de drop-off.

A configuração do Multiplicador de tempo é utilizada para escalonar os tempos


operacionais e de reajuste de IDMT.

O parâmetro de configuração Tempo operacional mínimo define o tempo mínimo


de funcionamento para IDMT. A configuração só é aplicável quando as curvas
IDMT são utilizadas.

A configuração do Tempo operacional mínimo deverá ser utilizada


com muito cuidado, pois o tempo operacional ocorre de acordo com
a curva IDMT, mas sempre, no mínimo, o valor da configuração do
Tempo operacional mínimo . Para mais informações, veja a seção
General function block features neste manual.

O temporizador calcula o valor de duração de partida START_DUR, que indica a


razão percentual da situação de partida e o tempo de operação definido. O valor
fica disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

196 Série 615


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4.2.1.5 Modos de medição

A função opera em três modos de medição alternativos: "RMS", "DFT" e "Pico-a-


-Pico". O modo de medição é selecionado com a configuração do Modo de
medição .

Tabela 179: Modos de medição suportados pelos estágios EFxPTOC


Modo de medição Modos de medição suportados
EFLPTOC EFHPTOC EFIPTOC
RMS x x
DFT x x
Pico-a-Pico x x x

Para uma descrição detalhada dos modos de medição, ver a seção


Características gerais do bloco de funções neste manual.

4.2.1.6 Características do temporizador

EFxPTOC suporta caracteristicas TD e IDMT. O usuário pode selecionar as


características do temporizador com o Tipo de curva operacional e Tipo de curva
de reset . Quando a caracteristica TD é selecionada, é apenas afetada pela
configuração de Tempo de atraso operacional e Reset do atraso de tempo.

O IED fornece 16 curvas características IDMT, das quais sete estão em


conformidade com a norma IEEE C37.112 e seis com a norma IEC 60255-3. Duas
curvas acompanham as características especiais da práxis ABB e são conhecidas
como RI e RD. Além disso, uma curva programável pelo usuário pode ser usada se
nenhuma das curvas-padrão forem aplicáveis. O usuário pode escolher a
característica de TD ao selecionar os valores do Tipo de curva operacional "ANSI
Def. Time" ou "IEC Def. Time". A funcionalidade é idêntica em ambos os casos.

As seguintes características, que estão em conformidade com a lista nas


especificações IEC 61850-7-4, indicam as características suportadas em diferentes
etapas:

Tabela 180: As características do temporizador suportadas em diferentes etapas


Tipo de curva operacional Suportadas por
EFLPTOC EFHPTOC
(1) ANSI Extremamente x x
Inverso
(2) ANSI Muito Inverso x
(3) ANSI Normalmente x x
Inverso
(4) ANSI Moderadamente x
Inverso
(5) ANSI Tempo definido x x
Tabela continua na próxima página

Série 615 197


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Funções de proteção

Tipo de curva operacional Suportadas por


EFLPTOC EFHPTOC
(6) Tempo Longo x
Extremamente Inverso
(7) Tempo Longo Muito x
Inverso
(8) Tempo Longo Inverso x
(9) IEC Normal Inverso x x
(10) IEC Muito inverso x x
(11) IEC Inverso x
(12) IEC Extremamente x x
Inverso
(13) IEC Tempo curto inverso x
(14) IEC Tempo Longo x
Inverso
(15) IEC Tempo definido x x
(17) Curva programável do x x
usuário
(18) Tipo RI x
(19) Tipo RD x

EFIPTOC suporta apenas caracteristica de tempo definido.

Para uma descrição detalhada dos temporizadores, vide a seção


Características gerais dos blocos de função deste manual.

Tabela 181: Redefinir as características do tempo suportadas por diferentes fases.


Tipo de curva de reset Suportadas por
EFLPTOC EFHPTOC Nota
(1) Imediata x x Disponível para todas
as curvas de tempo
operacionais
(2) Reset do tempo x x Disponível para todas
definido as curvas de tempo
operacionais
(3) Reset inverso x x Disponível apenas
para ANSI e curvas
programáveis do
usuário

198 Série 615


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Funções de proteção

O parâmetro Tipo de curva de reset não se aplica a EFIPTOC ou


quando a operação TD é selecionada. O reset é definido apenas pelo
Tempo de atraso de reset .

4.2.1.7 Aplicação

EFxPTOC é projetado para proteção e neutralização de falhas à terra nas redes de


distribuição e sub-transmissão, onde o ponto de neutro é isolado ou aterrado
através de uma bobina de ressonância ou por meio de baixa resistência. Também se
aplica a redes solidamente aterradas e proteção contra falha à terra de diferentes
equipamentos ligados aos sistemas de energia, tais como banco de capacitores ou
reatores shunt e para a proteção de backup contra falha à terra de transformadores
de potência.

Muitas aplicações exigem diversos passos utilizando diferentes níveis de início e


atrasos de tempo. PHxPTOC51P/50P consiste de três estágios de proteção:
• Baixo (EFLPTOC)
• Alto (EFHPTOC)
• Instantâneo (EFIPTOC).

EFLPTOC contém diversos tipos de características de atraso de tempo. EFHPTOC


e EFIPTOC são utilizados para rápida depuração de sérias falhas à terra.

4.2.1.8 Sinais
Tabela 182: Sinais de entrada EFLPTOC
Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente

Tabela 183: Sinais de Entrada EFHPTOC


Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente

Tabela 184: Sinais de Entrada EFIPTOC


Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente

Série 615 199


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Tabela 185: Sinais de saída EFLPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Tabela 186: Sinais de saída EFHPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Tabela 187: Sinais de saída EFIPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.2.1.9 Configurações
Tabela 188: Configurações de grupo EFLPTOC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.010...5.000 xIn 0.005 0,010 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tabela continua na próxima página

200 Série 615


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 2=ANSI Very inv. Tempo atrasado
3=ANSI Norm. inv.
4=ANSI Mod. inv.
5=ANSI Def.
Tempo
6=L.T.E. inv.
7=L.T.V. inv.
8=L.T. inv.
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
11=IEC inv.
12=IEC Ext. inv.
13=IEC S.T. inv.
14=IEC L.T. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
18=RI type
19=RD type
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa

Tabela 189: Nenhum ajuste de grupo EFLPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo operacional 20...60000 ms 1 20 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
redefinição
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Seleção do sinal Io 1= Io medido 1= Io medido Seleção para sinal Io utilizado
2= Io calculado

Série 615 201


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Tabela 190: Configuração de Grupo EFHPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.10...40.00 xIn 0,01 0,10 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 3=ANSI Norm. inv. Tempo atrasado
5=ANSI Def.
Tempo
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
12=IEC Ext. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa

Tabela 191: Nenhum ajuste de grupo EFHPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo operacional 20...60000 ms 1 20 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
redefinição
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Seleção do sinal Io 1= Io medido 1= Io medido Seleção para sinal Io utilizado
2= Io calculado

202 Série 615


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Tabela 192: Configurações de grupo EFIPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 1.00...40.00 xIn 0,01 1.00 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Tempo de atraso 20...200000 ms 10 20 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 193: Nenhum ajuste de grupo EFIPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
reinício
Io sinal Sel 1= Io medido 1= Io medido Seleção para sinal Io utilizado
2= Io calculado

4.2.1.10 Dados monitorados


Tabela 194: Dados Monitorados EFLPTOC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
EFLPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Tabela 195: Dados Monitorados EFHPTOC


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
EFHPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Série 615 203


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Tabela 196: Dados Monitorados EFIPTOC


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
EFIPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.2.1.11 Dados técnicos


Tabela 197: Dados técnicos EFxPTOC
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

EFLPTOC ±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

EFHPTOC ±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In


e (nas correntes na faixa de 0,1…10 x In)
EFIPTOC ±5,0% do valor ajustado
(nas correntes na faixa de 10…40 x In)

Tempo de partida 1)2) Mínimo Típico Máximo


EFIPTOC:
IFalta = 2 x ajuste Valor 16 ms 19 ms 23 ms
de partida 11 ms 12 ms 14 ms
IFalta = 10 x ajuste
Valor de partida
EFHPTOC e
EFLPTOC: 22 ms 24 ms 25 ms
IFalta = 2 x ajuste Valor
de partida
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardamento < 30 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5,0% do valor teórico ou ±20 ms 3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos RMS: Sem supressão
DFT: -50 dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…
Pico a pico: Sem supressão

1) Modo de medição = padrão (depende do estágio), corrente antes da falta = 0,0 x In, fn = 50 Hz,
corrente de falta à terra com frequência nominal injetada no ângulo de fase aleatório, resultados
com base na distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinalização
3) Máximo Valor de partida = 2,5 x In, Valor de partida multiplica na faixa de 1,5 a 20

204 Série 615


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4.2.1.12 Histórico de revisão técnica


Tabela 198: Histórico de revisão do EFIPTOC
Revisão técnica Alteração
B Os valores mínimo e padrão alterados para 40
ms para a definição do Tempo de atraso
operacional .
C Valores mínimo e padrão alterado para 20 ms
para a configuração Tempo de atraso
operacional .
Valor mínimo modificado para 1.00 x In para o
ajuste do Valor de partida .
D Adição de parâmetro de ajuste para a seleção
de "Uo Medido" ou "Uo Calculado"

Tabela 199: Histórico de revisão do EFHPTOC


Revisão técnica Alteração
B Valores mínimo e padrão alterado para 40 ms
para a configuração Tempo de atraso
operacional .
C Adição de parâmetro de ajuste para a seleção
de "Uo Medido" ou "Uo Calculado"

Tabela 200: Histórico de revisão do EFLPTOC


Revisão técnica Alteração
B Os valores mínimo e padrão alterados para 40
ms para a configuração Tempo de atraso
operacional .
C Valor de partida modificada para 0.005
D Adição de parâmetro de ajuste para a seleção
de "Uo Medido" ou "Uo Calculado"

4.2.2 Proteção contra falha à terra direcional DEFxPDEF

4.2.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de falha à terra direcional - DEFLPDEF Io>-> 67N-1
Estágio baixo
Proteção de falha à terra direcional - DEFHPDEF Io>>-> 67N-2
Estágio alto

4.2.2.2 Bloco de funções

Série 615 205


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A070433 V2 PT

Figura 83: Bloco de funções

4.2.2.3 Funcionalidade

A função de falha à terra DEFxPDEF é usada como proteção de falha à terra


direcional para alimentadores.

A função tem início e opera quando a quantidade operacional (corrente) e a


quantidade de polarização (tensão) ultrapassam os limites ajustados e o ângulo
entre elas fica no interior do setor operacional estabelecido. As características do
tempo de operação para estágio baixo (DEFLPDEF) e a estágio elevado
(DEFHPDEF) podem ser selecionadas para ser ou o tempo definido (DT), ou o
tempo mínimo inverso definido (IDMT).

No modo DT, a função opera após um tempo pré-definido de operação e é


reajustada quando a falha de corrente desaparece. O modo IDMT fornece
características de temporizador dependente de corrente.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

4.2.2.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobrecorrente residual direcional pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados mas próximas seções.

206 Série 615


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A070438 V3 PT

Figura 84: Diagrama de módulo funcional. Io e Uo representam a corrente e a


tensão residuais. I2 e U2 representam os componentes de
sequência negativa para corrente e tensão.

Detector de nível
A grandeza de operação (corrente residual) pode ser selecionada com a
configuração Io signal Sel (Seleção do sinal Io). As opções selecionáveis são
"Measured Io" e "Calculated Io", respectivamente. A grandeza de polarização pode
ser selecionada com a configuração Pol signal Sel (Seleção de sinal de
polarização). As opções selecionáveis são "Measured Io", "Calculated Io" e "Neg.
seq. volt". A grandeza de operação é comparada ao ajuste do Valor de partida e a
grandeza de polarização é comparada ao ajuste do Valor de partida de tensão. Se
ambos os limites forem excedidos, o detector de nível enviará um sinal de ativação
para o módulo do temporizador. Quando a configuração Habilitar o limite de
tensão for ajustada para "False", o Valor de partida de tensão não terá efeito algum
e a detecção de nível será puramente baseada na quantidade de operações. Se a
entrada ENA_MULT estiver ativa, o ajuste do Valor de partida será multiplicada
pela configuração da Mult. do valor de ação .

Se a configuração Enable voltage limit for ajustada para "True", a


grandeza de polarização é verificada mesmo se o Modo direcional
for ajustado para "Non-directional" (não direcional) ou Allow Non
Dir ( Permitir Não Direcional) for configurado para "True". O IED
não aceita a configuração do Valor de partida ou Pickup value Mult
se o produto dessas configurações exceder a faixa de configuração
do Start value .

Normalmente, a entrada ENA_MULT está conectada à função de detecção de inrush


INRHPAR. Em caso de inrush, INRPHAR ativa a entrada ENA_MULT, que
multiplica a configuração do Start value pelo Start value Mult .

Cálculo direcional
O módulo de cálculo direcional monitora o ângulo entre a quantidade de
polarização e quantidade operacional. Dependendo da configuração Pol signal Sel,

Série 615 207


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a quantidade de polarização pode ser a tensão residual (medida ou calculada) ou a


tensão de sequência negativa. Quando o ângulo estiver no setor de operação, o
módulo envia o sinal habilitador para o módulo do temporizador.

O nível de sinal mínimo que permite a operação direcional pode ser configurado
por meio das configurações Min operate current e Min operate voltage .

Se a Pol signal Se for ajustada para "Measured Uo" ou "Calculated Uo", a corrente
residual e a tensão residual serão usadas para cálculo direcional.

Se a Pol signal Sel estiver configurada em "Neg. seq. volt", a corrente de sequência
negativa e tensão de sequência negativa são usadas para cálculo direcional.

A seguinte convenção é usada nos diagramas fasoriais representando a operação de


DEFxPDEF: A polaridade da quantidade de polarização (Uo ou U2) é revertida, ou
seja, a quantidade de polarização nos diagramas fasoriais ou é -Uo ou -U2. A
reversão é feita por meio da troca da polaridade do canal de medição de corrente
residual (veja o diagrama de conexão no manual de aplicação). De forma parecida,
a polaridade do Io e I2 calculados é trocada também.

Para definir o setor de operação, há cinco modos disponíveis por meio do ajuste
Operation mode .

Tabela 201: Modos operacionais


Modos operacionais Descrição
Ângulo de fase Os setores operacionais para avançado e
reverso são definidos com as configurações Min
forward angle, Max forward angle, Min reverse
angle e Max reverse angle.
IoSin Os setores operacionais são definidos como
"forward" quando |Io| x sin (ANGLE, ÂNGULO)
tiver valor positivo, e "reverse" quando o valor
for negativo. ANGLE é a diferença de ângulo
entre -Uo e Io.
IoCos Como modo "IoSin". Apenas o co-seno é usado
para calcular a corrente de operação.
Ângulo de fase 80 Os valores máximos de setor são congelados
em 80 graus, respectivamente. Somente Min
forward angle e Min reverse angle são
configuráveis.
Ângulo de fase 88 Os valores máximos de setor são congelados
em 88 graus. Do contrário, como modo "Ângulo
de fase 80".

A seleção de quantidade de polarização "Neg. seq. volt." está


disponível no modo de operação "Ângulo de fase".

A direcionalidade da operação pode ser selecionada com a configuração Modo


direcional . O usuário pode selecionar a operação "Non-directional", "Forward" ou
"Reverse". O critério de operação é selecionado com a configuração Operation

208 Série 615


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mode . Ao configurar Allow Non Dir (Permitir Não Direcional) para "True", a
operação não direcional será permitida quando as informações de direcionalidade
forem inválidas, ou seja, quando a magnitude da quantidade de polarização for
menor do que o valor da configuração Min operate voltage (tensão mínima de
operação) .

Se a configuração Enable voltage limit (Habilitar o limite de


tensão) for ajustado para "True" (Verdadeiro), a magnitude da
quantidade de polarização será verificada mesmo se o Modo
direcional for ajustado para "Non-directional" (Não direcional) ou
Allow Non Dir (Permitir Não Direcional) para "True".

A configuração Ângulo característico é usada no modo "Ângulo de fase" para


ajustar a operação de acordo com o método de aterramento do ponto neutro, de
forma que, em uma rede isolada, o Ângulo característico (φRCA) = -90°, e, em uma
rede compensada, φRCA = 0°. Além disso, o ângulo característico pode ser mudado
por meio do sinal de controle RCA_CTL. RCA_CTL afeta a configuração do
Ângulo característico .

A configuração do Ângulo de correção pode ser usada para melhorar a


seletividade, quando houver falta de precisão devida a transformadores de medição.
A configuração diminui o setor de operação. A correção só pode ser usda com os
modos "IoCos" ou "IoSin".

A polaridade da quantidade de polarização pode ser revertida ao ajustar a Pol


Reversal (Reversão de polaridade) em "Verdadeira", o que muda a quantidade de
polarização em 180 graus.

Para definições de diferentes características direcionais de fuga à


terra, veja a seção sobre Características de falha à terra direcional ,
neste manual.

O módulo de cálculo direcional calcula diversos valores que são apresentados nos
dados monitorados.

Série 615 209


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Tabela 202: Valores de dados monitorados


Valores de dados monitorados Descrição
FAULT_DIR A direção detectada de falha durante situações
de fuga, ou seja, quando a saída START estiver
ativa.
DIREÇÃO A saída de indicação de direção operacional
momentânea.
ANGLE Também chamado de ângulo operacional,
mostra a diferença de ângulo entre a quantidade
de polarização (Uo, U2) e quantidade
operacional (Io, I2).

ANGLE_RCA A diferença de ângulo entre o ângulo


operacional e o Characteristic angle, ou seja,
ANGLE_RCA = ANGLE – Characteristic angle.
I_OPER A corrente que é usada para detecção de falha.
Se a configuração do Operation mode for
"Phase angle", "Phase angle 80" ou "Phase
angle 88", I_OPER será a corrente residual
medida ou calculada. Se a configuração do
Operation mode for "IoSin", I_OPER será
calculado da seguinte forma: I_OPER = Io x
sin(ANGLE). Se a configuração do Operation
mode for "IoCos", I_OPER será calculado da
seguinte forma: I_OPER = Io x cos(ANGLE).

Valores de dados monitorados são acessíveis em LHMI ou por meio de ferramentas


via comunicações.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa, por sua vez, a saída START. Dependendo
do valor da configuração do Tipo de curva operacional , as características de
tempo estarão de acordo com DT ou IDMT. Quando o temporizador operacional
tiver alcançado o valor do Tempo de atraso operacional no modo DT ou o valor
máximo definido pela curva de tempo inversa, a entrada OPERATE será ativada.

Quando a curva IDMT programável pelo usuário é selecionada, as características


de tempo operacional são definidas pelos parâmetros. Parâmetro de curva A,
Parâmetro de curva B, Parâmetro de curva C, Parâmetro de curva D e Parâmetro
de curva D.

Se houver uma situação de drop-off, ou seja, uma falha desaparecer repentinamente


antes de o atraso operacional ser excedido, o estado de redefinição do temporizador
será ativado. A funcionalidade do temporizador no estado de redefinição depende
da combinação das configurações do Tipo de curva operacional, Tipo de curva de
redefinição e Tempo de atraso de redefinição . Quando as características de DT
forem selecionadas, o temporizador de redefinição será executado até que o valor
do Tempo de atraso de redefinição seja excedido. Quando as curvas IDMT forem
selecionadas, a configuração do do Tipo de curva de redefinição poderá ser
ajustada para "Immediate", "Def time reset" ou "Inverse reset". O tipo de curva de
redefinição "Immediate" causa uma reconfiguração imediata. Com o tipo de curva
de redefinição "Def time reset", o tempo de redefinição depende da configuração

210 Série 615


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do Tempo de atraso de reajuste . Com o tipo de curva de redefinição "Inverse


reset", o tempo de reconfiguração depende da corrente durante a situação de drop-
-off. A saída START será desativada quando o temporizador de reajuste tiver passado.

A seleção de "Inverse reset" só é suportada com ANSI ou tipos


programáveis pelo usuário das curvas operacionais de IDMT. Se
outra curva operacional for selecionada, uma redefinição imediata
acontecerá durante a situação de drop-off.

A configuração do Multiplicador de tempo é utilizada para escalonar os tempos


operacionais e de reajuste de IDMT.

O parâmetro de configuração Tempo operacional mínimo define o tempo mínimo


de funcionamento para IDMT. A configuração só é aplicável quando as curvas
IDMT são utilizadas.

A configuração do Tempo operacional mínimo deverá ser utilizada


com muito cuidado, pois o tempo operacional ocorre de acordo com
a curva IDMT, mas sempre, no mínimo, o valor da configuração do
Tempo operacional mínimo . Para mais informações, veja a seção
General function block features neste manual.

O temporizador calcula o valor de duração de partida START_DUR, que indica a


razão percentual da situação de partida e o tempo de operação definido. O valor
fica disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.2.2.5 Princípios contra falhas à terra direcionais

Em muitos casos é difícil atingir a proteção seletiva contra falha à terra baseada
somente na grandeza da corrente residual. Para obter um esquema de proteção
seletiva contra falha à terra, é necessário levar em conta o ângulo de fase de Io. Isso
é feito através da comparação do ângulo de fase da grandeza de operação e de
polarização.

Série 615 211


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Ângulo característico do relé


O Ângulo característico, também conhecido como Ângulo Característico do Relé
(RCA), Ângulo de Base do Relé ou Ângulo de Torque Máximo (MTA), é usado no
modo "Ângulo de Fase" para girar a característica direcional, se o ângulo esperado
de corrente com falha não coincidir com a grandeza de polarização para produzir o
torque máximo. Ou seja, RCA é o ângulo entre a linha de torque máximo e a
grandeza de polarização. Se a grandeza de polarização está em fase com a linha de
torque máximo, RCA é 0 grau. O ângulo é positivo se a corrente de operação atrasa
grandeza de polarização e negativo se ela adianta a grandeza de polarização.

Exemplo 1.

O modo do "Ângulo de Fase" é de rede selecionada, compensada (φRCA = 0 grau)

=> Ângulo característico = 0 grau

GUID-829C6CEB-19F0-4730-AC98-C5528C35A297 V2 PT

Figura 85: Definição do ângulo característico de relé, RCA = 0 grau em uma


rede compensada

Exemplo 2.

O modo do "Ângulo de Fase" é selecionado, rede solidamente aterrada (φRCA =


+60 graus)

=> Ângulo característico = +60 graus

212 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

GUID-D72D678C-9C87-4830-BB85-FE00F5EA39C2 V2 PT

Figura 86: Definição do ângulo característico de relé, RCA = +60 graus em


uma rede solidamente aterrada

Exemplo 3.

O modo do "Ângulo de Fase" é selecionado, rede isolada (φRCA = -90 graus)

=> Ângulo característico = -90 graus

Série 615 213


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-67BE307E-576A-44A9-B615-2A3B184A410D V2 PT

Figura 87: Definição de ângulo característico de relé, RCA = -90 graus em


uma rede isolada

Proteção de falha à terra direcional em uma rede neutra isolada


Em redes isoladas, não existe nenhuma conexão intencional entre o ponto neutro
do sistema e a ligação terra. A única conexão é através de capacitâncias fase-terra
(C0) de resistências de fuga e de fases (R0). Isso significa que a corrente residual é
principalmente capacitiva e tem uma defasagem de fase de –90 graus em
comparação com a tensão de polarização. Consequentemente, o ângulo
característico de relé (RCA) deve ser ajustado para -90 graus e os critérios
operacionais para "IoSin" ou "Phase angle" (ângulo de fase). A largura do setor
operacional nos critérios do ângulo de fase pode ser selecionada com as
configurações de Ângulo direto mínimo, Ângulo direto máximo, Ângulo reverso
mínimo ou Ângulo reverso máximo. A figura 88 ilustra um circuito equivalente
simplificado para uma rede não aterrada com uma falha à terra na fase C.

Para definições de diferentes características direcionais de falha à


terra, verPrincípios de falha à terra direcionais .

214 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

A070441 V1 PT

Figura 88: Situação de falha à terra em uma rede isolada

Proteção de falha à terra direcional em uma rede compensada


Em redes compensadas, a corrente capacitiva de falha e a corrente de bobina de
ressonância indutiva compensam uma a outra. A proteção não pode ser baseada na
medição de corrente reativa, uma vez que a corrente da bobina de compensação
perturbaria a operação dos relés. Nesse caso, a seletividade é baseada na medição
do componente ativo da corrente. Muitas vezes, a grandeza desse componente é
pequena e deve ser aumentada por meio de um resistor paralelo no equipamento de
compensação. Ao medir a parte resistiva da corrente residual, o ângulo
característico de relé (RCA) deve ser ajustado para 0 grau e os critérios de
operação para "IoSin" ou "Ângulo de fase". A figura 89 ilustra um circuito
equivalente simplificado para uma rede compensada com uma falha à terra na fase
C.

A070444 V2 PT

Figura 89: Situação de falha à terra em uma rede compensada

A bobina de Petersen ou o resistor de aterramento podem ficar temporariamente


fora de operação. Para manter o esquema de proteção seletiva, é necessário
atualizar a configuração de ângulo característico adequadamente. Isso pode ser

Série 615 215


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Funções de proteção

feito com uma entrada auxiliar no relé que recebe um sinal a partir de uma chave
auxiliar do seccionador da bobina de Petersen em redes compensadas. Como
resultado, o ângulo característico é definido automaticamente para se adequar ao
método de aterramento utilizado. A entrada RCA_CTL pode ser usada para alterar
os critérios operacionais, como descrito na Tabela 203 e Tabela 204:

Tabela 203: Controle de ângulo característico de relé nos critérios operacionais de Iosin(φ) e
Iocos(φ)
Modo operacional : RCA_CTL = FALSE RCA_CTL = TRUE
Iosin Modo de funcionamento real: Modo de funcionamento real:
Iosin Iocos
Iocos Modo de funcionamento real: Modo de funcionamento real:
Iocos Iosin

Tabela 204: Controle do ângulo característico no modo de funcionamento do ângulo de fase


Ângulo RCA_CTL = FALSE RCA_CTL = TRUE
característico
configuração
-90° φRCA = -90° φRCA = 0°

0° φRCA = 0° φRCA = -90°

Uso da extensão da característica do ângulo de fase


O método tradicional de adaptação da função de proteção de falha à terra direcional
às condições de aterramento de neutro atuais é feito por meio da configuração do
Ângulo característico . Em uma rede sem aterramento, o Ângulo característico é
ajustado para -90 graus e em uma rede compensada Ângulo característico é
ajustado para 0 grau. Caso o método de aterramento da rede esteja
temporariamente alterado de compensada para não aterrada devido à desconexão
da bobina de supressão de arco, a configuração do Ângulo característico deve ser
modificada proporcionalmente. Isso pode ser feito usando os grupos de ajustes ou a
entrada RCA_CTL. Alternativamente, o setor de operação da função de proteção
contra falha à terra direcional pode ser prolongado até abranger os setores de
operação dos dois princípios de aterramento de neutro. Essa característica é válida
tanto para redes sem ligação à terra quanto para redes compensadas e não requer
qualquer modificação caso o aterramento de neutro mude temporariamente de rede
não aterrada para compensada ou vice-versa.

A extensão da característica do ângulo de fase é criada ao se inserir um valor de


cerca de 90 graus para a configuração do Ângulo direto mínimo ; um valor típico é
de 170 graus (Ângulo reverso mínimo caso o Modo direcional seja ajustado para
"Reverse"). A configuração do Ângulo direto máximo deve ser ajustada para
abranger as possíveis imprecisões de medição de transformadores de corrente e
tensão, um valor típico é 80 graus (Ângulo reverso máximo caso o Modo direcional
seja ajustado para "Reverse").

216 Série 615


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A070443 V3 PT

Figura 90: Prolongamento da área de operação em proteção de falha à terra


direcional

4.2.2.6 Modos de medição

A função opera em três modos de medição alternativos: "RMS", "DFT" e "Peak-to-


-Peak". O modo de medição é selecionado com a configuração dos Modos de
medição .

Tabela 205: Modos de medição suportados pelas etapas DEFxPDEF


Modo de medição Modos de medição suportados
DEFLPDEF DEFHPDEF
RMS x x
DFT x x
Pico-a-Pico x x

Para uma descrição detalhada dos modos de medição, ver a seção


Características gerais do bloco de funções neste manual.

Série 615 217


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4.2.2.7 Características do temporizador

DEFxPDEF suporta tanto características de DT quanto de IDMT.O usuário pode


selecionar as características do temporizador com o Tipo de curva operacional .

O IED fornece 16 curvas de características IDMT, das quais sete estão em


conformidade com a norma IEEE C37.112 e seis com a norma IEC 60255-3. Duas
curvas acompanham as características especiais da práxis ABB e são conhecidas
como RI e RD. Além disso, uma curva programável pelo usuário pode ser usada se
nenhuma das curvas-padrão forem aplicáveis. O usuário pode escolher a
característica de DT ao selecionar os valores do Tipo de curva operacional "ANSI
Def. Time" ou "IEC Def. Time". A funcionalidade é idêntica em ambos os casos.

As seguintes características, que estão em conformidade com a lista nas


especificações IEC 61850-7-4, indicam as características suportadas em diferentes
etapas:

Tabela 206: Características do temporizador suportadas em diferentes etapas


Tipo de curva operacional Suportadas por
DEFLPDEF DEFHPDEF
(1) ANSI Extremamente x x
Inverso
(2) ANSI Muito Inverso x
(3) ANSI Normalmente x x
Inverso
(4) ANSI Moderadamente x
Inverso
(5) ANSI Tempo definido x x
(6) Tempo Longo x
Extremamente Inverso
(7) Tempo Longo Muito x
Inverso
(8) Tempo Longo Inverso x
(9) IEC Normal Inverso x
(10) IEC Muito inverso x
(11) IEC Inverso x
(12) IEC Extremamente x
Inverso
(13) IEC Espaço curto de x
tempo inverso
(14) IEC Tempo Longo x
Inverso
(15) IEC Tempo definido x x
(17) Curva programável do x x
usuário
(18) Tipo RI x
(19) Tipo RD x

218 Série 615


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Para uma descrição detalhada dos temporizadores, veja a seção


Características gerais do bloco de funções deste manual.

Tabela 207: Redefinir as características do tempo suportadas por diferentes fases.


Redefinir o tipo de Suportadas por
curva DEFLPDEF DEFHPDEF Nota
(1) Imediata x x Disponível para todas
as curvas de tempo
operacionais
(2) Def time reset x x Disponível para todas
(Reconfiguração do as curvas de tempo
tempo def.) operacionais
(3) Reconfiguração x x Disponível apenas
inversa para ANSI e curvas
programáveis do
usuário

4.2.2.8 Características de falha à terra direcional

Caraterística do ângulo de fase


O critério de operação do ângulo de fase é selecionado com a configuração do
Modo operacional usando o valor "Ângulo de fase".

Quando o critério do ângulo de fase é usado, a função indica com a saída


DIRECTION se a grandeza de operação está dentro do setor de operação direto ou
reverso ou então dentro do setor não direcional.

Os setores direto e reverso são definidos separadamente. A área de operação direta


é limitada pelo Ângulo direto mínimo e Ângulo direto máximo . A área de operação
reversa é limitada pelo Ângulo reverso mínimo e Ângulo reverso máximo .

Os limites do setor são sempre dados como valores de grau positivo.

Na área de operação direta, a configuração Ângulo direto máximo fornece o setor


de sentido horário e a configuração do Ângulo avançado mínimo ,
proporcionalmente, o setor de sentido anti-horário, medido a partir do Ângulo
característico .

Na área de operação reversa, a configuração do Ângulo reverso máximo fornece o


setor em sentido horário e a configuração do Ângulo reverso mínimo ,
proporcionalmente, o setor de sentido anti-horário, medido a partir do
complemento da configuração do Ângulo característico (defasagem de fase em 180
graus).

Série 615 219


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O ângulo característico do relé (RCA) será ajustado para positivo se a corrente de


operação retardar a grandeza de polarização. Ele será ajustado para negativo, se
conduzir a grandeza de polarização.

Zona operante posterior


Ângulo posterior mínimo

Ângulo posterior mínimo

Ângulo posterior máximo

Zona não operante

Ângulo reverso máximo

Ângulo reverso mínimo

Corrente operante mínima


Zona operante anterior

GUID-92004AD5-05AA-4306-9574-9ED8D51524B4 V2 PT

Figura 91: Setores de operação configuráveis em característica de ângulo de


fase

Tabela 208: Direção de operação momentânea


Direção de falha O valor para DIREÇÃO
O ângulo entre a grandeza de polarização e a de 0 = desconhecido
operação não está em qualquer um dos setores
definidos.
O ângulo entre a grandeza de polarização e a de 1= direto
operação está no setor direto.
O ângulo entre a grandeza de polarização e a de 2 = em sentido contrário
operação está no setor reverso.
O ângulo entre a grandeza de polarização e a de 3 = ambos
operação está nos setores direto e reverso, isto
é, os setores estão sobrepostos.

Se o sinal Permitir não dir para "Falsa", a operação direcional (direta, reversa) não
será permitida quando a quantidade medida de polarização ou de operação não
forem válidas, ou seja, sua grandeza estiver abaixo dos valores mínimos

220 Série 615


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estabelecidos. Os valores mínimos podem ser definidos com as configurações Min


operate current e Min operate voltage. Em caso de baixas grandezas, as saídas
FAULT_DIR e DIRECTION são ajustadas para 0 = desconhecido, a não ser
quando a configuração Permitir não dir for "Verdadeira". Nesse caso, a função está
autorizada a operar tanto no modo direcional como no não direcional, uma vez que
a informação direcional é válida.

Critérios Iosin(φ) e Iocos(φ)


Uma abordagem mais moderna da proteção direcional é a medição de corrente
ativa ou reativa. A característica operacional da operação direcional depende do
princípio de aterramento da rede. O critério Iosin(φ) é usado em uma rede isolada,
medindo o componente reativo da corrente com falha causada pela capacitância do
aterramento. O critério Iocos(φ) é usado em uma rede compensada, medindo o
componente ativo da corrente com falha.

Os critérios de funcionamento de Iosin(φ) e Iocos(φ) são selecionados a partir da


configuração do Modo operacional utilizando os valores "IoSin" ou "IoCos",
respectivamente.

A configuração de correção de ângulo pode ser usada para melhorar a seletividade.


O ajuste diminui o setor de operação. A correção só pode ser usada com o critério
Iosin(φ) ou Iocos(φ). A entrada RCA_CTL é usada para alterar a característica de Io:

Tabela 209: Controle de ângulo característico de relé nos critérios operacionais de Iosin(φ) e
Iocos(φ)
Modo operacional: RCA_CTL = "Falso" RCA_CTL = "Verdadeiro"
IoSin Critério real de operação: Critério real de operação:
Iosin(φ) Iocos(φ)
IoCos Critério real de operação: Critério real de operação:
Iocos(φ) Iosin(φ)

Quando o critério Iosin(φ) ou Iocos(φ) é utilizado, o componente indica uma falha


do tipo a direta ou reversa através das saídas FAULT_DIR e DIRECTION, onde 1
é igual a uma falha direta e 2 é igual a uma falha reversa. A operação direcional
não é permitida (a configuração Permitir não dir é "Falsa") quando a grandeza
medida de polarização ou de operação não for válida, ou seja, sua grandeza estiver
abaixo dos valores mínimos estabelecidos. Os valores mínimos podem ser
definidos com as configurações Min operate current e Min operate voltage. Em
caso de baixas grandezas, as saídas FAULT_DIR e DIRECTION são ajustadas
para 0 = desconhecido, a não ser quando a configuração Permitir não dir for
"Verdadeira". Nesse caso, a função está autorizada a operar tanto no modo
direcional como no não direcional, uma vez que a informação direcional é válida.

A corrente calculada de Iosin(φ) ou Iocos(φ) usada na determinação de direção


pode ser lida através de dados monitorados I_OPER. O valor pode ser transmitido
diretamente a um elemento seletivo, que fornece os sinais finais de partida e operação.

Série 615 221


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Os dados monitorados I_OPER fornecem um valor absoluto da


corrente calculada.

Os seguintes exemplos mostram as características dos diferentes critérios


operacionais:

Exemplo 1.

Critério Iosin(φ) selecionado, defeito do tipo direto

=> FAULT_DIR = 1

GUID-560EFC3C-34BF-4852-BF8C-E3A2A7750275 V2 PT

Figura 92: Característica de operação de Iosin(φ) em falha direta

O setor de operação é limitado pela Correção de Ângulo, ou seja, o setor de


operação corresponde a 180 graus - 2* (Correção de Ângulo).

Exemplo 2.

Critério Iosin(φ) selecionado, defeito do tipo reverso

=> FAULT_DIR = 2

222 Série 615


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GUID-10A890BE-8C81-45B2-9299-77DD764171E1 V2 PT

Figura 93: Característica de operação de Iosin(φ) em falha reversa

Exemplo 3.

Critério Iocos(φ) selecionado, defeito do tipo direto

=> FAULT_DIR = 1

GUID-11E40C1F-6245-4532-9199-2E2F1D9B45E4 V2 PT

Figura 94: Característica de operação de Iocos(φ) em falha direta

Exemplo 4.

Série 615 223


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Critério Iocos(φ) selecionado, defeito do tipo reverso

=> FAULT_DIR = 2

grau
Zona operante
posterior

Corrente
operante
mínima

Zona não
operante

Ângulo
de correção

Zona operante
anterior locos

GUID-54ACB854-F11D-4AF2-8BDB-69E5F6C13EF1 V2 PT

Figura 95: Característica de operação de Iocos(φ) em falha reversa

Ângulo de fase 80
O ângulo de fase 80 do critério de funcionamento é selecionado com a
configuração do Modo operacional ao usar o valor "Ângulo de Fase 80".

O ângulo de fase 80 implementa a mesma funcionalidade do ângulo de fase, mas


com as seguintes diferenças:
• As configurações do Ângulo direto máximo e Ângulo reverso máximo não
podem ser definidas, mas elas têm um valor fixo de 80 graus
• Os limites do setor dos setores fixos são arredondados.

O arredondamento do setor é usado para anular os erros de medição de TC em


baixas amplitudes de correntes. Quando a amplitude da corrente cai abaixo de três
por cento da corrente nominal, o setor é reduzido para 70 graus na parte lateral de
setor fixo. Isso torna a proteção mais seletiva, o que significa que os erros de
medição do ângulo de fase não levam a uma operação indevida.

Não há nenhum arredondamento no outro lado do setor.

224 Série 615


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GUID-EFC9438D-9169-4733-9BE9-6B343F37001A V2 PT

Figura 96: Característica de operação para ângulo de fase 80

Io / % de In

10
Ângulo avançado 80 graus
9
mínimo
8
7
6
Zona operacional
4
3 3% de In
70 graus
2
Zona 1 1% de In
não
operacional
-90 -75 -60 -45 -30 -15 0 15 30 45 60 75 90
GUID-49D23ADF-4DA0-4F7A-8020-757F32928E60 V2 PT

Figura 97: Amplitude de ângulo de fase 80 (Modo direcional = Direto)

Ângulo de fase 88
O critério de operação do ângulo de fase 88 é selecionado com a configuração do
Modo operacional usando o valor "Ângulo de Fase 88".

Série 615 225


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O ângulo de fase 88 implementa a mesma funcionalidade do ângulo de fase, mas


com as seguintes diferenças:
• As configurações do Ângulo direto máximo e Ângulo reverso máximo não
podem ser definidas, mas elas têm um valor fixo de 88 graus
• Os limites do setor dos setores fixos são arredondados.

O arredondamento do setor no ângulo de fase 88 consiste de três partes:


• Se a amplitude de corrente estiver entre 1...20 por cento da corrente nominal, o
limite do setor irá aumentar de modo linear de 73 para 85 graus
• Se a amplitude de corrente estiver entre 20...100 por cento da corrente
nominal, o limite do setor irá aumentar de modo linear de 85 para 88 graus
• Se a amplitude de corrente for maior do que 100 por cento da corrente
nominal, o limite do setor será de 88 graus.

Não há nenhum arredondamento no outro lado do setor.

GUID-0F0560B7-943E-4CED-A4B8-A561BAE08956 V2 PT

Figura 98: Característica de operação para ângulo de fase 88

226 Série 615


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Io / % of In
88graus
100 100% de In
Ângulo avançado mínimo
90
80
70
Zona de Operação
50
40
30 85graus
20 20% de In
10 73graus
Zona de
1% de In
não operação
-90 -75 -60 -45 -30 -15 0 15 30 45 60 75 90
GUID-F9F1619D-E1B5-4650-A5CB-B62A7F6B0A90 V2 PT

Figura 99: Amplitude de ângulo de fase 88 (Modo direcional = Direto)

4.2.2.9 Aplicação

A proteção de falha à terra direcional (DEFxPDEF) é designada para proteção e


para eliminação de falhas à terra e para proteção de falha à terra de equipamentos
diversos conectados a sistemas de energia, tais como bancos de capacitores shunt
ou bobinas shunt, e ainda para proteção de backup de falha à terra de
transformadores de potência.

Muitas aplicações exigem várias etapas utilizando diferentes níveis de partida de


corrente e atrasos de tempo. DEFxPDEF consiste de duas fases diferentes:
• baixa (DEFLPDEF)
• alta (DEFHPDEF)

DEFLPDEF contém vários tipos de características de atraso de tempo. DEFHPDEF


é usada para eliminação rápida de falhas à terra graves.

A proteção pode ser baseada no critério do ângulo de fase com extensão do setor de
operação. Ele também pode ser baseada na medição, quer do Iosin da peça reativa
(φ), quer dos Iocos da peça ativa (φ) da corrente residual. Em redes isoladas ou em
redes com aterramento de alta impedância, a corrente de falta fase-terra é
significativamente menor do que as correntes de curto-circuito. Além disso, a
magnitude da corrente de falha é quase independente da localização da falha na rede.

A função usa os Iocos (φ) ou Iosin (φ) dos componentes da corrente residual de
acordo com o método de aterramento, onde φ é o ângulo entre a corrente residual e
a tensão residual de referência (-Uo). Em redes compensadas, o critério do ângulo
de fase com a extensão do setor de operação também pode ser usado. Quando o
ângulo RCA de sequência de relé for 0 grau, o quadrante negativo do setor de
operação pode ser prolongado com a configuração do Ângulo avançado mínimo . O

Série 615 227


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setor de operação pode ser ajustado entre 0 e -180 graus, de modo que o setor de
operação total seja de +90 a -180 graus. Em outras palavras, o setor pode ser de até
270 graus de largura. Isso permite que as configurações de proteção permaneçam a
mesma quando a bobina de ressonância é desconectada do local entre o ponto de
neutro e a ligação de terra.

O aterramento de neutro do sistema serve para proteger os funcionários e os


equipamentos e para reduzir a interferência, por exemplo, em sistemas de
telecomunicações. O aterramento de neutro estabelece desafios para sistemas de
proteção, especialmente para proteção contra falhas de aterramento.

Em redes isoladas, não existe nenhuma conexão intencional entre o ponto de neutro
do sistema e a ligação de terra. A única conexão é através de capacitâncias fase-
-terra (C0) de resistências de fuga e de fases (R0). Isso significa que a corrente
residual é principalmente capacitiva e tem uma defasagem de fase de –90 graus em
comparação com a tensão residual (-Uo). O ângulo característico é de -90 graus.

Em redes de aterramento de ressonância, a corrente capacitiva com falha e a


corrente indutiva da bobina compensam uma a outra. A proteção não pode ser
baseada na medição de corrente reativa, uma vez que a corrente da bobina de
compensação perturbaria a operação dos relés. Nesse caso, a seletividade é baseada
na medição do componente ativo da corrente. Isso significa que a corrente residual
é principalmente resistiva e tem uma defasagem de fase zero em comparação com a
tensão residual (-Uo) e o ângulo característico é 0 grau. Muitas vezes a grandeza
desse componente é pequena e deve ser aumentada por meio de um resistor
paralelo no equipamento de compensação.

Em redes onde o ponto de neutro é ligado à terra através de baixa resistência, o


ângulo característico é também de 0 grau (para o ângulo de fase).
Alternativamente, pode ser usada a operação de Iocos(φ).

Em redes solidamente aterradas, o ângulo característico é geralmente ajustado para


+60 graus para o ângulo de fase. Alternativamente, a operação Iosin(φ) pode ser
usada com uma quantidade de polarização reversa. A quantidade de polarização
pode ser rotacionada em 180 graus, ao ajustar o parâmetro Pol reversal
(Polarização reversa) para "True" (Verdadeiro) ou ao mudar a polaridade dos cabos
de medição de tensão residual. Embora a operação Iosin(φ) possa ser usada em
redes solidamente aterradas, é recomendado o ângulo de fase.

Conexão de medição de transformadores em aplicações com falha à


terra direcional
A corrente residual Io pode ser medida com um transformador de corrente com
núcleo balanceado ou a conexão residual dos sinais de corrente de fase. Se o ponto
neutro da rede é isolado ou ligado à terra com impedância elevada, recomenda-se
um transformador de corrente com núcleo balanceado para ser usado na proteção
de falha à terra. Para garantir precisão suficiente das medições de corrente residual
e, consequentemente, a seletividade do esquema, os transformadores de corrente
com núcleo balanceado devem ter relação de transformação de, no mínimo, 70:1.

228 Série 615


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Relações mais baixas de transformação, tais como 50:1 ou 50:5 não são
recomendadas.

Deve-se ficar atento para se certificar de que os transformadores de medição estão


conectados corretamente, de modo que DEFxPDEF seja capaz de detectar, sem
falhas, a direção da corrente com falha. Como a falha à terra direcional utiliza
corrente e tensão residuais (-Uo), os pólos dos transformadores de medição devem
corresponder entre si e, da mesma forma, a direção da corrente com falha. Também
o aterramento da isolação do cabo deve ser levado em consideração quando se
utilizam transformadores de corrente de núcleo balanceado. A figura seguinte
descreve como a transformadores de medição podem ser conectados ao IED.

A070697 V2 PT

Figura 100: Conexão de transformadores de medição

4.2.2.10 Sinais
Tabela 210: Sinais de Entrada DEFLPDEF
Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Uo SIGNAL 0 Tensão residual
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente
RCA_CTL BOOLEAN 0=Falso Controle de ajuste do ângulo característico do relé

Série 615 229


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Tabela 211: DEFHPDEF - Sinais de Entrada


Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Uo SIGNAL 0 Tensão residual
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio
ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente
RCA_CTL BOOLEAN 0=Falso Controle de ajuste do ângulo característico do relé

Tabela 212: Sinais de saída DEFLPDEF


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Tabela 213: Sinais de saída DEFHPDEF


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.2.2.11 Configurações
Tabela 214: Configurações de grupo DEFLPDEF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.010...5.000 xIn 0.005 0,010 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Modo direcional 1=Não-direcional 2=Para frente Modo direcional
2=Para frente
3=Reverso
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tabela continua na próxima página

230 Série 615


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 2=ANSI Very inv. Tempo atrasado
3=ANSI Norm. inv.
4=ANSI Mod. inv.
5=ANSI Def.
Tempo
6=L.T.E. inv.
7=L.T.V. inv.
8=L.T. inv.
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
11=IEC inv.
12=IEC Ext. inv.
13=IEC S.T. inv.
14=IEC L.T. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
18=RI type
19=RD type
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa
Tempo de atraso 60...200000 ms 10 60 Tempo de atraso operacional
operacional
Modo operacional 1=Ângulo de fase 1=Ângulo de fase Critério de operação
2=IoSin
3=IoCos
4=Ângulo de fase
80
5=Ângulo de fase
88
Ângulo característico -179...180 deg 1 -90 Ângulo característico
Ângulo direto máximo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase máximo em direção
avançada
Ângulo reverso máximo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase máxima em direção
inversa
Ângulo direto mínimo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
avançada
Ângulo reverso mínimo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
inversa
Valor de partida de 0.010...1.000 xUn 0,001 0,010 Valor de partida de tensão
tensão
Habilitar o limite de 0=Falso 1=Verdadeiro Habilitar o limite de tensão
tensão 1=Verdadeiro

Série 615 231


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Tabela 215: DEFLPDEF Nenhum ajuste do grupo


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reset
reinício
Tempo operacional 60...60000 ms 1 60 Tempo mínimo de operação para as
mínimo curvas IDMT
Permitir não dir 0=Falso 0=Falso Permissão da ativação prot como non-
1=Verdadeiro -dir quando dir info for inválido
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Corrente mínima de 0.005...1.000 xIn 0,001 0.005 Corrente mínima de operação
operação
Tensão mínima de 0.01...1.00 xUn 0,01 0,01 Tensão operacional mínima
operação
Ângulo de correção 0.0...10.0 deg 0,1 0,0 Correção do ângulo
Reversão de polaridade 0=Falso 0=Falso Quantidade de polarização rotativa
1=Verdadeiro
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Seleção do sinal Io 1= Io medido 1= Io medido Seleção para sinal Io utilizado
2= Io calculado
Pol signal Sel 1= Uo medido 1= Uo medido Seleção para sinal de polarização
2= Uo calculado utilizado
3=tens. seq. neg.

Tabela 216: Configurações de grupo DEFHPDEF


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.10...40.00 xIn 0,01 0,10 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Modo direcional 1=Não-direcional 2=Para frente Modo direcional
2=Para frente
3=Reverso
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tabela continua na próxima página

232 Série 615


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 3=ANSI Norm. inv. Tempo atrasado
5=ANSI Def.
Tempo
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa
Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Modo operacional 1=Ângulo de fase 1=Ângulo de fase Critério de operação
2=IoSin
3=IoCos
4=Ângulo de fase
80
5=Ângulo de fase
88
Ângulo característico -179...180 deg 1 -90 Ângulo característico
Ângulo direto máximo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase máximo em direção
avançada
Ângulo reverso máximo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase máxima em direção
inversa
Ângulo direto mínimo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
avançada
Ângulo reverso mínimo 0...180 deg 1 80 Ângulo de fase mínima em direção
inversa
Valor de partida de 0.010...1.000 xUn 0,001 0,010 Valor de partida de tensão
tensão
Habilitar o limite de 0=Falso 1=Verdadeiro Habilitar o limite de tensão
tensão 1=Verdadeiro

Tabela 217: DEFHPDEF Nenhum ajuste do grupo


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reset
reinício
Tempo operacional 40...60000 ms 1 40 Tempo mínimo de operação para as
mínimo curvas IDMT
Permitir não dir 0=Falso 0=Falso Permissão da ativação prot como non-
1=Verdadeiro -dir quando dir info for inválido
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
3=Pico a pico
Corrente mínima de 0.005...1.000 xIn 0,001 0.005 Corrente mínima de operação
operação
Tabela continua na próxima página

Série 615 233


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tensão mínima de 0.01...1.00 xUn 0,01 0,01 Tensão operacional mínima
operação
Ângulo de correção 0.0...10.0 deg 0,1 0,0 Correção do ângulo
Reversão de polaridade 0=Falso 0=Falso Quantidade de polarização rotativa
1=Verdadeiro
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Seleção do sinal Io 1= Io medido 1= Io medido Seleção para sinal Io utilizado
2= Io calculado
Pol signal Sel 1= Uo medido 1= Uo medido Seleção para sinal de polarização
2= Uo calculado utilizado
3=tens. seq. neg.

4.2.2.12 Dados monitorados


Tabela 218: Dados Monitorados DEFLPDEF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
FALHA_DIR Enum 0=desconhecido Direção de falha
1=para frente detectada
2=para trás
3=ambos
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
DIREÇÃO Enum 0=desconhecido Informação de direção
1=para frente
2=para trás
3=ambos
ANGLE_RCA FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo entre o ângulo
operante e o ângulo
característico
ÂNGULO FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo entre polarização
e quantidade operante
I_OPER FLOAT32 0.00...40.00 Corrente operante
calculado
DEFLPDEF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

234 Série 615


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Tabela 219: Dados Monitorados DEFHPDEF


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
FALHA_DIR Enum 0=desconhecido Direção de falha
1=para frente detectada
2=para trás
3=ambos
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
DIREÇÃO Enum 0=desconhecido Informação de direção
1=para frente
2=para trás
3=ambos
ANGLE_RCA FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo entre o ângulo
operante e o ângulo
característico
ÂNGULO FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo entre polarização
e quantidade operante
I_OPER FLOAT32 0.00...40.00 Corrente operante
calculado
DEFHPDEF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.2.2.13 Dados técnicos


Tabela 220: Dados técnicos DEFxPDEF
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

DEFLPDEF Corrente:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In
Tensão
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un
Ângulo de fase:
±2°
DEFHPDEF Corrente:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In
(nas correntes na faixa de 0,1…10 x In)
±5,0% do valor ajustado
(nas correntes na faixa de 10…40 x In)
Tensão:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un
Ângulo de fase:
±2°
Tabela continua na próxima página

Série 615 235


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Característica Valor
Tempo inicial 1)2) Mínimo Típico Máximo
DEFHPDEF
IFalta = 2 x ajuste Valor 42 ms 44 ms 46 ms
de partida
DEFLPDEF 61ms 64 ms 66 ms
IFalha = 2 x ajuste Valor
de partida
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardamento < 30 ms
Precisão do tempo em funcionamento no modo ±1.0% do valor de ajuste ou ±20 ms
de tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5,0% do valor teórico ou ±20 ms 3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos RMS: Sem supressão
DFT: -50 dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…
Pico a pico: Sem supressão

1) Modo de medição = padrão (depende do estágio), corrente antes da falta = 0,0 x In, fn = 50 Hz,
corrente de falta à terra com frequência nominal injetada no ângulo de fase aleatório, resultados
com base na distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinalização
3) Valor inicial máximo = 2,5 x In, O valor inicial multiplica na faixa de 1,5 a 20

4.2.2.14 Histórico de revisão técnica


Tabela 221: Histórico de revisão técnica de DEFHPDEF
Revisão técnica Alteração
B Valor máximo alterado para 180 graus para o
ajuste do Ângulo direto máximo .
C Adicionado um parâmetro de configuração para
o parâmetro de seleção e configuração
"Mesured Io" (Io medida) ou "Calculated Io" (Io
calculada) para a seleção para polarização
"Mesured Uo", "Calculated Uo" ou "Neg. Seq.
Volts" (tensão de sequência negativa). Tempo
de atraso operacional e Tempo operacional
mínimo alterados de 60 ms para 40 ms. Os
valores pré-definidos do setor mudaram de 88
para 80 graus.

236 Série 615


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Tabela 222: Histórico de revisão técnica de DEFLPDEF


Revisão técnica Alteração
B Valor máximo alterado para 180 graus para o
ajuste do Ângulo direto máximo .
Valor de partida modificada para 0,005
C Adicionado um parâmetro de configuração para
o parâmetro de seleção e configuração
"Mesured Io" ou "Calculated Io" para a seleção
para polarização "Mesured Uo", "Calculated Uo"
ou "Neg. Seq. Volts" (tensão de sequência
negativa). Os valores pré-definidos do setor
mudaram de 88 para 80 graus.

4.2.3 Proteção contra falha à terra transitória/intermitente


INTRPTEF

4.2.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de falha à terra transitória/ INTRPTEF Io> ->IEF 67NIEF
intermitente

4.2.3.2 Bloco de funções

A070663 V2 PT

Figura 101: Bloco de funções

4.2.3.3 Funcionalidade

A proteção de falha à terra de medição transiente/intermitente INTRPTEF é uma


função baseada em amostras projetadas para a proteção e limpeza de falhas à terra
permanentes e intermitentes na distribuição e sub-redes de transporte. A detecção
de falhas é feita a partir dos sinais residuais de tensão e corrente por meio do
monitoramento dos transientes com critério pré-definido.

As características do tempo de operação estão de acordo com tempo definido (TD).

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. O bloqueio desativa todas as


saídas e redefine os temporizadores.

4.2.3.4 Princípio de operação

Série 615 237


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Funções de proteção

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção transitória/intermitente de falhas à terra pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

Io Lógica
Temporizador 1
OPERATE
Detector
indicação t
transitório
Uo de falha START

Temporizador 2
Detector
de BLK_EF
nível

BLOCK
A070661 V3 PT

Figura 102: Diagrama de módulo funcional. Io e Uo são representações de


corrente e tensão residual.

Detector de nível
O módulo de detector de nível é utilizado somente quando o Modo operacional é
"Transient EF". O módulo compara a tensão residual medida ao ajuste Valor de
partida de tensão. Se o valor medido exceder o ajuste do Valor de partida de
tensão, o módulo relata o excedente do valor à lógica de indicação de falhas.

Detector de transitório
O módulo detector de transitório é utilizado para detectar transitórios nos sinais de
corrente residual e de tensão residual. Existem critérios predefinidos para os sinais
Io e Uo para detectar itens transitórios e suas direções. Os itens transitórios que
atendem aos critérios são relatados à lógica de indicação de falhas separadamente
para Io e Uo.

Lógica de indicação de falha


Dependendo da configuração Operation mode, O INTRPTEF tem dois modos
independentes para detectar falhas à terra. O modo "Transient EF" é utilizado para
detectar todos os tipos de falhas à terra. O modo "Intermittent EF" é utilizado para
a detecção de falhas à terra intermitentes em redes de cabo

A proteção de falha à terra tradicional deve ser sempre utilizada em


paralelo com a função INTRPTEF.

A lógica do módulo de indicação de falha verifica se os transientes detectados


correspondem aos critérios estabelecidos pela configuração Directional mode .
Quando o valor de ajuste "Forward" é usado, significando que a falha está no cabo
de alimentação a partir do ponto de vista IED, a correspondência pode ser feita
apenas se a direção da transientes em ambos Io e Uo forem positivas ou negativas.

238 Série 615


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Quando a definição do valor "Reverse" é usado, o que significa que,


respectivamente, a falha é na rede de fundo, a correspondência é feita apenas se a
direção dos transientes não é igual (um positivo e um negativo). Se a direção não
tem nenhuma importância, o valor "não direcional" pode ser selecionado.

A direção falha detectada (FAULT_DIR) está disponível por meio da visualização


de dados monitorados no LHMI ou por meio de ferramentas via comunicações.

No modo "Transient EF", quando o início do transitório da falha é detectada e o


nível Uo excede o ajuste Voltage start value, o temporizador 1 é ativado. O
temporizador 1 é mantido ativado até que o nível Uo exceda o valor definido ou em
caso de uma queda, a duração drop-off é mais curta do que o ajuste Reset delay
time.

No modo "Intermittent EF" o temporizador 1 é ativado a partir do transiente


detectado pela primeira vez. Quando uma quantidade necessária de falhas de terra
intermitentes transientes ajustadas com o Peak counter limit são detectadas, sem a
função ser resetada (depende do tempo de queda de off-set com o Reset delay time ,
a saída START é ativada. O temporizador 1 é mantido ativado enquanto transientes
estão ocorrendo durante o tempo em queda Reset delay time

Temporizador 1
A característica de tempo é de acordo com DT. Quando o temporizador tiver
alcançado o valor ajustado por Tempo de atraso operacional e no
modo"intermitente EF" de pelo menos uma transiente é detectado durante o ciclo
de queda, a função "OPERAR" é ativada. No modo "Transiente EF" , o ajuste
"OPERAR" é ativado após operar o tempo se a tensão residual exceder o ajuste
Valor de partida de tensão. A ativação do sinal BLOCK redefine o temporizador e
desativa as saídas START e OPERATE.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Temporizador 2
Se a função é usada no modo direcional e um sentido oposto transitório é
detectado, a saída BLK_EF é ativada para o tempo de atraso fixo de 25 ms. Se a
saída START é ativada quando BLK_EFfor ativado, o ajuste BLK_EF é desativado.
O ajuste BLK_EF é ativado somente no modo"Intermitente EF".

A ativação do sinal BLOCK redefine o temporizador e desativa a saída BLK_EF

4.2.3.5 Aplicação

INTRPTEF é uma função de falha à terra dedicada a operar em falhas intermitentes


e permanentes que ocorram em redes de distribuição e sub-transmissão. A detecção
de falhas é feita a partir dos sinais residuais de tensão e corrente por meio do
monitoramento dos transientes com critério pré-definido. Uma vez que a função

Série 615 239


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tem um propósito dedicado aos tipos de falhas, a rápida detecção e apuração das
falhas pode ser alcançada.

Falha à terra intermitente


A falha à terra intermitente é um tipo especial de falha que é encontrada
especialmente em redes compensadas com cabos subterrâneos. Uma razão típica
para este tipo de falha é a deterioração do isolamento dos cabos, seja por esforço
mecânico ou envelhecimento do material de isolamento onde a água ou a umidade
gradualmente penetram no isolamento dos cabos. Isto eventualmente reduz a
tensão suportável do isolamento, levando a uma série de falhas de isolamento do
cabo. A falha é iniciada enquanto a tensão de fase a terra exceder o nível reduzido
de isolamento do ponto de falha e praticamente se extingue enquanto que a
corrente de falha cai para zero pela primeira vez, conforme mostrado na Figura
103. Como resultado, transientes muito curtos, ou seja, mudanças rápidas na forma
de picos de corrente residual (Io) e na tensão residual (Uo), pode ser medida
repetidamente. Normalmente, a resistência de falha, no caso de uma falha
intermitente à terra é apenas de poucos ohms .

Corrente resudual Io e tensão residual Uo


BOBINA COMP.
Iov
Re (Corrente
de falha)
K 0.1
Voltagem Residual x 10 (kV)

Alimentador Alimentador Medição


2
Corrente Residual (kA)

Entrada
0

Uo
Ictot Ioj Iov -0.1 Uo
Largura de pulso
400 - 800 s
Ponto de -0.2
UUtres R Ioj
tres f
Falha Intervalo de pulso
(Alimentador 5 - 300 ms
defeituoso)
-0.3 Valor pico
~0.1 ... 5 kA
GUID-415078AD-21B3-4103-9622-712BB88F274A V2 PT

Figura 103: Características típicas de falha à terra intermitente

Falhas à terra Transientes


Em geral, falhas à terra geram transientes em correntes e tensões. Há vários fatores
que afetam a magnitude e a frequência desses transientes, tais como o momento de
falha na onda de tensão, localização da falha, a resistência à falhas e os parâmetros
dos alimentadores e transformadores alimentadores. Na iniciação de falha, a tensão
da fase defeituosa diminui e a capacitância correspondente é descarregada para
terra (-> descarga transiente). Ao mesmo tempo, as tensões do aumento de fases
saudáveis e as capacitâncias relacionadas são carregadas (-> carga transiente).

240 Série 615


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Se a falha é naturalmente permanente (não transiente), apenas a falha inicial


transiente na e corrente e a tensão podem ser medidas, enquanto que a falha
intermitente cria transientes repetitivos.

GUID-CC4ADDEA-EE11-4011-B184-F873473EBA9F V1 PT

Figura 104: Exemplo de falha à terra transiente, incluindo a descarga e a carga


de componentes transientes, quando uma falta permanente ocorre
em uma rede de 20 kV na fase C

4.2.3.6 Sinais
Tabela 223: Sinais de Entrada INTRPTEF
Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Uo SIGNAL 0 Tensão residual
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 224: Sinais de saída INTRPTEF


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de
BLK_EF BOOLEAN Bloqueie o sinal para o EF para indicar os picos
de direção oposta

Série 615 241


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4.2.3.7 Configurações
Tabela 225: Ajuste de Grupo INTRPTEF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo direcional 1=Não-direcional 2=Para frente Modo direcional, não-direcional/para
2=Para frente frente/inverso
3=Reverso
Tempo de atraso 40...1200000 ms 10 500 Tempo de atraso operacional
operacional
Valor de partida de 0.01...0.50 xUn 0,01 0,01 Valor de tensão inicial para EF transitório
tensão

Tabela 226: Ajustes de Grupo não-INTRPTEF


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo operacional 1=Intermitente EF 1=Intermitente EF Critério de operação
2=Transitório EF
Tempo de atraso de reset 0...60000 ms 1 500 Tempo de atraso de reset
o limite do contador de 2...20 2 Exigência mínima para contador de pico
pico antes de iniciar o modo IEF

4.2.3.8 Dados monitorados


Tabela 227: Dados monitorados INTRPTEF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
FALHA_DIR Enum 0=desconhecido Direção de falha
1=para frente detectada
2=para trás
3=ambos
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
INTRPTEF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

242 Série 615


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4.2.3.9 Dados técnicos


Tabela 228: Dados técnicos INTRPTEF
Característica Valor
Precisão de operação (critério Uo com proteção Dependendo da frequência da corrente medida:
transitória) fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Uo


Precisão de tempo operacional ±1.0% do valor de ajuste ou ±20 ms
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB at f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5

4.2.3.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 229: Histórico de revisão técnica de INTRPTEF
Revisão técnica Alteração
B Valores mínimo e padrão alterado para 40 ms
para a definição do Tempo de atraso
operacional configuração

4.2.4 Proteção de falha à terra baseada em admitância EFPADM

4.2.4.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de falha à terra baseada em EFPADM Yo>-> 21YN
admitância

4.2.4.2 Bloco de funções

GUID-70A9F388-3588-4550-A291-CB0E74E95F6E V1 PT

Figura 105: Bloco de funções

4.2.4.3 Funcionalidade

A função de proteção de falha à terra baseada em admitância de EFPADM provê


uma função de proteção seletiva contra falha à terra para redes de alta-resistência
aterradas, não aterradas e compensadas. Pode ser aplicado para a proteção de linhas

Série 615 243


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aéreas bem como as com cabos subterrâneos. Pode ser usado como solução
alternativa às funções tradicionais de proteção residual de falhas à terra baseada em
corrente, como por exemplo o modo IoCos em DEFxPDEF. Principais vantagens
da EFPADM incluem aplicabilidade versátil, boa sensibilidade e princípios de fácil
configuração.

EFPADM é baseado na avaliação da admitância de neutro da rede, ou seja, o


quociente:
Yo = Io / −Uo
GUID-F8BBC6A4-47BB-4FCB-A2E0-87FD46073AAF V1 PT (Equação 14)

A admitância mensurada é comparada às características limites da rede, ou seja, o


quociente: As características suportadas incluem sobre-admitância, sobre-
-susceptância, sobre-condutância ou qualquer combinação das três. A
direcionalidade do critério da sobre-susceptância e da sobre-condutância podem ser
definidas como direta, reversa ou não direcional, e as linhas limite podem ser
inclinadas caso necessário na aplicação. Isto permite a otimização do formato das
características de admitância para qualquer aplicação.

EFPADM suporta dois algorítimos de cálculo para admitância. O cálculo de


admitância pode ser ajustado para incluir ou excluir os valores de pré-falta de
sequência zero da rede. Ainda, a admitância calculada é registrada no momento do
trip e pode ser monitorada para propósitos de análise pós-falta.

Para assegurar a segurança da proteção, o cálculo de admitância é supervisionado


pela condição de sobretensão residual a qual libera a proteção de admitância
durante uma condição de falha. Alternativamente, a liberação do sinal pode ser
fornecida por um sinal binário externo.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

4.2.4.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de falha à terra baseada na admitância pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

244 Série 615


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Temporizador
Io Cálculo de Características OPERATE
admitância de t
operação
Uo
neutra START

RELEASE
Lógica de
BLOCK bloqueio

GUID-BAD34871-A440-433D-8101-022E1E245A0D V1 PT

Figura 106: Diagrama de módulo funcional

Cálculo de admitância de neutro


A função pode operar em grandezas residuais mensuradas ou calculadas. A
corrente residual pode ser selecionada com a configuração Io signal Sel . As opções
selecionáveis são "Io medido" e "Io calculado". Respectivamente, a tensão residual
pode ser selecionada com a configuração Uo signal Sel . As opções selecionáveis
são "Uo medido" e "Uo calculado".

Quando a tensão residual supera o limiar estabelecido no Valor de início de tensão,


uma falha à terra é detectada e o cálculo de admitância de neutro é liberado.

Para assegurar uma precisão suficiente para as medições de Io e Uo, é necessário


que a tensão residual exceda o valor estabelecido pela Tensão mínima de operação.
Caso o modo de cálculo de admitância seja "Delta", a mudança mínima na tensão
residual devido a uma falha deve ser de 0.01 xUn para habilitar a operação. Da
mesma forma, a corrente residual deve exceder o valor definido pela Corrente
mínima de operação.

A polaridade da grandeza de polarização Uo pode ser modificada,


ou seja, rotacionada em 180 graus, ao se ajustar a Reversão de
polaridade para "True" ou modificando a polaridade dos fios de
medição de tensão residual.

Como alternativa à condição de início de sobretensão interna residual, a proteção


de admitância de neutro também pode ser liberada externamente ao se utilizar a
entradaRELEASE.

A admitância de neutro é calculada como o quociente entre os fasores da corrente


residual e da tensão residual (polaridade invertida) da frequência fundamental. A
configuração Admittance Clc mode define o modo de cálculo:

Admittance Clc mode = "Normal"

Io fault
Yo =
−Uo fault
GUID-B1E03EA1-E958-43F3-8A28-2D268138DE36 V1 PT (Equação 15)

Admittance Clc mode = "Delta"

Série 615 245


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Io fault − Io prefault ∆ Io
Yo = =
−(Uo fault − Uo prefault ) − ∆Uo
GUID-B0611FF1-46FD-4E81-A11D-4721F0AF7BF8 V1 PT (Equação 16)

Yo Admitância de neutro calculada [Siemens]


Iofalha Corrente residual durante a falha [Amperes]

Uofalha Tensão residual durante a falha [Volts]

Iopré-falha Corrente residual de pré-falha [Amperes]

Uopré-falha Tensão residual de pré-falha [Volts]

ΔIo Mudança na corrente residual devido a falha [Amperes]


ΔUo Mudança na tensão residual devido a falha [Volts]

Tradicionalmente, o cálculo de admitância é feito utilizando o modo de cálculo


"Normal", ou seja, com os valores de corrente e tensão diretamente mensurados
durante a falha. Como alternativa, ao selecionar o modo de cálculo "Delta", a
assimetria de sequência zero de pré-falta da rede pode ser removida do cálculo de
admitância. Teoricamente, isto torna o cálculo de admitância totalmente imune à
resistência de falhas, ou seja, o valor estimado de admitância não é afetado pela
resistência da falha. A utilização da modificação no Uo e Io devido a uma falha no
cálculo da admitância também suaviza os efeitos dos erros de medição do TP e TC,
portanto melhorando a precisão da medição, a sensibilidade e a seletividade da
proteção.

O modo de cálculo "Delta" é recomendado no caso de haver


necessidade de uma alta sensibilidade da proteção, caso a rede
tenha um alto grau de assimetria durante um estado sadio ou se a
medição da corrente residual for baseada em uma conexão de soma,
ou seja, uma conexão Holmgren.

O cálculo de admitância de neutro produz os seguintes valores durante as falhas


diretas e reversas:

Falha na direção reversa, ou seja, fora do alimentador protegido:

Yo = −Y Fdtot
GUID-B6E3F720-1F9F-4C11-A5DC-722838E8CCDA V1 PT (Equação 17)

I eFd
≈ −j⋅
U ph
GUID-19AA418B-9A0A-4CEE-8772-0CD3F595E63F V1 PT (Equação 18)

YFdtot Soma das admitâncias de fase-terra (YFdA, YFdB, YFdC) do alimentador protegido.

IeFd A Magnitude da corrente de falha à terra do alimentador protegido quando a resistência


de falha for de zero ohm
Uph Magnitude da tensão de fase-terra do sistema

246 Série 615


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Funções de proteção

A Equação 17 mostra que no caso de falhas externas, a admitância mensurada é


igual à admitância do alimentador protegido com um sinal negativo. A admitância
mensurada é predominantemente reativa; a pequena parte resistiva da admitância
mensurada é devida às perdas de fuga do alimentador. Teoricamente, a admitância
mensurada está localizada no terceiro quadrante do plano de admitância próximo
ao eixo im(Yo), veja a Figura 107.

O resultado da Equação 17 é válido independentemente do método


de aterramento de neutro. Em redes compensadas, o grau de
compensação não afeta o resultado. Isto permite um princípio de
ajuste direto para a proteção de admitância de neutro:
características de admitância é ajustada para cobrir o valor Yo = –
YFdtot com uma margem adequada.

Devido a imprecisões na medição da tensão e da corrente, a


pequena parte real da admitância de neutro calculada pode aparecer
como positiva, o que leva a admitância de neutro ao quarto
quadrante do plano de admitância. Isto deve ser considerado ao se
ajustar a característica de admitância.

Série 615 247


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Funções de proteção

Io
A B C
Alimentador protegido

EA
~ YFd
EB

EC
~
~ Rede de segundo plano
Rn
Uo
Lcc Falha reversa
Rcc
YBg

(IeTot - IeFd) IeFd

Im(Yo)

Re(Yo)
Falha reversa

Yo ≈ -j*IeFd/Uph

GUID-B852BF65-9C03-49F2-8FA9-E958EB37FF13 V1 PT

Figura 107: Cálculo de admitância durante uma falha reversa

RCC Resistência do resistor paralelo

LCC Indutância da bobina de compensação

Rn Resistência do resistor de aterramento de neutro

YFd Admitância de fase-terra do alimentador protegido.

YBg Admitância de fase-terra da rede de segundo plano.

Por exemplo, em uma rede compensada de 15 kV com a magnitude da corrente de


falha à terra no alimentador protegido sendo 10 A (Rf = 0 ohm), o valor teórico
para a admitância mensurada durante uma falha de terra na direção reversa, ou seja,
fora do alimentador protegido, pode ser calculado:

I eFd 10 A
Yo ≈ − j ⋅ = −j⋅ = − j ⋅ 1.15 milliSiemens
U ph 15 3kV
GUID-E2A45F20-9821-436E-94F1-F0BFCB78A1E3 V1 PT (Equação 19)

248 Série 615


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Funções de proteção

O resultado é válido apesar do método de aterramento do neutro.

Neste caso, a parte resistiva da admitância mensurada é devido à perdas por fuga
do alimentador protegido. Por serem tipicamente muito pequenas, a parte resistiva
é próxima à zero. Devido a inexatidões na mensuração da tensão e da corrente, a
pequena parte real da admitância de neutro aparente pode parecer positiva. Isto
deve ser considerado ao se ajustar a característica de admitância.

Falha na direção direta, ou seja, dentro do alimentador protegido:

Rede não aterrada:

Yo = Y Bgtot
GUID-5F1D2145-3C0F-4F8F-9E17-5B88C1822566 V1 PT (Equação 20)

I −I 
≈ j ⋅  eTot eFd 
 U 
 ph 
GUID-0B7C9BA9-B41B-4825-9C1B-F8F36640B693 V1 PT (Equação 21)

Rede compensada:

Yo = Y Bgtot + Y CC
GUID-F3810944-D0E1-4C9A-A99B-8409F4D3CF05 V1 PT (Equação 22)

I Rcc + j ⋅ ( I eTot ⋅ (1 − K ) − I eFd )



U ph
GUID-208EA80C-62B6-46E0-8A5B-DC425F0FE122 V1 PT (Equação 23)

Rede aterrada de alta-resistência:

Yo = Y Bgtot + Y Rn
GUID-F91DA4E4-F439-4BFA-AA0D-5839B1574946 V1 PT (Equação 24)

I Rn + j ⋅ ( I eTot − I eFd )

U ph
GUID-CAA0C492-20CF-406C-80AC-8301375AB454 V1 PT (Equação 25)

YBgtot Soma das admitâncias de fase-terra (YBgA, YBgB, YBgC)da rede de segundo plano.

YCC Admitância do arranjo de aterramento (bobina de compensação e resistor paralelo).

IRcc Corrente nominal do resistor paralelo

IeFd A Magnitude da corrente de falha à terra do alimentador protegido quando a resistência de


falha for de zero ohm
IeTot Magnitude da corrente de falha à terra não compensada da rede quando Rf for zero ohm

K Grau de compensação , K = 1 plena ressonância, K<1 sub-compensada, K>1 sobrecompensada


IRn Corrente nominal do aterramento do resistor de neutro

A Equação 20 mostra que no caso de falhas internas no alimentador protegido em


redes não aterradas, a admitância mensurada é igual à admitância da rede de

Série 615 249


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Funções de proteção

segundo plano. A admitância mensurada é predominantemente reativa; a pequena


parte resistiva da admitância mensurada é devida às perdas de fuga da rede de
segundo plano. Teoricamente, a admitância mensurada está localizada no primeiro
quadrante do plano de admitância, próximo ao eixo im(Yo), veja a Figura 108.

A Equação 22 mostra que no caso de falhas internas no alimentador protegido em


redes compensadas, a admitância mensurada é igual à admitância da rede de
segundo plano e a bobina incluindo o resistor paralelo. Basicamente, o grau de
compensação determina a parte imaginária da admitância mensurada, e a parte
resistiva é devido ao resistor paralelo da bobina e as perdas por fuga da rede de
segundo plano e das perdas da bobina. Teoricamente, a admitância mensurada está
localizada no quarto quadrante do plano de admitância, dependendo do grau de
compensação, veja a Figura 108.

Antes de conectar o resistor paralelo, a parte resistiva da admitância


mensurada é devido às perdas por fuga da rede de segundo plano e
às perdas da bobina. Por serem tipicamente pequenas, a parte
resistiva pode não ser suficientemente grande para assegurar a
discriminação da falha e sua direção com base na condutividade
mensurada. Isto e o valor nominal e a operação lógica do resistor
paralelo devem ser considerados ao se ajustar a característica de
admitância em redes compensadas.

A Equação 24 mostra que no caso de falhas internas no alimentador protegido em


sistemas aterrados de alta resistência, a admitância mensurada é igual à admitância
da rede de segundo plano e o resistor de aterramento de neutro. Basicamente, a
parte imaginária da admitância mensurada é devida às capacitâncias da rede de
segundo plano, e a parte resistiva é devido ao resistor de aterramento de neutro e às
perdas por fuga da rede de segundo plano. Teoricamente, a admitância mensurada
está localizada no primeiro quadrante do plano de admitância, veja a Figura 108.

250 Série 615


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Funções de proteção

Io
A B C
Alimentador Protegido
Falha
Avançada

EA
~ YFd
EB

EC
~
IeFd IeTot
~ Rede de segundo plano
Rn
Uo
Lcc
Rcc
YBg (IeTot - IeFd)

Falha avançada ,
rede aterrada de alta-resistência
Yo ≈ (IRn+j*(IeTot-IeFd))/Uph
Im(Yo)

Falha avançada,
rede não aterrada:
Yo ≈ j*(IeTot-IeFd)/Uph
Subcompensado(K<1)

Re(Yo)
Ressonância (K=1)
Falha reversa

Yo ≈ -j*IeFd/Uph
Sobrecompensado (K>1)

Falha avançada, rede não compensada:


Yo ≈ (Ircc + j*(IeTot*(1-K) - IeFd))/Uph
GUID-5DB19698-38F9-433E-954F-4EBDBA5B63BD V1 PT

Figura 108: Cálculo de admitância durante uma falha direta

Quando a rede estiver completamente compensada em redes


compensadas, teoricamente durante uma falha direta a parte
imaginária da admitância mensurada é igual à susceptância do
alimentador protegido com um sinal negativo. Esta discriminação
entre uma falha direta e reversa deve, portanto, ser baseada na parte
real da admitância mensurada, ou seja, condutância. Portanto, a

Série 615 251


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Funções de proteção

melhor seletividade é alcançada quando as rede compensada é


operada tanto no modo sub-compensado quanto sobrecompensado.

Por exemplo, em uma rede compensada de 15 kV, a magnitude da corrente de falha


à terra do alimentador protegido é de 10 A (Rf = 0 ohm) e a magnitude da rede é de
100 A (Rf = 0 ohm). Durante uma falha à terra, um resistor de 15 A é conectado
em paralelo à bobina após 1 segundo de atraso. O grau de compensação é
supercompensado, K = 1.1.

Durante falha à terra na direção direta, ou seja, dentro do alimentador protegido, o


valor teórico para a admitância mensurada após a conexão do resistor paralelo pode
ser calculado:

I Rcc + j ⋅ ( I eTot ⋅ (1 − K ) − I eFd )


Yo ≈
U ph
15 A + j ⋅ (100 A ⋅ (1 − 1.1) − 10 A)
= ≈ (1.73 − j ⋅ 2.31) milliSiemens
15kV 3
GUID-8763BA04-22DC-4B93-B52D-1E8FD44A68B9 V1 PT (Equação 26)

Antes de conectar o resistor paralelo, a parte resistiva da admitância mensurada é


devido às perdas por fuga da rede de segundo plano e às perdas da bobina. Por
serem tipicamente pequenas, a parte resistiva pode não ser suficientemente grande
para assegurar a discriminação da falha e sua direção com base na condutividade
mensurada. Isto e o valor nominal e a operação lógica do resistor paralelo devem
ser considerados ao se ajustar a característica de admitância.

Quando uma alta sensibilidade da proteção é requerida, a corrente


residual deveria ser mensurada utilizando um TC de cabo/anel
central, ou seja, o TC Ferranti. Além disto, o uso de uma entrada
sensível Io deve ser considerada. A medição de tensão residual
deve ser feita com uma conexão delta aberta dos três
transformadores de tensão de pólo único isolado.

Característica da Operação
Após a liberação do cálculo de admitância, a admitância de neutro calculada é
comparada aos limites da característica de admitância no plano de admitância. Se o
cálculo de admitância de neutroYo se mover para fora da característica, o sinal de
habilitação é enviado ao timer.

O EFPADM dá suporte a uma larga escala de características diferentes para


alcançar a máxima flexibilidade e sensibilidade em diferentes aplicações. O
formato básico da característica está selecionado com os ajustes de Modo de
operação e Modo direcional . O Modo de operação define qual critério operacional
está habilitado e o Modo direcional define se as linhas limite direta, reversa ou não
direcionais para aquele modo de operação em particular estão ativadas.

252 Série 615


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Tabela 230: Critério de operação


Modo operacional Descrição
Yo Critério de admitância
Bo Critério de susceptância
Go Critério de condutância
Yo, Go Critério de admitância combinado com o critério
de condutância
Yo, Bo Critério de admitância combinado com o critério
de susceptância
Go, Bo Critério de condutância combinado com o critério
de susceptância
Yo, Go, Bo Critério de admitância combinado com os
critérios de condutância e susceptância

As opções para o ajuste do Modo direcional são "Não-direcional", "Direta" e


"reversa".

Figura 109, Figura 110 e Figura 111 ilustram as características de admitância


suportadas pela EFPADM e os ajustes relevantes àquela característica em
particular. As características mais típicas estão destacadas e explanadas em detalhe
no capítulo Características de Admitância de Neutro. . A operação é alcançada
quando a admitância de neutro Y calculada move-se para fora da característica (a
área de operação está marcada em cinza).

Os ajustes que definem as características de admitância são dadas


em milliSiemens (mS). A equação de conversão para a admitância
do secundário para o primário é:
niCT
Y pri = Ysec ⋅
nuVT
GUID-2F4EAEF7-0D92-477F-8D4C-00C7BEDE04CB V1 PT (Equação 27)

niTC Relação do TC para a corrente residual Io

nuVT Relação do TP para a tensão residual Uo

Exemplo: o ajuste de admitância no secundário é de 5.00


milliSiemens. A relação do TC é de 100/1 e a relação do TP é
11547/100 V. O ajuste da admitância no primário pode ser calculada.

100 1A
Y pri = 5.00 milliSiemens ⋅ = 4.33 milliSiemens
11547 100V
GUID-9CFD2291-9894-4D04-9499-DF38F1F64D59 V1 PT

Série 615 253


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Modo de operação

Yo Bo Go
Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)

Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo)

Configurações: Configurações: Configurações:


•Condutância do circulo • Susceptância direta • Condutância direta
•Susceptância do circulo •Susceptância reversa • Condutância reversa
•Raio do circulo •Ângulo inclinado de • Ângulo inclinado
susceptância de condutância
Não aplicável em Não aplicável em
sistemas aterrados sistemas
de alta resistência
ou sistemas de rede não-aterrada!
compensados!

Modo de operação

Yo,Go Yo,Bo Go,Bo Yo,Go,Bo


Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)

Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo)

Configurações: Configurações: Configurações: Configurações:


• Condutância do circulo •Condutância do circulo • Condutância direta • Condutância do circulo
• Susceptância do circulo • Susceptância do circuito • Condutância reversa • Susceptância do circulo
• Raio do circulo • Raio do circulo • Ângulo inclinado
de condutância • Raio do circulo
• Condutância direta • Susceptância direta • Susceptância direta • Condutância direta
• Condutância reversa • Susceptância reversa • Susceptância reversa • Condutância reversa
• Ângulo inclinado • Ângulo inclinado • Ângulo inclinado • de
Ângulo inclinado
condutância
de susceptância
de condutância de susceptância
• Susceptância direta
• Susceptância reversa
• Ângulo inclinado
de susceptância

GUID-FD8DAB15-CA27-40B0-9A43-FCF0881DB21E V1 PT

Raio do circulo
Figura 109: Característica de admitância com diferentes modos de operação
Condutância direta
quando o Modo direcional = "Não-direcional"
Condutância reversa
Ângulo inclinado
de condutância

254 Série 615


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MODO OPERACIONAL

Yo Bo Go

Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)

Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo)

Configurações: Configurações: Configurações:


• Condutância do círculo • Susceptância direta • Condutância direta
•Susceptância do círculo • Ângulo inclinado de • Ângulo inclinado
• Raio do circulo susceptância de condutância

Não aplicável em Não aplicável em


sistemas aterrados sistemas
de alta resistência de rede não-aterrada!
ou sistemas
compensados!

MODO OPERACIONAL

Y o ,G o Yo ,B o Go,Bo Yo,Go,Bo

Im(Yo) Im(Yo) Im(Y o) Im(Yo)

Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo)

Configurações: Configurações: Configurações: Configurações:


• Condutância do círculo • Condutância do círculo • Condutância direta • Condutância do círculo
•Susceptância do círculo • Susceptância do círculo • Ângulo inclinado
de condutância • Susceptância do círculo
• Raio do círculo • Raio do círculo •Condutância direta • Raio do círculo
• Condutância direta • Condutância direta • Ângulo inclinado
de condutância
• Condutância direta
Ângulo inclinado
• Ângulo inclinado • Ângulo inclinado •de condutância
de condutância de condutância •Condutância direta
•de
Ângulo inclinado
condutância

GUID-7EDB14B9-64B4-449C-9290-70A4CC2D588F V1 PT

Figura 110: Característica de admitância com diferentes modos de operação


quando o Modo direcional "Direta"

Série 615 255


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MODO OPERACIONAL

Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)

Re(Yo) Re(Yo)

Re(Yo)

Configurações: Configurações: Configurações:


• Condutância do circulo •Susceptância reversa • Condutância reversa
• Susceptância do circulo • Ângulo inclinado de • Ângulo inclinado
• Raio do circulo susceptância de condutância

Não aplicável em Não aplicável em


sistemas aterrados
de alta resistência sistemas
ou sistemas de rede não-aterrada!
compensados!

MODO OPERACIONAL
Yo,Go Yo,Bo Go,Bo Yo,Go,Bo

Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)

Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo)

Re(Yo)

Configurações: Configurações: Configurações: Configurações:


• Condutância do circulo • Condutância do circulo • Condutância reversa • Condutância do circulo
Ângulo inclinado
• Susceptância do circulo • Susceptância do circulo • de condutância • Susceptância do circulo
• Raio do circulo • Raio do circulo • Susceptância reversa • Raio do circulo
• Condutância reversa • Susceptância reversa • Ângulo inclinado • Condutância reversa
de susceptância
• Ângulo inclinado • Ângulo inclinado • Ângulo inclinado
de condutância
de condutância de susceptância • Susceptância reversa
• Ângulo inclinado
de susceptância

GUID-C847609F-E261-4265-A1D9-3C449F8672A1 V1 PT

Figura 111: Característica de admitância com diferentes modos de operação


quando o Modo direcional = "Reversa"

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo é
de acordo comÂngulo
DT. Quando inclinado
o temporizador operacional tiver alcançado o valor
ajustado com o ajuste do Tempo de atraso operacional , a saída OPERATE é
de condutância
256 Série 615
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Funções de proteção

ativada. Se a falha desaparecer antes do funcionamento do módulo, o temporizador


de reset é ativado. Se o temporizador de reset alcança o valor ajustado com Tempo
de atraso de reset , o temporizador de operação reseta e a saída START é
desativada. O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que
indica a razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O
valor fica disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Modo de bloqueio.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é congelado no valor que prevalecer. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.2.4.5 Características de admitância de neutro

As características aplicadas devem sempre ser ajustadas para cobrir a admitância


total do alimentador protegido dentro de uma margem adequada. Entretanto,
princípios para seleção mais detalhada de ajustes de valor dependem da
característica em questão.

Os ajustes que definem as características de admitância são dadas


em milliSiemens.

As configurações de limite direto e inverso devem ser definidos para que a


definição direta seja sempre maior do que a configuração inversa e que não haja
espaço entre elas.

Característica de sobre admitância


O Critério de sobre admitância é habilitada pelo ajuste Modo operacional em "Yo".
A característica é um círculo onde o raio é definido pelo ajuste Raio do Círculo .
Pelo bem da flexibilidade da aplicação, o ponto médio do circulo pode ser afastado
da origem por meio dos ajustes de Condutância do círculo e Susceptância do
círculo . Valores padrão para Condutância do círculo e Susceptância do círculo
são de 0.0 mS, ou seja, a característica é circular de origem central.

A operação é alcançada quando a admitância mensurada se move para fora do círculo.

O critério de sobre admitância é tipicamente aplicado em redes não aterradas, mas


pode também ser utilizada em redes compensadas, especialmente se o círculo
estiver defiido fora da origem.

Série 615 257


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Funções de proteção

Im(Yo) Im(Yo)

OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE

Raio do círculo

Re(Yo) Re(Yo)
Susceptância do círculo
Raio do círculo

Condutância do círculo

OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE

GUID-AD789221-4073-4587-8E82-CD9BBD672AE0 V1 PT

Figura 112: Característica de sobre admitância Figura à esquerda: clássico


círculo de admitância de origem central. Figura à direta: círculo de
admitância está afastado da origem.

Característica de sobre condutância não direcional


O critério de sobre condutância não direcional é habilitado com o ajuste Modo
operacional ajustado em "Go" e Modo direcional para "Não-direcional" A
característica é definida por duas linhas limite de sobre condutância por meio dos
ajustes Condutância direta e Condutividade reversa . Para o bem da flexibilidade
da aplicação, as linhas limite podem ser inclinadas pelo ângulo definido pelo ajuste
Conductance tilt Ang . O padrão do ângulo é de zero graus, ou seja, a linha limite é
uma linha vertical no plano de admitância. Um valor de inclinação positivo
rotaciona a linha limite no sentido anti-horário do eixo vertical.

No caso de um critério de condutância não direcional, o ajuste da Condutância


reversa deverá ter um valor menor do que da Condutância direta.

A operação é alcançada quando a admitância mensurada se mover para quaisquer


linhas limite.

O critério de sobre condutância não direcional é aplicável em redes


de alta resistência aterradas e compensadas. Não deverá ser
aplicado em redes não aterradas.

258 Série 615


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Funções de proteção

Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)


Ângulo inclinado de condutância <0 Ângulo inclinado de condutância >0
OPERATE OPERATE

OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE

Condutância reversa Condutância reversa Condutância reversa

Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo)


Condutância direta Condutância direta Condutância direta

OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE

GUID-F5487D41-6B8E-4A7A-ABD3-EBF7254ADC4C V1 PT

Figura 113: Característica de sobre condutância não direcional. Figura à


esquerda: critério clássico de sobre condutância não direcional.
Figura central: a característica está inclinada em um ângulo de
inclinação negativo. Figura à direita: a característica está inclinada
em um ângulo de inclinação positivo.

Característica de sobre condutância direcional direta


O critério de sobre condutância direcional é habilitado com o ajuste Modo
operacional ajustado em "Go" e Modo direcional ajustado em "Forward". A
característica é definida por uma linha limite de sobre condutância por meio dos
ajustes de Condutância direta . Para o bem da flexibilidade da aplicação, a linha
limite pode ser inclinada com ângulo definido pelo ajuste Condctance tilt Ang . O
padrão do ângulo é de zero graus, ou seja, a linha limite é uma linha vertical no
plano de admitância. Um valor de inclinação positivo rotaciona a linha limite no
sentido anti-horário do eixo vertical.

A operação é alcançada quando a admitância mensurada se mover para a linha limite.

O critério de sobre condutância direcional direta é aplicável em


redes de alta resistência aterradas e compensadas. Não deverá ser
aplicado em redes não aterradas.

Série 615 259


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Funções de proteção

Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)

OPERATE Ângulo inclinado de condutância >0


Ângulo inclinado de condutância >0

OPERATE OPERATE

Re(Yo) Re(Yo) Re(Yo)


Condutância direta Condutância direta Condutância direta

OPERATE OPERATE OPERATE

GUID-43F312AA-874A-4CE7-ABFE-D76BA70B7A5D V1 PT

Figura 114: Característica de sobre condutância direcional direta. Figura à


esquerda: critério clássico de sobre condutância direcional direta.
Figura central: a característica está inclinada em um ângulo de
inclinação negativo. Figura à direita: a característica está inclinada
em um ângulo de inclinação positiva.

Característica de sobre susceptância direcional direta


O critério de sobre susceptância direcional é habilitado com o ajuste Modo
operacional ajustado em "Bo" e Modo direcional ajustado em "Forward". A
característica é definida por uma linha limite de sobre susceptância por meio dos
ajustes de Susceptância direta . Para o bem da flexibilidade da aplicação, a linha
limite pode ser inclinada pelo ângulo definido pelo ajuste Susceptance tilt Ang . O
padrão do ângulo é de zero graus, ou seja, a linha limite é uma linha horizontal no
plano de admitância. Um valor de inclinação positivo rotaciona a linha limite no
sentido anti-horário no eixo horizontal.

A operação é alcançada quando a admitância mensurada se mover para a linha limite.

O critério de sobre susceptância direcional é aplicável em redes não


aterradas. Não deverá ser aplicado em redes compensadas.

260 Série 615


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Funções de proteção

Im(Yo) Im(Yo) Im(Yo)


OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE
OPERATE OPERATE
Ângulo inclinado de susceptância >0

Ângulo inclinado de susceptância <0

Susceptância direta Susceptância direta Susceptância direta

Re(Yo) Re(Yo)
Re(Yo)
Re(Yo) Re(Yo)

GUID-43B0F2F9-38CE-4F94-8381-0F20A0668AB1 V1 PT

Figura 115: Característica de sobre susceptância direcional direta. Figura à


esquerda: critério clássico de sobre susceptância direcional direta.
Figura central: a característica está inclinada em um ângulo de
inclinação negativo. Figura à direita: a característica está inclinada
em um ângulo de inclinação positivo.

Combinação das características de sobre admitância e sobre


condutância.
O critério de sobre admitância e sobre condutância são habilitados com o Modo
operacional ajustado em "Yo, Go" e o Modo direcional para "Não-direcional" A
característica é a combinação de um círculo com o raio definido pelo ajuste Raio
do Círculo e duas linhas limite de sobre condutância com os ajustes Condutância
direta e Condutância reversa. Pelo bem da flexibilidade da aplicação, o ponto
médio do circulo pode ser afastado da origem por meio dos ajustes de Condutância
do círculo e Susceptância do círculo . Ainda, as linhas limite podem ser inclinadas
pelo ângulo definido pelo ajuste Conductance tilt Ang . Por pré-definição, o valores
de configuração da Condutância do círculo e Susceptância do círculo são 0.0 mS e
o Conductance tilt Ang é igual a zero graus, ou seja, a característica é uma
combinação de um círculo de origem centralizada com duas linhas limite de sobre
condutância vertical. Um ajuste no valor de inclinação positivo para o Conductance
tilt Ang rotaciona as linhas limite no sentido anti-horário do eixo vertical.

No caso do critério de condutância não direcional, o ajuste da Condutância reversa


deverá ter um valor menor do que da Condutância direta. Caso esta regra não seja
seguida, uma situação de conflito é declarada nos dado monitorado CONFLICT.

A operação é alcançada quando a admitância mensurada se move para fora da


característica.

Os critérios de sobre admitância e sobre condutância são aplicáveis em redes não


aterradas e compensadas de alta resistência ou em sistemas onde o aterramento do
sistema pode mudar temporariamente durante a operação normal da rede
compensada para sistema não aterrado.

Comparada ao critério de sobre admitância, a característica combinada aumenta a


sensibilidade em redes de alta-resistência de aterramento e compensadas.
Comparada ao critério de sobre condutância não direcional, a característica
combinada permite que a proteção seja aplicada tambem à sistemas não aterrados.

Série 615 261


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Im(Yo) Im(Yo)

OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE


Ângulo inclinado de condutância

Condutância reversa
Condutância reversa

Raio do círculo Re(Yo) Re(Yo)


Susceptância do círculo Condutância direta

Condutância direta Raio do círculo


Condutância do círculo
OPERATE OPERATE OPERATE OPERATE

GUID-7AE09721-1428-4392-9142-A6D39FD4C287 V1 PT

Figura 116: Combinação das características de sobre admitância e sobre


condutância. Figura à esquera: Círculo clássico de admitância de
origem centralizada combinada com duas linhas limite de sobre
condutância. Figura à direta: círculo de admitância está ajustado
afastado da origem.

Combinação das características de sobre susceptância e sobre


condutância.
O critério combinado de sobre condutância e sobre susceptância é habilitado com o
ajuste Modo de operação ajustado em "Go, Bo".

Ao configurar o Modo direcional para "Direto", a característica é uma combinação


de duas linhas limite com os ajustes de Condutância direta e Susceptância direta.
Veja a Figura 117.

Ao configurar o Modo direcional para "Não-direcional", a característica é uma


combinação de duas linhas limite com os ajustes de Condutância direta,
Condutância reversa, Susceptância direta e Susceptância reversa. Veja a Figura
118.

Para o bem da flexibilidade da aplicação, as linhas limite podem ser inclinadas pelo
ângulo definido pelo ajuste Conductance tilt Ang e Susceptance tilt Ang . O padrão
dos ângulos é de zero graus, ou seja, as linhas limite são linhas diretas no plano de
admitância. Um valor positivo de Conductance tilt Ang rotaciona a linha limite de
sobre condutância no sentido anti-horário no eixo vertical. Um valor positivo de
Susceptance tilt Ang rotaciona a linha limite de sobre susceptância no sentido anti-
-horário no eixo horizontal.

No caso do critério de condutância e susceptância, o ajuste da Condutância reversa


deverá ter um valor menor do que da Condutância direta e a Susceptância reversa
deverá ter um valor menor do que da Susceptância direta.

A operação é alcançada quando a admitância mensurada se move para fora da


característica.

262 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Os critérios de sobre condutância e de sobre susceptância são aplicáveis em redes


de alta resistência de aterramento, não aterradas e compensadas, ou em sistemas
onde o aterramento do sistema pode ser temporariamente modificado durante
operação normal de compensado para não aterrado.

OPERATE Condutância de
Im(Yo) Im(Yo)
inclinação Ang >0
OPERATE OPERATE
OPERATE

Inclinação de susceptância Ang < 0


Susceptância direta Susceptância direta

Re(Yo) Re(Yo)

Condutância direta

Condutância direta

OPERATE OPERATE

GUID-1A21391B-A053-432B-8A44-7D2BF714C52D V1 PT

Figura 117: Combinação de características direcionais diretas de sobre


condutância e direcional direta de sobre susceptância. Figura à
esquerda: o Conductance tilt Ang e Susceptance tilt Ang são
ajustados para zero graus. figura à direita: o ajuste de
Conductance tilt Ang > 0 graus e o ajuste de Susceptance tilt Ang
< 0 graus.

Série 615 263


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Im(Yo)
OPERATE OPERATE
Ângulo inclinado de condutância >0

Condutância reversa

Susceptância direta Ângulo de susceptância <0

Re(Yo)

Susceptância reversa

OPERATE

OPERATE Condutância direta

GUID-0A34B498-4FDB-44B3-A539-BAE8F10ABDF0 V1 PT

Figura 118: Combinação de característica não direcional direta de sobre


condutância e não direcional direta de sobre susceptância.

As características de sobre condutância não direcional e de sobre


susceptância não direcional provêm uma boa sensibilidade e
seletividade quando a característica está ajustada para cobrir a
admitância total do alimentador protegido com uma margem
apropriada.

4.2.4.6 Aplicação

Proteção de admitância de neutro provê uma função de proteção seletiva contra


falha à terra para redes de alta-resistência aterradas, não aterradas e compensadas.
Pode ser aplicado para a proteção de linhas aéreas bem como as com cabos
subterrâneos. Pode ser usado como solução alternativa às funções tradicionais de
proteção residual de falhas à terra de baseadas em corrente, como por exemplo o
modo IoCos em DEFxPDEF. Principais vantagens da EFPADM incluem
aplicabilidade versátil, boa sensibilidade e princípios de fácil configuração.

A condição de sobretensão residual é usada como condição de início para a


proteção de admitância de neutro. Quando a tensão residual supera o limiar
estabelecido no Valor de início de tensão, uma falha à terra é detectada e o cálculo
de admitância de neutro é liberado. De forma a garantir uma alta segurança de

264 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

proteção, ou seja, evitar inícios falsos, o ajuste Valor de início de tensão deve ser
ajustado acima do maior valor de Uo possível durante a operação normal com a
margem apropriada. Ela deve considerar todas as condições de operação possíveis
e as modificações na configuração da rede. Em sistemas não aterrados, o estado
sadio do Uo é tipicamente menor do que 1%xUph (Uph = tensão nominal de fase-
-terra) Em redes compensadas, o estado sadio do Uo poderá alcançar valores de até
30%xUph caso a rede inclua peças grandes em redes aéreas sem a transposição de
fase. Geralmente, o maior Uo é alcançado quando a bobina de compensação está
sintonizada em plena ressonância e quando o resistor paralelo da bobina não está
conectado.

A condição de partida baseada em sobrecorrente residual para a proteção de


admitância permite um princípio de proteção de múltiplos estágios. Por exemplo,
uma instância do EFPADM poderia ser utilizada como alarme para detectar falhas
com uma alta resistência de falha utilizando um valor relativamente baixo para
Valor de início de tensão . Outra instância do EFPADM poderia então ser definida
para desarme com uma menor sensibilidade ao selecionar um valor maior no ajuste
Valor de início de tensão do que na instância de alarme (estágio).

Para aplicar a proteção de admitância de neutro, são necessárias pelo menos os


seguintes dados de rede:

• Método de aterramento do sistema


• Valor máximo de Uo durante o estado sadio
• Máxima corrente de falha à terra do alimentador protegido quando a
resistência da falha Rf for de zero ohm
• Corrente de falha de terra descompensada máxima do sistema (Rf = 0 ohm)
• Corrente nominal do resistor paralelo da bobina (esquema de corrente forçada
ativa ) no caso de uma rede neutra compensada.
• Corrente nominal do resistor de aterramento neutro no caso de um sistema de
alta-resistência aterrado
• Conhecimento da magnitude do Uo como função da resistência falha para
verificar a sensibilidade da proteção em termos da resistência falha

A figura 119 mostra a influência da falha de resistência na magnitude da tensão


residual em redes não aterradas e compensadas. Tal informação deve estar
disponível para a verificação do correto ajuste do Valor de início de tensão o que
ajuda a cumprir os requisitos para a sensibilidade da proteção no que diz respeito à
falha de resistência.

Série 615 265


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Sem aterramento Ressonância ,K =1 Sobre/Subcompensado , K = 1.2/0.8


100 100 100
90 90 90
80 Rf = 500 ohm 80 80
Rf = 2500 ohm

(%)

(%)

(%)
70 70 70
Rf = 5000 ohm

Tensão residual
Tensão residual
60 60 60

Tensão residual
Rf = 10000 ohm
50 50 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Falha de corrente total no terra (A),
Rf = 0 ohm Falha de corrente total no terra (A),
Rf = 0 ohm (A), Rf = 0 ohm
Falha de corrente total no terra
GUID-2F3654EF-9700-4FB7-B73C-85F7ED5D8EEF V1 PT

Figura 119: A influência da falha de resistência da magnitude da tensão


residual em redes de 10 kV não aterradas e compensadas A
resistência de fuga é considerada 30 vezes maior do que o valor
absoluto da reatância capacitiva da rede. Considera-se que o
resistor paralelo da bobina de compensação esteja desconectado.

Sem aterramento Ressonância ,K =1 Sobre/Subcompensado , K = 1.2/0.8


100 100 100
90 90 90
80 Rf = 500 ohm 80 80
Rf = 2500 ohm
(%)

(%)

(%)
70 70 70
Rf = 5000 ohm

Tensão residual
Tensão residual

60 60 60
Tensão residual

Rf = 10000 ohm
50 50 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Falha de corrente total no terra (A),
Rf = 0 ohm Falha de corrente total no terra (A),
Rf = 0 ohm (A), Rf = 0 ohm
Falha de corrente total no terra
GUID-3880FB01-5C89-4E19-A529-805208382BB1 V1 PT

Figura 120: A influência da falha de resistência da magnitude da tensão


residual em redes de 15 kV não aterradas e compensadas. A
resistência de fuga é considerada 30 vezes maior do que o valor
absoluto da reatância capacitiva da rede. Considera-se que o
resistor paralelo da bobina de compensação esteja desconectado.

Sem aterramento Ressonância ,K =1 Sobre/Subcompensado , K = 1.2/0.8


100 100 100
90 90 90
80 Rf = 500 ohm 80 80
Rf = 2500 ohm
(%)

(%)

(%)

70 70 70
Rf = 5000 ohm
Tensão residual
Tensão residual

60 60 60
Tensão residual

Rf = 10000 ohm
50 50 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Falha de corrente total no terra (A),
Rf = 0 ohm Falha de corrente total no terra (A),
Rf = 0 ohm (A), Rf = 0 ohm
Falha de corrente total no terra
GUID-6321328D-6C17-4155-A2DF-7E1C47A44D53 V1 PT

Figura 121: A influência da falha de resistência da magnitude da tensão


residual em redes de 20 kV não aterradas e compensadas. A
resistência de fuga é considerada 30 vezes maior do que o valor
absoluto da reatância capacitiva da rede. Considera-se que o
resistor paralelo da bobina de compensação esteja desconectado.

266 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Exemplo
Em uma rede de compensação de 15 kV e 50 Hz, o valor máximo de Uo durante o
estado sadio é de 10%xUph. A corrente máxima de falha à terra do sistema é de
100A. A corrente máxima de falha de terra do alimentador protegido é de 10 A (Rf
= 0 ohm). O esquema de corrente forçada ativa aplicado utiliza um resistor de 15 A
resistor, que está conectado em paralelo à bobina durante a falha após atraso de 1.0
segundo.

Solução: A condição de sobretensão residual interna da EFPADM é usada como


condição de início para a proteção de admitância de neutro. O parâmetro Valor de
início de tensão deve ser configurado acima do estado sadio máximo da Uo of
10%xUph em uma margem sadia.

Valor de início de tensão = 0,15 xUn

De acordo com a Figura 120, esta seleção garante ao menos sensibilidade


correspondente a resistência de falha de 2000 ohm quando o grau de compensação
variar entre 80% e 120%. A maior sensibilidade é atingida quando o grau de
compensação estiver próxima à ressonância máxima.

Uma corrente de falha à terra de 10 A poderá ser convertida em admitância.

10 A
Y Fdtot = ≈ j ⋅1.15 milliSiemens
15kV 3
GUID-3631BAB9-7D65-4591-A3D6-834687D0E03C V1 PT

Um resistor paralelo de corrente de 15 A pode ser convertida em admitância.

15 A
Gcc = ≈ 1.73 milliSiemens
15kV 3
GUID-4B7A18DE-68CB-42B2-BF02-115F0ECC03D9 V1 PT

De acordo com a Equação 17, durante a falha externa o EFPADM mede a seguinte
admitância:

Yo = −Y Fdtot ≈ − j ⋅1.15 milliSiemens


GUID-AD02E209-1740-4930-8E28-AB85637CEF0D V1 PT

De acordo com a Equação 22, durante a falha interna o EFPADM mede a


admitância após a conexão do resistor paralelo:

Yo = Y Bgtot + Y CC ≈ (1.73 + j ⋅ B ) milliSiemens


GUID-28AF4976-1872-48A1-ACC7-7CC3B51CD9D8 V1 PT

Onde a parte imaginária da admitância, B, depende do ajuste da bobina (grau de


compensação).

A característica de admitância é selecionada para ser uma conjunto de sobre-


-condutância e e sobre-susceptância, com quatro linhas de fronteira:

Modo de operação = "Go, Bo"

Série 615 267


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Funções de proteção

O modo direcional = "Não-direcional"

A característica de admitância é ajustada para cobrir a admitância total do


alimentador protegido com uma margem apropriada, veja a Figura 122.

Condutância direta = 1,73 mS · 0,2 ≈ 0,35 mS

Condutância reversa = -1,0 mS (range válido aproximado 0,5 · 1,15 - 1,2 · 1,73 =
-0,6...-2,1)

Susceptância direta = 0,1 mS

Susceptância reversa = -1,15 mS · 1,2 ≈ -1,4 mS

5 5
Go (mS) Go (mS)
4 4

3 3 OPERATE OPERATE

2 2

1 1
0.1 mS
0 0
Bo (mS) Bo (mS)
-1 -1

-2
Falha inversa:
-2
-1.4 mS
Falha direta,
Yo ≈ -j*1.15mS
-3 Yo ≈ 1.73+j*Bo mS -3 -1.0 mS 0.35 mS

-4 -4 OPERATE OPERATE

-5 -5
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
GUID-AE9BB46E-B927-43F6-881A-A96D3410268D V1 PT

Figura 122: Admitâncias do exemplo

4.2.4.7 Sinais
Tabela 231: Sinais de entrada EFPADM
Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Uo SIGNAL 0 Tensão residual
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio
RELEASE BOOLEAN 0=Falso Disparo externo para liberar a proteção de
admissão neutra

Tabela 232: Sinais de saída EFPADM


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

268 Série 615


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Funções de proteção

4.2.4.8 Configurações
Tabela 233: Ajustes de grupo EFPADM
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida de 0.05...5.00 xUn 0,01 0,05 Valor de partida de tensão
tensão
Modo direcional 1=Não-direcional 2=Para frente Modo direcional
2=Para frente
3=Reverso
Modo operacional 1=Yo 1=Yo Critério de operação
2=Go
3=Bo
4=Yo, Go
5=Yo, Bo
6=Go, Bo
7=Yo, Go, Bo
Tempo de operação 60...200000 ms 10 60 Tempo de operação
Raio do Círculo 0.05...500.00 mS 0,01 1.00 Raio de círculo de admitância
Condutância do círculo -500.00...500.00 mS 0,01 0.00 Ponto central do círculo de admitância,
condutância
Susceptância do círculo -500.00...500.00 mS 0,01 0.00 Ponto central do círculo de admitância,
susceptância
Condutância direta -500.00...500.00 mS 0,01 1.00 Limiar de condutância em direção direta
Condutância reversa -500.00...500.00 mS 0,01 -1.00 Limiar de condutância em direção reversa
Ângulo da condutância -30...30 deg 1 0 Ângulo da condutância de fronteira
Susceptância direta -500.00...500.00 mS 0,01 1.00 Limiar de susceptância em direção
contínua
Susceptância reversa -500.00...500.00 mS 0,01 -1.00 Limiar de susceptância em direção
reversa
Ângulo da susceptância -30...30 deg 1 0 Ângulo de inclinação da linha do limite
de susceptância

Tabela 234: Ajustes de grupo não-EFPADM


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo de admitância Clc 1=Normal 1=Normal Modo de cálculo de admissão
2=Delta
Tempo de atraso de reset 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reset
Reversão de polaridade 0=Falso 0=Falso Quantidade de polarização rotativa
1=Verdadeiro
Corrente mínima de 0.01...1.00 xIn 0,01 0,01 Corrente mínima de operação
operação
Tensão mínima de 0.01...1.00 xUn 0,01 0,01 Tensão operacional mínima
operação
Io signal Sel 1= Io medido 1= Io medido Seleção para sinal Io utilizado
2= Io calculado
Uo signal Sel 1= Uo medido 1= Uo medido Seleção para sinal Uo utilizado
2= Uo calculado

Série 615 269


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Funções de proteção

4.2.4.9 Dados monitorados


Tabela 235: Dados monitorados EFPADM
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo inicial/
tempo de operação
FAULT_DIR Enum 0=desconhecido Direção de falha
1=para frente detectada
2=para trás
3=ambos
COND_RES FLOAT32 -1000.00...1000. mS Parte real da admissão
00 neutra calculada
SUS_RES FLOAT32 -1000.00...1000. mS Parte imaginária da
00 admissão neutra
calculada
EFPADM Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.2.4.10 Dados técnicos


Tabela 236: Dados técnicos EFPADM
Característica Valor
Precisão de operação1) Na frequência f = fn

±1,0% or ±0,01 mS
(Na faixa de 0,5 - 100 mS)

Tempo de partida2) Mínimo Típico Máximo


56 ms 60 ms 64 ms
Tempo de reinício 40 ms
Precisão de tempo ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
operacional
Supressão de -50dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…
harmônicos

1) Uo = 1,0 x Un
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinalização Resultados com base na distribuição estatística
de 1000 medições.

270 Série 615


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Funções de proteção

4.3 Proteção diferencial

4.3.1 Proteção diferencial de linha e medições relacionadas,


estágios estabilizado e instantâneo LNPLDF

4.3.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção diferencial de linha e LNPLDF 3dI>L 87L
medições relacionadas, estágios
estabilizado e instantâneo

4.3.1.2 Bloco de funções

GUID-F7ECAC0B-14B5-444C-9282-59AC32380576 V1 PT

Figura 123: Bloco de funções

4.3.1.3 Funcionalidade

A proteção de diferencial de linha de fase segregada LNPLDF é usada como


proteção diferencial de alimentador para as linhas e cabos de rede de distribuição.
LNPLDF inclui estágios baixos e altos estabilizados e não-estabilizados.

O estágio baixo estabilizado fornece uma limpeza rápida das falhas enquanto
permanecendo estável com correntes altas passando através da zona protegida
aumentando os erros nas mensurações de corrente. A restrição da segunda
harmônica garante que o estágio baixo não opere devido ao início do transformador
comutado. O estagio alto fornece limpeza muito rápida de falhas graves com uma
curva diferencial alta independente de sua harmônica.

O tempo operacional característico para o estágio baixo pode ser selecionado para
estar tanto em tempo definido (TD) ou tempo mínimo definido inverso (TMDI). O
inter-trip direto garante que ambas as pontas estejam sempre operando, mesmo sem
critérios locais.

Série 615 271


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.3.1.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A função pode também ser ajustada no modo teste ajustando o Operação ajuste em
"Test/blocked".

A operação de proteção diferencial de linha e das medições relacionadas,


estabilizadas e instantâneas pode ser descrita utilizando-se um diagrama de
módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

GUID-44304073-30AC-4EEA-889C-2D9410DC1180 V1 PT

Figura 124: Diagrama de módulo funcional. I_LOC_x corresponde à corrente


da ponta local e I_REM_x para as correntes de fase das pontas
remotas.

Detector de Inrush
As correntes de inrush de transformadores causam elevados graus de segundo
harmônico às correntes medidas de fase. O detector de inrush detecta situações de
inrush em transformadores. O bloqueio local com base no segundo harmônico é
selecionado para uso com o parâmetro restraint mode. O bloqueio para o estágio
baixo na extremidade local é emitido quando o segundo bloqueio harmônico é
selecionado e o inrush é detectado.

O detector de inrush calcula a proporção da segunda corrente harmônica


I_2H_LOC_A e a corrrente fundamental de frequência I_1H_LOC_A. O valor
calculado é comparado ao valor de parâmetro do Start Value 2.H . Se o valor
calculado exceder o valor de ajuste e a corrente fundamental de frequência
I_1H_LOC_A for mais do que sete por cento da corrente nominal, o sinal de saída
BLK2H_A é ativado. O detector de inrush lida com as outras fases da mesma forma.

272 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

O inrush do transformador detectado localmente é também transferido para o


remoto como um sinal binário de indicação independente do valor do parâmetro de
configuração restraint mode. Quando o bloqueio interno do estágio baixo
estabilizado é ativado, as saídas RSTD2H_LOC e RSTD2H_REM também serão
ativadas ao mesmo tempo tanto quando o inrush tiver sido detectado na
extremidade local ou remota ou em ambas as extremidades.

GUID-92818F6B-4FB7-4D5C-AF64-36786F31AED8 V1 PT

Figura 125: Lógica de detecção de corrente de inrush

Cálculo diferencial
O princípio operacional é calcular em ambos os terminais a corrente diferencial a
partir das correntes entrando e saindo da zona de proteção por meio da utilização
dos canais digitais de comunicação para troca de dados. As correntes diferenciais
são quase zero em operação normal. A proteção diferencial é fase segregada e as
correntes diferenciais são calculadas em ambos os terminais de forma separada.

GUID-FD294556-1B8C-4054-ABF0-31DD6380BB56 V1 PT

Figura 126: Princípio de proteção básica

A corrente diferencial I∆ (Id) do IED é obtida em ambos os terminais com a fórmula:

I d = I LOC + I REM
GUID-9C08695B-8241-4B74-AA2A-B64783F9C288 V2 PT (Equação 28)

Série 615 273


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Funções de proteção

A corrente de estabilização Ibias (Ib) do IED é obtida em ambos os terminais com a


fórmula:

I LOC − I REM
Ib =
2
GUID-6014FAFC-12CB-4DB3-85A9-0EF254D1729D V2 PT (Equação 29)

Dependendo da localização dos pontos em estrela dos transformadores de corrente,


a polaridade das correntes locais e remotas pode ser diferente, causando
funcionamento defeituoso dos algoritmos de cálculo. A relação de transformação
do TC pode ser diferente e isso precisa ser compensado para fornecer um resultado
de cálculo de corrente diferencial correto em ambos os terminais.

As configurações relacionadas às características de operação são dadas em


unidades como porcentagem da corrente nominal secundária do transformador de
corrente em cada IED de extremidade de linha. Para a configuração primária real, a
relação do TC correspondente em cada extremidade de linha tem de ser
considerada. Um exemplo de como o parâmetro CT ratio correction deve ser
selecionados em ambas as extremidades de linha no caso-exemplo para compensar
a diferença nos níveis nominais. Por exemplo, 160A no circuito primário seria
igual a 160A/800Ax100% = 20% como o valor de configuração para IED (A) e 160A/
400Ax100% = 40% para IED (B). O parâmetro de CT ratio correction é fornecido
no caso de transformadores de corrente com razões diferentes serem usados nos
dois IEDs. Isso não tem efeito nas reais configurações do estágio de proteção.

GUID-646CC890-AEE6-4217-87FC-9D0BA06B207C V1 PT

Figura 127: Exemplo de corrente diferencial durante falha externa

CT connection type é escolhido com base em duas possibilidades:


• "Type 1" é selecionado em ambas as extremidades quando a direção da
corrente secundária para secundária local e remota for a oposta (padrão).
"Type 1" deve ser usado quando a ligação em estrela do transformador de
corrente for localizada no lado do barramento em ambos os IEDs de
extremidade de linha ou, de forma alternativa, quando a ligação em estrela do

274 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

transformador de corrente for localizada no lado da linha em ambos os IEDs


de extremidade de linha.
• "Type 2" é selecionado em ambas as extremidades quando as direções da
corrente secundária para secundária local e remota for a mesma. "Type" deve
ser usado quando a ligação em estrela do transformador de corrente for
localizada no lado da linha em um IED de extremidade de linha e no lado do
barramento no outro IED de extremidade de linha.

Fail safe function


Para evitar funcionamento defeituoso durante interferência de comunicação, a
operação de LNPLDF é bloqueada quando a supervisão de comunicação de
proteção detectar interferência grave no canal de comunicação. O estágio de reset
do temporizador é ativado no caso do estágio estabilizado ser iniciado durante uma
interrupção de comunicação.

GUID-010E1FF3-D7B0-42C8-9179-09F753D7DFC3 V1 PT

Figura 128: Lógica de operação da função de segurança contra falhas

A função pode também ser configurada no estado "Test/blocked" com a


configuração Operation . Isso pode também ser utilizado durante o comissionamento.

A entrada BLOCK é fornecida para bloquear a função com a lógica. Quando a


função é bloqueada, os dados monitorados e valores medidos estão ainda
disponíveis, mas as saídas binárias estão bloqueadas. Quando a função é
bloqueada, o inter-desarme direto é também bloqueado.

A saída PROT_ACTIVE está sempre ativa quando a função de proteção for capaz
de operar. PROT_ACTIVE pode ser usado como sinal de bloqueio para funções de
proteção de backup.

Stabilized low stage


No estágio baixo estabilizado, quanto mais aumentar a corrente de carga, maior a
corrente diferencial exigida para desarme. Isso acontece em operação normal ou
durante falhas externas. Quando uma falha interna acontecer, as correntes em

Série 615 275


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Funções de proteção

ambos os lados do objeto protegido fluem em direção á falha e fazem com que a
corrente de estabilização seja consideravelmente mais baixa. Isso faz com que a
operação seja mais sensível durante falhas internas. O estágio baixo inclui uma
funcionalidade de atraso de temporizador.

A característica do estágio baixo levando em consideração a corrente diferencial


aparente é influenciada por vários fatores:
• Pequenas cargas aproveitadas dentro da zona de proteção
• Erros de transformador de corrente
• Saturação de transformador de corrente
• Pequena assimetria do canal de envio e retorno de comunicação.
• Pequena corrente de carga de estado estabilizado.

O temporizador é ativado de acordo com o diferencial calculado, corrente de


estabilização e a característica diferencial configurada.

GUID-C5DA7D40-A17A-473F-A73D-6B291716C4A3 V1 PT

Figura 129: Lógica de operação do estágio baixo estabilizado.

A estabilização afeta a operação da função.

276 Série 615


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Funções de proteção

GUID-C7A3DFD3-1DDB-47EC-9C9A-B56FA4EDC69B V1 PT

Figura 130: Características operacionais da proteção. (LS) significa estágio


baixo e (HS) quer dizer estágio alto.

A inclinação da curva característica operacional da função diferencial varia nas


seções diferentes da extensão:
• Seção 1, onde 0,0 < Ib/In < Seção final 1. A corrente diferencial exigida para
desarme é constante. O valor da corrente diferencial é a mesma que a
configuração básica (Valor baixo de operação) selecionada para a função. A
configuração básica permite a aparição da corrente sem carga da linha, a
corrente com carga da carga aproveitada e incorreções menores dos
transformadores de corrente. Pode também ser usada para influenciar o nível
geral da característica operacional.
• Seção 2, onde Seção final 1 < Ib/In < Seção final 2. Isso é chamado de área de
influência da razão de início. Nessa seção, as variações na razão de início
afetam a inclinação da característica. Ou seja, qual é o tamanho da mudança
exigida para desarme na corrente diferencial em comparação com a mudança
na corrente com carga. A razão de início deve considerar erros de CT.
• Seção 3, onde Seção final 2 < Ib/In. Ao configurar a inclinação nessa seção, pode-
-se prestar atenção para evitar operação desnecessária da proteção quando
houver uma falha externa, e a corrente diferencial é principalmente produzida
por transformadores de corrente saturada.

A operação da proteção diferencial é baseada nas componentes de frequência


fundamentais. A operação é precisa e estável e o componente DC e as harmônicas
da corrente não causam operações indesejadas.

Série 615 277


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Funções de proteção

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída STR_LS_LOC. Dependendo do
valor do ajuste Tipo de curva operacional, as características do temporizador são
de acordo com DT ou IDMT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado
o valor ajustado com o Tempo de atraso operacional no modo DT ou o valor
máximo definido pela curva de tempo inversa, a entrada OPR_LS_LOC é ativada.
Quando o modo de operação estiver de acordo com IDMT, Valor baixo de
operação é usado como valor de referência (Valor inicial) nas equações IDMT
apresentadas na seção de características Padrões de tempo inverso.

Um estado de reinício do temporizador é ativado quando uma situação de retorno


acontece. A reinicialização é de acordo com as características do DT.

Para uma descrição detalhada das características do temporizador,


vide a seção Características gerais do bloqueio de função deste
manual.

Estágio alto instantâneo


Além do estágio baixo estabilizado, LNPLDF possui um estágio alto instantâneo.
A estabilização não é feita com o estágio alto instantâneo. O estágio alto
instantâneo opera imediatamente quando a amplitude de corrente diferencial for
mais alta do que o valor estabelecido da configuração Valor alto de operação . Se a
entrada ENA_MULT_HS estiver ativa, a configuração High operate value é
internamente multiplicada pela configuração High Op value Mult .

GUID-99000979-88BE-4A03-9F87-4A9608D91822 V1 PT

Figura 131: Lógica de operação de estágio alto instantâneo

Inter-desarme direto
O inter-desarme direto é usado para garantir a abertura simultânea dos disjuntores
em ambos os terminais da linha protegida quando uma falha for detectada. Tanto o
sinal de início como o de operação são enviados para o terminal remoto via
comunicação. O inter-desarme direto da proteção diferencial está incluso no
LNPLDF. A saída OPERATE combina os sinais de operação de ambos os estágios,

278 Série 615


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Funções de proteção

local e remoto, de forma que possa ser usada para o sinal de inter-desarme direto
localmente.

GUID-002B4F83-260D-4ADA-983E-9CB46DBF1228 V2 PT

Figura 132: Lógica de operação da função de inter-desarme direto

Os sinais de início e de operação são separadamente previstos para os estágios


baixo e alto, e em local e remoto.

Funcionalidade de bloqueio
Existem duas entradas independentes que podem ser usadas para bloquear a
função: BLOCK e BLOCK_LS. A diferença entre essas entradas é que BLOCK_LS
(quando VERDADEIRA) somente bloqueia o estágio baixo estabilizado, deixando
o estágio alto instantâneo operacional. BLOCK (quando VERDADEIRA) bloqueia
ambos os estágios e também a saída PROT_ACTIVE é atualizada de acordo com o
estado da entrada BLOCK, conforme descrito no capítulo de função de segurança de
Falha.

Série 615 279


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Funções de proteção

Os estados das entradas BLOCK e BLOCK_LS afetam somente o comportamento da


instância de proteção local. Quando um estágio de proteção diferencial de linha
(baixa estabilizada ou alta instantânea) é bloqueado, também os sinais remotos
recebidos relacionados ao estágio correspondente são ignorados (sinais de inter-trip
diretos recebidos da ponta remota). A funcionalidade de transferência de sinal
binário deve portanto ser usada para transferir as informações de bloqueio
adicionais possíveis entre os terminais locais e remotos quando o comportamento
lógico de bloqueio precisa ser o mesmo em ambos os lados da linha.

Modo de teste

A função diferencial de linha em um IED pode ser ajustada para modo de teste, ou
seja, a configuração Operação é estabelecida em “Teste/bloqueado”. Isso bloqueia
as saídas de proteção diferencial de linha em IED e configura o IED remoto em um
modo de teste remoto, de tal forma que as correntes injetadas sejam ecoadas com a
fase deslocada e amplitude configurável. É também possível que ambos os IEDs
estejam simultaneamente no modo de teste. Quando a função de proteção
diferencial de linha estiver no modo de teste:
• O IED do terminal remoto ecoa as amostras de corrente localmente injetadas
com a fase deslocada e amplitude configurável.
• A operação de ambos os estágios (baixo estabilizado ou alto instantâneo) é
bloqueada, e também a funcionalidade de inter-desarme direto é bloqueada
(tanto para receber como para enviar) no IED no qual o modo de teste está ativo.
• A função de proteção diferencial de linha de terminal remoto que está no modo
normal (On) não é afetada pelo terminal local que está no modo de teste. Isso
quer dizer que a função de terminal remoto é operativa, mas, ao mesmo tempo,
ignora as amostras de corrente recebidas de outro IED final que está no modo
de teste.
• A saída PROT_ACTIVE é falsa somente no IED que está no modo de teste no
momento.

280 Série 615


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Funções de proteção

GUID-8E76712C-5DA3-46DA-AC6A-3C05CDBAB5AF V1 PT

Figura 133: Operação durante a operação normal da proteção diferencial de


linha

GUID-FC28C85A-6199-4249-8E01-C8693B005D3D V1 PT

Figura 134: Operação durante a operação de teste da proteção diferencial de


linha

4.3.1.5 Comissionamento

O comissionamento do esquema de proteção do diferencial de linha seria difícil


sem nenhuma característica de suporte na funcionalidade devido à distância
relativamente longa entre os IEDs. Isso foi levado em consideração no projeto da
proteção do diferencial de linha. O canal de comunicação pode ser usado para
ecoar os fasor de corrente alimentados localmente da ponta remota. Ao usar este
modo, é possível verificar que o cálculo do diferencial é feito corretamente em
cada fase. Também, a operação de comunicação de proteção é levada em
consideração com o cálculo de corrente diferencial quando este modo de teste é usado.

Série 615 281


Manual Técnico
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Funções de proteção

Material necessário para testar o IED


• Configurações calculadas
• Diagrama de terminal
• Diagrama do circuito
• Manuais técnicos e de aplicação do IED
• Fonte única de corrente secundária de três fases
• Fonte de corrente primária de fase única
• Temporizador com interfaces de início e parada
• Fonte de voltagem auxiliar para o IEDs
• PC com software relacionado, um navegador de internet para HMI web

A configuração e instalação do IED devem ser completadas antes do teste.

O diagrama do terminal, disponível no manual técnico, é um diagrama geral de


IED. Observe que o mesmo diagrama nem sempre é aplicável a cada entrega
específica, especialmente para a configuração de todas as entradas e saídas
binarias. Portanto, antes do teste, verifique se o diagrama terminal disponível
corresponde ao IED.

Também, recomenda-se que os diagramas de circuito da aplicação estejam


disponíveis. Especialmente aqueles necessários para verificar os números do
bloqueio do terminal da corrente, desarme, alarme e possivelmente outros circuitos
auxiliares.

Os manuais técnico e de aplicação contem resumos de aplicativo e de


funcionalidade, blocos de função, diagramas lógicos, sinal de entrada e saída,
parâmetros de ajuste e dados técnicos organizados por função.

O requisito mínimo para aparelhos de teste de injeção de corrente secundária é a


habilidade de funcionar como fone de corrente de uma fase.

Prepare o IED para teste antes de testar uma função específica. Considere o
diagrama lógico da função de proteção testada ao realizar o teste. Todas as funções
incluídas no IED são testadas de acordo com as instruções de teste correspondentes
neste capítulo. As funções podem ser testadas em qualquer ordem de acordo com
as preferências do usuário. Portanto, as instruções de teste são apresentadas em
ordem alfabética. Somente as funções que estão em uso (Operação estiver em
"On") devem ser testadas.

A resposta do teste pode ser vista de formas diferentes:

• Sinais de saída binários


• Valores de dados monitorados no HMI local (sinais lógicos)
• Um PC com um navegador de internet para uso de HMI web (sinais lógicos e
fasors).

Todos os grupos de configuração usados devem ser testados.

282 Série 615


Manual Técnico
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Funções de proteção

Verifique as conexões óticas e elétricas externas


O usuário deve verificar a instalação para verificar se o IED está conectado a outras
partes necessárias do sistema de proteção. O IED e todos os circuitos conectados
precisam ser desenergizados durante a verificação.

Verificação dos circuitos TC


Os TCs devem ser conectados de acordo com o diagrama de terminais fornecido
com o IED, ambos relacionados às fases e polaridade. Os testes a seguir são
recomendados para cada TC primário ou núcleo de TC conectado ao IED.

• Teste de injeção primária para verificar a relação de corrente do TC, os fios


necessários até o IED de proteção e conexão correta da sequência de fase (isto
é L1, L2, L3).
• Verificação de polaridade para provar que a direção prevista do fluxo de
corrente secundária está correto para uma determinada direção do fluxo de
corrente primária. Este é um teste essencial para o bom funcionamento da
função direcional, proteção ou medição no IED.
• Medição da resistência de loop do secundário do TC para confirmar que a
resistência de loop cc do transformador de corrente está dentro da
especificação e que não existem conexões de alta resistência no enrolamento
ou fiação do TC.
• Teste de excitação do TC para assegurar que o núcleo correto do TC está
ligado ao IED. Normalmente, apenas alguns pontos ao longo da curva de
excitação são verificados para garantir que não há erros de fiação no sistema,
por exemplo, devido a um erro na conexão do núcleo do TC de medição para o
IED.
• Teste de excitação do TC a fim de confirmar que o transformador de corrente é
da classe de precisão correta e que não existem espiras em curto nos
enrolamentos do transformador de corrente. Curvas de projeto do fabricante
devem estar disponíveis para o transformador de corrente para comparar os
resultados reais.
• Verificação de aterramento dos circuitos secundários individuais do TC para
verificar que cada conjunto trifásico de TCs principais está devidamente
conectado à estação de aterramento e somente a um ponto elétrico.
• Verificação de resistência de isolamento.
• A identificação da fase do TC pode ser efetuada.

Ambos os lados primário e secundário devem ser desconectados da


linha e do IED ao plotar as características de excitação.

Se o circuito secundário do TC estiver aberto ou a sua ligação à


terra estiver desconectada ou for removida sem que o primário do
TC seja desenergizado primeiro, isto poderá acarretar em perigosos
níveis de tensão. Isto pode ser letal e causar danos ao isolamento. A
re-energização do primário do TC deve ser proibida enquanto o
secundário do TC estiver aberta ou fora da terra.

Série 615 283


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Verificação da fonte de alimentação


Verifique se a tensão de alimentação auxiliar permanece dentro da faixa permitida
para a entrada de tensão em todas as condições operacionais. Verifique se a
polaridade está correta antes de ligar o equipamento.

Verificando circuitos binários I/O


Sempre verifique os circuitos de entrada binários dos equipamentos de interface
com o IED para se assegurar que todos os sinais estão corretamente conectados. Se
não há necessidade de testar uma entrada específica, o cabeamento correspondente
pode ser desconectado do IED durante os testes. Verifique todos os sinais
conectados para que tanto o nível de tensão de entrada e a polaridade estejam de
acordo com as especificações IED. Entretanto, atenção deve ser dada para as
instruções de segurança elétrica.

Sempre verifique os circuitos de saída binários dos equipamentos com interface


com o IED para se assegurar que todos os sinais estão corretamente conectados. Se
não há necessidade de testar uma saída específica, o cabeamento correspondente
pode ser desconectado do IED durante os testes. Verifique todos os sinais
conectados para que tanto a carga e a polaridade estejam de acordo com as
especificações IED. Entretanto, atenção deve ser dada para as instruções de
segurança elétrica.

Verificação das conexões ópticas


Verifique se as conexões ópticas Tx e Rx estão corretas.

Um IED equipado com ligações ópticas requer um comprimento


mínimo de 180 mm para os cabos de fibras plásticas e 275 mm para
os cabos de fibra de vidro. O raio de curvatura mínimo permitido
tem que ser verificado através do fabricante do cabo óptico.

Aplicando configurações necessárias para o IED


Baixe todas as configurações calculadas e parâmetros de transformador de medição
no IED.

Conectando equipamento de teste ao IED


Antes de testar, conecte o equipamento de teste de acordo com diagrama de
conexão específico IED.

Preste atenção à conexão correta dos terminais de entrada e saída de corrente.


Verifique que os sinais lógicos de entrada e saída no diagrama lógico da função sob
teste estejam conectados às entradas e saídas binárias correspondentes do IED.
Também, verifique a seleção de fonte de tensão auxiliar correta de acordo com o
módulo de alimentação do IED. Também, verifique a seleção de fonte de tensão
auxiliar correta de acordo com o módulo de alimentação do IED.

284 Série 615


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Funções de proteção

GUID-F1F4E199-8B6A-4066-ACCB-07FE4F887417 V1 PT

Figura 135: Exemplo de conexões para testar o diferencial de linha IED

Injeção de corrente secundária


Há dois modos alternativos para verificar a operação de um IED de diferencial de
linha. Não há métodos exclusivos para cada um e podem ser usados para vários
testes no IED.

Modo normal
No modo normal, isto é, o modo onde a função está em operação normal, o IED
final local manda fasores para o IED final remoto e recebe fasores medidos pelo
IED final remoto. Esse modo pode ser usado para testar o nível operacional e
tempo dos estágios altos e baixo do IED final local. Isso se deve à situação de teste
quando a ponta remota não mede nenhuma corrente, e portanto, todas as correntes
alimentadas no circuito de corrente final local são vistas como corrente diferencial
em ambas as pontas.

O teste da proteção do diferencial de linha é feito com ambos os IEDs separados


geograficamente um do outro. É importante observar que ações locais em um IED
causam operação também no IED localizado remotamente. Ao testar a função do
diferencial de linha, as ações devem ser feitas em ambos os IEDs.

Série 615 285


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Antes do teste, o sinal de trip do disjuntor deve estar bloqueado, por exemplo, ao
interromper o circuito de trip ao abrir o bloco terminal ou ao usar outro método
adequado.

Ao injetar corrente em uma fase no IED final local, a corrente é vista como uma
corrente diferencial em ambas as pontas. Se uma corrente Iinjetada for injetada, L1
na fase L1, as correntes diferenciais e estabilizadoras para a fase L1 são:
IDIFF _ A = 2 × IBIAS _ A = I injected
GUID-B5B84B9B-B26C-421F-B4D0-E301EE4883F3 V2 PT (Equação 30)

A operação é igual para as fases L2 e L3.

Verificando as configurações
Procedimento

1. Bloquear os sinais de desarme indesejados das unidades IED envolvidas.


2. Injetar a corrente na fase L1 e aumentar a corrente até que a função opere
para a fase L1.
A corrente operada injetada deve corresponder à configuração Valor baixo de
operação. Os valores monitorados para IDIFF_A e IBIAS_A devem ser
iguais à corrente injetada.
3. Repetir ponto 2 pela injeção de corrente nas fases L2 e L3.
4. Medir o tempo de operação ao injetar a corrente de fase única na fase 1.
A corrente injetada deve ser quatro vezes a corrente operacional. A medição
de tempo é finalizada pela saída de desarme da unidade IED.
5. Desconecte o equipamento de teste e reconecte os transformadores de
corrente e todos os outros circuitos, incluindo o circuito de desarme.

Método de eco de fasor


A função diferencial de linha em um IED pode ser configurada em modo de teste
especial, ou seja, a configuração Operação é estabelecida em “Teste/bloqueado”.
Quando este modo está sendo usado, o IED do terminal remoto ecoa fasores de
corrente localmente injetados de volta com a fase deslocada e amplitude
configurável. A função de diferencial de linha de terminal remoto também é
automaticamente bloqueada durante esta e a função diferencial de linha de terminal
remoto descarta os fasores que recebe do IED que está em modo de teste

Quando o modo de teste está ativo, o tipo de conexão CT e os valores de


parâmetros de correção da razão CT ainda são usados pela função de proteção de
diferencial de linha como no modo de operação normal. Esses podem ser usados
para mudar a fase (0 ou 180 graus) e configurar a amplitude dos fasores de retorno
ecoados. Por exemplo, se três correntes de fase são injetadas no terminal local IED
que também está configurado para o modo de teste, o tipo de conexão CT é o "Tipo
2" e o valor de parâmetro de correção da razão CT é 0,500.

286 Série 615


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Funções de proteção

GUID-6F26D761-CB1D-4D86-80AA-CEC95CEBC1A9 V1 PT

Figura 136: Um exemplo de situação de modo de teste onde três correntes de


fase são injetadas ao terminal IED local

GUID-21BCDEC5-2A22-4AEE-831E-BC8A72E40A64 V1 PT

Figura 137: Correntes terminais remotas e locais apresentadas em um HMI


web do IED

4.3.1.6 Aplicação

O LNPLDF é projetado para a proteção diferencial da linha suspensa e cabos de


alimentadores em uma rede de distribuição. O LNPLDF fornece seletividade
absoluta e tempos operacionais rápidos como proteção de unidade também em
linhas curtas onde a proteção de distância não pode ser aplicada.

Série 615 287


Manual Técnico
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Funções de proteção

O LNPLDF fornece proteção seletiva para topologias de rede radial, em loop e de


malha e pode ser usado em redes com neutro isolado, redes com resistência
aterrada, redes compensadas (impedância aterrada) e redes solidamente aterradas.
Em uma configuração de rede típica, onde o esquema de proteção diferencial de
linha é aplicado, a zona protegida, isto é, a linha ou cabo, é alimentada em duas
direções.

GUID-E9D80758-16A2-4748-A08C-94C33997E603 V1 PT

Figura 138: A proteção de linha com IEDs diferenciais de linha segregada de


fase

O LNPLDF pode ser utilizado para vários tipos de configurações ou topologias de


rede. O Caso A mostra a proteção de uma rede de distribuição em anel. A rede
também é usada no modo de anel fechado. O LNPLDF é usado como proteção
principal para diferentes setores do alimentador. No caso B, a interconexão de duas
sub-estações é feita com linhas paralelas, e cada linha é protegida com a proteção
diferencial de linha. No caso C, a linha de conexão para a geração de força de
escala média (tamanho típico de cerca de 10 - 50MVA) é protegida com a função
de diferencial de linha. No caso D, a conexão entre as duas sub-estações e um
transformador de distribuição pequeno é localizada no tap da carga. O uso de
LNPLDF não é limitado a essas aplicações.

288 Série 615


Manual Técnico
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Funções de proteção

GUID-64A6AADE-275F-43DA-B7D9-2B1340166A4D V1 PT

Figura 139: Aplicações de diferencial de linha

Supervisão de comunicação
Uma aplicação típica de proteção de diferencial de linha inclui LNPLDF como a
principal proteção. Backup de funções de sobrecorrente são necessários em caso de
uma falha na comunicação da proteção. Quando a função de supervisão de
comunicação detecta uma falha na comunicação entre as unidades protetoras, a
operação segura da linha ainda é garantida pelo bloqueio da proteção do diferencial
de linha e desbloqueio das funções de sobrecorrente.

Quando uma falha de comunicação é detectada, a função de supervisão de


comunicação de proteção emite o bloqueio para a proteção do diferencial de linha
LNPLDF e desbloqueia os estágios instantâneo e alto (instância 2) da proteção de
sobrecorrente. Esses são usados para fornecer proteção de backup para o IED de
proteção do alimentador de final remoto. Embora possa haver uma situação onde a
seletividade é mais fraca que o normal, a proteção deve ainda estar disponível para
o sistema.

Série 615 289


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-01A2A41E-2813-448D-953F-F9690578DEDE V1 PT

Figura 140: A supervisão de comunicação de proteção detecta falhas na


comunicação

Transformadores de baixa potência em um comutador


Com um transformador de potência relativamente baixa em um comutador de
linha, a proteção do diferencial de linha pode ser aplicado sem a necessidade de
medição de corrente do tap. Em tais casos, a função de diferencial de linha é
atrasada para correntes diferenciais baixas abaixo do limite alto estabelecido e o
LNPLDF coordena com os IEDs no tap relevante. Para correntes diferenciais acima
do limite estabelecido, a operação é instantânea. Como consequência, quando a
corrente de carga do tap é negligenciável, as falhas de linha resistiva baixas são
instantaneamente limpas ao mesmo tempo que a sensibilidade máxima para falhas
resistivas altas são mantidas mas com operação atrasada.

290 Série 615


Manual Técnico
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Funções de proteção

GUID-F1B36FF9-7463-4D8D-8EDC-70A09B52CAE9 V1 PT

Figura 141: Influência da corrente de carga do transformador do tap para a


configuração de estágio baixo estabilizado

O estágio estabilizado fornece tanto características TD e IDMT que são usadas para
fornecer proteção seletiva de tempo contra falhas externas à cobertura de estágio
instantânea. A impedância da linha é tipicamente uma ordem de magnitude menor
que a impedância do transformador fornecendo correntes de falha
significativamente maiores quando a falha é localizada na linha.

GUID-F9600D18-75B9-4EA5-8F9B-656FCB1FC938 V1 PT

Figura 142: Influência da corrente de curto circuito no lado LV do


transformador comutado à corrente diferencial

Série 615 291


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Funções de proteção

Detecção da corrente de inrush durante a partida do transformador


Quando a linha está energizada, a corrente de inrush de magnetização do
transformador é vista como corrente diferencial pela proteção do diferencial de
linha e pode causar mal-funcionamento da proteção se não considerado. A situação
de inrush pode somente ser detectada em uma das pontas, mas a corrente
diferencial é sempre vista em ambas as pontas. A corrente de inrush inclui
componentes harmônicos de ordem superior que podem ser detectadas e usadas
como critérios de bloqueio para o estágio estabilizado. A informação de detecção
de inrush é mudada entre as duas pontas então, o bloqueio rápido e seguro do
estágio estabilizado pode ser emitido em ambas as pontas.

BLOQUEADO BLOQUEADO

PARTIDA
ENTRANTE

GUID-0383F2EF-18CC-45A0-A9BC-E04658981495 V1 PT

Figura 143: O bloqueio do diferencial de linha funciona durante a corrente


detectada de partida do transformador

Se o estágio de proteção for permitido iniciar durante a situação de inrush, o atraso


de tempo pode ser selecionado de tal maneira que o estágio estabilizado não opere
na situação de inrush.

4.3.1.7 Sinais
Tabela 237: Sinais de entrada LNPLDF
Nome Tipo Padrão Descrição
I_LOC_A SIGNAL 0 Corrente local da fase A
I_LOC_B SIGNAL 0 Corrente local da fase B
I_LOC_C SIGNAL 0 Corrente local da fase C
Tabela continua na próxima página

292 Série 615


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Nome Tipo Padrão Descrição


I_REM_A SIGNAL 0 Corrente remoto da fase A
I_REM_B SIGNAL 0 Corrente remoto da fase B
I_REM_C SIGNAL 0 Corrente remoto da fase C
Block BOOLEAN 0=Falso Sinal para bloqueio de função
BLOCK_LS BOOLEAN 0=Falso Sinal para bloqueio de estágio stab.
ENA_MULT_HS BOOLEAN 0=Falso Habilita o multiplicador de alto estágio

Tabela 238: Sinais de saída LNPLDF


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN Estágio operacional, local ou remoto, estabilizado
ou instantâneo
START BOOLEAN Início, local ou remoto
STR_LS_LOC BOOLEAN Iniciar o o estágio estabilizado local
STR_LS_REM BOOLEAN Iniciar o estágio estabilizado remoto
OPR_LS_LOC BOOLEAN Opere o estágio estabilizado local
OPR_LS_REM BOOLEAN Opere o estágio estabilizado remoto
OPR_HS_LOC BOOLEAN Opere o estágio instantâneo local
OPR_HS_REM BOOLEAN Opere o estágio instantâneo remoto
RSTD2H_LOC BOOLEAN Restrição em razão do 2° harmônico local
detectado
RSTD2H_REM BOOLEAN Restrição em razão do 2° harmônico remoto
detectado
PROT_ACTIVE BOOLEAN Status de proteção, verdadeiro quando a função
está operante

4.3.1.8 Configurações
Tabela 239: Ajustes de grupo LNPLDF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Alto valor de operação 200...4000 %In 1 2000 Valor da operação de estágio instantâneo
High Op value Mult 0.5...1.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o alto valor
de operação de estágio
Valor baixo de operação 10...200 %In 1 10 Ajuste básico para o início de estágio
estabilizado
Seção final 1 0...200 %In 1 100 Ponto de retorno entre a primeira e a
segunda linha das características de
operação
Seção de declive 2 10...50 % 1 50 Declive da segunda linha das
características de operação
Seção final 2 200...2000 %In 1 500 Ponto de retorno entre a segunda e a
terceira linha das características de
operação
Tabela continua na próxima página

Série 615 293


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Seção de declive 3 100...200 % 1 150 Declive da terceira linha das
características de operação
Tempo de atraso 45...200000 ms 1 45 Operar o tempo de atraso para estágio
operacional estabilizado
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção da curva de atraso para estágio
operacional 3=ANSI Norm. inv. Tempo estabilizado
5=ANSI Def.
Tempo
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
12=IEC Ext. inv.
15=IEC Def.
Tempo
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Multiplicador de tempo nas curvas IDMT
Start Value 2.H 10...50 % 1 20 A razão do 2° componente harmônico
para o componente fundamental exigido
para bloqueio

Tabela 240: Ajustes de grupo não-LNPLDF


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Modo operacional da função
4=teste/bloqueado
5=desligado
Modo de restrição 1=Nenhuma 1=Nenhuma Selecione quais modos de restrição
2=Harmonic2 estão em uso
Tempo de atraso de reset 0...60000 ms 1 0 Reiniciar o tempo de atraso para estágio
estabilizado
Tempo operacional 45...60000 ms 1 45 Tempo de operação mínima para as
mínimo curvas IDMT em estágio estabilizado
Correção de relação do 0.200...5.000 0,001 1,000 Correção remota da razão do
TC transformador de corrente de fase
Tipo de conexão do TC 1=Tipo 1 1=Tipo 1 Tipo de conexão CT. Determinado pelas
2=Tipo 2 direções dos transformadores de
corrente conectados.

4.3.1.9 Dados monitorados


Tabela 241: Dados monitorados LNPLDF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
I_INST_LOC_A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude local da fase A
I_INST_LOC_B FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude local da fase B
I_INST_LOC_C FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude local da fase C
I_INST_REM_A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude remota da
fase A após correção
I_INST_REM_B FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude remota da
fase B após correção
I_INST_REM_C FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude remota da
fase C após correção
Tabela continua na próxima página

294 Série 615


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Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


IDIFF_A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Corrente diferencial da
fase A
IDIFF_B FLOAT32 0.00...80.00 xIn Corrente diferencial da
fase B
IDIFF_C FLOAT32 0.00...80.00 xIn Corrente diferencial de
fase C
IBIAS_A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Corrente de
estabilização da fase A
IBIAS_B FLOAT32 0.00...80.00 xIn Corrente de
estabilização da fase B
IBIAS_C FLOAT32 0.00...80.00 xIn Corrente de
estabilização da fase C
I_ANGL_DIFF_A FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo de fase de
corrente diferencial entre
local e remoto, fase A
I_ANGL_DIFF_B FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo de fase de
corrente diferencial entre
local e remoto, fase B
I_ANGL_DIFF_C FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo de fase de
corrente diferencial entre
local e remoto, fase C
START_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo inicial/
tempo de operação
LNPLDF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado
IL1-diff-A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Amplitude de corrente
diferencial medida fase
IL1
IL2-diff-A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Amplitude de corrente
diferencial medida fase
IL2
IL3-diff-A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Amplitude de corrente
diferencial medida fase
IL3
IL1-bias-A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Amplitude de corrente
de polarização medida
fase IL1
IL2-bias-A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Amplitude de corrente
de polarização medida
fase IL2
IL3-bias-A FLOAT32 0.00...80.00 xIn Amplitude de corrente
de polarização medida
fase IL3

Série 615 295


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4.3.1.10 Dados técnicos

Tabela 242: LNPLDF Dados técnicos


Características Valor
Precisão da operação 1) Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

Estágio baixo ±2,5% do valor ajustado


Estágio alto ±2,5% do valor ajustado
Mínimo Normal Máximo

Estágio alto, tempo de operação 2)3) 22 ms 25 ms 29 ms

Tempo de reinício < 40 ms


Razão de reinício Normal 0,96
Tempo de atraso (estágio baixo) < 40 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5,0% do valor de ajuste ou ±20 ms 4)
tempo inverso

1) Com o canal simétrico de comunicação (como ao utilizar fibra ótica dedicada).


2) Sem atraso adicional no canal de comunicação (como ao utilizar fibra ótica dedicada).
3) Incluindo o tempo do contato de saída. Quando a corrente diferencial = 2 x Valor alto de operação
e fn = 50 Hz com enlace de fio do piloto galvânico + 5 ms.
4) Valor baixo de operação multiplica na faixa de 1,5 a 20.

4.3.2 Proteção diferencial estabilizada e instantânea para


transformadores de 2 enrolamentos TR2PTDF

4.3.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção diferencial instantânea e TR2PTDF 3dI>T 87T
estabilizada para transformadores de 2
enrolamentos

296 Série 615


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4.3.2.2 Bloco de funções

GUID-134E8524-738D-4232-A6BD-4C9BD2A62F8D V1 PT

Figura 144: Bloco de funções

4.3.2.3 Funcionalidade

A proteção diferencial do transformador TR2PTDF foi projetada para proteger


transformadores de dois enrolamentos e blocos gerador-transformador. A
TR2PTDF inclui estágios baixo polarizado e alto instantâneo.

O estágio baixo polarizado fornece uma folga rápida de falhas enquanto


permanecendo estável com correntes altas passando através da zona protegida
aumentando os erros nas mensurações de corrente. A restrição da segunda
harmônica e os algoritmos baseados na forma de onda garante que o estágio baixo
não funcione devido a correntes de partida do transformador. A restrição da quinta
harmônica garante que o estágio baixo não opere em corrente diferencial aparente
causada por uma superexcitação inofensiva do transformador.

O estagio alto instantâneo fornece uma eliminação muito rápida de falhas graves
com uma corrente diferencial elevada independentemente de suas harmônicas.

A característica do ajuste pode ser definida mais sensível com a ajuda da


compensação da posição do seletor de derivação. A correção da relação de
transformação devida a mudanças na posição de derivação é feita automaticamente
com base nas informações de status do seletor de derivação.

4.3.2.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção diferencial de transformador pode ser descrita utilizando-se


um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

Série 615 297


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Funções de proteção

GUID-3A506E19-4E77-4866-8EDC-6264823E1090 V1 PT

Figura 145: Diagrama de módulo funcional. I_x1 e I_x2 representam as


correntes de fase do enrolamento 1 e enrolamento 2

Cálculo diferencial
TR2PTDF opera, no que se refere à fase, em uma diferença de correntes de entrada
e de saída. A direção positiva das correntes visa o objeto protegido.

IW1 IW 2

Enrolamento 1 Enrolamento 2
(normalmente HV) (normalmente LV)

GUID-DABAB343-214F-4A86-ADC8-BFD8E64B25A7 V3 PT

Figura 146: Direção positiva das correntes

Id = I W 1 + I W 2
GUID-0B35503B-CA7D-4598-A1E4-59C9AA66012D V2 PT (Equação 31)

298 Série 615


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Em uma situação normal, nenhuma falha ocorre na área protegida por TR2PTDF.
Então, as correntes I W1 e I W 2 são iguais, e a corrente diferencial Id é zero. Na
prática, entretanto, a corrente diferencial desvia do zero em situações normais. Na
proteção de transformador de potência, a corrente diferencial é causada pelas
incorreções do TC, variações na posição do comutador de taps (se não
compensada), corrente em vazio do transformador e correntes de inrush
instantâneas do transformador. Um aumento na corrente de carga faz com que a
corrente diferencial, causada por incorreções do TC e a posição do comutador de
taps, cresça na mesma taxa percentual.

Em um IED diferencial polarizado em operação normal ou durante falhas externas,


quanto maior a corrente de carga, maior a corrente diferencial exigida para
desarme. Quando uma falha interna ocorre, as correntes em ambos os lados do
objeto protegido estão fluindo para ele. Isso faz com que a corrente de polarização
seja consideravelmente menor, o que faz com que a operação seja mais sensível
durante falhas internas.

IW1 − IW 2
Ib =
2
GUID-1403DDDA-D840-4746-A925-F426AC7A8608 V2 PT (Equação 32)

Se a corrente de polarização for pequena em comparação com a corrente


diferencial, ou se o ângulo de fase entre as correntes de fase da bobina 1 e bobina 2
for próximo de zero (em uma situação normal, a diferença de fase é de 180 graus),
uma falha ocorreu, com mais certeza, na área protegida pelo IED diferencial.
Depois, o ajuste do valor de operação para o estágio instantâneo é automaticamente
reduzido pela metade, e os sinais de bloqueio interno do estágio polarizado são
inibidos.

Correspondência de grupo de vetor de transformador


A diferença de fase das correntes do enrolamento 1 e enrolamento 2 que é causada
pelo grupo de vetor do transformador de potência é numericamente compensada. A
correspondência da diferença de fase é baseada na comutação de fase e conexão
delta numérica dentro do IED. O parâmetro de ajuste Tipo de bobina 2 determina
as conexões das bobinas de fase no lado de baixa tensão (“y”, ”yn”, ”d”, ”z”, ”zn”).
De forma similar, o parâmetro Tipo de bobina 1 determina a conexão no
enrolamento 1 (”Y”, ”YN”, ”D”, ”Z”, ”ZN”).

A correspondência de grupo de vetores pode ser implementada em ambas,


enrolamento 1 e enrolamento 2, ou somente no enrolamento 1 ou enrolamento 2,
em intervalos de 30° através do ajuste Número de relógio .

Quando a correspondência do grupo de vetores é Yy0 e Tipo de conexão do TC


estiver de acordo com "Tipo 2", o ângulo de fase das correntes de fase conectadas
ao IED não muda. Quando a correspondência de grupo de vetores for Yy6, as
correntes de fase são viradas em 180° no IED.

Série 615 299


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Funções de proteção

Exemplo 1
Correspondência do grupo de vetores de um transformador de potência conectada
ao Ynd11 no enrolamento 1, Tipo de conexão do TC de acordo com o tipo 1. O
ajuste Tipo de bobina 1 é ”YN”, Tipo de bobina 2 é “d” e Número de relógio é
“Num Rel 11”. Isso é compensado internamente fornecendo valor +30° de
compensação interna da bobina 1 e valor 0° de compensação interna da bobina 2:

I L1 − I L 2
I L1mHV =
3
I L 2 − I L3
I L 2 mHV =
3
I L 3 − I L1
I L 3mHV =
3
GUID-633921A4-D973-4BD2-BFDF-E9FF73C3B9E3 V1 PT (Equação 33)

Exemplo 2
Mas se o grupo de vetores for Yd11 e Tipo de conexão do TC estiver de acordo
com o tipo 1, a compensação é um pouco diferente. O ajuste Tipo de bobina 1
é ”Y”, Tipo de bobina 2 é “d” e Número de relógio é “Num Rel 11”. Isso é
compensado internamente fornecendo valor -30° de compensação interna da
bobina 1 e valor 0° de compensação interna da bobina 2;

I L1 − I L3
I L1mLV =
3
I L 2 − I L1
I L 2 mLV =
3
I L3 − I L 2
I L3mLV =
3
GUID-41089920-D9BF-4574-96FB-0B1F48019391 V1 PT (Equação 34)

As correntes laterais "Y" ficam intocados, ao passo que as correntes do lado "d"
são compensadas para corresponderem às correntes realmente fluindo nos
enrolamentos.

Nesse exemplo, não há corrente de neutro em ambos os lados do transformador


(presumindo-se que não há transformadores de aterramento instalados). No
exemplo anterior, no entanto, a correspondência é feita de forma diferente para ter
a corrente de neutro da bobina 1 compensada ao mesmo tempo.

Eliminação da componente de sequência zero


Caso o Número de relógio seja "Núm Rel 2", "Núm Rel 4", "Núm Rel 8" ou "Núm
Rel 10", a correspondência de grupo de vetores é sempre feita em ambas, bobina 1
e bobina 2. A combinação resulta na compensação correta. Nesse caso, o
componente de sequência zero é sempre removido de ambos os lados
automaticamente. O parâmetro de ajuste Eliminação A Zero não pode mudar isso.

300 Série 615


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Funções de proteção

Caso o Número de relógio for "Núm Rel. 1", "Núm Rel. 5", "Núm Rel. 7" ou "Núm
Rel. 11", a correspondência de grupo de vetores é feita em um lado somente. Um
possível componente de sequência zero das correntes de fase em falhas à terra
ocorrendo fora da área de proteção é eliminada na conexão delta numericamente
antes da corrente diferencial e a corrente de polarização serem calculadas. É por
isso que a correspondência de grupo de vetores é quase sempre feita no lado
conectado em estrela dos transformadores conectados "Ynd" e "Dyn".

Caso o Número de relógio seja "Núm Rel 0" ou "Núm Rel 6", o componente de
sequência zero das correntes de fase não é eliminado automaticamente em ambos
os lados. Portanto, o componente de sequência zero no lado conectado em estrela
que está aterrado em sua ligação tem de ser eliminado por meio do parâmetro
Eliminação A Zero.

O mesmo parâmetro tem de ser usado para eliminar o componente de sequência


zero se houver, por exemplo, um transformador à terra no lado conectado delta do
transformador de potência "Ynd" na área a ser protegida. Nesse caso, a
correspondência de grupo de vetores é normalmente feita no lado da conexão em
estrela. No lado da conexão em delta, a eliminação do componente de sequência
zero tem de ser selecionada separadamente.

Ao usar o parâmetro Eliminação A Zero , o componente de sequência zero das


correntes de fase é calculado e reduzido para cada corrente de fase:

1
(
I L1m = I L1 − x I L1 + I L 2 + I L3
3
)
1
(
I L 2 m = I L 2 − x I L1 + I L 2 + I L3
3
)
1
(
I L3m = I L3 − x I L1 + I L 2 + I L3
3
)
GUID-398EDAFF-4A32-4C39-AD75-1F6D19B8FF48 V1 PT (Equação 35)

Em muitos casos com ponto de neutro à terra de uma bobina


"estrela", é possível fazer a compensação de forma que o
componente de sequência zero das correntes de fase seja
automaticamente eliminado. Por exemplo, em um caso de um
transformador "Ynd", a compensação é feita no lado da bobina 1
para eliminar automaticamente o componente de sequência zero das
correntes de fase naquele lado (e o lado "d" não as possui). Nesses
casos, a eliminação explícita não é necessária.

Compensação da posição de comutador de tap


A posição do comutador de tap usado para controle de tensão pode ser
compensada, e as informações sobre a posição são fornecidas para a função de
proteção por meio da função de indicação da posição de comutador de tap
TPOSSLTC1.

Série 615 301


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Funções de proteção

De modo geral, o comutador de tap é localizado dentro da bobina de alta tensão, ou


seja, bobina 1, do transformador de potência. O parâmetro Enrolamento com
derivação especifica se o seletor de derivação está conectado ao enrolamento do
lado de alta tensão ou ao enrolamento de baixa tensão. Esse parâmetro é também
usado para habilitar e desabilitar a adaptação automática para a posição do
comutador de tap. Os possíveis valores são "Sem uso", "Bobina 1", "Bobina 2".

O parâmetro Tap nominal diz o número do tap, o que resulta na tensão nominal (e
corrente). Quando a posição da tap atual desviar desse valor, os valores de corrente
de entrada no lado em que o comutador de tap está são escalonados para igualar as
correntes no outro lado.

Um dimensionamento correto é determinado pela quantidade de etapas e a direção


do desvio do tap nominal e a mudança percentual na tensão resultante de um desvio
de uma etapa do tap. O valor percentual é estabelecido por meio do parâmetro
Etapa do tap .

A faixa operacional do comutador de tap é definida pelos parâmetros Tap mín do


enrolamento e Tap máx do enrolamento . O parâmetro Tap mín do enrolamento
indica o número da posição de derivação resultando no número efetivo mínimo de
voltas do enrolamento no lado do transformador ao qual o seletor comutador de tap
está conectado. De forma correspondente, o parâmetro Tap máx do enrolamento
indica o número do comutador de tap resultando no número efetivo máximo de
voltas do enrolamento.

O parâmetro Tap mín do enrolamento e Tap máx do enrolamento ajudam o


algoritmo de compensação de posição do comutador de tap a saber em qual direção
a compensação está sendo feita. Isso garante também que, se as informações da
posição atual do tap de corrente forem corrompidas por alguma razão, a adaptação
automática da posição do comutador de tap não tenta se adaptar a quaisquer valores
de posição não realísticos.

GUID-317C68F8-A517-458A-A5D0-32FCE6C5F547 V1 PT

Figura 147: Apresentação simplificada dos enrolamentos de alta tensão e


média tensão com demonstração dos parâmetros Tap máx do
enrolamento, Tap mín do enrolamento e Tap nominal .

O valor de posição está disponível por meio da visualização de dados monitorados


no LHMI ou por meio de outras ferramentas de comunicação na função de
indicação da posição de tap. Quando a qualidade do valor TAP_POS não for boa,

302 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

as informações de posição em TAP_POS não são usadas, mas, em vez disso, o


último valor com as informações de boa qualidade é usado. Além disso, a
sensibilidade mínima do estágio polarizado, estabelecida pelo ajuste Valor baixo de
operação, é automaticamente dessensibilizada com a faixa total da correção de
posição de tap. O novo valor baixo de operação é
Desensitized Low operate value = Low operate value + ABS ( MaxWinding tap − Min winding tap ) × Step of tap
GUID-2E5AD399-D8DD-4F64-A194-7540D55DB8ED V3 PT (Equação 36)

Bloqueio da segunda harmônica


As correntes de magnetização de inrush do transformador ocorrem no momento de
energização do transformador após um período de desenergização. A corrente de
partida pode ser muitas vezes a corrente nominal e o tempo de redução pela metade
pode ser de vários segundos. Para a proteção diferencial, a corrente de inrush
representa a corrente diferencial, que faria com que a proteção diferencial operasse
quase sempre quando o transformador estiver conectado à rede. Tipicamente, a
corrente de inrush contém uma quantidade grande de segundas harmônicas.

O bloqueio da operação do estágio baixo polarizado TR2PTDF em uma corrente de


magnetização de inrush é baseado na relação das amplitudes da segunda harmônica
digitalmente filtrada da corrente diferencial e frequência fundamental (Id2f /Id1f).

O bloqueio também previne operação indesejada na recuperação e inrushs. No


inrush de recuperação, a corrente de magnetização do transformador a ser
protegido aumenta momentaneamente quando a tensão retorna ao normal após a
eliminação de uma falha fora da área protegida. O inrush complacente é causada
pela energização de um outro transformador funcionando em paralelo com o
transformador protegido já conectado à rede.

A relação entre a segunda harmônica e um componente fundamental pode variar


consideravelmente entre as fases. Especialmente quando a compensação delta é
feita para um transformador conectado a Ynd1 e as duas fases das correntes de
partida são iguais, mas opostas em ângulo de fase, a subtração das fases em uma
compensação delta resulta em uma componente de segunda harmônica muito
pequena.

Algumas medidas têm que ser tomadas para evitar o falso disparo de uma fase que
tem uma relação baixa demais da segunda harmônica para o componente
fundamental. Uma forma poderia ser sempre bloquear todas as fases quando as
condições de bloqueio da segunda harmônica forem atendidas em, pelo menos,
uma fase. A outra forma é calcular as proporções ponderadas da segunda
harmônica para o componente fundamental para cada fase usando as proporções
originais das fases. A última opção é usada aqui. As proporções de segunda
harmônica I_2H_RAT_x são fornecidas em dados monitorados.

A relação a ser usada para bloqueio da segunda harmônica é, portanto, calculada


como uma média ponderada com base nas proporções calculadas a partir das
correntes diferenciais das três fases. A relação da fase referida tem peso maior em
comparação com as proporções das outras fases. Nesse IED, se os fatores de
ponderação forem quatro, um e um, quatro é o fator da fase de referência. A

Série 615 303


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

operação do estágio polarizado na fase de referência é bloqueada se a relação


ponderada daquela fase estiver acima do limite de bloqueio estabelecido Valor de
partida 2.H e se o bloqueio for habilitado por meio do parâmetro Modo de
restrição.

Usar o bloqueio independente para as fases individuais e médias ponderadas


calculadas paras as fases independentes fornece um esquema de bloqueio que é
estável nas correntes de partida de conexão.

Se o valor de pico da corrente diferencial for muito alto, ou seja Ir> 12 xIn, o limite
para o bloqueio da segunda harmônica é dessensibilizado (na fase em questão) ao
aumentá-la de forma proporcional até o valor de pico da corrente diferencial.

A conexão do transformador de potência em relação a uma falha dentro da área


protegida não atrasa a operação de desarme, porque, em tal situação, o bloqueio
com base na segunda harmônica da corrente diferencial é evitado por um algoritmo
independente com base em uma forma de onda diferente e uma taxa diferente de
mudança da corrente de partida normal e a corrente de partida contendo a corrente
falha. O algoritmo não elimina o bloqueio nas correntes de partida, a menos que
haja uma falha na área protegida.

O recurso pode ser também ativado e desativado com o parâmetro Desbloqueio de


harmônica 2.H .

Bloqueio de quinta harmônica


A inibição da operação TR2PTDF nas situações de excitação excessiva é baseada
na relação da quinta harmônica e o componente fundamental da corrente
diferencial (Id5f/Id1f). A relação é calculada de modo separado para cada fase sem
ponderar . Se a relação exceder o valor de ajuste Valor de partida 5.H e se o
bloqueio for habilitado por meio do parâmetro Modo de restrição, a operação do
estágio polarizado de TR2PTDF na fase de referência é bloqueada.As proporções
de quinta harmônica I_5H_RAT_x são fornecidas em dados monitorados.

Em níveis perigosos de sobretensão, que podem causar danos ao transformador, o


bloqueio pode ser eliminado de forma automática. Se a relação entre a quinta
harmônica e a componente fundamental da corrente diferencial excederem o
parâmetro Valor de parada 5.H , a remoção de bloqueio é habilitada. A habilitação
e desabilitação de recurso de desbloqueio são também feitos por meio do parâmetro
Desbloqueio de harmônica 5.H .

304 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

GUID-A97464D1-3085-4F27-B829-11EEC47CA654 V1 PT

Figura 148: Os limites e operação do bloqueio de quinta harmônica quando


ambos os recursos de bloqueio e desbloqueio forem habilitados
por meio do parâmetro de controle Desbloqueio de harmônica 5.H .

O bloqueio de quinta harmônica tem uma histerese para evitar flutuação rápida
entre "VERDADEIRA" e "FALSA". O bloqueio também tem um contador, que
conta as realizações consecutivas exigidas da condição. Quando a condição não for
atendida, o contador é diminuído (se >0).

Além disso, o desbloqueio da quinta harmônica tem uma histerese e um contador,


que conta as realizações consecutivas exigidas da condição. Quando a condição
não for atendida, o contador é diminuído (se >0).

Bloqueio de formas de onda


O estágio baixo polarizado pode sempre ser bloqueado com bloqueio de formas de
onda. O estágio não pode ser desabilitado com o parâmetro Modo de restrição .
Esse algoritmo tem duas partes. A primeira parte visa as falhas externas, enquanto
a segunda visa as situações de partida. O algoritmo tem critérios para um período
de corrente baixa durante partida quando a corrente diferencial (não derivativa)
também é verificada.

Estágio baixo polarizado


A proteção de diferencial de corrente precisa ser equilibrada, pois a possível
aparição de uma corrente diferencial pode ser decorrente de algo mais do que uma
falha real no transformador (ou gerador).

No caso de proteção de transformador, uma corrente diferencial falsa pode ser


causada por:
• Erros de TC
• Variação de posições de comutador de tap (se não for compensada de forma
automática)
• Corrente à vazio do transformador
• Correntes de inrush do transformador

Série 615 305


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

• Sobrexcitação do transformador sobretensão


• Situações de subfrequência
• Saturação TC em correntes altas passando pelo transformador.

A corrente diferencial causada por erros de TC ou posições do comutador de tap


aumenta na mesma relação percentual que a corrente de carga.

No caso de proteção de geradores, uma corrente diferencial falsa pode ser causada
por:
• Erros de TC
• Saturação de TC em correntes altas passando pelo gerador.

GUID-0E927DF9-5641-4CAE-B808-0B75EA09EA95 V1 PT

Figura 149: Lógica de operação do estágio baixo polarizado.

As altas correntes passando por um objeto protegido podem ser causadas pelos curtos-
-circuitos fora da área protegida, as grandes correntes alimentadas pelo
transformador na partida do motor ou situações de partida do transformador.
Portanto, a operação da proteção diferencial é polarizada em relação à corrente de
carga. Na proteção diferencial polarizada, quanto mais alta a corrente diferencial
exigida para a proteção funcionar, maior a corrente de carga.

306 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

A característica operacional do estágio baixo polarizado é determinada pelo Valor


baixo de operação, Seção de inclinação 2 e o ajuste do segundo ponto de inflexão
da curva característica operacional, Seção final 2 (o primeiro ponto de inflexão e a
inclinação da última parte da característica são fixadas). Os ajustes são os mesmos
para todas as fases. Quando a corrente diferencial exceder o valor operacional
determinado pela característica operacional, a função diferencial ativa. Se a
corrente diferencial ficar acima do valor operacional continuamente por um
período apropriado, que é 1,1 vez o ciclo fundamental, a saída OPR_LS é ativada.
A saída OPERATE é sempre ativada quando a saída OPR_LS está ativada

O estágio pode ser bloqueado internamente pela restrição da segunda ou quinta


harmônica, ou por algoritmos especiais detectando saturação do transformador,
corrente de partida e corrente em falhas externas. Quando a operação do estágio
baixo polarizado é bloqueada pela funcionalidade de bloqueio da segunda
harmônica, a saída BLKD2H é ativada.

Quando a operação do estágio baixo polarizado é bloqueada pela funcionalidade de


bloqueio da quinta harmônica, a saída BLKD5Hé ativadaAs saídas De forma
correspondente, quando a operação do estágio baixo polarizado é bloqueada pela
funcionalidade de bloqueio de forma de onda, a saída BLKDWAV é ativada
de acordo com as informações de fase.

Quando for necessário, as saídas de operação do estágio baixo polarizado podem


ser bloqueadas pelos sinais de controle externo BLK_OPR_LS ou BLOCK.

GUID-EAAB6851-B6A9-4A69-B962-1725A4928D54 V2 PT

Figura 150: Característica de operação para operação polarizada de TR2PTDF

O Valor baixo de operação do estágio polarizado da função diferencial é


determinado de acordo com a característica de operação:

Série 615 307


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Valor baixo de operação = Id1

A seção de inclinação 2 é determinada de forma correspondente:

Slope section 2 = Id 2 / Ib 2 × 100%


GUID-D1C2CAED-3D58-4405-A79D-17B203A8D3A9 V3 PT (Equação 37)

O segundo ponto de inflexão Seção final 2 pode ser definido na faixa de 100% a
500%.

A inclinação da curva característica operacional da função diferencial varia nas


seções diferentes da faixa.
• Na seção 1, onde 0% Ir < Ib < Seção final 1, Seção final 1 sendo fixada em
50% Ir, a corrente diferencial exigida para desarme é constante. O valor da
corrente diferencial é o mesmo que o Valor baixo de operação selecionado
para a função. O valor baixo de operação basicamente permite a corrente em
vazio do transformador de potência e pequenas incorreções dos
transformadores de corrente, mas pode ser usado também para influenciar o
nível geral da característica operacional. Na corrente nominal, as perdas a
vazio do transformador de potência são em torno de 0,2%. Se a tensão de
alimentação do transformador de potência repentinamente aumentar em
decorrência de distúrbios operacionais, a corrente de magnetização do
transformador aumenta também. Em geral, a densidade de fluxo magnético do
transformador é muito alta em tensão nominal, e um aumento na tensão em
alguns pontos percentuais faz com que a corrente de magnetização aumente até
dezenas de porcentagem. Isso deve ser considerado no valor baixo de operação
• Na seção 2, onde Seção final 1 < Ib/In < Seção final 2, é chamada área de
influência da Seção de inclinação 2. Nessa seção, variações na relação de
partida afetam a inclinação da característica, ou seja, qual é o tamanho de uma
mudança exigida para desarme na corrente diferencial em comparação com a
mudança na corrente com carga. A relação de partida deve considerar os erros
de CT e variações na posição do comutador de tap do transformador (se não
compensada). Relação de partida alta demais deve ser evitada, pois a
sensibilidade da proteção para detectar falhas entre voltas depende
basicamente da relação de partida.
• Na seção 3, onde Ib/In > Seção final 2, a inclinação da característica é
constante. A inclinação é de 100%, o que significa que o aumento na corrente
diferencial é igual ao aumento correspondente na corrente de polarização.

308 Série 615


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Funções de proteção

GUID-739E1789-778D-44BF-BD4A-6BD684BF041D V2 PT

Figura 151: Faixa de ajuste para estágio baixo polarizado

Se a corrente de bias for pequena em comparação com a corrente diferencial do


ângulo de fase entre as correntes de fase da bobina 1 e bobina 2 que é próximo de
zero (em uma situação normal, a diferença de fase é de 180 graus), é possível que
uma falha tenha ocorrido na área protegida pelo TR2PTDF. Em seguida, os sinais
de bloqueio interno do estágio polarizado são inibidos.

Estágio alto instantâneo


A operação de estágio alto instantâneo pode ser habilitada e desabilitada com o
ajuste Habilitação de ajuste alto . Os valores de parâmetros correspondentes são
"VERDADEIRO" e "FALSO".

A operação do estágio alto instantâneo não é polarizado. O estágio instantâneo


opera e a saída OPR_HS é ativada quando a amplitude do componente de
frequência fundamental da corrente diferencial exceder o ajuste Valor alto de
ajuste ou quando o valor instantâneo da corrente diferencial exceder 2,5 vezes o
Valor alto de operação. O fator 2,5 (=1,8 x √2) ocorre devido à corrente de curto
circuito assimétrica máxima.

Se a corrente básica for pequena em comparação com a corrente diferencial, ou o


ângulo de fase entre as correntes de fase da bobina 1 e bobina 2 for próximo de
zero (em uma situação normal, a diferença de fase é de 180 graus), uma falha
ocorreu na área protegida pelo TR2PTDF. Depois, o ajuste do valor de operação
para o estágio instantâneo é automaticamente reduzido pela metade, e os sinais de
bloqueio interno do estágio polarizado são inibidos.

Série 615 309


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-8B8EC6FC-DF75-4674-808B-7B4C68E9F3E8 V1 PT

Figura 152: Características operacionais da proteção. (LS) significa estágio


baixo polarizado e (HS) quer dizer estágio alto instantâneo.

A saída OPERATE é ativada sempre quando a saída OPR_HS ativa.

Os sinais de bloqueio interno da função diferencial não evitam o sinal de operação


do estágio de corrente diferencial instantâneo. Quando for necessário, as saídas de
operação do estágio alto instantâneo podem ser bloqueadas pelos sinais de controle
externo BLK_OPR_HS ou BLOCK.

GUID-9AACAC66-BF72-430C-AAC7-2E52C3DC4487 V1 PT

Figura 153: Lógica de operação de estágio alto instantâneo

Reset dos sinais de bloqueio (desbloqueio)


Todos os três sinais de bloqueio, ou seja, forma de onda e segunda e quinta
harmônica, possuem um contador, o qual mantém o bloqueio em um certo
momento após as condições de bloqueio tiverem cessado para serem atendidas. O
desbloqueio ocorre quando esses contadores tiverem decorrido. Esse é um caso
normal de desbloqueio.

Os sinais de bloqueio podem ser restabelecidos imediatamente se uma corrente


diferencial muito alta for medida ou se a diferença de fase das correntes
comparadas (o ângulo entre as correntes comparadas) estiver próxima de zero após

310 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

a correspondência automática de grupo de vetores (em uma situação normal, a


diferença de fase é de 180 graus). No entanto, isso não restabelece os contadores
mantendo os bloqueios; por isso, os sinais de bloqueio podem retornar quando
essas condições não forem mais válidas.

Funcionalidade de bloqueio externo


TR2PTDF possui três entradas para bloqueio.
• Quando a entrada BLOCK estiver ativa ("VERDADEIRA"), a operação da
função é bloqueada, mas os sinais de saída de medição ainda são atualizados.
• Quando a entrada BLK_OPR_LS estiver ativa ("VERDADEIRA"), TR2PTDF
opera normalmente, exceto se a saída OPR_LS não estiver ativa ou ativada em
qualquer circunstância. Além disso, a saída OPERATE pode ser ativada
somente pelo estágio baixo instantâneo (se não estiver bloqueado também).
• Quando a entrada BLK_OPR_HS estiver ativa ("VERDADEIRA"), TR2PTDF
opera normalmente, exceto se a saída OPR_HS não estiver ativa ou ativada em
qualquer circunstância. Além disso, a saída OPERATE pode ser ativada
somente pelo estágio baixo polarizado (se não estiver bloqueado também).

4.3.2.5 Aplicação

TR2PTDF é uma função de proteção de unidade servindo como proteção principal


para transformadores em caso de defeito do enrolamento. A zona protetiva de uma
proteção diferencial inclui o transformador, o trabalho de barramento ou os cabos
entre o transformador de corrente e o transformador de potência. Quando
transformadores de corrente de bucha são utilizados para o IED diferencial, a zona
protetiva não inclui o trabalho de barramento ou os cabos entre o disjuntor de
corrente e o transformador de potência.

Em algumas subestações, há uma proteção diferencial de corrente para a barra


coletora. A proteção da barra coletora inclui trabalho de barramento ou cabos entre
o disjuntor e o transformador de potência. Defeitos elétricos internos são muito
sérios e causam dano imediato. Curto-circuitos e defeitos de ligação à terra nos
enrolamentos e terminais são normalmente detectados pela proteção diferencial. Se
voltas suficientes forem curto-circuitadas, os defeitos entre voltas, que são
centelhas entre os condutores dentre do mesmo enrolamento físico, também são
detectados. Os defeitos entre voltas são as falhas de enrolamento do transformador
mais difíceis de detectar com proteções elétricas. Um pequeno defeito entre voltas
incluindo poucas voltas resulta em uma quantidade de corrente indetectável até que
o defeito se transforme em falha de ligação à terra. Portanto, é importante que a
proteção diferencial tenha um nível alto de sensibilidade e que seja possível utilizar
um ajuste de sensível sem causar operações inesperadas para defeitos externos.

É importante que o transformador defeituoso seja desconectado o mais rápido


possível. Como TR2PTDF é uma função de proteção de unidade, ela pode ser
projetada para disparo rápido, proporcionando, assim, uma desconexão seletiva do
transformador defeituoso. TR2PTDF não deve nunca operar para defeitos fora da
zona protetiva.

Série 615 311


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Funções de proteção

A TR2PTDF compara a corrente fluindo para o transformador com a corrente que


sai do transformador. Uma análise correta das condições de defeito pela TR2PTDF
deve considerar as alterações de tensões, a correntes e ângulos de fase. As funções
de proteção diferencial tradicionais necessitavam de transformadores auxiliares
para a correção da mudança de fase e relação de voltas. O algoritmo diferencial
numérico com base em microprocessador implementado na TR2PTDF compensa
ambas relação de voltas e mudança de fase internamente no software.

A corrente diferencial teoricamente deve ser zero durante carga normal ou defeitos
externos se a relação de voltas e a mudança de fase forem corretamente
compensadas. Entretanto, há vários fenômenos diferentes além de defeitos internos
que causam correntes diferenciais inesperadas e falsas. As principais razões para
correntes diferenciais inesperadas são:
• Incompatibilidade devida a posições variantes do seletor de derivação
• Características, cargas e condições operacionais diferentes dos
transformadores de corrente
• Correntes de sequência zero que circulam apenas de um lado do transformador
de potência
• Correntes magnetizantes normais
• Correntes de partida magnetizantes
• Correntes magnetizantes de superexcitação.

A TR2PTDF foi projetada principalmente para a proteção de transformadores de


dois enrolamentos. A TR2PTDF também pode ser utilizada para a proteção de
blocos de gerador-transformador, além de cabos curtos e linhas aéreas. Se a
distância entre os pontos de medição for relativamente longa em proteção de linha,
pode ser necessário interpor transformadores de corrente para reduzir a carga dos
TCs.

312 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

GUID-B326703C-3645-4256-96AD-DA87FC9E9C67 V1 PT

Figura 154: Proteção diferencial de um bloco gerador-transformador e cabo


curto/linha

A TR2PTDF também pode ser utilizada em aplicações de transformador de três


enrolamentos ou aplicações de transformador de dois enrolamentos com dois
alimentadores de saída.

No lado do alimentador duplo do transformador de potência, as correntes dos dois


TCs por fase devem ser somadas conectando-se os dois TCs de cada fase em
paralelo. Em geral, isso requer a interposição de TCs para tratar do grupo vetor e/
ou incompatibilidade de relação entre os dois enrolamentos/alimentadores.

O fator limite de precisão para o TC interposto deve satisfazer as mesmas


exigências que os TCs principais. Note que o TC interposto impõe uma carga
adicional aos TCs principais.

A regra mais importante nessas aplicações é que pelo menos 75 por cento da
energia do curto-circuito tem que ser alimentada no lado do transformador de
potência com a única conexão ao IED.

Série 615 313


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Seção 4 1MRS757783 A
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GUID-799588E3-C63F-4687-98C5-FF48284676DF V1 PT

Figura 155: Proteção diferencial de um transformador de três enrolamentos e


um transformador com dois alimentadores de saída

Correção da relação de transformação de TCs


As correntes secundárias do TC frequentemente diferem da corrente nominal sob a
carga nominal do transformador de corrente. As relações de transformação do TC
podem ser corrigidas em ambos os lados do transformador de potência por meio
dos ajustes Relação TC Nucl Enr 1 e Relação TC Nucl Enr 2 .

Primeiramente, a carga nominal do transformador de potência deve ser calculada


em ambos os lados quando a potência aparente e a tensão fase-a-fase são conhecidas.

Sn
I nT =
3 ×U n
GUID-B5467DB8-17EB-4D09-A741-1F5BB23466AA V1 PT (Equação 38)

InT carga nominal do transformador de potência

Sn potência nominal do transformador de potência

Un tensão nominal fase-a-fase

Em seguida, os ajustes para a correção da relação do TC podem ser calculados.


I1n
CT relação correção =
I nT
GUID-F5F45645-C809-4F99-B783-751C8CC822BF V1 PT (Equação 39)

I1n corrente primária nominal do TC

314 Série 615


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Após a correção da relação do TC, as correntes medidas e os valores de ajuste


correspondentes da TR2PTDF são expressos em múltiplos da corrente nominal do
transformador de potência Ir (xIr) ou valor percentual de Ir (%Ir).

Exemplo
A potência nominal do transformador é 25 MVA, a relação dos TCs no lado de 110
kV é 300/1 e no lado de 21 kV é 1000/1

GUID-DC9083B2-CB07-4F6B-8C06-52979E5F484A V1 PT

Figura 156: Exemplo de proteção diferencial do transformador de potência de


dois enrolamentos

A carga nominal do transformador é calculada:

Lado AT: InT_Wnd1 = 25 MVA / (1,732 x 110 kV) = 131,2 A

Lado BT: InT_Wnd2 = 25 MVA / (1,732 x 21 kV) = 687,3 A

Ajustes:
Relação TC Nucl Enr 1= 300 A / 131,2 A = “2,29”

Relação TC Nucl Enr 2= 1000 A / 687,3 A = “1,45”

Correspondência do grupo de vetor e eliminação da componentes de


sequência zero
O grupo de vetor do transformador de potência coincide numericamente nos lados
de alta tensão e de baixa tensão por meio dos ajustes Tipo enrolamento 1, Tipo
enrolamento 2 e Número de clock . Portanto, nenhum TC interposto é necessário se
houver apenas um transformador de potência dentro da zona de proteção. A
correspondência baseia-se na mudança de fase e uma conexão delta numérica no
IED. Se o neutro de um transformador de potência conectado em estrela é ligado à
terra, qualquer ligação à terra com falha na rede é percebida pelo o IED como uma
corrente diferencial. A eliminação do componente da sequência zero pode ser
selecionada para esse enrolamento através do ajuste do parâmetro eliminação Zro A.

Série 615 315


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Funções de proteção

Tabela 243: Ajustes da TR2PTDF correspondentes aos grupos de vetor do transformador e


eliminação da sequência zero
Grupo de vetor do Tipo enrolamento Tipo enrolamento 2 Número de clock Eliminação A Zero
transformador 1
Yy0 Y y Clk Num 0 Não necessária
YNy0 YN y Clk Num 0 Lado AT
YNyn0 YN yn Clk Num 0 Lado AT e BT
Yyn0 Y yn Clk Num 0 Lado BT
Yy2 Y y Clk Num 2 Não necessária
YNy2 YN y Clk Num 2 Não necessária
YNyn2 YN yn Clk Num 2 Não necessária
Yyn2 Y yn Clk Num 2 Não necessária
Yy4 Y y Clk Num 4 Não necessária
YNy4 YN y Clk Num 4 Não necessária
YNyn4 YN yn Clk Num 4 Não necessária
Yyn4 Y yn Clk Num 4 Não necessária
Yy6 Y y Clk Num 6 Não necessária
YNy6 YN y Clk Num 6 Lado AT
YNyn6 YN yn Clk Num 6 Lado AT e BT
Yyn6 Y yn Clk Num 6 Lado BT
Yy8 Y y Clk Num 8 Não necessária
YNy8 YN y Clk Num 8 Não necessária
YNyn8 YN yn Clk Num 8 Não necessária
Yyn8 Y yn Clk Num 8 Não necessária
Yy10 Y y Clk Num 10 Não necessária
YNy10 YN y Clk Num 10 Não necessária
YNyn10 YN yn Clk Num 10 Não necessária
Yyn10 Y yn Clk Num 10 Não necessária
Yd1 Y d Clk Num 1 Não necessária
YNd1 YN d Clk Num 1 Não necessária
Yd5 Y d Clk Num 5 Não necessária
YNd5 YN d Clk Num 5 Não necessária
Yd7 Y d Clk Num 7 Não necessária
YNd7 YN d Clk Num 7 Não necessária
Yd11 Y d Clk Num 11 Não necessária
YNd11 YN d Clk Num 11 Não necessária
Dd0 D d Clk Num 0 Não necessária
Dd2 D d Clk Num 2 Não necessária
Dd4 D d Clk Num 4 Não necessária
Dd6 D d Clk Num 6 Não necessária
Dd8 D d Clk Num 8 Não necessária
Tabela continua na próxima página

316 Série 615


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Funções de proteção

Grupo de vetor do Tipo enrolamento Tipo enrolamento 2 Número de clock Eliminação A Zero
transformador 1
Dd10 D d Clk Num 10 Não necessária
Dy1 D y Clk Num 1 Não necessária
Dyn1 D yn Clk Num 1 Não necessária
Dy5 D y Clk Num 5 Não necessária
Dyn5 D yn Clk Num 5 Não necessária
Dy7 D y Clk Num 7 Não necessária
Dyn7 D yn Clk Num 7 Não necessária
Dy11 D y Clk Num 11 Não necessária
Dyn11 D yn Clk Num 11 Não necessária
Yz1 Y z Clk Num 1 Não necessária
YNz1 YN z Clk Num 1 Não necessária
YNzn1 YN zn Clk Num 1 Lado BT
Yzn1 Y zn Clk Num 1 Não necessária
Yz5 Y z Clk Num 5 Não necessária
YNz5 YN z Clk Num 5 Não necessária
YNzn5 YN zn Clk Num 5 Lado BT
Yzn5 Y zn Clk Num 5 Não necessária
Yz7 Y z Clk Num 7 Não necessária
YNz7 YN z Clk Num 7 Não necessária
YNzn7 YN zn Clk Num 7 Lado BT
Yzn7 Y zn Clk Num 7 Não necessária
Yz11 Y z Clk Num 11 Não necessária
YNz11 YN z Clk Num 11 Não necessária
YNzn11 YN zn Clk Num 11 Lado BT
Yzn11 Y zn Clk Num 11 Não necessária
Zy1 Z y Clk Num 1 Não necessária
Zyn1 Z yn Clk Num 1 Não necessária
ZNyn1 ZN yn Clk Num 1 Lado AT
ZNy1 ZN y Clk Num 1 Não necessária
Zy5 Z y Clk Num 5 Não necessária
Zyn5 Z yn Clk Num 5 Não necessária
ZNyn5 ZN yn Clk Num 5 Lado AT
ZNy5 ZN y Clk Num 5 Não necessária
Zy7 Z y Clk Num 7 Não necessária
Zyn7 Z yn Clk Num 7 Não necessária
ZNyn7 ZN yn Clk Num 7 Lado AT
ZNy7 ZN y Clk Num 7 Não necessária
Zy11 Z y Clk Num 11 Não necessária
Zyn11 Z yn Clk Num 11 Não necessária
Tabela continua na próxima página

Série 615 317


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Grupo de vetor do Tipo enrolamento Tipo enrolamento 2 Número de clock Eliminação A Zero
transformador 1
ZNyn11 ZN yn Clk Num 11 Lado AT
ZNy11 ZN y Clk Num 11 Não necessária
Dz0 D z Clk Num 0 Não necessária
Dzn0 D zn Clk Num 0 Lado BT
Dz2 D z Clk Num 2 Não necessária
Dzn2 D zn Clk Num 2 Não necessária
Dz4 D z Clk Num 4 Não necessária
Dzn4 D zn Clk Num 4 Não necessária
Dz6 D z Clk Num 6 Não necessária
Dzn6 D zn Clk Num 6 Lado BT
Dz8 D z Clk Num 8 Não necessária
Dzn8 D zn Clk Num 8 Não necessária
Dz10 D z Clk Num 10 Não necessária
Dzn10 D zn Clk Num 10 Não necessária
Zd0 Z d Clk Num 0 Não necessária
ZNd0 ZN d Clk Num 0 Lado AT
Zd2 Z d Clk Num 2 Não necessária
ZNd2 ZN d Clk Num 2 Não necessária
Zd4 Z d Clk Num 4 Não necessária
ZNd4 ZN d Clk Num 4 Não necessária
Zd6 Z d Clk Num 6 Não necessária
ZNd6 ZN d Clk Num 6 Lado AT
Zd8 Z d Clk Num 8 Não necessária
ZNd8 ZN d Clk Num 8 Não necessária
Zd10 Z d Clk Num 10 Não necessária
ZNd10 ZN d Clk Num 10 Não necessária
Zz0 Z z Clk Num 0 Não necessária
ZNz0 ZN z Clk Num 0 Lado AT
ZNzn0 ZN zn Clk Num 0 Lado AT e BT
Zzn0 Z zn Clk Num 0 Lado BT
Zz2 Z z Clk Num 2 Não necessária
ZNz2 ZN z Clk Num 2 Não necessária
ZNzn2 ZN zn Clk Num 2 Não necessária
Zzn2 Z zn Clk Num 2 Não necessária
Zz4 Z z Clk Num 4 Não necessária
ZNz4 ZN z Clk Num 4 Não necessária
ZNzn4 ZN zn Clk Num 4 Não necessária
Zzn4 Z zn Clk Num 4 Não necessária
Zz6 Z z Clk Num 6 Não necessária
Tabela continua na próxima página

318 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Grupo de vetor do Tipo enrolamento Tipo enrolamento 2 Número de clock Eliminação A Zero
transformador 1
ZNz6 ZN z Clk Num 6 Lado AT
ZNzn6 ZN zn Clk Num 6 Lado AT e BT
Zzn6 Z zn Clk Num 6 Lado BT
Zz8 Z z Clk Num 8 Não necessária
ZNz8 ZN z Clk Num 8 Não necessária
ZNzn8 ZN zn Clk Num 8 Não necessária
Zzn8 Z zn Clk Num 8 Não necessária
Zz10 Z z Clk Num 10 Não necessária
ZNz10 ZN z Clk Num 10 Não necessária
ZNzn10 ZN zn Clk Num 10 Não necessária
Zzn10 Z zn Clk Num 10 Não necessária
Yy0 Y y Clk Num 0 Não necessária
YNy0 YN y Clk Num 0 Lado AT
YNyn0 YN yn Clk Num 0 Lado AT e BT
Yyn0 Y yn Clk Num 0 Lado BT
Yy2 Y y Clk Num 2 Não necessária
YNy2 YN y Clk Num 2 Não necessária
YNyn2 YN yn Clk Num 2 Não necessária
Yyn2 Y yn Clk Num 2 Não necessária
Yy4 Y y Clk Num 4 Não necessária
YNy4 YN y Clk Num 4 Não necessária
YNyn4 YN yn Clk Num 4 Não necessária
Yyn4 Y yn Clk Num 4 Não necessária
Yy6 Y y Clk Num 6 Não necessária
YNy6 YN y Clk Num 6 Lado AT
YNyn6 YN yn Clk Num 6 Lado AT e BT
Yyn6 Y yn Clk Num 6 Lado BT
Yy8 Y y Clk Num 8 Não necessária
YNy8 YN y Clk Num 8 Não necessária
YNyn8 YN yn Clk Num 8 Não necessária
Yyn8 Y yn Clk Num 8 Não necessária
Yy10 Y y Clk Num 10 Não necessária
YNy10 YN y Clk Num 10 Não necessária
YNyn10 YN yn Clk Num 10 Não necessária
Yyn10 Y yn Clk Num 10 Não necessária
Yd1 Y d Clk Num 1 Não necessária
YNd1 YN d Clk Num 1 Não necessária
Yd5 Y d Clk Num 5 Não necessária
YNd5 YN d Clk Num 5 Não necessária
Tabela continua na próxima página

Série 615 319


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Grupo de vetor do Tipo enrolamento Tipo enrolamento 2 Número de clock Eliminação A Zero
transformador 1
Yd7 Y d Clk Num 7 Não necessária
YNd7 YN d Clk Num 7 Não necessária
Yd11 Y d Clk Num 11 Não necessária
YNd11 YN d Clk Num 11 Não necessária
Dd0 D d Clk Num 0 Não necessária
Dd2 D d Clk Num 2 Não necessária
Dd4 D d Clk Num 4 Não necessária
Dd6 D d Clk Num 6 Não necessária
Dd8 D d Clk Num 8 Não necessária
Dd10 D d Clk Num 10 Não necessária
Dy1 D y Clk Num 1 Não necessária
Dyn1 D yn Clk Num 1 Não necessária
Dy5 D y Clk Num 5 Não necessária
Dyn5 D yn Clk Num 5 Não necessária
Dy7 D y Clk Num 7 Não necessária
Dyn7 D yn Clk Num 7 Não necessária
Dy11 D y Clk Num 11 Não necessária
Dyn11 D yn Clk Num 11 Não necessária
Yz1 Y z Clk Num 1 Não necessária
YNz1 YN z Clk Num 1 Não necessária
YNzn1 YN zn Clk Num 1 Lado BT
Yzn1 Y zn Clk Num 1 Não necessária
Yz5 Y z Clk Num 5 Não necessária
YNz5 YN z Clk Num 5 Não necessária
YNzn5 YN zn Clk Num 5 Lado BT
Yzn5 Y zn Clk Num 5 Não necessária
Yz7 Y z Clk Num 7 Não necessária
YNz7 YN z Clk Num 7 Não necessária
YNzn7 YN zn Clk Num 7 Lado BT
Yzn7 Y zn Clk Num 7 Não necessária
Yz11 Y z Clk Num 11 Não necessária
YNz11 YN z Clk Num 11 Não necessária
YNzn11 YN zn Clk Num 11 Lado BT
Yzn11 Y zn Clk Num 11 Não necessária
Zy1 Z y Clk Num 1 Não necessária
Zyn1 Z yn Clk Num 1 Não necessária
ZNyn1 ZN yn Clk Num 1 Lado AT
ZNy1 ZN y Clk Num 1 Não necessária
Zy5 Z y Clk Num 5 Não necessária
Tabela continua na próxima página

320 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Grupo de vetor do Tipo enrolamento Tipo enrolamento 2 Número de clock Eliminação A Zero
transformador 1
Zyn5 Z yn Clk Num 5 Não necessária
ZNyn5 ZN yn Clk Num 5 Lado AT
ZNy5 ZN y Clk Num 5 Não necessária
Zy7 Z y Clk Num 7 Não necessária
Zyn7 Z yn Clk Num 7 Não necessária
ZNyn7 ZN yn Clk Num 7 Lado AT
ZNy7 ZN y Clk Num 7 Não necessária
Yy0 Y y Clk Num 0 Não necessária

Comissionamento
Os ajustes corretos, que são tipo de conexão do TC, Tipo enrolamento 1, Tipo
enrolamento 2 e Número de clock,para a compensação do grupo de conexão podem
ser verificados através do monitoramento dos valores de ângulo I_ANGL_A1_B1,
I_ANGL_B1_C1, I_ANGL_C1_A1, I_ANGL_A2_B2, I_ANGL_B2_C2,
I_ANGL_C2_A2, I_ANGL_A1_A2, I_ANGL_B1_B2 e I_ANGL_C1_C2 ao
injetar a corrente no transformador. Esses valores de ângulo são calculados a partir
das correntes compensadas. Veja descrição do sinal na tabela de dados monitorados.

Quando um transformador de distribuição da estação está disponível, ele pode ser


utilizado para fornecer corrente para os enrolamentos do lado de alta tensão
enquanto os enrolamentos do lado de baixa tensão são curto-circuitados. Dessa
maneira, a corrente pode circular em ambos os enrolamentos de alta tensão e baixa
tensão. Os sinais de comissionamento também poder ser fornecidos por outros
meios. A corrente mínima para permitir monitoramento de corrente e ângulo de
fase é 0,015 Ir.

GUID-5ACBF127-85A3-4E5E-A130-9F7206A2DB4C V1 PT

Figura 157: Organização de teste de baixa tensão. A fonte de baixa tensão


trifásica pode ser o transformador de distribuição da estação.

O parâmetro de ajuste do controle do enrolamento com derivação deve ser definido


como “Não em uso” para garantir que os valores de corrente monitorados não
escalonados pela adaptação automática à posição do seletor de derivação. Quando
apenas os valores de ângulo são requeridos, o ajuste do enrolamento com
derivação não é necessário uma vez que os valores de ângulo não são afetados pela
adaptação da posição do seletor de derivação.

Série 615 321


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Ao injetar as correntes no enrolamento de alta tensão, os valores de ângulo,


I_ANGL_A1_B1, I_ANGL_B1_C1, I_ANGL_C1_A1, I_ANGL_A2_B2,
I_ANGL_B2_C2 e I_ANGL_C2_A2, têm que mostrar +120 graus. Caso
contrário, a ordem da fases pode ficar errada ou a polaridade de um transformador
de corrente divergir das polaridades dos outros transformadores de corrente do
mesmo lado.

Se os valores de ângulo I_ANGL_A1_B1, I_ANGL_B1_C1 e I_ANGL_C1_A1,


mostrarem -120 graus, a ordem das fases está errada do lado de alta tensão. Se os
valores de ângulo, I_ANGL_A2_B2, I_ANGL_B2_C2 and I_ANGL_C2_A2,
mostrarem -120 graus, a ordem das fases está errada do lado de baixa tensão. Se os
valores de ângulo, I_ANGL_A1_B1, I_ANGL_B1_C1 e I_ANGL_C1_A1, não
mostrarem o mesmo valor de +120, a polaridade de um transformador de corrente
pode estar errada. Por exemplo, se a polaridade do transformador de corrente
medindo IL2 estiver errada, I_ANGL_A1_B1 mostra -60 graus, I_ANGL_B1_C1
mostra -60 graus e I_ANGL_C1_A1 mostra +120 graus.

Quando a ordem das fases e os valores de ângulo estão corretos, os valores de


ângulo, I_ANGL_A1_A2, I_ANGL_B1_B2 e I_ANGL_C1_C2, normalmente
mostram ±180 graus. Pode haver várias razões se os valores de ângulo não forem
±180 graus. Se os valores forem 0 grau, o valor fornecido para o tipo de conexão
do TC provavelmente está errado. Se os valores de ângulo forem outros, o valor
para Número de clock pode estar errado. Outra razão é que a combinação de Tipo
enrolamento 1 e Tipo enrolamento 2 não corresponde ao Número de clock. Isso
significa que o grupo de conexão resultante não é suportado.

Exemplo
Se Tipo enrolamento 1 é definido como "Y", Tipo enrolamento 2 é definido como
"y" e Número de clock é definido como "Clk num 1", o grupo de conexão
resultante "Yy1" não é uma combinação suportada. Similarmente se Tipo
enrolamento 1 é definido como "Y", Tipo enrolamento 2 é definido como "d" e
Número de clock é definido como "Clk num 0", o grupo de conexão resultante
"Yd0" não é uma combinação suportada. Todas as combinações não-suportadas
dos ajustes de Tipo enrolamento 1, Tipo enrolamento 2 e Número de clock resultam
na compensação do grupo de conexão padrão "Yy0".

Recomendações para transformadores de corrente


Quanto mais importante o objeto a ser protegido, mas atenção deve ser dada aos
transformadores de corrente. Não é normalmente possível dimensionar os
transformadores de corrente de maneira que eles repetem as correntes com
componentes CC de alta sem saturar quando o fluxo residual do transformador de
corrente estiver alto. A TR2PTDF opera confiavelmente mesmo se os
transformadores de corrente estiverem parcialmente saturados.

A classe de precisão recomendada para transformadores de corrente a serem


utilizados com TR2PTDF é 5P, na qual o limite do erro de corrente na corrente
primária nominal é 1 % e o limite do deslocamento de fase é 60 minutos. O limite
de erro composto na corrente primária com limite de precisão nominal é 5 %.

322 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

O valor aproximado do fator limite de precisão Fa correspondente à carga real do


transformador de corrente pode ser calculado com base no fator limite de precisão
nominal Fn sob carga nominal, a carga nominal Sn, a carga interna Sine a carga real
Sa do transformador de corrente.

Sin + Sn
Fa = Fn ×
Sin + Sa
GUID-26DEE538-9E1A-49A2-9C97-F69BD44591C9 V2 PT (Equação 40)

Fa O valor aproximado do fator limite de precisão (ALF) correspondente à carga real do TC

Fn O fator limite de precisão nominal sob a carga nominal do transformador de corrente

Sn A carga nominal do transformador de corrente

Sin A carga interna do transformador de corrente

Sa A carga real do transformador de corrente

Exemplo 1
A carga nominal Sn do transformador de corrente 5P20 é 10 VA, a corrente
nominal secundária é 5A, a resistência interna, Rin= 0,07 Ω, e o fator limite de
precisão, Fn, correspondente à carga nominal é 20 (5P20). Desse modo, a carga
interna do transformador de corrente é Sin= (5A)2 * 0,07 Ω = 1,75 VA. A
impedância do IED sob uma corrente nominal de 5A é < 20 mΩ. Se os condutores
de medição tiverem uma resistência de 0,113 Ω, a carga real do transformador de
corrente é Sa=(5A)2 * (0,113 + 0,020) Ω = 3,33 VA. Desso modo, o fator limite de
precisão, Fa, correspondente à carga real é aproximadamente 46.

A carga do TC pode crescer consideravelmente sob a corrente nominal de 5A. A


carga real do transformador de corrente diminui sob a corrente nominal de 1A
enquanto a repetibilidade melhora simultaneamente.

Em defeitos ocorrendo na área protegida, as correntes podem ser muito altas


comparadas com as correntes nominais dos transformadores de corrente. Devido ao
estágio instantâneo do bloco de função diferencial, é suficiente que os
transformadores de corrente sejam capazes de repetir a corrente necessária para
disparo instantâneo durante o primeiro ciclo.

Assim, os transformadores de corrente normalmente podem reproduzir a corrente


de fuga assimétrica sem saturar nos próximos 10 ms após a ocorrência do defeito
para garantir que os tempos de operação do IED estejam de acordo com o tempo de
retardo.

Os fatores limites de precisão correspondentes à carga real do transformador de


corrente da fase a ser utilizado na proteção diferencial satisfazem as exigências.

Série 615 323


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Fa > K r × Ikmax × (Tdc × ω × (1 − e−Tm /Tdc ) + 1)


GUID-DA861DAD-C40E-4A82-8973-BBAFD15279C0 V1 PT (Equação 41)

Ikmax A corrente de fuga máxima (em Ir) sob a qual a proteção não pode operar

Tdc O tempo CC primário constante relacionado a Ikmax

ω A frequência angular, isto é, 2*π*fn


Tm O tempo para saturar, isto é, a duração da transformação sem saturação

Kr O fator de remanência 1/(1-r), onde r é o fluxo de remanência máximo em p.u. a partir do fluxo
de saturação

Os fatores limites de precisão correspondentes à carga real do transformador de


corrente da fase é utilizado na proteção diferencial.

O parâmetro de r é a densidade de fluxo de remanência máximo no núcleo do TC


em p.u. a partir da densidade do fluxo de saturação. O valor do parâmetro r
depende do material magnético utilizado e da construção do TC. Por exemplo, se o
valor de r = 0,4, a densidade do fluxo de remanência pode ser 40 % da densidade
do fluxo de saturação. O fabricante do TC deve ser contatado quando um valor de
precisão para o parâmetro r for necessário. O valor r = 0,4 é recomendado para ser
utilizado quando um valor preciso não estiver disponível.

O tempo para saturar mínimo necessário Tm na TR2PTDF é metade do período do


ciclo fundamental (10 ms quando fn = 50Hz).

Dois casos típicos são considerados para a determinação do fator limite de precisão
suficiente (Fa):

1. Uma falha ocorrendo no barramento da subestação:


A proteção deve ser estável em uma falha surgindo durante uma situação
operacional normal. Re-energizar o transformador contra uma falha do
barramento leva a correntes de fuga muito elevadas e tensão térmica e,
portanto, re-energizar não é preferido neste caso. Desse modo, a remanência
pode ser desprezada.
A corrente de fuga máxima Ikmax é tipicamente 10 Ir para o transformador
principal de uma subestação. Em uma falha de curto-circuito perto do
transformador de alimentação, a constante de tempo CC (Tdc) da corrente de
fuga é quase a mesma que a do transformador, sendo o valor típico 100 ms.

Ikmax 10 Ir

Tdc 100 ms

ω 100π Hz
Tm 10 ms

324 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Kr 1

Quando os valores são substituídos na Equação 41, o resultado é:

Fa > K r × Ikmax × (Tdc × ω × (1 − e−Tm / Tdc ) + 1) ≈ 40


GUID-7F1019C5-C819-440B-871B-5CFD1AF88956 V1 PT

2. Re-energizar contra uma falha ocorrendo mais abaixo na rede:


A proteção deve ser estável durante a re-energização contra uma falha na
linha. Nesse caso, a existência de remanência é muito provável. É considerada
40 % aqui.
Por outro lado, a corrente de fuga é agora menor e como a relação entre a
resistência e a reatância é mais neste local, ter um offset CC completo não é
possível. Além disso, a constante de tempo CC (Tdc) da corrente de fuga é
agora menor, considerado 50 ms aqui.
Considerando que a corrente de fuga máxima seja 30 % menor do que na falha
do barramento e um offset CC 90 % do máximo.

Ikmax 0,7* 10 = 7 (Ir)

Tdc 50 ms

ω 100π Hz
Tm 10 ms

Kr 1/(1-0,4) = 1,6667

Quando os valores são substituídos na equação, o resultado é:

Fa > K r × Ikmax × 0.9 × (Tdc × ω × (1 − e−Tm / Tdc ) + 1) ≈ 40


GUID-9B859B2D-AC40-4278-8A99-3475442D7C67 V1 PT

Se a carga real do transformador de corrente (Sa) na Equação 40 não puder ser


reduzida o baixo bastante para fornecer um valor suficiente para Fa, há duas
alternativas para lidar como a situação:
• um TC com uma carga nominal mais elevada Sn pode ser escolhido (o
que também significa um limite nominal de precisão mais alto Fn)
• um TC com uma corrente primária nominal mais elevada I1n (mas a
mesma carga nominal) pode ser escolhido

Exemplo 2
Supondo que as ações de acordo com as duas alternativas acima sejam tomadas
para melhorar o fator limite de precisão real:
IrCT
Fa = * Fn
IrTR
GUID-31A3C436-4E17-40AE-A4EA-D2BD6B72034E V1 PT (Equação 42)

Série 615 325


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

IrTR 1000 A (corrente nominal no lado do secundário do transformador)


IrCT 1500 A (corrente primária nominal do TC no lado do secundário do transformador)
Fn 30 (fator limite de precisão nominal do TC)

Fa (IrCT / IrTR) * Fn (fator limite de precisão real devido a sobredimensionamento do TC) =


(1500/1000) * 30 = 45

Na TR2PTDF, é importante que os fatores limites de precisão Fa dos


transformadores de corrente de fase em ambos os lados correspondam um com o
outro, isto é, as cargas dos transformadores de corrente em ambos os lados devem
ser iguais tanto quanto possível. Se correntes de irrupção ou partida elevadas com
componentes CC alta passarem através do objeto protegido quando é conectado à
rede, atenção especial é necessária para o desempenho e as cargas dos
transformadores de corrente e para os ajustes do bloco de função.

4.3.2.6 Conexões do TC e correção da relação de transformação

As conexões dos transformadores de corrente primária são designados como "Tipo


1" e "Tipo 2".
• Se as direções positivas das correntes do enrolamento 1 e enrolamento 2 forem
opostas, o parâmetro de ajuste do tipo de conexão do TC é “Tipo 1”. Os
exemplos de conexão "Tipo 1" são como mostrado na Figura 158 e Figura 159.
• Se as direções positivas das correntes do enrolamento 1 e enrolamento 2 forem
iguais, o parâmetro de ajuste do tipo de conexão do TC é “Tipo 2”. Os
exemplos de conexão "Tipo 2" são como mostrado na Figura 160 e Figura 161.
• O padrão do ajuste do tipo de conexão do TC é “Tipo 1”.

326 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

L1 L2 L3

P1 X120
S1
7 1/5A
S2 IL1
P2 8 N
9 1/5A
IL2
10 N
11 1/5A
IL3
12 N

P2
S2
S1
P1 X120
1 1/5A
IL1B
2 N
3 1/5A
IL2B
4 N
5 1/5A
IL3B
6 N

GUID-53F7DCB6-58B8-418C-AB83-805B4B0DCCAE V2 PT

Figura 158: Exemplo de conexão dos transformadores de corrente do Tipo 1

Série 615 327


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

L1 L2 L3

P2
S2
S1
P1 X120

7 1/5A
IL1
8 N
9 1/5A
IL2
10 N
11 1/5A
IL3
12 N

P1 X120
S1
1 1/5A
S2 IL1B
P2 2 N
3 1/5A
IL2B
4 N
5 1/5A
IL3B
6 N

GUID-24C391DC-D767-4848-AE98-FE33C1548DEE V1 PT

Figura 159: Exemplo de conexão alternativa dos transformadores de corrente


do Tipo 1

328 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

L1 L2 L3

P1 X120
S1
7 1/5A
S2 IL1
P2 8 N
9 1/5A
IL2
10 N
11 1/5A
IL3
12 N

P1 X120
S1
1 1/5A
S2 IL1B
P2 2 N
3 1/5A
IL2B
4 N
5 1/5A
IL3B
6 N

GUID-66D375DD-BF49-43C5-A7B5-BFA2BEAD035C V2 PT

Figura 160: Conexão dos transformadores de corrente do Tipo 2 e exemplo


das correntes durante um defeito externo

Série 615 329


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

L1 L2 L3

P2
S2
S1
P1 X120

7 1/5A
IL1
8 N
9 1/5A
IL2
10 N
11 1/5A
IL3
12 N

P2
S2
S1
P1 X120
1 1/5A
IL1B
2 N
3 1/5A
IL2B
4 N
5 1/5A
IL3B
6 N

GUID-5E0D15BA-ADA9-4FE0-A85D-5C6E86D7E32B V1 PT

Figura 161: Exemplo de conexão alternativa de transformadores de corrente


do Tipo 2

As correntes secundárias do TC frequentemente diferem da corrente nominal sob a


carga nominal do transformador de corrente. As relações de transformação do TC
podem ser corrigidas em ambos os lados do transformador de potência por meio
dos ajustes Relação TC Nucl Enr 1 e Relação TC Nucl Enr 2 .

4.3.2.7 Sinais
Tabela 244: Sinais de entrada TR2PTDF
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A1 SIGNAL 0 Corrente primária de fase A
I_B1 SIGNAL 0 Corrente primária de fase B
I_C1 SIGNAL 0 Corrente primária de fase C
I_A2 SIGNAL 0 Corrente secundária de fase A
Tabela continua na próxima página

330 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Nome Tipo Padrão Descrição


I_B2 SIGNAL 0 Corrente secundária de fase B
I_C2 SIGNAL 0 Corrente secundária de fase C
Block BOOLEAN 0=Falso Bloqueio
BLK_OPR_LS BOOLEAN 0=Falso Bloqueia a saída de operação do estágio parcial
BLK_OPR_HS BOOLEAN 0=Falso Bloqueia a saída de operação do estágio
instantâneo

Tabela 245: Sinais de saída TR2PTDF


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN Operação combinada
OPR_LS BOOLEAN Operar com ajuste baixo
OPR_HS BOOLEAN Operar com ajuste alto
BLKD2H BOOLEAN Status do 2° bloco de restrição harmônica
BLKD5H BOOLEAN Status do 5° bloco de restrição harmônica
BLKDWAV BOOLEAN Status de bloqueio da forma de onda

4.3.2.8 Configurações
Tabela 246: TR2PTDF Configurações de grupo
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor alto de operação 500...3000 %Ir 10 1000 Ajuste de estágio instantâneo
Habilitação de ajuste alto 0=Falso 1=Verdadeiro Habilitação de estágio de ajuste alto
1=Verdadeiro
Valor baixo de operação 5...50 %Ir 1 20 Ajuste básico para operação parcial
Seção de inclinação 2 10...50 % 1 30 Declive da segunda linha das
características de operação
Seção final 2 100...500 %Ir 1 150 Ponto de retorno entre a segunda e a
terceira linha das características de
operação
Modo de restrição -1=2,h + 5,h + wav -1=2,h + 5,h + wav Modo de restrição
5=Forma da onda
6=2,h + forma da
onda
7=5,h + forma da
onda
Desbloqueio de 0=Falso 1=Verdadeiro 2. desbloqueio harmônico em caso de
harmônica 2 1=Verdadeiro falhas
Start Value 2.H 7...20 % 1 15 5. taxa de bloqueio harmônico
Valor inicial 5.H 10...50 % 1 35 5. taxa de bloqueio harmônico
Valor de parada 5.H 10...50 % 1 35 5. taxa de bloqueio harmônico
Desbloqueio de 0=Falso 0=Falso 5.desbloqueio harmônico em caso de
harmônica 5 1=Verdadeiro sobrevoltagem grave

Série 615 331


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Tabela 247: TR2PTDF Nenhum ajuste do grupo


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tipo de conexão do TC 1=Tipo 1 1=Tipo 1 Tipo de conexão CT. Detetminado pelas
2=Tipo 2 direções dos transformadores de
corrente conectados
Tipo de bobina 1 1=Y 1=Y Conexão das curvas laterais
2=YN
3=D
4=Z
5=ZN
Tipo de bobina 2 1=y 1=y Conexão das curvas laterais LV.
2=yn
3=d
4=z
5=zn
Número de relógio 0=Clk Num 0 0=Clk Num 0 Ajuste a mudança de fase entre HV e LV
1=Clk Num 1 com o número de relógio para
2=Clk Num 2 compensação de grupo de conexão (por
4=Clk Num 4 exemplo Dyn11 -&gt; 11)
5=Clk Num 5
6=Clk Num 6
7=Clk Num 7
8=Clk Num 8
10=Clk Num 10
11=Clk Num 11
Eliminação A Zero 1=Não eliminado 1=Não eliminado Eliminação de corrente de sequência zero
2=Curva 1
3=Curva 2
4=Curva 1 e 2
Tap mín do enrolamento -36...36 1 36 O número da posição de comutador de
tap resultando no número efetivo mínimo
de voltas da bobina no lado do
transformador onde o comutador de tap
está.
Tap máx do enrolamento -36...36 1 0 O número da posição de comutador de
tap resultando no número efetivo
máximo de voltas da bobina no lado do
transformador onde o comutador de tap
está.
Tap -36...36 1 18 A posição nominal do comutador de tap
resultando na faixa de transformação
padrão do transformador (como se não
houvesse comutador)
Bobina com derivação 1=Não está em uso 1=Não está em A curva em que o comutador está
2=Curva 1 uso conectado.
3=Curva 2
Etapa do tap 0.60...9.00 % 0,01 1.50 Mudança no porcentual na voltagem
correspondente a uma etapa do
comutador
Razão CT Cor Wnd 1 0.40...4.00 0,01 1.00 Conexão da razão CT, curva 1
Razão CT Cor Wnd 2 0.40...4.00 0,01 1.00 Conexão de razão CT, curva 2

332 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

4.3.2.9 Dados monitorados


Tabela 248: Dados monitorados TR2PTDF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
OPR_A BOOLEAN 0=Falso Fase de operação A
1=Verdadeiro
OPR_B BOOLEAN 0=Falso Fase de operação B
1=Verdadeiro
OPR_C BOOLEAN 0=Falso Fase de operação C
1=Verdadeiro
BLKD2H_A BOOLEAN 0=Falso 2° bloco de restrição
1=Verdadeiro harmônica de status da
fase A
BLKD2H_B BOOLEAN 0=Falso 2° bloco de restrição
1=Verdadeiro harmônica de status da
fase B
BLKD2H_C BOOLEAN 0=Falso 2° bloco de restrição
1=Verdadeiro harmônica de status da
fase C
BLKD5H_A BOOLEAN 0=Falso 5° bloco de restrição
1=Verdadeiro harmônica de status da
fase A
BLKD5H_B BOOLEAN 0=Falso 5° bloco de restrição
1=Verdadeiro harmônica de status da
fase B
BLKD5H_C BOOLEAN 0=Falso 5° bloco de restrição
1=Verdadeiro harmônica de status da
fase C
BLKDWAV_A BOOLEAN 0=Falso Status de bloqueio da
1=Verdadeiro forma de onda na fase A
BLKDWAV_B BOOLEAN 0=Falso Status de bloqueio da
1=Verdadeiro forma de onda na fase B
BLKDWAV_C BOOLEAN 0=Falso Status de bloqueio da
1=Verdadeiro forma de onda na fase C
BLKD2HPHAR BOOLEAN 0=Falso 2º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
combinado
BLKD2HPHAR_A BOOLEAN 0=Falso 2º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
fase A
BLKD2HPHAR_B BOOLEAN 0=Falso 2º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
fase B
BLKD2HPHAR_C BOOLEAN 0=Falso 2º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
fase C
BLKD5HPHAR BOOLEAN 0=Falso 5º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
combinado
BLKD5HPHAR_A BOOLEAN 0=Falso 5º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
fase A
Tabela continua na próxima página

Série 615 333


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


BLKD5HPHAR_B BOOLEAN 0=Falso 5º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
fase B
BLKD5HPHAR_C BOOLEAN 0=Falso 5º bloco harmônico
1=Verdadeiro restrito para PHAR LN,
fase C
I_AMPL_A1 FLOAT32 0.00...40.00 xIr Corrente primária
compensada no grupo
de conexão de fase A
I_AMPL_B1 FLOAT32 0.00...40.00 xIr Corrente primária
compensada no grupo
de conexão de fase B
I_AMPL_C1 FLOAT32 0.00...40.00 xIr Corrente primária
compensada no grupo
de conexão de fase C
I_AMPL_A2 FLOAT32 0.00...40.00 xIr Corrente secundária
compensada no grupo
de conexão de fase A
I_AMPL_B2 FLOAT32 0.00...40.00 xIr Corrente secundária
compensada no grupo
de conexão de fase B
I_AMPL_C2 FLOAT32 0.00...40.00 xIr Corrente secundária
compensada no grupo
de conexão de fase C
ID_A FLOAT32 0.00...80.00 xIr Corrente diferencial da
fase A
ID_B FLOAT32 0.00...80.00 xIr Corrente diferencial da
fase B
ID_C FLOAT32 0.00...80.00 xIr Corrente diferencial da
fase C
IB_A FLOAT32 0.00...80.00 xIr Corrente de polarização
de fase A
IB_B FLOAT32 0.00...80.00 ]xIr Corrente de polarização
de fase B
IB_C FLOAT32 0.00...80.00 ]xIr Corrente de polarização
de fase C
I_2H_RAT_A FLOAT32 0.00...1.00 Corrente diferencial da
segunda faixa
harmônica, fase A
I_2H_RAT_B FLOAT32 0.00...1.00 Corrente diferencial da
segunda faixa
harmônica, fase B
I_2H_RAT_C FLOAT32 0.00...1.00 Corrente diferencial da
segunda faixa
harmônica, fase C
I_ANGL_A1_B1 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo da fase da
corrente de fase A para
B, curva 1
I_ANGL_B1_C1 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo da fase da
corrente de fase B para
C, curva 1
Tabela continua na próxima página

334 Série 615


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Funções de proteção

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


I_ANGL_C1_A1 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo da fase da
corrente de fase C para
A, curva 1
I_ANGL_A2_B2 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo da fase da
corrente de fase A para
B, curva 2
I_ANGL_B2_C2 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo da fase da
corrente de fase B para
C, curva 2
I_ANGL_C2_A2 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Ângulo da fase da
corrente de fase C para
A, curva 2
I_ANGL_A1_A2 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Diferença do ângulo de
fase da corrente entre a
curva 1 e 2, fase A
I_ANGL_B1_B2 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Diferença do ângulo de
fase da corrente entre a
curva 1 e 2, fase B
I_ANGL_C1_C2 FLOAT32 -180.00...180.00 deg Diferença do ângulo de
fase da corrente entre a
curva 1 e 2, fase C
I_5H_RAT_A FLOAT32 0.00...1.00 Corrente diferencial da
quinta faixa harmônica,
fase A
I_5H_RAT_B FLOAT32 0.00...1.00 Corrente diferencial da
quinta faixa harmônica,
fase B
I_5H_RAT_C FLOAT32 0.00...1.00 Corrente diferencial da
quinta faixa harmônica,
fase C
TR2PTDF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado
IL1-diff FLOAT32 0.00...80.00 Amplitude de corrente
diferencial medida fase
IL1
IL2-diff FLOAT32 0.00...80.00 Amplitude de corrente
diferencial medida fase
IL2
IL3-diff FLOAT32 0.00...80.00 Amplitude de corrente
diferencial medida fase
IL3
IL1-bias FLOAT32 0.00...80.00 Amplitude de corrente
de polarização medida
fase IL1
IL2-bias FLOAT32 0.00...80.00 Amplitude de corrente
de polarização medida
fase IL2
IL3-bias FLOAT32 0.00...80.00 Amplitude de corrente
de polarização medida
fase IL3

Série 615 335


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.3.2.10 Dados técnicos


Tabela 249: TR2PTDF Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±3.0% do valor ajustado ou ±0.002 x In

Tempo operacional1)2) Corrente Típico Máximo


mínima de
Estágio baixo 34 ms 40 ms 44 ms
Estágio alto 21 ms 22 ms 24 ms
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5, …

1) Corrente antes da falha = 0.0, fn = 50 Hz, resultados com base na distribuição estatística de 1000
medições
2) Inclui o atraso do contato de saída. Quando a corrente diferencial = 2 x ajustar o valor operacional
e fn = 50 Hz.

4.3.3 Proteção de falha à terra restrita de baixa impedância


numericamente estabilizada LREFPNDF

4.3.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Impedância baixa numericamente LREFPNDF dIoLo> 87NL
estabilizada restrita à proteção de falha
à terra

4.3.3.2 Bloqueio de funções

GUID-A04FED1B-8424-4A84-A327-262E4CC5628F V2 PT

Figura 162: Bloco de funções

4.3.3.3 Funcionalidade

A proteção LREFPNDF de falha de aterramento de baixa impedância restrita e


estabilizada para um transformador de dois enrolamentos é baseada no princípio de

336 Série 615


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corrente diferencial numericamente estabilizada. Nenhum resistor de estabilização


esterna ou resistor não linear são necessários.

Os componentes fundamentais das correntes são usados para calcular a corrente


residual das correntes de fase, a corrente neutra, as correntes diferencias e as
correntes de estabilização. As características de operação estão de acordo com o
tempo definido.

LREFPNDF contém uma funcionalidade de bloqueio. A segunda harmônica da


corrente neutra é usada para bloqueio durante uma situação de partida de
transformador. É também possível bloquear as saídas da função, temporizadores ou
a própria função, se desejar.

4.3.3.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de falha à terra estabilizada e restrita de baixa impedância


pode ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no
diagrama são explicados mas próximas seções.

Temporizador
Detector de
falha
á terra

Bloqueio da
segunda
harmônica

GUID-079EB39A-B62C-47DF-9B53-9432AB24A9CE V2 PT

Figura 163: Diagrama de módulo funcional

Earth-fault detector
A operação é baseada na comparação da amplitude e da diferença de fase entre a
soma do componente fundamental de frequência das correntes de fase (corrente
residual) e o componente fundamental de frequência da corrente de neutro (Io)
fluindo no condutor entre o ponto de neutro e terra do transformador ou gerador. A
corrente diferencial é calculada como o valor absoluto da diferença entre a corrente
residual, isto é, a soma dos componentes fundamentais de frequência das correntes
de fase I_A, I_B e I_C, e a corrente de neutro. A corrente direcional diferencial
ID_COSPHI é o produto da corrente diferencial e cosφ. O valor fica disponível
através da visualização de dados monitorados.

Série 615 337


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Funções de proteção

ID _ COSPHI = ( ΣI − Io ) × cos ϕ
GUID-46782962-D465-47D2-8ECE-3FF0B87B324F V3 PT (Equação 43)

Corrente residual
ΣI
GUID-87E4DEDD-9288-41D9-B608-714CF3CC7A04 V1 PT

ϕ Diferença de fase entre as correntes residual e de neutro


GUID-C4F98C50-7279-4DAA-8C77-5C761572F4B4 V1 PT

Corrente de neutro
Io
GUID-2D713C98-4F81-4DF4-8193-C47120A65489 V1 PT

Uma falha à terra que ocorre na área protegida, isto é, entre os TCs de fase e a
conexão de neutro do TC, causa uma corrente diferencial. As direções, isto é, a
diferença de fase da corrente residual e a corrente de neutro, são consideradas nos
critérios de operação para manter a seletividade. Um valor correto para o CT
connection type é determinado pelas polaridades de conexão do transformador de
corrente.

A incompatibilidade de proporção entre o transformador de


corrente de fase e transformador de corrente de neutro (corrente
residual nas configurações de entradas analógicas) é levada em
consideração pela função com os valores analógicos de
configuração ajustados apropriadamente.

Durante uma falha à terra na área protegida, as correntes ΣI e Io são direcionadas


para a área protegida. O fator cosφ é 1 quando a diferença de fase da corrente
residual e da corrente de netro é de 180 graus, ou seja, quando as correntes estão na
direção oposta nas falhas à terra dentro da área protegida. Da mesma forma,
ID_COSPHI é especificado como sendo 0 quando a diferença de fase entre a
corrente residual e a corrente de neutro é menor do que 90 graus em situações onde
não há falha à terra na área protegida. Assim, o trip é possível apenas quando a
diferença de fase entre a corrente residual e a corrente de neutro está acima de 90
graus.

A corrente de estabilização IB utilizada pelo princípio estabilizador de corrente é


calculada como uma média das correntes de fase nos enrolamentos a serem
protegidas. O valor fica disponível através da visualização de dados monitorados.

I _ A + I _ B + I _C
IB =
3
GUID-E162EE11-DEDF-49BA-B60F-E22ECF1ACAE8 V2 PT (Equação 44)

338 Série 615


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GUID-9D592151-7598-479B-9285-7FB7C09F0FAB V1 PT

Figura 164: Características de operação da função estabilizada de proteção de


falhas residual

GUID-552423CA-6FE9-4F69-8341-FFE0FF1943D4 V1 PT

Figura 165: Faixa de ajuste das características de operação para o princípio


de corrente diferencial estabilizada da função de proteção de falha
residual

O ajuste Operate value é utilizado para a definição das características da função. O


valor diferencial de corrente exigido para ativar o trip é constante nos valores
estabilizados de corrente 0.0 < IB/In < 1.0, onde In é a corrente nominal, e In neste
contexto se refere ao nominal das entradas de corrente de fase. Quando a corrente
de estabilização é maior do que 1.0, a inclinação da função característica de
funcionamento (ID/IB) é constante a 50%. São possíveis características diferentes
de funcionamento com base no ajuste Operate value.

Para calcular a corrente direcional diferencial ID_COSPHI, a amplitude da


frequência fundamental, tanto das correntes residuais quanto das correntes de

Série 615 339


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neutro, devem estar acima de 4% de In. Se nenhuma ou apenas uma condição é


cumprida em um momento, o termo cosφ é forçado para 1. Após as condições
serem cumpridas, ambas as correntes devem permanecer acima de 2% de In para
permitir o cálculo contínuo do termo cosφ.

Bloqueio da segunda harmônica


Este módulo compara a taxa da segunda harmônica atual (I0_2H) e I0 ao valor
configurado Start value 2.H. Se o valor da razão (I0_2H / I0) exceder o valor
configurado, a saída BLK2H é ativada.

O bloqueio também previne operação indesejada na recuperação e inrushs. No


inrush de recuperação, a corrente de magnetização do transformador a ser
protegido aumenta momentaneamente quando a tensão retorna ao normal após a
eliminação de uma falha fora da área protegida. A partida complacente é causada
pela energização de um transformador funcionando em paralelo com o
transformador protegido conectado à rede.

O bloqueio da segunda harmônica é desabilitado quando o Modo de restrição está


configurado em "Nenhum" e habilitado quando configurado em "Harmonic2".

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo é
de acordo com o DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o ajuste
de valor pelo Tempo operacional mínimo, a saída OPERATE é ativada. Se a falha
desaparecer antes do funcionamento do módulo, o temporizador de reset é ativado.
Se o reset do temporizador alcançar o ajuste de valor pelo Tempo de atraso de
reset, o temporizador de reinício se redefine e a saída START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é congelado no valor predominante. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

A ativação da saída do sinal de bloqueio da segunda harmônica BLK2H desativa a


saída OPERATE.

340 Série 615


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4.3.3.5 Aplicação

Uma proteção de falha de aterramento usando um elemento de sobrecorrente não


protege adequadamente o enrolamento do transformador em geral e o enrolamento
conectado à estrela especificamente.

A proteção de falha de aterramento restrita é principalmente usada como proteção


de unidade para os enrolamentos de transformador. LREFPNDF é uma proteção
sensível aplicada para proteger o enrolamento conectado à estrela de um
transformador. Esse sistema de proteção permanece estável para todas as falhas
fora da zona protegida.

LREFPNDF fornece maior sensibilidade para a detecção de falhas de aterramento


que a proteção diferencial do transformador em geral. Este é um esquema de
proteção de unidade de alta velocidade aplicado ao enrolamento conectado à estrela
do transformador. No LREFPNDF, a diferença do componente fundamental de
todas as três correntes de fase e a corrente neutra é fornecida ao elemento
diferencial para detectar a falha de aterramento no enrolamento do transformador
com base no princípio de corrente diferencial estabilizado numérico.

Conexão de transformadores de corrente


As conexões dos principais CTs são chamadas de "Tipo 1" e "Tipo 2". No caso de
aterramento de transformadores de corrente no lado da fase e o lado neutro estão
ambos dentro ou fora da área a ser protegida, o parâmetro de configuração CT
connection type é "Tipo 1".

Se o aterramento de transformadores de corrente no lado da fase estiver dentro da


área a ser protegida e o lado neutro estiver fora da área a ser protegida ou vice-
-versa, o parâmetro de configuração CT connection type é "Tipo 2".

GUID-63BD73B4-7B60-4354-9690-E96C0A8076C7 V1 PT

Figura 166: Conexão dos transformadores de corrente de Tipo 1. As correntes


de fase conectadas e a corrente neutra têm direções opostas em
uma situação externa de falha de aterramento.

Série 615 341


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Funções de proteção

GUID-124047A0-9B33-4D2F-9519-75D98C0A4534 V1 PT

Figura 167: Conexão dos transformadores de corrente de Tipo 2. As correntes


de fase e a corrente neutra têm direções iguais em uma situação
externa de falha de aterramento.

Falhas internas e externas


LREFPNDF não responde a nenhuma falha fora da zona protegida. Uma falha
externa é detectada ao checar a diferença de ângulo de fase da corrente neutra e a
soma das correntes de fase. Quando a diferença é menor que 90 graus, a operação é
internamente restrita ou bloqueada. Portanto, a proteção não é sensível a uma falha
externa.
zona de
proteção
Izs1 I a =0
F A a
O Izs1 Ib = 0
N B b
T Izs1 I c =0
E C c

Uzs Io IN

Falha externa

Io

IN A referência é
corrênte neutra
Operação para Restrição para
falha interna falha externa
GUID-FAC5E4AD-A4A7-4D39-9EAC-C380EA33CB78 V2 PT

Figura 168: Fluxo de corrente em todos os CTs para uma falha externa

342 Série 615


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zona de
proteção

A Ia = 0 a
F

Ib = 0
O
N B b
T
E
C Ic = 0 c

I Falha

Io Uzs IN

Falha interna

Io

IN A referência é
corrênte neutra

Operação para Restrição para


falha interna falha externa
GUID-D5D712D4-2291-4C49-93DE-363F9F10801C V2 PT

Figura 169: Fluxo de corrente em todos os CTs para uma falha interna

LREFPNDF também não responde a falhas de fase-a-fase, pois nesse caso a


corrente falha flui entre as duas linhas de CTs e então o CT neutro não experimenta
essa corrente falha.

LREFPNDF é normalmente aplicado quando o transformador está solidamente


aterrado pois neste caso a corrente de falha é alta o suficiente e a falha de
aterramento pode ser facilmente detectada.

Bloqueio com base na segunda harmônica da corrente neutra


As correntes de partida magnetizantes do transformador ocorrem quando o
transformador é energizado após um período de desenergização. A corrente de
partida pode ser muitas vezes a corrente descrita, e o tempo de redução pela metade
pode ser de vários segundos. para IED diferencial, a corrente de partida representa
a corrente diferencial, que faz com que o IED opere quase sempre quando o
transformador está conectado à rede. Tipicamente, a corrente de partida contém
uma quantidade grande de segundas harmônicas.

O bloqueio também previne operação indesejada na recuperação e irrupções


magnetizadas simpáticas. Na partida de recuperação, a corrente de magnetização
do transformador a ser protegido aumenta momentaneamente quando a tensão
retorna ao normal após a eliminação de uma falha fora da área protegida. A partida
simpática é causada pela energização de um transformador funcionando em
paralelo com o transformador protegido já conectado à rede.

Série 615 343


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O bloqueio do início da proteção de falha de aterramento restrito na partida


magnetizante é baseado na taxa da segunda harmônica e nas amplitudes de
frequência fundamentais da corrente neutra Io_2H / Io. Tipicamente o teor da
segunda harmônica da corrente neutra na partida magnetizante é maior que aquela
para correntes de fase.

4.3.3.6 Sinais
Tabela 250: Sinais de entrada LREFPNDF
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 251: Sinais de entrada LREFPNDF


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN INÍCIO
BLK2H BOOLEAN 2º bloco harmônico

4.3.3.7 Configurações
Tabela 252: Configurações de grupos LREFPNDF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operate value 5...50 %In 1 5 Operate value
Tempo operacional 40...300000 ms 1 40 Tempo operacional mínimo
mínimo
Modo de restrição 1=Nenhuma 1=Nenhuma Modo de restrição
2=Harmonic2
Start Value 2.H 10...50 %In 1 50 A razão do 2° harmônico para o
componente fundamental exigido para
bloqueio

Tabela 253: Ajustes de grupo não-LREFPNDF


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
reinício
Tipo de conexão do TC 1=Tipo 1 2=Tipo 2 Tipo de conexão do TC
2=Tipo 2

344 Série 615


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4.3.3.8 Dados monitorados


Tabela 254: Dados monitorados LREFPNDF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
RES2H BOOLEAN 0=Falso 2ª retenção harmônica
1=Verdadeiro
ID_COSPHI FLOAT32 0.00...80.00 xIn ID de corrente
diferencial direcional
cosphi
IB FLOAT32 0.00...80.00 xIn Corrente de polarização
LREFPNDF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.3.3.9 Dados técnicos


Tabela 255: LREFPNDF Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±2,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo inicial1)2) Corrente Típico Máximo


mínima de
IFalha = 2,0 x ajuste 38 ms 40 ms 43 ms
Valor inicial
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5, …

1) Corrente antes da falha = 0.0, fn = 50 Hz, resultados fundamentados na distribuição estatística de


1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinal

Série 615 345


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4.3.4 Falha à terra restrita com base em alta impedância


HREFPDIF

4.3.4.1 Identificação
Descrição funcional Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Falha à terra restrita com base em alta HREFPDIF dIoHi> 87NH
impedância

4.3.4.2 Bloco de funções

GUID-0B400966-B2D9-4027-A2B3-786BA559A4A4 V3 PT

Figura 170: Bloco de funções

4.3.4.3 Funcionalidade

A proteção baseada em alta impedância de falha a terra restrita HREFPDIF é


utilizada para a proteção de falha a terra restrita de geradores e transformadores de
potencia.

HREFPDIF começa quando a IDo, a corrente diferencial de neutro, excede o limite


ajustado. A HREFPDIF opera com caractéristica TD.

A HREFPDIF contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as


saídas da função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

4.3.4.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de falta à terra restrita baseada em alta impedância pode


ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama
são explicados nas próximas seções.

346 Série 615


Manual Técnico
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GUID-75842EE4-C4B8-452A-8FA9-FDE60ED22DD4 V3 PT

Figura 171: Diagrama de módulo funcional

Detector de nível
O detector de nível compara a corrente diferencial de neutro IDo com o ajuste
Operate value . Se a corrente diferencial de neutro exceder a configuração Operate
value , o detector de nível envia um sinal de ativação para o módulo temporizador
para que se inicie o temporizador definido.

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo é
de acordo com DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o ajuste de
valor pelo Ajuste de tempo operacional mínimo, a saída OPERATE é ativada. Se a
falha desaparecer antes do funcionamento do módulo, o temporizador de reset é
ativado. Se o reset do temporizador alcançar o ajuste de valor pelo Tempo de
atraso de reset, o temporizador de operação se redefine e a saída START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica disponível
através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.3.4.5 Aplicação

Em sistemas solidamente aterrados, a proteção de falha à terra restrita é sempre


empregada como um complemento a proteção diferencial de transformador normal.

Série 615 347


Manual Técnico
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Funções de proteção

A vantagem da proteção de falha à terra restrita é sua alta sensibilidade.


Sensibilidades próximas a 1 porcento podem ser atingidas, enquanto que
diferenciais normais de IED têm sua sensibilidade mínima em uma faixa de 5 a 10
porcento. O nível para HREFPDIFé dependente das correntes de magnetização do
transformador de corrente. A proteção de falta à terra restrita também é muito
rápida devido ao princípio de medição simples, pois é um tipo de unidade de proteção.

As diferenças no princípio de medição limita a possibilidade de detecção de falha à


terra do diferencial do IED. Tais falhas são, então, detectadas somente pela função
de falha à terra restrita.

A falha à terra restrita de IED é conectada através de cada um diretamente ou ao


enrolamento do transformador aterrado de baixa resistência. Caso os mesmos TCs
estejam ligados a outros IEDs. núcleos separados serão usados.

s2 s1

s1

s2

VDR Aterramento
do resistor

Resistor
estabilizado

Proteção de
alta impedância
(HREFPDIF)
GUID-367BDBC9-D2E8-48D3-B98F-623F7CD70D99 V3 PT

Figura 172: Esquema de conexão para proteção de falha à terra restrita de


acordo com o princípio de alta impedância

Princípio de alta impedância


Princípio de alta impedância é estável para todos os tipos de falhas fora da zona de
proteção. A estabilização é obtida pelo resistor de estabilização no circuito
diferencial. Este método requer que todos os TCs utilizados tenham uma
característica de magnetização semelhante, a mesma relação e ponto de tensão

348 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

relativamente alto. TCsm e cada um dos lados são conectados em paralelo


juntamente com uma derivação de medição de relê conforme mostrado na Figura
173. A derivação de medição é uma série de conexões de resistores estabilizadores
e IED.

Objeto
CT1 protegido CT2

Rin1 Rin2
Rm1/2 Rm2/2

Rs Ru
Id

Rm1/2 Rm2/2

GUID-80DC5CFE-118C-4C5C-A15F-13DCB1708C0E V1 PT

Figura 173: Princípio de alta impedância

A estabilidade da proteção e baseada no uso de um resistor de estabilidade (Rs) e o


fato de que a impedância do TC secundário rapidamente cai enquanto o TC satura.
A reatância de magnetização de um TC totalmente saturado vai a zero e a
impedância é formada apenas pela resistência do enrolamento (Rin) e a resistência
da conexão (Rm).

A saturação do TC causa uma corrente diferencial que agora tem dois caminhos
para fluir: através do TC saturado devido à reatância de magnetização próxima a
zero e através da derivação de medição. O resistor estabilizador é selecionado de
tal forma que a corrente na derivação de medição está abaixo da corrente
operacional do rele durante as falhas fora da zona. Como resultado, a operação é
estável durante a saturação e pode ainda ser sensível às partes não saturadas da
forma de onda da corrente conforme mostrado naFigura 174.

No caso de uma falha interna, a corrente de falha não pode circular através dos TCs
mas flui através da derivação de medição e a proteção opera. A saturação parcial
do TC pode ocorrer no caso de uma falha interna, mas a parte não saturada da
forma de onda da corrente leva à proteção a operar.

Série 615 349


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Funções de proteção

Parte saturada Parte não saturada


GUID-B4CBEF48-1C9C-410B-997F-440CB10486BD V1 PT

Figura 174: Forma de onda secundária de um TC saturado

Na falha interna, a tensão secundária do circuito pode facilmente exceder a tensão


de isolamento dos TCs, cabos de ligação e IED. Para limitar essa tensão, um
resistor VDR dependente de tensão é utilizado conforme mostrado na Figura 173.

O esquema todo, ou seja, o resistor estabilizador, resistor dependente de tensão e


cabeamento devem ser adequadamente mantidos (tendo sua operação e isolamento
regularmente testados) para poderem resistir aos pulsos de alta tensão que
aparecem durante uma falha interna durante o tempo de vida do equipamento. Caso
contrário, durante uma falta dentro da zona de proteção, qualquer descarga
disruptiva nos circuitos secundários do CT ou em qualquer outra parte do sistema
podem impedir o funcionamento correto da função diferencial de alta impedância.

4.3.4.6 Recomendações para transformadores de corrente

A sensibilidade e a confiabilidade da proteção depende muito das características


dos transformadores de corrente. Os TCs devem ter uma relação de transformação
idêntica. É recomendado que todos os transformadores de corrente tenham uma
carga e características iguais e que sejam do mesmo tipo, preferencialmente do
mesmo lote de fabricação, ou seja, uma construção idêntica deverá ser utilizada.
Caso as características do TC e valores de carga não sejam iguais, o cálculo para
cada seção no esquema deve ser feito separadamente e o resultado do pior caso é
então utilizado.

Primeiro, a tensão estabilizadora, ou seja, a tensão que aparece ao longo da seção


de medição durante a falha fora da zona, é calculada assumindo-se que um dos TC
conectados em paralelo está totalmente saturado. A tensão estabilizadora pode ser
calculada com a fórmula

350 Série 615


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Funções de proteção

I k max
Us = ( Rin + Rm )
n
GUID-6A4C58E7-3D26-40C9-A070-0D99BA209B1A V1 PT (Equação 45)

Ikmax a maior corrente através de falhas em ampères primários. A maior corrente de falha a terra ou
curto circuito durante a falha fora de zona.
n a relação das espiras do TC
Rem A resistência secundária interna do TC em ohms

Rm a resistência (máximo de Rem + Rm) do circuito secundário do TC em ohms

Os transformadores de corrente devem ser aptos a forçar corrente suficiente para


operar o IED através do circuito diferencial durante uma condição de falha dentro
da zona de proteção. Para garantir que isto aconteça, o ponto do ângulo de tensão
Ukn deve ser ao menos duas vezes maior do que a tensão estabilizadora Us.

O ponto de ângulo e tensão Ukn do transformador de corrente é calculado usando a


f'órmula
U kn ≥ 2 × U s
GUID-4F7F301A-1573-4736-B740-622605DB0FFB V2 PT (Equação 46)

Ukn o ponto de ângulo de tensão

Us a tensão estabilizadora

O segundo fator é utilizado quando o atraso no tempo de operação da proteção em


quaisquer situações é aceitável. Para prevenir que o ponto do ângulo de tensão
cresça demais, é aconselhável que se use transformadores de corrente, a resistência
secundária do enrolamento da qual é do mesmo tamanho que a resistência do loop
de medição.

Toda a impedância do IED está sozinha agora, um resistor estabilizador é


necessário. O valor do resistor estabilizador é calculado com a fórmula
Us
Rs =
I rs
GUID-EA4FE2BC-4E93-4093-BD14-F20A4F33AEF2 V1 PT (Equação 47)

Rs a resistência do resistor estabilizador

Us a tensão estabilizadora do IED

Irs O valor do ajuste do Valor de operação em ampères secundários.

O resistor estabilizador deverá ser capaz de dissipar alta energia em um curto


espaço de tempo; portanto, o resistor do tipo fio enrolado deve ser utilizado.
Devido a uma possível inexatidão do TC, o que talvez poderá causar alguma

Série 615 351


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Funções de proteção

corrente através do resistor estabilizador em uma situação normal de carga, a


potencia nominal deve ser no mínimo de 25 W.

Caso Ukn estiver alto e a tensão de estabilização for baixa, um resistor com uma
maior potência será necessário. Normalmente, fabricantes de resistor permitem
uma potência 10 vezes maior por cinco segundos Portanto, a potencia do resistor
pode ser calculada com a equação
2
U kn
Rs × 10
GUID-93E59545-7530-408D-8ECF-2D3D9CF76C13 V1 PT (Equação 48)

A sensibilidade atual da proteção é afetada pelo ajustes do IED, das correntes


magnetizadoras dos TCs conectados em paralelo e do efeito shut do resistor
dependente de tensão (VDR). O valor da corrente primária Iprim na qual o IED
opera em um certo ajuste pode ser calculado pela fórmula

I prim = n × ( I rs + Iu + m × I m )
GUID-2A742729-7244-4B1C-A4DF-404BDD3A68D9 V1 PT (Equação 49)

Iprim a corrente primária na qual a proteção deve iniciar

n a relação das espiras do transformador de corrente


Irs O valor de ajuste do Valor de operação .

Iu o fluxo de corrente do fuga através do VDR na tensão Us

m número de transformadores de corrente inclusos na proteção por fase (=4)


Im A corrente magnetizadora por transformador de corrente na tensão Us

O valor Ie dado em muitos catálogos é a corrente de excitação no ponto de angulo


Ie
Im ≈
de tensão. Assumindo que Ukn ≈ 2 x Us, o valor de 2 dá um valor
aproximado para aEquação 49.

A seleção de transformadores de corrente pode ser dividida em procedimentos:


1. Em princípio, a corrente através de falhas mais elevada deve ser conhecida.
Entretanto, quando os dados necessários não estiverem disponíveis, dados
aproximados podem ser utilizados:
• Pequenos transformadores de corrente: Ikmax = 16 x In (corresponde a zk
= 6% e grade infinita)
• Grandes transformadores de corrente: Ikmax = 12 x In (corresponde a zk =
8% e grade infinita)
• Geradores e Motores: Ikmax = 6 x In

352 Série 615


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Funções de proteção

Onde In = corrente nominal e zk = impedância do curto circuito dos


objetos protegidos
2. A corrente nominal primária I1n do TC deve ser maior do que a corrente
nominal da máquina.
A escolha do CT também especifica o Rem.
3. O U requeridokn é calculado com aEquação 46. Caso o Ukn do TC não for alto
o suficiente, outro TC deverá ser escolhido. O valor do Ukn é dado pelo
fabricante no caso de Classe X transforadores de corrente ou então pode ser
estimada com a Equação 50.
4. A sensibilidade Iprim é calculada com a Equação 49. Caso a sensibilidade
alcançada seja suficiente, o TC presente é escolhido. Caso uma sensibilidade
maior seja necessária, um TC com um núcleo maior é escolhido.

Caso outra Classe X TCs sejam usados, uma estimativa para Ukn é calculada com a
equação
 S 
U kn = 0.8 × Fn × I 2 n ×  Rin + 2n 
 I 2 n 

GUID-AFA68232-5288-4220-845E-40347B691E29 V2 PT (Equação 50)

Fn o fator limite de precisão nominal correspondente à carga nominal Sn

I2n a corrente nominal secundária do TC

Rem a resistência secundária interna do TC

Sn o valor de volt-amp nominal do TC

As fórmulas são baseadas na escolha dos TCs de acordo com


aEquação 46, o que resulta em um esquema absolutamente estável.
Em alguns casos, é possível alcançar a estabilidade com tensões do
ponto do ângulo menores do que estabelecidas em fórmulas. As
condições da rede, entretanto, devem ser conhecidas o suficiente
para garantir a estabilidade.
1. If Uk ≥ 2 x Us, uma operação rápida do IED é assegurada.
2. Caso Uk ≥ 1.5 x Us e < 2 x Us, a operação de IED pode ser
levemente prolongada e deve ser estudada caso a caso.
Caso Uk < 1.5 x Us, a operação do IED é comprometida. Outro
TC deve ser escolhido.

A necessidade do VDR depende de certas condições.

Primeiro, tensão Umax, ignorando a saturação do TC durante a falha, é calculada


com a equação

Série 615 353


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Funções de proteção

I k max in I
U max = × ( Rin + Rm + Rs ) ≈ k max in × Rs
n n
GUID-CB54C30A-C69D-4C59-B9B3-44530319D1CE V1 PT (Equação 51)

Ikmaxin a corrente máxima dentro da zona, em ampères primários

n a relacao das espiras do TC


Rem A resistência secundária interna do TC em ohms

Rm a resistência do maior loop do circuito secundário do TC, em ohms

Rs a resistência do resistor estabilizado, em ohms

Depois disso, o pico de tensão û, que inclui a saturação do TC, é estimado pela
fórmula (dada por P.Mathews, 1955)

û = 2 2U kn (U max − U kn )
GUID-0FBE4CDF-8A7C-4574-8325-C61E61E0C55C V1 PT (Equação 52)

Ukn o ponto de ângulo de tensão

O VDR é recomendado quando o pico de tensão û ≥ 2kV, que é o nível de


isolamento para o qual o IED está sendo testado.

Caso Rs fosse menor, o VDR poderia ser evitado. Entretanto, o valor de Rs depende
da corrente de operação e tensão estabilizadora do IED. Portanto, ou um ajuste
maior deve ser utilizado no IED ou a tensão de estabilização deve ser baixada.

4.3.4.7 Exemplo de ajuste

Um exemplo de cálculo para proteção diferencial de alta impedância

Um exemplo para calcular o ajuste do Valor de operação , valor do resistor


estabilizador Rs e a tensão no ponto requerido do ângulo Ukn dos TCs para
proteção de falha a terra restrita baseada em alta impedância do enrolamento de um
transformador de potencia. O lado secundário do sistema de transformador de
potencia é solidamente aterrado.

354 Série 615


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Funções de proteção

P1 P2

S1 S2
P2 S2

P1 S1
Resistor de tensão
dependente Ru
Resistor de
estabilização Rs

Id
GUID-5AA74F44-8A89-4EC9-AF50-3F4ED47FF6F5 V1 PT

Figura 175: Proteção de falha a terra restrita para um transformador

O transformador protegido tem os valores

Sn 20 MVA

Un 11 V A (no lado protegido)

In 1050 A (no lado protegido)

Ikmax 12 600 A (12 x In) fora da zona de falha

Ikmaxin 12 600 A (12 x In) dentro da zona de falha

Os dados de TC são assumidos como

CT 1200/5 A
Rem 0.47 Ω

Ukn 81 V

Ie 35 mA (at Ukn)

A sensibilidade requerida é de 5 porcento de 1050 A = 52,5 A

O comprimento do loop do circuito secundário é de 80 m e a área da sessão


transversal é de 6.0 mm2 (resistência em 75 °C é de 0,0036 Ω/m)

Rm = 0,0036 Ω/m x 80 m ≈ 0.288 Ω

Primeiro, a tensão de estabilização é calculada com base na Equação 45

12 × 1050 A
Us = ( 0.47Ω + 0.288Ω ) ≈ 40V
1200 5
GUID-2B008C30-FC8F-4F30-A8BD-B11475E6C67F V1 PT

Série 615 355


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Funções de proteção

Neste caso, o requisito para o ponto de angulo de tensão do transformador de


corrente é preenchido porque Ukn > 2Us.

A sensibilidade requerida é de 52,5 A no primário, 0,219 A no secundário.

Neste esquema, existem quatro TCs secundários em paralelo. A corrente de


magnetização para um TC na tensão de estabilização pode ser estimada:

U
Im = s × Ie
U kn
40V
Im = × 55mA ≈ 27mA
81V
GUID-407AB0E7-2AEF-42B5-AC7D-5C59356C5EC0 V1 PT

Portanto, levando em consideração as quatro correntes de magnetização, o rele


deveria ser

Irelê = 219 mA – 4 x 27 mA = 111 mA

O ajuste mínimo possível também deverá ser checado. Para obter


uma estabilidade adequada de proteção, o ajuste do relê da corrente I
deve ser no mínimo a soma das correntes de magnetizacao de todas
as CTs conectadas. Neste exemplo, 4 x 27 mA = 108 mA.

A resistência do resistor de estabilização é calculada com base na Equação 47

40V
Rs = ≈ 360Ω
0.111A
GUID-D7AADC63-284A-4F48-95D1-C7671435818F V1 PT

A potência do resistor estabilizador é calculada:

P≥
(81V )2 ≈ 18W
360Ω
GUID-48BDC910-E535-42C3-92AE-0F4205E20241 V1 PT

Devido a uma possível inexatidão no CT, o que poderá causar


corrente através do resistor estabilizador em uma situação normal
de carga, a potência nominal deve ser de 25 W.

Com base naEquação 51 e Equação 52, a necessidade de um resistor dependente de


tensão é checada.

12 · 1050 A
U max = · 360Ω » 18.9kV
1200 5
û = 2 2 · 81V · (18900V − 81V ) » 3.5kV
GUID-372CCAC1-DBFB-4EF8-A3F5-8C69016827AF V1 PT

356 Série 615


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Funções de proteção

O resistor dependente de tensão é necessário neste caso porque a tensão durante a


falha é muito maior do que 2kV.

Já que a tensão estabilizadora é pequena, a fuga de corrente através do VDP muito


provavelmente seja desprezível e não afeta a real sensibilidade.

4.3.4.8 Sinais
Tabela 256: Sinais de saída HREFPDIF
Nome Tipo Padrão Descrição
IDo SIGNAL 0 Corrente diferencial
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 257: Sinais de saída HREFPDIF


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.3.4.9 Configurações
Tabela 258: Ajustes de grupo HREFPDIF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de operação 1.0...50.0 %In 0,1 1.0 Baixo valor de operação, porcentagem
da corrente nominal
Tempo operacional 40...300000 ms 1 40 Tempo operacional mínimo
mínimo

Tabela 259: Ajustes de grupo não-HREFPDIF


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
reinício

Série 615 357


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Funções de proteção

4.3.4.10 Dados monitorados


Tabela 260: Dados Monitorados HREFPDIF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
HREFPDIF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.3.4.11 Dados técnicos


Tabela 261: HREFPDIF Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo de partida1)2) Mínimo Típico Máximo


IFalha = 2,0 x ajuste 16 ms 21 ms 23 ms
Valor de operação 11 ms 13 ms 14 ms
IFalha = 10 x ajuste
Valor de operação
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de a±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido

1) Corrente de sequência negativa antes da falha = 0,0, fn = 50 Hz, resultados com base na
distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinalização

4.4 Proteção de desbalanceamento

4.4.1 Proteção de sobrecorrente de sequência negativa NSPTOC

4.4.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de sobrecorrente de NSPTOC I2> 46
sequência negativa

358 Série 615


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Funções de proteção

4.4.1.2 Bloco de funções

A070758 V1 PT

Figura 176: Bloco de funções

4.4.1.3 Funcionalidade

A proteção de sobrecorrente de sequência negativa NSPTOC é usada para


aumentar a sensibilidade ao detectar falhas monofásicas e fase-à-fase ou cargas
desequilibradas devido a, por exemplo, condutores rompidos ou tensão de
alimentador assimétrica.

NSPTOC também pode ser usado para detectar condutores rompidos.

A função é baseada na medição da corrente de sequência negativa. Em situação de


falha, a função se inicia quando a corrente de sequência negativa excede o limite de
ajuste. O tempo operacional característico para o estágio baixo pode ser
selecionado para estar tanto em tempo definido (TD) ou tempo mínimo definido
inverso (TMDI). No modo TD, a função opera após um tempo predefinido de
operação e reseta quando a falha de corrente desaparece. O modo IDMT fornece
características de temporizador dependente de corrente.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

4.4.1.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobrecorrente de sequência negativa pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

Série 615 359


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

A070660 V1 PT

Figura 177: Diagrama de módulo funcional. I2 representa corrente de


sequência negativa.

Detector de nível
A corrente sequência negativa medida é comparada ao ajuste Valor de partida. Se
o valor calculado exceder o ajuste do Valor de partida, o detector de nível ativa o
módulo temporizador. Se o input ENA_MULT está ativo, o ajuste do Valor de
partida é multiplicado pelo ajuste Start value Mult.

O IED não aceita o ajuste Valor de partida ou ajuste do Start value


Mult se o produto dos ajustes exceder a faixa de ajustes do start value.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa, por sua vez, a saída START. Dependendo
do valor da configuração do Tipo de curva operacional , as características de
tempo estarão de acordo com DT ou IDMT. Quando o temporizador operacional
tiver alcançado o valor do Tempo de atraso operacional no modo DT ou o valor
máximo definido pela curva de tempo inversa, a entrada OPERATE será ativada.

Quando a curva IDMT programável pelo usuário é selecionada, as características


de tempo operacional são definidas pelos parâmetros. Parâmetro de curva A,
Parâmetro de curva B, Parâmetro de curva C, Parâmetro de curva D e Parâmetro
de curva D.

Se houver uma situação de drop-off, ou seja, uma falha desaparecer repentinamente


antes de o atraso operacional ser excedido, o estado de redefinição do temporizador
será ativado. A funcionalidade do temporizador no estado de redefinição depende
da combinação das configurações do Tipo de curva operacional, Tipo de curva de
redefinição e Tempo de atraso de redefinição . Quando as características de DT
forem selecionadas, o temporizador de redefinição será executado até que o valor
do Tempo de atraso de redefinição seja excedido. Quando as curvas IDMT forem
selecionadas, a configuração do do Tipo de curva de redefinição poderá ser
ajustada para "Immediate", "Def time reset" ou "Inverse reset". O tipo de curva de
redefinição "Immediate" causa uma reconfiguração imediata. Com o tipo de curva
de redefinição "Def time reset", o tempo de redefinição depende da configuração
do Tempo de atraso de reajuste . Com o tipo de curva de redefinição "Inverse

360 Série 615


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Funções de proteção

reset", o tempo de reconfiguração depende da corrente durante a situação de drop-


-off. A saída START será desativada quando o temporizador de reajuste tiver passado.

A seleção de "Inverse reset" só é suportada com ANSI ou tipos


programáveis pelo usuário das curvas operacionais de IDMT. Se
outra curva operacional for selecionada, uma redefinição imediata
acontecerá durante a situação de drop-off.

A configuração do Multiplicador de tempo é utilizada para escalonar os tempos


operacionais e de reajuste de IDMT.

O parâmetro de configuração Tempo operacional mínimo define o tempo mínimo


de funcionamento para IDMT. A configuração só é aplicável quando as curvas
IDMT são utilizadas.

A configuração do Tempo operacional mínimo deverá ser utilizada


com muito cuidado, pois o tempo operacional ocorre de acordo com
a curva IDMT, mas sempre, no mínimo, o valor da configuração do
Tempo operacional mínimo . Para mais informações, veja a seção
General function block features neste manual.

O temporizador calcula o valor de duração de partida START_DUR, que indica a


razão percentual da situação de partida e o tempo de operação definido. O valor
fica disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.4.1.5 Aplicação

Já que as grandezas de corrente de sequência negativa não estão presentes durantes


condições normais com cargas balanceadas, os elementos de proteção de
sobrecorrente de sequência negativa podem ser ajustados para uma operação mais
rápida e sensível do que a sobrecorrente de fase normal para condições de falha
entre duas fases. A proteção de sobrecorrente de sequência negativa também

Série 615 361


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Funções de proteção

oferece uma funcionalidade de proteção back-up para a proteção de falha à terra do


alimentador em redes de resistência baixa e solidamente aterradas.

A proteção de sobrecorrente de sequência negativa fornece uma proteção backup


de falha à terra no lado de alta tensão em um transformador de potência delta-
-estrela, para falhas à terra ocorrendo na conexão estrela no lado de baixa tensão.
Se uma falha à terra ocorrer no lado conectado em estrela do transformador de
potência, aparecem grandezas de correntes de sequência negativa no lado
conectado em delta do transformador de potência.

A aplicação mais comum para a proteção de sobrecorrente de sequência negativa é


provavelmente em máquinas de rotação, onde quantidades de corrente de sequência
negativa indicam condições de carga desbalanceada (tensão assimétrica).
Carregamentos desbalanceados normalmente causam aquecimento excessivo da
máquina e podem resultar em danos severos até mesmo em um período de tempo
relativamente curto.

Parâmetros de múltiplas curvas de tempo e multiplicadores de tempo também estão


disponíveis para coordenação com outros dispositivos no sistema.

4.4.1.6 Sinais
Tabela 262: Sinais de Entrada NSPTOC
Nome Tipo Padrão Descrição
I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência de fase negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para ativação do modo de bloqueio


ENA_MULT BOOLEAN 0=Falso Habilitar o sinal para o multiplicador de corrente

Tabela 263: Sinais de saída NSPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.4.1.7 Configurações
Tabela 264: Nenhum ajuste de grupo NSPTOC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.01...5.00 xIn 0,01 0.30 Valor de partida
Mult. do valor de partida 0.8...10.0 0,1 1.0 Multiplicador para programar o valor
inicial
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tabela continua na próxima página

362 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tempo de atraso 40...200000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 1=ANSI Ext. inv. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional 2=ANSI Very inv. Tempo atrasado
3=ANSI Norm. inv.
4=ANSI Mod. inv.
5=ANSI Def.
Tempo
6=L.T.E. inv.
7=L.T.V. inv.
8=L.T. inv.
9=IEC Norm. inv.
10=IEC Muito inv.
11=IEC inv.
12=IEC Ext. inv.
13=IEC S.T. inv.
14=IEC L.T. inv.
15=IEC Def.
Tempo
17=Programável
18=RI type
19=RD type
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Reset de tempo
definido
3=Reconfiguração
inversa

Tabela 265: Ajustes de grupos não-NSPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo operacional 20...60000 ms 1 20 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
redefinição
Parâmetro de curva A 0.0086...120.0000 28.2000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.0000...0.7120 0.1217 Parâmetro B para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva C 0.02...2.00 2,00 Parâmetro C para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.46...30.00 29.10 Parâmetro D para curva programável de
cliente
Parâmetro de curva D 0.0...1.0 1.0 Parâmetro E para curva programável de
cliente

Série 615 363


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Funções de proteção

4.4.1.8 Dados monitorados


Tabela 266: Dados Monitorados NSPTOC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
NSPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.4.1.9 Dados técnicos


Tabela 267: Dados técnicos NSPTOC
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo de partida 1)2) Mínimo Típico Máximo


IFalta = 2 x ajuste Valor 22 ms 24 ms 25 ms
de partida 14 ms 16 ms 17 ms
IFalta = 10 x ajuste
Valor de partida
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5,0% do valor teórico ou ±20 ms 3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Corrente de sequência negativa antes da falta = 0,0, fn = 50 Hz, resultados com base na
distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinalização
3) Máximo Valor de partida = 2,5 x In, Valor de partida multiplica na faixa de 1,5 a 20

4.4.1.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 268: Histórico de revisão do NSPTOC
Revisão técnica Alteração
B Valores mínimo e padrão alterado para 40 ms
para a definição do Tempo de atraso
operacional .

364 Série 615


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4.4.2 Proteção de descontinuidade de fase PDNSPTOC

4.4.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de descontinuidade de fase PDNSPTOC I2/I1> 46PD

4.4.2.2 Bloco de funções

A070688 V1 PT

Figura 178: Bloco de funções

4.4.2.3 Funcionalidade

A proteção de descontinuidade de fase PDNSPTOC é utilizada para detectar


situações de desequilíbrio causadas por condutores rompidos.

A função inicia e opera quando a corrente desequilibrada I2/I1 excede o limite de


ajuste. Para prevenir operação faltosa no mínimo uma corrente de fase precisa estar
acima do nível mínimo. A PDNSPTOC opera com caractéristica TD.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear a saída da


função, temporizador ou a própria função, se desejar.

4.4.2.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de descontinuidade de fase pode ser descrita utilizando-se


um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

Série 615 365


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Funções de proteção

A070687 V2 PT

Figura 179: Diagrama de módulo funcional. I1 e I2 representam correntes


sequenciais de fase positiva e negativa. I_A, I_B e I_C
representam correntes de fase.

I2/I1
O módulo I2/I1 calcula a razão da corrente de sequência negativa e positiva. Relata
o valor calculado para o detector de nível.

Detector de nível
O detector de nível compara a proporção calculada das correntes de sequências
negativas e positivas ao ajuste Start value. Se o valor calculado exceder o ajuste
Start value e o módulo min current check tiver excedido o valor da Min phase
current, o detector de nível relata o excedente do valor ao temporizador.

Min current check


O módulo de verificação de corrente mínima verifica se as correntes de fase
medidas estão acima da Min phase currentconfigurada. No mínimo uma das
correntes de fase precisa estar acima do limite configurado para habilitar o módulo
de detector de nível.

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo é
de acordo com DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o ajuste de
valor pelo Tempo de espera operacional, a saída OPERATE é ativada. Se a falha
desaparecer antes do funcionamento do módulo, o temporizador de redefinição é
ativado. Se o reset do temporizador alcançar o ajuste de valor pelo Tempo de
atraso de reset, o temporizador de operação se redefine e a saída START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK

366 Série 615


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Funções de proteção

pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.4.2.5 Aplicação

Nas aplicações de rede de subtransmissão e distribuição de trifásica, a


descontinuidade de fase em uma fase pode causar aumento de tensão de sequencia
zero e curtos picos de sobretensão e também oscilação na fase correspondente.

PDNSPTOC é uma proteção trifásica com característica TD, projetada para


detectar condutores quebrados em redes de distribuição e subtransmissão. A função
é aplicável tanto para as linhas aéreas e cabos subterrâneos.

A operação de PDNSPTOC é baseada no índice de correntes sequenciais positivas


e negativas. Isso fornece mais sensibilidade e estabilidade em comparação com a
proteção de corrente de sequência negativa já que o índice calculado de correntes
sequenciais positivas e negativas é relativamente constante durante as variações de
carga.

O desequilíbrio da rede é detectado monitorando-se o índice de corrente sequencial


positiva e negativa, em que o valor de corrente sequencial negativa é I2, e I1 é o
valor de corrente sequencial positiva. O desequilíbrio é calculado:

Irelação = I 2
I1
A070702 V2 PT (Equação 53)

A situação de falha de condutor rompido pode ocorrer na fase A em um alimentador.

IECA070699 V2 PT

Figura 180: A situação de falha de condutor rompido na fase A em um


alimentador de distribuição e subtransmissão.

Série 615 367


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Funções de proteção

IECA070698 V1 PT

Figura 181: As grandezas de corrente trifásica durante a falha de condutor


rompido na fase A com o índice de correntes sequenciais positivas
e negativas.

4.4.2.6 Sinais
Tabela 269: PDNSPTOC - Sinais de Entrada
Nome Tipo Padrão Descrição
I1 SIGNAL 0 Corrente de sequência positiva

I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência de fase


negativa
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do
modo de bloqueio

Tabela 270: Sinais de saída PDNSPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.4.2.7 Configurações
Tabela 271: Configurações de grupo PDNSPTOC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 10...100 % 1 10 Valor de partida
Tempo de atraso 100...30000 ms 1 100 Tempo de atraso operacional
operacional

368 Série 615


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Funções de proteção

Tabela 272: Ajustes de grupos não-PDNSPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
reinício
Min phase current 0.05...0.30 xIn 0,01 0,10 Corrente de fase mínima

4.4.2.8 Dados monitorados


Tabela 273: Dados Monitorados PDNSPTO
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
RATIO_I2_I1 FLOAT32 0.00...999.99 % Relação da corrente
medida I2 / I1
PDNSPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.4.2.9 Dados técnicos


Tabela 274: PDNSPTOC Dados Técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±2% do valor ajustado


Tempo de partida < 70 ms
Tempo de reinício < 40 ms
Razão de reinício Típico 0,96
Tempo de retardamento < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

Série 615 369


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.4.3 Proteção de inversão de fase PREVPTOC

4.4.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de inversão de fase PREVPTOC I2>> 46R

4.4.3.2 Bloco de funções

GUID-AA794558-EF3A-4E9A-AA39-BCE9FB7253FD V1 PT

Figura 182: Bloco de funções

4.4.3.3 Funcionalidade

A proteção de inversão de fase PREVPTOC é utilizada para detectar a conexão


reversa das fases de um motor trifásico através do monitoramento da corrente
sequencial de fase negativa I2 do motor.

PREVPTOC inicia e opera quando I2 excede o limite de ajuste. PREVPTOC opera


em características de tempo definido (DT). PREVPTOC é baseada no cálculo de I2,
e a função detecta valores de I2 muito altos durante a inicialização do motor. Os
valores de I2 excessivos são causados por fases incorretamente conectadas, o que,
por sua vez, faz o motor girar no sentido oposto.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, temporizador ou a própria função, se desejar.

4.4.3.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de inversão de fase pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

GUID-F0B4B5EF-8B3C-4967-9818-24DACE686FC8 V1 PT

Figura 183: Diagrama de módulo funcional

370 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Detector de nível
O detector de nível compara a corrente de sequência negativa com o ajuste Start
value. Se o valor I2 exceder o ajuste Start value, o detector de nível envia um sinal
de ativação para o módulo temporizador.

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. Quando o temporizador
operacional tiver alcançado o ajuste Tempo de atraso operacional , a saída
OPERATE é ativada. Se a falha desaparecer antes do funcionamento do módulo, o
temporizador de reset é ativado. Se o temporizador de reset atingir o valor de 200
ms, o temporizador de operação se redefine e a saída START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

4.4.3.5 Aplicação

A rotação de um motor no sentido reverso não é uma condição operacional


desejável. Quando o motor aciona ventiladores e bombas, por exemplo, e o sentido
de rotação é invertido devido a uma sequência de fase incorreta, o processo
conduzido pode ser perturbado e o fluxo do ar de refrigeração do motor pode se
tornar também invertido. Com um motor projetado apenas para um sentido de
rotação específico, o sentido de rotação inverso pode levar a um arrefecimento do
motor ineficiente devido ao design do ventilador.

Em um motor, o valor do componente sequencial negativo das correntes de fase é


muito insignificante quando comparado com o componente sequencial positivo da
corrente durante uma condição de funcionamento saudável do motor. Porém
quando o motor é iniciado com as conexões de fase na ordem inversa, a magnitude
de I2 é muito alta. Assim, sempre que o valor de I 2 exceder o valor inicial, a
função detecta a direção de rotação reversa e fornece um sinal operacional que
desconecta o motor da fonte.

4.4.3.6 Sinais
Tabela 275: Sinais de Entrada PREVPTOC
Nome Tipo Padrão Descrição
I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de


bloqueio

Tabela 276: Sinais de saída PREVPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Série 615 371


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Funções de proteção

4.4.3.7 Configurações
Tabela 277: Configurações PREVPTOC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Start value 0,05...1,00 xIn 0,01 0.75 Valor de partida
Tempo de atraso 100...60000 ms 10 100 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 278: PREVPTOC - Configurações


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação desligar/ligar
5=desligado

4.4.3.8 Dados monitorados


Tabela 279: Monitorador de dados PREVPTOC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
PREVPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.4.3.9 Dados técnicos


Tabela 280: PREVTOC dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo inicial 1)2) Mínimo Típico Máximo


IFalha = 2,0 x ajuste
22 ms 24 ms 25 ms
Valor de partida
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Sequência negativa da corrente anterior = 0.0, fn = 50 Hz, resultados fundamentados na


distribuição estatística de 1000 medições
2) Incluindo o atraso do contato de saída de sinal

372 Série 615


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Funções de proteção

4.4.4 Proteção de sobrecorrente de sequência negativa para


motores MNSPTOC

4.4.4.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Tempo de sequência negativa da MNSPTOC I2>M 46M
proteção de sobrecorrente para motores

4.4.4.2 Bloqueio de funções

GUID-5B6B4705-1EF3-4E12-B1A6-92A5D9D71218 V2 PT

4.4.4.3 Funcionalidade

A proteção do desbalanço com base na função de corrente de sequência negativa


MNSPTOC protege motores elétricos de desbalanço de fase. Um pequeno
desbalanço de tensão pode produzir um grande fluxo de corrente de sequência
negativa no motor. Por exemplo, um desbalanço de tensão de 5 porcento produz
uma corrente de sequência negativa no estator de 30 porcento da corrente de carga
total, que pode severamente aquecer o motor. MNSPTOC detecta uma grande
corrente de sequência negativa e desconecta o motor.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, temporizadores ou a própria função, se desejar.

4.4.4.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de desbalanceamento com base na sequência negativa pode


ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama
são explicados nas próximas seções.

Série 615 373


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-F890E844-B9C9-4E99-A51F-6EAB19B5239B V1 PT

Figura 184: Diagrama de módulo funcional

Detector de nível
A corrente calculada de sequência negativa é comparada à Start value . Se o valor
calculado exceder a configuração Start value , a função ativa o módulo temporizador.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa a saída START. Dependendo do valor do
ajuste Tipo de curva operacional, as características de tempo são de acordo com
DT ou IDMT. Quando o temporizador operacional tiver atingido o ajuste de valor
por Operate delay time no modo DT ou o valor máximo definido pela curva de
tempo inverso, a saída OPERATE é ativada.

Em uma situação de retorno, isto é, quando o valor de uma corrente de sequência


negativa cai abaixo da configuração Start value o temporizador de reset é ativado e
a saída START se redefine após o atraso de tempo Tempo de atraso de reset para as
características DT. Para IDMT, o tempo de reset depende do tipo de curva
selecionado.

Para as curvas IDMT, é possível definir tempos de operação mínimos e máximos


com os parâmetros Minimum operate time e Maximum operate time.Os botões
Machine time Mult corresponde à constante da máquina, igual à constante I22t da
máquina, conforme estabelecido pelo fabricante do equipamento. Se houver um
desencontro entre o TC usado e os valores de corrente nominal do motor protegido,
é possível encaixar as curvas IDMT para o motor protegido usando a configuração
Rated current.

A ativação da saída OPERATE ativa a saída BLK_RESTART. A desativação da


saída OPERATE ativa o temporizador de resfriamento. O temporizador é
configurado ao valor inserido no parâmetro Tempo de resfriamento . A saída
BLK_RESTART é mantida ativa até que o temporizador de resfriamento seja
excedido. Se a corrente de sequência negativa aumenta acima do valor definido
durante este período, a saída OPERATE é ativada imediatamente.

A saída T_ENARESTART indica a duração para qual a saída BLK_RESTART


permanece ativa, isto é, indica o tempo remanescente do temporizador de
resfriamento. O valor fica disponível através da visualização de dados monitorados.

374 Série 615


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Funções de proteção

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

4.4.4.5 Características do temporizador

MNSPTOC suporta tanto características de DT e IDMT. O usuário pode selecionar


as características de temporizador selecionando o “ANSI Def. Time” ou “IEC Def.
Time” no Tipo de curva operacional . A funcionalidade é idêntica em ambos os
casos. Quando as características de DT são selecionadas, a funcionalidade é
somente afetada pelas configurações Operate delay time e Reset delay time.

O IED fornece duas curvas características IDTM programáveis pelo usuário, "Inv.
curve A" e "Inv. curve B".

Curva tipo mínimo definida inversa com base na corrente (IDMT)


Nos modos de tempo inverso, o tempo de operação depende do valor momentâneo
da corrente: quanto maior a corrente, mais rápido o tempo de operação. O cálculo
ou integração do tempo de operação se inicia imediatamente quando a corrente
excede o parâmetro do Valor inicial e a saída START é ativada.

A saída OPERATE do componente é ativada quando a soma acumulada do


integrador calculando a situação de sobrecorrente excede o valor estabelecido pelo
modo de tempo inverso. O valor configurado depende do tipo de curva selecionado
e os valores de configuração usados.

As configurações Minimum operate time e Maximum operate time definem o


tempo de operação mínimo e tempo de operação máximo possíveis para o modo
IDMT. Para configurar esses parâmetros, um estudo cuidadoso das curvas
específicas de IDMT é recomendado.

Curva inv. A
A equação de tempo inverso para curva tipo A é:

k
t [ s] =
2
 I2 
 
 Ir 
GUID-D8A4A304-6C63-4BA4-BAEA-E7891504557A V1 PT (Equação 54)

t[s] Tempo de operação em segundos


k Configurar Tempo de máquina Mult
I2 Corrente de sequência negativa

Ir Set Corrente avaliada

Se a corrente de sequência negativa cai abaixo do parâmetro Start value , o tempo


de reinício é definido por:

Série 615 375


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

 b 
t [ s] = a ×  
 100 
GUID-8BE4B6AC-FB61-4D30-B77B-3E599D5BAE81 V1 PT (Equação 55)

t[s] Tempo de reinício em segundos


a definir Tempo de resfriamento
b porcentagem do tempo de início transcorrido (START_DUR)

Quando o período de reinicialização é iniciado, o tempo para qual o START foi


ativado é salvo. Agora, se a falha reincide, a corrente de sequência negativa
aumenta acima do valor estabelecido durante o período de reconfiguração, os
cálculos de operação são continuados usando os valores salvos. Entretanto, se o
período de reconfiguração transcorre sem que uma falha seja detectada, o
temporizador de operação é reconfigurado e os valores salvos de tempo de início e
integração são apagados.

Curva inv. B
A equação de tempo inverso para curva tipo B é:

k
t [ s] =
2 2
 I2   IS 
  − 
 Ir   Ir 
GUID-805DCB50-71D2-4721-830B-3343E1A5500B V1 PT (Equação 56)

t[s] Tempo de operação em segundos


k Tempo de máquina Mult
I2 Corrente de sequência negativa

IS Set Start value

Ir Set Corrente avaliada

Se a falha desaparecer, a corrente de sequência negativa cai abaixo do parâmetro


Start value e a saída START é desativada. Entretanto, a função não se reinicia
instantaneamente, mas ao invés disso, depende da equação ou do parâmetro de
Tempo de resfriamento .

O temporizador pode ser reconfigurado de duas maneiras:


• Com uma queda na curva de sequência negativa abaixo do valor inicial, a
subtração no denominador se torna negativa e a soma cumulativa começa a
diminuir. A diminuição na soma indica que o resfriamento da máquina e a
velocidade de resfriamento dependem do valor da corrente de sequência

376 Série 615


Manual Técnico
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Funções de proteção

negativa. Se a soma atingir zero sem que uma falha tenha sido detectada, o
acúmulo para e o temporizador é reconfigurado.
• Se o tempo de reconfiguração estabelecido através do parâmetro Tempo de
resfriamento transcorrer sem que uma falha seja detectada, o temporizador é
reconfigurado.

O período de reconfiguração assim continua por um tempo igual ao parâmetro de


Tempo de resfriamento ou até que o tempo de operação chegue a zero, o que for
menor.

4.4.4.6 Aplicação

Em um motor de três fases, as condições que podem levar a um desbalanço são


fase única, desbalanço de tensão no suprimento e falha em fase única. A corrente
sequencial negativa danifica o motor durante a condição de desbalanço de tensão, e
portanto, a corrente sequencial negativa é monitorada para verificar a condição de
desbalanço.

Quando as tensões fornecidas a um motor em operação se tornam desbalançadas, a


corrente de sequência positiva permanece substancialmente imutável, mas a
corrente de sequência negativa flui devido ao desbalanço. Por exemplo, se o
desbalanço é causado por um circuito aberto em qualquer fase, uma corrente de
sequência negativa flui e é igual e oposta à corrente de carga anterior em uma fase
saudável. A combinação de correntes de sequência negativa e positiva produz
correntes de fase aproximadamente 1,7 vezes a carga anterior em cada fase
saudável, e corrente zero na fase aberta.

As correntes de sequências negativas fluem através dos enrolamentos dos estatores


induzindo tensões de sequência negativa nos enrolamentos do rotor. Isso pode
resultar em uma maior corrente de rotor que danifica o enrolamento do rotor. A
frequência da corrente induzida é aproximadamente duas vezes a frequência de
fornecimento. Devido ao efeito de pele, a corrente induzida com a frequência dobra
a frequência de fornecimento, encontrando resistência do rotor, que leva a um
aquecimento excessivo mesmo com correntes de fase com valores menores que a a
corrente especificada do motor.

A impedância de sequência negativa de indução ou um motor sincronizado é


aproximadamente igual à impedância de rotor bloqueado, que é aproximadamente
um-sexto da impedância normal do motor, considerando que o motor tem uma
corrente de rotor bloqueada de seis vezes a corrente especificada. Portanto, mesmo
um desbalanço de tensão de três por cento pode levar a um acorrente de sequência
negativa do estator de 18 por cento no enrolamento. A gravidade disso é indicada
por um aumento de 30-40 porcento na temperatura do motor devido à corrente extra.

Série 615 377


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.4.4.7 Sinais
Tabela 281: Sinais de Entrada MNSPTOC
Nome Tipo Padrão Descrição
I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de


bloqueio

Tabela 282: Sinais de saída MNSPTOC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Inicio
BLK_RESTART BOOLEAN Bloqueio de reconexão da máquina superaquecida

4.4.4.8 Configurações
Tabela 283: Configurações de grupo MNSPTOC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.01...0.50 xIn 0,01 0.20 Valor de partida
Tipo de curva 5=ANSI Def. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional Tempo Tempo atrasado
15=IEC Def.
Tempo
17=Inv. Curva A
18=Inv. Curva B
Tempo de máquina Mult 5.0...100.0 0,1 5.0 Máquina relatada com tempo constante
Tempo de atraso 100...120000 ms 10 1000 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 284: Nenhum ajuste de grupo MNSPTOC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Corrente nominal 0.30...2.00 xIn 0,01 1.00 Corrente avaliada (Ir) da máquina
(utilizada somente no IDMT)
Tempo Operacional 500000...7200000 ms 1000 1000000 Tempo máximo de desarme para
Máximo característica inversa
Tempo operacional 100...120000 ms 1 100 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de resfriamento 5...7200 s 1 50 Tempo exigido para resfriar a máquina
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
reinício

378 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

4.4.4.9 Dados monitorados


Tabela 285: Dados monitorados MNSPTOC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
T_ENARESTART FLOAT32 0.00...7200.00 s Tempo estimado para
reiniciar o bloqueio
MNSPTOC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.4.4.10 Dados técnicos


Tabela 286: MNSPTOC Dados técnico
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo inicial 1)2) Mínimo Típico Máximo


IFalha = 2,0 x ajuste
22 ms 24 ms 25 ms
Valor de partida
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1.0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5.0% do valor teórico ou ±20ms 3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Sequência negativa da corrente anterior = 0.0, fn = 50 Hz, resultados fundamentados na


distribuição estatística de 1000 medições
2) Incluindo o atraso do contato de saída de sinal
3) Valor Inicial multiplica na faixa de 1.10 to 5.00

Série 615 379


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.5 Proteção de tensão

4.5.1 Proteção de sobretensão trifásica PHPTOV

4.5.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção contra sobretensão trifásica PHPTOV 3U> 59

4.5.1.2 Bloco de função

GUID-871D07D7-B690-48FD-8EA1-73A7169AE8BD V1 PT

Figura 185: Bloco de função

4.5.1.3 Funcionalidade

A proteção de sobretensão de trifásica PHPTOV é aplicada sobre elementos de


sistema de potência, tais como geradores, transformadores, motores e linhas de
energia, para proteger o sistema de tensões excessivas que poderiam danificar o
isolamento e causar ruptura de isolamento. A função de sobretensão de trifásica
inclui um valor configurável para a detecção de sobretensão, seja em uma única
fase, duas fases ou três fases.

PHPTOV inclui tanto características de tempo definido (TD) quanto de tempo


mínimo definido inverso (IDMT) para o atraso do disparo.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, temporizador ou a própria função, se desejar.

4.5.1.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobretensão trifásica pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

380 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

U_A_AB Detector de Seleção de


Temporizador

U_B_BC nível fase OPERATE


t
U_C_CA
START

Lógica de t
BLOCK bloqueio

GUID-D71B1772-3503-4150-B3FE-6FFD92DE5DB7 V2 PT

Figura 186: Diagrama de módulo funcional

Detector de nível
O componente de frequência fundamental das tensões trifásicas medidas é
comparadas no sentido de fase ao valor de ajuste do Start value. Se o valor medido
é mais elevado do que o valor de ajuste do Start value, o detector de nível habilita o
módulo de lógica de seleção de fase. O ajuste Histerese relativa pode ser utilizado
para a prevenção de oscilações desnecessárias caso o sinal de entrada seja
ligeiramente diferente do ajuste Start value. Após deixar a área de histerese, a
condição de início deve ser cumprida novamente, e a mesma não é suficiente para
que o sinal apenas retorne para a área de histerese.

A configuração Voltage selection é utilizada para selecionar tensões fase-terra ou


fase-fase para proteção.

Para o modo de operação de tensão IDMT, as equações de curva IDMT utilizadas


contêm características de descontinuidade. O ajuste Curve Sat relative é utilizado
para a prevenção de operações indesejadas.

Para uma descrição mais detalhada das curvas IDMT e utilização


do ajuste Curve Sat Relative , veja a seção Características Gerais
dos Blocos de Função neste manual.

Lógica de seleção de fase


Se os critérios de falha são cumpridos no detector de nível, a lógica de seleção de
fase detecta a fase ou as fases em que o nível de falha é detectado. Se o número de
fases defeituosas corresponde ao ajuste Num of start phases, a lógica de seleção de
fase ativa o temporizador.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa, por sua vez, a saída START. Dependendo
do valor do ajuste Tipo de curva operacional, as características de tempo são
selecionadas de acordo com DT ou IDMT.

Para uma descrição detalhada das curvas de IDMT de tensão, vide a


seção General function block features deste manual.

Série 615 381


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Quando o temporizador operacional tiver atingido o ajuste de valor por Operate


delay time no modo DT ou o valor máximo definido pelo IDMT, a saída OPERATE
é ativada.

Quando a curva IDMT programável de usuário é selecionada, as características de


tempo operacional são definidas pelos parâmetros Curva parâmetro A, Curva
parâmetro B, Curva parâmetro C, Curva parâmetro D e Curva parâmetro E.

Se houver uma situação de drop-off, ou seja, uma falha desaparecer repentinamente


antes de o atraso operacional ser excedido, o estado de reset é ativado. O
comportamento na situação de drop-off depende das características de tempo
operacional selecionadas. Se as características de DT forem selecionadas, o
temporizador de redefinição é executado até que o valor Reset delay time seja
excedido. Se a situação de drop-off exceder o ajuste Reset delay time, o
temporizador é redefinido e a saída START é desativada.

Quando a curva de tempo operacional IDMT é selecionada, a funcionalidade do


temporizador no estado de drop-off depende da combinação das configurações
Type of reset curve e Reset delay time.

Tabela 287: A funcionalidade de tempo de reset quando a curva de tempo operacional de IDMT
é selecionada
do Tipo de curva de reset Descrição da operação
“Imediato” O temporizador operacional é redefinido
instantaneamente quando ocorre um retorno
“Def time reset” O temporizador operacional é congelado durante
o drop-off O temporizador operacional é
redefinido após o ajuste Reset delay time ser
excedido
“DT Lin decr rst” O valor do temporizador operacional diminui
linearmente durante a situação de retorno O
temporizador operacional é redefinido após o
ajuste Reset delay time ser excedido

382 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

GUID-504A5E09-8D82-4B57-9B3A-2BAE7F84FC0D V2 PT

Figura 187: Comportamento de diferentes modos de redefinição de IDMT. O


valor para do Tipo de curva de reset é “Def time reset”. Além
disso, outros modos de reset são apresentados para o integrador
de tempo.

O ajuste Time multiplier é utilizado para escalonar os tempos operacionais de IDMT.

O parâmetro de ajuste Minimum operate time define o tempo operacional mínimo


desejado para IDMT. O ajuste é somente aplicável quando as curvas IDMT são
utilizadas.

O ajuste Minimum operate time deverá ser utilizado com cuidado


pois o tempo operacional é de acordo com a curva IDMT, porém
sempre no mínimo o valor do ajuste Minimum operate time.Para
mais informações, veja a seção General function block features
neste manual.

Série 615 383


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos de operação
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global Configuration/
System/Blocking mode que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK pode
ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação horizontal ou
um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal de saída
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode .

A entrada Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers",
o temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

O modo “Freeze timers” de bloqueio não possui efeito durante o


modo “Inverse reset”.

4.5.1.5 Características do temporizador

Os tipos de curva operacional suportados por PHPTOV são:

Tabela 288: Características de temporizador suportadas pelos tipos de curva operacional IDMT
Tipo de curva operacional
(5) ANSI Def. Tempo
(15) IEC Def. Tempo
(17) Inv. Curva A
(18) Inv. Curva B
(19) Inv. Curva C
(20) Programável.

4.5.1.6 Aplicação

A sobretensão em uma rede ocorre devido a oscilações transientes na rede ou


devido a sobretensões de frequência de energia prolongadas. Os para-raios são
utilizados para proteger a rede contra as sobretensões transientes, porém a função
de proteção IED é utilizada para proteger contra sobretensões de frequência de
potência.

A sobretensão de frequência de potência pode ocorrer na rede devido a


contingências, tais como:

384 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

• A operação defeituosa do regulador de tensão automático quando o gerador


estiver em operação isolada.
• Operação sob controle manual com o regulador de tensão fora de operação.
Uma variação súbita de carga, principalmente o componente de potência
reativa, resulta em uma alteração significativa na tensão por causa do
regulamento de tensão larga inerente de um alternador típico.
• Perda súbita de carga devido ao trip de alimentadores de saída, deixando o
gerador isolado ou alimentando uma pequena carga. Isso causa um aumento
súbito na tensão terminal devido ao fluxo e velocidade excessiva de campo
aprisionado.

Se uma carga sensível a sobretensão permanece conectada, resulta em dano no


equipamento.

É essencial fornecer proteção contra sobretensão de frequência de potência na


forma de elemento de atraso de tempo, seja IDMT ou DT, para prevenir dano de
equipamento.

4.5.1.7 Sinais
Tabela 289: Sinais de entrada PHPTOV
Nome Tipo Padrão Descrição
U_A_AB SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento A ou tensão
fase a fase AB
U_B_BC SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento B ou tensão
fase a fase BC
U_C_CA SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento C ou tensão
fase a fase CA
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 290: Sinais de saída PHPTOV


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Série 615 385


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Funções de proteção

4.5.1.8 Configurações
Tabela 291: Configurações PHPTOV
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.05...1.60 xUn 0,01 1.10 Valor de partida
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tempo de atraso 40...300000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 5=ANSI Def. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional Tempo Tempo atrasado
15=IEC Def.
Tempo
17=Inv. Curva A
18=Inv. Curva B
19=Inv. Curva C
20=Programável
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Redefinição do
tempo definido
-1=DT Lin decr rst

Tabela 292: Ajustes de grupos não-PHPTOV


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Num of start phases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidas para a
2=2 de 3 ativação de disparo
3=3 de 3
Tempo operacional 40...60000 ms 1 40 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
redefinição
Parâmetro de curva A 0.005...200.000 1,000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.50...100.00 1.00 Parâmetro B para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva C 0.0...1.0 0,0 Parâmetro C para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva D 0.000...60.000 0.000 Parâmetro D para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva D 0.000...3.000 1,000 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Curva Sat Relativa 0.0...3.0 0,1 2.0 Ajuste o parâmetro para evitar
descontinuidades de curva
Seleção de tensão 1=fase ao 2=fase a fase Parâmetro para selecionar as tensões
aterramento de fase ou de fase a fase
2=fase a fase
Relative hysteresis 1.0...5.0 % 0,1 4.0 Histerese relativa para operação

386 Série 615


Manual Técnico
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Funções de proteção

4.5.1.9 Dados monitorados


Tabela 293: Dados monitorados PHTOV
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
PHPTOV Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.5.1.10 Dados técnicos


Tabela 294: Dados técnicos PHPTOV
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un

Tempo inicial1)2) Mínimo Típico Máximo


UFalha = 1,1 x ajuste
22 ms 24 ms 26 ms
Valor inicial
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Depende do ajuste Relative hysteresis
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5,0% do valor teórico ou ±20 ms3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Valor inicial = 1,0 x Un, Tensão antes da falha = 0,9 x Un, fn = 50 Hz, sobrecarga em uma fase a
fase com frequência nominal injetada do ângulo de fase aleatória, resultado com base na
distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinal
3) Valor inicial máximo = 1,20 x Un, Valor inicial multiplica na faixa de 1,10 a 2,00

4.5.2 Proteção de subtensão trifásica PHPTUV

4.5.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de subtensão trifásica PHPTUV 3U< 27

Série 615 387


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Funções de proteção

4.5.2.2 Bloco de função

GUID-B4A78A17-67CA-497C-B2F1-BC4F1DA415B6 V1 PT

Figura 188: Bloco de função

4.5.2.3 Funcionalidade

A proteção de subtensão de três fases PHPTUV é utilizada para desconectar dos


dispositivos de rede, por exemplo motores elétricos, que são danificados quando
sujeitos a serviço em condições de baixa tensão. PHPTUV inclui um valor
configurável para a detecção de subtensão, seja em uma única fase, duas fases ou
três fases.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, temporizador ou a própria função, se desejar.

4.5.2.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de subtensão trifásica pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

GUID-21DCE3FD-C5A0-471A-AB93-DDAB4AE93116 V1 PT

Figura 189: Diagrama de módulo funcional

Detector de nível
O componente de frequência fundamental das tensões trifásicas medidas é
comparado em sentido de fase ao ajuste Start value. Se o valor mensurado é
inferior ao valor de ajuste do ajuste Start value, o detector de nível habilita o
módulo de lógica de seleção de fase. A configuração Histerese relativa pode ser
utilizada para a prevenção de oscilações desnecessárias caso o sinal de entrada
varie ligeiramente acima/abaixo da configuração Start value. Após deixar a área de

388 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

histerese, a condição de pickup deve ser cumprida novamente, e a mesma não é


suficiente para que o sinal apenas retorne para a área de histerese.

A configuração Voltage selection é utilizada para selecionar tensões fase-terra ou


fase-fase para proteção.

Para o modo de operação de tensão IDMT, as equações de curva IDMT utilizadas


contêm características de descontinuidade. O ajuste Curve Sat relative é utilizado
para a prevenção de operações indesejadas.

Para uma descrição mais detalhada das curvas IDMT e utilização


do ajuste Curve Sat Relative , veja a seção Características Gerais
dos Blocos de Função neste manual.

O detector de nível contém uma funcionalidade de bloqueio de nível baixo onde


uma das tensões meidas está abaixo do nível desejado. Esta característica é útil
quando é necessário evitar starts e operates durante, por exemplo, uma sequência
de religamento automático. O bloqueio para níveis de baixa tensão é ativado por
padrão (Enable block value é ajustado para "Verdadeiro") e o nível de bloqueio
pode ser ajustado com a configuração Voltage block value.

Lógica de seleção de fase


Se os critérios de falha são cumpridos no detector de nível, a lógica de seleção de
fase detecta a fase ou as fases em que o nível de falha é detectado. Se o número de
fases defeituosas corresponde ao ajuste Num of start phases, a lógica de seleção de
fase ativa o temporizador.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa, por sua vez, a saída START. Dependendo
do valor do ajuste Tipo de curva operacional, as características de tempo são
selecionadas de acordo com DT ou IDMT.

Para uma descrição detalhada das curcas de IDMT de tensão, vide a


seção General function block features deste manual.

Quando o temporizador operacional tiver atingido o ajuste de valor por Operate


delay time no modo DT ou o valor máximo definido pelo IDMT, a saída OPERATE
é ativada.

Quando a curva IDMT programável de usuário é selecionada, as características de


tempo operacional são definidas pelos parâmetros Curva parâmetro A, Curva
parâmetro B, Curva parâmetro C, Curva parâmetro D e Curva parâmetro E.

Se houver uma situação de drop-off, ou seja, uma falha desaparecer repentinamente


antes de o atraso operacional ser excedido, o estado de reset é ativado. O
comportamento na situação de drop-off depende das características de tempo

Série 615 389


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

operacional selecionadas. Se as características de DT forem selecionadas, o


temporizador de redefinição é executado até que o valor Reset delay time seja
excedido. Se a situação de drop-off exceder o ajuste Reset delay time, o
temporizador é redefinido e a saída START é desativada.

Quando a curva de tempo operacional IDMT é selecionada, a funcionalidade do


temporizador no estado de drop-off depende da combinação das configurações
Type of reset curve e Reset delay time.

Tabela 295: A funcionalidade de tempo de reset quando a curva de tempo operacional de IDMT
é selecionada
do Tipo de curva de reset Descrição da operação
“Imediato” O temporizador operacional é redefinido
instantaneamente quando ocorre um retorno
“Def time reset” O temporizador operacional é congelado durante
o drop-off O temporizador operacional é
redefinido após o ajuste Reset delay time ser
excedido
“DT Lin decr rst” O valor do temporizador operacional diminui
linearmente durante a situação de retorno O
temporizador operacional é redefinido após o
ajuste Reset delay time ser excedido

390 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Exemplo

GUID-111E2F60-2BFC-4D9B-B6C3-473F7689C142 V2 PT

Figura 190: Comportamento de diferentes modos de redefinição de IDMT. O


valor para do Tipo de curva de reset é “Def time reset”. Além
disso, outros modos de reset são apresentados para o integrador
de tempo.

O ajuste Time multiplier é utilizado para escalonar os tempos operacionais de IDMT.

O parâmetro de ajuste Minimum operate time define o tempo operacional mínimo


desejado para IDMT. O ajuste é somente aplicável quando as curvas IDMT são
utilizadas.

O ajuste Minimum operate time deverá ser utilizado com cuidado


pois o tempo operacional é de acordo com a curva IDMT, porém
sempre no mínimo o valor do ajuste Minimum operate time.Para
mais informações, veja a seção General function block features
neste manual.

Série 615 391


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos de operação
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global Configuration/
System/Blocking mode que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK pode
ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação horizontal ou
um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal de saída
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode .

A entrada Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers",
o temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

O modo “Freeze timers” de bloqueio não possui efeito durante o


modo “Inverse reset”.

4.5.2.5 Características do temporizador

Os tipos de curva operacional suportados por PHPTUV são:

Tabela 296: Suportado por tipos de curva operacional IDMT


Tipo de curva operacional
(5) ANSI Def. Tempo
(15) IEC Def. Tempo
(21) Inv. Curva A
(22) Inv. Curva B
(23) Programável.

4.5.2.6 Aplicação

PHPTUV é aplicado a elementos de sistema de potência, tais como geradores,


transformadores, motores e linhas de força, para detectar baixas condições de
tensão. Condições de baixa tensão são causadas por operação não usuais ou falha
no sistema de energia. PHPTUV pode ser utilizado em combinação com as
proteções de sobrecorrente. Outras aplicações são a detecção de uma condição de
ausência de tensão, por exemplo antes da energização de uma linha de alta tensão,
ou um trip de disjuntos automático em caso de blecaute. PHPTUV é também
utilizado para iniciar medidas de correção de tensão, tais como inserção de bancos
de capacitador "shunt", para compensar a carga reativa e, assim, aumentar a tensão.

392 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

PHPTUV pode ser utilizado para desconectar dos dispositivos de rede, tais como
motores elétricos, que são danificados quando sujeitos a serviço em condições de
baixa tensão. PHPTUV lida com condições de baixa tensão em frequência de
sistema de energia. As condições de baixa tensão podem ser causadas por:
• Mal funcionamento de um regulador de tensão ou ajustes incorretos no
controle manual (queda de tensão simétrica).
• Sobrecarga (queda de tensão simétrica).
• Curtos circuitos, frequentemente como falhas de fase-terra (aumento de tensão
assimétrica).

PHPTUV previne o equipamento sensitivo de operar sob condições que possam


causar aquecimento excessivo e, assim, encurtar sua vida útil. Em muitos casos,
PHPTUV é uma função útil em circuitos para processos de automação remota ou
local no sistema de energia.

4.5.2.7 Sinais
Tabela 297: Sinais de entrada PHPTUV
Nome Tipo Padrão Descrição
U_A_AB SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento A ou tensão
fase a fase AB
U_B_BC SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento B ou tensão
fase a fase BC
U_C_CA SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento C ou tensão
fase a fase CA
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 298: Sinais de saída PHPTUV


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Série 615 393


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.5.2.8 Configurações
Tabela 299: PHPTUV - Configurações
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.05...1.20 xUn 0,01 0.90 Valor de partida
Multiplicador de tempo 0.05...15.00 0,05 1.00 Tempo do multiplicador nas curvas IEC/
ANSI IDMT
Tempo de atraso 60...300000 ms 10 60 Tempo de atraso operacional
operacional
Tipo de curva 5=ANSI Def. 15=IEC Def. Seleção do tipo de curva de tempo
operacional Tempo Tempo atrasado
15=IEC Def.
Tempo
21=Inv. Curva A
22=Inv. Curva B
23=Programável
Tipo de curva de reset 1=Imediata 1=Imediata Seleção do tipo de curva de redefinição
2=Redefinição do
tempo definido
-1=DT Lin decr rst

Tabela 300: Ajustes de grupos não-PHPTUV


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Num of start phases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidas para a
2=2 de 3 ativação de disparo
3=3 de 3
Tempo operacional 60...60000 ms 1 60 Tempo mínimo de desarme para as
mínimo curvas IDMT
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
redefinição
Parâmetro de curva A 0.005...200.000 1,000 Parâmetro A para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva B 0.50...100.00 1.00 Parâmetro B para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva C 0.0...1.0 0,0 Parâmetro C para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva D 0.000...60.000 0.000 Parâmetro D para curva programável
pelo cliente
Parâmetro de curva D 0.000...3.000 1,000 Parâmetro E para curva programável de
cliente
Curva Sat Relativa 0.0...3.0 0,1 2.0 Ajuste o parâmetro para evitar
descontinuidades de curva
Valor do bloco de tensão 0,05...1,00 xUn 0,01 0.20 Baixo nível de bloqueio para o modo de
subtensão
Tabela continua na próxima página

394 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Habilitar valor do bloco 0=Falso 1=Verdadeiro Ativar bloqueio interno
1=Verdadeiro
Seleção de tensão 1=fase ao 2=fase a fase Parâmetro para selecionar as tensões
aterramento de fase ou de fase a fase
2=fase a fase
Relative hysteresis 1.0...5.0 % 0,1 4.0 Histerese relativa para operação

4.5.2.9 Dados monitorados


Tabela 301: Dados monitorados PHPTUV
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
PHPTUV Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.5.2.10 Dados técnicos


Tabela 302: Dados técnicos PHPTOV
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un

Tempo inicial1)2) Mínimo Típico Máximo


UFalha = 1,1 x ajuste
62 ms 64 ms 66 ms
Valor inicial
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Depende do ajuste Relative hysteresis
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Precisão do tempo de operação no modo de ±5.0% do valor teórico ou ±20 ms3)
tempo inverso
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Valor inicial = 1.0 x Un, Tensão antes da falha = 1.1 x Un, fn = 50 Hz, subtensão em uma tesão fase
a fase com frequência nominal injetada do ângulo aleatória, resultado com base na distribuição
estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída do sinal
3) Mínimo Valor inicial = 0.50, Valor inicial multiplica na faixa de 0.90 to 0.20

Série 615 395


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.5.3 Proteção de sobretensão residual ROVPTOV

4.5.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de sobretensão Residual ROVPTOV Uo> 59G

4.5.3.2 Bloco de função

A070766 V3 PT

Figura 191: Bloco de função

4.5.3.3 Funcionalidade

A proteção de sobretensão residual ROVPTOV é utilizada em redes de distribuição


onde a sobretensão residual pode chegar a níveis não aceitáveis em, por exemplo,
aterramento de alta impedância.

A função se inicia quando a tensão residual excede o limite de ajuste. ROVPTOV


opera com característica de tempo definido (TD).

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, o temporizador definido ou a própria função, se desejar.

4.5.3.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de sobretensão residual pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados mas próximas
seções.

396 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Temporizador
Detector de
nível

Lógica de
bloqueio

A070748 V2 PT

Figura 192: Diagrama de módulo funcional. Uo representa a tensão residual.

Detector de nível
A tensão residual pode ser selecionada com o Uo signal Sel . As opções
selecionáveis são "Measured Io" e "Calculated Io". A tensão residual é comparada
ao ajuste Valor de partida. Se o valor exceder o ajuste Valor inicial, o detector de
nível envia um sinal de ativação para o temporizador.

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo é
de acordo com DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o ajuste de
valor pelo Tempo de espera operacional, a saída OPERATE é ativada. Se a falha
desaparecer antes do funcionamento do módulo, o temporizador de redefinição é
ativado. Se o reset do temporizador alcançar o ajuste de valor pelo Tempo de
atraso de reset, o temporizador de operação se redefine e a saída START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

Série 615 397


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.5.3.5 Aplicação

ROVPTOV é projetado para ser usado para proteção de falha à terra em sistemas
de aterramento de reatância, resistência ou neutro isolado. Em redes compensadas,
o início da função pode ser utilizado para controlar o dispositivo de comutação do
resistor de neutro. A função também pode ser utilizada para a proteção de backup
de alimentadores para proteção de barramento, quando uma proteção de
barramento mais dedicada não se justificaria.

Em sistemas compensados e neutro isolado, a tensão de neutro do sistema, isto é, a


tensão residual, aumenta em caso de qualquer falha conectada à terra. Dependendo
do tipo da falha e da resistência de falha, a tensão residual atinge valores diferentes.
A maior tensão residual, equivalente à tensão fase-terra, é atingida por uma falha
de terra monofásica. A tensão residual aumenta aproximadamente a mesma
quantidade em todo o sistema e não fornece qualquer orientação para encontrar o
componente defeituoso. Portanto, esta função é frequentemente utilizada como um
proteção de backup ou como um sinal de liberação para o alimentador de proteção
de falha à terra.

A proteção também pode ser utilizada para a proteção de falha à terra de geradores
e motores e para a proteção de desequilíbrio de bancos de capacitores.

A tensão residual pode ser calculada internamente com base na medição da tensão
trifásica. Essa tensão também pode ser medida por um transformador de tensão
monofásico, localizado entre uma ligação em estrela do transformador e a terra, ou
utilizando-se uma conexão aberta-delta de três transformadores de tensão
monofásicos.

4.5.3.6 Sinais
Tabela 303: Sinais de saída ROVPTOV
Nome Tipo Padrão Descrição
Uo SIGNAL 0 Tensão residual
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 304: Sinais de saída ROVPTOV


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

398 Série 615


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Funções de proteção

4.5.3.7 Configurações
Tabela 305: Configurações de grupo ROVPTOV
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.010...1.000 xUn 0,001 0.030 Valor inicial de sobrevoltagem
Tempo de atraso 40...300000 ms 1 40 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 306: Ajustes de grupos não ROVPTOV


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
reinício
Uo signal Sel 1= Uo medido 1= Uo medido Seleção para sinal Uo utilizado
2= Uo calculado

4.5.3.8 Dados monitorados


Tabela 307: Dados monitorados ROVPTOV
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
ROVPTOV Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.5.3.9 Dados técnicos


Tabela 308: Dados técnicos ROVPTOV
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un

Tempo inicial1)2) Mínimo Típico Máximo


UFalha = 1.1 x ajuste
55 ms 56 ms 58 ms
Valor de partida
Tempo de reset < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tabela continua na próxima página

Série 615 399


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Característica Valor
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Tensão residual antes da falta= 0,0 x Un, fn = 50 Hz, corrente residual com frequência nominal
injetada a partir de ângulo de fase aleatório, resultados com base na distribuição estatística de
1000 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de sinal

4.5.3.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 309: Histórico de revisão técnica de ROVPTOV
Revisão técnica Alteração
B Adição de parâmetro de ajuste para a seleção
de "Uo Medido" ou "Uo Calculado"

4.5.4 Proteção de sobretensão de sequência negativa NSPTOV

4.5.4.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de sobretensão de sequência NSPTOV U2> 47O-
negativa

4.5.4.2 Bloco de funções

GUID-F94BCCE8-841F-405C-B659-3EF26F959557 V1 PT

Figura 193: Bloco de funções

4.5.4.3 Funcionalidade

A proteção de sobretensão de sequência negativa NSPTOV é usada para detectar


condições de sobretensão de sequência negativa. O NSPTOV é usado para a
proteção das máquinas.

A função se inicia quando a tensão de sequência negativa excede o limite de ajuste.


NSPTOV opera com as características de tempo definido (TD).

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, o temporizador definitivo ou a própria função, se desejar.

400 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

4.5.4.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da proteção de sobretensão de sequência negativa pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

GUID-0014077D-EEA8-4781-AAC7-AFDBAAF415F4 V1 PT

Figura 194: Diagrama de módulo funcional. U2 é utilizado para representar


uma tensão de fase de sequência negativa.

Detector de nível
A tensão de sequência negativa calculada é comparada à configuação de ajuste
Start value. Se o valor exceder o ajuste Start value, o detector de nível habilita o
temporizador.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo
é de acordo com DT. Quando o temporizador operacional tiver atingido o ajuste de
valor por Operate delay time, a saída OPERATE é ativada se a condição de
sobretensão persistir. Se a tensão sequencial negativa se normaliza antes do
funcionamento do módulo, o temporizador de reset é ativado. Se o temporizador de
reset atingir o ajuste de valor por Reset delay time, o temporizador de operação se
redefine e a saída START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

Série 615 401


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.5.4.5 Aplicação

Um desequilíbrio de tensão contínuo ou temporário pode aparecer na rede por


várias razões. O desequilíbrio de tensão principalmente ocorre devido a condutores
quebrados ou cargas assimétricas e é caracterizado pelo surgimento de um
componente de sequência negativa da tensão. Em máquinas rotativas, o
desequilíbrio de tensão resulta em um desequilíbrio de corrente, que aquece os
rotores das máquinas. As máquinas rotativas, portanto, não toleram uma tensão de
sequência negativa contínua maior que tipicamente 1-2 porcento x Un.

A corrente de componente de sequência negativa I2, usada por uma máquina


assíncrona ou síncrona, é linearmente proporcional à componente de tensão
sequência negativa U2. Quando U2 é P% de Un, I2 é tipicamente cerca de 5 x P% x
In.

Os blocos de sobrecorrente de sequência negativa NSPTOC são usados para


conseguir uma proteção seletiva contra o desequilíbrio de tensão e corrente para
cada máquina separadamente. Alternativamente, a proteção pode ser implementada
com a função NSPTOV, monitorando o desequilíbrio de tensão do barramento.

Se as máquinas tiverem proteção de desequilíbrio próprias, a operação NSPTOV


pode ser aplicada como proteção de backup ou pode ser usada como um alarme. A
última pode ser aplicada quando não é necessário desarmar cargas tolerando um
desequilíbrio de tensão melhor que máquinas de rotação.

Se houver um grau considerável de desequilíbrio de tensão, as máquinas de rotação


nem devem ser conectadas à rede. Esta lógica pode ser implantada ao inibir o
fechamento do disjuntor se a operação NSPTOV tiver sido iniciada. Este esquema
também previne a conexão de máquinas à rede se a sequência de fase da rede não
estiver correta.

Um valor apropriado para o parâmetro de configuração Valor de partida de tensão


é de aproximadamente 3 porcento de Un. Um valor adequado para o parâmetro de
configuração Atraso de tempo de operação depende da aplicação. Se a operação
NSPTOV for usada como proteção de backup, o tempo de operação deve ser
configurado de acordo com o tempo de operação do NSPTOC usado como
proteção principal. Se a operação de NSPTOV for usada como proteção principal,
o tempo de operação deve ser de aproximadamente um segundo.

402 Série 615


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Funções de proteção

4.5.4.6 Sinais
Tabela 310: Sinais de entrada NSPTOV
Nome Tipo Padrão Descrição
U2 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de


bloqueio

Tabela 311: Sinais de saída NSPTOV


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.5.4.7 Configurações
Tabela 312: Configurações de grupo NSPTOV
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.010...1.000 xUn 0,001 0.030 Valor de partida
Tempo de atraso 40...120000 ms 1 40 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 313: Ajustes de grupos não-NSPTOV


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
reinício

4.5.4.8 Dados monitorados


Tabela 314: Dados monitorados NSPTOV
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
NSPTOV Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Série 615 403


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.5.4.9 Dados técnicos


Tabela 315: NSPTOV Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
±1.5% do valor ajustado ou ±0.002 × Un

Tempo inicial1)2) Mínimo Típico Máximo


UFalha = 1,1 x ajuste
Valor inicial 33 ms 35 ms 37 ms
UFalha = 2,0 x ajuste 24 ms 26 ms 28 ms
Valor inicial
Tempo de reset < 40 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo em funcionamento no modo ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
de tempo definido
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n × fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Tensão de sequência negativa antes da falha = 0.0 × Un, fn = 50 Hz, sobretensão de sequência
negativa com frequência nominal injetada do ângulo de fase aleatória, resultados com base na
distribuição estatística de 1000 medições
2) Incluo o atraso de contato de saída

4.5.4.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 316: Histórico de revisão técnica de NSPTOV
Revisão técnica Alteração
B -

4.5.5 Proteção de subtensão de sequência positiva PSPTUV

4.5.5.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de subtensão de sequência PSPTUV U1 47U+
positiva

404 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

4.5.5.2 Bloco de funções

GUID-24EBDE8B-E1FE-47B0-878B-EBEC13A27CAC V1 PT

Figura 195: Bloco de funções

4.5.5.3 Funcionalidade

A proteção de subtensão de sequência positiva PSPTUV é utilizada para detectar


condições de subtensão sequencial positiva. PSPTUV é utilizada para a proteção de
pequenas usinas geradoras de energia. A função auxilia no isolamento de uma
usina incorporada a partir de uma linha de falha quando a corrente de falha
alimentada pela planta é baixa demais para iniciar uma função de sobrecorrente,
porém alto o suficiente para manter o arco. Isolamento rápido de todas as fontes de
corrente de falha é necessário para um auto-restabelecimento bem sucedido do
disjuntor de fim de rede.

A função se inicia quando a tensão de sequência positiva cai abaixo do limite de


ajuste. PSPTUV opera com as características de tempo definido (TD).

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, o temporizador definido ou a própria função, se desejar.

4.5.5.4 Princípio de operação

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da proteção de subtensão de sequência positiva pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

GUID-F1E58B1E-03CB-4A3C-BD1B-F809420397ED V1 PT

Figura 196: Diagrama de módulo funcional. U1 é utilizado representando-se


tensão sequencial de fase positiva.

Série 615 405


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Detector de nível
A tensão de sequência positiva calculada é comparada à configuação de ajuste Set
value. Se o valor cai abaixo do ajuste Start value, o detector de nível habilita o
temporizador. A configuração Histerese relativa pode ser utilizada para a
prevenção de oscilações desnecessárias caso o sinal de entrada seja ligeiramente
diferente da configuração Start value. Após deixar a área de histerese, a condição
de início deve ser cumprida novamente, e a mesma não é suficiente para que o sinal
apenas retorne para a área de histerese.

Temporizador
Uma vez acionado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo
é de acordo com DT. Quando o temporizador operacional tiver atingido o ajuste de
valor Operate delay time, a saída OPERATE é ativada se a condição de subtensão
persistir. Se a tensão sequencial positiva se normaliza antes do funcionamento do
módulo, o temporizador de reset é ativado. Se o temporizador de reset atingir o
ajuste de valor Reset delay time, o temporizador de operação se redefine e a saída
START é desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.5.5.5 Aplicação

PSPTUV pode ser aplicado para proteger uma estação de energia usada para a
geração incorporada quando falhas de rede, como curtos-circuitos ou falhas fase-
-terra em uma transmissão ou uma linha de distribuição, causam situações
potencialmente perigosas para a estação de energia. Uma falha de rede pode ser
perigosa para a estação de energia por diversos motivos. A operação da proteção
pode causar uma condição de ilhamento, também chamado de condição de perda
de rede elétrica, em que uma parte da rede, isto é, uma ilha alimentada pela estação
de energia, é isolada do resto da rede. Há então o risco de um autorestabelecimento

406 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

que ocorre quando as tensões de diferentes partes da rede não são sincronizadas, o
que é um incidente de esforço para a estação de energia. Outro risco é que o
gerador pode perder o sincronismo durante a falha de rede. Um trip
suficientemente rápido do disjuntor de utilidade da estação de energia pode evitar
esses riscos.

Quanto mais baixa a tensão simétrica trifásica da rede, maior é a probabilidade de


que o gerador perca o sincronismo. A tensão de sequência positiva é também
disponível durante falhas assimétricas. É um critério mais apropriado para detectar
o risco de perda de sincronismo do que, por exemplo, a mais baixa tensão fase-fase.

Analisar a perda de sincronismo de um gerador é bastante complicado e exige um


modelo de gerador com o seu motor principal e controladores. O gerador pode ser
capaz de operar em sincronia, mesmo que a tensão caia por algumas dezenas de
percentual por algumas centenas de milissegundos. O estabelecimento de PSPTUV
é, portanto, determinada pela necessidade de proteger a estação de energia contra
os riscos das condições de ilhamento desde que exija um maior valor de ajuste.

A perda de sincronismo de um gerador significa que o gerador é incapaz de operar


como um gerador com a frequência da rede, mas entra em uma condição instável
em que opera por turnos como um gerador e um motor. Essa condição estressa o
gerador térmica e mecanicamente. Este tipo de perda de sincronismo não deve ser
misturado com a que existe entre uma ilha e a rede elétrica. Na situação de
ilhamento, a condição do próprio gerador é normal, mas o ângulo de fase e a
frequência da tensão fase-fase pode ser diferente da tensão correspondente no resto
da rede. A ilha pode ter uma frequência própria relativamente rápida quando
alimentada por uma pequena estação de energia com uma baixa inércia.

PSPTUV complementa outros princípios de proteção de perda de rede baseados na


operação de frequência e tensão.

Paralisação do motor e falha para iniciar podem levar a uma subtensão contínua. A
subtensão de sequência positiva é utilizada como uma proteção de backup contra a
condição de paralisação do motor.

4.5.5.6 Sinais
Tabela 317: Sinais de entrada PSPTUV
Nome Tipo Padrão Descrição
U1 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase positiva

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de


bloqueio

Tabela 318: Sinais de saída PSPTUV


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

Série 615 407


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.5.5.7 Configurações
Tabela 319: Configurações PSPTUV
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 0.010...1.200 xUn 0,001 0.500 Valor de partida
Tempo de atraso 40...120000 ms 10 40 Tempo de atraso operacional
operacional
Valor do bloco de tensão 0.01...1.00 xUn 0,01 0.20 Nível do bloqueio interno
Habilitar valor do bloco 0=Falso 1=Verdadeiro Ativar bloqueio interno
1=Verdadeiro

Tabela 320: Ajustes de grupos não-PSTUV


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de reinício
reinício
Relative hysteresis 1.0...5.0 % 0,1 4.0 Histerese relativa para operação

4.5.5.8 Dados monitorados


Tabela 321: Dados monitorados PSTUV
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
PSPTUV Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.5.5.9 Dados técnicos


Tabela 322: PSPTUV Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x Un

Tempo inicial1)2) Mínimo Típico Máximo


UFalha = 1,1 x ajuste
Valor inicial 51 ms 53 ms 54 ms
UFalha = 1,1 x ajuste 43 ms 45 ms 46 ms
Valor inicial
Tabela continua na próxima página

408 Série 615


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1MRS757783 A Seção 4
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Característica Valor
Tempo de reset < 40 ms
Taxa de reset Depende do ajuste Relative hysteresis
Tempo de retardo < 35 ms
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

1) Valor inicial = 1.0 x Un, Tensão de sequência positiva antes da falha = 1.1 x Un, fn = 50 Hz,
subtensão de sequência positiva com frequência nominal injetada do ângulo de fase aleatória,
resultado com base na distribuição estatística de 1000 medições
2) Inclui o atraso de contato de saída de sinal

4.5.5.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 323: Histórico de revisão técnica de PSPTUV
Revisão técnica Alteração
B -

4.6 Proteção de frequência

4.6.1 Proteção de frequência FRPFRQ

4.6.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de frequência FRPFRQ f>/f<, df/dt 81O/81U, 81R

4.6.1.2 Bloco de funções

GUID-744529D8-E976-4AFD-AA77-85D6ED2C3B70 V1 PT

Figura 197: Bloco de funções

Série 615 409


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.6.1.3 Funcionalidade

A proteção de frequência FRPFRQ é utilizada para proteger os componentes de


rede contra condições anormais de frequência.

A função provê mudança de proteção básica de sobrefrequência, subfrequência e


taxa mudança de frequência. Adicionalmente, é possível utilizar combinação de
critérios para alcançar esquemas de proteção ainda mais sofisticados para o sistema.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, temporizador ou a própria função, se desejar.

4.6.1.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de função de proteção de frequência pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

OPERATE
Detecção START
F
de Freq>/<
OPR_OFRQ
Lógica de OPR_UFRQ
operação ST_OFRQ
ST_UFRQ
Detecção
dF/dt de df/dt OPR_FRG
ST_FRG

Lógica de
BLOCK bloqueio

GUID-76692C3F-8B09-4C69-B598-0288CB946300 V1 PT

Figura 198: Diagrama de módulo funcional

Freq>/< detection
O módulo de detecção de frequência inclui uma detecção de sobrefrequência e de
subfrequência com base na configuração Operation mode.

No modo “Freq>”, a frequência mensurada é comparada ao ajuste Start value


Freq>. Se o valor mensurado exceder o valor de ajuste da configuração Start value
Freq>, o módulo relata o excedente do valor para o módulo de operação da lógica.

No modo “Freq>”, a frequência mensurada é comparada ao ajuste Start value


Freq<. Se o valor mensurado exceder o valor de ajuste da configuração Start value
Freq<, o módulo relata o excedente do valor para o módulo de operação da lógica.

410 Série 615


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detecção de df/dt
O módulo de detecção de gradiente de frequência inclui uma detecção para uma
taxa de mudança positiva ou negativa (gradiente) de frequência com base no valor
de ajuste Start value df/dt. A proteção negativa de taxa de mudança é selecionada
quando o valor de ajuste é negativo. A proteção positiva de taxa de mudança é
selecionada quando o valor de ajuste é positivo. Quando a proteção gradiente de
frequência é selecionada e o gradiente excede o valor de ajuste Start value df/dt, o
módulo relata o excedente do valor para o módulo de lógica de operação.

O IED não aceita o valor de ajuste "0.00" para a configuração Start


value df/dt.

Operate logic
Este módulo é utilizado para combinar diferentes critérios de proteção baseados na
frequência e a medição gradiente de frequência para alcançar um comportamento
mais sofisticado da função. Este critério está selecionado com o ajuste do
Operation mode .

Série 615 411


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Tabela 324: Modos de operação para a lógica de operação


Operation mode Descrição
Freq< A função opera independentemente da função
de proteção da subfrequência ("Freq<"). Quando
a frequência medida está abaixo do valor
estabelecido para o ajuste Start value Freq<, o
módulo ativa as saídas START eSTR_UFRQ. A
característica de tempo é de acordo com DT.
Quando o temporizador de tempo tiver
alcançado o valor estabelecido pelo ajuste
Operate Tm Freq, as saídas OPERATE e
OPR_UFRQ são ativadas. Se a frequência
restabilizar antes do funcionamento do módulo,
o temporizador de reset é ativado. Se o
temporizador de redefinição atingir o ajuste de
valor pelo Reset delay time, o temporizador de
operação reseta e as saídas START e
STR_UFRQ são desativadas.

Freq> A função opera independentemente da função


de proteção da sobrefrequência ("Freq<").
Quando a frequência medida está acima do
valor estabelecido para o ajuste Start value
Freq<, o módulo ativa as saídas START
eSTR_OFRQ. A característica de tempo é de
acordo com DT. Quando o temporizador de
tempo tiver alcançado o valor estabelecido pelo
ajuste Operate Tm Freq, as saídas OPERATE e
OPR_OFRQ são ativadas. Se a frequência
restabilizar antes da operação do módulo, o
temporizador de reset é ativado. Se o
temporizador de reset atingir o ajuste de valor
pelo Reset delay time, o temporizador de
operação reseta e as saídas START e
OPR_OFRQ são desativadas.

df/dt A função opera independentemente como a


função de proteção de frequência gradiente (df/
dt") e de taxa de mudança. Quando o gradiente
de frequência excede o valor de ajuste da
configuração Start value df/dt, o módulo ativa as
saídas START e STR_FRG. A característica de
tempo é de acordo com DT. Quando o
temporizador de operação tiver alcançado o
valor estabelecido pelo ajuste Operate Tm df/dt,
as saídas OPERATE e OPR_FRG são ativadas. Se
a frequência gradiente se reestabilizar antes do
funcionamento do módulo, o temporizador de
reset é ativado. Se o temporizador de reset
atingir o ajuste de valor do Reset delay Tm df/dt,
o temporizador de operação reseta e as saídas
START e STR_OFRG são desativadas.

Tabela continua na próxima página

412 Série 615


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Funções de proteção

Operation mode Descrição


Freq< + df/dt Uma operação consecutiva é habilitada entre os
métodos de proteção. Quando uma frequência
medida está abaixo do valor de ajuste doStart
value Freq<, a proteção de frequência gradiente
é ativada. Depois que a frequência caiu abaixo
do valor de ajuste, a frequência gradiente é
comparada ao valor de ajuste do ajuste Start
value df/dt. Quando a frequência gradiente está
acima do valor estabelecido, o módulo ativa as
saídas START e STR_FRG. A característica de
tempo é de acordo com DT. Quando o
temporizador de tempo tiver alcançado o valor
estabelecido pelo ajuste Operate Tm df/dt, as
saídas OPERATE e OPR_FRG são ativadas. Se a
frequência gradiente se reestabilizar antes do
funcionamento do módulo, o temporizador de
reset é ativado. Se o temporizador de reset
atingir o ajuste de valor pelo Reset delay Tm df/
dt, o temporizador de operação reseta e as
saídas START e STR_OFRG são desativadas. A
saída OPR_UFRQ não está ativa quando este
modo de operação é usado.
Tabela continua na próxima página

Série 615 413


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Funções de proteção

Operation mode Descrição


Freq> + df/dt Uma operação consecutiva é habilitada entre os
métodos de proteção. Quando uma frequência
medida está acima do valor de ajuste doStart
value Freq<, a proteção de frequência gradiente
é ativada. Depois que a frequência excedeu o
valor de ajuste, a frequência gradiente é
comparada ao valor de ajuste do Start value df/
dt. Quando a frequência gradiente está acima do
valor estabelecido, o módulo ativa as saídas
START e STR_FRG. A característica de tempo é
de acordo com DT. Quando o temporizador de
tempo tiver alcançado o valor estabelecido pelo
ajuste Operate Tm df/dt, as saídas OPERATE e
OPR_FRG são ativadas. Se a frequência
gradiente se reestabilizar antes da operação do
módulo, o temporizador de reset é ativado. Se o
temporizador de reset atingir o ajuste de valor do
Reset delay Tm df/dt, o temporizador de
operação reseta e as saídas START e
STR_OFRG são desativadas. A saída OPR_OFRQ
não está ativa quando este modo de operação é
usado.
Freq< OR df/dt Uma operação paralela é habilitada entre os
métodos de proteção. A saída START é ativada
quando nenhum dos valores medidos do módulo
de proteção excede seu valor de ajuste.
Informações detalhadas sobre o módulo ativo
estão disponíveis nas saídas STR_UFRQ e
STR_FRG. O tempo de atraso de operação mais
curto do ajuste Operate Tm Freq ou Operate Tm
df/dt é dominante no que diz respeito à saída
OPERATE. A característica de tempo é de acordo
com DT. A característica que ativa a saída
OPERATE pode ser vista das saídas OPR_UFRQ
ou OPR_FRG. Se a frequência gradiente se
reestabilizar antes da operação do módulo, o
temporizador de reset é ativado. Se o
temporizador de reset atingir o ajuste de valor do
Reset delay Tm df/dt, o temporizador de
operação reseta e a saída START é desativada.
Se a frequência restabilizar antes da operação
do módulo, o temporizador de reset é ativado.
Se o temporizador de redefinição atingir o ajuste
de valor pelo Reset delay Freq, o temporizador
de operação reseta e a saída STR_UFRQ é
desativada.
Tabela continua na próxima página

414 Série 615


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Operation mode Descrição


Freq> OR df/dt Uma operação paralela é habilitada entre os
métodos de proteção. A saída START é ativada
quando nenhum dos valores medidos do módulo
de proteção excede seu valor de ajuste.
Informações detalhadas sobre o módulo ativo
estão disponíveis nas saídas STR_UFRQ e
STR_FRG. O tempo de atraso de operação mais
curto do ajuste Operate Tm Freq ou Operate Tm
df/dt é dominante no que diz respeito à saída
OPERATE. A característica de tempo é de acordo
com DT. A característica que ativa a saída
OPERATE pode ser vista das saídas OPR_UFRQ
ou OPR_OFRQ. Se a frequência gradiente se
reestabilizar antes da operação do módulo, o
temporizador de reset é ativado. Se o
temporizador de reset atingir o ajuste de valor do
Reset delay Tm df/dt, o temporizador de
operação reseta e a saída START é desativada.
Se a frequência restabilizar antes da operação
do módulo, o temporizador de reset é ativado.
Se o temporizador de reset atingir o ajuste de
valor pelo Reset delay Freq, o temporizador de
operação reseta e a saída STR_UFRQ é
desativada.

O módulo calcula o valor de duração de início que indica a razão percentual da


situação de início e o tempo de operação definido (DT). A duração do início está
disponível de acordo com o valor selecionado do ajuste do Operation mode

Tabela 325: Valor de duração do início


Modo de operação em uso Valor de duração do início disponível
Freq< ST_DUR_UFRQ

Freq> ST_DUR_OFRQ

df/dt ST_DUR_FRG

A duração combinada de início START_DUR indica a razão de máximo percentual


dos modos de proteção ativos. Os valores ficam disponíveis através da visualização
de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block

Série 615 415


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OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é


ativada.

4.6.1.5 Aplicação

A função de proteção de frequência utiliza uma tensão de sequência de fase


positiva para mensurar a frequência de forma confiável e precisa .

A estabilidade da frequência do sistema é uma dos mais importantes princípios na


manutenção de redes de transmissão e distribuição. Para proteger todos os aparatos
elétricos sensíveis à frequência na rede, a partida da banda permitida para a
operação segura deve ser inibida.

A de sobrefrequência é aplicável em todas as situações onde os altos níveis da


frequência fundamental de tensão de um sistema de energia devem ser detectadas
de forma confiável. A frequência fundamental em um sistema de energia indica um
desequilíbrio entre a produção e o consumo. Neste caso, a geração disponível é
muito grande se comparada com a energia exigida pela carga conectada à rede
elétrica. Isso pode ocorrer devido a uma súbita perda de uma quantidade
significativa de carga ou devido a falhas no sistema regulador da turbina. Caso a
situação continue e se agrave, o sistema de energia perde a sua estabilidade.

A proteção contra subcorrente é aplicável em todas as situações onde a detecção


confiável da frequência fundamental de tensão baixa de um sistema de energia é
necessária. A baixa frequência fundamental em um sistema de energia indica que a
energia gerada é muito baixa para atender às demandas da carga conectada à rede
elétrica.

A subfrequência pode ocorrer como resultado da sobrecarga de geradores operando


em um sistema isolado. Também pode ocorrer como resultado de uma grave falha
no sistema de potência devido ao déficit de geração, quando comparado com a
carga. Isso pode acontecer devido a uma falha no sistema da rede em linhas de
transmissão que ligam duas partes do sistema. Como resultado, o sistema se divide
em dois, com uma parte tendo o excesso de carga e a outra parte o déficit
correspondente.

O gradiente de frequência é aplicável em todas as situações onde a modificação da


frequência fundamental de tensão em um sistema de energia deve ser detectada de
forma confiável. O gradiente de frequência pode ser utilizado tanto para
frequências crescentes quanto para decrescentes. Esta função fornece um sinal de
saída adequado para corte de carga, corte de gerador, impulsionamento de gerador,
mudança de set point em sistemas de sub-transmissão DC e partida de turbina a
gás. O gradiente de frequência é frequentemente usado em combinação com um
sinal de baixa frequência, especialmente em sistemas de menor potência, onde a
perda de um grande gerador requer ações rápidas corretivas para garantir a
integridade do sistema de energia. Em tais situações, as ações de corte de carga são
necessárias em um nível bastante alto de frequência. No entanto, em combinação
com um grande gradiente negativo de frequência, a proteção de subfreqüência pode
ser usada em uma configuração alta.

416 Série 615


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4.6.1.6 Sinais
Tabela 326: Sinais de entrada FRPFRQ
Nome Tipo Padrão Descrição
F SIGNAL 0 Frequência medida
dF/dt SIGNAL 0 Taxa de modificação de frequência
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 327: Sinais de saída FRPFRQ


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN Operar
OPR_OFRQ BOOLEAN Opere o sinal para sobrefrequência
OPR_UFRQ BOOLEAN Opere o sinal para a subfrequência
OPR_FRG BOOLEAN Opere o sinal para frequência gradiente
START BOOLEAN Tempo de
ST_OFRQ BOOLEAN Inicie o sinal para a sobrefrequência
ST_UFRQ BOOLEAN Inicie o sinal para a subfrequência
ST_FRG BOOLEAN Inicie o sinal para frequência gradiente

4.6.1.7 Configurações
Tabela 328: Ajuste de grupo FRPFRQ
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo operacional 1=Freq< 1=Freq< Seleção do modo de operação de
2=Freq> proteção de frequência
3=df/dt
4=Freq< + df/dt
5=Freq> + df/dt
6=Freq< OR df/dt
7=Freq> OR df/dt
Start value Freq> 0.900...1.200 xFn 0,001 1.050 Valor inicial de frequência de
sobrefrequência
Start value Freq< 0.800...1.100 xFn 0,001 0.950 Valor do início de frequência de
subfrequência
Start value df/dt -0.200...0.200 xFn /s 0.005 0,010 Taxa de valor inicial da frequência de
mudança
Operate Tm Freq 80...200000 ms 10 200 Opere o tempo de atraso para frequência
Operar Tm df/dt 120...200000 ms 10 400 Operar o tempo de atraso para taxa de
frequência de mudança

Série 615 417


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Tabela 329: Ajuste de grupo não-FRPFRQ


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Reinício da freq do 0...60000 ms 1 0 Reinicie o tempo de atraso para
tempo de atraso frequência
Reinicie o tempo de 0...60000 ms 1 0 Reinicie o tempo de atraso para a taxa
atraso df/dt de mudança

4.6.1.8 Dados monitorados


Tabela 330: Dados monitorados FRFRQ
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Duração do início da
atividade
ST_DUR_OFRQ FLOAT32 0.00...100.00 % Duração do início da
atividade
ST_DUR_UFRQ FLOAT32 0.00...100.00 % Duração do início da
atividade
ST_DUR_FRG FLOAT32 0.00...100.00 % Duração do início da
atividade
FRPFRQ Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.6.1.9 Dados técnicos


Tabela 331: FRPFRQ Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação f>/f< ±10 mHz
df/dt ±100 mHz/s (na faixa |df/dt| < 5
Hz/s)
± 2,0% de valor ajustado (na
faixa 5 Hz/s < |df/dt| < 15 Hz/s)
Tempo de partida f>/f< < 80 ms
df/dt < 120 ms
Tempo de reset < 150 ms
Precisão do tempo de operação ±1,0% do valor ajustado ou
±30 ms

418 Série 615


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4.6.2 Redução e restauração de cargaLSHDPFRQ

4.6.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Desarme de carga e restauração LSHDPFRQ UFLS/R 81LSH

4.6.2.2 Bloqueio de funções

GUID-1B46D13E-4F26-4CFA-9655-E979E0E05D67 V1 PT

Figura 199: Bloqueio de funções

4.6.2.3 Funcionalidade

A função LSHDPFRQ de desarme de carga e restauração é capaz de realizar o


desarme de carga com base na subfrequência e na taxa de mudança de frequência.
A carga que é desarmada durante o distúrbio de frequência pode ser restaurada uma
vez que a frequência esteja estabilizada no nível normal.

A frequência de sistema medida é comparada ao valor configurado para detectar a


condição de subfrequência. A taxa mensurada da mudança de frequência (df/dt) é
comparada ao valor configurado para detectar uma taxa de redução de frequência
alta. A combinação da subfrequência detectada e o alto df/dt é usada para a
ativação do desarme de carga. Há um atraso no tempo definitivo entre a detecção
da subfrequência e alto df/dt e a ativação de LSHDPFRQ. Este atraso pode ser
configurado e é usado para prevenir ações indesejadas de desarme de carga quando
a frequência do sistema recupera seu nível normal.

Neste documento, “alto df/dt” é usado para significar “uma alta


taxa de mudança na frequência na direção negativa.”

Uma vez que a frequência está estabilizada, o LSHDPFRQ pode restaurar a carga
que é desarmada durante o distúrbio de frequência. A restauração é possível tanto
manual quanto automaticamente.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, os seus temporizadores ou a própria função, se desejado.

Série 615 419


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4.6.2.4 Princípio de funcionamento

A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os


valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da função de redução e de restauração de carga pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos são explicados mas
próximas seções.

GUID-17F7A604-487F-4D45-8150-AE041BB939B1 V1 PT

Figura 200: Diagrama de módulo funcional

Detector de subfrequência
A detecção de subfrequência mede a frequência da entrada calculada a partir do
sinal de tensão. Uma subfrequência é detectada quando a frequência medida cai
abaixo do valor de ajuste da configuração Start Value Freq.

O módulo de detecção de subfrequência inclui um temporizador com as


características de Tempo Definido (DT). Acerca da detecção de subfrequência, o
temporizador de funcionamento ativa a saída ST_FRQ. Quando o temporizador de
subfrequência tiver alcançado o valor ajustado por Operate Tm Freq, a saída

420 Série 615


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OPR_FRQ é ativada se a condição de subfrequência ainda persistir. Se a frequência


fica normal antes do módulo operar, o reset do temporizador é ativado. Se o reset
do temporizador alcançar o ajuste de valor pelo Reset delay time, o temporizador
reseta e a saída ST_FRQ é desativada.

detecção de df/dt
A detecção de df/dt mede a frequência de entrada calculada a partir do sinal de
tensão e calcula seu gradiente. Uma condição elevada de df/dt é detectada
comparando-se o gradiente com a configuração Start Value df/dt.A detecção de df/
dt é ativada quando o gradiente de frequência diminui a um ritmo mais rápido do
que o valor de ajuste do Start value df/dt.

O módulo de detecção de df/dt inclui um temporizador com as características de


Tempo Definido (DT). Acerca da detecção de df/dt, o temporizador de operação
ativa a saída ST_FRG. Quando o temporizador tiver alcançado o valor ajustado por
Operate Tm df/dt, a saída OPR_FRG é ativada se a condição de df/dt ainda
persistir. Se df/dt fica normal antes da operação do módulo, o temporizador de
reset é ativado. Se o temporizador de reset alcança o valor da configuração Reset
delay time , o temporizador reseta e a saída ST_FRG é desativada.

Controle de diminuição de carga


A maneira de diminuição de carga, isto é, se será operado com base na
subfrequência ou df/dt alta ou ambos, é definida com o parâmetro de usuário Modo
de diminuição de carga . Os modos de operação válidos para os parâmetros de
Modo de diminuição de carga são "Freq<", "Freq< AND df/dt" e "Freq< OR df/dt".

Uma vez que as condições do modo de operação selecionadas forem satisfeitas, os


sinais de saída START e OPERATE são ativados.

Quando a saída START estiver ativa, a porcentagem do tempo de atraso decorrido


pode ser monitorada através da saída START_DUR disponível como dados
monitorados.

Série 615 421


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GUID-143A36EB-FCC9-4E87-B615-7743A3D75A15 V1 PT

Figura 201: A operação de diminuição de carga no modo “Freq< AND df/dt>”


quando as condições de Freq< e df/dt são satisfeitas (Frequência
nominal=50 Hz)

422 Série 615


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GUID-DB333B09-D987-4A62-ABAE-7B70ACA275EB V1 PT

Figura 202: A operação de diminuição de carga no modo “Freq< AND df/dt>”


quando somente a condição de df/dt é satisfeita (Frequência
nominal=50 Hz)

Detecção de restauração
Se após a ativação da entrada OPERATE a frequência retorna a um nível acima da
configuração Restore start Val , a saída de sinal RESTORE é ativada. A saída
RESTORE permanece ativa por um 100 ms. A configuração Restore mode é
utilizada para selecionar o modo de restauração para"Disabled", "Auto" ou "Manual".

Série 615 423


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Modo Restauração Descrição


Desabilitado A restauração de carga está desabilitada.
Auto No modo "Auto", a frequência de entrada é continuamente comparada à
configuração Restore start Val. O módulo de restauração inclui um
temporizador com as características de Tempo Definido (DT). Quando
houver detecção de restauração, o temporizador de funcionamento ativa a
saída ST_REST. Quando o temporizador tiver alcançado o valor ajustado
por Restore delay time , a saída RESTORE é ativada se a condição de
restauração ainda persistir. Se a frequência cair abaixo da configuração
Restore start Val antes da ativação da saída RESTORE, o temporizador de
reset é ativado. Se o temporizador de reset alcança o valor da configuração
Reset delay time , o temporizador reseta e a saída ST_REST é desativada.

Manual No modo "Manual", uma restauração manual é possível através da entrada


MAN_RESTORE ou através de comunicação. A saída ST_REST é ativada se
o comando MAN_RESTORE está disponível e a frequência tiver excedido o
ajuste de Restore start Val . A restauração manual inclui um temporizador
com as características de Tempo Definido (DT). Quando o temporizador
tiver alcançado o valor ajustado pela configuração Restore delay time , a
saída RESTORE é ativada se a condição de restauração ainda persistir. Se a
frequência cair abaixo da configuração Restore start Valantes da ativação
da saída RESTORE, o temporizador de reset é ativado. Se o temporizador de
reset alcança o valor da configuração Reset delay time , o temporizador
reseta e a saída ST_REST é desativada.

Uma condição pode surgir onde a operação de restauração precisa ser cancelada.
Ativar a entrada BLK_REST para os modos "Auto" ou "Manual" cancela a
operação de restauração. No modo de restauração "Manual", o cancelamento
acontece mesmo se MAN_RESTORE estiver presente.

Uma vez que o comando de saída RESTORE é cancelado, a reativação de


RESTORE somente é possível após a reativação da saída OPERATE, isto é, quando
a próxima operação de redução de carga é detectada.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos de operação
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global Configuration /
System/ Blocking mode que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada com uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
de saída BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode .

A configuração Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze


timers", o temporizador operacional é congelado no valor que prevalecer. No modo
"Block all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo
"Block OPERATE output" (Saída OPERATE de bloqueio), a função opera
normalmente, mas as saídas OPERATE, OPR_FRQ e OPR_FRG não são ativadas.

4.6.2.5 Aplicação

Um sistema de energia AC opera em uma frequência de taxa definida. A frequência


nominal na maioria dos sistemas do mundo é de 50 Hz ou 60 Hz. A operação do

424 Série 615


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Funções de proteção

sistema é tal que a frequência operacional permanece aproximadamente no valor de


frequência nominal por uma margem pequena. A margem de segurança de
operação é geralmente menos que ±0,5 Hz. A estabilidade da frequência do sistema
é uma das principais preocupações na transmissão e distribuição do controle e
operação da rede. Para proteger equipamentos elétricos sensíveis à frequência na
rede, a partida da banda permitida para a operação segura deve ser inibida.

Qualquer aumento na carga conectada requer um aumento na geração de energia


real para manter a frequência do sistema. As variações de frequência se formam
sempre que há condições no sistema que resultam em um desbalanço entre a
geração e a carga. A taxa de mudança de frequência representa a magnitude da
diferença entre a carga e a geração. Uma redução na frequência e uma taxa
negativa de mudança na frequência são observadas quando a carga é maior que a
geração, e um aumento na frequência juntamente com uma taxa positiva de
mudança de frequência são observadas se a geração é maior que a carga. A taxa de
mudança da frequência é usada para uma decisão mais rápida de desarme de carga.
Em uma situação de subfrequência, o desarme de carga desarma cargas não
importantes a fim de estabilizar a rede. Assim, as cargas são normalmente
priorizadas para que as cargas menos importantes sejam desarmadas antes das
cargas importantes.

Durante a operação de alguns dos esquemas de proteção e outras emergências do


sistema, o sistema de energia é dividido em pequenas ilhas. Sempre há um
desbalanço na geração de carga em tais ilhas que levam ao desvio na frequência de
operação da frequência nominal. Essa operação de frequência fora do normal é
prejudicial aos componentes do sistema de energia, como turbinas e motores.
Portanto, tal situação deve ser prevenida de continuar. O esquema de desarme de
carga com base na frequência deve ser aplicado para restaurar a operação do
sistema para frequência normal. Isso é atingido ao rapidamente criar um balanço de
geração - carga ao desconectar a carga.

Como a formação das ilhas do sistema não é sempre pré-definida, vários relés de
desarme de carga são necessários para serem implantados em vários locais perto
dos centros de carga. Um desarme rápido de uma grande quantidade de carga de
um local pode causar um distúrbio significativo no sistema. O esquema de desarme
de carga pode ser tornado mais eficaz se o desarme de alimentadores de carga for
distribuído e discreto, isto é, as cargas são desarmadas em vários locais e em passos
distintos até que a frequência do sistema atinja limites aceitáveis.

Devido à ação dos esquemas de desarme de carga, o sistema se recupera do


distúrbio e o valor de frequência de operação se recupera em direção à frequência
nominal. A carga que foi desarmada durante o distúrbio pode ser restaurada. A
operação de restauração de carga deve ser feita passo a passo de tal maneira que
não leve o sistema de volta à condição de emergência. Isso é feito através de uma
intervenção do operador ou no caso de uma locação remota através de uma função
de restauração de carga automática. A função de restauração de carga também
detecta a frequência do sistema e restaura a carga se a frequência do sistema
permanece acima do valor de frequência de restauração estabelecida por uma
duração pré-definida.

Série 615 425


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-8694ACBB-CC73-46E6-A9C9-5DE27F6FC7AF V1 PT

Figura 203: Operação da função de desarme de carga

Proteção do sistema de energia pelo desarme de carga


A decisão da quantidade de carga que precisa ser desarmada é tomada através da
medição da frequência e taxa de mudança de frequência (df/dt). Em um único
local, muitos passos de desarme de carga podem ser definidos com base em
critérios diferentes de frequência e df/dt. Tipicamente, o desarme de carga é
realizado em quatro ou seis etapas, com cada desarme aumentando a porção de
carga de cinco a vinte e cinco porcento da carga total dentro de alguns segundos.
Após cada desarme, a frequência do sistema é lida e mais ações de desarme são
tomadas somente se necessário. A fim de tornar o efeito transiente, um atraso de
tempo suficiente deve ser configurado.

O valor da configuração deve ser bem abaixo da menor frequência normal de


ocorrência, e bem acima da menor frequência aceitável do sistema. O nível de
configuração, o número de etapas e a distância entre duas etapas (em tempo ou
frequência) dependem de características do sistema de energia sendo configurado.
O tamanho da maior perda de geração comparada com o tamanho do sistema de
energia é um parâmetro crítico. Em sistemas grandes, o desarme de carga pode ser
estabelecido em um nível alto de frequência e o atraso normalmente não é crítico.
Em sistemas pequenos, o nível de início da frequência precisa ser estabelecido em
um valor baixo e o atraso deve ser curto.

426 Série 615


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Se um sistema moderado opera em 50 Hz, uma subfrequência deve ser configurada


para etapas diferentes de 49,2 Hz a 47,5 Hz em etapas de 0,3 – 0,4 Hz. O tempo de
operação para a subfrequência pode ser configurado de alguns segundos a algumas
frações de segundo de um valor de frequência maior para um valor de frequência
menor.

Tabela 332: Configurações para uma operação de subfrequência de cinco etapas


Etapas de desarme de carga Valor inicial Freq configuração Operate Tm Freq configuração
1 0,984 · Fn (49,2 Hz) 45000 ms
2 0,978 · Fn (49,2 Hz) 30000 ms
3 0,968 · Fn (49,2 Hz) 15000 ms
4 0,958 · Fn (49,2 Hz) 5000ms
5 0,950 · Fn (49,2 Hz) 500 ms

A taxa de mudança da função de frequência não é instantânea pois a função


necessita de tempo para fornecer um valor estável. Recomenda-se um tempo de
atraso longo o suficiente para cuidar do ruido do sinal.

Sistemas industriais pequenos podem experimentar uma taxa de mudança de


frequência de até 5 Hz/s devido a um único evento. Mesmo sistemas de energia
grandes podem formar ilhas pequenas com um desbalanço grande entre a carga e a
geração quando falhas graves ou combinações de falhas são eliminadas. Até 3 Hz/s
foi testado quando uma pequena ilha se torna isolada de um sistema grande. Para
distúrbios graves normais em sistemas de energia grandes, a taxa de mudança de
frequência é muito menor, muitas vezes somente uma fração de 1,0 Hz/s.

De maneira semelhante, a configuração para df/dt pode ser de 0,1 Hz/s a 1,2 Hz/s
em etapas de 0,1 Hz/s a 0,3 Hz/s para redes de energia distribuídas grandes, com o
tempo de operação variando de alguns segundos a algumas frações de segundo.
Aqui, o tempo de operação deve ser mantido no mínimo para uma configuração
maior de df/dt.

Tabela 333: Configurações para uma operação de df/dt< de cinco etapas


Etapas de desarme de carga Valor de partida df/dt Operar Tm df/dt configuração
configuração
1 -0,005 · Fn /s (-0,25 Hz/s) 8000 ms
2 -0,010 · Fn /s (-0,25 Hz/s) 2000 ms
3 -0,015 · Fn /s (-0,25 Hz/s) 1000 ms
4 -0,020 · Fn /s (-0,25 Hz/s) 500 ms
5 -0,025 · Fn /s (-0,25 Hz/s) 250 ms

Uma vez que a frequência está estabilizada, a carga de desarme pode ser
restaurada. A operação de restauração deve ser feita passo a passo, cuidando para
que não leve o sistema de volta à condição de emergência.

Série 615 427


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Tabela 334: Configurações para uma operação de restauração de cinco etapas


Etapas de desarme de carga Início da restauração Val Restaure o tempo de atraso
configuração configuração
1 0,990 · Fn (49,5 Hz) 200000 ms
2 0,990 · Fn (49,5 Hz) 160000 ms
3 0,990 · Fn (49,5 Hz) 100000 ms
4 0,990 · Fn (49,5 Hz) 50000 ms
5 0,990 · Fn (49,5 Hz) 10000 ms

4.6.2.6 Sinais
Tabela 335: Sinais de entrada LSHDPFRQ
Nome Tipo Padrão Descrição
F SIGNAL 0 Frequência medida
dF/dt SIGNAL 0 Taxa de modificação de frequência
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio
BLK_REST BOOLEAN 0=Falso bloco de restauração
MAN_RESTORE BOOLEAN 0=Falso Sinal de sinal de restauração

Tabela 336: Sinais de saída LSDHPRQ


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN Operação de rejeição de carga
OPR_FRQ BOOLEAN Sinal de operação para subfrquência
OPR_FRG BOOLEAN Sinal de operação para df/dt alto
START BOOLEAN Inicio
ST_FRQ BOOLEAN Sinal de arranque para detecção de subfrequência
ST_FRG BOOLEAN Sinal de arranque para df/dt alto detectado
REARMAZENAMEN BOOLEAN Restaure o sinal para finalidade de restauração
TO de carga
ST_REST BOOLEAN Restaure a frequência alcançada e restaure o
temporizador iniciado

428 Série 615


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4.6.2.7 Configurações
Tabela 337: Ajustes de grupo LSHDPFRQ
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de rejeição de 1=Freq< 1=Freq< Ajuste o modo de operação para a
carga 6=Freq< OU df/dt função de rejeição de carga
8=Freq< E df/dt
Modo de restauração 1=Desabilitado 1=Desabilitado Modo de operação da funcionalidade de
2=Auto restauração
3=Manual
Valor inicial Freq 0.800...1.200 xFn 0,001 0.975 Ajuste de frequência/valor inicial
Start value df/dt -0.200...-0.005 xFn /s 0.005 -0.010 Ajuste da frequência gradiente para
detecção de df/dt
Operar Freq do Tm 80...200000 ms 10 200 Atraso para operar sob o estágio de
subfrequência
Operar Tm df/dt 120...200000 ms 10 200 Atraso para operar para o estágio df/dt
Restaure o valor inicial 0.800...1.200 xFn 0,001 0.998 Restaure o valor de ajuste de frequência
Restaure o tempo de 80...200000 ms 10 300 Restaurar atraso
atraso

Tabela 338: Ajuste de grupo não-LSHDPFRQ


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 50 Atraso após os temporizadores definidos
reinício serem reiniciados

4.6.2.8 Dados monitorados


Tabela 339: Dados monitorados LSHDPFRQ
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Duração do início da
atividade
LSHDPFRQ Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Série 615 429


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4.6.2.9 Dados técnicos


Tabela 340: LSHDPFRQ Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação f< ±10 mHz
df/dt ±100 mHz/s (na faixa |df/dt| < 5
Hz/s)
± 2,0% de valor ajustado (na
faixa 5 Hz/s < |df/dt| < 15 Hz/s)
Tempo de partida f< < 80 ms
df/dt < 120 ms
Tempo de reset < 150 ms
Precisão do tempo de operação ±1,0% do valor ajustado ou
±30 ms

4.7 Proteção do arco ARCSARC

4.7.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção contra arco ARCSARC ARCO 50L/50NL

4.7.2 Bloqueio de funções

A070686 V2 PT

Figura 204: Bloco de funções

4.7.3 Funcionalidade
A proteção contra arco ARCSARC detecta situações de arco no sistema de
comutação com revestimento em metal e isolamento de ar causado, por exemplo,
por falha humana durante a manutenção ou quebra de isolamento durante a operação.

A função detecta luz de um arco localmente ou através de um sinal remoto


luminoso. A função também monitora correntes de fase e residuais para ser capaz
de tomar decisões precisas em situações de arco contínuo.

430 Série 615


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Funções de proteção

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. O bloqueio desativa todas as


saídas e redefine os temporizadores.

4.7.4 Princípio de funcionamento


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de arco elétrico pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

I_A Detector de
I_B nível
1 Retorno
I_C Seletor de
modo de OPERATE
operação t
Detector de
Io nível
2

OPR_MODE
REM_FLT_ARC Retorno
FLT_ARC FLT_ARC_DET
t

BLOCK
A070746 V3 PT

Figura 205: Diagrama de módulo funcional. I_A, I_B e I_C representam


correntes de fase.

Detector de nível 1
As correntes de fase medidas são comparadas no sentido de fase ao ajuste do Phase
start value. Se o valor calculado exceder o ajuste do Valor de partida de fase, o
detector de nível relata o excedente do valor para o seletor de modo de operação.

Detector de nível 2
As correntes residuais medidas são comparadas ao ajuste Ground start value. Se o
valor calculado exceder o ajuste do Ground start value, o detector de nível relata o
excedente do valor para o seletor de modo de operação.

Seletor do modo de operação


Dependendo da configuração do Modo operacional, o seletor de modo operacional
certifica-se de que todos os critérios exigidos são atendidos para uma decisão
confiável de uma situação de falha de arco elétrico. O usuário pode selecionar
modo de operação "Luz+corrente", "Somente luz" ou "BI controlado". A operação
é baseada tanto nas informações de corrente como de luz no modo “Luz+corrente”,
nas informações de luz somente no modo “Somente luz” ou em informações
remotamente controladas no modo “BI controlado”. Quando o modo "BI
controlado" está em uso e a entrada OPR_MODE estiver ativada, a operação da

Série 615 431


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função é baseada somente nas informações de luz. Quando a entrada OPR_MODE é


desativada, a operação da função é baseada tanto nas informações de luz quanto
nas de corrente. Quando os critérios exigidos forem atendidos, o temporizador é
ativado.

Temporizador de descida
Uma vez ativado, o temporizador de descida permanece ativo até que a entrada seja
desativada ou, pelo menos, durante o tempo de descida. O sinal BLOCK pode ser
usado para bloquear o sinal OPERATE ou a saída do sinal luminoso
FLT_ARC_DET.

4.7.5 Aplicação
A proteção contra arco pode ser realizada como função autônoma em um único relé
ou como proteção contra arco de estação ampla, incluindo vários relés de proteção.
Se realizada como proteção contra arco de estação ampla, diferentes esquemas de
desligamento podem ser selecionados para a operação dos disjuntores dos
alimentadores de entrada e saída. Consequentemente, os relés na estação podem,
por exemplo, ser ajustados para disparar o disjuntor, seja o do alimentador de
entrada, seja o de saída, dependendo da localização do defeito na aparelhagem.
Para máxima segurança, os relés podem ser ajustados para disparar sempre o
disjuntor do alimentador de entrada e do alimentador de saída.

A proteção contra arco consiste em:


• Hardware opcional de detecção de luz de arco com compensação automática
de luz de fundo para sensores tipo lente.
• Saída de sinal de luzFLT_ARC_DET para indicação de roteamento de sinal de
luz detectado localmente para outra Etapa de proteção de relé
• com medição de falha de fase e falha de aterramento.

A função detecta luz de um arco localmente ou através de um sinal remoto


luminoso. Localmente, a luz é detectada por meio de sensores de lente conectados
às entradas Sensor de luz 1, Sensor de luz 2 ou Sensor de luz 3 no módulo de
comunicação serial do relé. Os sensores de lente podem ser colocados, por
exemplo, no compartimento de barramento, no compartimento do disjuntor e no
compartimento de cabos do cubículo blindado.

A luz detectada pelos sensores de lentes é comparada a um nível de referência


ajustado automaticamente. As entradas do Sensor de luz 1, Sensor de luz 2 e
Sensor de luz 3 têm seus próprios níveis de referência. Quando a luz exceder o
nível de referência de uma das entradas, a luz será detectada localmente. Quando a
luz tiver sido detectada local ou remotamente e, dependendo do modo operacional,
se uma ou várias correntes de fase excederem o limite definido do Valor de partida
de fase ou a corrente de falha de aterramento ultrapassar o limite definido do Valor
de partida de aterramento, a etapa de proteção contra arco irá gerar um sinal
operacional. A etapa é redefinida em 30 min, depois que todas as correntes

432 Série 615


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Funções de proteção

trifásicas e a corrente de falha de aterramento tiverem caído abaixo dos limites


definidos de corrente.

A saída do sinal de luz de uma etapa de proteção contra arco FLT_ARC_DET é


ativada imediatamente na detecção de luz em todas as situações. A proteção contra
arco de estação ampla é feita por meio do roteamento da saída do sinal de luz para
um contato de saída conectado a uma entrada binária de outro relé ou pelo
roteamento da saída do sinal luminoso ao se comunicar com a entrada de outro relé.

É possível bloquear o disparo e a saída do sinal de luz da etapa de proteção de arco


com uma entrada binária ou com um sinal de outro bloco de funções.

Cobrir as entradas não utilizadas com tampões de poeira.

Detecção de descarga de arco em com um IED


Em instalações, com possibilidades limitadas de realizar sinalização entre IEDs de
proteção de alimentadores de entrada e de saída ou se apenas o IED para o
alimentador de entrada deve ser trocado, uma proteção para arco com um nível
menor de proteção pode ser alcançada com um relé de proteção. A proteção para
arco com um IED é feita apenas ao se instalarem dois sensores de lente conectados
ao IED de proteção do alimentador de entrada para detectar um arco no
barramento. Na detecção do arco, a etapa de proteção contra arco dispara o
disjuntor do alimentador de entrada. A distância máxima de instalação
recomendada entre os dois sensores de lente na área de barramento é de seis metros
e a distância máxima de um sensor de lente no fim do barramento é de três metros.

Série 615 433


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

A040362 V1 PT

Figura 206: Detecção de descarga de arco em com um IED

Detecção de descarga de arco em com vários IEDs


Ao se usarem vários IEDs, o IED que protege o alimentador de saída dispara o
disjuntor desse alimentador, quando é detectado um arco nas terminações de cabos.
Se o IED de proteção do alimentador de saída detectar um arco no barramento ou
no compartimento do disjuntor através de um dos outros sensores de lente, ele irá
gerar um sinal para o IED que protege o alimentador de entrada. Quando o sinal é
detectado, o IED que protege o alimentador de entrada dispara o disjuntor do
alimentador de entrada e gera um sinal externo de disparo para todos os IEDs que
protegem os alimentadores de saída, o que resulta, por sua vez, no disparo de todos
os disjuntores dos alimentadores de saída. Para máxima segurança, os IEDs podem
ser configurados para disparar todos os disjuntores, independentemente de onde o
arco é detectado.

434 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Q1 PO3

DI1

SO1
M1
3I, Io

PO1

Q2

Q3 Q4 Q5 Q6

DI1 DI1 DI1 DI1


3I, Io 3I, Io 3I, Io 3I, Io

S1 S2 S3 S4

SO1 SO1 SO1 SO1


A040363 V3 PT

Figura 207: Proteção contra arco com vários IEDs

Detecção de descarga do arco em com vários IEDs e sistema


separado de detecção de descarga de arco em
Quando é efetuada uma proteção contra arco tanto com os IEDs quanto com um
sistema separado de proteção contra arco, as terminações de cabos de
alimentadores de saída são protegidas por IEDs que utilizam sensores de lente para
cada IED. O barramento e o alimentador de entrada são protegidos pelo circuito de
sensores do sistema separado de proteção contra arco. Com a detecção do arco nas
terminações de cabos, um IED dispara o disjuntor do alimentador de saída. No
entanto, quanto um arco é detectado no barramento, o sistema separado de proteção
para arco dispara o disjuntor do alimentador de entrada e gera um sinal externo de
disparo para todos os IEDs que protegem os alimentadores de saída, o que resulta,
por sua vez, no disparo de todos os disjuntores dos alimentadores de saída.

Série 615 435


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

A040364 V1 PT

Figura 208: Detecção de descarga do arco em com vários IEDs e sistema


separado de detecção de descarga de arco em

4.7.6 Sinais
Tabela 341: ARCSARC - Sinais de Entrada
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloco para todas as saídas binárias
REM_FLT_ARC BOOLEAN 0=Falso Arco de falha remota detectada
OPR_MODE BOOLEAN 0=Falso Modo de entrada de operação

Tabela 342: Sinais de saída ARCSARC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN Operar
ARC_FLT_DET BOOLEAN Falha detactada de arco = luz do sinal de saída

436 Série 615


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Funções de proteção

4.7.7 Configurações
Tabela 343: Ajuste de grupo ARCSARC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
limite do Valor inicial de 0.50...40.00 xIn 0,01 2,50 Corrente de fase operacional
fase ajustado
Ground start value 0.05...8.00 xIn 0,01 0.20 Corrente residual operacional
Modo operacional 1=Luz + corrente 1=Luz + corrente Modo operacional
2=Somente luz
3=BI controlado

Tabela 344: Ajustes grupo não-ARCSARC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação desligar/ligar
5=desligado

4.7.8 Dados monitorados


Tabela 345: Dados monitorados ARCSARC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
ARCSARC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.7.9 Dados técnicos


Tabela 346: ARCSARC Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação ±3% do valor ajustado ou ±0,01 x In

Tempo de operação Mínimo Típico Máximo


Modo de operação = 9 ms 12 ms 15 ms
"Luz + corrente"1)2)
Modo operacional = 9 ms 10 ms 12 ms
"Somente luz"2)
Tempo de reinício < 40 ms
Taxa de reset Normal 0,96

1) Valor inicial da fase = 1,0 x In, corrente antes da falha = 2,0 x ajuste Valor inicial da fase, fn = 50 Hz,
falha com frequência nominal, resultados com base na distribuição estatística de 200 medições
2) Inclui o atraso do contato de saída de poeira pesada

Série 615 437


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.8 Supervisão de partida de motor STTPMSU

4.8.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Supervisão de partida do motor STTPMSU Is2tn< 49,66,48,51LR

4.8.2 Bloco de função

GUID-A37CF63B-5273-423B-9DC3-AACADB668AEE V1 PT

Figura 209: Bloco de função

4.8.3 Funcionalidade
A função de supervisão de partida de motor STTPMSU é projetada para a proteção
contra o tempo de partida excessivo e condições de rotor bloqueado do motor
durante a partida. Para um bom funcionamento do motor, o estresse térmico
durante a partida do motor é mantido dentro dos limites permitidos.

A partida do motor é supervisionada pelo monitoramento da magnitude TRMS de


todas as correntes de fase ou por monitoramento do estado do disjuntor conectado
ao motor.

Durante o período de arranque do motor, STTPMSU calcula a o valor integral de


I²t. Se o valor calculado exceder o valor definido, o sinal de operar é ativado.

STTPMSU tem a disposição para verificar a condição de rotor bloqueado do motor


utilizando o interruptor de velocidade, o que significa verificar se o rotor é capaz
de rodar ou não. Este recurso funciona depois de um tempo de operação pré-
-definido.

STTPMSU protege o motor de um número excessivo de partidas. Após exceder o


número especificado de partidas com certa duração, os blocos de STTPMSU
iniciam. O reinício do motor também é inibido após cada início e continua a ser
inibido por um período configurado. Quando o bloqueio de partida de motor é
ativado, STTPMSU dá o tempo restante até o reinício do motor.

STTPMSU contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas


da função, temporizador ou a própria função, se desejar.

438 Série 615


Manual Técnico
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Funções de proteção

4.8.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da função de arranque do motor pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

GUID-35DD1223-14B2-48BF-ADF4-4A1DF6930314 V1 PT

Figura 210: Diagrama de módulo funcional

Supervisor de partida
Esse módulo detecta a partida do motor. As condições de partida e bloqueio do
motor são detectadas em quatro diferentes modos de operação. Isso é feito por
meio do ajuste Modo de operação .

Quando o ajuste Modo de operação é operado no modo “IIt”, a função calcula o


valor do desgaste térmico do motor durante a condição de partida. Nesse modo, a
condição de partida é detectada por meio da monitoração das correntes TRMS.

O ajuste Modo de operação no modo “IIt, CB” habilita a função para calcular o
valor do desgaste térmico quando uma partida for monitorada juntamente com a
entrada CB_CLOSED.

No modo “IIt & stall”, a função calcula o desgaste térmico do motor durante a
condição de partida. Nesse modo, a condição de partida é detectada por meio da
monitoração das correntes TRMS. No modo “IIt & stall”, a função também verifica
o bloqueio do motor por meio de monitoração do interruptor de velocidades.

No modo “IIt & stall, CB”, a função calcula o desgaste térmico do motor durante a
condição de partida. A condição de partida é monitorada juntamente com o status
do disjuntor. No modo “IIt & stall, CB”, a função também verifica o bloqueio do
motor por meio de monitoração do interruptor de velocidades.

Série 615 439


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

Quando o valor de corrente medida é usado para supervisão de partida nos modos
“IIt” e “IIt & stall”, o módulo inicialmente reconhece a condição desenergizada do
motor quando os valores de todas as correntes trifásicas forem menores do que 0,1
pu por 100 ms. Paralisação A do motor por mais do que 100 milissegundos. Se
quaisquer das correntes de fase da condição desenergizada aumentar até um valor
igual ou maior do que a Paralisação A do motor, o sinal de saída MOT_START é
ativado indicando que a partida do motor está em progresso. A saída MOT_START
permanece ativa até que os valores de todas as correntes trifásicas caiam abaixo de
90% do valor estabelecido da Detecção A de partida e permaneçam abaixo daquele
nível por um período de tempo de Str over delay time, ou seja, até que a situação de
partida tenha acabado.

GUID-4475BDFB-57AE-4BFD-9EE7-AE7672F7206E V2 PT

Figura 211: Funcionalidade de supervisão de partida no modo "IIt and IIt&stall"

No caso dos modos “IIt, CB” ou “IIt & stall, CB”, a função inicialmente reconhece
a condição desenergizada do motor quando o valor de todas as correntes trifásicas
estiver abaixo do valor do ajuste Paralisação A do motor por 100 milissegundos. O
início da partida do motor é reconhecida quando CB for fechado, ou seja, quando a
entrada CB_CLOSED for ativada e, no mínimo, um valor de corrente de fase
exceder o ajuste Paralisação A do motor .

Porém, em prática normal, esses dois eventos não ocorrem no mesmo instante, ou
seja, o contato principal CB é fechado primeiro, situação na qual o valor de
corrente de fase aumenta acima de 0,1 pu após algum atraso do contato auxiliar CB
dar as informações da entrada CB_CLOSED. Em alguns casos, a entrada
CB_CLOSED pode estar ativa, mas o valor de corrente pode não ser maior do que o
valor do ajuste Paralisação A do motor . Para permitir ambas as possibilidades, o
tempo de espera de 200 milissegundos é fornecido para corrente e a entrada
CB_CLOSED. Se ambos eventos ocorrerem durante esse tempo, a partida do motor
é reconhecida.

440 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

A partida do motor termina ou dentro do valor do ajuste Str over delay time a partir
do início da partida ou da abertura de CB ou quando a entrada CB_CLOSED for
desativada. A operação do sinal de saída MOT_START nesse modo de operação
ocorre conforme a ilustração.

Esse modo CB pode ser usado em motores de partida suave ou com rotor bobinado
para proteção contra uma alta corrente de partida, ou seja, um problema na partida
e assim por diante.

Série 615 441


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-DDAD7B3F-28BE-4573-BE79-FBB488A22ECA V1 PT

GUID-1470A4DB-310F-46BC-B775-843EAB8BA836 V1 PT

442 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Figura 212: Funcionalidade de supervisão de partida no modo "IIt, CB" e IIt e


stall"

O ajuste Str over delay time tem diferentes propósitos em diferentes modos de
operação:

• Nos modos “IIt” ou “IIt & stall”, o objetivo desse ajuste é verificar a
finalização do período de partida do motor. O propósito desse ajuste de atraso
de tempo é permitir interrupções curtas na corrente sem mudar o estado da
saída MOT_START. Nesse modo de operação, o valor do ajuste está na faixa
de cerca de 100 milissegundos.
• Nos modos “IIt, CB” ou “IIt & stall, CB”, o propósito desse ajuste é verificar a
vida útil do esquema de proteção após a entrada CB_CLOSED ter sido ativada.
Com base nos valores das correntes de fase, a finalização do período de partida
não pode ser julgado. Por isso, nesse modo de operação, o valor do ajuste de
atraso de tempo pode até mesmo ser na casa dos segundos, como, por
exemplo, cerca de 30 segundos.

O sinal de entrada BLOCK é usado para bloquear a operação da saída MOT_START.


A ativação do sinal de entrada BLOCK desativa a saída MOT_START.

Calculadora de desgaste térmico


Por causa dos altos surtos de corrente durante o período de partida, um desgaste
térmico é imposto ao rotor. Com menos circulação de ar na ventilação do rotor
antes de atingir sua velocidade total, a situação se torna ainda pior. Por
consequência, uma partida longa causa um aquecimento rápido do rotor.

Esse módulo calcula o desgaste térmico desenvolvido no motor durante a partida.


O calor gerado durante a partida pode ser calculado usando a fórmula,
t
W = Rs ∫ is2 ( t ) dt
0
GUID-7A92209F-7451-415B-8C3D-276A6ED4A44B V1 PT (Equação 57)

Rs resistência de rotor e estator combinadas

is corrente de partida do motor

t tempo de partida do motor

Essa equação é normalmente representada como a integral de I²t. É um método


comumente usado em relés de proteção para proteger o motor do desgaste térmico
durante a partida. A vantagem desse método sobre a proteção de sobrecorrente com
tempo definido tradicional é que, quando o motor é iniciado com uma tensão
reduzida como no método de partida estrela-triângulo, a corrente de partida é
inferior. Isso permite mais tempo de partida para o motor, já que o módulo está
monitorando a integral de I²t.

Série 615 443


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

O módulo calcula o calor acumulado continuamente e o compara ao valor limitador


obtido do produto da raiz quadrada dos valores dos ajustes Partida A do motor e
Tempo de partida do motor . Quando o valor calculado do desgaste térmico
exceder esse limite, a saída OPR_IIT é ativada.

O módulo também mede o tempo START_TIME requerido pelo motor para atingir
a velocidade nominal e o desgaste térmico relativo IIT_RL. Os valores ficam
disponíveis através da visualização de dados monitorados.

A entrada BLOCK é usada para restabelecer a operação da calculadora de desgaste


térmico. A ativação do sinal de entrada BLOCK bloqueia a operação da saída
OPR_IIT.

Proteção do rotor bloqueado


Esse módulo é ativado somente quando o valor de ajuste Modo de operação
selecionado for “IIt & stall” ou “IIt & stall, CB”.

A corrente de partida é específica para cada motor e depende do método de partida


usado, como partida direta, autotransformador, inserção de resistência de rotor e
assim por diante. O tempo de partida é dependente da carga conectada ao motor.

Com base nas características fornecidas pelo fabricante, esse módulo é exigido se o
tempo de estagnação for mais curto ou próximo demais do tempo de partida.
Nesses casos, um interruptor de velocidade tem de ser usado para indicar se um
motor está acelerando ou não durante a partida.

Na paralisação do motor, a entrada STALL_IND está ativa. Indica que o rotor não
está rodando. Quando o motor é iniciado, a certa rotação a desativação
doSTALL_IND pelo interruptor de velocidade indica que o rotor está rodando. Se
a entrada não for desativada dentro do Tempo de rotor bloquado, a saída
OPR_STALL é ativda.

O módulo calcula a duração do motor em condição de estagnação, a saída


STALL_RL indicando a relação percentual da situação de partida e o valor
estabelecido do Tempo de rotor bloqueado. O valor fica disponível através da
visualização de dados monitorados.

O sinal de entrada BLOCK é usado para bloquear a operação da saída OPR_STALL.


A ativação da entrada BLOCK reseta o temporizador de operação.

Proteção de partidas cumulativas


Esse módulo protege o motor de um número excessivo de partidas.

Sempre que o motor for iniciado, o valor mais recente de START_TIME é


adicionado ao valor existente de T_ST_CNT e tempo de partida cumulativa está
disponível em T_ST_CNT. Se o valor de T_ST_CNT for maior do que o valor de
Lim de tempo cumulativo, a saída LOCK_START, ou seja, a condição de bloqueio
para o restabelecimento do motor, é habilitada. A saída LOCK_START permanece
alta até que o valor T_ST_CNT reduza para um valor menor do que o valor de Lim

444 Série 615


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Funções de proteção

de tempo cumulativo. O contador de tempo de partida reduz na taxa do valor da


Couter Red rate.

A saída LOCK_START se torna ativada no início do MOT_START. A saída


permanece ativa por um período de Tempo de inibição de restabelecimento.

GUID-200BC4CB-8B33-4616-B014-AFCC99ED9224 V2 PT

Figura 213: Atraso de tempo para partida cumulativa

Esse módulo também protege o motor das partidas consecutivas. Quando a saída
LOCK_START estiver ativa, T_RST_ENA mostra o tempo possível para próximo
restabelecimento. O valor de T_RST_ENA é calculado pela diferença de Tempo de
inibição de restabelecimento e o tempo transcorrido a partir do LOCK_START ser
habilitado.

Quando a partida de emergência ST_EMERG_ENA for estabelecida alta, o valor do


contador de tempo de partida cumulativa é estabelecido no Lim de tempo
cumulativo - 60s × Emg start Red rate. Isso desabilita LOCK_START e, por sua
vez, possibilita o restabelecimento do motor.

Esse móldulo também calcula a quantidade total de partidas ocorridas,


START_CNT. O valor pode ser resetado pelo menu Clear.

Os valores calculados de T_RST_ENA, T_ST_CNT e START_CNT estão


disponíveis por meio da visualização de dados monitorados.

O sinal de entrada BLK_LK_ST é usado para bloquear a operação da saída


LOCK_START. A ativação da entrada BLOCK reseta a operação completa do
módulo do contador de partidas cumulativas.

4.8.5 Aplicação
Quando o motor é iniciado, ele consome uma corrente muito maior do que a de
carga plena durante todo o período que leva para o motor atingir a velocidade

Série 615 445


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

nominal. A corrente de partida do motor diminui enquanto a velocidade aumenta e


o valor da corrente se mantém próximo do valor de rotor bloqueado durante maior
parte do período de aceleração.

A partida com tensão plena ou partida direta é um dos muito métodos usados para
partida do motor de indução. Se há alguma restrição elétrica ou mecânica, este
método de partida não é adequado. A partida com tensão plena produz o maior
torque de partida. Um alto torque de partida é geralmente necessário para partiruma
carga de alta inércia para limitar o tempo de aceleração Neste método, a plena
tensão é aplicada ao motor quando o interruptor está na posição "On". Este método
de partida resulta em um aumento na corrente de partida, que normalmente é 4-8
vezes maior do que a corrente de plena carga consumida pelo motor. Se uma
partida estrela-delta é usada, o valor da corrente de linha será apenas cerca de um
terço da corrente de partida direta.

GUID-F4C17D13-48CA-480A-BBE5-DFD7D6316DB8 V1 PT

Figura 214: A partida típica do motor e as curvas de capacidade

A supervisão de partida de um motor é uma função importante devido ao maior


estresse térmico desenvolvido durante a partida. Durante a partida, o surto de
corrente impõe um esforço térmico no rotor. Isto é exagerado já que o fluxo de ar
refrigerante é menor pois os ventiladores não rodam em sua velocidade plena.
Além disso, a diferença de velocidade entre o campo magnético rotativo e o rotor
durante o tempo de partida induz uma elevada magnitude de corrente de
deslizamento no rotor em frequências mais altas do que quando o motor está em
plena velocidade. O efeito skin é mais forte em frequências mais altas e todos esses
fatores aumentam as perdas e o calor gerado. Isto é pior quando o rotor está bloqueado.

A corrente de partida para motores de anéis é menor que a corrente de plena carga
e, portanto, é aconselhável usar o disjuntor na posição fechada para indicar o ponto
de partida para esse tipo de motor.

446 Série 615


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Funções de proteção

Os tempos de partida variam de acordo com projeto do motor e das características


da carga de torque. O tempo necessário pode variar de menos de dois segundos a
mais de 60 segundos. O tempo de partida é determinado para cada aplicação.

Quando o tempo de stall permitido é menor que o tempo de partida do motor, a


proteção stalling é usada e o valor da configuração de atraso de tempo deve ser
ajustada ligeiramente para menos do que o tempo de stall permitido. O interruptor
de velocidade no eixo do motor deve ser usado para detectar se o motor começa a
acelerar ou não. No entanto, se o tempo de stall seguro é maior que o tempo de
partida do motor, o interruptor de velocidade não é necessário.

A falha de um motor para acelerar ou alcançar sua velocidade máxima nominal em


um tempo aceitável quando o estator é energizado é causada por vários tipos de
condições anormais, incluindo uma falha mecânica dos rolamentos do motor ou
carga, baixa tensão de alimentação, circuito aberto em uma fase de uma fonte de
tensão trifásica ou tensão de partida muito elevada. Todas essas condições
anormais resultam em superaquecimento.

Partidas repetidas começam a aumentar a temperatura para um valor alto no estator


ou enrolamentos do rotor, ou ambos, a menos que tempo suficiente seja permitido
para o calor se dissipar. Para garantir uma operação segura é necessário estabelecer
um intervalo fixo de tempo entre as partidas ou limitar o número de partidas dentro
de um período de tempo. É por isso que os fabricantes do motor têm restrições
sobre quantas partidas são permitidas em um intervalo de tempo definido. Esta
função não permite a partida do motor se o número de partidas ultrapassar o nível
definido no registro que os calculou. Isso garante que os efeitos térmicos no motor
permaneçam com consecutivos níveis permissíveis.

Por exemplo, o fabricante do motor pode afirmar que três partidas no máximo são
permitidas dentro de 4 horas e o tempo de partida da situação é de 60 segundos Ao
iniciar três partidas sucessivas alcançamos a situação como ilustrado. Como
resultado, o valor do registo acrescenta um total de 180 segundos. Logo após que a
terceira partida foi iniciada, a saída de bloqueio de partida do motor é ativada e a
quarta não será permitida, desde que o limite seja definido para 121 segundos.

Além disso, um máximo de três partidas em 4 horas significa que o valor do


registro deve chegar ao ajuste limite do tempo de partida ajustado dentro de 4 horas
para permitir um novo começo. Assim, a redução do tempo de partida do contador
deve ser de 60 segundos em 4 horas e deve, portanto, ser fixada em 60 s / 4 h = 15
s / h.

Série 615 447


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

GUID-6E9B7247-9009-4302-A79B-B326009ECC7A V1 PT

Figura 215: A partida típica do motor e as curvas de capacidade

Ajuste de Lim de tempo cumulativo

Lim de tempo cumulativo é calculada por

∑ tsi = (n − 1) × t + margin
GUID-0214B677-48D0-4DD4-BD1E-67BA9FD3C345 V1 PT (Equação 58)

n especificado o número máximo permitido de partidas de motor


t tempo de partida do motor (em segundos)
margem margem de segurança (~ 10 ... 20 por cento)

Ajuste de Couter Red rate

Couter Red rate é calculada por


t
∆ ∑ ts =
treset
GUID-E7C44256-0F67-4D70-9B54-1C5042A151AF V1 PT (Equação 59)

t tempo de partida especificado do motor em segundos


treset duração durante o qual o número máximo de partidas do motor, declarada pelo fabricante
pode ser feito; tempo em horas

448 Série 615


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Funções de proteção

4.8.6 Sinais
Tabela 347: Sinais de entrada STTPMSU
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Bloqueio de função
BLK_LK_ST BOOLEAN 0=Falso Bloqueie a condição de lockout para partida do
motor
CB_Fechado BOOLEAN 0=Falso Entrada mostrando o status do disjuntor do motor
STALL_IND BOOLEAN 0=Falso Sinal de entrada para mostrar que o motor não
está perdendo velocidade
ST_EMERG_ENA BOOLEAN 0=Falso Habilitar início de emergência para desabilitar a
trava de partida do motor

Tabela 348: Sinais de saída STTPMSU


Nome Tipo Descrição
OPR_IIT BOOLEAN Sinal de operação/disparo para estresse térmico.
OPR_STALL BOOLEAN Sinal de operação/disparo para proteção contra
perda de velocidade
MOT_START BOOLEAN Sinal para mostra que a partida do motor está em
progresso
LOCK_START BOOLEAN Condição de lockout para reiniciar o motor.

4.8.7 Configurações
Tabela 349: Ajustes de Grupo STTPMSU
Parâmetros Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Detecção de partida A 0.1...10.0 xIn 0,1 1,5 Valor da corrente para detectar a partida
do motor
Partida do motor A 1.0...10.0 xIn 0,1 2.0 Corrente de partida do motor
Tempo de partida do 1...80 s 1 5 Tempo de partida do motor
motor
Tempo de rotor 2...120 s 1 10 Tempo de perda de velocidade permitida
bloqueado
Str over delay time 0...60000 ms 1 100 Atraso para verificar a conclusão do
período de partida do motor

Série 615 449


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Funções de proteção

Tabela 350: Ajuste de grupo não-STTPMSU


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo operacional 1=IIt 1=IIt Modo de operação de partida do motor
2=IIt, CB
3=IIt + stall
4=IIt + stall, CB
Couter Red rate 2.0...250.0 s/h 0,1 60.0 Taxa de redução do contador de tempo
inicial
Cumulative time Lim 1...500 s 1 10 Tempo acumulado com base no limite
impedido para reinício
Emg start Red rate 0.00...100.00 % 0,01 20.00 Inicie o fator de redução de tempo
quando o início de emergência estiver
ativado
Tempo de inibição de 0...250 min 1 30 Atraso entre as partidas consecutivas
reinício
Paralisação A do motor 0.05...0.20 xIn 0,01 0.12 Limite de corrente para verificar a
condição de suspensão do motor

4.8.8 Dados monitorados


Tabela 351: Dados Monitorados STTPMSU
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Inicio_CNT INT32 0...999999 Quantidade ocorrida de
partidas do motor
Inicio_Tempo FLOAT32 0.0...999.9 s Tempo da última partida
do motor media em seg
T_ST_CNT FLOAT32 0.0...99999.9 s Tempo de partida
acumulado em seg
T_RST_ENA INT32 0...999 min Tempo restante para
reinício quando o
lockstart está habilitado
em minutos
IIT_RL FLOAT32 0.00...100.00 % Estresse térmico relativo
ao ajuste de estrese
térmico máximo
STALL_RL FLOAT32 0.00...100.00 % Tempo de arranque
relativo ao tempo de
disparo para a condição
de perda de velocidade
STTPMSU Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

450 Série 615


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Funções de proteção

4.8.9 Dados técnicos


Tabela 352: STTPMSU Dados Técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Tempo Inicial 1)2) Mínimo Típico Máximo


IFalha = 1.1 x set
27 ms 30 ms 34 ms
Detecção de partida A
Precisão de operação ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
Taxa de reset Típico 0,90

1) Corrente anterior = 0.0 x In, fn = 50 Hz, sobrecorrente em uma fase, resultados fundamentos na
distribuição estatística de 1000 medições
2) incluindo o atraso do saída de sinal

4.9 Proteção multifunção MAPGAPC

4.9.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção de multiuso MAPGAPC MAPGAPC MAPGAPC

4.9.2 Bloqueio de funções

GUID-A842A2C8-0188-4E01-8490-D00F7D1D8719 V1 PT

Figura 216: Bloqueio de funções

4.9.3 Funcionalidade
A função de proteção multi-propósito MAPGAPC é usada como proteção geral
com o máximo de áreas de aplicação possíveis pois tem medição flexível e
facilidade de configuração. A função pode ser usada como uma sub- ou
superproteção com um limite de histerese absoluta configurável. A função opera
com as características de tempo definido (DT).

Série 615 451


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Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, o temporizador definitivo ou a própria função, se desejar.

4.9.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de função de proteção multifunção pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

Temporizador
AI_VALUE Detector de OPERATE
t
nível
ENA_ADD START

Lógica de
BLOCK bloqueio

GUID-50AA4A14-7379-43EB-8FA0-6C20C12097AC V1 PT

Figura 217: Diagrama de módulo funcional

Detector de nível
O detector de nível compara AI_VALUE ao Start value . A configuração Operation
mode define a direção do detector de nível.

Tabela 353: Tipos de Operation mode


Descrição de Operation mode
"Under" Se o sinal de entrada AI_VALUE é inferior ao
valor de ajuste da configuração do parâmetro
Valor de partida , o detector de nível ativa o
módulo temporizador.
"Over" Se o sinal de entrada AI_VALUE exceder o valor
de ajuste da configuração do Valor de partida , o
detector de nível ativa o módulo temporizador.

O ajuste Absolute hysteresis pode ser utilizado para a prevenção de oscilações


desnecessárias se o sinal de entrada estiver acima ou abaixo do Start value . Após
deixar a área de histerese, a condição de início deve ser cumprida novamente, e a
mesma não é suficiente para que o sinal apenas retorne para a área de histerese. Se
a entrada ENA_ADD é ativada, o valor limiar do comparador interno é a soma dos
Start value Add e Start value . O valor limiar resultante para o comparador pode ser
aumentado ou diminuído dependendo do sinal e valor do ajuste Start value Add .

452 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador ativa a saída START. A característica de tempo é
de acordo com o DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o ajuste
de valor pelo Tempo de atraso operacional, a saída OPERATE é ativada. Se a
condição inicial desaparecer antes do funcionamento do módulo, o temporizador de
reset é ativado. Se o reset do temporizador alcançar o ajuste de valor pelo Tempo
de atraso de reset, o temporizador de operação se redefine e a saída START é
desativada.

O temporizador calcula o valor de duração de início START_DUR que indica a


razão percentual da situação de início e o tempo de operação definido. O valor fica
disponível através da visualização de dados monitorados.

Lógica de bloqueio
Há três modos operacionais na funcionalidade de bloqueio. Os modos operacionais
são controlados pela entrada BLOCK e a configuração global "Configuração/
Sistema/Modo de bloqueio", que seleciona o modo de bloqueio. A entrada BLOCK
pode ser controlada por uma entrada binária, uma entrada de comunicação
horizontal ou um sinal interno do programa IED. A influência da ativação do sinal
BLOCK é pré-selecionada com a configuração global Blocking mode.

O ajuste Blocking mode tem três métodos de bloqueio. No modo "Freeze timers", o
temporizador operacional é bloqueado no valor que prevalece. No modo "Block
all", a função toda é bloqueada e os temporizadores são resetados. No modo "Block
OPERATE output", a função opera normalmente, mas a saída OPERATE não é
ativada.

4.9.5 Aplicação
O bloqueio de função pode ser usado para qualquer proteção de sinal análogo geral,
sub-proteção ou superproteção. A faixa de configuração é ampla, permitindo vários
esquemas de proteção para a função. Assim, a histerese absoluta pode ser
configurada em um valor que se encaixe na aplicação.

A proteção de temperatura usando os sensores RTD pode ser feita usando o


bloqueio de função. A temperatura medida pode ser alimentada do sensor RDT
para a entrada de bloqueio de função que detecta temperaturas muito altas nos
rolamentos e enrolamentos do motor, por exemplo. Quando a entrada ENA_ADD é
habilitada, o valor limiar do comparador interno é a soma dos parâmetros Start
value Add e Start value . Isso permite um aumento ou decréscimo temporal do
detector de nível dependendo do sinal e valor da configuração Start value Add por
exemplo, quando uma partida de emergência é ativada. Se por exemplo Valor de
partida é 100, Start value Add está em 20 e a entrada ENA_ADD está ativa, o sinal
de entrada precisa ser elevado acima de 120 antes do bloqueio de função operar.

Série 615 453


Manual Técnico
Seção 4 1MRS757783 A
Funções de proteção

4.9.6 Sinais
Tabela 354: Sinais de entrada MAPGAPC
Nome Tipo Padrão Descrição
AI_VALUE FLOAT32 0,0 Valor analógico da entrada
ENA_ADD BOOLEAN 0=Falso Habilitar início adicionado
Block BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio

Tabela 355: Sinais de saída MAPGAPC


Nome Tipo Descrição
OPERATE BOOLEAN OPERATE
INÍCIO BOOLEAN Tempo de

4.9.7 Configurações
Tabela 356: Ajustes de grupo MAPGAPC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida -10000.0...10000.0 0,1 0,0 Valor de partida
ajuste -100.0...100.0 0,1 0,0 ajuste
Tempo de atraso 0...200000 ms 100 0 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 357: Ajustes de grupo não-MAPGAPC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo operacional 1=Acima 1=Acima Modo operacional
2=Sob
Tempo de atraso de reset 0...60000 ms 100 0 Tempo de atraso de reset
Absolute hysteresis 0.01...100.00 0,01 0,10 Histerese absoluta para operação

454 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 4
Funções de proteção

4.9.8 Dados monitorados


Tabela 358: Dados monitorados MAPGAPC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Início_DUR FLOAT32 0.00...100.00 % Relação de tempo de
partida/tempo de
operação
MAPGAPC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

4.9.9 Dados técnicos


Tabela 359: Dados técnicos MAPGAPC
Característica Valor
Precisão de operação ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms

Série 615 455


Manual Técnico
456
1MRS757783 A Seção 5
Funções relacionadas à proteção

Seção 5 Funções relacionadas à proteção

5.1 Detector de inrush trifásico INRPHAR

5.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Detector de inrush trifásico INRPHAR 3I2f> 68

5.1.2 Bloco de funções

A070377 V1 PT

Figura 218: Bloco de funções

5.1.3 Funcionalidade
A detecção de inrush do transformador INRPHAR é utilizado para coordenar
situações de inrush em redes de distribuição.

A detecção de inrush é baseada no seguinte princípio: o sinal de saída BLK2H é


ativado uma vez que a relação numérica derivada da corrente de segunda
harmônica I_2H e a frequência fundamental da corrente I_1H exceder o valor
estabelecido.

A função opera com as características de tempo definido (TD).

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. O bloqueio desativa todas as


saídas e redefine os temporizadores.

5.1.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

Série 615 457


Manual Técnico
Seção 5 1MRS757783 A
Funções relacionadas à proteção

A operação da função de detecção de corrente de inrush pode ser descrita utilizando-


-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

A070694 V2 PT

Figura 219: Diagrama de módulo funcional. I_1H e I_2H representam os


valores fundamentais e de segunda harmônica de correntes de fase.

I_2H/I_1H
Esse módulo calcula a razão das correntes de fase de segunda frequência
harmônica (I_2H) e fundamental (I_1H). O valor calculado é comparado ao Start
value. Se o valor calculado exceder o ajuste Start valueconfigurado, a saída do
módulo é ativada.

Detector de nível
A saída do detector específico de nível de fase é ativada quando a corrente da
frequência fundamental I_1H excede cinco por cento da corrente nominal.

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador funciona até que o ajuste do valor do Tempo de
atraso operacional estabelecido. A característica de tempo é de acordo com DT.
Quando o temporizador operacional tiver alcançado o valor Tempo de atraso
operacional , a saída BLK2H é ativada. Depois do tempo ter se esgotado e a
situação de inrush ainda existir, o sinal BLK2H permanecerá ativo até que a razão
I_2H/I_1H cair abaixo do valor definido para a razão em todas as fases, isto é, até
que a situação de inrush tiver terminado. Se ocorrer uma situação de drop-off
dentro do tempo de operação, o temporizador de reinício é ativado. o tempo de drop-
-off exceder o Tempo de atraso de reset, o temporizador de redefinição é ativado.

458 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

A entrada BLOCK pode ser controlada com uma entrada binária, uma entrada de
comunicação horizontal ou um sinal interno do programa do relé. A ativação da
entrada BLOCK evita que a saída BLK2H seja ativada.

Recomenda-se usar o bloqueio de inrush baseado na forma de onda


e segunda harmônica TR2PTDF, se disponível.

5.1.5 Aplicação
Proteção de transformadores requer alta estabilidade para evitar falhas durante
condições de inrush de magnetização. Um exemplo típico de uma aplicação para
detecção de inrush é dobrar o valor inicial da proteção de sobrecorrente durante a
detecção do inrush.

A função de detecção de inrush pode ser utilizada para seletivamente bloquear os


estágios de sobrecorrente e de falha à terra quando a proporção de componentes
harmônicos secundários sobre os componentes fundamentais exceder o valor
definido.

Outras aplicações dessa função incluem a detecção de inrush em linhas conectadas


a um transformador.

Série 615 459


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Funções relacionadas à proteção

A070695 V2 PT

Figura 220: Correntes de inrush no transformador

Recomenda-se usar o bloqueio de segunda harmônica baseado em


forma de ondas da função de proteção diferencial do transformador
TR2PTDF, se disponível.

5.1.6 Sinais
Tabela 360: Sinais de entrada INRPHAR Input signals Fuzzy match 80%
Nome Tipo Padrão Descrição
I_2H_A SIGNAL 0 Corrente harmônica secundária da fase A
I_1H_A SIGNAL 0 Corrente de frequência fundamental da fase A
I_2H_B SIGNAL 0 Corrente harmônica secundária da fase B
I_1H_B SIGNAL 0 Corrente de frequência fundamental da fase B
Tabela continua na próxima página

460 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

Nome Tipo Padrão Descrição


I_2H_C SIGNAL 0 Corrente harmônica secundária da fase C
I_1H_C SIGNAL 0 Corrente de frequência fundamental da fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Bloquear status de entrada

Tabela 361: Sinais de saída INRPHAR


Nome Tipo Descrição
BLK2H BOOLEAN Bloqueio com base na segunda harmônica

5.1.7 Configurações
Tabela 362: Configurações de grupo INRPHAR
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Valor de partida 5...100 % 1 20 Razão da liderança harmônica n°2 para
1. para restrição
Tempo de atraso 20...60000 ms 1 20 Tempo de atraso operacional
operacional

Tabela 363: Ajuste de grupo não-INRPHAR


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso de 0...60000 ms 1 20 Tempo de atraso de redefinição
reinício

5.1.8 Dados monitorados


Tabela 364: Dados monitorados INRPHAR
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
INRPHAR Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Série 615 461


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Funções relacionadas à proteção

5.1.9 Dados técnicos


Tabela 365: INRPHAR Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Na frequência f = fn

Medição de corrente:
±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In
Medição da razão I2f/I1f:
±5,0% do valor ajustado
Tempo de reinício +35 ms / -0 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Precisão de operação +35 ms / -0 ms

5.2 Proteção de falhas do disjuntor CCBRBRF

5.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Proteção contra falhas do disjuntor CCBRBRF 3I>/Io>BF 51BF/51NBF

5.2.2 Bloqueio de funções


CCBRBRF
I_A CB_FAULT_AL
I_B TRBU
I_C TRRET
Io
START
POSCLOSE
CB_FAULT
BLOCK

A070436 V3 PT

Figura 221: Bloco de funções

5.2.3 Funcionalidade
A função do disjuntor com falha CCBRBRF é ativada pelos comandos de disparo a
partir das funções de proteção. Os comandos são internos em relação ao terminal
ou externos, através de entradas binárias. O comando de partida é sempre um
padrão para uma operação trifásica. CCBRBRF inclui uma função trifásica de novo
disparo condicional ou não condicional, bem como uma função trifásica de disparo
de segurança condicional.

462 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

CCBRBRF usa os mesmos níveis de detecção de corrente para o segundo disparo e


o disparo de segurança. Os valores de funcionamento dos elementos de medição de
corrente podem ser ajustados dentro de um intervalo de configuração pré-definido.
A função tem dois temporizadores independentes com fins de disparo: um
temporizador de novo disparo para o disparo repetido de seu próprio disjuntor e um
temporizador de segurança para a operação lógica de disparo para disjuntores
ascendentes. Um comprimento mínimo de pulso de disparo pode ser ajustado de
forma independente para a saída de disparo.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, se desejar.

5.2.4 Princípio de funcionamento


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de proteção de falha de disjuntor pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções. Além disso, informações sobre as lógicas retrip e backup trip são
fornecidas nos diagramas de submódulos.

I_A Detector de
I_B nível
I_C 1
Temporizador 1
POSCLOSE Lógica de t Lógica de um
partida novo disparo TRRET
START

Temporizador 2
Detector de Lógica de
Io nível t disparo TRBU
de segurança
2

Temporizador 3

CB_FAULT t CB_FAULT_AL

BLOCK
A070445 V3 PT

Figura 222: Diagrama de módulo funcional. I_A, I_B e I_C representam


correntes de fase e corrente residual Io.

Detector de nível 1
As correntes de fase medidas são comparadas no sentido de fase ao ajuste do
Current value. Se o valor medido exceder o ajuste do Valor de corrente, o detector
de nível relata o excedente do valor para as lógicas de trip, retrip e backup trip. O
parâmetro deve ser fixado baixo o bastante de modo que situações de falha do
disjuntor com uma corrente pequena de falha ou uma corrente de carga elevada
possam ser detectadas. O ajuste pode ser escolhido de acordo com a função de
proteção mais sensível para iniciar a proteção de falha de disjuntor.

Série 615 463


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Detector de nível 2
A corrente residual medida é comparada ao ajuste do Current value Res. Se o valor
medido exceder o ajuste do Current value Res, o detector de nível relata o
excedente do valor para as lógicas de start e backup trip. Em sistemas de elevada
impedância ligadas à terra, a corrente residual nas falhas à terra são normalmente
muito menores do que em correntes de curto circuito. Para detectar uma falha de
disjuntor em falhas à terra de sistemas monofásicos, é necessário medir a corrente
residual separadamente. Em sistemas solidamente aterrados, a configuração da
proteção de corrente de falha à terra também pode ser escolhida em um nível de
corrente relativamente baixo. O ajuste de corrente deve ser escolhido de acordo
com o ajuste da proteção sensível a falha à terra.

Start Logic
A lógica de start é utilizada para gerenciar a partida do temporizador 1 e do
temporizador 2. A mesma também restabelece a função após a falha do disjuntor
ser resolvida. Na borda de elevação da entrada START, o sinal de ativação é
emitido para o temporizador 1 e para o temporizador 2.

Uma vez que os temporizadores 1 e 2 são ativados, CCBRBRF pode ser


restabelecido apenas após os temporizadores terem alcançado o valor ajustado com
as configurações Retrip time e CB failure delay respectivamente e o lapso de tempo
de 150ms após os temporizadores 1 e 2 terem sido ativados. O lapso de tempo de
150ms é fornecido para prevenir mau funcionamento devido a oscilações no sinal
de partida.

O restabelecimento da função depende da configuração CB failure mode . Se o


Modo de falha do disjuntor está ajustada para "Current", a lógica de
restabelecimento depende mais da configuração CB failure trip mode .
• Se o CB failure trip mode está ajustada para "1 de 3", a lógica de
restabelecimento exige que os valores de todas as correntes de fase caiam
abaixo da configuração Current value .
• Se o CB failure trip mode está ajustada para "1 de 4", a lógica de
restabelecimento exige que tanto os valores das correntes de fase quanto os da
corrente residual caiam abaixo das configurações Current value e Current
value Res respectivamente.
• Se o CB failure trip mode está ajustado para "2 de 4", a lógica de
restabelecimento exige que os valores de todas as correntes de fase e da
corrente residual caiam abaixo das configurações Current value e Current
value Res respectivamente.

Se o CB failure mode está ajustada para o modo "Breaker status", a lógica de


restabelecimento exige que o disjuntor esteja na posição de aberto. Se a
configuração CB failure mode está ajustada para "Both", a lógica se restabelece
quando quaisquer dos critérios acima são cumpridos.

Da mesma forma, a ativação do input BLOCK restabelece a função.

464 Série 615


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GUID-61D73737-798D-4BA3-9CF2-56D57719B03D V2 PT

Figura 223: Start Logic

Temporizador 1
Uma vez ativado, o temporizador funciona até que o ajuste do valor do Retrip time
tenha acontecido. A característica de tempo é de acordo com DT. Quando o
temporizador operacional tiver alcançado o valor ajustado com o Retrip time, a
lógica do novo disparo é ativada. Uma configuração típica é de 0 a 50 min.

Temporizador 2
Uma vez ativado, o temporizador funciona até que o ajuste do valor do Atraso de
falha do disjuntor tenha acontecido. A característica de tempo é de acordo com
DT. Quando o temporizador operacional tiver alcançado o valor máximo ajustado
de tempo por Atraso de falha do disjuntor, a lógica do trip de backup é ativada. O
valor dessa configuração é ajustada mais baixo possível, e ao mesmo tempo,
qualquer operação não desejável é evitada. Uma configuração típica é de 90-150
min, que é também dependente do temporizador de retrip.

O tempo de atraso mínimo para o retrip pode ser estimado como:

CBfailuredelay ≥ Retriptime + tcbopen + t BFP _ reset + tmargin


A070693 V3 PT (Equação 60)

Série 615 465


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tcbopen tempo máximo de abertura para o disjuntor

tBFP_reset é o tempo máximo para a proteção do disjuntor com falha detectar a função correta do
dispositivo (redefinição dos critérios de corrente)
tmargin margem de segurança

Muitas vezes, é necessário que o tempo total de eliminação da falhas seja menor
que um dado momento crítico. Esse tempo muitas vezes depende da capacidade de
manter a estabilidade transitória em caso de um defeito próximo a um sistema elétrico.

Ocorre defeito

Tempo de resolução normal


Tempo de Tempo
Condição de resolução Tempo de operação de
de defeito normal proteção do disjuntor Reset Margem

Tempo de Tempo
operação de
Condição de “disjuntor
Tempo de retrip do disjuntor Reset Margem
defeituoso” Tempo de
operação
do disjuntor
Atraso de falha de CB de backup

Tempo total de resolução de proteção de falha de disjuntor


GUID-1A2C47ED-0DCF-4225-9294-2AEC97C14D5E V1 PT

Figura 224: Linha do tempo da proteção contra falha de disjuntor

Temporizador 3
Esse módulo é ativado com o sinal CB_FAULT. Uma vez ativado, o temporizador
funciona até que o ajuste do valor do Atraso de falha do disjuntor tenha passado. A
característica de tempo é de acordo com DT. Quando o temporizador operacional
tiver alcançado o valor máximo de tempo por Atraso de falha do disjuntor, a saída
CB_FAULT_AL será ativada. Após o tempo definido, é dado um alarme para que
medidas possam ser tomadas para reparo do disjuntor. Um valor típico é de 5 s.

Lógica de Retrip
A lógica de retrip fornece a saída TRRET, a qual pode ser utilizada para dar um
sinal de retrip para o disjuntor principal. O temporizador 1 ativa a lógica de retrip.
O funcionamento da lógica de retrip depende da configuração CB fail retrip mode .
A lógica de retrip fica inativa se a configuração do CB fail retrip mode está
ajustada para "Off".

466 Série 615


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Se CB fail retrip mode está ajustada para o modo "Current check", a ativação da
saída de retrip TRRET depende da configuração CB failure mode .

• Se o CB failure mode está ajustada para o modo "Current", TRRET é ativada


quando o valor de qualquer corrente de fase exceder a configuração Current
value . A saída TRRET permanece ativa pelo mesmo ajuste de tempo com a
configuração Trip pulse time ou até que todos os valores de corrente de fase
caiam abaixo da configuração Current value , seja qual for a mais longa.
• Se CB failure mode está ajustada para o modo "Breaker status", TRRET é
ativada se o disjuntor estiver na posição de fechado. A saída TRRET
permanece ativa pelo mesmo ajuste de tempo com a configuração Trip pulse
time ou pelo tempo em que o disjuntor estiver na posição de fechado, seja qual
for mais longa.
• Se CB failure mode estiver ajustado para "Both", TRRET será ativada quando
a condição do modo "Breaker status" ou "Current" for satisfeita.

Se o CB fail retrip mode está ajustada para o modo "Without check", TRRET é
ativada uma vez que o temporizador é ativado sem a verificação do nível de
corrente. A saída TRRET permanece ativa pelo mesmo ajuste de tempo com a
configuração Trip pulse time .

A ativação da entrada BLOCK ou da saída CB_FAULT_AL desativa a saída TRRET.

Temporizador 1 decorrido
do Temporizador 1
AND
CB modo de novo disparo do disjuntor
com defeito "Sem Checagem"

OR
CB modo de novo disparo do disjuntor
com defeito "Checagem da corrente" AND TRRET
CB modo de novo disparo AND
do disjuntor com defeito "Corrente"

CB modo de falha ”Breaker


do disjuntor status"
AND

CB failure mode "Ambos"

AND OR
I>
do Detector de nível 1

POSCLOSE AND

OR

CB_FAULT_AL
do Temporizador 3

BLOCK

GUID-BD64DEDB-758C-4F53-8287-336E43C750F2 V1 PT

Figura 225: Lógica de retrip

Lógica de trip de backup


A lógica de backup trip fornece a saída TRBU, a qual pode ser utilizada para ativar
o trip para o disjuntor acima quando o disjuntor principal não consegue eliminar a
falha. A lógica backup trip é ativada pelo módulo temporizador 2 ou sinal ativador
de temporizador a partir do módulo de lógica de início (borda de subida da entrada

Série 615 467


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Funções relacionadas à proteção

START detectada), e ao mesmo tempo CB_FAULT_AL está ativa. O


funcionamento da lógica de backup depende da configuração CB failure mode .

Se o Modo de falha do disjuntor estiver ajustado para "Current", a ativação de


TRBU irá depender da configuração do CB failure trip mode como segue:

• Se o CB failure trip mode está ajustada para "1 de 3", a detecção de falha é
baseada em quaisquer das correntes de fase excedendo o Current value . Uma
vez que TRBU é ativada, permanece ativa pelo tempo ajustado com a
configuração Trip pulse time ou até que todos os valores de corrente de fase
caiam abaixo da configuração Current value , seja qual for a mais longa.
• Se CB failure trip mode está ajustada para "1 de 4", a detecção de falha é
baseada em quaisquer das correntes de fase excedendo o Current value ou
Valor de corrente Res, respectivamente. Uma vez que TRBU é ativada,
permanece ativa pelo tempo ajustado com a configuração Trip pulse time ou
até que todos os valores de todas as correntes de fase ou correntes residuais
caiam abaixo da configuração Current value e Current value Res
respectivamente, seja qual for a mais longa.
• Se CB failure trip mode está ajustada para "2 de 4", a detecção de falha exige
que tanto uma corrente de fase quanto uma corrente residual excedam as
configurações Current value ou Current value Res respectivamente. Uma vez
que TRBU é ativada, permanece ativa pelo tempo ajustado com a configuração
Trip pulse time ou até que todos os valores de todas as correntes de fase ou
correntes residuais caiam abaixo da configuração Current value e Current
value Res respectivamente, seja qual for a mais longa.

Na maioria das aplicações, "1 de 3" é o suficiente.

Se o ajuste CB failure mode está ajustada para o modo "Breaker status", TRRET é
ativada se o disjuntor estiver na posição de fechado. A saída TRRET permanece
ativa pelo mesmo ajuste de tempo com a configuração Trip pulse time ou pelo
tempo em que o disjuntor estiver na posição de fechado, seja qual for mais longa.

Se o ajuste CB failure mode está ajustada para "Both", TRBUT é ativada quando a
condição de modo "Breaker status" ou "Current" é cumprida.

A ativação da entrada BLOCK desativa a saída TRBU.

468 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

BLOCK

CB_FAULT_AL
do Temporizador 3
AND
Ativação do
temporizador
da Lógica de Partida

OR
Temporizador 2 decorrido
do Temporizador 2 AND TRBU

I> AND
Detector de nível 1 AND

CB modo de disparo do AND


disjuntor com defeito "2 de 4"
I0 >
Detector de nível 2

CB modo de disparo do AND OR


disjuntor com defeito "1 de 3"

OR
AND

CB modo de disparo do
disjuntor com defeito "1 de 4"

AND
CB modo de falha
do disjuntor "Corrente"

CB modo de falha OR
do disjuntor "Ambos" OR

AND
POSCLOSE
CB modo de falha
do disjuntor " Status do disjuntor"
OR
CB modo de falha
do disjuntor "Ambos"

GUID-30BB8C04-689A-4FA5-85C4-1DF5E3ECE179 V1 PT

Figura 226: Lógica de trip de backup

5.2.5 Aplicação
O critério n-1 é usado frequentemente na elaboração de um sistema de eliminação
de defeitos. Isso significa que o defeito é reparado, mesmo que algum componente
do sistema de eliminação de falhas esteja com problemas. Um disjuntor é um
componente necessário no sistema de eliminação de defeitos. Por razões práticas e
econômicas, não é viável duplicar o disjuntor para o componente protegido, mas,
em vez disso, é usada a proteção contra falhas do disjuntor.

A função do disjuntor contra falhas emite um comando de segurança de disparo


para disjuntores adjacentes, caso o disjuntor original falhe ao disparar para o
componente protegido. A detecção de uma falha ao romper a corrente através do
disjuntor é feita pela medição da corrente ou pela detecção do sinal de disparo
restante (incondicional).

CCBRBRF também pode fazer novo disparo. Isso significa que um segundo sinal
de disparo é enviado para o disjuntor protegido. A função de novo disparo é usada
para aumentar a confiabilidade operacional do disjuntor. Essa função também pode
ser usada para evitar o disparo de segurança de vários disjuntores, caso ocorram
erros durante os testes e a manutenção do IED.

Série 615 469


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Funções relacionadas à proteção

CCBRBRF é iniciado pela operação de diferentes funções de proteção ou lógicas


digitais dentro do IED. É também possível iniciar a função externamente, através
de uma entrada binária.

CCBRBRF pode ser bloqueado ao se usar um sinal atribuído internamente ou um


sinal externo de uma entrada binária. Esse sinal bloqueia a função de proteção
contra falha do disjuntor mesmo quando os temporizadores tenham sido iniciados
ou quando são reajustados.

O temporizador de novo disparo é iniciado depois que a entrada inicial for ajustada
para verdadeiro. Quando a configuração de tempo pré-definido é excedida,
CCBRBRF emite o novo disparo e envia um comando de disparo, por exemplo,
para a bobina de segundo disparo do disjuntor. Tanto um novo disparo com
verificação de corrente quanto um novo disparo não condicional estão disponíveis.
Quando um novo disparo com verificação de corrente é escolhido, o segundo
disparo é realizado somente se houver um fluxo de corrente através do disjuntor.

O temporizador de disparo de segurança é também iniciado ao mesmo tempo como


temporizador de novo disparo. Se CCBRBRF detectar uma falha ao disparar o
defeito dentro do tempo definido de atraso de funcionamento, que é maior que o
tempo do novo disparo, ele envia um sinal de disparo de segurança para os
disjuntores de segurança escolhidos. Os disjuntores são normalmente disjuntores
ascendentes que alimentam correntes com falha em um alimentador com defeito.

O disparo de segurança sempre inclui um critério de verificação de corrente. Isso


significa que o critério para um disjuntor falhar é a existência de um fluxo de
corrente percorrendo o disjuntor após o tempo definido de atraso de funcionamento.

A070696 V1 PT

Figura 227: Esquema típico de proteção contra falha de disjuntor em


subestações do sistema de distribuição

470 Série 615


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5.2.6 Sinais
Tabela 366: Sinais de Entrada CCBRBRF
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Io SIGNAL 0 Corrente residual
START BOOLEAN 0=Falso Comando de início CBFP
POSCLOSE BOOLEAN 0=Falso CB em posição fechada
CB_FAULT BOOLEAN 0=Falso CB com defeito e incapaz de ativar
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Operação de bloco CBFP

Tabela 367: Sinais de Entrada CCBRBRF


Nome Tipo Descrição
CB_FAULT_AL BOOLEAN Alarme da falha CB atrasada
TRBU BOOLEAN Ativação de backup
TRRET BOOLEAN Reativação

5.2.7 Configurações
Tabela 368: Nenhum ajuste de grupo CCBRBRF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Valor da corrente 0,05...1,00 xIn 0,05 0.30 Corrente de fase operacional
Current value Res 0,05...1,00 xIn 0,05 0.30 Corrente residual operacional
CB failure trip mode 1=2 de 4 1=2 de 4 Modo de verificação de backup e de
2=1 de 3 ativação da corrente
3=1 de 4
Modo de falha CB 1=Corrente 1=Corrente Modo operacional a função
2=Status do
interruptor
3=Ambos
CB fail retrip mode 1=Desligar 1=Desligar Modo operacional de reativação da lógica
2=Sem verificação
3=Verificação de
corrente
Tempo de reativação 0...60000 ms 10 20 Temporizador para reativação
Atraso na falha CB 0...60000 ms 10 150 Temporizador para ativação de backup
Atraso na falha CB 0...60000 ms 10 5000 Atraso na falha do disjuntor
Modo de medição 2=DFT 2=DFT Modo de função de medição da fase da
3=Pico a pico corrente
Tempo de pulso de 0...60000 ms 10 150 Comprimento de pulso de reatição e
ativação saídas de ativação de backup

Série 615 471


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5.2.8 Dados monitorados


Tabela 369: Dados Monitorados CCBRBRF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
CCBRBRF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

5.2.9 Dados técnicos


Tabela 370: CCBRBRF Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±1,5% do valor ajustado ou ±0,002 x In

Precisão de operação ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms

5.2.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 371: Histórico de revisão técnica CCBRBRF
Revisão técnica Alteração
B Padrão de tempo de pulso de disparo alterado
para 150 min

5.3 Master trip TRPPTRC

5.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Disparo mestre TRPPTRC Disparo mestre 94/86

5.3.2 Bloco de funções

A071286 V1 PT

Figura 228: Bloco de funções

472 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

5.3.3 Funcionalidade
A função de disparo mestre TRPPTRC é utilizada como um coletor e gerenciador
de comando de disparo após as funções de proteção. Os recursos desta função
influenciam o comportamento do sinal de disparo do disjuntor. O comprimento
mínimo do pulso de disparo pode ser definido quando o modo não-travado (non-
-latched) é selecionado. Também é possível selecionar o modo travado (latched) ou
bloqueado (lockout) para o sinal de disparo.

5.3.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

Quando a função TRPTRC é desabilitada, todas as saídas de trip


que se pretende que passem pela função até a bobina de abertura do
disjuntor são bloqueadas!

A operação de uma função de lógica de trip pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

A070882 V4 PT

Figura 229: Diagrama de módulo funcional

Temporizador
O usuário pode ajustar a duração do sinal de saída TRIP a partir da função
TRPPTRC através do ajuste Tempo do pulso de trip quando o modo de operação
"Non-latched" é utilizado. O comprimento do pulso deve ser longo o bastante para
garantir a abertura do disjuntor. Para um disparo de três polos, a TRPPTRC tem
uma única entrada OPERATE através da qual todos os sinais de saída de trip são
encaminhados a partir das funções de proteção dentro do IED, ou a partir de
funções externas de proteção via uma ou mais entradas binárias do IED. A função
possui uma única saída de disparo TRIP para conectar a função a uma ou mais das
saídas binárias do IED que exigem este sinal.

A entrada BLOCK bloqueia a saída TRIP e reinicia o temporizador.

Série 615 473


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Funções relacionadas à proteção

Lockout logic
A TRPPTRC é fornecida com possibilidades de ativar um bloqueio. Quando
ativado, o bloqueio pode ser restabelecido manualmente após a verificação do
defeito primário através da ativação da entrada RST_LKOUT ou a partir do
parâmetro menu limpar LHMI. Utilizando o modo "Latched", o restabelecimento
da saída TRIP pode ser feito de forma semelhante à quando se utiliza o modo
"Lockout". Também é possível restabelecer o modo "Lockout" remotamente
através de um parâmetro de comunicação isolado.

A função trip com pulso mínimo não está ativa quando se utiliza os
modos "Lockout" ou "Latched", mas somente quando o modo "Non-
-latched" é selecionado.

As saídas CL_LKOUT e TRIP podem ser bloqueadas com a entrada BLOCK.

Tabela 372: Modos de operação para a saída de trip da TRPPTRC


Modo Operação
Não-selado O parâmetro Trip pulse length fornece o
comprimento mínimo do pulso para TRIP

Selado TRIP está selado; tanto a desobstrução local


quanto a remota são possíveis.
Bloqueado TRIP está bloqueada e pode ser desobstruída
apenas localmente através do menu ou pela
entrada RST_LKOUT.

5.3.5 Aplicação
Todos os sinais de disparo de funções de proteção diferentes são encaminhados
através da lógica de disparo. A aplicação mais simplificada da função lógica é ligar
o sinal de disparo e garantir que o sinal seja longo o suficiente.

A lógica de disparo no relé de proteção deve ser utilizada no disparo trifásico para
todos os tipos de defeito (operação trifásica). Para evitar o fechamento de um
disjuntor após um disparo, a função pode bloquear o fechamento do CBXCBR.

A função TRPPTRC deve ser conectada a uma bobina de disparo do disjuntor


correspondente. Se disparo é necessário para outra bobina ou outros disjuntor, que
precisa, por exemplo, de tempo de pulso de disparo diferente, outra função lógica
de disparo pode ser utilizada. Os dois exemplos da função PTRC são idênticos,
apenas os nomes das funções, TRPPTRC1 e TRPPTRC2, são diferentes. Portanto,
mesmo se todas as referências forem feitas apenas à TRPPTRC1, elas também se
aplicam à TRPPTRC2.

As entradas das funções de proteção são conectadas à entrada OPERATE.


Normalmente, um bloco lógico OU é necessário para combinar as diferentes saídas
de função para essa entrada. A saída TRIP é conectada às saídas binárias na placa

474 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

de ES. Esse sinal também pode ser utilizado para outros propósitos no IED, por
exemplo, ao iniciar a proteção contra defeito do disjuntor.

A TRPPTRC é utilizada para aplicações de disparo trifásicas simples.

A070881 V1 PT

Figura 230: Conexão TRPPTRC típica

Lockout (bloqueio)
TRPPTRC é fornecida com possibilidades de ativar um bloqueio. Quando ativado,
o bloqueio pode ser restabelecido manualmente após a verificação do defeito
primário através da ativação da entrada RST_LKOUT ou a partir do parâmetro
LHMI clear menu. Utilizando o modo "Latched", o restabelecimento da saída
TRIP pode ser feito de forma semelhante à quando se utiliza o modo "Lockout".
Também é possível restabelecer o modo "Latched" remotamente através de um
parâmetro de comunicação isolado.

A função pulso disparo pulso não está ativa ao utilizar os modos


“Lockout” ou “Latched”, mas apenas quando o modo “Non-
-latched” é selecionado.

Série 615 475


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Funções relacionadas à proteção

5.3.6 Sinais
Tabela 373: Sinais de entrada TRPPTRC
Nome Tipo Padrão Descrição
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Bloco de função
OPERAR BOOLEAN 0=Falso Solicitação para o disjuntor de ativação.
RST_LKOUT BOOLEAN 0=Falso Entrada para reiniciar a função de lockout do
disjuntor

Tabela 374: Sinais de entrada TRPPTRC


Nome Tipo Descrição
Desarmar BOOLEAN Sinal geral de saída de ativação
CL_LKOUT BOOLEAN Saída de lockout do disjuntor (ajustar até reiniciar)

Tabela 375: Sinais de saída TRPPTRC


Nome Tipo Descrição
Desarmar BOOLEAN Sinal geral de saída de ativação
CL_LKOUT BOOLEAN Saída de lockout do disjuntor (ajustar até reiniciar)

5.3.7 Configurações
Tabela 376: Nenhum ajuste de grupo-TRPPTRC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo do pulso de trip 20...60000 ms 1 150 Duração mínima do sinal de saída para
ativação
Modo de saída para 1=Sem trinco 1=Sem trinco Selecione o modo de operaão para a
ativação 2=Com trinco saída para a ativação
3=Lockout

5.3.8 Dados monitorados


Tabela 377: Dados Monitorados TRPPTRC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
TRPPTRC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

476 Série 615


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5.3.9 Histórico de revisão técnica


Tabela 378: Histórico de revisão técnica TRPPTRC
Revisão técnica Alteração
B -
C -

5.4 Transferência de sinais binários BSTGGIO

5.4.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Transferência de sinais binários BSTGGIO BST BST

5.4.2 Bloco de função

GUID-6D70959C-EC59-4C72-85E5-9BE89ED39DBB V1 PT

Figura 231: Bloco de função

5.4.3 Funcionalidade
A função de transferência do sinal binário BSTGGIO é usada para transferir sinais
binários entre os IEDs locais e remotos de proteção diferencial de linha final. A
função inclui oito sinais binários que são transferidos no telegrama de comunicação
sobre a proteção e pode ser livremente configurada e usada com qualquer
finalidade na aplicação diferencial de linha.

BSTGGIO transfere dados binários continuamente ao longo do canal de


comunicação de proteção entre os terminais. Todos os oito sinais são bidirecionais
e os dados binários enviados localmente estão disponíveis remotamente como um
sinal recebido.

Série 615 477


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BSTGGIO inclui uma funcionalidade de tempo de pulso mínimo para os sinais


binários recebidos. Cada sinal recebido tem seu próprio parâmetro de configuração
do tempo de pulso mínimo.

BSTGGIO dois sinais de saída de alarme. O sinal de saída SEND_SIG_A é


atualizado de acordo com o status dos sinais binários enviados. O sinal de saída
RECV_SIG_A é atualizado de acordo com o status dos sinais binários rcebidos.
Cada sinal pode ser incluído ou excluído, separadamente, da lógica do alarme com
um parâmetro de configuração.

5.4.4 Princípio de funcionamento


O ajuste do Modo de sinal 1...8 pode ser utilizado para alterar a operação do canal
do sinal bidirecional. O canal do sinal pode ser desabilitado ajustando-se o valor
correspondente de parâmetro para "Sem uso". Quando o canal do sinal é
desabilitado local ou remotamente, o status correspondente de sinal
RECV_SIG>1...8 é sempre falso em ambas as extremidades.

GUID-54526C83-99FA-478B-877A-394234289F91 V1 PT

Figura 232: Diagrama de módulo funcional

Envio de sinal binário


O status das entradas é enviado continuamente nos telegramas de proteção
diferencial de linha. SEND_SIG_A pode ser usado para alarme baseado no status
de SEND_SIG_1...8. Ao selecionar o modo de sinal como "In use, alarm sel."
(em uso, alarme sel.), o status de envio do sinal correspondente afeta também os
critérios de ativação de SEND_SIG_A. Além disso, no caso de mais de um canal
de sinal ser selecionado na lógica de alarme, os critérios de ativação podem ser
definidos de acordo com "Any of selected" (OR) ou "All of selected" (AND).

478 Série 615


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Recebimento de sinal binário


A função recebe dados binários contínuos dentro dos telegramas de proteção do
IED do terminal remoto. Esse status de dados binários recebidos está então
disponível como as saídas RECV_SIG_1...8 no IED do terminal local.
RECV_SIG_A pode ser usado para alarme baseado no status de
RECV_SIG_1...8. Ao selecionar o modo de sinal como "In use, alarm sel.", o
status recebido do sinal correspondente afeta também os critérios de ativação de
RECV_SIG_A. Além disso, no caso de mais de um canal de sinal ser selecionado
na lógica de alarme, os critérios de ativação podem ser definidos de acordo com
"Any of selected" (OR), ou "All of selected" (AND). Cada sinal tem também a
configuração Tempo de pulso 1...8 que define o comprimento de pulso mínimo
para RECV_SIG_1...8. Além disso, caso a supervisão de comunicação de
proteção detecte uma falha na comunicação, as saídas RECV_SIG_1...8 não são
configuradas em falsas antes do comprimento de pulso mínimo definido ser
primeiramente assegurado para cada sinal.

5.4.5 Aplicação

Dentre os dados analógicos, os dados binários também podem ser trocados com os
IEDs de proteção diferencial de linha. O uso dos dados binários é específico de
aplicação e podem variar em cada caso em separado. As exigências para a
velocidade dos sinais binários variam dependendo do uso dos dados. Quando os
dados binários são usados como bloqueio de sinais para a proteção diferencial de
linha, a resposta de transferência é extremamente elevada. A transferência de sinais
binários pode ser usada em aplicações como:

• Indicações de posições remotas


• Inter-disparo dos disjuntores em ambos os terminais da linha
• Bloqueio da proteção diferencial de linha durante a partida do transformador
ou falha de supervisão de corrente do circuito
• Esquemas de proteção; bloqueio ou
• Alarme Remoto permissivo.

A figura mostra a cadeia global de transferência de dados binários em uma


aplicação de exemplo. A indicação da posição do disjuntor local está conectada à
interface de entrada do IED e estará então disponível para a configuração do IED.
A indicação de posição do disjuntor está ligada à primeira entrada de BSTGGIO,
que é usada para enviar informações para o terminal remoto via comunicação. No
terminal remoto, essa informação é tratada como uma posição aberta remota do
disjuntor e está disponível a partir da primeira saída de BSTGGIO. Dessa forma, a
informação pode ser transferida.

Série 615 479


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GUID-85FE5892-DDA5-4ED9-9412-A3A48E364EFC V1 PT

Figura 233: Exemplo de uso de transferência de sinal binário para mudança de


indicação de posição.

5.4.6 Sinais
Tabela 379: Entrada de sinal BSTGGIO
Nome Tipo Padrão Descrição
SEND_SIG_1 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 1
SEND_SIG_2 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 2
SEND_SIG_3 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 3
SEND_SIG_4 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 4
SEND_SIG_5 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 5
SEND_SIG_6 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 6
SEND_SIG_7 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 7
SEND_SIG_8 BOOLEAN 0=Falso Envio de estado do sinal 8

Tabela 380: Saída de sinal BSTGGIO


Nome Tipo Descrição
RECV_SIG_1 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 1
RECV_SIG_2 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 2
RECV_SIG_3 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 3
RECV_SIG_4 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 4
RECV_SIG_5 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 5
RECV_SIG_6 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 6
RECV_SIG_7 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 7
Tabela continua na próxima página

480 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

Nome Tipo Descrição


RECV_SIG_8 BOOLEAN Recebimento de estado de sinal 8
SEND_SIG_A BOOLEAN Estado de alarme de envio de transferência de
sinal binário
RECV_SIG_A BOOLEAN Estado de alarme de recebimento de
transferência de sinal binário

5.4.7 Configurações
Tabela 381: Configurações de grupo BSTGGIO
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
do Modo de sinal 1 1=Em uso 2=Em uso, alarm Modo de oeração para sinal 1
2=Em uso, alarm sel.
sel.
3=Fora de uso
do Modo de sinal 2 1=Em uso 2=Em uso, alarm Modo de oeração para sinal 2
2=Em uso, alarm sel.
sel.
3=Fora de uso
Signal 3 mode 1=Em uso 1=Em uso Modo de oeração para sinal 3
2=Em uso, alarm
sel.
3=Fora de uso
do Modo de sinal 4 1=Em uso 1=Em uso Modo de oeração para sinal 4
2=Em uso, alarm
sel.
3=Fora de uso
do Modo de sinal 5 1=Em uso 1=Em uso Modo de oeração para sinal 5
2=Em uso, alarm
sel.
3=Fora de uso
do Modo de sinal 6 1=Em uso 1=Em uso Modo de oeração para sinal 6
2=Em uso, alarm
sel.
3=Fora de uso
do Modo de sinal 7 1=Em uso 1=Em uso Modo de oeração para sinal 7
2=Em uso, alarm
sel.
3=Fora de uso
do Modo de sinal 8 1=Em uso 1=Em uso Modo de oeração para sinal 8
2=Em uso, alarm
sel.
3=Fora de uso
Tempo de pulso 1 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 1
Tempo de pulso 2 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 2
Tempo de pulso 3 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 3
Tempo de pulso 4 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 4
Tempo de pulso 5 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 6
Tempo de pulso 6 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 6
Tempo de pulso 7 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 7
Tempo de pulso 8 0...60000 ms 1 0 Pulso minimo por sinal recebido 8

Série 615 481


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Funções relacionadas à proteção

Tabela 382: Ajuste de grupo não-BSTGGIO


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo de alarme 1=Qualquer um 1=Qualquer um Seleciona o modo de lógica utilizado
selecionado selecionado para acionar o alarme SEND_SIG_A and
2=Todos RECV_SIG_A
selecionados

5.4.8 Dados técnicos


Tabela 383: Dados técnicos BSTGGIO
Característica Valor
Enlace de fibra óptica < 5 ms
Enlace de fio piloto galvânico < 10 ms

5.5 Partida de emergência ESMGAPC

5.5.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Partida de emergência ESMGAPC ESTART ESTART

5.5.2 Bloco de funções

GUID-3AF99427-2061-47E1-B3AB-FD1C9BF98E76 V1 PT

Figura 234: Bloco de funções

5.5.3 Funcionalidade
Uma condição de emergência poderá surgir nos casos onde houver a necessidade
da partida do motor apesar de se saber que isto poderá acarretar no aumento da
temperatura além dos limites ou causar uma sobrecarga de temperatura que poderá
prejudicar o motor. A função de partida de emergência ESMGAPC permite que o
motor seja ligado durante tais condições emergenciais. O ESMGAPC é apenas para
forçar o IED a permitir uma nova partida do motor. Após a ativação da partida de
emergência, o motor poderá ser iniciado normalmente. O ESMGAPC sozinho, na
verdade, não reinicia o motor.

482 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, temporizador ou a própria função, se desejar.

5.5.4 Princípio de funcionamento


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da função de partida de emergência pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

GUID-18128621-4A78-45D0-A788-9116B5213449 V1 PT

Figura 235: Diagrama de módulo funcional

Detector de paralisação
O módulo detecta se o motor está em uma condição de paralisação. A condição de
paralisação pode ser detectada com base nos valores de corrente de fase. Se todas
as três correntes de fase estão abaixo do valor de ajuste de Motor standstill A, o
motor é considerado como estando em uma condição de paralisação.

Temporizador
O temporizador é fixado em 10 minutos, e é ativado quando a entrada
ST_EMERG_RQ tenha sido e a condição de paralisação do motor tenha sido
alcançada.. Portanto, ativação da entrada ST_EMERG_RQ ativa a saída
ST_EMERG_ENA, tendo em vista que o motor esteja em uma condição de
paralisação. A saída ST_EMERG_ENA permanece ativa por 10 minutos ou
enquanto a entrada ST_EMERG_RQ estiver alta, o que tiver maior tempo.

A ativação da entrada do sinal BLOCK bloqueia a operação e também reinicia o


temporizador.

A função também proporciona a mudança ST_EMERG_ENA de hora e data da


saída, T_ST_EMERG. A informação fica disponível através da visualização de
dados monitorados.

5.5.5 Aplicação
Caso haja a necessidade da partida emergencial do motor sob o risco de danos ao
motor, todos os inibidores externos de partida são ignorados, permitindo que o
motor seja reiniciado. Além disso, se o nível térmico calculado for maior do que o

Série 615 483


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Seção 5 1MRS757783 A
Funções relacionadas à proteção

nível de inibição de partida em uma condição de partida de emergência, o nível


térmico calculado fica ligeiramente abaixo do nível de partida de reinício. Ainda,
caso o valor de registro do contador cumulativo de tempo de partida exceder o
nível de inibição de partida, o valor é ajustado um puco abaixo do valor de
desabilitação de partida de forma a permitir, ao menos uma partida do motor.

A ativação da entrada digital ST_EMERG_RQ permite uma partida emergencial. O


IED é forçado a entrar em um estado que permita a partida do motor, e o operador
poderá então religar o motor. Uma nova partida de emergência não poderá ser feita
até que o tempo limite de 10 minutos tenha passado ou até que a partida de
emergência seja liberada, o que demorar mais.

A última mudança de sinal de partida de emergência será registrada.

5.5.6 Sinais
Tabela 384: Sinais de entrada ESMGAPC
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para ativação do modo de
bloqueio
ST_EMERG_RQ BOOLEAN 0=Falso Início de emergência

Tabela 385: Sinais de saída ESMGAPC


Nome Tipo Descrição
ST_EMERG_ENA BOOLEAN Partida de emergência

5.5.7 Configurações
Tabela 386: Configurações de grupo ESMGAPC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Motor standstill A 0.05...0.20 xIn 0,01 0.12 Limite de corrente para verificar a
condição de suspensão do motor

Tabela 387: Nenhum ajuste de grupo ESMGAPC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação desligar/ligar
5=desligado

484 Série 615


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Funções relacionadas à proteção

5.5.8 Dados monitorados


Tabela 388: Dados Monitorados ESMGAPC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
T_ST_EMERG Marca Horário da atição do
temporal início da emergência
ESMGAPC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

5.5.9 Dados técnicos


Tabela 389: Dados técnicos ESMGAPC
Característica Valor
Precisão da operação Na frequência f = fn

±1.5% do valor ajuste ou ±0.002 × Un

Série 615 485


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486
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Funções de supervisão

Seção 6 Funções de supervisão

6.1 Supervisão de circuito de trip TCSSCBR

6.1.1 Identificação

Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do


61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Supervisão do circuito de trip TCSSCBR TCS TCM

6.1.2 Bloco de função

A070788 V1 PT

Figura 236: Bloco de função

6.1.3 Funcionalidade
A função de supervisão de circuito de trip TCSSCBR é projetada para
supervisionar o circuito de controle do disjuntor. A invalidade de um circuito de
controle é detectada através de um contato de saída dedicado que contém a
funcionalidade de supervisão. A falha de um circuito é relatado para o bloco de
função correspondente na configuração do IED.

A função inicia e opera quando TCSSCBR detecta uma falha no circuito de trip. A
função opera com as características de tempo definido (TD). A função opera após
um tempo predefinido de operação e se reinicia quando a falha de corrente desaparece.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. O bloqueio desativa o ALARME


e redefine os temporizadores.

6.1.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

Série 615 487


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

A operação da função de supervisão de circuito de trip pode ser descrita utilizando-


-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

A070785 V2 PT

Figura 237: Diagrama de módulo funcional

TCS status
Esse módulo recebe o status do circuito de trip do hardware. Uma falha detectada
no circuito de trip ativa o temporizador.

Temporizador
Uma vez ativado, o temporizador funciona até que o valor ajustado do tempo de
retardo de operação tenha terminado. A característica de tempo é de acordo com
DT. Quando o temporizador de operação tiver atingido o valor de tempo máximo, a
saída ALARM será ativada. Se ocorrer uma situação de queda durante a contagem
do tempo de operação, o temporizador de reinício fixado em 0,5 s é ativado. Após
esse tempo, o temporizador de operação é reiniciado.

A entrada BLOCK pode ser controlada com uma entrada binária, uma entrada de
comunicação horizontal ou um sinal interno do programa do relé. A ativação da
entrada BLOCK evita que a saída ALARM seja ativada.

6.1.5 Aplicação
TCSSCBR detecta falhas no circuito de controle elétrico do disjuntor. A função
pode supervisionar os circuitos da bobina de abertura e fechamento. Este tipo de
supervisão é necessário para descobrir a vitalidade dos circuitos de comando de
forma contínua.

Figura 238mostra uma aplicação do uso da supervisão de circuito de trip. A melhor


solução é conectar um resistor externo Rext shunt em paralelo com o contato do
disjuntor do circuito interno. Embora o circuito de contato do disjuntor interno
esteja aberto, o TCS pode ver o circuito de trip através de Rext O resistor Rext deve
ter uma tal resistência que a corrente através da resistência permanece pequena,
isto é, não prejudica ou sobrecarrega a bobina do disjuntor.

488 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

A051097 V4 PT

Figura 238: O princípio de operação da supervisão do circuito de trip com um


resistor externo. O parâmetro de bloqueio TCSSCBR não é
necessário já que o resistor externo é utilizado.

Se o TCS é necessário apenas em uma posição fechada, a resistência shunt externa


pode ser omitida. Quando o disjuntor está na posição aberta, o TCS vê a situação
como um circuito defeituoso. Uma maneira de evitar a operação TCS nesta
situação seria a de bloquear a função de supervisão, sempre que o disjuntor está aberto.

A051906 V2 PT

Figura 239: O princípio de operação da supervisão do circuito de trip sem um


resistor externo. A indicação disjuntor aberto é configurada para
bloquear TCSSCBR quando o disjuntor está aberto.

Série 615 489


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

Supervisão do circuito de trip e outros contatos de trip.


É típico que o circuito de trip contenha mais de um contato de trip em paralelo, por
exemplo, em alimentadores de transformação onde o trip de um relé Buchholz é
conectado em paralelo com o terminal de alimentação e outros relés envolvidos. A
corrente de supervisão não consegue detectar se um ou todos os outros contatos
ligados em paralelo não estão conectados corretamente.

A070968 V2 PT

Figura 240: Ensaio de fluxo constante de corrente em contatos de trip


paralelos e supervisão de circuito de trip

Em caso de contatos de trip paralelos, a maneira recomendada para fazer a fiação é


para que a corrente de teste de TCS passe através de todos os fios e nós, como
mostrado na figura a seguir sejam feitos.

490 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

A070970 V1 PT

Figura 241: Conexão melhorada para contatos de trip paralelos

Função de monitoramento e de muitos circuitos de trip paralelos


Não só o circuito trip muitas vezes tem contatos de trip paralelo, é também possível
que o circuito tenha vários circuitos TCS em paralelo. Cada circuito TCS faz sua
própria corrente de supervisão fluir através da bobina monitorizada e a corrente de
bobina real é a soma de todas as correntes TCS. Isso deve ser levado em
consideração quando determinada a resistência de Rext.

Definir a função TCS em uma proteção de IED sem uso


normalmente não afeta a injeção de corrente de supervisão.

Supervisão do circuito de trip com relés auxiliares


Muitos projetos de modernização são realizados parcialmente, isto é, os relés
eletromecânicos antigos são substituídos por novos, mas o disjuntor não é
substituído. Isso cria um problema que a corrente da bobina de um disjuntor antigo
pode chegar a ser alta demais para o contato de trip da proteção do IED.

O circuito de corrente de bobina do disjuntor normalmente é cortado por um


contato interno do disjuntor. Em caso de falha de disjuntor, há um risco de que a
proteção dos contatos de trip do IED esteja destruído ja que o contato é obrigado a
desligar o alto nível de energia eletromagnética acumulada na bobina da trip.

Um relé auxiliar pode ser usado entre o contato de trip da proteção do IED e da
bobina do disjuntor. Desta forma, a questão de capacidade de interrupção é

Série 615 491


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

resolvida, mas o circuito TCS na proteção IED monitora a bobina do relés


auxiliares saudáveis, não a bobina do disjuntor. A supervisão dos relés do circuito
de trip separados é aplicável para supervisionar a bobina de trip do disjuntor.

Dimensionamento do resistor externo


Em condições normais de funcionamento, a tensão aplicada externa é dividida
entre circuito interno do relé e o circuito de trip externo para que no mínimo 20 V
(15 ... 20 V) permaneça no circuito interno do relé. Caso a resistência do circuito
externo seja muito alta ou o circuito interno muito baixo, por exemplo, devido a
contatos de relé soldadas, a falha é detectada.

Matematicamente, a condição de operação pode ser expressa como:


U C − (R ext + Rint + Rs ) × I c ≥ 20V AC / DC
A070986 V2 PT (Equação 61)

Uc Tensão operacional sobre o circuito de trip supervisionado

Ic Medição de corrente através do circuito de trip, aprox. 1,5 mA (0,99 ... 1,72 mA)

Rext resistência de shunt externa

Rint resistência shunt interna, 1 kΩ

Rs resistência da bobina de trip

Se a resistência shunt externa é usada, tem que ser calculada para não interferir no
funcionamento da supervisão ou na bobina de trip. A resistência muito alta faz com
que haja uma queda muito alta de tensão, colocando em risco a exigência de pelo
menos 20 V no circuito interno, enquanto uma resistência muito baixa pode
permitir operações falsas da bobina de trip.

Tabela 390: Valores recomendados para o resistor externo Rext

Tensão U de operaçãoc resistor Shunt Rext


48 V DC 1.2 kΩ, 5 W
60 V DC 5.6 kΩ, 5 W
110 V DC 22 kΩ, 5 W
220 V DC 33 kΩ, 5 W

Devido à exigência de que a tensão sobre o contato TCS deve ser de 20V ou
superior, a correta operação não é garantida com a operação auxiliar de tensões
mais baixas do que 48V DC por causa da queda de tensão em R int, Rext e a bobina
operacional ou até mesmo a queda de tensão do sistema de alimentação auxiliar de
tensão que pode causar valores de tensão muito baixo sobre o contato TCS. Neste
caso, alarmes errôneos podem ocorrer.

Nas mais baixas (<48V DC) tensões de operação do circuito auxiliar, recomenda-se
usar a posição do disjuntor para bloquear a operação não intencional de TCS. O
uso da indicação de posição é descrito anteriormente neste capítulo.

492 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

Usar contatos de saída de potência sem supervisão de circuito de trip


Se TCS não é usado, mas as informações de contato de saídas de potência
correspondente são necessárias, a resistência interna pode ser by-passada. A saída
pode então ser utilizada como uma saída de potência normal. Quando contornada a
resistência interna, a fiação entre os terminais do X100 saída corresponde a :16-15
(PO3) ou X100 :21-20 (PO4) pode ser desligado. A resistência interna é necessária
se o circuito completo TCS é usado.

GUID-0560DE53-903C-4D81-BAFD-175B9251872D V1 PT

Figura 242: A conexão de potência em um caso quando TCS não é utilizado e


a resistência interna é desligada

Conexões incorretas e uso de monitoramento de circuito de trip


Embora o circuito TCS consista de dois contatos separados, deve-se notar que estes
são concebidos para serem utilizados como séries conectadas para garantir a
capacidade de ruptura indicada no manual técnico do IED. Além da fraca
capacidade de ruptura, a resistência interna não é dimensionada para resistir a atual
sem um circuito TCS. Como resultado, este tipo de conexão incorreta faz a queima
imediata do resistor interno quando o disjuntor está na posição fechada e a tensão é
aplicada ao circuito de trip. A figura a seguir mostra o uso incorreto de um circuito
TCS quando apenas um dos contatos é usado.

Série 615 493


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

A070972 V3 PT

Figura 243: Conexões incorretas de monitoramento de circuito de trip

Uma conexão de três IEDs de proteção com um circuito de polo duplo de trip é
mostrada na figura a seguir. Somente o IED R3 tem um circuito interno TCS. Para
testar o funcionamento do IED R2, mas não para disparar o disjuntor, o contato de
trip superior do R2 IED é desconectado, como mostra a figura, enquanto o menor
contato ainda está conectado. Quando o R2 IED opera, a corrente da bobina
começa a fluir através do resistor R3 interno do IED e o resistor queima
imediatamente. Como ficou provado com os exemplos anteriores, ambos os
contatos de trip devem operar juntos. Atenção também deve ser redobrada para o
uso correto da supervisão do circuito de trip, por exemplo, quando testar o IED.

494 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

A070974 V3 PT

Figura 244: Teste incorreto de IEDs

6.1.6 Sinais
Tabela 391: Sinais de entrada TCSSCBR
Nome Tipo Padrão Descrição
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para todas as saídas binárias

Tabela 392: Sinais de saída TCSSCBR


Nome Tipo Descrição
ALARME BOOLEAN Saída de alarme

Série 615 495


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

6.1.7 Configurações
Tabela 393: Nenhum ajuste de grupo TCSSCBR
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Tempo de atraso 20...300000 ms 1 3.000 Tempo de atraso operacional
operacional
Tempo de atraso de 20...60000 ms 1 1000 Tempo de atraso de reinício
reinício

6.1.8 Dados monitorados


Tabela 394: Dados monitorados TCSSCBR
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
TCSSCBR Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

6.2 Supervisão de circuito de corrente CCRDIF

6.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Supervisão do circuito de corrente CCRDIF MCS 3I MCS 3I

6.2.2 Bloco de função

GUID-7695BECB-3520-4932-9429-9A552171C0CA V1 PT

Figura 245: Bloco de função

496 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

6.2.3 Funcionalidade
A função de supervisão da corrente do circuito CCRDIF é usada para monitorar
circuitos secundários do transformador de corrente.

CCRDIF calcula internamente a soma das correntes de fase (I_A, I_B e I_C) e
compara a soma contra a corrente de referência única medida (I_REF). A corrente
de referência deve ser originária de outros núcleos de CT trifásico/a que não os das
correntes de fase (I_A, I_B e I_C) e ela deve ser somada externamente, isto é, fora
do IED.

CCRDIF detecta uma falha no circuito de medição e emite um alarme ou bloqueia


as funções de proteção para evitar um disparo indesejável.

É preciso lembrar que o bloqueio de funções de proteção em uma ocorrência de


circuito aberto de CT significa que a situação permanece inalterada e voltagens
extremamente altas acentuam o circuito secundário.

6.2.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da função de supervisão do circuito de corrente pode ser descrita


utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

GUID-A4F2DBEE-938F-4961-9DAD-977151DDBA13 V1 PT

Figura 246: Diagrama de módulo funcional

Monitoração da corrente diferencial


A monitoração da corrente diferencial supervisiona a diferença entre a soma das
correntes de fase I_A, I_B e I_C, e a corrente de referência I_REF.

As características operacionais de corrente podem ser selecionadas com a


configuração Start value. Quando a corrente de fase mais alta é menor do que 1.0
xIn, o limite de corrente diferencial é definido com Start value. Quando a corrente
de fase mais alta é maior do que 1.0 xIn, o limite de corrente diferencial é
calculado com a fórmula:
MAX ( I _ A, I _ B, I _ C ) × Startvalue
GUID-A0C500CA-4A1A-44AA-AC14-4540676DD8CB V2 PT (Equação 62)

Série 615 497


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

A corrente diferencial é limitada a 1.0 xIn.

GUID-DC279F84-19B8-4FCB-A79A-2461C047F1B2 V1 PT

Figura 247: Características operacionais CCRDIF

Quando a corrente diferencial I_DIFF estiver na região operacional, a saída FAIL


é ativada.

A função é internamente bloqueada se qualquer corrente de fase for mais alta do


que Max operate current configurado. Quando o bloqueio interno ativar, a saída
FAIL é desativada imediatamente. O bloqueio interno é usado para evitar operação
falsa durante uma situação de falha quando os transformadores de corrente
estiverem saturados em decorrência de correntes elevadas de falha.

O valor da corrente diferencial está disponível por meio da visualização dos dados
monitorados observados no LHMI ou por meio de outras ferramentas de
comunicação. O valor é calculado com a fórmula:

I _ DIFF = I _ A + I _ B + I _ C − I _ REF
GUID-9CC931FA-0637-4FF8-85D4-6F461BD996A9 V2 PT (Equação 63)

A configuração do Start value é fornecida em unidades de xIn do transformador da


corrente de fase. A possível diferença nas razões do transformador da corrente de
fase e de referência é compensada internamente ao se comparar I_REF com o
valor derivado dos valores de configuração de Corrente primária . Esses
parâmetros de configuração podem ser encontrados na seção de funções básicas.

A ativação da entrada BLOCK desativa a saída FAIL de imediato.

498 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

Temporizador
O temporizador é ativado com o sinal FAIL. A saída ALARM é ativada depois de
um atraso fixo de 200 ms. FAIL precisa estar ativa durante o atraso.

Quando o bloqueio interno é ativado, a saída FAIL é imediatamente desativada. A


saída ALARM é desativada após um atraso fixo de 3 segundos e depois que FAIL
for desativada.

A desativação acontece apenas quando a corrente de fase mais


elevada é maior do que 5 % da corrente nominal (0,05 xIn).

Quando a linha é desligada, a desativação da saída ALARM é impedida.

A ativação da entrada BLOCK desativa a saída ALARM.

6.2.5 Aplicação
Os núcleos de transformador de corrente, abertos ou em curto-circuito, podem
levar a um funcionamento indesejável de várias funções de proteção, como funções
de corrente de sequência negativa, corrente de aterramento com falha e diferencial
Quando as correntes de dois conjuntos independentes trifásicos de CTs ou núcleos
de CT medindo as mesmas correntes primárias estiverem disponíveis, a supervisão
de circuito de corrente confiável pode ser arranjada pela comparação de correntes
de dois conjuntos. Quando for detectado erro em qualquer circuito de CT, as
funções de proteção correspondentes podem ser bloqueadas e o alarme pode ser
acionado.

Em caso de correntes elevadas, a saturação desigual transitória de núcleos de CT


com uma remanência diferente ou fator de saturação pode resultar em diferenças
nas correntes secundárias dos dois núcleos de CT. O bloqueio indesejado de
funções de proteção durante a etapa transitória deve então ser evitado.

A função de supervisão deve ser sensível e ter um tempo curto para operar, de
modo a evitar indesejáveis disparos de ação rápida, proteções numéricas sensíveis
em caso de falha nos circuitos secundários de CT.

Circuitos abertos de CT extremamente elevadas nos circuitos que


podem danificar o isolamento e causar mais problemas. Isso deve
ser levado em consideração especialmente quando as funções de
proteção são bloqueadas.

Quando a corrente de referência não está conectada ao IED, a


função deve ser desligado. De outra forma, a saída FAIL é ativada
quando há desequilíbrio nas correntes de fase, mesmo se não
houvesse nada de errado com o circuito de medição.

Série 615 499


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

Corrente de referência medida com transformador de corrente com


núcleo equilibrado.
A função compara a soma das correntes de fase à corrente medida com CT de
núcleo equilibrado.

GUID-88FC46C8-8D14-45DE-9E36-E517EA3886AA V1 PT

Figura 248: Diagrama de conexão para medição de referência de corrente com


transformador de corrente com núcleo equilibrado.

Medição de corrente com dois conjuntos trifásicos independentes de


núcleos de CT.
A figura mostra diagramas de conexões, em que a corrência de referência é medida
com dois conjuntos trifásicos independentes de núcleos de corrente.

500 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

GUID-8DC3B17A-13FE-4E38-85C6-A228BC03206B V1 PT

Figura 249: Diagrama de conexão para supervisão de corrente do circuito com


dois conjuntos de núcleos de proteção do transformador de
corrente trifásica.

Ao usar o núcleo de medição para medida de referência de corrente,


deve-se notar que o nível de saturação do núcleo de medição é
muito menor do que acontece com o núcleo de proteção. Isso deve
ser levado em conta na configuração da função de supervisão da
corrente do circuito.

Série 615 501


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

GUID-C5A6BB27-36F9-4652-A5E4-E3D32CFEA77B V1 PT

Figura 250: Diagrama de conexão para supervisão de corrente do circuito com


dois conjuntos de núcleos do transformador de corrente trifásica
(proteção e medição).

Exemplo de conexão incorreta


As correntes devem ser medidas com dois núcleos independentes, isto é, as
correntes de fase devem ser medidas com um núcleo diferente do da corrente de
referência. Um diagrama de conexão apresenta um exemplo de um caso em que as
correntes de fase e as correntes de referência são medidas a partir do mesmo núcleo.

502 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

GUID-BBF3E23F-7CE4-43A3-8986-5AACA0433235 V1 PT

Figura 251: Exemplo de conexão incorreta de corrente de referência

6.2.6 Sinais
Tabela 395: Sinais de entrada CCRDIF
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
I_REF SIGNAL 0 Corrente de referência
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para todas as saídas binárias

Tabela 396: Sinais de saída CCRDIF


Nome Tipo Descrição
FALHA BOOLEAN Saída de falha
ALARME BOOLEAN Saída de alarme

Série 615 503


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

6.2.7 Configurações
Tabela 397: Ajustes de grupo não-CCRDIF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação ligar/desligar
5=desligado
Valor de partida 0.05...0.20 xIn 0,01 0,05 Nível diferencial de corrente de
operação mínima
Corrente de operação 1.00...5.00 xIn 0,01 1.50 Bloco de função na corrente em fase alta
máxima

6.2.8 Dados monitorados


Tabela 398: Dados monitorados CCRDIF
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
IDIFF FLOAT32 0.00...40.00 xIn Corrente diferencial
CCRDIF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

6.2.9 Dados técnicos

Tabela 399: CCRDIF Dados técnicos


Característica Valor
Tempo de operação1) < 30 ms

1) Incluindo o tempo do contato de saída.

6.3 Supervisão de comunicação de proteção PCSRTPC

6.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Supervisão de comunicação de PCSRTPC PCS PCS
proteção

504 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

6.3.2 Bloco de função

GUID-8732CEA2-358D-441A-B5BB-B2DC9E36E4A4 V1 PT

Figura 252: Bloco de função

6.3.3 Funcionalidade
A função de supervisão de comunicação de proteção PCSRTPC monitora o canal
de comunicação de proteção. A PCSRTPC bloqueia as funções de proteção
diferencial de linha quando é detectada interferência no canal de comunicação de
proteção. O bloqueio ocorre automaticamente para as funções LNPLDF e
BSTGGIO que dependem da disponibilidade contínua do canal de comunicação de
proteção.

O canal de comunicação de proteção é continuamente monitorado pela PCSRTPC.


A função detecta telegramas de proteção ausentes ou atrasados. Os telegramas de
proteção são utilizados para a transferência de dados analógicos de amostra e
outros dados relacionados de proteção. Telegramas de proteção ausentes ou
atrasados podem prejudicar a velocidade operacional de demanda da proteção
diferencial.

Quando uma interferência de curto prazo é detectada no canal de comunicação de


proteção, a função emite um aviso e as funções diferenciais de linha são automatica
e internamente bloqueadas. A PCSRTPC reage de forma rápida para as
interferências de comunicação de proteção. O bloqueio ocorre o mais tardar quando
uma interrupção de comunicação com dois períodos de rede fundamental de
duração é detectada. Quando uma longa e severa interferência ou interrupção total
no canal de comunicação de proteção for detectado, um alarme é emitido (após um
atraso de cinco segundos). O status de qualidade de supervisão de comunicação de
proteção é trocado continuamente online pelas instâncias de PCSRTPC local e
remota. Isso garante que ambos os bloqueios de proteção de fins local e remoto
sejam emitidos de forma coordenada. Isso também melhora a segurança da
proteção diferencial de linha forçando ambos os EIDs de fim de linha ao mesmo
estado de bloqueio durante uma interferência de comunicação de proteção, mesmo
em casos em que a interferência é detectada com somente um IED de fim de linha.
Também há o parâmetro Tempo de atraso de reset disponível utilizado para alterar
o tempo livre de interferência exigido antes de liberar a proteção de diferencial de
linha de volta à operação após um bloqueio, devido a uma interferência na
comunicação.

6.3.4 Princípio de operação

Série 615 505


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

A operação de proteção de supervisão de comunicação pode ser descrita utilizando-


-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

GUID-FE089DD8-D0A0-4D3B-9287-48B11ADBAC25 V1 PT

Figura 253: Diagrama de módulo funcional

Supervisão de comunicação
A comunicação de proteção é supervisionada porque o cálculo diferencial é
dependente da atualização de novas amostras fasoriais análogicas do terminal
remoto dentro do telegrama de proteção. O novo telegrama de proteção também
atualiza o status dos sinais binários enviados pelo terminal remoto. O cálculo da
corrente diferencial é baseado na comparação das amostras de corrente medidas do
terminal remoto e local. Portanto, é essencial que os telegramas de comunicação de
proteção sejam supervisionados, e o resultado da amostra de cálculo de latência
pode ser usado mais adiante no cálculo de corrente diferencial. Quando a
comunicação estiver pronta para receber telegramas de forma correta do terminal
remoto através dos meios de comunicação, presume-se que a comunicação esteja
operando corretamente, e a saída COMM é mantida ativa.

Detector de interferência de comunicação


O detector de interferência de comunicação é continuamente medido e observada a
latência de amostras dos telegramas de proteção. Este valor está também disponível
como dados monitorados. A função fornece três sinais de saída, dos quais apenas o
correspondente está ativo em um momento, dependendo se a supervisão de
comunicação de proteção está em OK, WARNING ou ALARM. O estado OK indica o
funcionamento correto da proteção. O estado WARNING indica que a proteção está
bloqueada internamente devido a uma interferência detectada. O estado WARNING
é alterado para ALARM se a interferência durar um período mais longo. A
supervisão de comunicação de proteção pode às vezes estar no estado WAITING.
Este estado indica que o terminal está esperando que a comunicação comece ou
recomece a partir do terminal de extremidade remota.

Temporizador
Uma vez ativado com o sinal WARNING, o temporizador tem um valor de atraso de
tempo constante de cinco segundos. Se a comunicação deixar de existir após o
atraso, a saída de ALARM é ativada.

506 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

6.3.5 Aplicação
Princípio de comunicação
Amostras analógicas, trip-, start- e sinais programáveis pelo usuário são
transferidos em cada telegrama de proteção e a troca desses telegramas de proteção
é feita oito vezes por ciclo do sistema de energia (a cada 2,5 ms, quando Fn = 50 Hz).

O acordo de comunicação Master-Master é utilizado na solução diferencial de linha


de dois terminais. Amostras atuais são enviadas de ambos os fins de linha e os
algoritmos de proteção também são executados em ambos os fins de linha.
Entretanto, o trip interno direto garante que ambos os fins sejam sempre operados
simultaneamente.

Sincronização de tempo
Em proteção diferencial de linha numérica, as amostras atuais das proteções
localizadas geograficamente de forma separada uma da outra devem ser
coordenadas com o tempo de modo que as amostras atuais de ambos os finais da
linha protegida possam ser comparadas sem apresentar erros irrelevantes. A
coordenação de tempo exige uma precisão extremamente alta.

Como exemplo, uma imprecisão de 0,1 ms em um sistema de 50 Hz fornece um


erro de amplitude máximo de cerca de 3%. Uma imprecisão de 1 ms fornece um
erro de amplitude máximo de cerca de 31%. Os números correspondentes para um
sistema de 60 Hz são 4% e 38%, respectivamente.

No IED, a coordenação de tempo é feita com um método de eco. Os IEDs criam


sua própria referência de tempo entre eles de modo que os relógios do sistema não
precisem estar sincronizados.

A figura mostra que, na sincronização de tempo, o tempo de transmissão para


enviar uma mensagem da estação B para a estação A, T1→T2, e o tempo para
receber uma mensagem de A para B, T4→T5, são mensurados. O atraso de IED da
estação A desde a amostra até o início de envio, T3→T4, e o atraso local do
recebimento até o tempo T5→T6 de amostra IED da estação B também são
mensurados para IED da estação B, e vice-versa. Desta forma, o fator de
alinhamento para as amostras local e remota é atingido.

GUID-2DDF64E2-D635-4783-854A-A62E5EFB7186 V1 PT

Figura 254: Latência de amostra de mensuração

Série 615 507


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

(T2 − T1 ) + (T5 − T4 )
Pd =
2
GUID-0CB3B365-7081-43D4-90F5-91A8082522FE V2 PT (Equação 64)

S d = Pd + (T4 − T3 ) + (T6 − T5 )
GUID-2940B36E-3A6C-44E4-BD39-1B117E168829 V2 PT (Equação 65)

A latência de amostra Sd é calculada para cada telegrama em ambos os fins. O


algoritmo presume que o atraso de propagação de um único sentido Pd é
equivalente para ambas as direções.

O método eco sem GPS pode ser utilizado em redes de transmissão de


telecomunicação desde que haja simetria de atraso, ou seja, os atrasos de envio e
recebimento são equivalentes.

6.3.6 Sinais
Tabela 400: Saídas de sinal PCSRTPC
Nome Tipo Descrição
OK BOOLEAN Comunicação de proteção ok
Advertência BOOLEAN Advertência de comunicação de proteção
ALARME BOOLEAN Alarme de comunicação de proteção
COMM BOOLEAN Comunicação detectada e ativa quando os dados
são recebidos

6.3.7 Configurações
Tabela 401: Ajustes de grupo não-PCSRTPC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Tempo de atraso de reset 100...300000 ms 10 1000 Tempo de atraso do reinício do alarme e
da advertência para o estado ok
Contagem de alarme 0...99999 0 Ajuste um novo valor de contagem de
alarme
Contagem de 0...99999 0 Ajuste um novo valor de contagem de
advertências advertência

508 Série 615


Manual Técnico
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Funções de supervisão

6.3.8 Dados monitorados


Tabela 402: Dados monitorados PCSRTPC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
HEALTH Enum 1=Ok Comunicação link health
2=Advertência
3=Alarme
-2=Espera
ALARM_CNT INT32 0...99999 Número de alarmes
detectados
WARN_CNT INT32 0...99999 Número de advertências
detectadas
SMPL_LATENCY FLOAT32 0.000...99.999 ms Latência de amostra
medida
PROPAGTN_DLY FLOAT32 0.000...99.999 ms Atraso na propagação
medida
RND_TRIP_DLY FLOAT32 0.000...99.999 ms Atraso no disparo medido
T_ALARM_CNT Marca Tempo quando o
temporal contador de alarme foi
modificado pela última
vez
T_WARN_CNT Marca Tempo quando o
temporal contador de advertência
foi modificado pela
última vez

6.3.9 Histórico de revisão técnica


Tabela 403: Histórico de revisão técnica de PCSTRPC
Revisão técnica Alteração
B Alterações e adições aos dados monitorados

6.4 Supervisão de falha do fusível SEQRFUF

6.4.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Supervisão de falha do fusível SEQRFUF FUSEF 60

Série 615 509


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

6.4.2 Bloco de função

GUID-0A336F51-D8FA-4C64-A7FE-7A4270E621E7 V1 PT

Figura 255: Bloco de função

6.4.3 Funcionalidade
A função de supervisão de falha de fusível SEQRFUF é utilizada para bloquear as
funções de medição de tensão em falhas nos circuitos secundários entre o
transformador de tensão e IED a fim de evitar operações incorretas das funções de
proteção de tensão.

SEQRFUF possui dois algoritmos, um algoritmo com base em sequência negativa


e um algoritmo de tensão delta e de corrente delta.

Um critério baseado nas medições de tensão delta e de corrente delta pode ser
ativado para detectar falhas de fusível trifásicas que geralmente são mais
associados à comutação de transformador de tensão durante as operações da estação.

6.4.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da função de supervisão de falha de fusível pode ser descrita utilizando-


-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

510 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

GUID-27E5A90A-6DCB-4545-A33A-F37C02F27A28 V1 PT

Figura 256: Diagrama de módulo funcional

Critério de sequência de fase negativa


Uma falha no fusível com base no critério de sequência negativa é detectada se
uma tensão de sequência negativa medida excede o valor estabelecido de Neg Seq
voltage Lev e a corrente de sequência negativa medida é abaixo do valor
estabelecido de Neg Seq current Lev . A falha no fusível detectada é relatada ao
módulo de decisão lógica.

Verificação de tensão
A magnitude da tensão da fase é verificada ao decidir quando a falha do fusível é
uma falha de uma, duas ou três fases.

O módulo faz uma comparação específica de fase entre cada entrada de tensão e o
parâmetro Seal in voltage . No caso de a tensão de entrada ser menor do que o
parâmetro, a fase correspondente é reportada para o módulo lógico de decisão.

Critério delta de corrente e tensão


A função delta pode ser ativada ao se configurar o parâmetro Change rate enable
em "Verdadeiro". Quando a função estiver ativada, opera em paralelo com o
algoritmo com base em sequência negativa. A corrente e tensão são continuamente
medidas em todas as três fases para calcular:
• Mudança de tensão dU/dt
• Mudança de corrente dI/dt

Série 615 511


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

As quantidades delta calculadas são comparadas com os respectivos valores


estabelecidos dos ajustes Taxa de mudança de corrente e Taxa de mudança de
tensão .

Os algoritmos de corrente delta e tensão delta detectam uma falha de fusível se


houver uma mudança negativa suficiente na amplitude de tensão sem uma
mudança suficiente na amplitude de corrente em cada fase separadamente. Isso é
feito quando o disjuntor está fechado. Informações sobre a posição do disjuntor
estão conectadas à entrada CB_CLOSED.

Há duas condições para ativação da função delta de corrente e tensão:


• A magnitude de ∆U excede o valor correspondente da configuração Min Op
voltage delta e a magnitude de ∆I está abaixo do valor do Min Op current
delta em qualquer fase ao mesmo tempo devido ao fechamento do disjuntor,
ou seja, CB_CLOSED = TRUE.
• A magnitude de ∆U excede o valor do ajuste Min Op voltage delta e a
magnitude de ∆I está abaixo do ajuste Min Op current delta em qualquer fase
ao mesmo tempo já que a magnitude da corrente de fase na mesma fase excede
o ajuste Nível de corrente .

A primeira condição requer que o critério delta seja atendido em qualquer fase ao
mesmo tempo na medida em que o disjuntor for fechado. A abertura do disjuntor
em um terminal e a energização da linha de outro terminal em uma falha poderiam
levar a uma operação incorreta de SEQRFUF com um disjuntor aberto. Se isso for
considerado como uma desvantagem importante, a entrada CB_CLOSED deve estar
conectada em FALSO.

A segunda condição requer que o critério delta seja atendido em uma fase
juntamente com a alta corrente para a mesma fase. A corrente de fase medida é
usada para reduzir o risco de uma detecção falsa de falha de fusível. Se a corrente
na linha protegida for baixa, uma queda de tensão no sistema (não causada pela
falha de fusível) não é seguida por uma mudança de corrente, e uma falha falsa de
fusível pode ocorrer. Para evitar isso, o critério de corrente de fase mínima é
verificado.

A detecção de falha de fusível é ativa até que as tensões retornem acima do ajuste
de Min Op voltage delta . Se a tensão em uma fase estiver abaixo do ajuste Min Op
voltage delta , uma nova detecção de falha de fusível para aquela fase não é
possível até que a tensão retorne acima do valor de configuração.

Decision logic
As saídas de detecção de falha de fusível FUSEF_U e FUSEF_3PH são
controladas de acordo com os critérios de detecção e sinais externos.

512 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

Tabela 404: Controle de saída de falha de fusível


Critério de detecção de falha de fusível Condições e resposta de função
Critério de sequência negativa Se uma falha de fusível for detectada com base
no critério de sequencia negativa, a saída
FUSEF_U é ativada.

Se a detecção de falha de fusível estiver ativa


por mais de cinco segundos e ao mesmo tempo,
todos os valores de tensão de fase estão abaixo
do valor de Seal in voltage com Enable seal in =
"True", a função ativa o sinal de saída
FUSE_3PH.

O sinal de saída FUSEF_U é também ativado se


todas as tensões de fase estiverem acima do
Seal in voltage tensão por mais de 60 segundos
e ao mesmo tempo que a tensão de sequência
negativa está acima Neg Seq voltage Lev por
mais de 5 segundos, todas as correntes de fase
estão abaixo do Current dead Lin Val ajuste e o
disjuntor esta fechado, ou seja, CB_CLOSED é
TRUE.
Critério de função delta de corrente e tensão Se o critério de delta de corrente e tensão
detectar uma condição de falha de fusível, mas
todas as tensões não estiverem abaixo de Seal
in voltage , somente a saída FUSEF_U é ativada.

Se a detecção de falha de fusível estiver ativa


por mais de cinco segundos e ao mesmo tempo,
todos os valores de tensão de fase estão abaixo
do valor de Seal in voltage com Enable seal in =
"True", a função ativa o sinal de saída
FUSE_3PH.

Detecção de falha de fusível externo O sinal de saída MINCB_OPEN deve ser


conectado através de uma entrada binária para
o contato auxiliar N.C. do mini disjuntor que
protege o circuito secundário do TP.
O sinal MINCB_OPEN ajusta o sinal de saída
FUSEF_U para bloquear todas as funções
relacionadas à tensão quando MCB está aberto.
O sinal de input DISCON_OPEN deve ser
conectado através de uma entrada binária de
IED para o contato auxiliar N.C. do seccionador
da linha. O sinal DISCON_OPEN ajusta o sinal de
saída FUSEF_U para bloquear as funções
relacionadas à tensão quando o seccionador de
linha está no estado aberto.

Recomenda-se sempre ajustar Enable seal in para "True". Isso


garante que as funções de proteção bloqueadas permanecem
bloqueadas até que as condições de tensão normais sejam
restauradas caso a falha de fusível tenha estado ativa por cinco
segundos, ou seja, as saídas de falha de fusível são desativadas
quando as condições de tensão normal são restauradas.

A ativação da entrada BLOCK desativa ambas as saídas FUSEF_U e FUSEF_3PH.

Série 615 513


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Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

6.4.5 Aplicação
Algumas funções de proteção funcionam com base no valor de tensão medido no
ponto de IED. Essas funções podem falhar se houver uma falha nos circuitos de
medição entre os transformadores de tensão e os IED.

Uma falha no circuito de medição de tensão é referida como uma falha de fusível.
Este termo é induz ao erro pois um fusível queimado é apenas uma das muitas
razões possíveis para um circuito aberto. Já que tensão medida incorretamente pode
resultar em uma operação defeituosa de algumas das funções de proteção, é
importante detectar as falhas de fusível. A detecção rápida de falha de fusível é um
dos meios para bloquear as funções baseadas em tensão antes de operar.

GUID-FA649B6A-B51E-47E2-8E37-EBA9CDEB2BF5 V1 PT

Figura 257: Falha em um circuito do transformador de tensão ao IED

Uma falha de fusível ocorre devido a fusíveis queimados, fios rompidos ou


operações de subestação pretendidas. A função baseada em componente de
sequência negativa pode ser utilizada para detectar diferentes tipos de falhas de
fusível de única ou duas fases. No entanto, pelo menos um dos três circuitos dos
transformadores de tensão não deve ser quebrado. A função de suporte baseada em
delta também pode detectar uma falha de fusível devido a interrupções de três fases.

Na parte baseada em componente de sequência negativa da função, uma falha de


fusível é detectada através da comparação do valor calculado da tensão do
componente de sequência negativa com a corrente de componente de sequência
negativa. As entidades sequenciais são calculadas a partir de corrente medida e
dados de tensão para as três fases. O objetivo desta função é bloquear as funções
dependentes de tensão quando uma falha de fusível é detectada. Já que a
dependência de tensão difere entre essas funções, SEQRFUF possui duas saídas
para esta finalidade.

514 Série 615


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6.4.6 Sinais
Tabela 405: Sinais de entrada SEQRFUF
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência negativa

U_A_AB SIGNAL 0 Tensão de fase A


U_B_BC SIGNAL 0 Tensão de fase B
U_C_CA SIGNAL 0 Tensão de fase C
U2 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase negativa

Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Bloqueio de função


CB_Fechado BOOLEAN 0=Falso Ativo quando o disjuntor está fechado
DISCON_ABERTO BOOLEAN 0=Falso Ativo quando o desconector está aberto
MINCB_ABERTO BOOLEAN 0=Falso Ativo quando o MCB externo abre o circuito
protegido de tensão

Tabela 406: Sinais de saída SEQRFUF


Nome Tipo Descrição
FUSEF_3PH BOOLEAN Início trifásico de função
FUSEF_U BOOLEAN Início geral de função

6.4.7 Configurações
Tabela 407: Ajuste de grupo não-SEQRFUF
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Neg Seq current Lev 0.03...0.20 xIn 0,01 0,03 Nível de operação do elemento de
subcorrente de sequência negativa
Nível de tensão de 0.03...0.20 xUn 0,01 0,10 Nível de operação do elemento de
sequência negativa sobrecarga de sequência negativa
Taxa de mudança de 0.01...0.50 xIn 0,01 0,15 Nível de operação de mudança na
corrente corrente de fase
Taxa de mudança de 0.50...0.90 xUn 0,01 0.60 Nível de operação de mudança na
tensão tensão de fase
Habilitação da taxa de 0=Falso 0=Falso Habilitar operação da função com base
mudança 1=Verdadeiro em mudanças
Min Op voltage delta 0.01...1.00 xUn 0,01 0.70 Nível de operação mínima de tensão de
fase para cálculo delta
Min Op current delta 0.01...1.00 xIn 0,01 0,10 Nível de operação mínima de corrente
de fase para cálculo delta
Tabela continua na próxima página

Série 615 515


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Seal em ajuste de 0.01...1.00 xUn 0,01 0.70 Nível de operação da tensão de fase em
seal
Habilitar seal em 0=Falso 0=Falso Habilitação seal em funcionalidade
1=Verdadeiro
Corrente inativa Lin Val 0,05...1,00 xIn 0,01 0,05 Nível de operação para detecção de
corrente de fase aberta

6.4.8 Dados monitorados


Tabela 408: Dados Monitorados SEQRFUF
me Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
SEQRFUF Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

6.4.9 Dados técnicos


Tabela 409: Dados técnicos SEQRFUF
Característica Valor
Tempo operacional1)
• Função NPS UFault = 1.1 x set Neg < 33 ms
Seq voltage Lev
UFault = 5.0 x set Neg < 18 ms
Seq voltage Lev
• Função delta ΔU = 1.1 x ajuste < 30 ms
Faixa de alteração de
tensão
ΔU = 2.0 x ajuste < 24 ms
Faixa de alteração de
tensão

1) Inclui o atraso do contato de saída de sinal, fn = 50 Hz, tensão de falha com frequência nominal
injetada de ângulo de fase aleatório, resultados baseados em distribuição estatística de 1000
medições

6.5 Contador do tempo de operação MDSOPT

6.5.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Contador do tempo de execução para MDSOPT OPTS OPTM
máquinas e dispositivos.

516 Série 615


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6.5.2 Bloqueio de funções

GUID-C20AF735-FF25-411B-9EA6-11D595484613 V2 PT

Figura 258: Bloco de funções

6.5.3 Funcionalidade
A função do contador de tempo ligado genérico MDSOPT calcula e apresenta o
tempo de operação acumulado de uma máquina ou aparelho como resultado. A
unidade de tempo para o acúmulo é a hora. A função gera um aviso e um alarme
quando o tempo de operação acumulada excede os limites estabelecidos. Utiliza
uma entrada binária para indicar a condição de operação ativa.

O tempo de operação acumulado é um dos parâmetros para agendar um serviço em


equipamentos como motores. Indica o uso da máquina e também o seu desgaste.
Geralmente, o fabricante do equipamento fornece um cronograma de manutenção
com base em número de horas de serviço.

6.5.4 Princípio de funcionamento


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação do contador de tempo de execução genérico para máquinas e


dispositivos pode ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os
módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

GUID-6BE6D1E3-F3FB-45D9-8D6F-A44752C1477C V1 PT

Figura 259: Diagrama de módulo funcional

Contador do tempo de operação


Esse módulo conta o tempo de operação. Quando POS_ACTIVE está ativo, o
contador está continuamente adicionando à duração do tempo até que seja
desativada. A qualquer momento, a saída OPR_TIME é a duração total para a qual
POS_ACTIVE está ativa. A unidade do contador de duração de tempo OPR_TIME
é em horas. O valor fica disponível através da visualização de dados monitorados.

A saída OPR_TIME é um valor continuamente aumentando e é armazenado em


uma memória não volátil. Quando POS_ACTIVE está ativo, o contador

Série 615 517


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Funções de supervisão

OPR_TIME começa a aumentar do valor anterior. O contador de OPR_TIME


satura no valor final de 299999, isto é, nenhum outro aumento é possível. A
ativação do RESET pode reiniciar o contador para o valor inicial .

Supervisão Limite
Esse módulo compara o contador de tempo de execução do motor aos valores
configurados de Valor de advertência e Valor de alarme para gerar as saídas
WARNING e ALARM respectivamente quando as contagens excederem os níveis.

A ativação das saídas WARNING e ALARM dependem do parâmetro Modo do tempo


de operação . Tanto WARNING como ALARM ocorrem logo após as condições
serem atendidas se Modo do tempo de operação estiver definido como “Imediato”.
Se Modo do tempo de operação estiver definido como “Advertência temporizada”,
WARNING é ativado dentro das próximas 24 horas no horário do dia definido por
meio do ajuste Horário do tempo de operação . Se Modo do tempo de operação
estiver definido como “Alarme de advertência temporizado”, as saídas WARNING e
ALARM são ativadas no horário do dia definido por meio de Horário do tempo de
operação.

O ajuste Horário do tempo de operação é usado para estabelecer o


horário do dia no Tempo Universal Coordenado (UTC, na sigla em
inglês). O ajuste tem de ser feito de acordo com o horário local e
horário de verão local.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. Ativação da entrada BLOCK


bloqueia tanto WARNING como ALARM.

6.5.5 Aplicação
O tempo de operação da máquina desde o comissionamento indica o uso da
mesma. Por exemplo, o desgaste mecânico e requisito de lubrificação para o
rolamento do eixo de motores depende das horas de uso.

Se algum motor é usado por longas horas, pode necessitar manutenção mais
frequente, enquanto um motor que não é usado regularmente precisa de
manutenção e reparos em menor frequência. O tempo de operação acumulado de
um motor, juntamente com as configurações adequadas para cuidado podem ser
utilizados para desencadear a manutenção de base condicional do motor.

O contador de tempo de operação combinado com a reconfiguração subsequente da


contagem de tempo de operação pode ser usado para monitorar o tempo de
funcionamento do motor em funcionamento único.

Tanto o tempo de operação acumulado de longo-prazo e a duração do


funcionamento de curto prazo fornecem informações valiosas sobre a condição da
máquina e aparelho. As informações podem ser co-relacionadas a outros dados de
processo onde a máquina ou aparelho é aplicado.

518 Série 615


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1MRS757783 A Seção 6
Funções de supervisão

6.5.6 Sinais
Tabela 410: Sinais de entrada MDSOPT
Nome Tipo Padrão Descrição
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Bloquear status de entrada
POS_ACTIVE BOOLEAN 0=Falso Quanto ativo indica que o equipamento está
executando
RESET BOOLEAN 0=Falso Reinicia o tempo de operação acumulado para o
valor inicial

Tabela 411: Sinais de saída MDSOPT


Nome Tipo Descrição
ALARME BOOLEAN O tempo de operação acumulado do alarme
excede o valor do alarme
Advertência BOOLEAN O tempo de operação acumulado da advertência
excede o valor da advertência

6.5.7 Configurações
Tabela 412: Nenhum grupo de ajuste MDSOPT
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Valor de advertência 0...299999 h 1 8000 Valor de advertência para supervisão do
tempo de operação
Valor do alarme 0...299999 h 1 10000 Valor de alarme para supervisão do
tempo de operação
valor inicial 0...299999 h 1 0 Valor inicial para supervisão do tempo
de operação
Tempo de operação em 0...23 h 1 0 Hora do dia quando o alarme e a
horas advertência ocorrerão
Modo do tempo de 1=Imediata 1=Imediata Modo do tempo de operação para
operação 2=Advertência advertência e alarme
programada
3=Alarme de
advertência
programada

Série 615 519


Manual Técnico
Seção 6 1MRS757783 A
Funções de supervisão

6.5.8 Dados monitorados


Tabela 413: Dados monitorados MDSOPT
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
MDSOPT Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado
OPR_TIME INT32 0...299999 h Tempo total da operação
em horas

6.5.9 Dados técnicos


Tabela 414: MDSOPT Dados técnicos
Descrição Valor
Precisão de medição de tempo de acionamento ±0,5%
do motor1)

1) Da leitura, para um IED autônomo, sem sincronização de tempo.

520 Série 615


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Funções de monitoramento de condição

Seção 7 Funções de monitoramento de condição

7.1 Monitoramento de condição do disjuntor SSCBR

7.1.1 Identificação

Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do


61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Monitoramento de condição do disjuntor SSCBR CBCM CBCM

7.1.2 Bloco de função

A070795 V2 PT

Figura 260: Bloco de função

7.1.3 Funcionalidade
A função de monitoramento de condição do disjuntor SSCBR é utilizada para
monitorar diferentes parâmetros do disjuntor. O disjuntor exige manutenção
quando o número de operações atingiu um valor predefinido. A energia é calculada
a partir das correntes de entrada medidas como uma soma de valores Iyt. Os
alarmes são gerados quando os valores calculados excedem os ajustes de limiar.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função, se desejar.

Série 615 521


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Seção 7 1MRS757783 A
Funções de monitoramento de condição

7.1.4 Princípio de operação


A função de monitoramento da condição do disjuntor inclui diferentes funções e
subfunções de monitoramento. As funções podem ser habilitadas e desabilitadas
com o parâmetro Operação . Os valores de parâmetros correspondentes são "On" e
"Off". Os contadores de operação são apagados quando a Operação é definida
como "Off".

A operação das funções pode ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo.


Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

A071103 V3 PT

Figura 261: Diagrama de módulo funcional

522 Série 615


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1MRS757783 A Seção 7
Funções de monitoramento de condição

7.1.4.1 Status do disjuntor

A subfunção do status do disjuntor monitora a posição do disjuntor, isto é, se o


disjuntor está na posição aberta, fechada ou intermediário. A operação de
monitoramento do status do disjuntor de circuito pode ser descrita utilizando-se um
diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

A071104 V3 PT

Figura 262: Diagrama de módulo funcional para monitoramento de status de


disjuntor

Verificação de corrente de fase


Este módulo compara as correntes de três fases com o ajuste . Se a corrente em
uma fase excede o nível definido, as informações sobre fase são relatadas para o
módulo indicador de posição de contato.

Indicador de posição de contato


O status de disjuntor é aberto se o contato de entrada auxiliar POSCLOSE for
baixo, a entrada POSOPEN for alta e a corrente for zero. O disjuntor é fechado
quando a entrada POSOPEN for baixa e a entrada POSCLOSE for alta. O disjuntor
está na posição intermediária se ambos os contatos auxiliares possuírem o mesmo
valor, ou seja, ambos estiverem no nível lógico "0", ou se o contato de entrada
auxiliar POSCLOSE for baixo e a entrada POSOPEN for alta, porém a corrente não
é zero.

O status do disjuntor é indicado com as saídas binárias OPENPOS, INTERMPOS e


CLOSEPOS para posição aberta, intermediária e fechada, respectivamente.

7.1.4.2 Monitoramento da operação do disjuntor

O propósito da subfunção do monitoramento da operação do disjuntor é indicar se


o disjuntor não foi operado por um longo período.

A operação de monitoramento do disjuntor pode ser descrita utilizando-se um


diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas
seções.

Série 615 523


Manual Técnico
Seção 7 1MRS757783 A
Funções de monitoramento de condição

A071105 V2 PT

Figura 263: Diagrama de módulo funcional para cálculo de dias inativos e


alarme para monitoramento de operação de disjuntor

Temporizador de inatividade
O módulo calcula o número de dias que o disjuntor de circuito permaneceu inativo,
ou seja, permaneceu no estado aberto ou fechado. O cálculo é feito monitorando-se
os estados dos contatos auxiliares POSOPEN e POSCLOSE.

Os dias inativos encontram-se disponíveis atraves da visualização de dados


Monitorados. Também é possível ajustar os dias inativos iniciais utilizando
parâmetro.

Verificação de limite de alarme


Quando os dias inativos excederem o valor de limite definido com o ajuste, o
alarme é iniciado. O tempo em horas em que este alarme é ativado pode ser
ajustado com o parâmetro como coordenadas de UTC. O sinal de alarme pode ser
bloqueado ativando a entrada binária BLOCK.

7.1.4.3 Tempo de percurso do contato do disjuntor

O módulo de tempo de percurso de contato do disjuntor calcula o tempo de


percurso de contato do disjuntor para a operação de fechamento e abertura. A
operação da medição de tempo de percurso de contato do disjuntor pode ser
descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

A071106 V3 PT

Figura 264: Diagrama de módulo funcional para tempo de percurso de contato


do disjuntor

Calculadora de tempo de percurso


O tempo de percurso de contato do disjuntor é calculado a partir do momento entre
a mudança de estado de contatos auxiliares. O tempo de viagem aberta é medido
entre a abertura do contato auxiliar POSCLOSE e o fechamento do contato auxiliar
POSOPEN. O tempo de viagem é também medido entre a abertura do contato
auxiliar POSCLOSE e o fechamento do contato auxiliar POSOPEN.

524 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 7
Funções de monitoramento de condição

A071107 V1 PT

Figura 265: Cálculo do tempo de percurso

Há uma diferença de tempo t1 entre o início da abertura do contato principal e o


fechamento do contato auxiliar POSCLOSE. Similarmente, há uma lacuna de
tempo t2 entre o tempo de abertura do contato auxiliar POSOPEN e de abertura
completa do contato principal. Portanto, a fim de incorporar o tempo t1+t2, um
fator de correção precisa ser adicionado a abertura t para obter o tempo de abertura
real. Esse fator é adicionado a Cor de tempo de abertura (=t1+t2). O tempo de
fechamento é calculado adicionado o ajuste de valor com Cor de tempo de
fechamento (t3+t4) ajuste ao tempo de fechamento medido.

O último tempo de percurso de abertura medido T_TRV_OP e o tempo de percurso


de fechamento T_TRV_CL são disponibilizados através das visualizações de dados
Monitorados no LHMI ou através de ferramentas via comunicações.

Verificação de limite de alarme


Quando o tempo de percurso de abertura medido for maior do que o valor definido
com o Tempo de alarme de abertura ajuste, a saída TRV_T_OP_ALM é ativada.
Respectivamente, quando o tempo de percurso de fechamento medido for maior do
que o valor definido com o Tempo de alarme de fechamento ajuste, a saída
TRV_T_CL_ALM é ativada.

Também é possível bloquear os sinais de alarme TRV_T_CL_ALM e


TRV_T_OP_ALM ativando a entrada BLOCK.

7.1.4.4 Contador de operação

A subfunção de contador operacional calcula o número de ciclos de operação do


disjuntor. Ambas as operações de abertura e fechamento estão incluídas em um
ciclo de operação. O valor do contador de operação é atualizado após cada
operação de abertura.

Série 615 525


Manual Técnico
Seção 7 1MRS757783 A
Funções de monitoramento de condição

A operação da subfunção pode ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo.


Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

A071108 V2 PT

Figura 266: Diagrama de módulo funcional para contagem de operações do


disjuntor

Contador de operações
O contador de operações conta o número de operações com base na mudança de
estado dos contatos das entradas binárias auxiliares POSCLOSE e POSOPEN.

O número de operações NO_OPR está disponível por meio da visualização de


dados monitorados no LHMI ou por meio de ferramentas via comunicações. O
valor do contador de operações do antigo disjuntor pode ser levado em
consideração escrevendo-se o valor para o parâmetro e no clear menu do WHMI ou
LHMI.

Alarm limit check


O alarme de operação é gerado quando o número de operações exceder o valor
definido com o . No entanto, se o número de operações aumentar ainda mais e
ultrapassar o valor limite definido com o ajuste, a saída é ativada.

As saídas binárias e são desativadas quando a entrada BLOCK é ativada.

7.1.4.5 Acúmulo de Iyt

O acúmulo do módulo Iyt calcula a energia acumulada.

A operação do módulo pode ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo.


Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

A071109 V2 PT

Figura 267: Diagrama de módulo funcional para cálculo de energia acumulada


e alarme

526 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 7
Funções de monitoramento de condição

Calculadora de energia acumulada


Este módulo calcula a energia acumulada Iyt [(kA)ys]. O fator y é ajustado com o
Expoente de corrente .

O cálculo é iniciado com os eventos de abertura de entrada POSCLOSE . Termina


quando a corrente RMS se torna inferior ao valor de ajuste Acc stop current .

A071110 V1 PT

Figura 268: Significância deDiferença Cor de tempo ajuste

O Diferença Cor de tempo ajuste é utilizado em vez do contato auxiliar para


acumular a energia do momento de abertura do contato principal. Se o ajuste for
positivo, o cálculo de energia se inicia após o contato auxiliar ter aberto e quando o
atraso for equivalente ao ajuste de valor com o Diferença Cor de tempo ajuste.
Quando o ajuste for negativo, o cálculo se inicia antecipadamente pelo tempo de
correção antes da abertura do contato auxiliar.

As saídas de energia acumuladas IPOW_A (_B, _C) estão disponíveis por meio
da visualização de dados monitorados no LHMI ou por meio de ferramentas via
comunicações. Os valores podem ser redefinidos ajustando o parâmetro energia de
correntes CB acum. para verdadeiro no menu limpar do WHMI ou LHMI.

Verificação de limite de alarme


O alarme IPOW_ALM é ativado quando a energia acumulada excede o ajuste de
valor com o Alm Acc currents Pwr ajuste de limiar. Entretanto, quando a energia
exceder o ajuste de valor limite com o LO Acc currents Pwr ajuste de limiar, a
saída IPOW_LO é ativada.

As saídas IPOW_ALM e IPOW_LO podem ser bloqueadas ativanto a entrada


binária BLOCK.

7.1.4.6 Vida útil restante do disjuntor

Toda vez que o disjuntor opera, a vida do disjuntor reduz devido ao desgaste. O
uso do disjuntor depende da corrente de trip, e a vida útil restante do disjuntor é
estimada a partir da curva de trip do disjuntor fornecido pelo fabricante. O restante
da vida é diminuído pelo menos com um, quando o disjuntor está aberto.

Série 615 527


Manual Técnico
Seção 7 1MRS757783 A
Funções de monitoramento de condição

A operação da vida restante da subfunção do disjuntor pode ser descrita utilizando-


-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

A071111 V2 PT

Figura 269: Diagrama de módulo funcional para estimar a vida útil do disjuntor

Estimador de vida útil do disjuntor


O módulo de estimador de vida do disjuntor calcula o restante da vida útil do
disjuntor. Se a corrente de disparo é menor do que o conjunto de corrente nominal
de operação com a Corrente nominal do cabo , a operação remanescente do
disjuntor reduz em uma única operação. Se a corrente de trip é maior do que a
corrente nominal de falha do ajuste Corrente nominal de falha as operações
possíveis são zero. A vida útil restante da corrente de trip entre estes dois valores é
calculada com base na curva de trip dada pelo fabricante. O parâmetro Número
nominal de operação e Número de falha de operação define o número de
operações que o disjuntor pode executar na corrente nominal e na falha de corrente
nominal, respectivamente.

A vida restante é calculada separadamente para as três fases e está disponível como
um valor de dados monitoradosCB_LIFE_A (_B,_C). Os valores podem ser
apurados, definindo o parâmetro Valores de desgaste do CB no menu de WHMI ou
LHMI.

Limpeza Valores de desgaste do CB também redefine o contador de


operações.

Verificação de limite de alarme


Quando o restante da vida de qualquer fase cair abaixo do Nível de alarme de vida
útil configuração de limite, o alarme de vida do disjuntor CB_LIFE_ALM é ativado.

É possível desativar o sinal de alarme CB_LIFE_ALM ativando a entrada binária


BLOCK. O valor do contador de operações do antigo disjuntor pode ser levado em
consideração escrevendo-se o valor para o Inital CB Rmn life e seus parâmetros e e
redefinir o valor por meio do menu de WHMI ou LHMI.

528 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 7
Funções de monitoramento de condição

7.1.4.7 Indicação de mola carregada do disjuntor

A subfunção de indicação de mola carregada do disjuntor calcula o tempo de carga


da mola.

A operação da subfunção pode ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo.


Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

A071112 V3 PT

Figura 270: Diagrama de módulo funcional para indicação e alarme de mola


carregada do disjuntor

Medição de tempo de carga de mola


Duas entradas binárias, SPR_CHR_ST e SPR_CHR, indicam início de carga de
mola e mola carregada, respectivamente. O tempo de carga da mola é calculado
pela diferença entre esses dois tempos de sinal.

O tempo de carga de mola T_SPR_CHR está disponível por meio da visualização


de dados Monitorados no LHMI ou por meio de ferramentas via comunicações.

Verificação de limite de alarme


Se o tempo gasto pela mola para carregar for maior do que o valor definido com o
parâmetro Tempo de carga da mola ajuste, a subfunção gera o alarme
SPR_CHR_ALM.

É possível bloquear o sinal de alarme SPR_CHR_ALM ativando a entrada binária


BLOCK.

7.1.4.8 Supervisão de pressão do gás

A subfunção de supervisão de pressão de gás monitora a pressão de gás dentro da


câmara de arco.

A operação da subfunção pode ser descrita utilizando-se um diagrama de módulo.


Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

Série 615 529


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A071113 V2 PT

Figura 271: Diagrama de módulo funcional para alarme de pressão de gás de


disjuntor

A pressão de gás é monitorada através dos sinais de entrada binária PRES_LO_IN


e PRES_ALM_IN.

Temporizador 1
Quando a entrada binária PRES_ALM_IN é ativada, o alarme PRES_ALM é
ativado após um atraso de tempo definido com o ajuste de Tempo de alarme de
pressão . O alarme PRES_ALM pode ser bloqueado ativando a entrada binária
BLOCK.

Temporizador 2
Se a pressão cair mais a um nível muito baixo, a entrada binária PRES_LO_IN se
torna alta, ativando o alarme de bloqueio PRES_LO após um atraso de tempo
definido com o ajuste de Tempo de bloqueio de pres . O alarme PRES_LO pode ser
bloqueado ativando a entrada binária BLOCK.

7.1.5 Aplicação
SSCBR inclui diferentes subfunções de monitoramento e medição.

Status do disjuntor
O status do disjuntor monitora a posição do disjuntor, isto é, se o disjuntor está na
posição aberta, fechada ou intermediário.

Monitoramento da operação do disjuntor


O propósito do monitoramento da operação do disjuntor é indicar se o disjuntor
não foi operado por um longo período. A função calcula o número de dias que o
disjuntor de circuito permaneceu inativo, ou seja, permaneceu no mesmo estado
aberto ou fechado. Há também a possibilidade de definir um dia inativo inicial.

Tempo de percurso do contato do disjuntor


Tempos de percurso altos indicam a necessidade de manutenção do mecanismo de
disjuntor. Portanto, é necessário detectar tempo de percurso excessivo. Durante a
operação de ciclo de abertura, o contato principal inicia a abertura. O contato
auxiliar A abre, o contato auxiliar B fecha, e o contato principal atinge sua posição

530 Série 615


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1MRS757783 A Seção 7
Funções de monitoramento de condição

de abertura. Durante o ciclo de fechamento, o primeiro contato principal começa a


fechar. O contato auxiliar A abre, o contato auxiliar B fecha, e o contato principal
atinge sua posição de fechamento. Os tempos de percurso são calculados com base
na mudança de estado dos contatos auxiliares e adicionando o fator de correção
para considerar a diferença de tempo da alteração de posição do contato principal e
do contato auxiliar.

Contador de operação
Manutenção de rotina do disjuntor, como lubrificação de mecanismo do disjuntor,
é geralmente baseada em uma série de operações. O ajuste de limite adequado, para
acionar um alarme quando o número de ciclo de operação excede o limite definido,
ajuda a manutenção preventiva. Isso também pode ser utilizado para indicar a
necessidade de amostragem de óleo para teste dielétrico no caso de um disjuntor a
óleo.

A mudança de estado pode ser detectada a partir da entrada binária do contato


auxiliar. Há uma possibilidade de definir um valor inicial para o contador, que
pode ser utilizado para inicializar esta funcionalidade depois de um período de
funcionamento ou em caso de equipamento primário renovado.

Acúmulo de Iyt
Acúmulo de Iyt calcula a energia acumulada ΣIyt em que o fator y é conhecido
como expoente de corrente. O fator y depende do tipo de disjuntor. Para disjuntores
a óleo, o fator y é normalmente 2. Em caso de um sistema de alta tensão, o fator y
pode ser 1.4...1.5.

Vida útil restante do disjuntor


Toda vez que o disjuntor opera, a vida do disjuntor reduz devido ao desgaste. O
uso do disjuntor depende da corrente de trip, e a vida útil restante do disjuntor é
estimada a partir da curva de trip do disjuntor fornecido pelo fabricante.

Exemplo para estimar a vida útil restante de um disjuntor

Série 615 531


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A071114 V2 PT

Figura 272: Curvas de trip para um interruptor a vácuo típico de 12 kV, 630 A,
16 kA

Nr o número de operações de fechamento e abertura permitido para o disjuntor


Ia a corrente no momento do trip do disjuntor

Cálculo de Coef Direcional

O coeficiente direcional é calculado de acordo com a fórmula:

B
log  
Directional Coef =  A  = −2.2609
If 
log  
 Ir 
A070794 V2 PT (Equação 66)

Ir Corrente operacional nominal = 630 A

Se Corrente de falha nominal = 16 kA

A Número avaliado de operação = 30000


B Falha de número de operação = 20

532 Série 615


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Cálculo para estimar a vida útil restante

A equação mostra que existem 30 mil operações possíveis na corrente operacional


nominal de 630 A e 20 operações na corrente de falha nominal de 16 kA. Portanto,
se a corrente de disparo é de 10 kA, uma operação em 10 kA é equivalente a
operações de 30.000/500=60 na corrente nominal. Supõe-se também que, antes
desse trip, a vida útil restante do disjuntor é de 15.000 operações. Portanto, após
uma operação de 10 kA, a vida útil restante do disjuntor é de 15.000-60 = 14.940
na corrente operacional nominal.

Indicação de mola carregada


Para um funcionamento normal do disjuntor, sua mola deve ser carregada em um
tempo específico. Portanto, detectar o tempo longo de carga de mola indica o
momento de manutenção do disjuntor. O último valor do tempo de carga de mola
pode ser usado como um valor de serviço.

Supervisão de pressão do gás


A supervisão de pressão de gás monitora a pressão de gás dentro da câmara de
arco. Quando a pressão se torna muito baixa quando comparado com o valor
necessário, as operações de disjuntor são bloqueadas. A entrada binária está
disponível com base nos níveis de pressão na função, e os alarmes são gerados com
base nessas entradas.

7.1.6 Sinais
Tabela 415: Sinais de entrada SSCBR
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Bloquear status de entrada
POSOPEN BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição de abertura do aparelho a
partir da E/S
POSCLOSE BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição fechada do aparelho a partir
da E/S
PRES_ALM_IN BOOLEAN 0=Falso Entrada de alarme de pressão binária
PRES_LO_IN BOOLEAN 0=Falso Entrada de pressão binária para indicação de
lockout
SPR_CHR_ST BOOLEAN 0=Falso Entrada iniciada de modificação de mola CB
SPR_CHR BOOLEAN 0=Falso Entrada modificada de mola CB
RST_IPOW BOOLEAN 0=Falso Reiniciar a emergência de acúmulo
RST_CB_WEAR BOOLEAN 0=Falso Reiniciar entrada para vida restante do CB e
contador de operação
RST_TRV_T BOOLEAN 0=Falso Reiniciar entrada para o número de viagens de
fechamento e abertura de CB
RST_SPR_T BOOLEAN 0=Falso Reiniciar a entrada para o tempo de modificação
da mola CB

Série 615 533


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Tabela 416: Sinais de saída SSCBR


Nome Tipo Descrição
TRV_T_OP_ALM BOOLEAN Tempo de viagem de CB aberto excedeu o valor
de ajuste
TRV_T_CL_ALM BOOLEAN Tempo de viagem de CB fechado excedeu o
valor de ajuste
SPR_CHR_ALM BOOLEAN Tempo de carga das molas atravessou o valor
ajustado
OPR_ALM BOOLEAN Número de operações CB excede o limite de
alarme
OPR_LO BOOLEAN Número de operações CB excede o limite de
lockout
IPOW_ALM BOOLEAN Energia da corrente acumulada (Iyt) excedeu o
limite de alarme
IPOW_LO BOOLEAN Energia da corrente acumulada (Iyt) excedeu o
limite de lockout
CB_LIFE_ALM BOOLEAN A vida restante do CB excedeu o limite de alarme
MON_ALM BOOLEAN CB &apos;não operado há um bom tempo&apos;
alarme
PRES_ALM BOOLEAN Pressão abaixo do nível de alarme
PRES_LO BOOLEAN Pressão abaixo do nível de lockout
OPENPOS BOOLEAN CB está aberto
INVALIDPOS BOOLEAN CB está em uma posição inválida (não aberto ou
fechado positivamente)
CLOSEPOS BOOLEAN CB está fechado

7.1.7 Configurações
Tabela 417: Nenhum ajuste de grupo SSCBR
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Acc stop current 5.00...500.00 A 0,01 10.00 Ajuste de corrente RMS abaixo da
parada acm de energia
Tempo de alarme de 0...200 ms 1 40 Ajuste de nível de alarme para o tempo
abertura de viagem em aberto em ms
Tempo de alarme de 0...200 ms 1 40 Ajuste de nível de alarme para o tempo
fechamento fechado de viagem em ms
Cor de tempo de abertura 0...100 ms 1 10 Fator de correção para tempo de viagem
em aberto em ms
Cor de tempo de 0...100 ms 1 10 Fator de correção para tempo de viagem
fechamento em aberto CB em ms
Tempo de carga da mola 0...60000 ms 10 1000 Ajuste de alarme para o tempo de carga
de mola de CB em ms
Counter initial Val 0...9999 1 0 O valor de inicialização do contador em
números de operação
Tabela continua na próxima página

534 Série 615


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Número de Op de alarme 0...9999 1 200 Limite de alarme para os números de
operação
Número de Op de 0...9999 1 300 Limite de lockout para os números de
bloqueio operação
Ajuste de expoente de 0.00...2.00 0,01 2,00 Ajuste de exponente de corrente para
corrente cálculo de energia
Diferença Cor de tempo -10...10 ms 1 5 Fator corr. para dif de tempo nos
contatos auxiliares e principal em tempo
aberto
Alm Acc currents Pwr 0.00...20000.00 0,01 2500.00 Ajuste de nível de alarme para energia
de corrente acumulada
Correntes LO Acc Pwr 0.00...20000.00 0,01 2500.00 Ajuste-limite de lockout para energia de
corrente acumulada
Ini Acc currents Pwr 0.00...20000.00 0,01 0.00 Valor inicial para energia de acúmulo (Iyt)
Coef direcional -3.00...-0.50 0,01 -1.50 Coeficiente direcional para cálculo de
vida CB
Inital CB Rmn life 0...9999 1 5000 Valor inicial para vida restante do CB
Corrente nominal do 100.00...5000.00 A 0,01 1000.00 Corrente de operação avaliada do
cabo disjuntor
corrente de falha 500.00...75000.00 A 0,01 5000.00 Corrente de operação avaliada do
utilizada disjuntor
Número avaliado de 1...99999 1 10000 Número de operações possíveis na
operação corrente avaliada
Falha de número de 1...10000 1 1000 Número de operações possíveis na falha
operação de corrente avaliada
Nível de alarme de vida 0...99999 1 500 Nível de alarme para a vida restante de
CB
Tempo de alarme de 0...60000 ms 1 10 Atraso para o alarme da pressão de gás
pressão em ms
Tempo de bloqueio de 0...60000 ms 10 10 Atraso para o lockout da pressão de gás
pres em ms
Inactive Alm days 0...9999 1 2000 Valor-limite do alarme para contador de
dias inativos
Ini dias inativos 0...9999 1 0 Valor inicial do contador de dias inativos
horas Alm inativas 0...23 h 1 0 Tempo de alarme do contador de dias
inativos em horas

Série 615 535


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Seção 7 1MRS757783 A
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7.1.8 Dados monitorados


Tabela 418: Dados monitorados SSCBR
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
T_TRV_OP FLOAT32 0...60000 ms Quantidade de viagens
do CB durante para a
operação de abertura
T_TRV_CL FLOAT32 0...60000 ms Tempo de viagem do CB
durante a operação de
fechamento
T_SPR_CHR FLOAT32 0.00...99.99 s O tempo de cobrança da
mola CB
NO_OPR INT32 0...99999 Número do ciclo de
operação CB
INA_DAYS INT32 0...9999 Quantidade de dias que
o CB está inativo
CB_LIFE_A INT32 -9999...9999 Vida restante de CB fase
A
CB_LIFE_B INT32 -9999...9999 Vida restante de CB fase
B
CB_LIFE_C INT32 -9999...9999 Vida restante de CB fase
C
IPOW_A FLOAT32 0.000...30000.00 Energia das correntes
0 acumuladas (Iyt), fase A
IPOW_B FLOAT32 0.000...30000.00 Energia das correntes
0 acumuladas (Iyt), fase B
IPOW_C FLOAT32 0.000...30000.00 Energia das correntes
0 acumuladas (Iyt), fase C
SSCBR Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

7.1.9 Dados técnicos

Tabela 419: SSCBRDados técnicos


Característica Valor
Precisão da medição de corrente ±1,5% ou ±0,002 x In
(nas correntes na faixa de 0,1…10 x In)
±5.0%
(nas correntes na faixa de 10…40 x In)

Precisão do tempo de operação ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms


Medição do tempo de viagem +10 ms / -0 ms

536 Série 615


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1MRS757783 A Seção 7
Funções de monitoramento de condição

7.1.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 420: Histórico de revisão técnica SSCBR
Revisão técnica Alteração
B Adicionado a possibilidade de resetar o tempo
de carga da mola e tempos de percurso
C Removidas as saídas DIFTRVTOPALM e
DIFTRVTCLALM e os correspondentes Abrir Dif
do tempo do alarme e Fechar Dif do tempo do
alarme Parametrização
D A entrada Ciclo de operação parametrização
renomeado para A vida inicial de CB Rmn. O
IPOW_A (_B, _C) mudou.

Série 615 537


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Funções de medição

Seção 8 Funções de medição

8.1 Medições básicas

8.1.1 Funções
A função de medição de corrente trifásica CMMXU é usada para monitorar e
medir as correntes de fase do sistema de energia.

A função de medição de tensão trifásica VMMXU é usada para monitorar e medir


as tensões fase-a-fase do sistema de energia. As tensões fase-a-terra também estão
disponiveis no VMMXU.

A função de medição de corrente residual RESCMMXU é usada para monitorar e


medir a corrente residual do sistema de energia.

A função de medição de tensão residual RESVMMXU é usada para monitorar e


medir a tensão residual do sistema de energia.

A medição de corrente de sequência, CSMSQI, é usada para monitorar as correntes


de sequência de fase.

A medição de tensão de sequência, VSMSQI, é usada para monitorar as tensões de


sequência de fase.

A medição de frequência, FMMXU, é usada para monitorar e medir a frequência


do sistema de energia.

A medição trifásica de energia PEMMXU é usada para monitorar e medir a energia


ativa P, energia reativa Q, energia aparente S, fator de energia PF e para calcular a
energia acumulada separadamente como ativa direta, ativa reversa, reativa direta e
reativa reversa. PEMMXU calcula essas quantidades com fasors de frequência
fundamentais, isto é, os valores DFT dos sinais de corrente de fase e tensão de fase
medidos.

As informações da quantidade medida estão disponíveis para o operador


localmente no LHMI e remotamente para um centro de controle de rede com
comunicação.

Se os dados medidos estiverem entre parênteses, há problemas para


expressar os dados.

Série 615 539


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Funções de medição

8.1.2 Funcionalidade de medição


As funções podem ser habilitadas e desabilitadas com o Operação da Operação. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

Modo de medição de função opera em duas alternativas de modo de medida:


"DFT" e "RMS". O modo de medição é selecionado com a configuração dos X
Modo de medição . Dependendo da função de medição, se o modo de medição não
pode ser selecionado, é usado o modo "DRT".

Cálculo de demanda
O valor de demanda para é calculado separadamente para cada fase. A função de
procura é implementada por meio de uma função que calcula a média linear do
sinal de medida durante um tempo ajustável. Uma nova função de demanda é
obtida uma vez por minuto, indicando a demanda do sinal análogo sobre a
demanda de intervalo de tempo precedendo o tempo atualizado. Os valores de
rolamento atuais são armazenados na memória até serem atualizados no fim do
próximo intervalo de tempo. A troca do intervalo de demanda sem a perda dos
dados é feita ao armazenar os valores da demanda na memória até o intervalo de
demanda mais longo estiver disponível. Os valores de demanda máxima para cada
fase são gravados com time stamps. Os valores gravados são reiniciados com um
comando.

O cálculo do valor de demanda está disponível apenas na função de medição da


corrente trifásica, CMMXU.

Relato de valores
As funções de medição são capazes de reportar novos valores para o centro de
controle da rede (SCADA system) baseadas nas seguintes funções:
• Fixação do ponto zero
• Supervisão de banda morta
• Supervisão do valor limite

Na função de medição da tensão trifásica, VMMXU, as funções de


supervisão são baseadas nas tensões fase a fase. Entretanto, os
valores de tensão de fase-terra também são retados junto com as
tensões fase a fase.

Fixação do ponto zero


Um valor medido abaixo do limite da fixação do ponto zero é forçado pra zero. Isto
permite que o ruído no sinal de entrada seja ignorado. A função de fixação ativa
força o valor de medida atual e o valor do ângulo do sinal medido para zero. Nas
funções trifásica ou sequência de medição, cada compontente de fase ou sequência
tem uma função de fixação do ponto zero separada. A detecção do valor zero opera

540 Série 615


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quando o valor medido excede ou cai abaixo do valor de fixação-zero limite, novos
valores são relatados.

Tabela 421: Fixação do ponto zero


Função Fixação-zero limite
Medição da corrente trifásica (CMMXU) 1%of nominal (In)
Medição da corernte trifásica (VMMXU) 1% do nominal (Un)
Medição da tensão residual (RESCMMXU) 1% do nominal (In)
Medição de tensão residual 1% do nominal (Un)
Medição da corrente de sequência (CSMSQI) 1% do nominal (In)
Mediação da corrente de sequência (VSMSQI) 1% do nominal (Un)
Medição de força e energia trifásica (PEMMXU) 1.5% do the nominal (Sn)

Quando a função de medição da frequência, FMMXU, é incapaz de


medir a frequência da rede em situação de subtensão, os valores
medidos acertados para o nominal e também a qualidade da
informação do dado é acertado de acordo. O limite da subvoltagem
é fixado para 10 porcento do nominal para a medição de frequência.

Supervisão do valor limite


A função de supervisão indica se o valor medido de X_INST excede ou cai abaixo
dos limites estabelecidos. O valor medido tem a série de informações
correspondentes X_RANGEe tem um valor na série de 0 a 4:

• 0: "normal"
• 1: "alto"
• 2: "baixo"
• 3: "alto-alto"
• 4: "baixo-baixo"

As mudanças na faixa de informação e os novos valores são informados.

Série 615 541


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Funções de medição

GUID-AAAA7367-377C-4743-A2D0-8DD4941C585D V1 PT

Figura 273: Apresentação dos limites operantes

A série de informações também pode ser decodificada em um sinal de saída


booleano em algumas das funções de medidas e o número de fase requeridas
exceder ou não o limite antes de ativar as saídas e pode ser estabelecido com
oNúmero de fases estabelecendo as funções de medição trifásica, CMMXU e
VMMXU. O alarme booleno de limite de supervisão e o aviso de saída podem ser
bloquados. Os ajustamentos envolvidos no limite de supervisão são:

Tabela 422: Configurações para supervisão de valor limite


Função Configurações para supervisão de valor limite
Medição da corrente trifásica (CMMXU) Limite alto Um limite alto
Limite baixo Um limite baixo
Limite alto-alto Um limite alto alto
Limite baixo-baixo Um limite baixo baixo
Medição da corernte trifásica (VMMXU) Limite alto V limite alto alto
Limite baixo V limite baixo
Limite alto-alto Val limite alto alto
Limite baixo-baixo V limite baixo
Medição da tensão residual Limite alto V Limite alto res
(RESCMMXU)
Limite baixo -
Limite alto-alto V Limite alto res
Limite baixo-baixo -
Medição de frequência FMMXU Limite alto Alto limite F
Limite baixo Limite baixo F
Limite alto-alto Limite alto alto F
Limite baixo-baixo Limite baixo baixo F
Tabela continua na próxima página

542 Série 615


Manual Técnico
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Funções de medição

Função Configurações para supervisão de valor limite


Medição de tensão residual Limite alto V alto limite res
Limite baixo -
Limite alto-alto V Limite alto res
Limite baixo-baixo -
Medição da corrente de sequência Limite alto Alto limite Ps Seq A, Alto
(CSMSQI) limite Ng Seq A, Alto limite
Zro A
Limite baixo Baixo limite Ps Seq A,
BAixo limite Ng Seq A,
Baixo limite Zro A
Limite alto-alto Alto limite Ps Seq A, Alto
limite Ng Seq A, Alto limite
Zro A Hi
Limite baixo-baixo Baixo-baixo limite Ps Seq
A, Ng Seq A limite baixo-
-baixo, Baixo limite Zro A
Mediação da corrente de sequência Limite alto Alto limite Ps Seq V, Alto
(VSMSQI) limite Ng Seq V, Alto limite
Zro V
Limite baixo Baixo limite Ps Seq V, Ng
Seq V limite baixo, Baixo
limite Zro V
Limite alto-alto Alto limite Ps Seq V, Ng
Seq V limite alto, Alto limite
Zro V Hi
Limite baixo-baixo Baixo-baixo limite Ps Seq
V, Ng Seq V limite baixo-
-baixo,
Medição da energia e da fase trifásica Limite alto -
(PEMMXU)
Limite baixo -
Limite alto-alto -
Limite baixo-baixo -

Supervisão de banda morta


A função de supervisão de banda morta reporta o valor mensurado de acordo com
alterações integradas ao longo de um período de tempo.

Série 615 543


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Seção 8 1MRS757783 A
Funções de medição

GUID-63CA9A0F-24D8-4BA8-A667-88632DF53284 V1 PT

Figura 274: Supervisão de banda morta integrada

O valor de banda morta usado no cálculo integral é configurado com o X banda


morta . O valor representa o percentual da diferença entre os limites máximo e
mínimo nas unidades de 0,001 porcento * segundos.

O atraso no relatório dos algoritmos integrados em segundos é calculado com a


fórmula:
(max − min) × deadband / 1000
t (s) =
∆Y × 100%
GUID-5381484E-E205-4548-A846-D3519578384B V1 PT (Equação 67)

Exemplo para CMMXU:

Uma banda morta = 2500 (2.5% do total variação medição de 40)

I_INST_A = I_DB_A = 0.30

If I_INST_Amuda para 0.40, para gerar relatótio de atraso é:

(40 − 0) × 2500 / 1000


t (s) = = 10 s
0.40 − 0.30 × 100%
GUID-D1C387B1-4F2E-4A28-AFEA-431687DDF9FE V1 PT

Tabela 423: Parâmtros para cálculo da banda morta


Função Configurações Máximo/mínimo(=faixa)
Medição da corrente trifásica Uma banda morta 40 / 0 (=40xIn)
(CMMXU)
Medição da corernte trifásica V banda morta 4 / 0 (=4xUn)
(VMMXU)
Medição da tensão residual A deadband res 40 / 0 (=40xIn)
(RESCMMXU)
Medição de tensão residual V banda morta res 4 / 0 (=4xUn)
Medição de frequência FMMXU Banda morta F 75 / 35 (=40Hz)
Tabela continua na próxima página

544 Série 615


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Funções de medição

Função Configurações Máximo/mínimo(=faixa)


Medição da corrente de Ps Seq A deadband, Ng Seq A 40 / 0 (=40xIn)
sequência (CSMSQI) deadband, Banda morta Zro A
Mediação da corrente de Ps Seq V deadband, Ng Seq V 4/0 (=4xUn)
sequência (VSMSQI) deadband, Banda morta Zro V
Medição da energia e da fase -
trifásica (PEMMXU)

Na energia trifásica e na função de medição de energia ,


PEMMXU, a supervisão da banda morta é feita separadamente por
energia aparente S, com o valor inicial de fixos 10 porcento do Sn e
fator de energia PF, com os valores iniciais fixados em 0.10 . Toda
medição de energia relacionada aos valores P, Q, S e PF são
relatadas simultaneamente quando algum dos valores de S ou PF
excede o limite inicial.

Cálculo de potência e de energia.


A potência trifásica é calculada das tensões fase-terra e das correntes fase-terra. A
função de medição de energia é capaz de calcular energias complexas baseada na
frequência fundamenta componente dos fasores (DFT).
* * *
S = (U A ⋅ I A + UB ⋅ I B + UC ⋅ IC)
GUID-8BF2FBFE-B33B-4B49-86AA-C1B326BBBAC1 V1 PT (Equação 68)

Quando a energia aparente complexa é calculada, P, Q, S e PF são calculados com


as equações:

P = Re( S )
GUID-92B45FA5-0B6B-47DC-9ADB-69E7EB30D53A V3 PT (Equação 69)

Q = Im( S )
GUID-CA5C1D5D-3AD9-468C-86A1-835525F8BE27 V2 PT (Equação 70)

S = S = P2 + Q2
GUID-B3999831-E376-4DAF-BF36-BA6F761230A9 V2 PT (Equação 71)

P
Cosϕ =
S
GUID-D729F661-94F9-48B1-8FA0-06E84A6F014C V2 PT (Equação 72)

Dependendo da unidade multiplicadora escolhida com Unidade de energia Mult, os


valores de energia calculados sãp apresentados em unidades de kVA/kW/kVAr ou
em unidades de MVA/MW/MVAr.

Série 615 545


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Seção 8 1MRS757783 A
Funções de medição

GUID-9947B4F2-CD26-4F85-BF57-EAF1593AAE1B V1 PT

Figura 275: Energia complexa e energias quadrantes

Tabela 424: Energias quadrantes


Quadrante Corrente P Q PF Força
Q1 Atraso + + 0…+1.00 +ind
Q2 atraso - + 0…-1.00 -cap
Q3 Principal - - 0…-1.00 -ind
Q4 Principal + - 0…+1.00 +cap

A direção da energia ativa P pode ser selecionada entre direta e reversa com
Energia ativa Dir e a direção da energia reativa Q pode ser escolhida com Energia
reativa Dir. Isto tambpem afeta as direções de energia acumuladas.

A enrgia acumulada é calculada separadamente como ativa direta (EA_FWD_ACM),


ativa reversa (EA_RV_ACM), reatica direta (ER_FWD_ACM) e reversa reativa
(ER_RV_ACM). Dependendo da unidade multiplicadora escolhida com Unidade de
energia Mult, os valores de energia calculados são apresentados em unidades de kVA/
kW/kVAr ou em unidades de MVA/MW/MVAr.

Quando o contador de energia alcança o valor máximo definido, o contador é


reiniciado do zero. Mudando o valor da Unidade de energia Mult ajustes iniciais
dos valores energia acumulada para os valores iniciais, sãoEA_FWD_ACM para
Forward Wh Initial (Avançar Wh inicial ), EA_RV_ACM para Reverse Wh Initial
(Reverter Wh inicial), ER_FWD_ACM para Inicial WArh Direta e ER_RV_ACM
para Inicial VArh inversa. Também é possível reiniciar oacumulo de energia para
os valores iniciais através do parâmetro ou com a RSTACM entrada.

546 Série 615


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Funções de medição

Componentes sequenciais
Os componentes de corrente de sequência de fase são calculados a partir das
correntes de fase. Para mais informações sobre os cálculos dos componentes de fase-
-sequência, consulte Bloco de funçoes características gerais neste manual.

8.1.3 Aplicações das funções de medição


As funções de medição são usadas para medir e supervisionar o sistema de energia,
relatando ao LHMI, uma ferramenta de monitoramento dentro de PCM600, ou o
nível de estação, por exemplo, com o IEC 61850. A possibilidade de monitorar
continuamente os valores medidos de energia ativa, energia reativa, correntes,
tensões, fatores de energia, e assim por diante, é vital para a eficiente produção,
transmissão e distribuição de energia elétrica. Fornece uma visão geral rápida e
fácil do estado atual do sistema de energia ao operador do sistema.
Adicionalmente, pode ser usado durante os testes e comissionamento de IEDs de
proteção e controle para verificar a operação e conexão correta de transformadores
de instrumentos, isto é, os transformadores de correntes (CTs) e transformadores de
tensão (VTs). A operação correta da cadeia de medição análoga de IED pode ser
verificada durante a manutenção normal por uma comparação periódica do valor
medido do IED a outros medidores independentes.

Quando o sinal zero é medido, o ruido no sinal de entrada ainda assim produz
pequenos valores de medição. A função de fixação do ponto zero pode ser usada
para ignorar o ruido no sinal de entrada, e assim, evitar que o ruido seja mostrado
na tela do usuário. A fixação zero é feita para os sinais análogos medidos e valores
de ângulo.

Os valores de demanda são usados para negligenciar mudanças repentinas nos


sinais análogos medidos quando monitorando valores de longo tempo para sinais
de entrada. Os valores de demanda são valores médios lineares do sinal medido
sobre um intervalo de demanda configurável. Os valores de demanda são
calculados para os sinais de corrente trifásicos análogos medidos.

A supervisão limite é acionado se o sinal medido superar ou estiver abaixo dos


limites configurados. Dependendo do tipo de sinal medido, até dois limites altos e
dois limites baixo podem ser configurados para a supervisão de limite.

A supervisão de zona morta relata um novo valor de medição se o sinal de entrada


saiu do estado da zona morta. A supervisão de zona morta pode ser usada para
relatar valor entre o ponto medido e o controle de operação. Quando a supervisão
de zona morta é corretamente configurada, ela ajuda a manter a carga de
comunicação a um mínimo e mesmo assim, os valores medidos são relatados com
frequência suficiente.

Série 615 547


Manual Técnico
Seção 8 1MRS757783 A
Funções de medição

8.1.4 Medição de corrente trifásica CMMXU

8.1.4.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição de corrente trifásica CMMXU 3I 3I

8.1.4.2 Bloco de funções

A070777 V2 PT

Figura 276: Bloco de funções

8.1.4.3 Sinais
Tabela 425: Sinais de Entrada CPHMMXU
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para todas as saídas binárias

Tabela 426: Sinais de Saída CMMXU


Nome Tipo Descrição
ALTO_ALARME BOOLEAN Alto alarme
HIGH_WARN BOOLEAN Alta advertência
LOW_WARN BOOLEAN Baixa advertência
BAIXO_ALARME BOOLEAN Baixo alarme

548 Série 615


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Funções de medição

8.1.4.4 Configurações
Tabela 427: Não ajuste de grupo CMMXU
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
Número de fases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidos pela
2=2 de 3 supervisão limitada
3=3 de 3
Intervalo de demanda 0=1 minuto 0=1 minuto Tempo de intervalo para cálculo da
1=5 minutos demanda
2=10 minutos
3=15 minutos
4=30 minutos
5=60 minutos
6=180 minutos
Um limite alto alto 0.00...40.00 xIn 1.40 Alto Limite de corrente alarme
Um limite alto 0.00...40.00 xIn 1.20 Alto limite da corrente de advertência
Um limite baixo 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite de corrente de advertência
Um limite baixo baixo 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite da corrente de alarme
Uma banda morta 100...100000 2.500 Valor da configuração da banda morta
para cálculo integral (porcentual da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)

8.1.4.5 Dados monitorados


Tabela 428: Dados monitorados CMMXU
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
IL1-A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
medida na fase A
IL2-A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
medida na fase B
IL3-A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
medida na fase C
Demanda máxima FLOAT32 0.00...40.00 xIn Demanda máxima para
IL1 a fase A
Demanda máxima FLOAT32 0.00...40.00 xIn Demanda máxima para
IL2 a fase B
Demanda máxima FLOAT32 0.00...40.00 xIn Demanda máxima para
IL3 a fase C
Tempo de demanda Carimbo de Tempo de demanda
máxima IL1 tempo máxima para a fase A
Tempo de demanda Marca Tempo de demanda
máxima IL2 temporal máxima para a fase B
Tempo de demanda Marca Tempo de demanda
máxima IL3 temporal máxima para a fase C
Tabela continua na próxima página

Série 615 549


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Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


I_INST_A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude IL1,
magnitude do valor
instantâneo
I_DB_A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude IL1,
magnitude do valor
relatado
I_DMD_A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Valor de demanda da
corrente IL1
I_RANGE_A Enum 0=normal Faixa de amplitude IL1
1=alto
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo
I_INST_B FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude IL2,
magnitude do valor
instantâneo
I_DB_B FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude IL2,
magnitude do valor
relatado
I_DMD_B FLOAT32 0.00...40.00 xIn Valor de demanda da
corrente IL2
I_RANGE_B Enum 0=normal Faixa de amplitude IL2
1=alto
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo
I_INST_C FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude IL3,
magnitude do valor
instantâneo
I_DB_C FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude IL3,
magnitude do valor
relatado
I_DMD_C FLOAT32 0.00...40.00 xIn Valor de demanda da
corrente IL3
I_RANGE_C Enum 0=normal Faixa de amplitude IL3
1=alto
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo

8.1.4.6 Dados técnicos

Tabela 429: CMMXU Dados técnicos


Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

±0,5% ou ±0,002 x In
(nas correntes na faixa de 0,01...4,00 x In)

Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…


RMS: Sem supressão

550 Série 615


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8.1.4.7 Histórico de revisão técnica


Tabela 430: Histórico de revisão técnica de CMMXU
Revisão técnica Alteração
B Alterações do menu

8.1.5 Medição de tensão trifásica VMMXU

8.1.5.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição de tensão trifásica VMMXU 3U 3U

8.1.5.2 Bloqueio de funções

GUID-5B741292-7FA6-4DEA-8D16-B530FD16A0FE V1 PT

Figura 277: Bloco de funções

8.1.5.3 Sinais
Tabela 431: Sinais de Entrada VMMXU
Nome Tipo Padrão Descrição
U_A_AB SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento A ou tensão
fase a fase AB
U_B_BC SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento B ou tensão
fase a fase BC
U_C_CA SIGNAL 0 Fase para a tensão de aterramento C ou tensão
fase a fase CA
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para todas as saídas binárias

Tabela 432: Sinais de saída VMMXU


Nome Tipo Descrição
ALTO_ALARME BOOLEAN Alto alarme
HIGH_WARN BOOLEAN Alta advertência
LOW_WARN BOOLEAN Baixa advertência
BAIXO_ALARME BOOLEAN Baixo alarme

Série 615 551


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8.1.5.4 Configurações
Tabela 433: Nenhum grupo de ajuste VMMXU
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
Número de fases 1=1 de 3 1=1 de 3 Número de fases exigidos pela
2=2 de 3 supervisão limitada
3=3 de 3
Val limite alto alto 0.00...4.00 xUn 1.40 Limite de alarme de alta tensão
V limite alto alto 0.00...4.00 xUn 1.20 Limite alto de tensão de advertência
V limite baixo 0.00...4.00 xUn 0.00 Limite alto de tensão de advertência
V limite baixo 0.00...4.00 xUn 0.00 Baixo limite de alarme de alta tensão
V banda morta 100...100000 10000 Valor de configuração de banda morta
para cálculo integral (porcentagem da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)

8.1.5.5 Dados monitorados


Tabela 434: Dados monitorados VMMXU
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
U12-kV FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão
fase a fase medida de
fase AB
U23-kV FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão
fase a fase medida de
fase BC
U31-kV FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão
fase a fase medida de
fase CA
U_INST_AB FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude U12,
magnitude do valor
instantâneo
U_DB_AB FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude U12,
magnitude do valor
relatado
U_RANGE_AB Enum 0=normal Faixa de amplitude U12
1=alto
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo
U_INST_BC FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude U23,
magnitude do valor
instantâneo
U_DB_BC FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude U23,
magnitude do valor
relatado
Tabela continua na próxima página

552 Série 615


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Funções de medição

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


U_RANGE_BC Enum 0=normal Faixa de amplitude U23
1=alto
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo
U_INST_CA FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude U31,
magnitude do valor
instantâneo
U_DB_CA FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude U31,
magnitude do valor
reportado
U_RANGE_CA Enum 0=normal Faixa de amplitude U31
1=alto
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo
U_INST_A FLOAT32 0.00...5.00 xUn Amplitude UL1,
magnitude do valor
instantâneo
U_INST_B FLOAT32 0.00...5.00 xUn Amplitude UL2,
magnitude do valor
instantâneo
U_INST_C FLOAT32 0.00...5.00 xUn Amplitude UL3,
magnitude do valor
instantâneo

8.1.5.6 Dados técnicos


Tabela 435: CMMXU Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
Em tensões na faixa de 0,01…1,15 x Un

±1.0% ou ±0.002 x Un

Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…


RMS: Sem supressão

8.1.6 Medição da corrente residual RESCMMXU

8.1.6.1 Identificação

Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do


61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição da corrente residual RESCMMXU Io Io

Série 615 553


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Funções de medição

8.1.6.2 Bloco de funções

A070778 V2 PT

Figura 278: Bloco de funções

8.1.6.3 Sinais
Tabela 436: Sinais de Entrada RESCMMXU
Nome Tipo Padrão Descrição de modo
Io SIGNAL 0 Corrente residual
Bloqueio BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para todas as saídas binárias

Tabela 437: Sinais de saída RESCMMXU


Nome Tipo Descrição
ALTO_ALARME BOOLEAN Alto alarme
HIGH_WARN BOOLEAN Alta advertência

8.1.6.4 Configurações
Tabela 438: nenhum ajuste de grupo RESCMMXU
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
V Limite alto res 0.00...40.00 xIn 0.20 Alto Limite de corrente alarme
V Limite alto res 0.00...40.00 xIn 0,05 Alto limite da corrente de advertência
V banda morta res 100...100000 2.500 Valor da configuração da banda morta
para cálculo integral (porcentual da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)

554 Série 615


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1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

8.1.6.5 Dados monitorados


Tabela 439: Dados monitorados RESCMMXU
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Io-A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Corrente residual medida
I_INST_RES FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
residual, magnitude do
valor instantâneo
I_DB_RES FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
residual, magnitude do
valor relatado
I_RANGE_RES Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto corrente residual
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo

8.1.6.6 Dados técnicos


Tabela 440: RESCMMXU Dados ténicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida: f/
fn = ±2 Hz

±0,5% ou ±0,002 x In
nas correntes na faixa de 0,01...4,00 x In

Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…


RMS: Sem supressão

8.1.6.7 Histórico de revisão técnica


Tabela 441: Histórico de revisão técnica de RESCMMXU
Revisão técnica Alteração
B -

8.1.7 Medição da tensão residual RESVMMXU

8.1.7.1 Identificação

Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do


61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição de tensão residual RESVMMXU Uo U0

Série 615 555


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Funções de medição

8.1.7.2 Bloco de funções

A070779 V2 PT

Figura 279: Bloco de funções

8.1.7.3 Sinais
Tabela 442: Sinais de Entrada RESVMMXU
Nome Tipo Padrão Descrição
Uo SIGNAL 0 Tensão residual
BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal de bloqueio para todas as saídas binárias

Tabela 443: Sinais de saída RESVMMXU


Nome Tipo Descrição
ALTO_ALARME BOOLEAN Alto alarme
HIGH_WARN BOOLEAN Alta advertência

8.1.7.4 Configurações
Tabela 444: Nenhum ajuste de grupo RESVMMXU
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo de medição 1=RMS 2=DFT Seleciona modo de medição utilizada
2=DFT
V Limite alto res 0.00...4.00 xUn 0.20 Limite de alarme de alta tensão
V alto limite res 0.00...4.00 xUn 0,05 Limite alto de tensão de advertência
V banda morta res 100...100000 10000 Valor de configuração de banda morta
para cálculo integral (porcentagem da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)

556 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

8.1.7.5 Dados monitorados


Tabela 445: Dados monitorados RESVMMXU
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Uo-kV FLOAT32 0.00...4.00 xUn Tensão residual medida
U_INST_RES FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão
residual, magnitude de
valores instantâneos
U_DB_RES FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão
residual, magnitude do
valor relatado
U_RANGE_RES Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto tensão residual
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo

8.1.7.6 Dados técnicos


Tabela 446: Dados técnicos RESVMMXU
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida: f/
fn = ±2 Hz

±0,5% ou ±0,002 x Un

Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…


RMS: Nenhuma supressão

Histórico de revisão técnica


Tabela 447: Histórico de revisão técnica de RESVMMXU
Revisão técnica Alteração
B -

8.1.7.7 Histórico de revisão técnica


Tabela 448: Histórico de revisão técnica de RESVMMXU
Revisão técnica Alteração
B -

Série 615 557


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Funções de medição

8.1.8 Medição de frequência FMMXU

8.1.8.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição de frequência FMMXU1 F F

8.1.8.2 Bloco de funções

FMMXU-FUNCTION-BLOCK-SYMBOL V1 PT

Figura 280: Bloco de funções

8.1.8.3 Sinais
Tabela 449: Sinais de entrada FMMXU
Nome Tipo Padrão Descrição
F SIGNAL — Frequência medida de sistema

8.1.8.4 Configurações
Tabela 450: Ajuste de grupo não-FMMXU
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Limite alto alto F 35.00...75.00 Hz 60.00 Alto limite de frequência de alarme
Alto limite F 35.00...75.00 Hz 55.00 Alto limite de frequência de advertência
Limite baixo F 35.00...75.00 Hz 45.00 Baixo limite de frequência de advertência
Limite baixo baixo F 35.00...75.00 Hz 40.00 Alto limite de frequência de alarme
Banda morta F 100...100000 1000 Valor da configuração da banda morta
para cálculo integral (porcentual da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)

558 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

8.1.8.5 Dados monitorados


Tabela 451: Dado monitorado FMMXU
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
f-Hz FLOAT32 35.00...75.00 Hz Frequência medida
F_INST FLOAT32 35.00...75.00 Hz Frequência, valor
instantâneo
F_DB FLOAT32 35.00...75.00 Hz Frequência, valor
relatado
F_RANGE Enum 0=normal Variação de frequência
1=alto medida
2=baixo
3=alto-alto
4=baixo-baixo

8.1.8.6 Dados técnicos


Tabela 452: FMMXU Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação ±10 mHz
(na faixa de medição 35 - 75 Hz)

8.1.9 Medição da sequência de corrente CSMSQI

8.1.9.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição da sequência de corrente CSMSQI I1, I2, I0 I1, I2, I0

8.1.9.2 Bloco de funções

A070784 V2 PT

Figura 281: Bloco de funções

Série 615 559


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Seção 8 1MRS757783 A
Funções de medição

8.1.9.3 Sinais
Tabela 453: Sinais de Entrada CSMSQI
Nome Tipo Padrão Descrição
I0 SIGNAL 0 Corrente de sequência zero

I1 SIGNAL 0 Corrente de sequência positiva

I2 SIGNAL 0 Corrente de sequência negativa

8.1.9.4 Configurações
Tabela 454: Nenhum grupo de ajuste CSMSQI
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Alto limite Ps Seq A 0.00...40.00 xIn 1.40 Alto limite de corrente de alarme para
corrente de sequência positiva
Alto limite Ps Seq A 0.00...40.00 xIn 1.20 Alto limite de corrente de advertência
para corrente de sequência positiva
Baixo limite Ps Seq A 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite de corrente de advertência
para corrente de sequência positiva
Baixo-baixo limite Ps 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite de corrente de alarme para
Seq A corrente de sequência positiva
Banda morta Ps Seq A 100...100000 2.500 Valor da configuração da banda morta
para corrente de sequência positiva para
o cálculo integral (porcentual da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)
Alto limite Ng Seq A 0.00...40.00 xIn 0.20 Alto limite de corrente de alarme para
corrente de sequência negativa
Alto limite Ng Seq A 0.00...40.00 xIn 0,05 Alto limite de corrente de advertência
para corrente de sequência negativa
BAixo limite Ng Seq A 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite de corrente de advertência
para corrente de sequência negativa
Baixo limite Ng Seq A 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite de corrente de alarme para
corrente de sequência negativa
Banda morta Ng Seq A 100...100000 2.500 Valor da configuração da banda morta
para corrente de sequência negativa
para o cálculo integral (porcentual da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)
Alto limite Zro A Hi 0.00...40.00 xIn 0.20 Alto limite de corrente de alarme para
corrente de sequência zero
Alto limite Zro A 0.00...40.00 xIn 0,05 Alto limite de corrente de advertência
para corrente de sequência zero
Tabela continua na próxima página

560 Série 615


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Funções de medição

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Baixo limite Zro A 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite de corrente de advertência
para corrente de sequência zero
Baixo limite Zro A 0.00...40.00 xIn 0.00 Baixo limite de corrente de alarme para
corrente de sequência zero
Banda morta Zro A 100...100000 2.500 Valor da configuração da banda morta
para corrente de sequência zero para o
cálculo integral (porcentual da diferença
entre o mínimo e o máximo conforme
0,001 % s)

8.1.9.5 Dados monitorados


Tabela 455: Dados monitorados CSMSQI
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Ng-Seq-A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Corrente de sequência
negativa medida
Ps-Seq-A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Corrente de sequência
positiva medida
Zro-Seq-A FLOAT32 0.00...40.00 xIn Corrente de sequência
zero medida
I2_INST FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
de sequência negativa,
valor instantâneo
I2_DB FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
de sequência negativa,
valor relatado
I2_RANGE Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto corrente de sequência
2=baixo negativa
3=alto-alto
4=baixo-baixo
I1_INST FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
de sequência positivo,
valor instantâneo
I1_DB FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
de sequência positiva,
valor relatado
I1_FAIXA Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto corrente de sequência
2=baixo positiva
3=alto-alto
4=baixo-baixo
I0_INST FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
de sequência zero, valor
instantâneo
I0_DB FLOAT32 0.00...40.00 xIn Amplitude de corrente
de sequência zero, valor
relatado
I0_RANGE Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto corrente de sequência
2=baixo zero
3=alto-alto
4=baixo-baixo

Série 615 561


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Seção 8 1MRS757783 A
Funções de medição

8.1.9.6 Dados técnicos


Tabela 456: CSMSQI Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da corrente medida: f/
fn = ±2 Hz

±1,0% ou ±0,002 x In
nas correntes na faixa de 0,01...4,00 x In

Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

8.1.10 Medição de sequência de tensão VSMSQI

8.1.10.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição da tensão de sequência VSMSQI U1, U2, U0 U1, U2, U0

8.1.10.2 Bloqueio de funções

GUID-63393283-E2C1-406A-9E70-847662D83CFC V2 PT

Figura 282: Bloco de funções

8.1.10.3 Sinais

Tabela 457: Sinais de entrada VSMQUI


Nome Tipo Padrão Descrição
U0 SIGNAL 0 Tensão de sequência zero

U1 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase positiva

U2 SIGNAL 0 Voltagem de sequência de fase negativa

562 Série 615


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Funções de medição

8.1.10.4 Configurações
Tabela 458: Ajustes de grupo não-VSMSQI
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Alto limite Ps Seq V 0.00...4.00 xUn 1.40 Limite alto de tensão de alarme para
tensão de sequência positiva
Alto limite Ps Seq V 0.00...4.00 xUn 1.20 Limite alto de tensão de advertência
para tensão de sequência positiva
Baixo limite Ps Seq V 0.00...4.00 xUn 0.00 Limite baixo de tensão de advertência
para tensão de sequência positiva
Baixo-baixo limite Ps 0.00...4.00 xUn 0.00 Limite baixo de tensão de alarme para
Seq V tensão de sequência positiva
Banda morta Ps Seq V 100...100000 10000 Valor da configuração da banda morta
para tensão de sequência positiva para
o cálculo integral (porcentual da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)
Alto limite Ng Seq V 0.00...4.00 xUn 0.20 Limite alto de tensão de alarme para
tensão de sequência negativa
Alto limite Ng Seq V 0.00...4.00 xUn 0,05 Limite alto de tensão de advertência
para tensão de sequência negativa
Baixo limite Ng Seq V 0.00...4.00 xUn 0.00 Limite baixo de tensão de advertência
para tensão de sequência negativa
Baixo-baixo limite Ng 0.00...4.00 xUn 0.00 Limite baixo de tensão de alarme para
Seq V tensão de sequência negativa
Banda morta Ng Seq V 100...100000 10000 Valor da configuração da banda morta
para tensão de sequência negativa para
o cálculo integral (porcentual da
diferença entre o mínimo e o máximo
conforme 0,001 % s)
Alto limite Zro V Hi 0.00...4.00 xUn 0.20 Limite alto de tensão de alarme para
tensão de sequência zero
Alto limite Zro V 0.00...4.00 xUn 0,05 Limite alto de tensão de advertência
para tensão de sequência zero
Baixo limite Zro V 0.00...4.00 xUn 0.00 Limite baixo de tensão de advertência
para tensão de sequência zero
Baixo-baixo limite Zro V 0.00...4.00 xUn 0.00 Limite baixo de tensão de alarme para
tensão de sequência zero
Banda morta Zro V 100...100000 10000 Valor da configuração da banda morta
para tensão de sequência zero para o
cálculo integral (porcentual da diferença
entre o mínimo e o máximo conforme
0,001 % s)

Série 615 563


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Funções de medição

8.1.10.5 Dados monitorados


Tabela 459: Dados monitorados VSMSQI
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
Ng-Seq-kV FLOAT32 0.00...4.00 xUn Tensão de sequência
negativa medida
Ps-Seq-kV FLOAT32 0.00...4.00 xUn Tensão de sequência
positiva medida
Zro-Seq-kV FLOAT32 0.00...4.00 xUn Tensão de sequência
zero medida
U2_INST FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão de
sequência negativa,
valor instantâneo
U2_DB FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão de
sequência negativa,
valor relatado
U2_RANGE Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto tensão de sequência
2=baixo negativa
3=alto-alto
4=baixo-baixo
U1_INST FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão de
sequência positiva, valor
instantâneo
U1_DB FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão de
sequência positiva, valor
relatado
U1_RANGE Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto tensão de sequência
2=baixo positiva
3=alto-alto
4=baixo-baixo
U0_INST FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão de
sequência zero, valor
instantâneo
U0_DB FLOAT32 0.00...4.00 xUn Amplitude de tensão de
sequência zero, valor
instantâneo
U0_RANGE Enum 0=normal Faixa de amplitude da
1=alto tensão de sequência
2=baixo zero
3=alto-alto
4=baixo-baixo

564 Série 615


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Funções de medição

8.1.10.6 Dados técnicos


Tabela 460: VSMSQI Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
Em tensões na faixa de 0,01…1,15 x Un

±1.0% ou ±0.002 x Un

Supressão de harmônicos DFT: -50 dB na f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

8.1.11 Medição de potência e energia trifásica PEMMXU

8.1.11.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Medição de potência e energia trifásica PEMMXU P, E P, E

8.1.11.2 Bloco de funções

GUID-E38A24DA-85CE-4246-9C3F-DFC6FDAEA302 V1 PT

Figura 283: Bloco de funções

8.1.11.3 Sinais
Tabela 461: Sinais de entrada PEMMXU
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
U_A SIGNAL 0 Tensão de fase A
U_B SIGNAL 0 Tensão de fase B
U_C SIGNAL 0 Tensão de fase C
RSTACM BOOLEAN 0=Falso Reinicie a leitura de energia acumulada

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Funções de medição

8.1.11.4 Configurações
Tabela 462: Nenhum ajuste de grupo PEMMXU
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Unidade de energia Mult 3=Kilo 3=Kilo Unidade multiplicadora para
6=Mega apresentação dos valores de energia
relatados
Unidade de energia Mult 3=Kilo 3=Kilo Unidade multiplicadora para
6=Mega apresentação dos valores de energia
relatados
Energia ativa Dir 1=Para frente 1=Para frente Direção do fluxo de energia ativa: Para
2=Inversa frente, Inverso
Energia reativa Dir 1=Para frente 1=Para frente Direção do fluxo de energia reativa: Para
2=Inversa frente, Inverso
Forward Wh Initial 0...999999999 1 0 Apresente o valor inicial para energia
(Avançar Wh inicial ) ativa direta
Inicial Wh inversa 0...999999999 1 0 Valor inicial predefinido para a energia
ativa direta
Inicial VArh direta 0...999999999 1 0 Valor inicial predefinido para a energia
ativa direta
Inicial VArh reversa 0...999999999 1 0 Apresente o valor inicial para energia
reativa inversa

8.1.11.5 Dados monitorados


Tabela 463: Dados monitorados PEMMXU
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
S-kVA FLOAT32 -999999.9...9999 kVA Energia Total Aparente
99.9
P-kW FLOAT32 -999999.9...9999 kW Energia Total Ativa
99.9
Q-kVAr FLOAT32 -999999.9...9999 kVAr Energia Reativa Total
99.9
PF FLOAT32 -1.00...1.00 Fator Médio de Energia
S_INST FLOAT32 -999999.9...9999 kVA Energia aparente,
99.9 magnitude de valor
instantâneo
S_DB FLOAT32 -999999.9...9999 kVA Energia aparente,
99.9 magnitude de valor
relatado
P_INST FLOAT32 -999999.9...9999 kW Energia ativa, magnitude
99.9 de valor instantâneo
P_DB FLOAT32 -999999.9...9999 kW Energia ativa, magnitude
99.9 de valor relatado
Q_INST FLOAT32 -999999.9...9999 kVAr Energia reativa,
99.9 magnitude de valor
instantâneo
Tabela continua na próxima página

566 Série 615


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Funções de medição

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


Q_DB FLOAT32 -999999.9...9999 kVAr Energia reativa,
99.9 magnitude de valor
relatado
PF_INST FLOAT32 -1.00...1.00 Fator de energia,
magnitude de valor
instantâneo
PF_DB FLOAT32 -1.00...1.00 Fator de energia,
magnitude de valor
relatado
EA_RV_ACM INT128 0...999999999 kWh Valor de eneriga ativa
inversa acumulada
ER_RV_ACM INT128 0...999999999 kVArh Valor de eneriga reativa
inversa acumulada
EA_FWD_ACM INT128 0...999999999 kWh Valor de eneriga ativa
direta acumulada
ER_FWD_ACM INT128 0...999999999 kVArh Valor de eneriga reativa
direta acumulada

8.1.11.6 Dados técnicos


Tabela 464: PEMMXU Dados técnicos
Característica Valor
Precisão de operação Em todas as três correntes na faixa de 0.10…
1.20 x In
Em todas as três tensões na faixa de 0,50…1,15
x Un
Na frequência fn ±1 Hz
Potência e energia ativa na faixa de |PF| > 0,71
Potência e energia reativa na faixa de |PF| < 0,71
±1,5% para potência (S, P e Q)
±0,015 para fator de potência
±1,5% para energia
Supressão de harmônicos DFT: -50 dB a f = n x fn, em que n = 2, 3, 4, 5,…

8.2 Registrador de distúrbios

8.2.1 Funções
O IED possui um registrador de perturbações que apresenta até 12 canais para
sinais analógicos e 64 binários. Os canais analógicos podem ser configurados para
gravar tanto a forma de onda como a tendência das correntes e tensões medidas.

Os canais analógicos podem ser configurados para disparar a função de gravação


quando o valor medido cair abaixo ou ultrapassar os valores estabelecidos. Os
canais para sinais binários podem ser configurados para iniciar uma gravação na
borda de subida ou de descida do sinal binário, ou em ambas.

Série 615 567


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Funções de medição

Por padrão, os canais binários são configurados para gravar sinais externos ou
internos do IED, por exemplo, os sinais de início ou disparo dos estágios do IED,
ou sinais externos de bloqueio ou controle. A gravação pode ser configurada para
disparo por sinais bináros do IED, tais como um sinal de início ou atuação da
proteção, ou por um sinal de controle externo em uma entrada binária do IED. As
informações gravadas são armazenadas em uma memória não-volátil e podem ser
descarregadas para análise posterior de falhas.

8.2.1.1 Entradas analógicas registradas

O usuário pode mapear qualquer tipo de sinal analógico do IED para cada canal
analógico do registrador de distúrbio, pela definição do ajuste Seleção de Canal do
canal analógico correspondente. Além disso, o usuário pode habilitar ou desabilitar
cada canal analógico do registrador de distúrbio pela definição do ajuste Operação
do canal correspondente analógico para "on" ou "off".

Todos os canais analógicos do registrador de distúrbios que estão habilitados e têm


um tipo de sinal válido mapeado estão incluídos na gravação.

8.2.1.2 Alternativas de disparo

A gravação pode ser acionada por qualquer uma ou várias das seguintes alternativas:

• Disparo de acordo com a mudança de estado de qualquer um ou de vários dos


canais binários do registrador de distúrbios. O usuário pode definir o nível de
sensibilidade com o parâmetro Modo de disparo de nível do canal binário
correspondente.
• Disparo de violações limite dos canais analógicos do registrador de distúrbios
(limite alto e baixo)
• Disparo manual por meio do Trig recording (LHMI ou comunicação)
• Disparo periódico.

Independentemente do tipo de disparo, cada gravação gera eventos por meio de


mudanças de estado dos parâmetros de status Começo da gravação, Gravação feita
e Gravação armazenada . A entrada Gravação armazenada indica que a gravação
foi armazenada na memória não volátil. Além disso, cada canal analógico e canal
binário do registrador de distúrbios tem o seu próprio parâmetro de Canal de
disparo . O disparo manual tem o parâmetro Disparo manual e o disparo periódico
tem o parâmetro Disparo periódico . A mudança de estado em qualquer um destes
parâmetros também gera um evento que dá informações individuais sobre o motivo
do disparo. Os arquivos COMTRADE fornecem informações inequívocas sobre o
motivo do disparo apenas para os canais binários, mas em alguns casos também
para os canais analógicos.

Disparo por canais binários


Os sinais de entrada para os canais binários da registrador de distúrbios podem ser
formados a partir de qualquer um dos sinais digitais que podem ser mapeados
dinamicamente. A mudança no status de um sinal monitorado aciona o registrador

568 Série 615


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Funções de medição

de acordo com a configuração e os ajustes. O disparo na borda de subida de um


sinal de entrada digital significa que a sequência de gravação começa quando o
sinal de entrada é ativado. De forma correspondente, o disparo na borda de descida
significa que a sequência de gravação começa quando o sinal de entrada ativo é
resetado. Também é possível acionar a partir de ambas as bordas. Além disso, se
preferir, o sinal monitorado pode ser não disparável. A configuração do disparo
pode ser ajustado individualmente para cada canal binário do registrador de
distúrbios com o parâmetro Modo de disparo de nível do canal correspondente
analógico.

Disparo por canais analógicos


O nível de disparo pode ser ajustado para disparar em uma situação de violação do
limite. O usuário pode definir os valores-limite com o Nível de disparo alto e Nível
de disparo baixo do canal analógico correspondente. Tanto o nível de violação de
disparo alto e baixo podem estar ativos simultaneamente para o mesmo canal
analógico. Se a duração da condição de violação do limite exceder o tempo do
filtro em aproximadamente 50 ms, o gravador dispara. Em caso de uma violação
limite de nível baixo, se o valor medido cai abaixo de aproximadamente 0,05
durante o tempo do filtro, a situação é considerada como uma operação de disjuntor
e, portanto, o gravador não será disparado. Isso é útil especialmente em situações
de subtensão. O tempo do filtro de aproximadamente 50 ms é comum a todos os
disparos de canais analógicos do registrador de distúrbios. O valor utilizado para
disparar é o valor calculado de pico a pico. Tanto o canal analógico alto ou baixo
do disparo pode ser desativado, definindo o parâmetro correspondente de nível de
disparo para zero.

Disparo manual
O registrador pode ser acionado manualmente através do LHMI ou via de
comunicação, definindo o parâmetro Trig recording para VERDADEIRO.

Disparo periódico
O disparo periódico significa que o registrador fará automaticamente uma gravação
em intervalos de tempo determinados. O usuário pode ajustar o intervalo com o
parâmetro de Tempo de disparo periódico . Se o valor do parâmetro é alterado, a
nova configuração tem efeito quando o próximo disparo periódico ocorre. Definir o
parâmetro para zero desativa a alternativa de disparo e o ajuste torna-se válido
imediatamente. Se uma configuração não zero nova precisa ser validada
imediatamente, o usuário deve primeiro definir o parâmetro de Tempo de disparo
periódico para zero e, em seguida, para o novo valor. O usuário pode monitorar o
tempo restante para o disparo seguinte com os dados de Tempo de disparo
monitorados de contagem decrescente.

8.2.1.3 Extensão de registros

O usuário pode definir a extensão ou tamanho de um registro com o parâmetro de


Extensão de registro . A extensão é fornecida como o número de ciclos fundamentais.

Série 615 569


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Funções de medição

De acordo com a memória disponível e do número de canais analógicos usados, o


registrador de distúrbios calcula automaticamente a quantidade restante de registros
que se ajustam à memória de gravação disponível. O usuário pode ver essa
informação com os dados monitorados de Rem. amount of rec. O tamanho
da memória fixa alocada para o registrador de distúrbios pode caber em dois
registros que somam dez segundos de duração. As gravações contêm dados de
todos os canais analógicos e binários do registrador de distúrbios na taxa de
amostragem de 32 amostras por ciclo fundamental.

O usuário pode visualizar o número de registros atuais na memória com o dado


monitorado Número de registros. O espaço de memória utilizado atual
pode ser visualizado com os dados monitorados de Rec. memory used. É
apresentado em valor percentual.

O número máximo de registros é 100.

8.2.1.4 Frequências de amostragem

A frequência de amostragem dos canais analógicos do registrador de distúrbios


depende do ajuste da frequência nominal. Um ciclo fundamental sempre contém a
quantidade de amostras definida com a Taxa de armazenagem . Uma vez que os
estados dos canais binários são amostrados uma vez por execução de tarefas do
registrador de distúrbios, a frequência de amostragem desses é de 400 Hz na
frequência nominal de 50 Hz e 480 Hz na frequência nominal de 60 Hz.

Tabela 465: Amostragem de frequências do registrador de distúrbios dos canais analógicos


Taxa de Duração da Frequência de Frequência de Frequência de Frequência de
armazenament gravação amostragem de amostragem de amostragem de amostragem de
o (amostras por canais canais binários, canais canais binários,
ciclo analógicos, quando a analógicos, quando a
fundamental) quando a frequência quando a frequência
frequência nominal é de frequência nominal é de
nominal é de 50 Hz nominal é de 60 Hz
50 Hz 60 Hz
32 1* Tamanho 1600 Hz 400 Hz 1920 Hz 480 Hz
da gravação
16 2* Tamanho 800 Hz 400 Hz 960 Hz 480 Hz
da gravação
8 4* Tamanho 400 Hz 400 Hz 480 Hz 480 Hz
da gravação

8.2.1.5 Upload dos registros

O IED armazena arquivos COMTRADE na pasta C:\COMTRADE\ . Os arquivos


podem ser carregados com a ferramenta PCM ou qualquer software de computador
apropriado que possa acessar a pasta C:\COMTRADE\.

570 Série 615


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1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

Uma oscilografia completa consiste de dois tipos de arquivo COMTRADE: o


arquivo de configuração e o arquivo de dados. O nome do arquivo é o mesmo para
ambos os tipos de arquivos. O arquivo de configuração tem. CFG e o arquivo de
dados. DAT como a extensão do arquivo.

A070835 V1 PT

Figura 284: Nomeando o arquivo de registrador de distúrbios

A convenção de nomenclatura de 8 +3 caracteres é usado em nomes de arquivos


COMTRADE. O nome do arquivo é composto dos últimos dois octetos do número
de IP do IED e um contador de execução, que tem uma faixa de 1 ... 9999. Uma
representação hexadecimal é usada para os números de octetos IP. A extensão do
arquivo apropriada é adicionada ao final do nome do arquivo.

8.2.1.6 Eliminação de registros

Existem várias maneiras de deletar registros de distúrbios. Eles podem ser


deletados individualmente ou todos de uma vez.

Os registros individuais de perturbações podem ser apagados com a ferramenta


PCM ou qualquer software de computador apropriado, que possa acessar a pasta C:
\COMTRADE do IED. O registro de perturbações não é removido da memória do
IED até que ambos os arquivos COMTRADE correspondentes, CFG e DAT, sejam
deletados. O usuário pode ter que deletar os dois tipos de arquivos separadamente,
dependendo do software usado.

A eliminação de todos os registros de distúrbios de uma só vez é feita, ou com a


ferramenta de PCM, ou com qualquer software de computador apropriado, ou
ainda a partir do LHMI através do menu Clear/Disturbance records (Limpar/

Série 615 571


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Seção 8 1MRS757783 A
Funções de medição

Registros de perturbações). Deletar todos os registros de perturbações de uma só


vez também limpa o registro de pré-acionamento em andamento.

8.2.1.7 Modo de armazenamento

A registrador de distúrbios pode capturar dados em dois modos: o modo de onda e


tendência. O usuário pode definir o modo de armazenamento individualmente para
cada fonte de disparo com o Modo de armazenamento do canal correspondente
analógico ou binário, o parâmetro Modo de armazenamento manual para disparo
manual e o parâmetro Modo de armazenamento periódico para disparo periódico.

No modo de onda, as amostras são capturadas de acordo com os parâmetros Taxa


de armazenagem e Pre-trg length .

No modo de tendência, um valor RMS é registrado para cada canal analógico


habilitado, uma vez por ciclo fundamental. Os canais binários do registrador de
distúrbios também são gravados uma vez por ciclo fundamental no modo de
tendência.

Apenas os dados de pós-disparo são capturados no modo de


tendência.

O modo de tendência permite tempos de gravação de 32* Tamanho da gravação.

8.2.1.8 Dados de pré-disparo e pós- disparo

As formas de onda dos canais analógicos e o estado dos pelos canais binários do
registrador de distúrbios são constantemente gravados na memória de histórico do
registrador. O usuário pode ajustar a porcentagem da duração de dados anterior ao
disparo, ou seja, o chamado tempo de pré-disparo, com o Pre-trg length . A
duração dos dados após o disparo, ou seja, o chamado tempo pós-disparo, é a
diferença entre a duração do registro e do tempo de pré-disparo. Alterar o tempo de
pré-disparo tempo reseta os dados do histórico e a coleta atual do registrador.

8.2.1.9 Modos operacionais

O registrador de distúrbios tem dois modos operacionais: modo de saturação e de


sobrescrição. O usuário pode alterar o modo operacional do registrador de
distúrbios por meio do parâmetro do Modo operacional .

Modo de saturação
No modo de saturação, os registros gravados não podem ser sobrescritos por novos
registros. A captura de dados é interrompida quando a memória de registro está
cheia, isto é, quando o número máximo de registros é atingido. Nesse caso, o
evento é enviado através da mudança de estado (VERDADEIRO) do parâmetro
Memória cheia . Quando houver memória disponível novamente, outro evento será
gerado por meio da mudança de estado (FALSO) do parâmetro Memória cheia .

572 Série 615


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1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

Modo de sobrescrição
Quando o modo operacional for "Sobrescrever" e a memória de registro estiver
cheia, o registro mais antigo será sobrescrito pelos dados de pré-acionamento
coletados para o registro seguinte. Cada vez que uma gravação for sobrescrita, o
evento será gerado via alteração de estado do parâmetro Overwrite of rec .
Recomenda-se o modo de sobrescrição, se for mais importante serem mantidos os
registros mais recentes na memória. É preferível o modo de saturação quando os
registros mais antigos forem mais importantes.

Novos acionamentos são bloqueados, tanto no modo de saturação quanto no de


sobrescrição, até que a gravação anterior esteja completa. Por outro lado, um novo
acionamento pode ser aceito antes que todas as amostras de pré-acionamento sejam
coletadas para o novo registro. Em tal caso, o registro é tão breve quanto se
estivessem faltando amostras de pré-acionamento.

8.2.1.10 Modo de exclusão

O modo de exclusão está ativado, quando o valor ajustado com o parâmetro do


Tempo de exclusão for maior que zero. Durante o modo de exclusão, novos
acionamentos são ignorados se o motivo do acionamento é o mesmo que na
gravação anterior. O parâmetro Tempo de exclusão controla quanto tempo a
exclusão de acionamentos de mesmo tipo está ativa após um disparo. O modo de
exclusão só se aplica aos acionamento do canais analógico e binário, não aos
acionamentos periódico e manual.

Quando o valor ajustado ao parâmetro do Tempo de exclusão for zero, o modo de


exclusão será desabilitado e não haverá restrições quanto aos tipos de acionamento
de registros sucessivos.

A configuração do tempo de exclusão é global para todas as entradas, mas existe


um contador individual para cada canal analógico e binário do registrador de
distúrbios, que conta o tempo restante de exclusão. O usuário pode monitorar o
tempo restante de exclusão com o parâmetro Exclusion time rem do canal
analógico ou binário correspondente. O parâmetro Exclusion time rem conta em
sentido decrescente.

8.2.2 Configuração
O usuário pode configurar o registrador de distúrbios com a ferramenta PCM600
ou qualquer ferramenta com suporte a norma IEC 61850.

O usuário pode ativar ou desativar o registrador de distúrbios com o parâmetro de


Operação no menu Configuração/Registrador de Distúrbios/Geral.

Um tipo de sinal analógico do IED pode ser mapeado para cada um dos canais
analógicos do registrador de distúrbios. Esse mapeamento é feito com os
parâmetros da Seleção de Canal do canal analógico correspondente. O nome do
canal analógico é configurável pelo usuário. O usuário pode modificá-lo

Série 615 573


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Funções de medição

escrevendo o novo nome para o parâmetro ID de texto do canal do canal analógico


correspondente.

Qualquer sinal externo ou interno digital do IED, que pode ser dinamicamente
mapeado, pode ser conectado aos canais binários do registrador de distúrbios.
Esses sinais podem ser, por exemplo, os sinais de partida e de trip a partir dos
blocos da função de proteção ou as entradas binárias externas do IED. A conexão é
feita com o mapeamento dinâmico ao canal binário do registrador de distúrbios
usando, por exemplo, SMT de PCM600. Também é possível conectar vários sinais
digitais a um canal binário do registrador de distúrbios. Nesse caso, os sinais
podem ser combinados com funções lógicas, por exemplo AND e OR. O usuário
pode configurar o nome do canal binário e modificá-lo escrevendo o novo nome
para o parâmetro ID de texto do canal do canal binário correspondente.

Note que o parâmetro ID de texto do canal é usado em arquivos COMTRADE de


configuração como um identificador de canal.

A gravação sempre contém todos os canais binários do registrador de distúrbios. Se


um dos canais binários estiver desabilitado, o estado de registro do canal será
continuamente FALSE e as alterações de estado do canal correspondente não serão
registradas. O nome do canal correspondente para os canais binários desabilitados
no arquivo de configuração COMTRADE é Unused BI.

Para ativar ou desativar o canal binário do registrador de distúrbios, o usuário pode


ajustar o parâmetro de Operação do canal binário correspondente para os valores
"on" ou "off".

Os estados de acionamento manual e acionamento periódico não são incluídos na


gravação, mas eles criam uma mudança de estado para os parâmetros de status
Acionamento periódico e Acionamento manual , que por sua vez geram eventos.

O parâmetro de Início de gravação pode ser usado para controlar os LEDs de


indicação do IED. A saída do Início de gravação é TRUE devido ao acionamento
do registrador de distúrbios até todos os dados para a gravação correspondente
serem registrados.

O número de IP do IED e o conteúdo do parâmetro do Nome do


cubículo estão incluídos no arquivo de configuração COMTRADE
para fins de identificação.

8.2.3 Aplicação
O registrador de distúrbios é utilizado para análise pós-falha e para verificar o
funcionamento correto de IEDs de proteção e disjuntores. Ele pode registrar tanto
informações de sinal analógico quanto binário. As entradas analógicas são
registradas como valores instantâneos e convertidas em unidades básicas de valor
de pico, quando o IED converte os registros para o formato COMTRADE.

574 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

COMTRADE é o formato padrão geral utilizado no armazenamento


de registros de distúrbios.

Os canais binários são recolhidos para amostragem uma vez por execução de
tarefas do registrador de distúrbios. O intervalo de execução de tarefas para o
registrador de distúrbios é o mesmo para as funções de proteção. Durante a
conversão COMTRADE, os valores de status digitais são repetidos de modo que as
frequências de amostragem de canais analógicos e binários correspondem uns aos
outros. Isso é exigido pela norma COMTRADE.

O registrador de distúrbios segue a versão 1999 da norma


COMTRADE e utiliza o formato de arquivo de dados binários.

8.2.4 Ajustes
Tabela 466: Ajustes gerais de não-grupos para registro de perturbação
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=on 1 1=on Registro de
5=off perturbação
Tamanho da 10...500 ciclos 1 50 Tamanho do
gravação fundamentais registro em
ciclos
fundamentais
Pre-trg length 0...100 % 1 50 Comprimento
do registro
precedente à
ativação
Modo 1=Saturado 1 1 Modo de
operacional 2=Substituído operação de
registro
Tempo de 0...1 000 000 ms 1 0 Tempo em
exclusão que a
ativação do
mesmo tipo
foi ignorada
Taxa de 32, 16, 8 amostras por 32 Taxa de
armazenagem ciclo armazenamen
fundamental to de registro
da forma de
onda
Tabela continua na próxima página

Série 615 575


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Funções de medição

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


tempo de 0...604 800 s 10 0 Tempo entre
disparo as ativações
periódico periódicas
Modo de 0=Forma de 1 0 Modo de
armazenamen onda armazenamen
to periódico 1=Tendência/ to para
ciclo ativação
periódica
Modo de 0=Forma de 1 0 Modo de
armazenamen onda armazenamen
to manual 1=Tendência/ to para
ciclo ativação
manual

576 Série 615


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Funções de medição

Tabela 467: Ajustes de canal analógico de não-grupo para registro de perturbação


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=on 1 1=ativado Canal
5=off analógico é
habilitado ou
desabilitado
Seleção de 0=Desabilitad 0 0=Desabilitad Selecione o
Canal o, o, sinal a ser
1=Io registrado por
2=IL1 este canal. Os
3=IL2 valores
4=IL3 aplicáveis
5=IoB para este
6=IL1B parâmetro
7=IL2B são variantes
8=IL3B dependentes
9=Uo de produto.
10=U1 Cada variante
11=U2 de produto
12=U3 inclui somente
13=UoB os valores
14=U1B aplicáveis ao
15=U2B variante
16=U3B particular
17=CIo
18=SI11)
19=SI21)
20=SU0
21=SU11)
22=SU21)
23=CIoB
24=SI1B1)
25=SI2B1)
26=SUoB
27=SU1B1)
28=SU2B1)
29=U12
30=U23
31=U31
32=UL1
33=UL2
34=UL3
35=U12B
36=U23B
37=U31B
38=UL1B
39=UL2B
40=UL3B
41=U1T
42=U2T
43=U3T
44=PD
ID do texto de 0 a 64 Canal Texto de
canal caracteres, analógico X identificação
alfanumérico DR para o canal
analógico
utilizado no
formato
COMTRADEf
ormat
Tabela continua na próxima página

Série 615 577


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Funções de medição

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Nível de 0.00...60.00 pu 0,01 10.00 Nível de
disparo alto disparo alto
para o canal
analógico
Nível de 0.00...2.00 pu 0,01 0.00 Nível de
disparo baixo disparo baixo
para o canal
analógico
Modo de 0=Forma de 1 0 Modo de
armazenamen onda armazenamen
to 1=Tendência/ to para o
ciclo canal
analógico

1) Os valores de registro estão disponíveis somente no modo de ativação. No modo forma de onda,
as amostras para este tipo de sinal são zeros constantes. No entanto, esses tipos de sinais podem
ser utilizados para ativar o registro nas violações limitadas do canal analógico correspondente.

Tabela 468: Ajuste de grupo de canal não-binário para registro de perturbação


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=on 1 5=off Canal binário
5=off é habilitado
ou
desabilitado
parâmetro do 1=Positivo ou 1 1=Aumento Modo do nível
modo de Em Aumento de disparo
tamanho do 2=Negativo para canal
disparo ou Em Queda binário
3=Ambos
4=Nível de
disparo
desabilitado
Modo de 0=Forma de 1 0 Modo de
armazenamen onda armazenamen
to 1=Tendência/ to para o
ciclo canal binário
ID do texto de 0 a 64 Canal binário Texto de
canal caracteres, X DR identificação
alfanumérico para o canal
analógico
utilizado no
formato
COMTRADEf
ormat

Tabela 469: Dados de controle para registro de perturbação


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
parâmetro do 0=Cancelar Disparar o
gravador de 1=Disparo registro de
disparo perturbação
Apagar 0=Cancelar Apagar todos
registros 1=Apagar os registro
atualmente na
memória

578 Série 615


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Funções de medição

8.2.5 Dados monitorados


Tabela 470: Dados monitorados para registro de perturbação
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Número de 0...100 Número de
registros registros
atualmente na
memória
Rem. 0...100 Quantidade
quantidade restante de
de reg. registros que
se ajustam na
memória de
registro
disponível
quando os
ajustes de
corrente são
utilizados
Rec. 0...100 % Modo de
memória armazenamen
utilizada to para o
canal binário
Tempo para 0...604 800 s Tempo
ativação restante para
a próxima
ativação
periódica

8.2.6 Histórico de revisão técnica


Tabela 471: Histórico de revisão técnica de RDRE
Revisão técnica Alteração
B ChNum alterado para EChNum (RADR's).
RADR9...12 adicionados (Canal analógico 9 -12).
RBDR33...64 adicionados (Canal binário 33 - 64).
C Atualização de Enum para parâmetros da
seleção de canal (DR.RADRx.EChNum.setVal)
Alterações de Std. enum para Clear and Manual
Trig
D Os símbolos no ajuste da seleção de canal são
atualizados

Série 615 579


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8.3 Indicador de posição do comutador de tap


TPOSSLTC

8.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Indicador de posição do comutador de TPOSSLTC TPOSM 84M
tap

8.3.2 Bloco de função

GUID-9FF20342-1B3C-45DB-8FB5-50389401AEF5 V2 PT

Figura 285: Bloco de função

8.3.3 Funcionalidade
A função de indicação de posição do comutador de tap TPOSSLTC é utilizado para
supervisão da posição de tap do transformador. As entradas binárias podem ser
utilizadas para converter a posição do comutador de tap de código binário em
indicação de status da posição de tap. A placa X130 (RTD), disponível
opcionalmente, fornece as informações do sensor RTD a serem utilizadas e as
entradas analógicas versáteis que permitem a supervisão da posição de tap através
de mA.

Ha três modos de conversão selecionáveis pelo usuário disponíveis para as entradas


binárias de 7 bits nos quais MSB é usado como o bit de SINAL: entrada booleana
em código binário natural para saída em número inteiro com sinal, entrada em
codificação binária decimal (BCD) para a saída em inteiro com sinal e entrada
codificada GRAY refletida binária para saída em inteiro com sinal.

8.3.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off". Quando a função é
desabilitada, as informações de qualidade da posição de derivação são alteradas
correspondentemente. Quando as informações da posição em que se encontra não

580 Série 615


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Funções de medição

estão disponíveis, recomenda-se desabilitar esta função por meio do Operação


configuração.

A operação de função de indicação de posição do comutador de taps pode ser


descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

Decodificador
da posição
de derivação

GUID-DDA703D9-A4FF-41D8-9711-AC53A56B34E8 V2 PT

Figura 286: Diagrama de módulo funcional

Decodificador da posição de tap


Quando há uma conexão com fio ao conector TAP_POS, a posição do seletor de
tap correspondente é decodificada a partir da entrada mA ou RTD. Quando não há
conexão com fio ao conector TAP_POS, espera-se que as entradas binárias sejam
utilizadas para informações da posição do comutador de tap. O valor qualidade da
posição do comutador são internamente compartilhados com outras funções. O
valor fica disponível através da visualização de dados monitorados.

A função tem três modos de operação alternativos selecionáveis pelo usuário:


"NAT2INT", "BCD2INT" e "GRAY2INT". O modo de operação é selecionado por
meio do ajuste Modo de operação . Cada modo de operação pode ser utilizado para
converter o máximo de uma entrada codificada de 6 bits em uma saída em inteiro
curto com sinal de 8 bits. Para uma entrada de menos de 6 bits, por exemplo, 19
posições com 5 bits quando a codificação BCD é utilizada, o restante dos bits pode
ser definido como FALSO (0).

O modo de operação “NAT2INT” é selecionado quando a codificação binária


natural é utilizada para mostrar a posição do comutador de tap do transformador. O
princípio básico da codificação binária natural é calcular a soma dos bits definidos
como VERDADEIRO (1). O LSB tem o fator 1. Cada bit seguinte tem o fator
anterior multiplicado por 2. Também é chamado de codificação dual.

O modo de operação “BCDBCD2INT” é selecionado quando a codificação binária


decimal é utilizada para mostrar a posição do comutador de tap do transformador.
O princípio básico da codificação binária decimal é calcular a soma dos bits
definidos como VERDADEIRO (1). O nibble de quatro bits (BI3...BI0) tem um
fator típico à codificação binária natural. A soma dos valores não deve ser mais de
9. Se a soma do nibble for maior do que 9, a validade da saída da posição de tap é
considerada como ruim.

Série 615 581


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Funções de medição

O modo de operação “GRAY2INT” é selecionado quando a codificação Gray


refletida binária para mostrar a posição do comutador de tap do transformador. O
princípio básico da codificação Gray é que apenas um bit real muda de valor com
posições consecutivas. Essa função baseia-se no código binário refletido de Gray,
que é utilizado com alguns comutadores de tap. Alterar o bit mais próximo do bit
do lado direito fornece um novo padrão.

Uma entrada separada adicional, SIGN_BIT, pode ser utilizada para valores
negativos. Se os valores forem positivos, a entrada é definida como FALSA (0). Se
SIGN_BIT for definida como VERDADEIRA (1) tornando o número negativo, os
bits restantes são idênticos aos do número positivo codificado.

A validade da posição do tap é definida como boa em todos os casos válidos. A


qualidade é definida como ruim em combinações inválidas nas entradas binárias.
Por exemplo, quando o modo “BCD2INT” é selecionado e a combinação binária
da entrada é “0001101”, a qualidade é definida como ruim. Para valores negativos,
quando SIGN_BIT é definida como VERDADEIRA (1) e a combinação binária
da entrada é “1011011”, a qualidade é definida como ruim.

Tabela 472: Tabela verdade dos modos de decodificação


Entradas Saídas TAP_POS
SIGN_ BI5 BI4 BI3 BI2 BI1 BI0 NAT2I BCD2I GRAY2
BIT NT NT INT

... ... ... ... ... ... ...


1 0 0 0 0 1 1 —3 —3 —2
1 0 0 0 0 1 0 —2 —2 —3
1 0 0 0 0 0 1 —1 —1 —1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 1 1 1
0 0 0 0 0 1 0 2 2 3
0 0 0 0 0 1 1 3 3 2
0 0 0 0 1 0 0 4 4 7
0 0 0 0 1 0 1 5 5 6
0 0 0 0 1 1 0 6 6 4
0 0 0 0 1 1 1 7 7 5
0 0 0 1 0 0 0 8 8 15
0 0 0 1 0 0 1 9 9 14
0 0 0 1 0 1 0 10 9 12
0 0 0 1 0 1 1 11 9 13
0 0 0 1 1 0 0 12 9 8
0 0 0 1 1 0 1 13 9 9
0 0 0 1 1 1 0 14 9 11
0 0 0 1 1 1 1 15 9 10
0 0 1 0 0 0 0 16 10 31
Tabela continua na próxima página

582 Série 615


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1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

Entradas Saídas TAP_POS


0 0 1 0 0 0 1 17 11 30
0 0 1 0 0 1 0 18 12 28
0 0 1 0 0 1 1 19 13 29
0 0 1 0 1 0 0 20 14 24
0 0 1 0 1 0 1 21 15 25
0 0 1 0 1 1 0 22 16 27
0 0 1 0 1 1 1 23 17 26
0 0 1 1 0 0 0 24 18 16
0 0 1 1 0 0 1 25 19 17
0 0 1 1 0 1 0 26 19 19
0 0 1 1 0 1 1 27 19 18
0 0 1 1 1 0 0 28 19 23
0 0 1 1 1 0 1 29 19 22
0 0 1 1 1 1 0 30 19 20
0 0 1 1 1 1 1 31 19 21
0 1 0 0 0 0 0 32 20 63
0 1 0 0 0 0 1 33 21 62
0 1 0 0 0 1 0 34 22 60
0 1 0 0 0 1 1 35 23 61
0 1 0 0 1 0 0 36 24 56
... ... ... ... ... ... ...

8.3.5 Aplicação
TPOSSLTC fornece informações sobre a posição do comutador de tap para outras
funções como o valor da saída inteiro que pode ser alimentado para a entrada da
posição do comutador.

A informação da posição do comutador de tap pode ser codificada em vários


métodos para muitas aplicações, por exemplo, os algorítimos de proteção
diferencial. Nessa função, as entradas binárias no conector terminal do
transformador são usadas como entradas para função. O método de codificação
pode ser escolhido configurando o modo de parâmetro. Os métodos de codificação
disponíveis são BCD, Gray e codificação binária Natural. As entradas dos números
binários são limitadas para sete, então, as funções de codificação são limitadas para
sete bits incluindo bit de sinal e assim dos seis bits são usados nas funções de
codificações. As posições limite para a posição do comutador em BCD, Gray e
codificação binário Natural são + ou - (em encima do outro no word, buscar nos
símbolos), + ou -63 e + ou - 63 respectivamente.

Neste exemplo, a indicação da posição do comutador de tap do transformador é


conectada como sinal em mA do transdutor de medição correspondente. A
indicação de posição é conectada a entrada 1 (AI_VAL1) do X130 (RTD)cartão. A

Série 615 583


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Funções de medição

faixa do comutador operando do mínimo para o máximo do de sua operação e


correspondendo ao sinal mA para a posição do comutador são estabelecidas em
XRGGIO 130. Os valores de saída do XRGGIO 130 são números flutuantes, a
conversão da flutuação para o comutador (T_F32_INT8) é necessária antes a
informação das posição do comutador pode ser alimentada para TPOSSLTC. Onde
houver uma conexão de fios TAP_POSconector,a posição correspondente do
comutador é vista como TAP_POSvalor de saída que é alimentado para outras
funções, por exemplo, OLATCC1. Quando não há conexão com fio ao conector
TAP_POS, espera-se que as entradas binárias sejam utilizadas para informações da
posição do comutador de tap.

TPOSSLTC
BI0
BI1
BI2
BI3
AI_VAL1 BI4
BI5
T_F32_INT8 SIGN_BIT
F32 INT8 TAP_POS

GUID-0F8FDC38-827F-48F2-AC02-499CD3B121D7 V1 PT

Figura 287: RTD/exemplo de configuração de entrada análoga

8.3.6 Sinais
Tabela 473: Sinais de Entrada TPOSSLTC
Nome Tipo Padrão Descrição
BI0 BOOLEAN 0=Falso Entrada binária 1
BI1 BOOLEAN 0=Falso Entrada binária 2
BI2 BOOLEAN 0=Falso Entrada binária 3
BI3 BOOLEAN 0=Falso Entrada binária 4
BI4 BOOLEAN 0=Falso Entrada binária 5
BI5 BOOLEAN 0=Falso Entrada binária 6
SIGN_BIT BOOLEAN 0=Falso Sinais de entrada binários
TAP_POS INT8 0 Indicação de posição do comutador

8.3.7 Configurações
Tabela 474: Ajustes de grupo não-TPOSSLTC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo operacional 1=NAT2INT 2=BCD2INT Seleção do modo de operação
2=BCD2INT
3=GRAY2INT

584 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 8
Funções de medição

8.3.8 Dados monitorados


Tabela 475: Dados monitorados TPOSSLTC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
TAP_POS INT8 -63...63 Indicação de posição do
comutador

8.3.9 Dados técnicos


Tabela 476: Dados técnicos TPOSSLTC
Descrição Valor
Tempo de resposta para entradas binárias Típico 100 ms

8.3.10 Histórico de revisão técnica


Tabela 477: Histórico de revisão técnica de TPOSSLTC
Revisão técnica Alteração
B Nova entrada TAP_POS adicionada

Série 615 585


Manual Técnico
586
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

Seção 9 Funções de controle

9.1 Controle do disjuntor CBXCBR

9.1.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Controle do disjuntor CBXCBR I<->0 CB I<->0 CB

9.1.2 Bloqueio de funções

A071284 V3 PT

Figura 288: Bloqueio de funções

9.1.3 Funcionalidade
A função de controle de disjuntor CBXCBR tem a finalidade de controlar o
disjuntor e informar o status do dispositivo. Essa função executa comandos e avalia
as condições de bloqueio e as condições diversas de supervisão do tempo. Ela só
realiza um comando de execução se todas as condições indicarem que é permitida
uma operação de comutação. Caso ocorram condições errôneas, a função indica um
valor adequado de causa. A função é designada de acordo com a norma IEC
61850-7-4 com os nós lógicos CILO, CSWI e XCBR.

A função de controle do disjuntor tem um contador de operações para fechamento


e abertura de ciclos. O operador pode ler e escrever o valor do contador
remotamente a partir de um posto de operações ou via LHMI.

Série 615 587


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

9.1.4 Princípio de funcionamento


Indicação do status e verificação da validade
O estado do objeto é definido por duas entradas digitais POSOPEN e POSCLOSE,
que estão também disponíveis como saídas OPENPOS e CLOSEPOS juntamente
com a informação OKPOS. Os distúrbios anti-ressalto e curtos em uma entrada são
eliminados por filtragem. O tempo de filtragem na entrada binária pode ser
ajustado separadamente para cada entrada digital usada pelo bloco de funções. A
validade das entradas digitais que indicam o estado do objeto é utilizada como
informações adicionais em indicações e registro de eventos. O relato sobre os
contatos de disjuntores de posição intermediária ou com defeito ocorre após a
configuração do Atraso de evento supondo que o disjuntor ainda esteja em um
estado correspondente.

Tabela 478: Indicação do status


Status (POSITION, posição) POSOPEN/OPENPOS POSCLOSE/ OKPOS
CLOSEPOS
1= Aberto 1=Verdadeiro 0=Falso 1=Verdadeiro
2=Fechado 0=Falso 1=Verdadeiro 1=Verdadeiro
3=Com defeito/Não está 1=Verdadeiro 1=Verdadeiro 0=Falso
bom (11)
0=Intermediário/a (00) 0=Falso 0=Falso 0=Falso

Bloqueio
CBXCBR tem uma funcionalidade de bloqueio para evitar e prevenir falhas
humanas que possam causar ferimentos graves para o operador e danos para os
componentes do sistema.

O princípio básico para todos os sinais de bloqueio é que eles afetam os comandos
de outros clientes: o posto e a proteção do operador e as funções de religamento
automático, por exemplo. Os princípios do bloqueio são os seguintes:

• Ativando o comando aberto: a função é usada para bloquear a operação do


comando aberto. Note que esse sinal de bloqueio também afeta a entrada
OPEN de comando imediato.
• Ativando o comando fechado: a função é usada para bloquear a operação do
comando fechado. Note que esse sinal de bloqueio afeta a entrada CLOSE de
comando imediato.

A entrada ITL_BYPASS é usada se a funcionalidade do encravamento (ou


interconexão) tiver que ser desviada. Quando INT_BYPASS é TRUE (verdadeiro),
o controle do disjuntor é possível ao descartar os estados de entrada ENA_OPEN e
ENA_CLOSE. Entretanto, os sinais de entrada BLK_OPEN e BLK_CLOSE não são
desviados com a funcionalidade de derivação de encravamento, uma vez que
sempre têm prioridade superior.

588 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

Operações abertas e fechadas


As operações abertas (iniciadas) e fechadas (encerradas) correspondentes estão
disponíveis por meio de comunicação, entradas binárias ou comandos LHMI.
Como um pré-requisito para comandos de controle, existem funcionalidades ativas
e bloqueadas, tanto para comandos fechados quanto abertos. Se o comando de
controle for executado contra o bloqueio ou se a ativação do comando
correspondente não for válida, CBXCBR gera uma mensagem de erro.

Larguras de pulso abertas e fechadas


A largura de pulso pode ser definida com a configuração do Pulso adaptável . A
função fornece dois modos para caracterizar a abertura e o fechamento das larguras
de pulso. Quando a entrada Pulso adaptável é ajustado para TRUE, ele causa uma
largura de pulso variável, o que significa que o pulso de saída é desativado quando
o estado do objeto mostrar que o disjuntor inseriu o estado correto. Quando a
entrada Pulso adaptável é ajustado para FALSE (falso), a função sempre usa a
largura de pulso máxima, definida pela configuração de Comprimento de Pulso
configurável pelo usuário. O ajuste de Comprimento de pulso é o mesmo para os
comandos de abertura e fechamento. Quando o disjuntor já estiver na posição certa,
é fornecido o comprimento máximo de pulso. Note que a configuração do
Comprimento de pulso não afeta o comprimento do pulso de disparo.

Métodos de controle
O modo de execução do comando pode ser ajustado com o ajuste do Modelo de
controle . As alternativas para execução de comandos são de controle direto e
controle seguro do objeto, que pode ser usado para garantir o controle.

O controle seguro do objeto SBO é uma característica importante dos protocolos de


comunicação que suportam a comunicação horizontal, porque a reserva de
comando e os sinais de interconexão podem ser transferidos com um barramento.
Todas as operações de controle seguro requerem comandos em duas etapas: uma
etapa de seleção e outra de execução. O controle seguro do objeto é responsável
pelas seguintes tarefas:

• Autoridade de comando: garante que a fonte de comando é autorizada a operar


o objeto
• Exclusão mútua: garante que apenas uma fonte de comando de cada vez pode
controlar o objeto
• Interconexão (ou encravamento): permite apenas os comandos de segurança
• Execução: supervisiona a execução do comando
• Cancelamento de comando: cancela o controle de um objeto selecionado.

Em operação direta, uma única mensagem é usada para iniciar a ação de controle
de um dispositivo físico. O método de operação direta usa menos largura de banda
e capacidade de rede de comunicação do que o método SBO, porque o
procedimento necessita de menos mensagens para uma operação precisa.

Série 615 589


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

A070878 V2 PT

Figura 289: Procedimento de controle no método SBO

9.1.5 Aplicação
No campo de automação do sistema de distribuição e subtransmissão, o controle
confiável e a indicação do status dos componentes primários de comutação, local e
remotamente, têm um papel significativo. Eles são necessários especialmente em
modernas subestações controladas remotamente.

As instalações de controle e de indicação de estado são implementadas no mesmo


pacote com CBXCBR. Quando os componentes primários são controlados na fase
de energização, por exemplo, o usuário deve garantir que os comandos de controle
sejam executados em uma sequência correta. Isso pode ser conseguido, por
exemplo, com o encravamento (ou interconexão) baseado(a) na indicação das
condições dos componentes primários relacionados. Um exemplo de como o
encravamento no nível da subestação pode ser aplicado usando as mensagens
IEC61850 GOOSE entre alimentadores é o seguinte:

590 Série 615


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A070879 V2 PT

Figura 290: Indicação do estado com base na interconexão atráves de


mensagens GOOSE.

9.1.6 Sinais
Tabela 479: Sinais de entrada CBXCBR
Nome Tipo Padrão Descrição
ENA_OPEN BOOLEAN 1=Verd Habilitação de aberturas
adeiro
ENA_CLOSE BOOLEAN 1=Verd Habilitação de fechamentos
adeiro
BLK_OPEN BOOLEAN 0=Falso Bloqueamento de aberturas
BLK_Fechar BOOLEAN 0=Falso Blocos de fechamento
ITL_BYPASS BOOLEAN 0=Falso Descartar intertravamento ENA_OPEN E
ENA_CLOSE quando VERDADEIRO
AU_OPEN BOOLEAN 0=Falso Sinal de entrada utilizado para abrir o interruptor1)
AU_CLOSE BOOLEAN 0=Falso Sinal de entrada utilizado apra fechar o
interruptor1)
POSOPEN BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição de abertura do aparelho a
partir da E/S1)
POSCLOSE BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição fechada do aparelho a partir
da E/S1)

1) Não disponível para monitoramento

Série 615 591


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Tabela 480: Sinais de saída CBXCBR


Nome Tipo Descrição
SELECIONADO BOOLEAN Objeto selecionado
EXE_OP BOOLEAN Executa o comando para direção aberta
EXE_CL BOOLEAN Executa o comando para a direção fechada
OPENPOS BOOLEAN Aparelho em posição aberta
CLOSEPOS BOOLEAN Aparelho em posição fechada
OKPOS BOOLEAN Posição do aparelho está ok
OPEN_ENAD BOOLEAN A abertura é habilitada com base no status de
entrada
FECHAR_ENAD BOOLEAN O fechamento é habilitado com base no status de
entrada

9.1.7 Configurações
Tabela 481: Não ajuste de grupo CBXCBR
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Modo de operação ligado/desligado
5=desligado
Selecione o intervalo 10000...300000 ms 10000 60000 Selecione o intervalo em ms
Comprimento do pulso 10...60000 ms 1 100 Abra e feche o comprimento do pulso
Contador de operações 0...10000 0 Ciclos de operação do interruptor
Modelo de controle 0=Somente o 4=sbo-com Selecione o modelo de controle
status segurança
1=Direto com aprimorada
segurança normal
4=sbo-com
segurança
aprimorada
Pulso adaptável 0=Falso 1=Verdadeiro Parar na posição certa
1=Verdadeiro
Atraso de evento 0...10000 ms 1 100 Atraso de evento na posição
intermediária
Intervalo da operação 10...60000 ms 500 Intervalo para a terminação negativa

9.1.8 Dados monitorados


Tabela 482: Dados monitorados CBXCBR
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
POSIÇÃO Dbpos 0=intermediário Indicação de posição do
1=aberto aparelho
2=fechado
3=falha

592 Série 615


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9.1.9 Histórico de revisão técnica


Tabela 483: Histórico de revisão técnica CBXCBR
Revisão técnica Alteração
B Interconexão de entrada de desvio
(ITL_BYPASS) e acréscimo de saídas com
abertura ativada (OPEN_ENAD)/ desligamento
ativado (CLOSE_ENAD). ITL_BYPASS contorna
os estados de ENA_OPEN e ENA_CLOSE.

9.2 Indicador de posição da seccionadora DCSXSWI e


indicação da chave de aterramento ESSXSWI

9.2.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Indicador da posição da seccionadora DCSXSWI I<->0 DC I<->0 DC
Indicação da chave de aterramento ESSXSWI I<->0 ES I<->0 ES

9.2.2 Bloco de funções

A071280 V2 PT

Figura 291: Bloco de funções

A071282 V2 PT

Figura 292: Bloco de funções

9.2.3 Funcionalidade
As funções DCSXSWI e ESSXSWI indicam, remota e localmente, os estados
aberto, fechado e indefinido da seccionadora e da chave de aterramento. O aspecto
funcional de ambas é idêntico, mas cada uma é alocada com um propósito visível
específico nos nomes da função. Por exemplo, a indicação do status do suporte
móvel das seccionadoras ou do disjuntor pode ser monitorado com a função.

Série 615 593


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As funções são designadas de acordo com a norma IEC 61850-7-4 com o nó lógico
XSWI.

9.2.4 Princípio de operação


Indicação do status e verificação da validade
O estado do objeto é definido pelas duas entradas digitais POSOPEN e POSCLOSE.
Os debounces e curtos distúrbios em uma entrada são eliminados por filtragem. O
tempo de filtragem na entrada binária pode ser ajustado separadamente para cada
entrada digital usada pelo bloco de funções. A validade das entradas digitais que
indicam o estado do objeto é utilizada como informações adicionais em indicações
e registro de eventos.

Tabela 484: Indicação do status


Estado ABERTO FECHADO
Aberto ON OFF
Fechado OFF ON
Ruim/Com defeito 11 ON ON
Intermediado 00 OFF OFF

9.2.5 Aplicação
No campo de automação do sistema de distribuição e subtransmissão, o controle
confiável e a indicação do status dos componentes primários de comutação, local e
remotamente, têm um papel significativo. Essas características são necessárias,
especialmente, em modernas subestações controladas remotamente. A área de
aplicação de funções DCSXSWI e ESSXSWI abrange a indicação de status local e
remota de, por exemplo, seccionadoras e chaves de aterramento, que representam o
menor nível de dispositivos de comutação de energia sem capacidade de
interrupção em curto-circuito.

9.2.6 Sinais
Tabela 485: Sinais de entrada DCSXSWI
Nome Tipo Padrão Descrição
POSOPEN BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição de abertura do aparelho a
partir da E/S1)
POSCLOSE BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição fechada do aparelho a partir
da E/S1)

1) Não disponível para monitoramento

594 Série 615


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Tabela 486: Sinais de Saída ESSXSWI


Nome Tipo Padrão Descrição
POSOPEN BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição de abertura do aparelho a
partir da E/S1)
POSCLOSE BOOLEAN 0=Falso Sinal para posição fechada do aparelho a partir
da E/S1)

1) Não disponível para monitoramento

Tabela 487: DCSXSWI Sinais de saída


Nome Tipo Descrição
OPENPOS BOOLEAN Aparelho em posição aberta
CLOSEPOS BOOLEAN Aparelho em posição fechada
OKPOS BOOLEAN Posição do aparelho está ok

Tabela 488: Sinais de Saída ESSXSWI


Nome Tipo Descrição
OPENPOS BOOLEAN Aparelho em posição aberta
CLOSEPOS BOOLEAN Aparelho em posição fechada
OKPOS BOOLEAN Posição do aparelho está ok

9.2.7 Configurações
Tabela 489: DCSXSWI Nenhum ajuste do grupo
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Atraso de evento 0...10000 ms 1 100 Atraso de evento na posição
intermediária

Tabela 490: Nenhum ajuste de grupo ESSXSWI


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Atraso de evento 0...10000 ms 1 100 Atraso de evento na posição
intermediária

9.2.8 Dados monitorados


Tabela 491: DCSXSWI Dados Monitorados
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
POSIÇÃO Dbpos 0=intermediário Indicação de posição do
1=aberto aparelho
2=fechado
3=falha

Série 615 595


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

Tabela 492: ESSXSWI Dados Monitorados


Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
POSIÇÃO Dbpos 0=intermediário Indicação de posição do
1=aberto aparelho
2=fechado
3=falha

9.3 Verificação de energização e sincronismo


SECRSYN

9.3.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Verificação de energização e SECRSYN SYNC 25
sincronismo

9.3.2 Bloco de função

GUID-9270E059-ED17-4355-90F0-3345E1743464 V1 PT

Figura 293: Bloco de função

9.3.3 Funcionalidade
A função de verificação de sincronismo SECRSYN verifica a condição através do
disjuntor de partes do sistema de energia separadas e dá a permissão para fechar o
disjuntor. A SECRSYN inclui a funcionalidade de verificação de sincronismo e
verificação de energização.

O modo assíncrono é fornecido para sistemas de execução de forma assíncrona. O


objetivo principal do modo operacional assíncrono é fornecer um fechamento
controlado de disjuntores quando dois sistemas assíncronos são conectados.

O modo operacional de verificação de sincronismo verifica se as tensões de ambos


os lado do disjuntor estão perfeitamente sincronizadas. Ele é usado para executar
uma reconexão controlada de dois sistemas que são divididos após ilhamento e

596 Série 615


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Funções de controle

também utilizado para executar uma reconexão controlada do sistema após o


religamento.

A função de verificação de energização verifica se pelo menos um lado está inativo


para assegurar que o fechamento pode ser feito com segurança.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as saídas da


função e os temporizadores, se desejar.

9.3.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A função de synchrocheck tem duas funcionalidades paralelas, a função verificação


de sincronismo e verificação de energização. A operação da função de verificação
de sincronismo e de energização pode ser descrita utilizando-se um diagrama de
módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas próximas seções.

GUID-FE07029C-C6C1-4BA7-9F8E-CACE86D0A9BD V1 PT

Figura 294: Diagrama de módulo funcional

A função de verificação de sincronismo pode operar com tensões U_AB ou U_A.


A seleção de tensões utilizadas é definida com o ajuste de Conexão do TP dos
parâmetros gerais de tensão de linha.

Verificação de energização
A função de verificação de energização verifica a direção de energização. A
energização é definida como uma situação em que uma parte de rede inativa é
conectada a uma seção energizada da rede. As condições das seções de rede a
serem controladas pelo disjuntor, ou seja, qual lado tem de estar ativo e qual lado
deve estar inativo, são determinadas pelo ajuste. A situação em que ambos os lados
estão inativos também é possível. O valor atual para definir a linha inativa ou o
barramento é fornecido com os ajustes Valor de barramento inativo e Valor de
linha inativa . Similarmente, os valores reais de linha e barramento ativos são
definidos com os ajustes de Valor de barramento ativo e Valor de linha ativa .

Série 615 597


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

Tabela 493: Modo ativo e inativo de operação sob o qual comutação pode ser realizada
Modo ativo e inativo Descrição
Ambos Inativos Linha e Barramento desenergizados
L Ativa, B Inativo Barramento desenergizado e Linha energizada
L Inativa, B Ativo Linha desenergizada e barramento energizado
Barramento Inativo, L Qualquer Linha e Barramento desenergizados ou
Barramento desenergizado e Linha energizada
L Inativa, Barramento Qualquer Linha e Barramento desenergizados ou Linha
desenergizada e Barramento energizado
Um Ativo, Inativo Barramento desenergizado e Linha energizada
ou Linha desenergizada e Barramento energizado
Nenhum Ativo Linha e Barramento desenergizados ou
Barramento desenergizado e Linha energizada
ou Linha desenergizada e Barramento energizado

Quando a direção de energização corresponde aos ajustes, a situação deve ser


constante durante um ajuste de tempo com o Tempo de energização , antes de o
fechamento do disjuntor ser permitido. O propósito deste atraso de tempo é ter
certeza de que o lado inativo permanece desenergizado e também que a situação
não é causada por uma interferência temporária. Se as condições não persistirem
por um tempo operacional especificado, o temporizador é redefinido e o
procedimento é reiniciado quando as condições permitirem novamente. O
fechamento do disjuntor não é permitido, se a tensão medida no lado ativo for
maior do que o valor de ajuste de Energização máxima V.

O estado energizado medido é disponível como valor de dados monitorados


ENERG_STATE e como quatro saídas de função LLDB (linha ativa / barramento
inativo), LLLB (linha inativa / barramento ativo), DLLB (linha inativa / barramento
ativo) e DLDB (linha inativa / barramento inativo) das quais somente uma pode ser
ativa por vez. Também é possível que o estado medido energizado indique
"Desconhecido", se pelo menos uma das tensões medidas se situar entre os limites
definidos com os parâmetros de ajuste ativo e inativo.

Verificação de sincronismo
A função de verificação de sincronismo mede a diferença entre a tensão de linha e
a tensão de barramento. A função permite o fechamento do disjuntor quando as
seguintes condições forem simultaneamente cumpridas.
• As tensões medidas para a linha e barramento são superiores ao valor de ajuste
de Valor de barramento ativo e Valor de linha ativa (ENERG_STATE igual à
"Ambos ativos").
• As frequências medidas de barramento e linha estão ambas dentro da faixa de
95% e 105% do valor de fn.
• As tensões medidas para a linha e barramento são menores do que valor de
Energização máxima V.

598 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

No caso de o Modo de verificação de sincronismo estar ajustado em "Síncrono", as


condições adicionais têm de ser atendidas:
• No modo síncrono, há a tentativa de fechamento de modo que a diferença de
fase no fechamento esteja próxima a zero.
• O modo síncrono é somente possível quando o escorregamento de frequência
estiver abaixo de 0,1% do valor de fn.
• A diferença de tensão não tem de exceder 1% do valor de Un.

No caso de o Modo de verificação de sincronismo estar ajustado em "Assíncrono",


as condições adicionais têm de ser atendidas:
• A diferença medida das tensões é inferior ao valor de ajuste de Tensão de
diferença.
• A diferença medida dos ângulos de fase é inferior ao valor de ajuste de Ângulo
de diferença.
• A diferença medida na frequência é inferior ao valor de ajuste de Diferença de
frequência.
• Decide-se que o ângulo estimado de fechamento do disjuntor é menor do que o
valor de ajuste de Ângulo de diferença.

GUID-191F6C44-7A67-4277-8AD1-9711B535F1E1 V1 PT

Figura 295: Condições a serem cumpridas ao detectar sincronismo entre


sistemas

Quando as condições de frequência, ângulo de fase e tensão forem atendidas, a


duração das condições de sincronismo é verificada de modo a garantir que elas
sejam ainda atendidas quando a condição for determinada com base na frequência
medida e diferença de fase. Dependendo do disjuntor e do sistema de fechamento,
o atraso a partir do momento em que o sinal de fechamento é dado até que o
disjuntor finalmente feche é de cerca de 50 - 250 ms. O valor do Tempo de
fechamento do CB informa a duração da função; as condições têm de persistir. A
função de verificação de sincronismo compensa o escorregamento de frequência
medido e o atraso de fechamento do disjuntor. O avanço do ângulo de fase é
calculado de forma contínua com a fórmula:

Série 615 599


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

φU_BUS Ângulo de fase de tensão de barramento medido

φU_LINE Ângulo de fase de tensão de linha medido

fU_BUS Frequência de barramento medida

fU_LINE Frequência de linha medida

TCB Atraso de fechamento total de disjuntor, incluindo o atraso de contatos de saída de relé
definido com o valor de parâmetro de ajuste Tempo de fechamento do CB .

O ângulo de fechamento é a diferença de ângulo estimada após o atraso de


fechamento do disjuntor.

O tempo de ajuste Tempo mínimo de sincronização pode ser configurado, se


necessário, para exigir o tempo mínimo dentro do qual as condições têm de ser
simultaneamente atendidas antes que a saída SYNC_OK seja ativada.

Os valores de diferença de tensão, frequência e ângulo de fase entre os dois lados


do disjuntor são medidos e estão disponíveis de acordo com os valores de dados
monitorados U_DIFF_MEAS, FR_DIFF_MEAS e PH_DIFF_MEAS. Além disso,
as indicações das condições que não são atendidas e, por isso, evitam a permissão
de fechamento do disjuntor, estão disponíveis nos valores de dados monitorados
U_DIFF_SYNC, PH_DIF_SYNC e FR_DIFF_SYNC. Esses valores de dados
monitorados são atualizados somente quando a verificação de sincronismo for
habilitada com o ajuste Modo de verificação de sincronismo e o ENERG_STATE
medido for "Ambos ativos".

Modo contínuo
A funcionalidade da verificação de sincronismo pode ser selecionada com o ajuste
Modo de controle . O modo "Contínuo" pode ser utilizado por duas diferentes
condições de operação, cuja mais típica é onde ambos os lados do disjuntor a ser
fechado estão ativos. O sincronismo é sempre verificado antes que o disjuntor
receba a permissão para fechar. A outra situação é onde um ou ambos os lados do
disjuntor a serem fechados estão inativos e, por consequência, a diferença de
frequência e fase não pode ser medida. Nesse caso, a função verifica a direção de
energização. O usuário pode definir a faixa de tensão dentro da qual a tensão
medida é determinada como "ativa" ou "inativa".

O modo de controle contínuo é selecionado com o ajuste Modo de controle . No


modo de controle contínuo, a verificação de sincronismo está continuamente
verificando o sincronismo. Quando as condições de sincronismo ou condições de
verificação de energização forem atendidas, a saída SYNC_OK é ativada e
permanece ativada desde que as condições permaneçam atendidas. A entrada de
comando é ignorada no modo de controle contínuo. O modo é usado para situações
nas quais a verificação de sincronismo somente dá a permissão para o bloco de
controle que executa o fechamento do CB.

600 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

GUID-A9132EDC-BFAB-47CF-BB9D-FDE87EDE5FA5 V1 PT

Figura 296: Um diagrama de bloco simplificado da função de verificação de


sincronismo na operação de modo contínuo

Modo de comando
Se o Modo de controle estiver ajustado em "Comando", a finalidade da
funcionalidade de verificação de sincronismo no modo de comando é encontrar o
instante no qual as tensões em ambos os lados do disjuntor estão em sincronismo.
As condições para sincronismo são atendidas quando as tensões em ambos os lados
do disjuntor têm a mesma frequência e estão em fase com uma magnitude que faça
com que os barramentos ou linhas de referência possam ser considerados como ativos.

Na operação de modo de controle de comando, um sinal de comando externo


CL_COMMAND, juntamente com as condições de fechamento normais, é necessária
para enviar o sinal de fechamento. Na operação de modo de controle de comando, a
função de verificação de sincronismo em si fecha o disjuntor por meio da saída
SYNC_OK quando as condições forem atendidas. Nesse caso, a função de controle
bloqueia o sinal de comando para fechar a função de verificação de sincronismo
para a liberação de um pulso de sinal de fechamento para o disjuntor. Se as
condições de fechamento forem atendidas durante um tempo de verificação
permitida, ajustada com Tempo máximo de sincronização, após o sinal de comando
ser distribuído para fechamento, a função de verificação de sincronismo distribui
um sinal de fechamento para o disjuntor.

GUID-820585ED-8AED-45B1-8FC2-2CEE7727A65C V1 PT

Figura 297: Um diagrama de bloco simplificado da função de verificação de


sincronismo na operação de modo de comando

Série 615 601


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

O sinal de fechamento é distribuído somente uma vez para cada sinal de comando
de fechamento externo ativado. A duração de pulso do fechamento enviado é
configurado com o ajuste Pulso fechado .

GUID-0D9A1A7F-58D1-4081-B974-A3CE10DEC5AF V1 PT

Figura 298: Determinação da duração de pulso do sinal de fechamento

Na operação de modo de controle de comando, há alarmes para uma tentativa de


fechamento falho (CL_FAIL_AL) e para um sinal de comando que permanece
ativo por tempo demais (CMD_FAIL_AL).

Se as condições para fechamento não forem atendidas dentro do tempo


estabelecido de Tempo máximo de sincronização, um alarme de tentativa de
fechamento falho é dado. O sinal de saída de alarme CL_FAIL_AL é moldado
com base no pulso, e a duração do pulso é de 500 ms. Se o sinal de comando
externo for removido cedo demais, ou seja, antes que as condições sejam atendidas
e o pulso de fechamento seja dado, o temporizador de alarme é restabelecido.

GUID-FA8ADA22-6A90-4637-AA1C-714B1D0DD2CF V1 PT

Figura 299: Determinação de tempo de verificação para fechamento

602 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

O módulo de controle recebe informações sobre o status do disjuntor e, portanto,


pode ajustar o sinal de comando para ser enviado à função de verificação de
sincronismo. Se o sinal de comando externo CL_COMMAND for mantido ativo
por mais tempo que o necessário, a saída de alarme CMD_FAIL_AL é ativada. O
alarme indica que o módulo de controle não removeu o sinal de comando externo
após operação de fechamento. Para evitar alarmes desnecessários, a duração do
sinal de comando deve ser ajustada de tal forma que a duração máxima do sinal
esteja sempre abaixo do Tempo de sincronismo máximo + 5s.

GUID-4DF3366D-33B9-48B5-8EB4-692D98016753 V1 PT

Figura 300: Determinação do limite de alarme para um sinal de comando ainda


ativo

O fechamento é permitido durante o Tempo máximo de sincronização, começando


a partir do momento em que o sinal de comando externo CL_COMMAND está
ativado. A entrada CL_COMMAND tem de ser mantida ativa por todo o tempo em
que se espera que as condições de fechamento sejam atendidas. Do contrário, o
procedimento é cancelado. Se as condições de comando de fechamento forem
atendidas durante o Tempo máximo de sincronização, um pulso de fechamento é
enviado para o disjuntor. Se as condições de fechamento não forem atendidas
durante o tempo de verificação, o alarme CL_FAIL_AL é ativado como uma
indicação de uma tentativa de fechamento falho. O pulso de fechamento não é
enviado se as condições de fechamento se tornarem válidas após o Tempo máximo
de sincronização tenha terminado. O pulso de fechamento é distribuído somente
uma vez para cada sinal de comando externo ativado, e nova sequência de
comando de fechamento não pode ser iniciado até que o sinal de comando externo
seja restabelecido e, então, ativado novamente. A saída SYNC_INPRO está ativa
quando a sequência de comando de fechamento estiver em progresso, e está
restabelecida quando a entrada CL_COMMAND for restabelecida ou o Tempo
máximo de sincronização tenha terminado.

Série 615 603


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

Modo de bypass
SECRSYN pode ser ajustado no modo de bypass por meio da configuração dos
parâmetros Modo de verificação de sincronismo e Modo de verificação de
energização em "Off", ou, de forma alternativa, por meio da ativação da entrada
BYPASS.

No modo de desvio, as condições de fechamento são sempre consideradas para


serem atendidas pela função SECRSYN. Do contrário, a operação é similar ao
modo normal.

Ajustagem da diferença de ângulo de tensão


Na aplicação, onde o transformador de potência é localizado entre a medição de
tensão e a conexão de grupo de vetores fornece a diferença de fase para as tensões
entre os lados de tensão baixa e alta, o ajuste de ângulo pode ser usada para atender
o sincronismo.

GUID-2140097D-ADA5-4084-A528-D04D63900A5F V1 PT

Figura 301: Diferença de ângulo quando o transformador de potência está na


zona de verificação de sincronismo

O grupo de vetores do transformador de potência é definido com números de


relógio, onde o valor do apontador de horas define o fasor do lado da baixa tensão,
e o fasor do lado da baixa tensão é sempre fixado ao número de relógio 12 que é
igual a zero. O ângulo entre os números de relógio é de 30 graus. Quando se faz a

604 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

comparação dos ângulos de fase, a entrada U_BUS é sempre a referência. Isso quer
dizer que, quando o transformador de potência Yd11 for usado, o fasor de tensão
do lado de baixa tensão leva até 30 graus ou retarda até 330 graus o fasor do lado
de alta tensão. A rotação dos fasores é anti-horária.

A regra geral é que o fasor do lado de baixa tensão retarda o fasor do lado de alta
tensão até o número de relógio * 30º. Isso é chamado ajuste de diferença de ângulo
e pode ser estabelecido para a função com o ajuste Deslocamento de fase .

9.3.5 Aplicação
O principal objetivo da função de verificação de sincronismo é fornecer controle
sobre o fechamento dos disjuntores em redes de energia para evitar o fechamento
se as condições de sincronismo não forem detectadas. Esta função também é
utilizada para impedir a reconexão de dois sistemas que são divididos após
ilhamento e um religamento de três polos.

O bloco de função de verificação de sincronismo inclui tanto a função de


verificação de sincronismo quanto a função de energização para permitir
fechamento quando um dos lados do disjuntor estiver inativo.

A rede e o gerador funcionando em paralelo com a rede são conectados através da


linha AB. Quando ocorrer uma falha entre A e B, a proteção do IED abre os
disjuntores A e B, isolando assim a seção defeituosa da rede e extinguindo o arco
que causou a falha. A primeira tentativa de recuperação é um auto-
-restabelecimento atrasado feito alguns segundos mais tarde. Então, a função de auto-
-restabelecimento DARREC fornece um sinal de comando para a função de
verificação de sincronismo para fechar o disjuntor A. SECRSYN executa uma
verificação de energização, conforme a linha AB é desenergizada (U_BUS> Valor
de barramento vivo, U_LINE< Valor de linha morta). Após verificar se a linha AB
está inativa e a direção de energização está correta, o IED energiza a linha (U_BUS
-> U_LINE) fechando o disjuntor A. O PLC da usina de energia descobre que a
linha foi energizada e envia um sinal para a outra função de verificação de
sincronismo para fechar o disjuntor B. Já que ambos os lados do disjuntor B estão
ativos (U_BUS > Valor de barramento vivo, U_LINE > Valor de barramento
vivo), a função de verificação de sincronismo que controla o disjuntor B realiza
uma verificação de sincronismo e, se a rede e o gerador estiverem em sincronismo,
fecha o disjuntor.

Série 615 605


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

GUID-27A9936F-0276-47A1-B646-48E336FDA95C V1 PT

Figura 302: Função de verificação de sincronismo SECRSYN verificando


condições de energização e sincronismo

Conexões
Uma atenção especial é dada à conexão do relé. Além disso, é verificado que a
fiação do lado primário está correta.

A fiação defeituosa das entradas de tensão do IED causa um mau funcionamento


na função de verificação de sincronismo. Se os fios de uma entrada de energização
tiverem alterado de local, a polaridade da tensão de entrada é revertida (180°).
Neste caso, o IED permite o fechamento do disjuntor em uma situação em que as
tensões estão em fases opostas. Isso pode danificar os dispositivos elétricos no
circuito primário. Portanto, é extremamente importante que a fiação dos
transformadores de tensão aos terminais na parte traseira do IED seja consistente
em relação às entradas de energização U_BUS (tensão de barramento) e U_LINE
(tensão de linha).

A fiação deve ser verificada pela leitura da diferença de fase medida entre as
tensões U_BUS e U_LINE. A diferença de fase medida pelo IED tem que ser
próximo de zero dentro das tolerâncias permitidas de precisão. As diferenças de
fase medidas são indicadas no LHMI. Ao mesmo tempo, é recomendável verificar
a diferença de tensão e as diferenças de frequência apresentadas nas visualizações
de dados Monitorados. Esses valores devem estar dentro das tolerâncias permitidas,
ou seja, próximo a zero.

A Figura 303 mostra um exemplo em que a verificação de sincronismo é utilizada


para o fechamento do disjuntor entre um barramento e uma linha. As tensões fase-
-fase são medidas a partir do barramento e também uma tensão de fase-fase a partir
da linha é medida.

606 Série 615


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GUID-DE29AFFC-9769-459B-B52C-4C11DC37A583 V1 PT

Figura 303: Conexão de tensões para o IED e sinais utilizados na verificação


de sincronismo

9.3.6 Sinais
Tabela 494: Sinais de entrada SECRSYN
Nome Tipo Padrão Descrição
U_BUS SINAL 0 Tensão da barra
U_LINE SIGNAL 0 Tensão de linha
CL_COMMAND BOOLEAN 0=Falso Solicitação externa de fechamento
DESVIO BOOLEAN 0=Falso Solicitação para desviar a verificação de
sincronismo e de tensão
Block BOOLEAN 0=Falso Bloqueio de sinal da verificação de sincronismo e
função de verificação de tensão

Tabela 495: Sinais de saída SECRSYN


Nome Tipo Descrição
SYNC_INPRO BOOLEAN Sincronização em progresso
SYNC_OK BOOLEAN Sistemas em sincronização
CL_FAIL_AL BOOLEAN Falha no fechamento CB
CMD_FAIL_AL BOOLEAN Falha na solicitação de fechamento CB
LLDB BOOLEAN Linha Ativa, Barramento Inativo
Tabela continua na próxima página

Série 615 607


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Seção 9 1MRS757783 A
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Nome Tipo Descrição


LLLB BOOLEAN Linha Ativa, Barramento Ativo
DLLB BOOLEAN Linha Inativa, Barramento Ativo
DLDB BOOLEAN Linha Inativa, Barramento Inativo

9.3.7 Configurações
Tabela 496: Ajustes de grupo SECRSYN
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo ativo e inativo -1=Desligado 1=Ambos inativos Modo de verificação de energização
1=Ambos inativos
2=Ativo L, Inativo B
3=Inativo L, Ativo B
4=Barramento
inativo, L Qualquer
5=L inativo,
Barramento
Qualquer
6=Um Ativo, Inativo
7=Nenhum ativo
Tensão de diferença 0.01...0.50 xUn 0,01 0,05 Limite da diferença de tensão máxima
Frequência da diferença 0.001...0.100 xFn 0,001 0,001 Limite da diferença de frequência máxima
Ângulo de diferença 5...90 deg 1 5 Limite da diferença de ângulo máxima

Tabela 497: Ajuste de grupo não-SECRSYN


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo de verificação de 1=Desligar 2=Síncrono Modo de operação de verificação de
sincronismo 2=Síncrono sincronismo
3=Assíncrono
Modo de controle 1=Contínuo 1=Contínuo Seleção do comando de verificação de
2=Comando sincronização ou modo de controle
contínuo
Valor de linha inativa 0.1...0.8 xUn 0,1 0,2 Linha de limite mínimo de tensão para
verificação de energização
Valor de linha ativa 0.2...1.0 xUn 0,1 0.5 Linha de limite máximo de tensão para
verificação de energização
Valor de barramento 0.1...0.8 xUn 0,1 0,2 Barramento de limite mínimo de tensão
inativo para verificação de energização
Valor de barramento 0.2...1.0 xUn 0,1 0.5 Barramento de limite máximo de tensão
ativo para verificação de energização
Pulso fechado 200...60000 ms 10 200 Duração do pulso fechado do disjuntor
Energização max V 0.50...1.15 xUn 0,01 1,05 Tensão máxima para energização
Fase -180...180 deg 1 180 Correção da diferença de fase entre
U_BUS e U_LINE
Tempo mínimo de 0...60000 ms 10 0 Tempo mínimo pra aceitar a
sincronização sincronização
Tabela continua na próxima página

608 Série 615


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tempo máximo de 100...6000000 ms 10 2000 Tempo máximo para aceitar a
sincronização sincronização
Tempo de energização 100...60000 ms 10 100 Atraso para a verificação de energização
Tempo de fechamento 40...250 ms 10 60 Tempo de fechamento do disjuntor
do CB

9.3.8 Dados monitorados


Tabela 498: Dados monitrados SECRSYN
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
ENERG_STATE Enum 0=Desconhecido Estado de energização
1=Ambos ativos da Linha e da Barra
2=Ativo L,
Inativo B
3=Inativo L,
Ativo B
4=Ambos
inativos
U_DIFF_MEAS FLOAT32 0.00...1.00 xUn Diferença de amplitude
de tensão calculada
FR_DIFF_MEAS FLOAT32 0.000...0.100 xFn Diferença de frequência
de tensão calculada
PH_DIFF_MEAS FLOAT32 0.00...180.00 deg Ângulo diferencial com
fase de tensão calculada
U_DIFF_SYNC BOOLEAN 0=Falso Diferença de tensão fora
1=Verdadeiro do limite de
sincronização
PH_DIF_SYNC BOOLEAN 0=Falso Diferença do ângulo de
1=Verdadeiro fase fora do limite de
sincronização
FR_DIFF_SYNC BOOLEAN 0=Falso Diferença de frequência
1=Verdadeiro fora do limite de
sincronização
SECRSYN Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

Série 615 609


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9.3.9 Dados técnicos

Tabela 499: SECRSYN Dados técnicos


Característica Valor
Precisão de operação Dependendo da frequência da tensão medida: fn
±2 Hz
Tensão: ±3,0% do valor ajustado ou ±0,01 × Un
Frequência: ±10 mHz
Ângulo da Fase ±3°
Tempo de reset < 50 ms
Taxa de reset Típico 0,96
Precisão do tempo de operação no modo de ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms
tempo definido

9.4 Religamento automático DARREC

9.4.1 Identificação
Descrição da função Nome do nó Identificação IEC Número do
lógico IEC 61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Religamento automático DARREC O-->I 79

9.4.2 Bloco de função

A070836 V2 PT

Figura 304: Bloco de função

610 Série 615


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9.4.3 Funcionalidade
Cerca de 80 a 85 por cento de falhas em linhas aéreas de MV são transitórias e
eliminadas automaticamente com uma desenergização momentânea da linha. O
resto das falhas, de 15 a 20 por cento, pode ser eliminado por interrupções mais
longas. A desenergização do local do defeito por um período de tempo selecionado
é realizada com o restabelecimento automático, durante o qual a maioria das falhas
pode ser removida.

Em caso de falha permanente, o religamento automático é seguido pelo disparo


final. Uma falha permanente deve ser localizada e eliminada antes que o local da
falha possa ser reenergizado.

A função de religamento automático AR pode ser usada com qualquer disjuntor


adequado para ser religado automaticamente. A função proporciona cinco
tentativas programáveis de religamento automático, que podem realizar de 1 a 5
restabelecimentos automáticos sucessivos do tipo e duração desejados, por
exemplo, um religamento automático retardado e um de alta velocidade.

Quando o restabelecimento é iniciado com a partida da função de proteção, a


função de religamento automático pode executar o trip final do disjuntor em um
curto período de operação, desde que a falha ainda persista quando o último
religamento selecionado tiver sido realizado.

9.4.3.1 Definição do sinal de proteção

A configuração da Linha de Controle define quais dos sinais de iniciação são sinais
de partida e trip de proteção e quais não são. Com essa configuração, o usuário
pode distinguir os sinais de bloqueio dos sinais de proteção. A configuração da
Linha de controle é uma máscara de bit, ou seja, o menor bit controla a linha
INIT_1 e o bit maior a linha INIT_6. Alguns exemplos de combinações da
configuração da Linha de controle são os seguintes:

Tabela 500: Definição de configuração d


Linha de INIT_1 INIT_2 INIT_3 INIT_4 INIT_5 INIT_6
controle DEL_INIT_2 DEL_INIT_3 DEL_INIT_4
configurando
0 outro outro outro outro outro outro
1 prot outro outro outro outro outro
2 outro prot outro outro outro outro
3 prot prot outro outro outro outro
4 outro outro prot outro outro outro
5 prot outro prot outro outro outro
...63 prot prot prot prot prot prot

prot = sinal de proteção


outro = sinal que não é de proteção

Série 615 611


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Quando o(s) bit(s) correspondente(s), tanto na configuração da Linha de controle


quanto na linha INIT_X for(forem) VERDADEIRO(S):

• A saída CLOSE_CB é bloqueada até que a proteção seja redefinida


• Se a linha INIT_X definida como sendo o sinal de proteção estiver ativada
durante o tempo de discriminação, a função AR é bloqueada
• Se a linha definida como sinal de proteção INIT_X permanecer ativa por mais
tempo do que o definido pelo ajuste Tempo máximo de disparo , a função AR
é bloqueada (disparo longo)
• A saída UNSUC_RECL é ativada depois do tempo pré-definido de dois
minutos (alarme de falha de aterramento).

9.4.3.2 Coordenação de zona

A coordenação de zona é usada na sequência de zona entre as unidades de proteção


local e os dispositivos abaixo. Na borda de descida da linha INC_SHOTP, o valor
do indicador de descarga ou disparo aumentará em um ponto, a menos que uma
descarga esteja em andamento ou o indicador de descarga já tenha o valor máximo.

O borda de descida da linha INC_SHOTP não será aceito se qualquer uma das
descargas estiver em curso.

9.4.3.3 Esquema mestre-escravo

Com a cooperação entre as unidades AR no mesmo IED ou entre IEDs, podem ser
executados os religamentos sequenciais de dois disjuntores em uma extremidade de
linha em um disjuntor de 1½ , disjuntor duplo ou barramento em anel. Uma
unidade é definida como mestre e executa o religamento primeiro. Se esse
restabelecimento for bem sucedido e se não houver nenhum trip, a segunda
unidade, que é escrava, é liberada para completar a descarga de religamento. Com
falhas persistentes, o religamento do disjuntor é limitado ao primeiro disjuntor.

A070877 V1 PT

Figura 305: Esquema mestre-escravo

Se a unidade AR for definida como mestre ao ajustar a sua prioridade do terminal


para alta:

612 Série 615


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• A unidade ativa a saída CMD_WAIT para a unidade escrava de baixa


prioridade, sempre que uma descarga estiver em andamento, um religamento
não for bem sucedido ou a entrada BLK_RCLM_T estiver ativa.
• A saída CMD_WAIT é reajustada um segundo depois que o comando de
religamento for executado ou se a sequência não for bem sucedida quando o
tempo de recuperação tiver passado.

Se a unidade AR for definida como escrava ao ajustar a sua prioridade do terminal


para baixa:
• Essa unidade espera até que a unidade mestre libere a entrada BLK_RECL_T
(a saída CMD_WAIT na unidade mestre). Somente depois que esse sinal tiver
sido desativado, o tempo de religamento para a unidade escrava pode ser iniciado.
• A unidade escrava é ajustada para um estado de bloqueio se a entrada
BLK_RECL_T não for liberada dentro do tempo definido pela configuração do
Tempo máximo de espera , que segue a iniciação de uma tentativa de
religamento automático.

Se a prioridade do terminal da unidade AR estiver ajustada para "nenhuma", essa


unidade irá pular todas essas ações.

9.4.3.4 Bloqueio de sobrecarga térmica

Um alarme ou sinal de partida da proteção de sobrecarga térmica (T1PTTR) pode


ser transmitido para a entrada BLK_THERM para bloquear e reter a sequência de
religamento. O sinal BLK_THERM não afeta a partida da sequência. Quando
decorrido o tempo de religamento e a entrada BLK_THERM estiver ativa, a
descarga não está pronta até a entrada BLK_THERM ser desativada. A entrada
BLK_THERM deve permanecer ativa por mais tempo que o tempo ajustado ao
configurar o Tempo de bloqueio máximo, a função AR será bloqueada.

Se a entrada BLK_THERM for ativada quando o temporizador de espera automático


estiver em execução, o temporizador de espera automático será reajustado e o
temporizador reiniciado quando a entrada BLK_THERM for desativada.

9.4.4 Princípio de operação


A função pode ser ativada e desativada com a configuração Operação . Os valores
de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação de religamento pode ser ativada e desativada com a configuração da


Operação de religamento . Essa configuração não desabilita a função, apenas a
funcionalidade de religamento. A configuração tem três valores de parâmetros:
“On”, “External Ctl” e ”Off”. O valor de ajuste “On” ativa a operação de
religamento e “Off” a desativa. Quando o valor de ajuste ou configuração
“External Ctl” estiver selecionado, a operação de religamento será controlada pela
entrada RECL_ON.

Série 615 613


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A operação da função de religamento automático pode ser descrita utilizando-se


um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são explicados nas
próximas seções.

A070864 V2 PT

Figura 306: Diagrama de módulo funcional

9.4.4.1 Coleta de sinal e lógica de atraso

Quando há trip da proteção, a iniciação das descargas de religamento automático


está presente na maioria das aplicações executadas com as entradas INIT_1...6.
As entradas DEL_INIT2...4 não são usadas. Em alguns países, a partida da
etapa de proteção é também usada para iniciar a descarga. Essa é a única vez em
que as entradas DEL_INIT são usadas.

614 Série 615


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A070865 V2 PT

Figura 307: Diagrama esquemático dos sinais de entrada de iniciação retardada

No total, a função AR contém seis linhas de iniciação separadas, usadas para a


inicialização ou bloqueio das descargas de religamento automático. Essas linhas
são divididas em dois tipos de canais. Em três desses canais, o sinal para a função
AR pode ser retardado, enquanto que os outros três canais não têm qualquer
capacidade de atrasar.

Cada canal que é capaz de atrasar um sinal de partida tem quatro atrasos de tempo.
O atraso de tempo é selecionado com base no indicador de descarga na função AR.
Para a primeira tentativa de religamento, o primeiro atraso de tempo é selecionado;
para a segunda tentativa, o segundo atraso de tempo e assim por diante. Para a
quarta e a quinta tentativas, os atrasos de tempo são os mesmos.

As configurações do atraso de tempo para o sinal DEL_INIT_2 são as seguintes:

• Str 2 delay shot 1


• Str 2 delay shot 2
• Str 2 delay shot 3
• Str 2 delay shot 4

Série 615 615


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As configurações do atraso de tempo para o sinal DEL_INIT_3 são as seguintes:

• Str 3 delay shot 1


• Str 3 delay shot 2
• Str 3 delay shot 3
• Str 3 delay shot 4

As configurações do atraso de tempo para o sinal DEL_INIT_4 são as seguintes:

• Str 4 delay shot 1


• Str 4 delay shot 2
• Str 4 delay shot 3
• Str 4 delay shot 4

Normalmente, são feitas apenas duas ou três tentativas de religamento. O terceiro e


o quarto tempos são usados para fornecer o assim chamado trip rápido final de
bloqueio.

A070866 V2 PT

Figura 308: Religamento automáticoExemplo de configuração de

Os sinais retardados DEL_INIT_2...4 são usados apenas quando a descarga de


religamento automático é iniciada com o sinal de partida de uma etapa de proteção.
Após o atraso na partida, a função AR liga o disjuntor e uma descarga de
religamento automático é iniciada. Quando a descarga é iniciada com o sinal de trip
da proteção, a função de proteção desarma o disjuntor e, simultaneamente, inicia a
descarga de religamento automático.

Se o disjuntor for fechado manualmente contra a falha, ou seja, se SOTF for usado,
o quarto atraso de tempo poderá ser levado em consideração. Isso é controlado com
a lógica interna da função AR e o Quarto atraso em SOTF .

Uma situação típica de religamento automático acontece onde uma descarga de


religamento automático foi realizada depois que a falha foi detectada. Existem dois

616 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

tipos desses casos: operação iniciada com o sinal de partida de proteção e operação
iniciada com o sinal de trip da proteção. Em ambos os casos, a sequência de
religamento automático é bem sucedida: termina o tempo de recuperação e
nenhuma nova sequência tem início.

A070867 V1 PT

Figura 309: Esquema de sinal de operação de religamento automático iniciada


com a partida de proteção de proteção

A descarga de religamento automático é iniciada com um sinal de partida da


função de proteção após decorrido o tempo de atraso de partida. O religamento
automático tem início quando a configuração Str 2 delay shot 1 tiver terminado.

A070868 V1 PT

Figura 310: Esquema de sinal de operação de religamento automático iniciada


com sinal de operação de proteção

A descarga de religamento automático é iniciada com um sinal de trip da função de


proteção. O religamento automático tem início quando decorrido o tempo de atraso
da operação de proteção.

Normalmente, todos os sinais de trip e partida são usados para iniciar uma descarga
de religamento automático e desarmar o disjuntor. Se qualquer um dos sinais de
entrada INIT_X ou DEL_INIT_X são usados para bloqueio, os bits
correspondentes na configuração da Linha de trip devem ser FALSE. Isso é para
garantir que o disjuntor não desarme a partir daquele sinal, ou seja, que o sinal não

Série 615 617


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Seção 9 1MRS757783 A
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ative a saída OPEN_CB. O valor-padrão para a configuração é "63", o que significa


que todos os sinais de iniciação ativam a saída OPEN_CB. O menor bit na
configuração da Linha de trip corresponde à entrada INIT_1, o maior bit à linha
INIT_6.

9.4.4.2 Início da descarga

A070869 V1 PT

Figura 311: Exemplo de um programa de religamento automático com uma


matriz de esquema de religamento

Na função AR, cada descarga pode ser programada para localizar em qualquer
lugar na matriz de esquema de religamento. As descargas são como estruturas
básicas (blocos de construção) usadas(os) para projetar o programa de religamento.
As estruturas básicas (blocos de construção) são chamadas CBBs. Todos os blocos
são iguais e têm as configurações que dão o número da tentativa (colunas na
matriz), a iniciação ou sinais de bloqueio (linhas da matriz) e o tempo de
religamento da descarga.

Os ajustes relacionados à configuração do CBB são:

618 Série 615


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Funções de controle

• Primeiro...Sétimo tempo de religamento


• Init signals CBB1…CBB7
• Blk signals CBB1…CBB7
• Número de descarga CBB1…CBB7

O tempo de religamento define os tempos abertos e fechados, ou seja, o tempo


entre os comandos OPEN_CB e CLOSE_CB. A configuração Init signals CBBx
define os sinais de iniciação. A configuração Blk signals CBBx define os sinais de
bloqueio que estão relacionados ao CBB (linhas na matriz). A configuração
Número de descarga CBB1…CBB7 define qual descarga está relacionada ao CBB
(colunas na matriz). Por exemplo, as configurações de CBB1 são:
• Primeiro tempo de religamento = 1,0s
• Init signals CBB1 = 7 (três menores bits: 111000 = 7)
• Sinais blk CBB1 = 16 (o quinto bit: 000010 = 16)
• Número de descarga CBB1 = 1

As configurações de CBB2 são:


• Segundo tempo de religamento = 10s
• Init signals CBB2 = 6 (o segundo e o terceiro bits: 011000 = 6)
• Sinais blk CBB2 = 16 (o quinto bit: 000010 = 16)
• Número de disparo CBB2 = 2

As configurações de CBB3 são:


• Terceiro tempo de religamento = 30s
• Init signals CBB3 = 4 (o terceiro bit: 001000 = 4)
• Blk signals CBB3 = 16 (o quinto bit: 000010 = 16)
• Número de descarga CBB3 = 3

As configurações de CBB4 são:


• Quarto tempo de religamento = 0,5s
• Init signals CBB4 = 8 (o quarto bit: 000100 = 8)
• Blk signals CBB4 = 0 (sem bloqueio de sinais relacionado a esse CBB)
• Número de descarga CBB4 = 1

Se uma descarga for iniciada a partir da linha INIT_1, só uma descarga será
permitida antes do bloqueio. Se uma descarga for iniciada a partir da linha
INIT_3, três descargas serão permitidas antes do bloqueio.

Uma iniciação de sequência a partir da linha INIT_4 leva a um bloqueio após


duas descargas. Em uma situação onde a iniciação é feita a partir tanto das linhas
INIT_3 e INIT_4, uma terceira descarga é permitida, isto é, o início de CBB3 é
permitido. Isso é chamado de bloqueio condicional. Se a iniciação for feita a partir
das linhas INIT_2 e INIT_3, ocorrerá um bloqueio imediato.

Série 615 619


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

A linha INIT_5 é usada com a finalidade de bloqueio. Se a linha INIT_5 estiver


ativa durante um início de sequência, a tentativa de religamento é bloqueada e a
função AR entra em modo de bloqueio.

Se mais de um CBB forem iniciados com o indicador de descarga,


o CBB com o menor número individual será sempre selecionado.
Por exemplo, se as linhas INIT_2 e INIT_4 estiverem ativas para
a segunda descarga, ou seja, se o indicador de descarga estiver em
2, será iniciado o CBB2 em vez do CBB5.

Mesmo que os sinais de iniciação não sejam recebidos a partir das funções de
proteção, a função AR poderá ser ajustada de maneira a prosseguir da segunda à
quinta descarga de religamento. A função AR pode, por exemplo, ser solicitada a,
automaticamente, prosseguir com a sequência quando o fechamento do disjuntor
falhar, ao ser solicitado. Nesse caso, a função AR emitirá um comando
CLOSE_CB. Quando decorrido o tempo de espera de fechamento, ou seja, quando
o fechamento do disjuntor falhar, a próxima descarga será automaticamente
iniciada. Outro exemplo é a geração incorporada na linha de energia elétrica, o que
pode fazer com que a verificação do sincronismo falhe e impeça o religamento. Se
a sequência de religamento automático tiver continuidade com a segunda descarga,
um religamento sincrônico bem sucedido terá mais chances de acontecer do que
com a primeira descarga, já que a segunda descarga dura mais tempo que a primeira.

620 Série 615


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Funções de controle

A070870 V1 PT

Figura 312: Diagrama lógico de detecção de sequência de iniciação automática

A iniciação automática pode ser selecionada com a configuração Auto initiation


Cnd como a seguir:
• Não permitida: nenhuma iniciação automática é permitida
• Quando a sincronização falhar, a iniciação automática será realizada quando
decorrido o tempo de espera automática e impedido o religamento devido a
uma falha durante a verificação de sincronismo.
• Quando o disjuntor não estiver fechando, a iniciação automática será realizada
se o disjuntor não fechar dentro do tempo de espera de fechamento, após
emissão do comando de religamento.
• Ambos: a iniciação automática é permitida quando a sincronização falhar ou o
disjuntor não fechar.

Série 615 621


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

O parâmetro Auto init define quais linhas INIT_X estão ativadas


na inicialização automática. O valor-padrão para esse parâmetro é
"0", o que significa que nenhuma iniciação automática foi
selecionada.

Instante
de defeito Tempo de
Tempo de fechamento
espera
automático em espera
Tempo de
Operar tempo de atraso Tempo de Tempo de Tempo de reivindicação
religamento 1 religamento 2 religamento 3

Sinal de início a partir


da proteção
Operar sinal a partir
da proteção

FECHADO ABERTO FECHADO

Seleção de Trip/ operação de Comando de Comando de Religamento


proteção proteção religamento CB religamento CB bem-sucedido

A070871 V1 PT

Figura 313: Exemplo de uma sequência de inicialização automática com falha


de sincronização na primeira descarga e falha de fechamento do
disjuntor na segunda.

Na primeira descarga, as condições de sincronização não foram preenchidas (SYNC


é FALSO). Quando o temporizador de espera automático terminar, a sequência
continuará para a segunda descarga. Durante o segundo religamento, as condições
de sincronização são satisfeitas e o comando de fechamento é dado ao disjuntor
após decorrido o tempo do segundo religamento.

Após a segunda descarga, o disjuntor falha ao ser fechado quando decorrido o


tempo de espera automático. A terceira descarga é iniciada e um novo comando de
fechamento é dado após decorrido o tempo do terceiro religamento. O disjuntor
fecha normalmente e o tempo de recuperação tem início. Uma vez decorrido o
tempo de recuperação, a sequência será concluída com êxito.

9.4.4.3 Controlador do apontador de disparo

A execução de uma sequência de religamento é controlada por um indicador de


descarga ou disparo. Ele pode ser ajustado com os dados monitorados SHOT_PTR.

O indicador de descarga ou disparo inicia a partir de um valor inicial "1" e


estabelece, de acordo com as configurações, se é permitido ou não que uma
determinada descarga seja iniciada. Após cada descarga, o valor do indicador de
descarga aumenta. Isso é feito até que um restabelecimento bem sucedido ou
aconteça um bloqueio após uma sequência completa de descargas, contendo um
total de cinco descargas.

622 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
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A070872 V1 PT

Figura 314: Função do indicador de descarga ou disparo

Cada vez que o indicador de discarga ou disparo aumentar, o tempo de recuperação


tem início. Quando o tempo de recuperação terminar, o indicador de disparo é
ajustado para seu valor inicial, a menos que nenhuma nova descarga seja iniciada.
O indicador de descarga é incrementado quando decorrido o tempo de religamento
ou na borda de descida do sinal INC_SHOTP.

Quando SHOT_PTR tiver o valor seis, a função AR estará no assim chamado


estado de pré-bloqueio. Se ocorrer uma nova iniciação durante o estado de pré-
-bloqueio, a função AR será bloqueada. Portanto, iniciar uma nova sequência
durante o estado de pré-bloqueio não é possível.

A função AR entrará em um estado de pré-bloqueio nos seguintes casos:


• Durante SOTF
• Quando a função AR estiver ativa, ela permanecerá em um estado de pré-
-bloqueio pelo período estabelecido pelo tempo de recuperação
• Quando todas as cinco descargas tiverem sido executadas
• Quando o limite do contador de operações frequentes for atingido. O início de
uma nova sequência força o bloqueio da função AR.

9.4.4.4 Controlador de religamento

O controlador de religamento calcula os tempos de religamento, discriminação e


recuperação. O tempo de religamento é iniciado quando o sinal INPRO é ativado,
ou seja, quando é dada a partida na sequência e o CBB ativado define esse tempo
de religamento.

Quando tiver decorrido o tempo de religamento, a saída CLOSE_CB não será


ativada até que as seguintes condições sejam satisfeitas:

Série 615 623


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

• A entrada SYNC deve ser VERDEIRA, se o CBB específico exigir


informações sobre o sincronismo
• Todas as entradas de ativação da função AR que são definidas como linhas de
proteção (usando a configuração da Linha de controle ) estão inativas
• O disjuntor esteja aberto
• O disjuntor está pronto para o comando de fechamento, isto é, a entrada
CB_READY é VERDEIRA.

Se pelo menos uma das condições não for cumprida dentro do tempo ajustado com
o parâmetro do Tempo de espera automático , a sequência de religamento
automático será bloqueada.

O requerimento de sincronia para os CBBs pode ser definido com a configuração


do Ajuste de sincronização , que é uma máscara de bits. O menor bit na
configuração do Ajuste de sincronização está relacionado a CBB1 e o maior a bit
relacionado a CBB7. Por exemplo, se a configuração for ajustada para "1", apenas
CBB1 irá exigir sincronismo. Se a configuração for ajustada para "7", CBB1,
CBB2 e CBB3 exigem que a entrada SYNC seja VERDEIRA antes que o comando
de restabelecimento possa ser dado.

A070873 V1 PT

Figura 315: Iniciação durante o tempo de discriminação - a função AR será


bloqueada

O tempo de discriminação inicia quando o comando de desligamento CLOSE_CB


tiver sido dado. Se a entrada de partida for ativada antes que o tempo de
discriminação tenha passado, a função AR será bloqueada. O valor-padrão para
cada tempo de discriminação é zero. O tempo de discriminação pode ser ajustado
com o parâmetro Dsr time shot 1…4 .

624 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

A070874 V1 PT

Figura 316: Iniciação depois que o tempo de discriminação tiver passado -


nova descarga têm início

9.4.4.5 Controlador de sequência

Quando a saída LOCKED está ativa, a função AR está bloqueada. Isso significa que
novas sequências não podem ser inicalizadas, porque AR não é sensível aos
comandos de iniciação. Ele pode ser liberada a partir do estado de bloqueio das
seguintes maneiras:
• A função é reconfigurada por meio de comunicação com o parâmetro RsRec .
• O bloqueio é automaticamente reconfigurado após o tempo de recuperação, se
a configuração da Reset do bloqueio automático estiver em uso.

Se a configuração do Reset do bloqueio automático não estiver em


uso, o bloqueio poderá ser liberado apenas com o parâmetro RsRec .

A função AR pode ser bloqueada por inúmeras razões:


• A entrada INHIBIT_RECL está ativa
• Todas as descargas foram executadas e uma nova inicialização é feita (disparo
final)
• O tempo definido com o parâmetro do Tempo de espera automático expira e o
início da sequência automática não é permitido por causa de uma falha na
sincronização
• O tempo definido com o parâmetro Tempo de espera de fechamento expira, ou
seja, o disjuntor não fecha ou a iniciação da sequência automática não é
permitida devido a uma falha no fechamento do disjuntor
• Uma nova descarga é iniciada durante o tempo de discriminação
• O tempo definido com o parâmetro Tempo máximo de espera expira, isto é, a
unidade mestre não libera a unidade escrava

Série 615 625


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

• O limite do contador de operações frequentes é atingido e uma nova sequência


é iniciada. O bloqueio é liberado quando o tempo de recuperação passar.
• O sinal trio de proteção ficou ativo por mais tempo que o tempo ajustado com
o parâmetro Tempo máximo de espera desde a iniciação da descarga
• O disjuntor é fechado manualmente durante uma sequência de religamento
automático e o modo de fechamento manual é FALSO.

9.4.4.6 Controlador de coordenação de proteção

A saída PROT_CRD é usada para controlar as funções de proteção. Em várias


aplicações, tais como aplicações com preservação de fusíveis, o trip e a iniciação
da descarga 1 devem ser rápidos (instantâneos ou com pequeno retardo). O disparo
e a iniciação das descargas 2 e 3 e o tempo de trip definitivo devem ser retardados.

Nesse exemplo, são usados dois elementos de sobrecorrente PHLPTOC e


PHIPTOC. PHIPTOC é considerado uma característica instantânea e PHLPTOC é
considerado um período de atraso

A saída PROT_CRD é ativada, se o valor SHOT_PTR for o mesmo ou mais alto que
o valor definido com a configuração do Limite crd de proteção e todos os sinais de
inicialização tiverem sido redefinidos. A saída PROT_CRD é redefinida sob as
seguintes condições:
• Se o tempo de desconexão passar
• Se o tempo de recuperação passar e a função AR estiver pronta para uma nova
sequência
• Se a função AR estiver bloqueada ou desativada, ou seja, se o valor da
configuração do Modo crd de proteção estiver "AR inoperative" ou "AR inop,
CB man".

A saída PROT_CRD também pode ser controlada com a configuração do Modo crd
de proteção . A configuração tem os seguintes modos:
• "no condition" (nenhuma condição): a saída PROT_CRD é controlada apenas
com a configuração do Limite crd de proteção .
• "AR inoperative": a saída PROT_CRD está ativa se a função AR estiver
desativada ou no estado de bloqueio ou se a entrada INHIBIT_RECL estiver
ativa.
• "CB close manual": a saída PROT_CRD está ativa pelo tempo de recuperação
se o disjuntor tiver sido fechado manualmente, isto é, se a função AR não tiver
emitido um comando de fechamento.
• "AR inop, CB man": ambos os modos, "AR inoperative" e "CB close manual"
são efetivos
• "always": a saídaPROT_CRD está constantemente ativa

626 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

INIT_1 (I>>) Disparo 2 Travamento


Disparo 1
INIT_2 (I>) (CBB1) (CBB2) Travamento
0.3s 15.0s
INIT_3 (Io>) Travamento

A070875 V3 PT

Figura 317: Exemplo de configuração de uso da saída PROT_CRD para


bloqueio de proteção

Se a configuração do Limite crd de proteção tem o valor "1", a função PHIPTOC


instantânea de proteção contra sobrecorrente trifásica estiver desativada ou
bloqueada após a primeira descarga.

9.4.4.7 Controle do disjuntor

São duas as características do controle do disjuntor: SOTF e contador de operações


frequentes. O SOTF protege a função AR em falhas permanentes.

A informação sobre a posição do disjuntor é controlada com a configuração do


Status de Pos do disjuntor fechado . O valor de ajuste "TRUE” significa que,
quando o disjuntor é fechado, a entrada CB_POS é TRUE (VERDADEIRO).
Quando o valor de ajuste é “FALSE”, a entrada CB_POS é FALSE (FALSO),
desde que o disjuntor esteja fechado. O tempo de pulso do comando de religamento
pode ser controlado com a configuração do Tempo de pulso de fechamento : a saída
CLOSE_CB é ativa durante o tempo definido com o Tempo de pulso de
fechamento . A saída CLOSE_CB também é desativada quando se detecta que o
disjuntor deve ser desligado, ou seja, quando a entrada CB_POS muda do estado
aberto para o fechado. A configuração Tempo de espera de fechamento define o
tempo após a ativação do comando CLOSE_CB, durante o qual o disjuntor deve ser
fechado. Se o fechamento do disjuntor não acontecer durante esse tempo, a função
de religamento automático esta acionada para bloqueio ou, se permitido, será
ativada a iniciação automática.

A principal motivação para o restabelecimento automático começar é a suposição


de que o defeito é temporário por natureza e que um desligamento momentâneo da
linha de energia elétrica, além de um religamento automático, restaura o
fornecimento de energia. No entanto, quando a linha de alimentação é ligada
manualmente e um disparo de proteção imediata é detectado, é muito provável que
a falha seja do tipo permanente. A falha permanente é, por exemplo, ligação de
uma linha de energia elétrica a um aterramento esquecido após trabalho de
manutenção ao longo da linha de alimentação. Em tais casos, SOTF é ativado, mas
só durante o tempo de recuperação (regeneração) depois de ligada a linha de
alimentação e somente quando o disjuntor tiver sido fechado manualmente e não
por meio da função AR.

SOTF desabilita qualquer início de tentativa de religamento automático. A


energização da linha de energia elétrica é detectada a partir da informação CB_POS.

Série 615 627


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

SOTF está ativa quando a função AR tiver sido habilitada ou quando a função AR
tiver sido iniciada e o SOTF deve permanecer ativo durante o tempo de
recuperação (regeneração).

Quando SOTF é detectado, o parâmetro SOTF está ativo.

Se a configuração do Modo de fechamento manual estiver ajustada


para FALSE e o disjuntor tiver sido fechado manualmente durante
uma tentativa de religamento automático, a unidade AR será
bloqueada automaticamente.

Se a configuração do Modo de fechamento manual estiver ajustada


para TRUE e o disjuntor tiver sido fechado manualmente durante
uma tentativa de religamento automático (o INPRO está ativo), essa
tentativa será considerada completa.

Quando SOTF inicia, o tempo de recuperação é reiniciado, desde


que ele esteja sendo executado.

O contador de operações frequentes tem a finalidade de bloquear a função de


religamento automático nos casos em que a falha causar sequências repetitivas do
religamento automático durante um curto período de tempo. Por exemplo, se uma
árvore provoca um curto-circuito e, como resultado, há tentativas de religamento
automático no intervalo de alguns minutos durante uma noite de tempestade. Esses
tipos de falhas podem facilmente danificar o disjuntor, se a função AR não for
bloqueada por um contador de operações frequentes.

O contador de operações frequentes tem três configurações:


• Limite do contador de operações frequentes
• Tempo do contador de operações frequentes
• Tempo de recuperação (restabelecimento) de operações frequentes

A configuração do Limite do contador de operações frequentes define o número de


tentativas de religamento que é permitido durante o tempo definido com o ajuste do
Tempo do contador de operações frequentes . Se o valor de ajuste tiver sido
atingido dentro de um período pré-estipulado, definido com a configuração do
Tempo do contador de operações frequentes a função AR é bloqueada quando uma
nova descarga é iniciada, desde que o contador ainda esteja acima do limite fixado.
O bloqueio é liberado depois que o tempo de recuperação (restabelecimento) tiver
decorrido. O tempo de recuperação (restabelecimento) pode ser definido com a
configuração do Tempo de recuperação (restabelecimento) de operações
frequentes .

628 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

Se o disjuntor tiver sido fechado manualmente durante o tempo de recuperação


(restabelecimento), esse tempo será ativado depois que o temporizador de
recuperação (restabelecimento) tiver decorrido.

9.4.5 Contadores
A função AR contém seis contadores. Seus valores são armazenados em uma
memória de semi-retenção. Os contadores são incrementador na borda de subida do
comando de religamento. Os contadores enumeram as seguintes situações:
• COUNTER: conta cada ativação de comando de religamento
• CNT_SHOT1: conta comandos de religamento que são executados a partir da
descarga 1
• CNT_SHOT2: conta comandos de religamento que são executados a partir da
descarga 2
• CNT_SHOT3: conta comandos de religamento que são executados a partir da
descarga 3
• CNT_SHOT4: conta comandos de religamento que são executados a partir da
descarga 4
• CNT_SHOT5: conta comandos de religamento que são executados a partir da
descarga 5

Os contadores são desativados por meio de comunicação com o parâmetro


DsaCnt . Quando os contadores são desativados, os valores não são atualizados.

Os contadores são reconfigurados por meio de comunicação com o parâmetro


RsCnt .

9.4.6 Aplicação
Modernos sistemas de energia elétrica podem fornecer energia aos usuários de
forma muito confiável. Contudo, podem ocorrer diferentes tipos de defeitos. Relés
de proteção desempenham um papel importante na detecção de falhas ou
anormalidades no sistema. Eles detectam falhas e enviam comandos para
disjuntores correspondentes para isolar o elemento defeituoso antes de dano
excessivo ou possível colapso do sistema de energia. Um isolamento rápido
também limita os distúrbios causados pelas peças em bom estado do sistema de
energia.

As falhas podem ser transitórias, semi-transitórias ou permanentes. Uma falha


permanente (por exemplo, em cabos de força) significa que existe um dano físico
no local do defeito que, primeiro, deve ser localizado e reparado antes que a tensão
de rede possa ser restaurada.

Em linhas áreas, o material isolante entre condutores de fase é o ar. A maioria das
falhas são de descarga elétrica de arco, causadas, por exemplo, por um raio.
Apenas uma pequena interrupção é necessária para a extinção do arco. Esses
defeitos são transitórios por natureza.

Série 615 629


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

Uma falha semi-transitória pode ser causada, por exemplo, por um pássaro ou um
galho de árvore que cai na linha aérea. A falha desaparece sozinha, se a corrente
com defeito queimar o galho ou o vento soprá-lo para longe.

As falhas transitórias e semi-transitórias podem ser eliminadas momentaneamente,


quando a linha de energia elétrica é desligada. Usar a função de religamento
automático minimiza as interrupções no serviço do sistema de energia e restaura a
energia on-line de forma rápida e sem esforço.

A ideia básica da função de religamento automático é simples. Em linhas aéreas,


onde a possibilidade de falhas de auto-reparação é alta, a função de religamento
automático tenta restaurar a energia através do religamento do disjuntor. Esse é um
método para fazer com que o sistema de energia volte a operar normalmente, com a
remoção das falhas transitórias ou semi-transitórias. Várias tentativas, isto é, são
permitidas descargas de religamento automático. Se nenhuma das tentativas for
bem sucedida e a falha persistir, o disparo final definido é mantido.

A função de religamento automático pode ser usada com cada disjuntor que tenha a
capacidade de restabelecer uma sequência. Na função de religamento automático
DARREC, o método de implementação de sequências de religamento automático é
patenteado pela ABB.

Tabela 501: Definições importantes relacionadas a religamento automático

disparo de uma operação em que, depois de um tempo pré-determinado, o disjuntor é


religamento desligado a partir do disparo do disjuntor causado por proteção
automático
sequência de um método pré-definido de proceder a tentativas de religamento (disparos ou
religamento descargas) para restaurar o sistema de energia
automático
SOTF Se a proteção detectar uma falha logo depois que um disjuntor aberto tiver sido
fechado, isso indica que a falha já existia. Pode ser, por exemplo, um
aterramento esquecido após o trabalho de manutenção. Esse fechamento do
disjuntor é conhecido como "comutação em caso de falha". É proibido o
religamento automático em tais condições.
Disparo final Ocorre em caso de falha permanente, quando o disjuntor é aberto pela última
vez depois de todas as operações de religamento automático programadas.
Uma vez que nenhum religamento automático acontece, o disjuntor permanece
aberto. Isso é chamado de disparo final ou disparo definitivo.

9.4.6.1 Início da descarga

Em algumas aplicações, o sinal START é usado para iniciar ou bloquear descargas


de religamento automático, em outras aplicações é necessário o comando
OPERATE (operar). Em sua forma mais simples, a função de religamento
automático é iniciada depois que a proteção tiver detectado uma falha, emitido um
disparo e aberto o disjuntor. Uma entrada é suficiente para inciar a função.

A função consiste em seis linhas de iniciação individual: INIT_1,


INIT_2 ... INIT 6 e linhas de iniciação retardada DEL_INIT_x. O usuário
pode utilizar quantas linhas de iniciação forem necessárias. Usar apenas uma linha

630 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

torna a configuração mais fácil, enquanto que, ao se utilizarem várias linhas, uma
maior funcionalidade pode ser alcançada. Basicamente, não há diferenças entre as
linhas de iniciação, exceto que as linhas 2, 3 e 4 têm as entradas DEL_INIT de
iniciação retardada e as linhas 1, 5 e 6 não.

A070884 V1 PT

Figura 318: Diagrama simplificado de iniciação do CBB

INIT_1...6 linhas de iniciação


CBB1...CBB2 duas primeiras estruturas básicas do ciclo

A operação de um CBB consiste de duas partes: iniciação e execução. Na parte de


iniciação, o status das linhas de iniciação é comparado às configurações do CBB.
De modo a permitir a iniciação em toda ativação da linha de iniciação, o interruptor
correspondente no parâmetro Init signals CBB_ (Sinais de iniciação CBB_) deve
ser ajustado para TRUE. De forma a bloquear a iniciação, o interruptor
correspondente no parâmetro Blk signals CBB_ deve ser ajustado para TRUE.

Se qualquer uma das linhas de iniciação ajustada com o parâmetro Init signals
CBB_ (Sinais de iniciação CBB_) está ativa e nenhuma linha de iniciação causa
bloqueio, o CBB pede a execução.

Série 615 631


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Funções de controle

OU

Execução de
E
CBB/Disparo

OU

A070885 V1 PT

Figura 319: Diagrama simplificado do CBB

Cada CBB tem configurações individuais Init signals CBB_ e Blk signals CBB_ .
Portanto, cada linha de iniciação pode ser utilizada tanto para iniciar quanto para
bloquear qualquer ou todas as descargas de religamento automático.

Outras condições que devem ser preenchidas antes que um CBB qualquer possa ser
iniciado são, por exemplo, a posição fechada do disjuntor.

9.4.6.2 Sequência

A sequência de religamento automático é implementada ao se utilizarem CBBs. A


maior quantidade possível de CBBs é sete. Se o usuário quiser ter, por exemplo,
uma sequência de três descargas, apenas os três primeiros CBBs serão necessários.
Usar blocos de construção ao invés de descargas fixas dá maior flexibilidade, o que
permite sequências múltiplas e adaptativas.

Cada CBB é idêntico. A configuração do Número de descarga CBB_ define em


que ponto, na sequência de religamento automático, o CBB deve ser executado, ou
seja, se o CBB particular será a primeira, a segunda, a terceira, a quarta ou a quinta
descarga.

Durante a iniciação de um CBB, as condições de iniciação e bloqueio são


checadas. Isso é feito para todos os CBBs simultaneamente. Cada CBB que
cumprir as condições de iniciação pede uma execução.

A função também faz o acompanhamento das descargas já realizadas, ou seja, o


ponto no qual a sequência de religamento automático acontece da descarga 1 até o
bloqueio. Por exemplo, se as descargas 1 e 2 já foram realizadas, apenas as
descargas de 3 a 5 são permitidas.

632 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

Além disso, a configuração Enable shot jump oferece duas possibilidades:


• Somente esses CBBs que estão ajustados para a próxima descarga na
sequência pode ser aceito para a execução. Por exemplo, se a próxima
descarga na sequência tiver que ser a descarga 2, uma solicitação do CBB
ajustado para a descarga 3 será rejeitada.
• Qualquer CBB que for ajustado para a próxima descarga ou qualquer uma das
descargas abaixo pode ser aceita para execução. Por exemplo, se a próxima
descarga na sequência tiver que ser 2, também os CBBs que forem ajustados
para as descargas 3, 4 e 5 serão aceitos. Em outras palavras, a descarga 2 pode
ser ignorada.

Caso haja muitos CBBs cuja execução tenha sido permitida, aquele com o menor
número é que será escolhido. Por exemplo, se os CBB 2 e 4 pedirem execução,
aquele a ser autorizado a efetuar a descarga é o CBB 2.

A função de religamento automático pode efetuar até cinco descargas ou ciclos de


religamentos automáticos.

9.4.6.3 Exemplos de configuração

OR CB_TRIP

PHHPTOC DARREC
I_A OPERATE INIT_1 OPEN_CB
INIT_2 CLOSE_CB CB_CLOSE
I_B START
INIT_3 CMD_WAIT
I_C INIT_4 PROT_CRD
BLOCK INIT_5 INPRO
INIT_6 LOCKED
ENA_MULT UNSUC_RECL
DEL_INIT_2
DEL_INIT_3 AR_ON
DEL_INIT_4
PHLPTOC
BLK_RECL_T
I_A OPERATE BLK_RCLM_T
I_B START BLK_THERM
CB_POS
I_C CB_READY
BLOCK DISA_COUNT
INC_SHOTP
ENA_MULT
INHIBIT_RECL
RECL_ON
SYNC
EFLPTOC
Io OPERATE
BLOCK START
ENA_MULT

Informação da entrada
binária do disjuntor
Condições para verificar se o disjuntor
está pronto para ser fechado
A070886 V3 PT

Figura 320: Exemplo de conexão entre as funções de proteção e de


religamento automático na configuração do IED.

É possível criar várias sequências para uma configuração.

As sequências de religamento automático para aplicações de proteção contra falhas


à terra não direcionais e contra sobrecorrente, onde os restabelecimentos

Série 615 633


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automáticos temporizados e de alta velocidade são necessários, podem ser as


seguintes:

Exemplo 1.
A sequência é implementada com duas tentativas que têm o mesmo tempo de
religamento para todas as funções de proteção, ou seja, I>>, I> e Io>. As tentativas
são iniciadas ao se ativarem os sinais operacionais das funções de proteção.

A070887 V1 PT

Figura 321: Religamento automático com duas tentativas

tHSAR Atraso no tempo de restabelecimento automático de alta velocidade, a saber:


Primeiro tempo de religamento
tDAR Atraso no tempo de religamento automático de alta velocidade, a saber:
Segundo tempo de religamento
tProteção Tempo operacional para a etapa de proteção para eliminar a falha

tCB_O Tempo operacional para abertura do disjuntor

tCB_C Tempo operacional para fechamento do disjuntor

Nesse caso, a sequência precisa de dois CBBs. Os tempos de religamento para as


tentativas 1 e 2 são diferentes, mas cada função de proteção inicia a mesma
sequência. A sequência de CBB é a seguinte:

INIT_1 (I>>) Disparo 1 Disparo 2 Travamento

INIT_2 (I>) (CBB1) (CBB2) Travamento


0.3s 15.0s
INIT_3 (Io>) Travamento

A071270 V2 PT

Figura 322: Duas tentativas com três linhas de iniciação

634 Série 615


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Funções de controle

Tabela 502: Ajustes para exemplo de configuração 1


Nome do ajuste Valor do ajuste
Número de tentativa CBB1 1
Sinais de iniciação CBB1 7 (linhas 1,2 e 3 = 1+2+4 = 7)
Primeiro tempo de religamento 0,3 s (um exemplo)
Número de tentativa CBB2 2
Sinais de iniciação CBB2 7 (linhas 1,2 e 3 = 1+2+4 = 7)
Segundo tempo de religamento 15,0 s (um exemplo)

Exemplo 2
Existem duas sequências separadas implementadas com três tentativas. A Tentativa
1 é implementada por CBB1 e é iniciada com a fase alta de proteção contra
sobrecorrente (I>>). A Tentativa 1 é ajustada como um restabelecimento de alta
velocidade com um pequeno atraso. A Tentativa 2 é implementada com CBB2 e
pretende ser a primeira tentativa da sequência de religamento automático iniciada
com a fase baixa de proteção contra sobrecorrente (I>) e a fase baixa de proteção
contra falha à terra não direcional (Io>). Ela tem o mesmo tempo de religamento
em ambas as situações. É definida como religamento automático de alta velocidade
para falhas correspondentes. A terceira tentativa, que é a segunda na sequência de
religamento automático iniciada por I> ou Io>, é ajustada como restabelecimento
automático retardado e executada após um religamento automático de alta
velocidade mal sucedido de uma sequência correspondente.

Série 615 635


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A071272 V1 PT

Figura 323: Religamento automático com duas tentativas com configurações


diferentes, de acordo com o sinal de iniciação

tHSAR Atraso no tempo de restabelecimento automático de alta velocidade, a saber:


Primeiro tempo de religamento
tDAR Atraso no tempo de religamento automático de alta velocidade, a saber:
Segundo tempo de religamento
tl>> Tempo operacional para a etapa de proteção I>> para eliminar a falha

tl> ou lo> Tempo operacional para a etapa de proteção I> ou Io> para eliminar a falha

tCB_O Tempo operacional para abertura do disjuntor

tCB_C Tempo operacional para fechamento do disjuntor

Nesse caso, o número de CBBs necessários é três, ou seja, o tempo de


restabelecimento da primeira tentativa depende do sinal de partida. A sequência de
CBB é a seguinte:

636 Série 615


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Funções de controle

Disparo 1
INIT_1 (I>>) (CBB1) Travamento
1.0s

Disparo 1 Disparo 2
INIT_2 (I>) Travamento
(CBB2) (CBB3)
INIT_3 (Io>) 0.2s 10.0s Travamento

A071274 V2 PT

Figura 324: Três tentativas com três linhas de iniciação

Se a sequência for iniciada a partir da linha INIT_1, isto é, a fase alta de proteção
contra sobrecorrente, a sequência será uma descarga longa. Por outro lado, se a
sequência for inicada a partir da linha INIT_2 ou da linha INIT_3, a sequência
será duas descargas longas.

Tabela 503: Ajustes para exemplo de configuração 2


Nome do ajuste Valor do ajuste
Número de tentativa CBB1 1
Sinais de iniciação CBB1 1 (linha 1)
Primeiro tempo de religamento 0,0 s (um exemplo)
Número de tentativa CBB2 1
Sinais de iniciação CBB2 6 (linhas 2 e 3 = 2+4 = 6)
Segundo tempo de religamento 0,2 s (um exemplo)
Número de tentativa CBB3 2
Sinais de iniciação CBB3 6 (linhas 2 e 3 = 2+4 = 6)
Terceiro tempo de religamento 10,0 s

9.4.6.4 Linhas de iniciação retardada

A função de religamento automático consiste em seis linhas individuais de


iniciação de religamento automático INIT_1...INIT 6 e três linhas de
iniciação retardada:
• DEL_INIT_2
• DEL_INIT_3
• DEL_INIT_4

DEL_INIT_2 e INIT_2 estão ligadas entre si com uma porta OR, assim como as
entradas 3 e 4. As entradas 1, 5 e 6 não têm nenhuma entrada retardada. Do ponto
de vista do religamento automático, não importa se a linha INIT_x ou
DEL_INIT_x é usada para iniciação ou bloqueio de descarga.

Série 615 637


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Seção 9 1MRS757783 A
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A função de religamento automático também pode abrir o disjuntor a partir de


qualquer uma das linhas de iniciação. É selecionada com a configuração da Linha
de trip . Como padrão, todas as linhas de iniciação ativam a saída OPEN_CB.

A070276 V1 PT

Figura 325: Diagrama lógico simplificado de linhas de iniciação

Cada linha de iniciação retardada tem quatro configurações diferentes de tempo:

Tabela 504: Configurações para linhas de iniciação retardada


Nome do ajuste Descrição e objetivo
Str x delay shot 1 Tempo de atraso para a linha DEL_INIT_x,
onde x é o número da linha, 2, 3 ou 4. Usado
para a descarga 1.
Str x delay shot 2 Tempo de atraso para a linha DEL_INIT_x,
usada para a descarga 2.
Str x delay shot 3 Tempo de atraso para a linha DEL_INIT_x,
usada para a descarga 3.
Str x delay shot 4 Tempo de atraso para a linha DEL_INIT_x,
usado para as descargas 4 e 5. Opcionalmente,
também pode ser usado com SOTF.

9.4.6.5 Início da descarga a partir do sinal de partida de proteção

Em sua forma mais simples, todas as descargas de religamento automático são


iniciadas pelos trips de proteção. Como resultado, todos os tempos de trip na
sequência são os mesmos. Isso acontece porque o uso de trips de proteção pode não
ser uma solução ideal. O uso de sinais de partida de proteção no lugar de disparos
de proteção, para iniciar descargas, reduz os tempos de trip.

638 Série 615


Manual Técnico
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Funções de controle

Exemplo 1
Quando é usada uma sequência de duas descargas, as informações de partida
originadas na função de proteção são transmitidas à entrada DEL_INIT 2 e as
informações de operação à entrada INIT_2. As seguintes condições devem ser
aplicadas:
• tempo de operação de proteção = 0,5s
• Str 2 delay shot 1 = 0,05s
• Str 2 delay shot = 60s
• Str 2 delay shot 3 = 60s

Operação numa falha permanente:

1. A proteção inicia e ativa a entrada DEL_INIT 2.


2. Após 0,05 segundos, a primeira descarga de religamento automático é iniciada.
A função abre o disjuntor: a saída OPEN_CB é ativada. O tempo total de trip é
o retardo na partida de proteção + 0,05 segundos + o tempo levado para ligar o
disjuntor.
3. Após a primeira descarga, o disjuntor é religado e a proteção tem início
novamente.
4. Como o atraso da segunda descarga é de 60 segundos, a proteção é mais rápida
e dispara após o ajuste do tempo de operação, ao ativar a entrada INIT 2. A
segunda descarga é iniciada.
5. Após a segunda descarga, o disjuntor é religado e a proteção tem início
novamente.
6. Como o atraso da segunda descarga é de 60 segundos, a proteção é mais rápida
e dispara após o ajuste do tempo de operação. Não há mais descargas
programadas, após o trip final. A função está em bloqueio e a sequência é
considerada mal sucedida.

Exemplo 2
O retardo também pode ser usado para trip final rápido. As condições são as
mesmas do Exemplo 1, com exceção de Str 2 delay shot 3 = 0,10 segundos.

A operação numa falha permanente é igual à do Exemplo 1, a não ser que, após a
segunda descarga, quando a proteção for iniciada novamente, Str 2 delay shot 3 irá
expirar antes do tempo de operação de proteção e antes que o trip final aconteça. O
tempo total de trip é o retardo na partida de proteção + 0,10 segundos + o tempo
levado para ligar o disjuntor.

9.4.6.6 Disparo rápido em mudança para falha

Os atrasos de parâmetro Str _ delay shot 4 também pode ser usado para efetuar um
disparo rápido e acelerado com SOTF. Isso é feito ao ajustar o parâmetro Quarto
atraso em SOTF para "1" e conectar a informação de partida da proteção à entrada
DEL_INIT_.

Série 615 639


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Quando a função detectar fechamento do disjuntor, ou seja, qualquer outro


fechamento, exceto o restabelecimento feito pela própria função, ela sempre irá
impedir a iniciação da descarga para o tempo ajustado segundo o parâmetro do
Tempo de recuperação . Além disso, se o parâmetro Quarto atraso em SOTF for
"1", os atrasos do parâmetro Str _ delay shot 4 também serão ativados

Exemplo 1
O tempo de operação de proteção é de 0,5 segundos, o parâmetro Quarto atraso em
SOTF é ajustado para "1" e o parâmetro Str 2 delay shot 4 é de 0.05 segundos. O
sinal de partida de proteção está ligado à entrada DEL_INIT_2.

Se a proteção for iniciada depois que o disjuntor for desligado, o disparo rápido
acontecerá após ajuste de 0.05 segundos. O tempo total de trip é o retardo na
partida de proteção + 0.05 segundos + o tempo levado para abrir o disjuntor.

9.4.7 Sinais
Tabela 505: Sinais de entrada DARREC
Nome Tipo Padrão Descrição
INIT_1 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR / bloqueio de sinal 1
INIT_2 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR / bloqueio de sinal 2
INIT_3 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR / bloqueio de sinal 3
INIT_4 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR / bloqueio de sinal 4
INIT_5 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR / bloqueio de sinal 5
INIT_6 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR / bloqueio de sinal 6
DEL_INIT_2 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR atrasada / bloqueio de sinal 2
DEL_INIT_3 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR atrasada / bloqueio de sinal 3
DEL_INIT_4 BOOLEAN 0=Falso Inicialização AR atrasada / bloqueio de sinal 4
BLK_RECL_T BOOLEAN 0=Falso Bloqueie e reinicie o tempo de religamento
BLK_RCLM_T BOOLEAN 0=Falso Bloqueie e reinicie o tempo de religamento
BLK_THERM BOOLEAN 0=Falso Bloqueie e segure o tiro de religamento da
sobrecarga térmica
CB_POS BOOLEAN 0=Falso Posição de entrada do disjuntor
CB_READY BOOLEAN 1=Verd Status do sinal do disjuntor
adeiro
INC_SHOTP BOOLEAN 0=Falso Um sinal de coordenação de sequência da zona
INHIBIT_RECL BOOLEAN 0=Falso Interrupções e inibições da sequência de religação
RECL_ON BOOLEAN 0=Falso Nível do sinal sensível para permissão (alta) /
não permissão (baixa) de religação
SYNC BOOLEAN 0=Falso Verificação de sincronização executada

640 Série 615


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Tabela 506: Sinais de entrada DARREC


Nome Tipo Descrição
OPEN_CB BOOLEAN Abrir comando para o disjuntor
CLOSE_CB BOOLEAN Fechar (religar) o comando para o disjuntor
CMD_WAIT BOOLEAN Espere pelo comando mestre
INPRO BOOLEAN Tiros de religamento em progresso ativado
durante o tempo morto
BLOQUEADO BOOLEAN Sinal indicando que o AR está bloqueado
PROT_CRD BOOLEAN Um sinal para coordenação entre o AR e a
proteção
UNSUC_RECL BOOLEAN Indica uma sequência de religamento sem êxito
AR_ON BOOLEAN Religamento permitido
READY BOOLEAN Indica que o AR está pronto para uma nova
sequência

9.4.8 Configurações
Tabela 507: Nenhum ajuste de grupo DARREC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Operação de religação 1=Desligar 1=Desligar Operação de religação (Desligado, Ctl
2=Ctl externo externo/Ligado)
3=Ligar
Modo de fechamento 0=Falso 0=Falso Modo de fechamento manual
manual 1=Verdadeiro
Espere o tempo de 50...10000 ms 50 250 CB permitido para o tempo de
fechamento fechamento após o comando de religação
Tempo máximo de 100...1800000 ms 100 10000 Tempo máximo de espera para
espera liberação haltDeadTime
Tempo máximo para 100...10000 ms 100 10000 Tempo máximo de espera para
ativação desativação dos sinais de proteção
Tempo de pulso fechado 10...10000 ms 10 200 Tempo de pulso fechado CB
Tempo de bloco térmico 100...1800000 ms 100 10000 Tempo máximo de espera para a
máximo desativação do sinal de bloqueio térmico
Tempo de suspensão 0...1800000 ms 100 10000 Temo de suspensão par coordenação
de proteção
Tempo de recuperação 100...1800000 ms 100 10000 Tempo de recuperação
Tempo Dsr tiro 1 0...10000 ms 100 0 Tempo de discriminação para o primeiro
religamento
Tempo Dsr tiro 2 0...10000 ms 100 0 Tempo de discriminação para o segundo
religamento
Tempo Dsr tiro 3 0...10000 ms 100 0 Tempo de discriminação para o terceiro
religamento
Tempo Dsr tiro 4 0...10000 ms 100 0 Tempo de discriminação para o quarto
religamento
Tabela continua na próxima página

Série 615 641


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Prioridade do terminal 1=Nenhuma 1=Nenhuma Prioridade do terminal
2=Baixa (seguidor)
3=Alta (master)
Ajuste de sincronização 0...127 0 Seleção para sincronizar a exigência
para religamento
Tempo de espera 0...60000 ms 10 2000 Tempo de espera para religamento do
automático desempenho da condição
Redefinição do bloqueio 0=Falso 1=Verdadeiro Redefinição do bloqueio automático
automático 1=Verdadeiro
Limite crd de proteção 1...5 1 Limite do tiro de coordenação para
proteção
Modo crd de proteção 1=Nenhuma 4=inop AR, CB Modo de coordenação de proteção
condição man
2=AR inoperante
3=Manual de
fechamento CB
4=inop AR, CB man
5=Sempre
cnd iniciação automática 1=Não permitida 2=Quando a Condição de iniciação automática
2=Quando a sincronização
sincronização falha falha
3=CB não fecha
4=Ambos
Linha de ativação 0...63 0 Linha de ativação define as entradas
INIT que causam a ativação OPEN_CB
Linha de controle 0...63 63 Linha de controle define as entradas
INIT que são sinais protegidos
Habilitar lançamento em 0=Falso 1=Verdadeiro Habilitar lançamento em suspensão
suspensão 1=Verdadeiro
Status pos CB fechado 0=Falso 0=Falso Status de posição do disjuntor fechado
1=Verdadeiro
Quarto atraso em SOTF 0=Falso 0=Falso Ajuste o 4° atraso para utilizar em todos
1=Verdadeiro os sinais DEL_INIT durante SOTF
Primeiro tempo de 0...300000 ms 10 5000 Tempo morto para CBB1
religamento
Segundo tempo de 0...300000 ms 10 5000 Tempo morto para CBB2
religamento
3° tempo de religamento 0...300000 ms 10 5000 Tempo morto para CBB3
4° tempo de religamento 0...300000 ms 10 5000 Tempo morto para CBB4
5° tempo de religamento 0...300000 ms 10 5000 Tempo morto para CBB5
6° tempo de religamento 0...300000 ms 10 5000 Tempo morto para CBB6
7° tempo de religamento 0...300000 ms 10 5000 Tempo morto para CBB7
sinais init CBB1 0...63 0 Linhas de iniciação para CBB1
Sianis init CBB2 0...63 0 Linhas de inicialização para CBB2
Sinais init CBB3 0...63 0 Linhas de inicialização para CBB3
Sinais init CBB4 0...63 0 Linhas de inicialização para CBB4
Sinais init CBB5 0...63 0 Linhas de inicialização para CBB5
Sinais init CBB6 0...63 0 Linhas de inicialização para CBB6
Tabela continua na próxima página

642 Série 615


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Sinais init CBB7 0...63 0 Linhas de inicialização para CBB7
Sinais blk CBB1 0...63 0 Linhas de bloqueio para CBB1
Sinais blk CBB2 0...63 0 Linhas de bloqueio para CBB2
Sinais blk CBB3 0...63 0 Linhas de bloqueio para CBB3
Sinais blk CBB4 0...63 0 Linhas de bloqueio para CBB4
Sinais blk CBB5 0...63 0 Linhas de bloqueio para CBB5
Sinais blk CBB6 0...63 0 Linhas de bloqueio para CBB6
Sinais blk CBB7 0...63 0 Linhas de bloqueio para CBB7
Número de tiro CBB1 0...5 0 Número de tiro para CBB1
Número de tiro CBB2 0...5 0 Número de tiro para CBB2
Número de tiro CBB3 0...5 0 Número de tiro CBB3
Número de tiro CBB4 0...5 0 Número de tiro para CBB4
Número de tiro CBB5 0...5 0 Número de tiro para CBB5
Número de tiro CBB6 0...5 0 Número de tiro para CBB6
Número de tiro CBB7 0...5 0 Número de tiro para CBB7
Str 2 atraso de tiro 1 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start2, 1°
religamento
Str 2 atraso de tiro 2 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start2, 2°
religamento
Str 2 atraso de tiro 3 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start2, 3°
religamento
Str 2 atraso de tiro 4 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start2, 4°
religamento
Str 3 atraso de tiro 1 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start3, 1º
religamento
Str 3 atraso de tiro 2 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start3, 2°
religamento
Str 3 atraso de tiro 3 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start3, 3°
religamento
Str 3 atraso de tiro 4 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start3, 4°
religamento
Str 4 atraso de tiro 1 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start4, 1º
religamento
Str 4 atraso de tiro 2 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start4, 2º
religamento
Str 4 atraso de tiro 3 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso start4, 3° religamento
Str 4 atraso de tiro 4 0...300000 ms 10 0 Tempo de atraso para start4, 4°
religamento
Limite do contador de 0...250 0 Limite de lockout do contador de
operação frequente operação frequente
Tabela continua na próxima página

Série 615 643


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Funções de controle

Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


Tempo do contador de 1...250 min 1 Tempo de contador de operação
operação frequente frequente
Tempo de recuperação 1...250 min 1 Tempo de recuperação do contador de
de operação frequente operação frequente
Inicialização automática 0...63 0 Define as linhas INIT ativadas pela
inicialização automática

9.4.9 Dados monitorados


Tabela 508: Dados monitorados DARREC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
DISA_COUNT BOOLEAN 0=Falso Sinal da desabilitação do
1=Verdadeiro contador
FRQ_OPR_CNT INT32 0...2147483647 Contador de operação
frequente
FRQ_OPR_AL BOOLEAN 0=Falso Alarme de contador de
1=Verdadeiro operação frequente
STATUS Enum -2=Sem êxito Sinal de status AR para
-1=Não definido IEC61850
1=Pronto
2=Em progresso
3=Com êxito
ATIVO BOOLEAN 0=Falso Sequência de
1=Verdadeiro religamento está em
progresso
INPRO_1 BOOLEAN 0=Falso Tiro de religamento em
1=Verdadeiro progresso, tiro 1
INPRO_2 BOOLEAN 0=Falso Tiro de religamento em
1=Verdadeiro progresso, tiro 2
INPRO_3 BOOLEAN 0=Falso Tiro de religamento em
1=Verdadeiro progresso, tiro 3
INPRO_4 BOOLEAN 0=Falso Tiro de religamento em
1=Verdadeiro progresso, tiro 4
INPRO_5 BOOLEAN 0=Falso Tiro de religamento em
1=Verdadeiro progresso, tiro 5
DISCR_INPRO BOOLEAN 0=Falso Sinal indicando que o
1=Verdadeiro tempo de discriminação
está em progresso
CUTOUT_INPRO BOOLEAN 0=Falso Sinal indicando que o
1=Verdadeiro tempo de suspensão
está em progresso
SUC_RECL BOOLEAN 0=Falso Indica uma sequência de
1=Verdadeiro religamento com êxito
UNSUC_CB BOOLEAN 0=Falso Indica um fechamento
1=Verdadeiro CB sem êxito
CNT_SHOT1 INT32 0...2147483647 Contador de operação
religável, tiro 1
CNT_SHOT2 INT32 0...2147483647 Contador de operação
religável, tiro 2
Tabela continua na próxima página

644 Série 615


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Funções de controle

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


CNT_SHOT3 INT32 0...2147483647 Contador de operação
religável, tiro 3
CNT_SHOT4 INT32 0...2147483647 Contador de operação
religável, tiro 4
CNT_SHOT5 INT32 0...2147483647 Contador de operação
religável, tiro 5
CONTADOR INT32 0...2147483647 Contador de operação
religável, todos os tiros
SHOT_PTR INT32 0...6 Valor do ponto de tiro
MAN_CB_CL BOOLEAN 0=Falso Mostra o último do
1=Verdadeiro manual CB durante a
sequência de religação
SOTF BOOLEAN 0=Falso Chaveamento sobre a
1=Verdadeiro falta
DARREC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

9.4.10 Dados técnicos

Tabela 509: DARREC Dados técnicos


Característica Valor
Precisão do tempo de operação ±1,0% do valor de ajuste ou ±20 ms

9.4.11 Histórico de revisão técnica


Tabela 510: Histórico de revisão técnica
Revisão técnica Alteração
B A saída PROT_DISA removeu as configurações
relacionadas
C O valor-padrão da configuração CB closed Pos
status mudou de "True" para "False"

Série 615 645


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9.5 Controle do comutador com regulador de tensão


OLATCC

9.5.1 Identificação
Descrição da função Identificação IEC Identificação IEC Número do
61850 60617 dispositivo ANSI/
IEEE C37.2
Controle do comutador de tap com OLATCC COLTC 90V
regulador de tensão

9.5.2 Bloco de funções

GUID-D28AEF4D-C38D-4F4A-908F-22FBFAB139CB V1 PT

Figura 326: Bloco de funções

9.5.3 Funcionalidade
O controle de comutador com função de regulador de tensão OLATCC
(controlador de comutador de tap sob carga) é projetado para regular a tensão dos
transformadores de potência com comutadores de tap sob carga em subestações de
distribuição. OLATCC fornece um controle de tensão manual ou automático do
transformador de potência ao usar sinais de aumento e diminuição ao comutador de
tap sob carga.

A regulagem de tensão automática pode ser usada em aplicações de


transformadores paralelos e simples. A operação paralela pode ser baseada em
Mestre/Seguidor (M/F), Minimização de Corrente Circulante (MCC) ou Princípio
de Reatância Negativa (NRP).

OLATCC inclui uma funcionalidade de compensação de queda de linha (LDC), e a


diminuição de carga é possível com uma redução de tensão dinâmica.

646 Série 615


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Ela define características de tempo (DT) ou característica de tempo inverso


(IDMT) é selecionável para atrasos entre operações de aumento e diminuição.

A função contém uma funcionalidade de bloqueio. É possível bloquear as


operações de controle de tensão com um sinal externo ou com a funcionalidade de
supervisão da função.

9.5.4 Princípio de operação


A função pode ser habilitada e desabilitada com o Operação configuração. Os
valores de parâmetros correspondentes são "On" e "Off".

A operação da função do comutador de TAPs com regulador de tensão pode ser


descrita utilizando-se um diagrama de módulo. Todos os módulos no diagrama são
explicados nas próximas seções.

Série 615 647


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Funções de controle

RAISE_LOCAL Regulagem
LOWER_LOCAL da tensão
CON_STATUS manual

PARALLEL Seleção do
modo de
AUTO operação

Regulagem
RSV
da
tensão
I_A
automática
I_B
I_C Automático
U_AB Único
FLLW1_CTL
FLLW2_CTL
TAP_POS FLLW3_CTL
Pararelo
TR1_TAP_POS Automático PAR_FAIL
TR2_TAP_POS (Mestre)
TR3_TAP_POS

Pararelo
Automático Controlador
TAPCHG_FLLW RAISE_OWN
(Auxiliar) de
pulso LOWER_OWN
Temporizador

Pararelo
Automático t
(NRP)
Indicação
TR1_I_AMPL t de ALARM
TR1_I_ANGL Pararelo Alarme
Automático
TR2_I_AMPL
TR2_I_ANGL (MCC)
TR3_I_AMPL TR0_I_AMPL
TR3_I_ANGL TR0_I_ANGL
Esquema
LTC_BLOCK de
bloqueio

TCO
GUID-BC07A9CF-D378-4A60-AFAF-DB6021BD082D V1 PT

Figura 327: Diagrama de módulo funcional

9.5.5 Dispositivos de medição de tensão e corrente


A tensão medida deve ser uma tensão de fase a fase do lado regulado.
Normalmente, é a tensão fase a fase U_AB do lado secundário do transformador de
potência. Se as tensões de fase são medidas, a tensão U_AB é calculada
internamente no IED.

As correntes do lado secundário do transformador de potência (I_A - I_C) têm


vários usos.

648 Série 615


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• O maior valor de corrente de fase é usado para o bloqueio de sobrecorrente.


• As correntes do lado secundário do transformador de potência são usadas para
a compensação de queda de linha (média das entradas conectadas).
• As correntes do lado secundário do transformador de potência são usadas para
calcular a corrente circulante no Princípio Reatância Negativa (NRP) e
Minimização de Corrente Circulante (MCC).

Ambas a tensão U_AB e as correntes de fase do lado secundário (I_x, onde x é A,


B ou C) são sempre medidos utilizando o valor do componente de frequência
filtrada fundamental (DFT). Assim, os harmônicos são sempre suprimidos. Além
disso, o valor de tensão medido é continuamente filtrado na média com uma janela
deslizante de comprimento de valor oito onde o atraso da filtragem resultante não é
compensado. A fase de compensação de tensão U_A é sempre usada nos cálculos,
apesar de não estar conectada. U m é o valor médio utilizado para o controle e sua
magnitude pode ser lida a partir dos dados monitorados de U_MEAS.

Da mesma forma, a magnitude da atual fase do transformador próprio, I_x e a


diferença do ângulo de fase entre a tensão U_A internamente compensada em fase
também são filtradas mediamente pelo comprimento fixo mesma janela. O valor do
ângulo de fase pode ser lido a partir dos dados monitorados de ANGL_UA_IA.
Essas correntes e diferenças de ângulo de fase são usados exclusivamente no
cálculo de correntes em circulação.

A diferença de ângulo é utilizado na Equação 76, Equação 77 e


Equação 79

Existem limites mínimos para as magnitudes de tensão e corrente, resultando na


magnitude e os valores de diferença de fase de ângulo diverso do zero. A
magnitude da tensão deve ser superior a três por cento de Un e o I_A atual deve
exceder dois por cento de In.

9.5.6 Indicação de posição do comutador


O valor da posição do comutador pode ser trazida para OLATCC como um valor
de resistência, um sinal de mA ou como um sinal binário codificado. Para mais
informações sobre como o valor da resistência, o sinal de mA ou uma interface de
codificação binária são implementados, consulte a função TPOSSLTC no manual
técnico do IED.

A posição indicada do comutador do transformador próprio é internamente ligado à


TAP_POS , e as posições do comutador dos transformadores em paralelo são
alimentados para TRx_TAP_POS . Isso também define a identidade de conexão
para que um seguidor se ligue TR1_TAP_PO, o seguidor 2 conecte-se a
TR2_TAP_POS e o seguidor 3 se ligue TR3_TAP_POS. A posição do
transformador próprio pode ser lido a partir dos dados monitorados TAP_POS. Por

Série 615 649


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Funções de controle

outro lado, as posições do seguidor do comutador podem ser lidas a partir dos
dados de entradaTRx_TAP_POS onde x é um valor entre 1 e 3.

Para a série 615, o valor da posição do comutador é dado entre parênteses, por
exemplo, (0) indica que não há nenhuma posição do comutador conectado ou a
qualidade da posição do valor do comutador é ruim. Normalmente, se nenhuma
posição do comutador é ligada, todas as entradas binárias TPOSSLTC são
FALSAS por padrão e o valor mostrado é (0). Um valor desviado de zero entre
parênteses indica má qualidade. A má qualidade da posição do comutador é tratado
por OLATCC como informações de posições desconectadas do comutador.

9.5.7 Seleção do modo de operação


OLATCC tem as configurações de Modo de operação e Modo de paralelismo
automático para a seleção do modo de operação desejados. A entrada Modo de
operação pode ter qualquer dos seguintes valores: "Manual", "Único auto," "Auto
paralelismo" e "Controle por Entrada". Se o sinal Modo de operação está
configurada para "Input control", o modo de operação atuante é determinado pelas
entradas PARALLEL e AUTO como mostrados na tabela para o modo de operação
atuante. A entrada PARALLEL define se o transformador (regulador de tensão) está
no modo paralelo ou único. A entrada AUTO define o status de operação no modo
simples.

Tabela 511: O modo de operação atuante determinado pelas entradas do modo de operação
PARALELO AUTO Modo de Operação
0 0 Manual
0 1 Único automático
1 0 ou 1 Paralelismo automático

Além disso, se o Modo de operação tiver sido configurado em "Auto parallel", o


segundo parâmetro de configuração Modo de paralelismo automático define o
modo paralelo e as alternativas são "Auto master", "Auto follower", "MCC" ou
"NRP".

O modo de operação atuante pode ser lido dos dados monitorados OPR_MODE_STS.

Exclusão de Comando
Uma mudança no modo de operação atuante usando duas entradas (PARALLEL
eAUTO) e mudança no grupo de configuração (com a entrada ou via menu) é
necessária quando o modo de operação atuante precisa ser mudado
automaticamente, isto é, há uma lógica que leva essas duas entradas e mudança de
grupo de configuração com base nas informações de status dos disjuntores.

A exclusão comum Local/Remota (L/R) está relacionada com os comandos de


aumento e diminuição manual de OLATCC, isto é, internamente fornece o

650 Série 615


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Funções de controle

mecanismo de exclusão para prevenir os comandos remotos (de SCADA) quando o


IED está no modo local e vice-versa.

9.5.8 Regulagem de tensão manual


Os comandos de aumento e diminuição manuais podem ser fornecidos através de
entradas de configuração LOWER_LOCAL e RAISE_LOCAL, através do HMI do
IED ou através de comandos remotos. O modo de operação atuante do OLATCC
deve ser configurado para "Manual" e os dados monitorados do estado LR de
controle Remoto/Local do IED precisa estar em "Local" para executar os comandos
de controle manualmente de HMI ou através de entradas de configuração. Embora
o OLATCC esteja configurado em "Manual" mas o estado LR esteja configurado
em "OFF" ou "Remoto", nenhum comando de controle manual pode ser dado.

Para comandos remotos, o modo de operação atuante da função OLATCC deve


também ser configurado em "Manual" e os dados monitorados de estado LR
precisam estar em "Remoto".

Os comandos de aumento e diminuição manual podem ser dados localmente


através do parâmetro Controle manual ("Cancelar"/"Diminuir"/"Aumentar")
localizado no menu HMI Controle/OLATCC1 ou através das entradas de
configuração LOWER_LOCAL ou RAISE_LOCAL.

Um comando de aumento é dado ao selecionar o valor de enumeração "Aumentar"


e o comando de diminuição é dado ao selecionar o valor de enumeração
"Diminuir". Um comando manual de aumento/diminuição manual aceito ativa a
saída correspondente RAISE_OWN ou LOWER_OWN para controlar a tensão do
próprio transformador.

Controle de tensão x direção de movimento do comutador


O OLATCC tem as configurações de controle Diminuir bloco de tap e Aumentar
bloco de tap. Os ajustes Diminuir bloco de tap e Aumentar bloco de tap devem ter
a posição de comutador que resulte no menor e maior valor de tensão controlada
(geralmente no lado LV do transformador). A configuração de ambos os Aumentar
bloco de tap valor > Diminuir bloco de tap valor e Diminuir bloco de tap valor >
Aumentar bloco de tap valor é permitido. No caso onde o valor de Aumentar bloco
de tap excede o valor de Diminuir bloco de tap , o controle de aumento ativa a
saída RAISE_OWN. Isso resulta no aumento da posição do comutador, e a tensão
medida aumenta. Além disso, o valor da saída RAISE_OWN é TRUE. Se a própria
posição do comutador está conectada (isto é, a qualidade do comutador é boa), o
alarme do comutador é ativado se o comutador não se move para cima no Tempo
de atraso do erro cmd após a ativação do pulso, resultando que ALARM_REAS
nos dados monitorados contém um valor errado de comando. O valor padrão de
configuração Tempo de atraso do erro cmd é de 20 segundos.

O controle de redução (vide Figura 328) funciona de maneira semelhante. Nos


dados de saída, o valor de saída LOWER_OWN é TRUE. Um alarme é gerado se o

Série 615 651


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

comutador não se move para baixo no Tempo de atraso do erro cmd após a
ativação do pulso (assumindo que a posição do comutador esteja conectada).

No segundo caso, os parâmetros são estabelecidos para que o valor de Diminuir


bloco de tap > valor de Aumentar bloco de tap. O controle de aumento ativa a saída
RAISE_OWN. O resultado deve ser que o comutador abaixe sua posição e que a
tensão medida aumente. Além disso, o valor da saída RAISE_OWN é TRUE nos
dados de saída. Se a própria posição do comutador está conectada, o alarme do
comutador é ativado se o comutador não se move para baixo no Tempo de atraso
do erro cmd após a ativação do pulso, o ALARM_REAS nos dados monitorados
contém um valor errado de comando.

O controle de redução funciona de maneira semelhante. Nos dados de saída, o


valor de saída LOWER_OWN é TRUE. Um alarme é gerado se o comutador não se
move para cima no Tempo de atraso do erro cmd após a ativação do pulso,
assumindo que a posição do comutador esteja conectada.

9.5.9 Regulação automática da tensão de transformadores únicos


OLATCC visa controlar os transformadores de energia com um motor controlado
no comutador de tap sob carga. A função é projetada para regular a tensão no lado
secundário do transformador de potência. O método de controle é baseado em um
princípio de passo a passo, que significa que um pulso controlado por vez é emitido
ao mecanismo do comutador de tap para movê-lo exatamente uma posição acima
ou abaixo. Entretanto, quando etapas intermediárias não são indicadas para o
comutador de tap, não causará alarme se mais de um estágio for atingido.

O objetivo do regulador é de manter uma tensão secundária estável do


transformador de potência. A base para essa operação é o parâmetro de Tensão do
centro de banda configurada pelo usuário. Ao aumentar ou diminuir vários fatores
de compensação, o regulador calcula uma tensão de controle para a tensão do
centro de banda, como mostrado na Equação 74. Assim, a tensão de controle é a
tensão secundária do transformador desejado a ser mantida pelo regulador. A
tensão de controle é comparada à tensão medida e a diferença entre as duas forma o
erro de processo de regulagem.

Como o comutador muda a tensão em etapas, deve-se permitir um certo erro. O


erro, chamado de Tensão de largura de banda, é também configurado pelo usuário.
Uma configuração recomendada para a Tensão de largura de banda deve ser perto
de duas vezes a tensão da etapa ΔU do transformador e nunca abaixo dela como
mínimo. Por exemplo, Tensão de largura de banda é duas vezes o valor da etapa ΔU
na Figura 328.

Se a tensão medida flutua dentro da tensão de controle ± metade da Tensão de


largura de banda , o regulador é desativado. Se a tensão medida estiver fora dos
limites de tensão de metade da largura da banda, um atraso ajustável T1 (Controle
de tempo de atraso 1 ) se inicia (vide Figura 328) onde a função de diminuição é
um exemplo). O atraso T1 permanece ativo contanto que a tensão medida esteja
fora dos limites de histerese de metade do valor da Tensão de largura de banda. A

652 Série 615


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Funções de controle

configuração de fábrica para a histerese é de 10 porcento da configuração Tensão


de largura de banda.

GUID-65BA0EC4-8E96-41E1-B273-3519DF5C25E1 V1 PT

Figura 328: Função de regulagem da tensão. Um pulso de controle para baixar


a tensão é emitido após o T1 ter terminado.

Se a tensão medida estiver fora da histerese quando o contador de atraso T1 atingir


seu valor de configuração, o relê de saída de aumento ou descida é ativado. Isso
ativa o pulso de saída RAISE_OWN ou LOWER_OWN, e o acionamento motorizado
do comutador funciona. O status dessas saídas podem ser lidas dos dados de saída
RAISE_OWN ou LOWER_OWN, respectivamente.

Se a tensão medida cai ou aumenta dentro dos limites de histeres durante o tempo
de operação, o contador de atraso é redefinido.

O comprimento do pulso pode ser definido usando o parâmetro Tempo de pulso


LTC . O valor padrão é de 1,5 segundos.

Um leve atraso idêntico ao tempo de operação do comutador típico é ativado antes


que o início do próximo temporizador de operação seja possível. Para OLATCC, o
atraso é configurado para 6 segundos. Se uma operação de comutador não for
suficiente para regular a tensão do transformador dentro dos limites de histerese,
um segundo atraso ajustável T2 (Controle de tempo de atraso 2), geralmente com
uma configuração de tempo mais curta que T1, se inicia. Este atraso é usado para
os comandos de controle dentro da mesma sequência até a recuperação da tensão
ocorrer. Os atrasos T1 e T2 podem ser selecionados por características de tempo
definidas ou inversas. Na operação de modo de tempo inverso, o tempo de
operação depende da diferença entre a tensão de controle e a tensão medida (vide
Equação 80). Quanto maior a diferença na tensão, menor o tempo de operação.
Para maiores informações sobre a operação de tempo inverso, vide o capítulo sobre
características do temporizador OLATCC .

Série 615 653


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Funções de controle

Equação de Regulagem
O princípio de regulagem simples é muitas vezes complementado por
características adicionais para levar a queda de tensão das linhas em consideração
(compensação da queda de linha), coordenar a regulagem de transformadores
paralelos e mudar o nível de tensão de acordo com o estado de carga da rede. A
tensão de controle Up é calculada de acordo com a equação
Up = Us + U z + U ci − U rsv
GUID-86D55536-6EF1-43CB-BA21-EF57280DEBB4 V1 PT (Equação 74)

Up Tensão de controle

Us Nível de tensão configurada Tensão do centro de banda

Uz Termo de compensação da queda de linha

Uci Termo de compensação da corrente circulante

Ursv Parâmetro de redução de voltagem

Up também pode ser lido diretamente nos dados monitorados U_CTL.

O termo compensação de corrente de circulação é calculado somente para modos


de operação em paralelo NRP e MCC, que são descritos mais detalhadamente adiante.

Compensação de Queda de Linha (Line Drop Compensation - LDC)


A característica de compensação de queda de linha é usada para compensar a queda
de tensão ao longo da linha ou rede alimentada pelo transformador. Os parâmetros
de configuração da compensação podem ser calculados teoreticamente se a
resistência e reatância da linha são conhecidas ou medidas praticamente da mesma
queda de linha.

IL
RL XL
Carga

UB UL

GUID-552C931B-4A1A-4361-8068-0A151CB99F30 V1 PT

Figura 329: Circuito elétrico equivalente para calcular o termo LDC

Os parâmetros de compensação Queda da linha V Ris (Ur) e Reatância de queda de


linha V (Ux), são valores percentuais de Un de acordo com as equações.

654 Série 615


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Funções de controle

3 · I CT _ n1 · R
Queda da linha V Ri s =U r [ % ] = · 100 [%U n ]
UVT _ n1
3 · ICT _ n1 · X
Reação de queda de linha V = U x [ % ] = · 100 [%U n ]
UVT _ n1
GUID-B79F4E6B-B70E-4D85-BD8C-7877BD52A334 V1 PT (Equação 75)

ICT_n1 Corrente primária nominal do TC

UVT_n1 Tensão primária nominal do TP (tensão fase a fase)

R Resistência da linha, Ω/fase


X Reatância da linha, Ω/fase

A equação LDC geral pode ser calculada.

Iinjected (U r [%] cos ϕ + U x [%] sin ϕ )


Uz = × [ xU n ]
In 100
GUID-B004A188-862D-4015-868D-8654F8F5D214 V1 PT (Equação 76)

Iinjetada Média das correntes I_A, I_B e I_C

Ur Ajustes Queda da linha V Ris

Ux Ajustes Reatância de queda de linha V

φ ângulo de fase entre U_A e I_A (ANGL_UA_IA em Dados monitorados)

Por padrão, a compensação de queda de linha (LDC) não está ativa. O LDC é
ativado quando o parâmetro LDC habilitado para "True". Para manter o termo
LDC dentro dos limites aceitáveis em todas as situações, OLATCC tem um
parâmetro de configuração limite LDC que tem valor padrão de 0,10 xUn. Como
resultado, isso dá um valor máximo para Uz na Equação 74.

Se mais de uma linha for conectada à barra LV, a impedância equivalente é


calculada e dada como uma configuração de parâmetro vista na figura para o
circuito elétrico equivalente para o cálculo de LDC. Por exemplo, se há N números
de linhas idênticas com cargas idênticas na subestação, os valores de R- e X-
necessários para os parâmetros Reatância de queda de linha V e Queda da linha V
Ris são obtidos ao dividir a resistência e a reatância de uma linha por N. Como a
queda de tensão é diferente em linhas com impedâncias e correntes de carga
diferentes, é necessário fazer um acordo ao configurar os parâmetros Reatância de
queda de linha V e Queda da linha V Ris . Aumentar a tensão no ponto de menor
tensão não deve levar à sobretensão em outro local.

Por padrão, a compensação de queda de linha é somente eficiente na direção de


fluxo de potência ativa normal. Se o fluxo de potência ativa no transformador tornar-
-se oposto, isto é, do lado regulado em direção ao sistema no nível superior, o
termo LDC é ignorado, isto é, configurado a zero. Em tal caso, assume-se que as
unidades alimentadoras no lado regulado dos transformadores mantém níveis

Série 615 655


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Funções de controle

adequados de tensão. Isso pode causar um conflito, se o transformador tentar


reduzir a tensão na subestação. Adicionalmente, é difícil perver os níveis reais de
tensão nas linhas de alimentação em tais casos, e diminuir a tensão na subestação
pode ter efeitos danosos no lado mais distante da rede. Entretanto, o parâmetro
Fluxo inverso de potência permitido permitir também termos de LDC negativos a
serem inseridos na equação.

As mudanças de topologia na rede podem causar mudanças ao valor de impedância


equivalente na rede. Se a mudança for substancial, os grupos de configuração
podem ser usados para mudar entre valores diferentes de configuração para
Reatância de queda de linha V e Queda da linha V Ris. Na prática, isso significa
que informações do tipo booleana da mudança de topologia são conectadas à
mudança de grupo de configuração ativa.

O uso da equação LDC no caso de transformadores paralelos é descrito no capítulo


sobre Regulagem de tensão automática dos transformadores em paralelo.

Entrada de Tensão de Ajuste Reduzido (Reduce Set Voltage - RSV)


A frequência do sistema diminui quando a produção de energia ativa na rede é
menor que seu consumo. Neste caso, o fornecimento de energia precisa ser
aumentado ou algumas cargas precisam ser reduzidas para restaurar o equilíbrio de
potência.

A maneira mais simples de diminuir a carga é reduzir o nível de tensão ao atribuir


um valor de tensão de centro de banda menor aos reguladores. Para esse fim,
OLATCC tem parâmetro de grupo de configuração Redução de banda. A ativação
da entrada RSV resulta na redução. Se esta entrada estiver configurada para TRUE,
um valor de tensão alvo configurado é diminuído pela Redução de banda. Se mais
de uma etapa de redução RSV for desejada, a mudança de grupo de configuração
precisa ser usada quando valores diferentes de Redução de banda são suportados.
O valor de diminuição é mantido como o valor alvo contanto que a entrada RSV
esteja em TRUE.

Como a diminuição de frequência indica uma necessidade de reduzir a carga, é


prático conectar o sinal de início de um bloco de função de subfrequência na
entrada digital de RSV.

Depende das características de carga quanto da carga será reduzida com as quedas
de tensão. Por exemplo, cargas puramente resistivas são proporcionais ao quadrado
da tensão, enquanto o acionamento motorizado baseado nos controladores de
frequência podem obter energia constante apesar de pequenas mudanças na tensão.

O status da entrada RSV pode ser lida dos dados de entrada RSV.

9.5.10 Regulação automática da tensão de transformadores


paralelos
É provável que uma corrente circulando entre transformadores ocorra se dois ou
mais transformadores com razões levemente diferentes são energizados em

656 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

paralelo. Isso se deve às impedâncias de curto circuito desequilibrados dos


transformadores paralelos. Para evitar tais correntes, os comutadores de tap dos
transformadores devem ser ajustados para atingir um equilíbrio. Se os
transformadores forem considerados idênticos, os passos de tap (tensão) e posições
de tap também devem ser equivalentes. Neste caso, o princípio Mestre/Seguidor
pode ser usado. Entretanto, transformadores com especificações desiguais com
diferentes passos de tap podem ser conectados em paralelo e essas configurações
podem também ser gerenciadas pela função de controle do comutador de tap. Para
essas configurações, a Minimização de Corrente de Circulação (MCC) ou Princípio
de Reatância Negativa (NRP) devem ser usados. Os princípios MCC e NRP
também são adequados para transformadores idênticos.

A corrente de circulação, que é quase puramente indutivo, é definido como


negativo se flui em direção ao transformador. Uci na Equação 74 é positivo e a
tensão de controle Up aumenta como resultado da ativação do sinal de saída
RAISE_OWN se o nível de corrente de circulação for suficiente (vide Equação 77 e
Equação 79) e os outros parâmetros permanecem os mesmos. Como resultado, o
aumento da tensão deve diminuir a corrente de circulação.

Equação LDC e conexão paralela


O desafio adicional na conexão paralela considerando a compensação de queda de
linha é conhecer a corrente total que flui através dos transformadores paralelos.

No modo Mestre/Seguidor, conhecer a corrente total é um pouco mais fácil quando


comparado com outros modos paralelos pois assume-se que os transformadores
tenham especificações idênticas, isto é, a corrente total (Iinjetada na Equação 76) é
obtida pela multiplicação da corrente de carga medida (a média das correntes
secundárias I_A, I_B e I_C do próprio transformador conectado) com o número de
transformadores paralelos. OLATCC pode internamente concluir o número de
transformadores paralelos a partir das entradas conectadas da posição do
comutador de tap. Ao contrário, se não houver informações de posição conectada
de outros transformadores paralelos, o número correto de transformadores
paralelos, excluindo o próprio transformador, precisa ser configurado com o ajuste
Trafos paralelos .

No modo MCC, a comunicação horizontal transfere as informações das correntes


de carga medidas entre os reguladores para que a corrente total necessária na
compensação de queda de linha possa ser somada com precisão. Aqui, Iinjetada é
definida como sendo a soma de fasor de todas as correntes de lado secundário de
transformadores de potência paralelos. As correntes de outros transformadores
devem ser alimentadas através das entradas TRx_I_AMPL e TRx_I_ANGL.

No modo NRP, os transformadores paralelos têm especificações diferentes e não há


comunicação entre os reguladores. Portanto, ao configurar Reatância de queda de
linha V e Queda da linha V Ris, o ICT_n1 usado na equação deve ser a soma de
correntes especificadas de todos os transformadores operando em paralelo. Aqui,
Iinjetada é também definida como a média das correntes secundárias conectadas

Série 615 657


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Funções de controle

(I_A, I_B e I_C). O valor de compensação de queda de linha calculado pode ser
lido do LCD de dados monitorados.

9.5.10.1 Princípio Mestre/Seguidor M/F

O princípio de operação Mestre/Seguidor (M/F) é adequado para transformadores


de energia com especificações e tensões de estágio idênticas. Um regulador de
tensão (mestre) mede e controla e outros reguladores (seguidores) seguem o
mestre, isto é, todos os comutadores conectados em paralelo são sincronizados.
Essa operação paralela é obtida ao conectar a saída FLLWx_CTL do mestre à saída
correspondente TAPCHG_FLLW dos seguidores através de uma comunicação
GOOSE horizontal.

Os valores para o comando FLLWx_CTL são 1=Abaixar seguidor x e 2= Aumentar


seguidor x. Consequentemente, os valores para o comando TAPCHG_FLLW são
1=Abaixar e 2=Aumentar.

Se vários reguladores irão agir como mestres (um de cada vez), suas saídas também
devem ser roteadas para a entrada de outros reguladores. Para iniciar a operação
paralela, o regulador mestre é configurado para o modo "Auto master" e os
seguidores para o modo "Auto Follower". Para implantar esta configuração, uma
mudança de grupo precisa ser planejada.

Para manter todos os comutadores na mesma posição, o mestre precisa conhecer as


posições de comutador dos seguidores. Desta forma, a corrente circulante é
mantida no mínimo. Os valores de posição dos seguidores pode ser trazida ao
mestre tanto através da comunicação GOOSE horizontal quanto da função
TPOSSLTC.

Se não for possível usar a comunicação horizontal entre os IEDs e a informação de


posição não puder ser enviada dos transformadores paralelos, o princípio M/F pode
ainda ser usado para regular dois ou um número ilimitado de transformadores em
paralelo. Como o mestre não pode detectar as posições dos comutadores de
transformadores paralelos, somente ativa as saídas de diminuição e aumento para
todos os seguidores quando controla seu próprio comutador. Isso é chamado de
controle cego. Neste caso, um número de transformadores paralelos são regulados
como uma unidade. As entradas da posição do comutador 1…3
(TR1_TAP_POS..TR3_TAP_POS) deve ser deixada desconectada para que o
mestre saiba que as posições dos comutadores dos seguidores são desconhecidas. O
atraso de tempo entre comandos sucessivos pode ser configurado pelo parâmetro
Tempo de atraso do seguidor . O valor padrão é de 6 segundos.

Quando um transformador desconectado é usado, e a posição do comutador é


desconhecida, o seguidor deve ser manualmente controlado para a mesma posição
que o mestre. Isso também pode acontecer no modo Mestre/Seguidor. Primeiro, o
mestre dá um comando de controle para seu próprio transformador, isto é, ele ecoa
para os seguidores (as posições de comutador do seguidor precisam estar
conectadas). Assim, comandos de controle sucessivos aos seguidores ocorrem até
que o mestre e os seguidores tenham as mesmas posições de comutadores.

658 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

Função em descompasso
A função em descompasso é geralmente usada somente nos modos M/F. A função
em descompasso significa que o mestre é capaz de detectar os valores de posição
dos seguidores e controlá-los para a mesma posição em que está o mestre. Neste
caso, o mestre assume que os seguidores têm Aumentar bloco de tap > Diminuir
bloco de tap ou Diminuir bloco de tap > Aumentar bloco de tap pois isso define
qual é o pulso de comando dado para um seguidor. Se o mestre tiver Aumentar
bloco de tap > Diminuir bloco de tap e o seguidor tiver Diminuir bloco de tap >
Aumentar bloco de tap ou vice versa, o TAPCHG_FLLW correspondente incluindo
sinais de controle devem ser desconectados em sentido cruzado. Isso requer lógica
extra quando bits de comando de dois pontos precisarem ser convertidos, isto é,
0=>0, [01]=1=>[10]=2 e [10]=2=>[01]=1.

M/F é o único modo paralelo que tem uma funcionalidade de descompasso. Nos
modos de operação MCC e NRP, a corrente circulante é minimizada, que mais
provavelmente significa posições diferentes de comutadores em transformadores
paralelos. Além disso, esses modos permitem diferentes especificações e tensões
para os transformadores paralelos. Portanto, é razoável aplicar a função de
descompasso somente no modo de operação M/F.

A função de descompasso é acionada quando o mestre detecta uma diferença de no


mínimo uma etapa entre as posições de comutadores no seguidor e no mestre. O
mestre então envia comandos especiais de aumento ou diminuição ao seguidor
divergente. Se dois comandos consecutivos deixam de mudar a posição do seguidor
para a direção certa, o mestre ativa a saída PAR_FAIL, isto é, PAR_FAIL é
configurado para TRUE, e interrompe os esforços de recuperação especial.
Entretanto, toda vez que o mestre controla seu próprio comutador mais tarde, está
sempre enviando um pulso de controle ao seguidor divergente. Além disso, se o
mestre percebe uma mudança na posição correta após enviar um pulso, reinicia a
tentativa de guiar o seguidor para a mesma posição e desativa a saída PAR_FAIL,
isto é, PAR_FAIL é configurado para FALSE. Entretanto, se ainda houver
seguidores divergentes, a reconfiguração não é indicada. É indicada somente
quando não existir nenhum seguidor divergente. O monitoramento, e assim a
indicação de uma falha paralela, não é possível no controle cego. Os seguidores
com uma falha paralela podem ser lidos dos dados monitorados FAIL_FLLW. Por
exemplo, se somente o seguidor 3 está com um estado de falha paralela,
FAIL_FLLW apresenta o valor "seguidor 3". Se ambos os seguidores 1 e 2 estão
em um estado de falha paralela, o FAIL_FLLW tem o valor de "seguidores 1+2".
Por padrão, quando nenhum seguidor com falha existir, o valor é "No failed
followers".

9.5.10.2 Princípio de Reatância Negativa NRP

Este esquema de controle paralelo é adequado para transformadores de potência


com especificações e tensões diferentes. Como nenhuma comunicação entre os
reguladores é necessária, este princípio pode ser aplicado até mesmo quando os
transformadores paralelos estão localizados em subestações diferentes. Para iniciar
a operação paralela, o parâmetro de modo de operação atuante precisa ser

Série 615 659


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

configurado em "NRP" para todos os reguladores da conexão. O modo de operação


atuante pode ser mudado através de entradas de bloco de função ou por
configuração local ou remota.

Quando aplicando este princípio, cada regulador tem uma configuração de ângulo
de fase φCarga (parâmetro de configuração Ângulo de fase de carga) e é em sua
direção que tenta regular a corrente. O valor de configuração é escolhido de acordo
com o fator de energia esperado da carga (valor de configuração positiva igual a
carga indutiva). Quando o ângulo de fase atual da corrente de carga é o mesmo que
a configuração e os transformadores e suas posições de comutador são idênticas, as
correntes de dois ou mais transformadores estão na mesma fase que a corrente de
carga total. Se as posições dos comutadores são diferentes, o fluxo de corrente
circulante e as correntes de transformadores diferentes atrasam ou adiantam a
corrente de carga. Figura 330 mostra que a corrente circulante é um componente
reativo que separa o vetor de corrente medida do valor de ângulo esperado.

GUID-2B71B160-FB76-4BE0-952F-75F42220401F V1 PT

Figura 330: O ângulo de fase esperado de carga fornecida pelos


transformadores operando em paralelo é inserido como um valor
de configuração φCarga

Os reguladores calculam a corrente circulante com a equação


I ci = (sin ϕ1 − tan ϕ Load × cos ϕ1 ) × ITR1
GUID-823FAEEA-589B-4C8E-81CD-E5FECF28BF06 V1 PT (Equação 77)

ITR1 Média das correntes I_A, I_B e I_C

φ1 Ângulo de fase entre U_A e I_A

φCarga O ângulo de fase configurado da corrente de carga

660 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

No método de reatância negativa, a corrente circulante é minimizada pela mudança


na tensão de controle, de acordo com a corrente circulante medida. O regulador
calcula o termo de compensação de corrente circulante Uci usando a equação
− I ci Estabilidade
U ci = · · Un
In 100
GUID-2A7864D3-D59F-47F9-84FD-B3F2C15178EB V1 PT (Equação 78)

Ici Corrente circulante

Estabilidade Ajuste de estabilidade (o valor recomendado depende da impedância do loop)

Se os transformadores operando em paralelo tiverem correntes nominais diferentes,


o valor do Fator de estabilidade do regulador deve ser proporcional às correntes
especificadas, isto é, quanto maior as correntes especificadas, maior o Fator de
estabilidade .

Ao comparar os componentes reativos das correntes medidas por reguladores


diferentes é possível descobrir se a corrente circulante foi minimizada. A corrente
circulante é minimizada quando os componentes reativos são iguais.

O método de reactância negativa dá resultados satisfatórios somente se o ângulo de


fase da corrente de carga é conhecido com relativa precisão. Se o ângulo de fase
atual desvia da configuração de ângulo de fase, ocorre um erro de regulagem.
Entretanto, para casos onde houver uma mudança ocasional em estágios no ângulo
de fase da carga, o erro de regulagem pode ser suprimido com a lógica. Esse tipo
de mudança em estágios pode ocorrer, por exemplo quando um banco capacitor é
ligado para compensar um fluxo de energia reativa.

Outra possibilidade é usar uma mudança de grupo de configuração automática


entre as configurações em diferentes situações de carga. Os grupos de configuração
então têm valores de configuração diferentes para o ângulo de fase de carga.

9.5.10.3 Princípio de Minimização da Corrente Circulante MCC

O princípio MCC é uma solução ideal para o controle de transformadores paralelos


de especificações ou tensão diferentes em subestações com cargas reativas
variantes. Como este esquema de controle permite a troca de dados entre
reguladores, a corrente circulante pode ser calculada com mais precisão do que
com outros esquemas. Entretanto, o máximo de quatro reguladores podem ser
conectados em paralelo. Para iniciar a operação paralela, o parâmetro de modo de
operação atuante precisa ser configurado em "MCC" para todos os reguladores da
conexão. Além disso, o sinal CON_STATUS deve indicar que os transformadores
estão conectados à rede. Uma unidade que está minimizando a corrente circulante
precisa ter o modo de operação atuante configurado em "MCC". Entretanto, as
unidades com o modo de operação atuante em "Manual" não realizam quaisquer
operações de minimização de corrente sozinhas.

Série 615 661


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

GUID-F73692B0-629D-4C0A-BFAB-648B0A832E42 V1 PT

Figura 331: A corrente circulante entre dois transformadores paralelos

Neste caso, a corrente circulante pode ser calculada com a equação


I ci = (sin ϕ1 × ITR1 − sin ϕ2 × ITR 2 ) / 2

GUID-5898550F-0095-4173-91ED-4D5AFFC7B58D V1 PT (Equação 79)

ITR1 Valor primário médio das correntes I_A, I_B e I_C medidas pelo regulador 1

ITR2 Valor primário médio das correntes I_A, I_B e I_C medidas pelo regulador 2

φ1 Ângulo de fase entre U_A e I_A no regulador 1

φ2 Ângulo de fase entre U_A e I_A no regulador 2

A corrente circulante pode ser lida dos dados monitorados I_CIR.

Usando a corrente circulante, o termo de compensação Uci pode ser calculado com
a equação
− I ci Fator estabilidade
U ci = · · Un
I CT _ n1 100
GUID-173A1FA0-8C07-4BA8-AAEB-62F95E10396C V1 PT

Ici Corrente circulante, valor primário

ICT_n1 Corrente primária nominal do TC

Fator de estabilidade Ajuste de estabilidade (o valor recomendado depende da impedância do loop)

A corrente circulante pode ser lida dos dados monitorados I_CIR.

662 Série 615


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Funções de controle

Usando a corrente circulante, o termo de compensação Uci pode ser calculado


usando a Equação 78. O valor de Uci, que pode ser positivo ou negativo, é
considerado pela sua adição à Tensão do centro de banda Us (vide Equação 74).
De acordo com a Figura 331 e Equação 79, a informação de fasor dos outros IEDs
é necessária.

Detecção da unidade paralela e o modo MCC


A informação do estado de conexão da rede é essencial para o modo de operação
MCC. O estado FALSE precisa ser conectado à entrada CON_STATUS para
garantir a operação adequada do cálculo de MCC se o transformador estiver
desconectado mas o OLATCC permanecer no modo MCC. Desta forma, o
transformador desconectado é excluído dos cálculos de corrente circulante.

A entrada CON_STATUS é usada para identificar se um certo controlador de


transformador é capaz de enviar informações de corrente a outros controladores de
transformador para fins de minimização de corrente circulante. Como resultado,
esta entrada tem efeito somente nos modos de operação atuantes MCC ou Manual.
Nestes modos, se CON_STATUS for TRUE, a transmissão de informações é
iniciada. As informações de corrente circulante recebidas são permitidas somente
no modo de operação atuante MCC quando o CON_STATUS estiver em TRUE.
PAR_UNIT_MCC pode ser visto na visão de dados monitorados.

Comunicação e o modo MCC


As informações de fasor de outros IEDs paralelos são necessárias para o cálculo da
corrente circulante. Portanto, a comunicação GOOSE horizontal é necessária entre
IEDs quando o princípio MCC é usado.

O fasor de corrente transferida contém o valor primário da corrente medida. As


informações de fasor de corrente recebida podem ser lidas dos dados de entrada
TRx_I_AMPL e TRx_I_ANGL para magnitude e ângulo, respectivamente. O
valor "x" dá o número do transformador conectado em paralelo, um valor entre 1 e
3.

As informações de fasor enviadas sempre representam a diferença entre o fasor de


tensão U_A e I_A. Esta informação relacionada ao fasor de corrente pode ser lida
dos dados de saída TR0_I_AMPL e TR0_I_ANGL. Os modos de operação atuante
permitidos para enviar dados são o MCC ou Manual, ambos com a entrada
CON_STATUS ativada. A comunicação pode ser vista como ativa quando a
magnitude do fasor de envio e recebimento não está forçada em zero. A magnitude
do fasor de comunicação encontrada como zero resulta de um modo de operação
atuante rejeitado ou de magnitudes de sinais muito baixos (vide o capítulo
OLATCC Medidas de tensão e corrente ). O CON_STATUS ativo indica que o
transformador correspondente está conectado à rede e sua corrente afeta a corrente
circular de outros transformadores mesmo quando está por si só no modo de
operação manual.

Série 615 663


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Funções de controle

9.5.11 Características do temporizador


Funcionalidade do temporizador de operação
Os tempos de atraso podem ser configurados para acompanhar tanto a
característica de tempo definido ou a característica de tempo inverso com a
Característica de atraso . Por padrão, o tipo "tempo definido" é selecionado. O
modo de temporizador não pode ser alterado entre os ciclos de T1 e T2, antes que
T1 tenha começado ou após ter decorrido T2.

Tabela 512: Atrasos de modos diferentes no temporizador


Modo de Ajustes Descrição
temporizado
r
T1 Controle de tempo de atraso 1 Primeiro atraso quando a tensão medida
supera ou fica aquém do valor-limite.
T2 Controle de tempo de atraso 2 Segundo atraso, quando o primeiro
controle não trouxe a tensão medida a
um nível desejado.

O atraso após a ativação do pulso de comando e o reinício do temporizador é de


seis segundos. O atraso é assumido como sendo o atraso da operação do
comutador. O estado do temporizador também pode ser lido a partir dos dados de
monitoramento TIMER_STS, onde T1 ativo dá um valor "Lower timer1 on" ou
"Raise timer1 on", enquanto T2 ativo dá um valor "Lower timer2 on" ou "Raise
timer2 on". Além disso, o valor "Fast lower T on" indica que a funcionalidade de
controle rápido de redução está ativo (veja o capítuloEsquema de Bloqueio ).

Tipo de operação IDMT


O temporizador IDMT pode ser selecionados por meio do ajuste da Característica
de atraso para "Tempo Inverso". O tempo mínimo nas características de tempo
inverso é limitada a 1,0 segundo. No entanto, a configuração mínima recomendada
do controle de atrasos T1 e T2 é de 10 segundos quando o atraso de tempo definido
é usado e 25 segundos quando o atraso de tempo inverso é utilizado.

A função de tempo inverso é definida pelas equações:


Ud
B=
(U BW / 2)
GUID-59DE8DA1-7C1D-41A2-98A8-48A91D061FFD V1 PT (Equação 80)

Ud |Um – Up|, tensão diferencial

UBW Parametrização Tensão de largura de banda

664 Série 615


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Funções de controle

T
t=
2 ( B −1)

GUID-18A433AA-B4A7-4DA8-94B2-4FDF12A23FD1 V1 PT (Equação 81)

T T1 ou T2

Os dados monitorados UD_CTL mostram o valor da tensão diferencial Um – Up.


Se o valor exceder metade da Tensão de largura de banda e tem um sinal negativo,
um pulso crescente é emitido. Os dados monitorados UD_CTL também podem ser
vistos no modo temporizador DT.

A abordagem de histerese é apresentado na Figura 328.

GUID-6AA3C028-E7DD-4C87-A91C-4B8B1D43CBBA V1 PT

Figura 332: A característica de tempo inverso para diferentes valores de T1 ou


T2 (A figura menor é uma visão aproximada do maior)

9.5.12 Controle de pulso


O comutador gera um sinal de operação ativo quando o processo de comutação está
ativo. Este sinal é para ser conectado à entrada TCO. O sinal é usado para fins de
alarme. Se o sinal está ativo (=TRUE) por mais de 15 segundos após o pulso de
controle ter sido desativado, um alarme é gerado (vide o capítulo Indicação de
alarme ). Se a entrada TCO não estiver conectada, nenhum alarme é gerado.

Série 615 665


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Funções de controle

A operação de controle é desativada quando o sinal de entrada TCO está ativo, a


menos que nenhum transformador emperrado seja detectado (vide o capítulo
Indicação de alarme ). Assim, não é possível para o controlador enviar novos
pulsos ao comutador quando já está em operação. Isso ocorre pois os comutadores
são tipicamente imunes a novos pulsos quando estão em operação. Além disso,
como os pulsos são omitidos, o contador de pulso do comutador do controlador não
é alterado para mais.

Os comandos não são tolerados durante um pulso ativo. Portanto, o comprimento


de pulso do comando (configuração Tempo de pulso LTC) deve ser
cuidadosamente selecionado, embora uma entrada ativa TCO é usada internamente
para prevenir que novos comandos atinjam o comutador.

Para ter mais certeza que nenhum pulso novo está para ser enviado quando o
comutador está em operação, o sinal de operação do comutador pode também ser
conectado à entrada LTC_BLOCK. Neste caso, o bloqueio externo é obtido quando
um pulso automático é enviado ao comutador em operação. O LTC_BLOCK
externo é por padrão ineficaz quando o modo de operação atuante está configurado
em "Manual".

O status da entrada TCO pode ser lida dos dados de entrada TCO.

9.5.13 Esquema de bloqueio


A operação do regulador de tensão pode ser bloqueada por várias razões. O
objetivo do bloqueio é prevenir que o comutador opere sob condições que possam
danificar o comutador ou exceder outros limites relacionados ao sistema de
energia. Há dados monitorados BLK_STATUS que não implicam o bloqueio real,
mas revelam se o pulso de comando de entrada é emitido ou não. O bloqueio
acontece quando o bit correspondente no sinal BLK_STATUS está ativo e o pulso
de comando está para ser iniciado devido a um intervalo de temporizador ou
comando local. Isso é para evitar o envio de eventos desnecessários.

O xis (X) na tabela define quando a operação é bloqueada (se o bit correspondente
está ativo no BLK_STATUS). Por exemplo, uma sobretensão (tensão de aumento
de retrocesso) resulta no bloqueio somente quando o modo de operação atuante
está em "Manual" e o comando de aumento manual está para ser dado.

666 Série 615


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Tabela 513: Esquema padrão de bloqueio no OLATCC


Modo de Comando Corrente Bloqueio Tensão de Corrente Bloqueio Posições
operação de carga de tensão aumento de Externo extremas
atual baixa de circulação
retrocesso alta
Manual Aumentar X X X
Abaixar X X
Seguidor Aumentar X X X X
automátic
o Abaixar X X X X

Único Aumentar X X X1) X X2)


Automátic
o, Mestre Abaixar X X X1) X X2)
Automátic
o, NRP,
MCC

1) Como a corrente circulante é somente calculada nos modos NRP e MCC, pode ter um efeito de
bloqueio somente nesses modos.
2) Entretanto, nestes casos, a operação pura automática observa que a posição extrema já foi
atingida e não há necessidade de ativar o sinal para enviar o evento de conjunto de dados. O caso
do seguidor automático pode ser comparado ao caso manual e um evento pode ser enviado, isto é,
a saída correspondente é ativada.

Além do bloqueio padrão, o Bloqueio manual personalizado foi adicionado devido


às diferentes práticas de operação considerando o bloqueio do comando manual. A
configuração pode ser usada para adaptar bloqueios considerando a sobrecorrente
manual, subtensão, ou bloqueio externo. (Os bloqueios estão na tabela nas colunas
Corrente de carga, Bloqueio de tensão baixa o e Bloqueio externo para os modos
de operação manual). O valor padrão para o parâmetro é "OC". Isso significa que a
tabela explicando o esquema de bloqueio padrão opera como tal. Entretanto, há
também outras alternativas que causam operações diferentes quando comparadas
àquela tabela.

Tabela 514: Esquema de bloqueio manual personalizado


Tipo de Enumeração Descrição
bloqueio
manual
1 Personalizado Nenhuma Corrente de carga, bloqueio de (sub) tensão baixa ou
desabilitado bloqueio externo têm efeito no manual.
2 OC Bloqueio de carga de corrente tem um efeito no modo de
operação manual
3 UV Bloqueio de (sub) tensão baixa tem um efeito no modo de
operação manual
4 OC, UV Condições 2 e 3 juntas: O bloqueio de corrente de carga e
bloqueio de (sub) tensão baixa têm efeito no modo de operação
manual
5 EXT Bloqueio externo tem um efeito no modo de operação manual
Tabela continua na próxima página

Série 615 667


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Tipo de Enumeração Descrição


bloqueio
manual
6 OC, EXT Condições 2 e 5 juntas: O bloqueio externo e corrente de carga
têm efeito no modo de operação manual
7 UV, EXT Condições 3 e 5 juntas: Bloqueio de (sub) tensão baixa têm
efeito no modo de operação manual
8 OC, UV, EXT Todas as condições 2, 3 e 5 juntas: O bloqueio de corrente de
carga e bloqueio de (sub) tensão baixa e bloqueio externo têm
efeito no modo de operação manual

Se o sinal Bloqueio manual personalizado estiver em "Custom disabled", o


esquema de bloqueio com relação ao modo de operação de ação "Manual" é dado
na Tabela 515. Outros modos de operação seguem o esquema padrão.

Tabela 515: Esquema de bloqueio para a seleção "Custom disabled"


Modo de Comando Corrente Bloqueio Tensão de Corrente Bloqueio Posições
operação de carga de tensão aumento de Externo extremas
atual baixa de circulação
retrocesso alta
Manual Aumentar X X
Abaixar X

Tabela 516: Esquema de bloqueio para a seleção "OC, UV, EXT"


Modo de Comando Corrente Bloqueio Tensão de Corrente Bloqueio Posições
operação de carga de aumento de Externo extremas
atual diminuição de circulação
de tensão retrocesso alta
Manual Aumentar X X X X X
Abaixar X X X X

Tabela 517: Esquema de bloqueio para a seleção "UV, EXT"


Modo de Comando Corrente Bloqueio Tensão de Corrente Bloco Posições
operação de carga de aumento de Externo extremas
atual diminuição de circulação
de tensão retrocesso alta
Manual Aumentar X X X X
Abaixar X X X

Corrente de carga
O bloqueio de corrente de carga é principalmente usado para prevenir o comutador
de operar em uma situação de sobrecorrente. Por exemplo, se a corrente não estiver
alta o suficiente para ativar o relê de proteção da subestação, pode ainda ser fatal
para a chave de desvio do comutador. Essa operação pode ser ajustada pelo
parâmetro Limite da corrente de carga. O máximo de medições das fases de
corrente de lado secundário é usado para o bloqueio. Por padrão, tanto a operação

668 Série 615


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automática quando a operação manual são bloqueadas (vide Tabela 513) quando os
limites estabelecidos são excedidos.

O status de bloqueio pode ser lido a partir dos dados monitorados BLKD_I_LOD.

Bloqueio de tensão baixa


A característica de bloqueio de tensão baixa bloqueia os comandos de aumento e
diminuição de tensão se a tensão medida estiver muito baixo para ser corrigida pelo
comutador. Tal situação pode ocorrer devido a um circuito de medição falho, uma
falha à terra ou uma situação de sobrecorrente. Por padrão, somente a operação
automática (e também o seguidor automático) é bloqueado quando a condição de
subtensão é preenchida (vide Tabela 513). Essa operação pode ser ajustada pelo
parâmetro Bloqueio de tensão baixa.

O status de bloqueio pode ser lido a partir dos dados monitorados BLKD_U_UN.

Entretanto, não há limite mínimo para o bloqueio de subtensão. O bloqueio é


permitido mesmo se a tensão medida não está conectada ou está temporariamente
em um valor muito baixo. Há um limite mínimo para o cálculo de ângulo de fase
baseado na magnitude do fasor de tensão.

Tensão de aumento de retrocesso


O comando de aumento manual é bloqueado se o limite de sobretensão é excedido
(vide Tabela 513). Entretanto, no modo de operação automático, a situação de
sobretensão desencadeia uma característica de redução rápida. Para maiores
informações, vide o Capítulo Regulagem de tensão manual . Essa operação pode
ser ajustada pelo parâmetro Aumentar o retorno V.

O status de bloqueio pode ser lido a partir dos dados monitorados RNBK_U_OV.

Corrente de Circulação Alta


O valor de corrente de circulação é calculado nos modos de operação de Princípio
Reatância Negativa (NRP) e Minimização de Corrente Circulante (MCC). Somente
a operação automática nesses modos está bloqueada quando a corrente de
circulação alta é medida (vide Tabela 513). Essa operação pode ser ajustada pelo
parâmetro Limite de corrente cir.

O status de bloqueio pode ser lido a partir dos dados monitorados BLKD_I_CIR.

LTC_BLOCK – entrada de bloqueio externo


Com as possibilidades de configuração da ferramenta PCM600, uma condição de
bloqueio desejável pode ser construída ao conectar um resultado a essa entrada. O
status de bloqueio pode ser lido a partir dos dados monitorados BLKD_LTCBLK.
Quando ativada, essa entrada bloqueia somente a operação automática do regulador
por padrão (vide Tabela 513). Para os modos totalmente automáticos, a ativação do
sinal reconfigura o temporizador e os dados monitorados BLKD_LTCBLK não são
ativados.

Série 615 669


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Posições extremas
Esta função de bloqueio supervisiona as posições extremas no comutador. Essas
posições extremas podem ser ajustadas com os parâmetros de configuração
Bloqueio de aumento de tap e Bloqueio de diminuição de tap. Quando o comutador
alcança uma dessas duas posições, os comandos na direção correspondente são
bloqueados (vide Tabela 513). Aqui ele depende da comparação entre as
configurações Bloqueio de aumento de tap e Bloqueio de diminuição de tap , que
direção está bloqueada (vide seção Controle de tensão x direção de movimento do
comutador). Esse bloqueio afeta ambos os modos de operação automático e manual.

Entretanto, como mostrado na Tabela 513, nenhuma indicação de bloqueio deve


ser gerada nos modos totalmente automáticos. Aqui, o "Auto seguidor" não é um
modo totalmente automático. As informações de posição não conectadas não
causam o bloqueio total de OLATCC, somente o bloqueio de posição extrema não
está funcionando.

O status de bloqueio pode ser visto nos eventos gerados.

Controle de redução rápida


OLATCC fornece o controle de redução rápida nos modos de operação automático.
Quando o parâmetro Aumentar o retorno V é excedido, o regulador fornece pulsos
de controle de redução rápida até que a tensão caia abaixo do limite especificado.
Este controle de redução rápida pode ser visto com os dados de monitoramento
TIMER_STS, enquanto o valor "Fast lower T on" indica que esta funcionalidade
está ativa.

Para permitir a operação de redução rápida, Aumentar o retorno V


precisa sempre ser configurado a um valor maior que aquele da
tensão controle (U_CTL) e mais metade da Tensão de largura de
banda.

Tipicamente, os bloqueios são reconfigurados quando o limite correspondente com


a histerese é sub-atingido ou excedido. Embora o bloqueio seja reconfigurado após
sub-atingir o limite mencionado acima, a operação de controle de redução rápida
continua até que a diferença de sinal de tensão medida não atinja metade do limite
de histerese da Tensão de largura de banda de limite de histerese (vide Figura
328). Como resultado, a operação do modo automático normal não é possível antes
disso acontecer.

O controle de redução rápida faz com que sucessivos pulsos LOWER_OWN sejam
ativados. O tempo entre inícios de pulsos consecutivos é o comprimento do pulso
mais 1,5 segundos. Isso significa que

670 Série 615


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• Não há atraso de operação de comutador (de outra forma, seis segundos)


considerado neste ciclo (significando que alguns pulsos de comando são
ineficazes devido à operação do comutador, vide o capítulo Controle de pulso )
• Configuração de modo de temporizador por Característica de atraso não tem
efeito aqui (sempre na operação do tipo de temporizador TD). Como o
comprimento de pulso mínimo (o Tempo de pulso LTC ) é de 0,5 segundos, o
intervalo mais curto entre pulsos sucessivos pode ser de dois segundos.

No modo de seguidor automático, a diminuição rápida não é acionada. Desta


maneira, a dispersão de difícil acesso de valores de posição em diferentes unidades
pode ser evitada. O mestre sempre decide sobre a redução rápida pelas unidades
seguidoras. Além disso, o mestre e o seguidor devem medir um nível de tensão
igual e ter valores de configuração semelhantes para o limite de bloqueio de
sobretensão.

9.5.14 Indicação de alarme


Monitoramento de Comutador de Tap
OLATCC supervisiona a operação do comutador de tap e alarma se uma condição
de alarme é detectada. Uma ativação de alarme significa que a saída ALARM é
ativada e que a razão do alarme pode ser lida dos dados monitorados
ALARM_REAS. Alarmes estão em uso por padrão, mas podem ser configurados
para não serem usados pela configuração Alarmes habilitados em "False". Três
condições de alarme diferentes e suas combinações podem ser detectadas por
OLATCC.

Erro de comando
OLATCC supervisiona as informações da posição do comutador de tap do seu
próprio transformador quando um pulso de controle é dado. Se a mudança de
posição correta (direção depende da comparação dos parâmetros Aumentar bloco
de tap e Diminuir bloco de tap ) não for vista pelo OLATCC no Tempo de atraso
do erro cmd após o início do pulso, um alarme é emitido.

Se a informação de posição não é conectada, nenhum alarme é gerado. O alarme é


reativado quando a mudança correta no valor da posição é detectada após um certo
pulso ou se um novo comando de pulso é dado.

Os dados monitorados ALARM_REAS são configurados durante um alarme. Isso


significa que se a razão de alarme está ativa, o ALARM_REAS tem o valor "Cmd
error".

Falha de sinal TCO


Se o sinal de operação do comutador de tap TCO permanece ativo por mais de 15
segundos após a desativação do pulso de saída, OLATCC conclui que isso seja
uma condição anormal e assume que o comutador de tap está emperrado. O alarme
é reconfigurado quando o sinal de entrada TCO é desativado. Os dados monitorados

Série 615 671


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ALARM_REAS são configurados durante o alarme. Isso significa que somente se


a razão de alarme está ativa, o ALARM_REAS tem o valor "TCO error".

Se o sinal de entrada TCO não estiver conectado (indicado por má qualidade), este
tipo de alarme não é possível.

Pumping do regulador
É possível que configurações com falha façam com que o regulador emita pulsos
de controle com muita frequência. Por exemplo, uma configuração muito baixa
para Tensão de largura de banda (vide Figura 328) pode resultar em uma condição
de pumping onde o regulador tem problemas para trazer a tensão regulada ao nível
desejado. Para detectar isso, OLATCC tem o parâmetro Operações máximas em 1h
que define o número permitido de comandos de aumento e diminuição durante um
período de tempo de uma hora. A detecção é ativada em ambos os modos de
operação manual e automático. O alarme é reconfigurado após o número do
contador de operações durante o período de uma hora for menor que o valor
estabelecido. O número de operações executadas na última hora pode ser lido nos
dados monitorados OP_TM_NUM_H. Entretanto, este parâmetro é atualizado
somente em intervalos de três minutos. Novamente, os dados monitorados
ALARM_REAS são configurados durante um alarme. Isso significa que somente
se a razão de alarme está ativa, o ALARM_REAS tem o valor "Pump error".

A operação do OLATCC não é bloqueada durante uma situação de alarme, mas


todos os alarmes mencionados acima fazem com que a operação automática seja
atrasada. Na prática, isso significa que os tempos de atraso configurados T1 e T2
são dobrados.

Além das detecções de alarme, OLATCC fornece um parâmetro de contador de


operação não volátil (dados monitorados OPR_CNT) para determinar os intervalos
de serviço do comutador de tap. O contador fornece o número total de comandos
"subir" e "descer" proporcionados nos modos manuais e automáticos Todos os
comandos, inclusive aqueles que são omitidos pelo comutador devido à sua
sequência de operação, são calculados em um contador cumulativo. Este parâmetro
de dados pode ser reconfigurado através do parâmetro de limpeza de menu
OLATCC counter.

9.5.15 Aplicação
OLATCC é usado para controlar a tensão no lado de carga do transformador de
potência. Com base na tensão medida (e corrente), o bloqueio de função determina
se a tensão necessita ser aumentada ou diminuída. A tensão é regulada pelos
comandos de aumento ou diminuição enviados ao comutado de tap.

O princípio básico para a regulagem de tensão é que nenhuma regulagem ocorre


enquanto a tensão permanece dentro das configurações de banda. A tensão medida
é sempre comparada à tensão de controle calculada Up. Uma vez que a tensão
medida desvia da banda, o tempo de atraso T1 se inicia. Quando o tempo de atraso
configurado se esgota, um pulso de controle é enviado para o comutador de taps.

672 Série 615


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Funções de controle

Caso a tensão medida ainda esteja fora da banda após uma mudança de tap do
comutador, o tempo de atraso T2 é iniciado. T2 é normalmente mais curto que T1.

Sob certas circunstâncias, o regulador automático de tensão precisa ser melhorado


com funções adicionais, tais como a Compensação de Queda de Linha (LDC) e
Tensão de Ajuste Reduzido (RSV). Também, vários modos de operação paralelos
estão disponíveis para aplicações quando dois ou mais transformadores de potÊncia
estão conectados à mesma barra ao mesmo tempo. Os modos de operação paralelos
de OLATCC são Mestre/Seguidor (M/F), Minimização de Corrente Circulante
(MCC) e Princípio de Reatância Negativa (NRP).

Exemplo de configuração para os modos simples Automático e Manual

GUID-88A1D370-2203-48CA-9843-76C309B4049D V2 PT

Figura 333: Diagrama de conexão básica para o regulador de tensão

Série 615 673


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Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

TPOSSLTC
BI0
BI1
BI2
BI3
BI4
BI5
T_F32_INT8 SIGN_BIT
X130 (RTD).AI_VAL1 F32 INT8 TAP_POS

TAP_POS

Valor TAP_POS é transferido do TPOSSLCT


para OLATCC automaticamente

OLATCC
IL1b PO2_RAISE_OWN
I_A RAISE_OWN
IL2b I_B LOWER_OWN
FLLW1_CTL PO1_LOWER_OWN
IL3b I_C
U_AB FLLW2_CTL
U12b TR1_TAP_POS FLLW3_CTL
TR2_TAP_POS TR0_I_AMPL
TR3_TAP_POS TR0_I_ANGL
BI4_RAISE_LOCAL RAISE_LOCAL ALARM
LOWER_LOCAL PAR_FAIL
BI3_LOWER_LOCAL TAPCHG_FLLW
PARALLEL
BI6_AUTO AUTO
CON_STATUS
LTC_BLOCK
BI1_TCO TCO
RSV
TR1_I_AMPL
TR1_I_ANGL
TR2_I_AMPL
TR2_I_ANGL
TR3_I_AMPL
TR3_I_ANGL

GUID-CA9CF06F-2ADB-4758-B527-EE4400B35B36 V1 PT

Figura 334: Exemplo de configuração para os modos simples Automático e


Manual

O exemplo de configuração usa um sinal mA para indicar a posição atual do tap do


comutador no transformador local. Para levar essa informação de posição ao
OLATCC, o sinal mA medido é primeiramente escalado com a função X130
(RTD). O valor escalado é então convertido a um valor inteiro com a função
T_F32_INT8. Esse valor inteiro é conectado à entrada TAP_POS da função
TPOSSLTC. O valor da posição do tap do comutador é automaticamente
transferido do TPOSSLTC ao OLATCC sem uma conexão de configuração.

Exemplo de configuração para o modo Paralelo automático (Mestre/


Seguidor)
O exemplo de configuração para Mestre/Seguidor descreve como a informação de
posição do comutador é transferida do seguidor ao mestre com a comunicação
horizontal GOOSE. A informação de status dos disjuntores e uma lógica extra
podem ser usadas para mudar o modo de operação através das entradas de mestre e
seguidor (Modo de operação = "Input contol").

674 Série 615


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Funções de controle

Regulador 1 sinais Regulador 2 sinais

Posição derivada Ind. Posição derivada Ind.

Aumento Aumento

Seguidor de
aumento
M TCO TCO M
Seguidor de
diminuição
Diminuição Diminuição

U12b U12b

IL1b, IL2b, IL3b IL1b, IL2b, IL3b

CB1 CB3

CB2 CB2

GUID-0B2CBB09-9B4C-498A-BB1C-3A3689513BDF V1 PT

Figura 335: Um exemplo de configuração para o modo Paralelo automático


(Mestre/Seguidor) (a posição do seguidor é sabida pelo mestre)

IED 1 / Regulador 1 IED 2 / Regulador 2


(Mestre) (Auxiliar)

OLATCC OLATCC
I_A RAISE_OWN I_A RAISE_OWN
I_B LOWER_OWN
Comunicação GOOSE I_B LOWER_OWN
I_C FLLW1_CTL I_C FLLW1_CTL
Comunicação GOOSE U_AB FLLW2_CTL (Aumento/Diminuição auxiliar) U_AB FLLW2_CTL
TR1_TAP_POS FLLW3_CTL TR1_TAP_POS FLLW3_CTL
(Regulador 2 da posição de derivação) TR2_TAP_POS TR0_I_AMPL TR2_TAP_POS TR0_I_AMPL
TR3_TAP_POS TR0_I_ANGL TR3_TAP_POS TR0_I_ANGL
RAISE_LOCAL ALARM RAISE_LOCAL ALARM
LOWER_LOCAL PAR_FAIL LOWER_LOCAL PAR_FAIL
TAPCHG_FLLW TAPCHG_FLLW
PARALLEL PARALLEL
CB1 AUTO CB1 AUTO
CON_STATUS AND CON_STATUS
LTC_BLOCK CB2 LTC_BLOCK
TCO TCO
AND
RSV AND RSV
CB2 CB3 TR1_I_AMPL
TR1_I_AMPL
TR1_I_ANGL TR1_I_ANGL
TR2_I_AMPL TR2_I_AMPL
AND TR2_I_ANGL TR2_I_ANGL
CB3 TR3_I_AMPL NOT TR3_I_AMPL
TR3_I_ANGL TR3_I_ANGL
AND

GUID-CE09E39C-D02B-4978-B968-B5B2EA19DB69 V1 PT

Figura 336: Configurações de regulador 1&2 simplificadas do exemplo Mestre/


Seguidor

Série 615 675


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

Tabela 518: A seleção automática dos modos de operação para os reguladores no exemplo
Mestre/Seguidor
CB1 CB2 CB3 Regulador 1 Regulador 2
Aberto Aberto Aberto Manual Manual
Aberto Aberto Fechada Manual Simples
automático
Aberto Fechada Aberto Manual Manual
Aberto Fechada Fechada Manual Simples
automático
Fechada Aberto Aberto Simples Manual
automático
Fechada Aberto Fechada Simples Simples
automático automático
Fechada Fechada Aberto Simples Manual
automático
Fechada Fechada Fechada Paralelo Paralelo
automático automático
(Mestre) (Seguidor)
Modo paralelo Modo paralelo
automático = automático =
"Auto master'' "Auto follower"

Exemplo de configuração para o modo Paralelo automático (MCC)


O proposito do modo Paralelo automático (MCC) é para minimizar a corrente
circulante entre os transformadores paralelos. A troca de dados entre os reguladores
pode ser feita com a comunicação horizontal GOOSE.

GUID-1D6F1FD5-58AD-4AB1-B3F4-3414392CFEE1 V1 PT

Figura 337: Dois transformadores paralelos e a conexão horizontal via GOOSE


para transferir as informações de corrente e ângulo de fase
quando o princípio MCC é usado

676 Série 615


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1MRS757783 A Seção 9
Funções de controle

Exemplo de configuração para o modo Paralelo automático (NRP)


A tensão do modo de operação do Princípio de Reatância Negativo (NRP) é que
não necessita de cabeamento ou comunicação entre os IEDs. Os reguladores de
tensão operam independentemente. Entretanto, para casos onde houver uma
mudança ocasional em estágios no ângulo de fase da carga, o erro de regulagem
pode ser suprimido por uma mudança automática no grupo de configuração ou
mudando o modo de operação com a lógica.

GUID-20F51931-FED1-4E58-8BBD-4B94702F0E2A V1 PT

Figura 338: Mudando o modo de operação do OLATCC automaticamente com


o banco capacitor estiver conectado

Resumo comparativo entre os modos de operação paralelos


Os modos de operação paralelos são necessários pois se os reguladores paralelos
operarem independentemente, em algum ponto, os transformadores seriam
descompassados uns com os outros.

A corrente circulante deveria aumentar e a compensação de queda de linha então


iria aumentar para o transformador com a maior tensão. Do mesmo modo, o
aumento na corrente circulante faria com que o transformador emitindo a menor
tensão diminuísse a tensão devido ao efeito de compensação de queda de linha
diminuída. Em outras palavras, os dois transformadores funcionariam separadamente.

Entretanto, é específico do caso qual modo de operação paralela é o mais adequado.

Série 615 677


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Tabela 519: Modos de operação paralela diferentes


Modos de operação paralela Descrição
Mestre/Seguidor (posições do seguidor não Requer transformadores de potência com
conhecidas pelo mestre) especificações e passos de tensão idênticas
- Funcionamento com cabeamento extra:
comandos aumentar/abaixar (entrada
TAPCHG_FLLW conectada da saída FLLWx_CTL)
do mestre ao seguidor
- Controle manual necessário no início da
operação
- Controle cego: posição de seguidores após
controle não podem ser supervisionadas. Deve-
-se confiar que os seguidores estejam seguindo
os comandos.
+ Transformadores paralelos são regulados
como uma unidade.
+ Suporta um número ilimitado de
transformadores em paralelo
Mestre/Seguidor (posições do seguidor Requer transformadores de potência com
conhecidas) especificações e passos de tensão idênticas.
- Funcionamento com cabeamento extra:
comandos aumentar/abaixar (a entrada
TAPCHG_FLLW conectada da saída FLLWx_CTL)
do mestre ao seguidor
Conexões TAP_POS dos seguidores ao mestre
- Não suporta mais de quatro transformadores
em paralelo.
Princípio de reatância negativa O ângulo de fase atual desviando da
configuração de ângulo de fase resulta em um
erro de regulagem. Quando a compensação de
queda de linha é usada, a configuração deverá
ser mudada quando o número de
transformadores na operação paralela é
modificado.
+ As tensões de passo e impedâncias de curto
circuito dos transformadores não precisam ser
idênticas.
+ Nenhuma comunicação ou cabeamento entre
os reguladores é necessária, significando que o
princípio pode ser aplicado até mesmo quando
os transformadores paralelos estão localizados
em subestações diferentes.
+ Suporta um número ilimitado de
transformadores em paralelo
Minimização da Corrente Circulante - Requer esforços extras de configuração, pois
este princípio utiliza uma comunicação
horizontal entre os reguladores (as entradas
TRx_I conectadas a partir das saídas do
controlador de transformador paralelo TR0_I.
+ As tensões de passo e impedâncias de curto
circuito dos transformadores não precisam ser
idênticas.
+ O ângulo de fase da corrente de carga pode
variar sem qualquer impacto na precisão de
regulagem.
+ Ajuste automático para o número de
transformadores (para um cálculo preciso do
termo de compensação da queda de linha)

678 Série 615


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9.5.16 Sinais
Tabela 520: Sinais de entrada OLATCC
Nome Tipo Padrão Descrição
I_A SIGNAL 0 Corrente de fase A
I_B SINAL 0 Corrente de fase B
I_C SINAL 0 Corrente de fase C
U_AB SIGNAL 0 Tensão fase a fase AB
TR1_TAP_POS INT32 0 Valor de número inteiro representando a posição
do comutador do transformador 2
TR2_TAP_POS INT32 0 Valor de número inteiro representando a posição
do comutador do transformador 3
TR3_TAP_POS INT32 0 Valor de número inteiro representando a posição
do comutador do transformador 4
RAISE_LOCAL BOOLEAN 0=Falso Comando de entrada "subir" a partir da
configuração
LOWER_LOCAL BOOLEAN 0=Falso Comando de entrada "descer" a partir da
configuração
TAPCHG_FLLW BOOLEAN 0=Falso Modifique a posição do toque (parado, mais
baixo, mais alto)
PARALELO BOOLEAN 0=Falso Operação paralela ou simples
AUTO BOOLEAN 0=Falso Indicação automática/manual
CON_STATUS BOOLEAN 0=Falso Status de conexão de rede do transformador
(próprio)
LTC_BLOCK BOOLEAN 0=Falso Sinal externo para bloqueio de operação
automática
TCO BOOLEAN 0=Falso Entrada de operação do comutador
RSV BOOLEAN 0=Falso Reduza a tensão de ajuste ativada
TR1_I_AMPL FLOAT32 0.00 Magnitude de corrente recebida do transformador
1
TR1_I_ANGL FLOAT32 0.00 Ângulo de corrente recebida do transformador 1
TR2_I_AMPL FLOAT32 0.00 Magnitude de corrente recebida do transformador
2
TR2_I_ANGL FLOAT32 0.00 Ângulo de corrente recebida do transformador 2
TR3_I_AMPL FLOAT32 0.00 Magnitude de corrente recebida do transformador
3
TR3_I_ANGL FLOAT32 0.00 Ângulo de corrente recebida do transformador 3

Tabela 521: Sinais de entrada OLATCC


Nome Tipo Descrição
RAISE_OWN BOOLEAN Comando "subir" para o próprio transformador
LOWER_OWN BOOLEAN Comando "descer" para o próprio transformador
FLLW1_CTL INT32 Comando "subir" e "descer" para
transformadores auxiliares 1 no modo de
operação Principal/Auxiliar
Tabela continua na próxima página

Série 615 679


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Nome Tipo Descrição


FLLW2_CTL INT32 Comando "subir" e "descer" para
transformadores auxiliares 2 no modo de
operação Principal/Auxiliar
FLLW3_CTL INT32 Comando "subir" e "descer" para
transformadores auxiliares 3 no modo de
operação Principal/Auxiliar
TR0_I_AMPL FLOAT32 Magnitude da corrente transmitida
TR0_I_ANGL FLOAT32 Ângulo de corrente transmitida
ALARME BOOLEAN Status do alarme
PAR_FAIL BOOLEAN Falha paralela detectada

9.5.17 Configurações
Tabela 522: Ajustes de grupo OLATCC
Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Modo paralelo 2=Principal 2=Principal Modo de seleção paralela
automático automático automático
3=Auxiliar
automático
5=NRP
7=MCC
Tensão do centro de 0.000...2.000 xUn 0,001 1,000 Tensão do centro de banda Us
banda
Queda da linha V Ris 0.0...25.0 % 0,1 0,0 Fator de compensação de queda de
linha resistente
Reação de queda de 0.0...25.0 % 0,1 0,0 Fator de compensação de queda de
linha V linha reativa
Redução de banda 0.00...9.00 %Un 0,01 0.00 Tamanho da etapa para redução da
tensão ajustada (RSV)
Fator de estabilidade 0.0...70.0 % 0,1 0,0 Fator de estabilidade na operação
paralela
Ângulo de fase de carga -89...89 deg 1 0 Carregue a mudança de fase, utilizada
somente com o princípio de reatância
negativa
Controle de tempo de 1000...300000 ms 100 60000 Controle o tempo de atraso para o
atraso 1 primeiro pulso de controle
Controle de tempo de 1000...300000 ms 100 30000 Controle o tempo de atraso para os
atraso 2 seguintes pulsos de controle

680 Série 615


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Tabela 523: Ajuste de grupo não-OLATCC


Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição
Operação 1=ativado 1=ativado Operação off/on
5=desligado
Modo operacional 1=Manual 1=Manual O modo de operação
2=Simples
automático
3=Paralelo
automático
4=Controle de
entrada
Bloqueio man 1=Personalizado 2=OC Bloqueio manual personalizado
personalizado desabilitado
2=OC
3=UV
4=OC, UV
5=EXT
6=OC, EXT
7=UV, EXT
8=OC, UV, EXT
Trafos paralelos 0...10 0 Número de transformadores paralelos
em adição ao próprio transformador
Característica de atraso 0=Tempo inverso 1=Tempo inverso Seleção da característica atrasada
1=Tempo inverso
Tensão de largura de 1.20...18.00 %Un 0,01 3.00 Desvio permitido da tensão de controle
banda
Limite da corrente de 0.10...5.00 xIn 0,01 2,00 Limite de bloqueio de corrente de carga
carga
Bloqueie a tensão baixa 0.10...1.20 xUn 0,01 0.70 Limite de tensão, em que o comando
"baixar" tensão adicional está bloqueado
Aumentar o retorno V 0.80...2.40 xUn 0,01 1.25 Limite da tensão em que os comandos
"baixar" rapidamente tomam o lugar
Limite de corrente cir 0.10...5.00 xIn 0,01 0,15 Bloqueie o limite para corrente de
circulação alta
limite LDC 0.00...2.00 xUn 0,01 0,10 Limite máximo para o termo de
compensação de queda de linha
"Abaixar" a tomada de -36...36 0 Posição de limite do comutador que
ensaio com bloqueio proporciona a tensão mais baixa no lado
regulado
"Aumente" a tomada de -36...36 17 Posição de limite do comutador que
ensaio com bloqueio proporciona a tensão mais alta no lado
regulado
Operações máximas em 0...10000 100 Número de controles permitidos por uma
1h hora de janelas deslizantes
Tempo de atraso do erro 10...50 s 20 Tempo de atraso antes do erro de
cmd comando ser ativado
Tempo de atraso auxiliar 6...20 s 6 Tempo de atraso entre os comandos
auxiliares sucessivos pelo principal
Tempo de pulso LTC 500...10000 ms 100 1.500 Duração de saída de pulso, comum para
aumento ou diminuição de pulsos
Tabela continua na próxima página

Série 615 681


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Parâmetro Valores (Faixa) Unidade Passo Padrão Descrição


LDC habilitado 0=Falso 1=Verdadeiro Seleção para a compensação de queda
1=Verdadeiro de linha
Alarmes habilitados 0=Falso 1=Verdadeiro Seleção de alarme
1=Verdadeiro
Fluxo inverso de energia 0=Falso 0=Falso Fluxo inverso de energia permitido
permitido 1=Verdadeiro

9.5.18 Dados monitorados


Tabela 524: Dados monitorados OLATCC
Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição
TAP_POS INT8 -36...36 Valor de número inteiro
representando a posição
do comutador do próprio
transformador
U_MEAS FLOAT32 0.00...5.00 xUn Tensão fase a fase,
média filtrada
ANGL_UA_IA FLOAT32 -180...180 deg Valor do ângulo medido
entre a tensão e a
corrente de fase A
TIMER_STS Enum 0=Temporizador Temporizador T1, T2 ou
desligado temporizador
1=Abaixar rapidamente reduzido
Temporizador1 ativo
ligado
2=Aumentar
Temporizador1
ligado
3=Abaixar
Temporizador2
ligado
4=Aumentar
Temporizador2
ligado
5=T
rapidamente
reduzido ligado
OPR_MODE_STS Enum 0=Fora de uso O modo de operação
1=Manual ativa de bloqueio de
2=Simples função
automático
3=Principal
automático
4=Auxiliar
automático
5=MCC
6=NRP
U_CTL FLOAT32 0.000...3.000 xUn Tensão de controle, up,
nível de tensão
direcionada
UD_CTL FLOAT32 -2.000...2.000 xUn Diferença de tensão
entre a tensão medida -
tensão de controle: Um -
Up
Tabela continua na próxima página

682 Série 615


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Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


I_CIR FLOAT32 -10.00...10.00 xIn Corrente de circulação
calculada - calculada
nos modos NRP e MCC
de operação
LDC FLOAT32 -2.00...2.00 xUn Compensação de queda
de linha calculada
BLK_STATUS INT32 0...127 Saída codificada em bit
mostrando o status de
bloqueio para a próxima
operação
BLKD_I_LOD BOOLEAN 0=Falso Indicação de bloqueio de
1=Verdadeiro sobrecorrente
BLKD_U_UN BOOLEAN 0=Falso Indicação de bloqueio de
1=Verdadeiro subcorrente
RNBK_U_OV BOOLEAN 0=Falso Indicação de aumento
1=Verdadeiro de retrocesso de tensão
BLKD_I_CIR BOOLEAN 0=Falso Indicação de bloqueio de
1=Verdadeiro corrente de alta
circulação
BLKD_LTCBLK BOOLEAN 0=Falso Indicação de bloqueio
1=Verdadeiro externo
ALARM_REAS Enum 0=Nenhum Status e razão para
alarme alarme
1=Erro cmd
2=Erro TCO
3=Erro cmd +
TCO
4=Erro de
bombeamento
5=Bombeament
o + erro cmd
6=Bombeament
o + erro TCO
7=Bomb+erro
TCO+erro cmd
OP_TM_NUM_H INT32 0...2147483647 Número de controles do
próprio comutador
durante as últimas horas
FAIL_FLLW Enum 0=Nenhum Auxiliares falharam
auxiliar falhou
1=Auxiliar 1
2=Auxiliar 2
3=Auxiliares 1+2
4=Auxiliar 3
5=Auxiliares 1+3
6=Auxiliares 2+3
7=Auxiliares
1+2+3
Tabela continua na próxima página

Série 615 683


Manual Técnico
Seção 9 1MRS757783 A
Funções de controle

Nome Tipo Valores (Faixa) Unidade Descrição


PAR_UNIT_MCC Enum 0=Nenhuma Unidades paralelas
unidade paralela inclusas no cálculo MCC
1=Trafo 1
2=Trafo 2
3=Trafos 1 e 2
4=Trafo 3
5=Trafos 1 e 3
6=Trafos 2 e 3
7=Trafos 1+2+3
OPR_CNT INT32 0...2147483647 Número total de
comandos "subir" e
"descer" proporcionados
nos modos manuais e
automáticos
OLATCC Enum 1=ativado Status
2=bloqueado
3=teste
4=teste/
bloqueado
5=desligado

9.5.19 Dados técnicos


Tabela 525: Controle do comutador com regulador de tensão (OLATCC)
Característica Valor
Precisão de operação1) Dependendo da frequência da corrente medida:
fn ±2 Hz

Tensão diferencial Ud = ± 0.5% do valor medido


ou ± 0.005 x Un (em tensões medidas < 2.0 x Un)
Valor de funcionamento = ± 1,5% do Ud para Us
= 1.0 x Un

Precisão do tempo de operação no modo de + 4,0% / - 0% do valor ajustado


tempo definido2)
Precisão do tempo de operação no modo de + 8,5% / - 0% do valor ajustado
tempo inverso2) (em B teórico na faixa de 1,1…5,0)
Observe também o tempo mínimo fixado de
funcionamento (IDMT) 1 s.
Reinicie a variação para o controle da operação Típico 0.80 (1.20)
Reiniciar a variação para bloqueios baseados Típico 0.96 (1.04)
em analogias (exceto o bloqueamento da tensão
criada pela execuções)

1) Valores de configuração padrão utilizado


2) Tensão antes do desvio = configurar tensão do centro da Baixa.

684 Série 615


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1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

Seção 10 Características gerais do bloco de função

10.1 Características de tempo definitivo

10.1.1 Operação de tempo definitivo


Esse modo DT é ativado quando a configuração do Tipo de curva operacional for
selecionado como "ANSI Def. Time" ou "IEC Def. Time". No modo DT, a saída
OPERATE da função é ativada quando o cálculo de tempo exceder oTempo de
atraso de operaçãodefinido.

O usuário pode determinar o reset do modo DT com a configuração do Tempo de


atraso de reset , que fornece a propriedade de reset retardada, quando necessário.

A configuração do Tipo de curva de reset não surte efeito no


método de reset quando o modo DT é selecionado, mas o reset é
determinado unicamente com a configuração do Tempo de atraso
de reset .

O objetivo da redefinição retardada é habilitar a eliminação rápida de falhas


intermitentes, por exemplo, falhas de isolamento de auto-selagem e falhas graves
que podem produzir correntes elevadas de falhas assimétricas que saturam
parcialmente os transformadores de corrente. É normal para uma falha intermitente
que a corrente de falha contenha os assim chamados períodos de drop-off, durante
os quais a corrente com falha caia abaixo da corrente de partida definida, incluindo
histerese. Sem a função de reconfiguração retardada, o temporizador de operação
redefiniria quando acontece o drop-off de corrente. Da mesma forma, um período
de drop-off aparente da corrente secundária do transformador de corrente saturado
também pode redefinir o temporizador de operação.

Série 615 685


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Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A060764 V1 PT

Figura 339: Operação do contador em drop-off

No caso 1, a redefinição está atrasada com a configuração do Tempo de atraso de


reset e, no caso 2, o contador é redefinido imediatamente, porque a configuração
do Tempo de atraso de reset está ajustado para zero.

A070421 V1 PT

Figura 340: O período de drop-off é maior que o Tempo de atraso de reset

686 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

Quando o período de drop-off for maior que o ajuste do Tempo de atraso de reset,
como descrito na Figura 340, o sinal de entrada para o temporizador definitivo (a
saber: entrada do temporizador) está ativo, desde que a corrente esteja acima do
ajuste do Valor de partida. O sinal de entrada está inativo quando a corrente está
abaixo do ajuste do Valor de partida e do ajuste da região de histerese. A entrada
do temporizador sobe quando uma corrente de falha é detectada. O temporizador
definitivo ativa a saída START e o temporizador de operação começa a expirar. O
temporizador de reset (drop-off) inicia quando a entrada do temporizador falha, isto
é, quando a falha desaparece. Quando o temporizador de reset (drop-off) expira, o
temporizador de operação é reconfigurado. Uma vez que isso acontece antes de
ocorrer outra partida, a saída OPERATE não está ativada.

A070420 V1 PT

Figura 341: O período de drop-off é menor que o ajuste Tempo de atraso de reset

Quando o período de drop-off é menor que o ajuste do Tempo de atraso de reset,


como descrito na Figura 341, o sinal de entrada para o temporizador definido (a
saber: entrada do temporizador) está ativo, desde que a corrente esteja acima do
ajuste do Valor de partida. O sinal de entrada está inativo quando a corrente está
abaixo do ajuste do Valor de partida e do ajuste da região de histerese. A entrada
do temporizador sobe quando uma corrente de falha é detectada. O temporizador
definido ativa a saída START e o temporizador de operação começa a expirar. O
temporizador de reset (drop-off) inicia quando a entrada do temporizador falha, isto
é, quando a falha desaparece. Outra situação de falha ocorre antes de decorrido o
tempo no temporizador de reset (drop-off). Isso causa a ativação da saída
OPERATE, uma vez que o temporizador de operação já tenha expirado.

Série 615 687


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070422 V1 PT

Figura 342: O efeito de operação da entrada BLOCK quando o modo de


bloqueio selecionado é "Freeze timer"

Se a entrada BLOCK estiver ativada quando o temporizador de operação estiver em


execução, como descrito na Figura 342, o temporizador será congelado durante o
tempo BLOCK em que permanecer ativo. Se a entrada do temporizador não estiver
ativa por um tempo maior que o especificado pela configuração do Tempo de
atraso de reset , o temporizador de operação será reajustado tal como descrito na
Figura 340, com exceção da entrada BLOCK.

O modo de bloqueio selecionado é "Freeze Timer".

10.2 Características de tempo mínimo inverso definido


baseado na corrente

10.2.1 Curvas IDMT para proteção de sobretensão


Nos modos de tempo inverso, o tempo de operação depende do valor momentâneo
da corrente: quanto maior a corrente, mais rápido o tempo de operação. O cálculo
ou integração do tempo de operação se inicia imediatamente quando a corrente
excede o parâmetro do Valor inicial e a saída START é ativada.

688 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A saídaOPERATE do componente é ativada quando a soma acumulada do


integrador calculando a situação de sobrecorrente excede o valor estabelecido pelo
modo de tempo inverso. O valor configurado depende do tipo de curva selecionado
e os valores de configuração usados. O usuário determina a escalonamento da
curva com o ajuste de Multiplicador de tempo .

O parâmetro Tempo operacional mínimo definem o tempo mínimo para o tempo de


operação para o modo IDTM, ou seja, é possível limitar o tempo de operação
baseado no IDTM para que não se torne muito curto. Por exemplo:

GUID-B1A82AE1-A1DE-457E-B229-F0437336F3F6 V1 PT

Figura 343: Curvas de tempo operacional baseadas em características IDTM


com o ajuste Tempo operacional mínimo = 0,5 segundo

Série 615 689


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

GUID-B1F693FA-DC13-4DFC-81F3-A47FF082492B V1 PT

Figura 344: Curvas de tempo operacional baseadas em características IDTM


com o ajuste Tempo operacional mínimo = 1 segundo

10.2.1.1 Características de tempo inverso padrão

Para inverso do tempo de operação, tanto características padrão de tempo inverso


IEC e ANSI / IEEE são suportadas.

O tempo de operação para curvas ANSI e IEC IDMT são definidos com os
coeficientes A, B e C.

O valor do coeficiente é calculado de acordo com a fórmula:

690 Série 615


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1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

 
 
t[ s ] =  A
+ B⋅k
 c 
  I 
− 
 I > 1 
  
A060821 V2 PT (Equação 82)

t[s] Tempo de operação em segundos


I Corrente medida
I> ajuste Valor inicial
k ajuste Multiplicador de tempo

Tabela 526: Parâmetros da curva de ANSI e IEC IDMT


Nome da curva A B C
(1) ANSI 28.2 0.1217 2,0
Extremamente Inverso
(2) ANSI Muito Inverso 19.61 0.491 2,0
(3) ANSI Normalmente 0.0086 0.0185 0,02
Inverso
(4) ANSI 0.0515 0.1140 0,02
Moderadamente
Inverso
(6) Tempo Longo 64.07 0.250 2,0
Extremamente Inverso
(7) Tempo Longo 28.55 0.712 2,0
Muito Inverso
(8) Tempo Longo 0.086 0.185 0,02
Inverso
(9) IEC Normal Inverso 0.14 0.0 0,02
(10) IEC Muito inverso 13.5 0.0 1,0
(11) IEC Inverso 0.14 0.0 0,02
(12) IEC 80.0 0.0 2,0
Extremamente Inverso
(13) IEC Espaço curto 0,05 0.0 0.04
de tempo inverso
(14) Tempo Longo 120 0.0 1,0
Inverso da IEC

A corrente máxima garantida medida é de 50 x In para a proteção


atual. Quando o conjunto de valor inicial excede 1,00 x In, por sua
vez o ponto onde as características IDMT teóricas são um
nivelamento para o tempo definido, pode ser calculada com a
fórmula:

Série 615 691


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

50 × In
Turn po int =
Start value
GUID-F9F8D867-11DE-4180-A0CD-ED9FA7E7ABC6 V1 PT (Equação 83)

692 Série 615


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1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070750 V2 PT

Figura 345: Características de tempo de reset extremamente inversa de ANSI

Série 615 693


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Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070751 V2 PT

Figura 346: Características de tempo de reset muito inversa de ANSI

694 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070752 V2 EN

Figura 347: Características de tempo de reset normalmente inversa de ANSI

Série 615 695


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Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070753 V2 EN

Figura 348: Características de tempo de reset moderadamente inversa de ANSI

696 Série 615


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Características gerais do bloco de função

A070817 V2 EN

Figura 349: Características de tempo de reset de tempo extremamente longo


de ANSI

Série 615 697


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Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070818 V2 EN

Figura 350: Características de tempo de reset de muito longo tempo de ANSI

698 Série 615


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1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070819 V2 EN

Figura 351: Características de tempo de reset de muito longo tempo de ANSI

Série 615 699


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Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070820 V2 PT

Figura 352: Características de tempo de reset normalmente inversa de IEC

700 Série 615


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Características gerais do bloco de função

A070821 V2 PT

Figura 353: Características de tempo de reset muito inversa de IEC

Série 615 701


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Características gerais do bloco de função

A070822 V2 PT

Figura 354: Características de tempo de reset muito inversa de IEC

702 Série 615


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Características gerais do bloco de função

A070823 V2 PT

Figura 355: Características de tempo de reset extremamente inversa de IEC

Série 615 703


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Características gerais do bloco de função

A070824 V2 PT

Figura 356: Características de tempo curto de reset inversa de IEC

704 Série 615


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Características gerais do bloco de função

A070825 V2 PT

Figura 357: Características de tempo de reset de muito longo tempo de IEC

Série 615 705


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Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

10.2.1.2 Características de tempo inverso programadas pelo usuário

O usuário pode definir curvas inserindo parâmetros na seguinte fórmula padrão:

A060641 V2 PT (Equação 84)

t[s] Tempo operacional (em segundos)


A Parâmetro de curva A configurado
B Parâmetro de curva B configurado
C Parâmetro de curva C configurado
E Parâmetro de curva E configurado
I Corrente medida
I> Valor de partida configurado
k Multiplicador de tempo configurado

10.2.1.3 Características de tempo inverso do tipo RI e RD

O tipo RI simula o comportamento de relés eletromecânicos. O tipo RD é uma


característica específica de falha à terra.

O tipo RI é calculado utilizando-se a fórmula

 
 k 
t[ s ] =  
 0.339 − 0.236 × I > 
 I 
A060642 V2 PT (Equação 85)

O tipo RD é calculado utilizando-se a fórmula

 I 
t[ s ] = 5.8 − 1.35 × In  
k×I >
A060643 V2 PT (Equação 86)

t[s] Tempo operacional (em segundos)


k ajuste Multiplicador de tempo
I Corrente medida
I> ajuste Valor de partida

706 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070826 V2 PT

Figura 358: Características de tempo inverso do tipo RI

Série 615 707


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070827 V2 PT

Figura 359: Características de tempo inverso do tipo RD

708 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

10.2.2 Reset em modos de tempo inverso


O usuário pode selecionar as características de reset utilizando o ajuste de Tipo de
curva de reset da seguinte forma:

Tabela 527: Valores para o modo de reset


Nome do ajuste Valores possíveis
Tipo de curva de reset 1=Imediata
2=Reset de tempo definido
3=Reset inverso

Reset imediato
Se o ajuste de Tipo de curva de reset em um caso de drop-off for selecionado como
"Imediato", o temporizador inverso é reconfigurado imediatamente.

Reset de tempo definido


RO tipo definido de reset no modo de tempo inverso pode ser atingido ajustando o
parâmetro Tipo de curva de reset para “Reset de tempo definido”. Como resultado,
o contador de tempo inverso operacional é congelado pelo tempo determinado com
o ajuste de Tempo de atraso de reset após a corrente cair abaixo do ajuste Valor
inicial, incluindo histerese.A soma integrante do contador de tempo inverso é
redefinida se outro início não ocorrer durante o atraso de reset.

Se o ajuste de Tipo de curva de reset for selecionado como “Reset


de tempo definido”, o nível de corrente não possui influência sobre
a característica de reset.

Reset inverso

As curvas de reset inverso estão disponíveis somente para ANSI e


curvas programáveis de usuário. Se você utilizar outros tipos de
curva, ocorre reset imediato.

Reset inverso de atraso padrão

A característica de reset exigida em modos de tempo inverso ANSI (IEEE) é


fornecida ajustando o parâmetro de Tipo de curva de reset para “Reset inverso”.
Neste modo, o tempo de atraso para reset é fornecido com a fórmula a seguir
utilizando o coeficiente D, que tem seus valores definidos na tabela abaixo.

 
 
t[ s ] =  ⋅k
D
 2 
  I  − 1 
 I> 
  
A060817 V3 PT (Equação 87)

Série 615 709


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

t[s] Tempo de reset (em segundos)


k ajuste Multiplicador de tempo
I Corrente medida
I> set Valor de partida

Tabela 528: Coeficientes para curvas de reset inversa de atraso ANSI


Nome da curva D
(1) ANSI Extremamente Inverso 29.1
(2) ANSI Muito Inverso 21.6
(3) ANSI Normalmente Inverso 0.46
(4) ANSI Moderadamente Inverso 4.85
(6) Tempo Longo Extremamente Inverso 30
(7) Tempo Longo Muito Inverso 13.46
(8) Tempo Longo Inverso 4.6

710 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070828 V1 PT

Figura 360: Características de tempo de reset extremamente inverso de ANSI

Série 615 711


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070829 V1 PT

Figura 361: Características de tempo de reset muito inversa de ANSI

712 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070830 V1 PT

Figura 362: Características de tempo de reset normalmente inversa de ANSI

Série 615 713


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070831 V1 PT

Figura 363: Características de tempo de reset moderadamente inversa de ANSI

714 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070832 V1 PT

Figura 364: Características de tempo de reset de tempo extremamente longo


de ANSI

Série 615 715


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

A070833 V1 PT

Figura 365: Características de tempo de reset de muito longo tempo de ANSI

716 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A070834 V1 PT

Figura 366: Características de tempo de reset de longo tempo de ANSI

O reset de tempo inverso de atraso não está disponível para curvas


de tempo inverso do tipo IEC.

Reset inverso de atraso programável pelo usuário

Série 615 717


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

O usuário pode definir as características de tempo de reset inverso de atraso com a


seguinte fórmula utilizando o ajuste Curva parâmetro D.

 
 
t[ s ] =  D ⋅k
 2 
  I  − 1 
 I> 
  
A060817 V3 PT (Equação 88)

t[s] Tempo de reset (em segundos)


k ajuste Multiplicador de tempo
D ajuste Parâmetro de curva D
I Corrente medida
I> set Valor de partida

10.2.3 Temporizador inverso de congelamento


Quando BLOCK está ativo, o valor interno do contador de tempo é congelado no
valor do momento imediatamente antes do congelamento. O contador do valor do
congelamento é escolhido quando o usuário não deseja que o valor do contador
conte para cima ou seja redefinido. Este pode ser o caso, por exemplo, quando a
função inversade tempo de IED precisa ser bloqueada para permitir a operação de
tempo definido de outro IED por razões de seletividade, especialmente se técnicas
de calibração diferentes (relés antigos e modernos) são aplicadas.

O modo de bloqueio selecionado é "Freeze Timer".

A ativação de BLOCK também aumenta o valor mínimo de atraso


do temporizador.

A ativação da entrada BLOCK sozinha não afeta a operação de saída START. Ela
ainda se torna ativa quando a corrente ultrapassa o conjunto Valor de partida, e
inativa quando a corrente cai abaixo do ajuste Valor inicial e o ajuste Tempo de
atraso de reset expirou.

718 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

10.3 Características de tempo mínimo inverso definido


baseado na tensão

10.3.1 Curvas IDMT para proteção de sobretensão


Nos modos de tempo inverso, o tempo de trip depende do valor momentâneo da
tensão: quanto maior a tensão, mais rápido o tempo de trip. O cálculo ou integração
do tempo de operação se inicia imediatamente quando a tensão excede o valor
estabelecido para o Valor inicial e a saída START seja ativada.

A saída OPERATE do componente é ativada quando a soma acumulada do


integrador calculando a situação de sobretensão excede o valor estabelecido pelo
modo de tempo inverso. O valor configurado depende do tipo de curva selecionado
e os valores de configuração usados. O usuário determina o escalonamento da
curva com o ajuste de Multiplicador de tempo .

O parâmetro Tempo operacional mínimo definem o tempo mínimo para o tempo de


operação para o modo IDTM, ou seja, é possível limitar o tempo de operação
baseado no IDTM para que não se torne muito curto. Por exemplo:

Série 615 719


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

GUID-BCFE3F56-BFA8-4BCC-8215-30C089C80EAD V1 PT

Figura 367: Curva de tempo operacional baseado em características IDTM


com Tempo operacional mínimo ajustados para to 0.5 segundo

720 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

GUID-90BAEB05-E8FB-4F8A-8F07-E110DD63FCCF V1 PT

Figura 368: Curva de tempo operacional baseado em características IDTM


com o Tempo operacional mínimo ajustados para 1 segundo

10.3.1.1 Características de padrão de tempo inverso para proteção de


sobretensão

O tempo de operação para sobretensão padrão IDMT é definido com os


coeficientes A, B, C, D e E.

O tempo de operação inverso pode ser calculado com a fórmula:

Série 615 721


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

k⋅A
t  s  = E
+D
 U −U > 
B× −C
 U > 
GUID-6E9DC0FE-7457-4317-9480-8CCC6D63AB35 V2 PT (Equação 89)

t [s] tempo operacional em segundos


U tensão medida
U> o valor configurado de Valor de partida
k o valor configurado do Multiplicador de tempo

Tabela 529: Coeficientes de curva para curva padrão de sobretensão IDMT


Nome da curva A B C D E
(17) Curva Inversa A 1 1 0 0 1
(18) Curva Inversa B 480 32 0,5 0.035 2
(19) Curva Inversa C 480 32 0.5 0.035 3

722 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

GUID-ACF4044C-052E-4CBD-8247-C6ABE3796FA6 V1 PT

Figura 369: : Característica de proteção de sobretensão da Curva inversa A

Série 615 723


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

GUID-F5E0E1C2-48C8-4DC7-A84B-174544C09142 V1 PT

Figura 370: : Característica de proteção de sobretensão da Curva inversa B

724 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

GUID-A9898DB7-90A3-47F2-AEF9-45FF148CB679 V1 PT

Figura 371: : Característica de proteção de sobretensão da Curva inversa C

10.3.1.2 Características de tempo inverso programáveis pelo usuário para


proteção de sobretensão

O usuário pode definir curvas inserindo parâmetros usando a fórmula padrão:

Série 615 725


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

k⋅A
t  s  = E
+D
 U −U > 
B× −C
 U > 
GUID-6E9DC0FE-7457-4317-9480-8CCC6D63AB35 V2 PT (Equação 90)

t[s] Tempo operacional em segundos


A o valor configurado do Parâmetro de curva A
B o valor configurado do Parâmetro de curva B
C o valor configurado do Parâmetro de curva C
D o valor configurado do Parâmetro de curva D
E o valor configurado do Parâmetro de curva E
U tensão medida
U> o valor configurado de Valor de partida
k o valor configurado do Multiplicador de tempo

10.3.1.3 Saturação de curvas IDMT para proteção de sobrecorrente

Para o modo de operação de sobrecorrente IDTM, a integração do tempo de


operação não se inicia até que a tensão exceda o valor do Valor inicial. Para lidar
com as características de descontinuidade da curva, um parâmetro específico para a
saturação da equação para um valor fixo é criado. O parâmetro Curve Sat Relative
é dado em percentuais comparados com o Valor inicial. Por exemplo, devido à
equação da curva B e C, a saída da equação de características está saturada de tal
forma que quando as tensões de entrada estiverem dentro dos parâmetros do Valor
inicial para Curva Sat Relativa em percentuais sobre o Valor inicial, a equação
utiliza o Valor inicial * (1,0 + Curve Sat Relative / 100 ) para a tensão mensurada.
Apesar de a curva A não ter descontinuidades quando a razão U/U> exceder a
unidade, Curva Sat Relativa também está ajustada para isto. O parâmetro Curva
Sat Relativa para as curvas A, B e C é de 2.0 porcento. Entretanto, deverá ser
observado que o usuário deve cuidadosamente calcular as características da curva
em relação às descontinuidades quando a curva programável da equação for usada.
Portanto, a Curva Sat Relativa dá outro grau de liberdade para mover a curva
inversa do eixo da tensão nominal e ela efetivamente ajusta o tempo máximo de
operação para a curva IDTM porque, para aos valores de tensão nominal afetados
por este ajuste, o tempo de operação é fixado, ou seja, o tempo definido,
dependendo dos parâmetros mas não mais da tensão.

10.3.2 Curvas IDMT para proteção de subtensão


Nos modos de tempo inverso, o tempo de trip depende do valor momentâneo da
tensão: quanto menor a tensão, mais rápido o tempo de trip. O cálculo ou
integração do tempo de operação se inicia imediatamente quando a tensão cai
abaixo do valor estabelecido para o Valor inicial e a saída START seja ativada..

726 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

A saída OPERATE do componente é ativada quando a soma acumulada do


integrador ao se calcular a situação de subtensão excede o valor estabelecido pelo
modo de tempo inverso. O valor configurado depende do tipo de curva selecionado
e os valores de configuração usados. O usuário determina o escalonamento da
curva com o ajuste de Multiplicador de tempo .

O parâmetro Tempo operacional mínimo define o tempo de trip mínimo possível


para IDMT. Para definir um valor para este parâmetro, o usuário deve estudar
cuidadosamente a curva IDMT particular.

10.3.2.1 Características de padrão inverso do tempo para proteção de


subtensão

O tempo de operação para subtensão padrão IDMT é definido com os coeficientes


A, B, C, D e E.

O tempo de operação inverso pode ser calculado com a fórmula:


k⋅A
t  s  = E
+D
 U < −U 
B× −C
 U< 
GUID-4A433D56-D7FB-412E-B1AB-7FD43051EE79 V2 PT (Equação 91)

t [s] tempo operacional em segundos


U tensão medida
U< o valor configurado do ajuste Valor de partida .
k o valor configurado do ajuste Multiplicador de tempo .

Tabela 530: Coeficientes de curva para curva padrão de subtensão IDMT


Nome da curva A B C D E
(21) Curva 1 1 0 0 1
Inversa A
(22) Curva 480 32 0.5 0.055 2
Inversa B

Série 615 727


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

GUID-35F40C3B-B483-40E6-9767-69C1536E3CBC V1 PT

Figura 372: : Característica de proteção de subtensão da Curva A

728 Série 615


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1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

GUID-B55D0F5F-9265-4D9A-A7C0-E274AA3A6BB1 V1 PT

Figura 373: Característica de proteção de subtensão da Curva B

10.3.2.2 Características de tempo inverso programáveis pelo usuário para


proteção de subtensão

O usuário pode definir curvas inserindo parâmetros na fórmula padrão:

Série 615 729


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

k⋅A
t  s  = E
+D
 U < −U 
B× −C
 U < 
GUID-4A433D56-D7FB-412E-B1AB-7FD43051EE79 V2 PT (Equação 92)

t[s] Tempo operacional em segundos


A o valor configurado do Parâmetro de curva A
B o valor configurado do Parâmetro de curva B
C o valor configurado do Parâmetro de curva C
D o valor configurado do Parâmetro de curva D
E o valor configurado do Parâmetro de curva E
U tensão medida
U< o valor configurado do Valor de partida
k o valor configurado do Multiplicador de tempo

10.3.2.3 Saturação de curvas IDMT de proteção contra subtensão

Para o modo de operação de subtensão IDTM, a integração do tempo de operação


não se inicia até que a tensão caia abaixo do valor do parâmetro Valor inicial. Para
lidar com as características de descontinuidade da curva, um parâmetro específico
para a saturação da equação para um valor fixo é criado. A entrada Curva Sat
Relativa é o parâmetro e é dada em percentuais comparados com o Valor inicial.
Por exemplo, devido à equação da curva B, a saída da equação de características é
saturada de tal forma que quando as tensão de entrada estiverem dentro dos
parâmetros do Valor inicial para Curva Sat Relativa em percentuais abaixo do
Valor inicial, a equação utiliza o Valor inicial * (1,0 - Curva Sat Relativa / 100 )
para a tensão mensurada. Apesar de a curva A não ter descontinuidades quando a
razão U/U> exceder a unidade, Curva Sat Relativa também é ajustada para isto. O
parâmetro Curva Sat Relativa para as curvas A, B e C é de 2.0 porcento.
Entretanto, deverá ser observado que o usuário deve cuidadosamente calcular as
características da curva em relação também às descontinuidades quando a curva
programável da equação for usada. Portanto, a Curva Sat Relativa dá outro grau de
liberdade para mover a curva inversa do eixo da tensão nominal e ela efetivamente
ajusta o tempo máximo de operação para a curva IDTM porque, para aos valores
de tensão nominal afetados por este ajuste, o tempo de operação é fixado, ou seja, o
tempo definido, dependendo dos parâmetros mas não mais da tensão.

10.4 Proteção e medição de frequência

Todos os blocos de função que usam a grandeza de frequência como sinal de


entrada compartilham das características comuns relacionadas ao algoritmo de
medição de frequência. A estimativa de frequência é feita de uma fase (fase-a-fase
ou tensão de fase) ou a partir da sequência de fase positiva (PPS). Os grupos de
tensão com três entradas de fase usam o PPS como fonte. A faixa de medição de

730 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

frequência é de 0.6 xFn a 1.5 xFn. Quando a frequência ultrapassa esses limites, é
considerada fora do intervalo e um valor mínimo ou máximo é tido como o valor
medido, respectivamente, com informações de qualidade adequadas. A estimativa
frequência requer 160 ms para se estabilizar após um sinal de má qualidade.
Portanto, um atraso de 160 ms é adicionado à transição da má qualidade. A má
qualidade do sinal pode ser devido a restrições como:
• A tensão da fonte está abaixo de 0.02 xUn em Fn.
• A forma de onda da fonte de tensão é descontínua.
• A taxa de mudança da frequência da tensão da fonte excede 15 Hz / s
(incluindo mudanças de frequência stepwise).

Quando a qualidade de sinal ruim é obtida, o valor da frequência nominal é


mostrada com informações de qualidade adequadas na visualização de medição. As
funções de proteção de frequência são bloqueadas quando a qualidade é ruim,
assim, os temporizadores e as funções de saída são resetados. Quando a frequência
está fora do alcance de ajuste do bloco de função, mas dentro do intervalo de
medição, os blocos de proteção estão em execução. Entretanto, as saídas OPERATE
estão bloqueadas até que a frequência se reestabeça em um intervalo válido.

10.5 Modos de medição

Em muitos blocos de função dependentes de corrente ou tensão há quatro


princípios de medição alternativas:
• RMS
• DFT que é um componente fundamental numericamente calculado do sinal
• Pico a pico
• Pico-a-pico com backup de pico

Consequentemente, o modo de medição pode ser selecionado de acordo com a


aplicação.

Em casos extremos, por exemplo com alto teor harmônico ou sobrecorrente, os


modos de medição funcionam de maneira um pouco diferente. A precisão da
operação é definida com a faixa de frequência de f/fn=0,95...1,05. Em modos de
medição RMS e pico-a-pico, as harmônicas das correntes de fase não são
suprimidas, enquanto na medição de frequência fundamental a supressão de
harmônicas é de no mínimo -50 dB na faixa de frequência de f= n x fn, onde n = 2,
3, 4, 5,...

RMS
O principio de medição RMS é selecionado com o parâmetro Modo de medição
usando o valor "RMS". RMS consiste em componentes AC e DC. O componente
AC é o valor médio eficiente dos valores de pico positivos e negativos. RMS é

Série 615 731


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

usado em aplicações onde o efeito do componente de DC deve ser levado em


consideração.

RMS é calculado usando a fórmula:

1 n 2
I RMS = ∑ Ii
n i =1
A070883 V2 PT (Equação 93)

n número de amostras em um ciclo de cálculo


Ii valor de amostra de corrente

DFT
O principio de medição DFT é selecionado com o parâmetro Modo de medição
usando o valor "DFT". No modo DFT, o componente de frequência fundamental
do sinal medido é numericamente calculado das amostras. Em algumas aplicações,
por exemplo, pode ser difícil conseguir configurações sensíveis o suficiente e
operação precisa do estágio baixo, que pode ser devido à uma quantidade
considerável de harmônicas nas correntes de lado primário. Em tal caso, a operação
pode ser baseada somente no componente de frequência fundamental da corrente.
Alem disso, o modo DFT tem requisitos de CT levemente maiores que o modo pico-
-a-pico, se usado com estágios altos e instantâneos.

Pico a pico
O principio de medição pico-a-pico é selecionado com o parâmetro Modo de
medição usando o valor "Peak-to-Peak". É o modo mais rápido de medição, onde a
quantidade de medição é feita pelo cálculo da média dos valores de pico positivos e
negativos. O componente DC não está incluído. O tempo de retardo é curto. O
abafamento das harmônicas é bem lento e praticamente determinado pelas
características do filtro de suavização das entradas IED. Consequentemente, este
modo é geralmente usado em conjunto com estágios altos e instantâneos, onde a
supressão de harmônicas não é tão importante. Além disso, o modo pico a pico
permite uma saturação CT considerável sem enfraquecer o desempenho da operação.

Pico-a-pico com backup de pico


O principio de medição pico-a-pico com backup de pico é selecionado com o
parâmetro Modo de medição usando o valor "P-to-P+backup". É semelhante ao
modo pico-a-pico, exceto por ser melhorado com o backup de pico. No modo pico
a pico com backup de pico, a função começa com em duas condições: o valor pico
a pico está acima da corrente inicial estabelecida ou o valor de pico está duas vezes
acima do valor inicial estabelecido Start value. O backup de pico é habilitado
somente quando a função é usada no modo DT nos estágios alto e instantâneo para
uma operação mais rápida.

732 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 10
Características gerais do bloco de função

10.6 Medições calculadas

Corrente residual e voltagem calculadas


A corrente residual é calculada a partir das correntes de fase, de acordo com a equação:

Io = −( I A + I B + I C )
GUID-B9280304-8AC0-40A5-8140-2F00C1F36A9E V1 PT (Equação 94)

A voltagem ou tensão residual é calculada a partir das tensões fase-terra quando a


conexão VT é selecionada como “Wye” (em estrela ou em forma de Y) com a
equação:

Uo = (U A + U B + U C ) / 3
GUID-03909E83-8AA3-42FF-B088-F216BBB16839 V1 PT (Equação 95)

Componentes sequenciais
Os componentes de corrente de sequência de fase são calculados a partir das
correntes de fase, de acordo com:

I 0 = (I A + I B + I C ) / 3
GUID-2319C34C-8CC3-400C-8409-7E68ACA4F435 V2 PT (Equação 96)

I1 = (I A + a ⋅ I B + a2 ⋅ I C ) / 3
GUID-02E717A9-A58F-41B3-8813-EB8CDB78CBF1 V2 PT (Equação 97)

I 2 = (I A + a2 ⋅ I B + a ⋅ I C ) / 3
GUID-80F92D60-0425-4F1F-9B18-DB2DEF4C2407 V2 PT (Equação 98)

Os componentes de tensão de sequência de fase são calculados a partir das tensões


fase-terra quando a Conexão VT é selecionada como “Wye” com as equações:

U 0 = (U A + U B + U C ) / 3
GUID-49CFB460-5B74-43A6-A72C-AAD3AF795716 V2 PT (Equação 99)

U 1 = (U A + a ⋅U B + a 2 ⋅ U C ) / 3
GUID-7A6B6AAD-8DDC-4663-A72F-A3715BF3E56A V2 PT (Equação 100)

U 2 = (U A + a 2 ⋅U B + a ⋅ U C ) / 3
GUID-6FAAFCC1-AF25-4A0A-8D9B-FC2FD0BCFB21 V1 PT (Equação 101)

Quando a Conexão VT é selecionada como “Delta” (em triângulo), os componentes


de tensão de sequência de fase negativa e positiva são calculados a partir das
tensões entre fases, de acordo com as equações:

U 1 = (U AB − a 2 ⋅ U BC ) / 3
GUID-70796339-C68A-4D4B-8C10-A966BD7F090C V2 PT (Equação 102)

U 2 = (U AB − a ⋅U BC ) / 3
GUID-C132C6CA-B5F9-4DC1-94AF-FF22D2F0F12A V2 PT (Equação 103)

Série 615 733


Manual Técnico
Seção 10 1MRS757783 A
Características gerais do bloco de função

As tensões fase-terra são calculadas a partir das tensões entre fases quando a
Conexão VT é selecionada como "Delta", de acordo com as equações.

(
U A = U 0 + U AB − U CA / 3 )
GUID-8581E9AC-389C-40C2-8952-3C076E74BDEC V1 PT (Equação 104)

(
U B = U 0 + U BC − U AB / 3 )
GUID-9EB6302C-2DB8-482F-AAC3-BB3857C6F100 V1 PT (Equação 105)

(
U C = U 0 + U CA − U BC / 3 )
GUID-67B3ACF2-D8F5-4829-B97C-7E2F3158BF8E V1 PT (Equação 106)

Se o U 0 canal não é válido, ele é admitido como zero.

As tensões entre fases são calculadas a partir das tensões fase-terra quando a
Conexão VT é selecionada como "Wye", de acordo com as equações.

U AB = U A − U B
GUID-674F05D1-414A-4F76-B196-88441B7820B8 V1 PT (Equação 107)

U BC = U B − U C
GUID-9BA93C77-427D-4044-BD68-FEE4A3A2433E V1 PT (Equação 108)

U CA = U C − U A
GUID-DDD0C1F0-6934-4FB4-9F79-702440125979 V1 PT (Equação 109)

734 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 11
Requisitos para transformadores de medição

Seção 11 Requisitos para transformadores de


medição

11.1 Transformadores de corrente

11.1.1 Requisitos dos transformadores de corrente para proteção


contra sobrecorrente não direcional
Para uma operação confiável e correta da proteção contra sobrecorrente, oTC tem
de ser escolhida/o cuidadosamente. A distorção da corrente secundária de um TC
saturado pode pôr em perigo a operação, seletividade e coordenação de proteção.
No entanto, quando o TC é corretamente selecionado, pode ser habilitada uma
proteção rápida e confiável contra curto-circuito.

A seleção de um TC depende não somente de especificações de TC, como também


da dimensão da corrente de falha no sistema, objetivos de proteção desejados e a
carga de TC real. As configurações de proteção do IED devem ser definidas de
acordo com o desempenho de TC, como também outros fatores.

11.1.1.1 Classe de exatidão do transformador de corrente e fator limite de


precisão

O fator limite de precisão nominal (Fn) é a relação da precisão limite da corrente


primária nominal e a corrente primária nominal. Por exemplo, um transformador de
proteção de corrente modelo 5P10 tem a classe de exatidão 5P e o fator limite de
precisão 10. Para transformadores de corrente de proteção, a classe de exatidão é
concebida pelo erro composto do percentual mais alto permitido, na corrente
nominal primária do limite de precisão, prescrita para a classe de precisão em
questão, seguida da letra "P" (que significa proteção).

Tabela 531: Limites de erros em conformidade com IEC 60044-1 para transformadores de
corrente de proteção
Classe de exatidão Erro de corrente na Deslocamento de fase na corrente Erro composto na
corrente nominal nominal primária corrente nominal
primária (%) minutos centirradianos primária do limite
de precisão (%)
5P ±1 ±60 ±1.8 5
10P ±3 - - 10

As classes de exatidão 5P e 10P são adequadas para proteção contra sobrecorrente


não direcional. A classe 5P oferece maior exatidão. Isso deve ser observado

Série 615 735


Manual Técnico
Seção 11 1MRS757783 A
Requisitos para transformadores de medição

também se existirem requisitos de precisão para as funções de medição (medição


de corrente, medição de potência e assim por diante) do IED.

A precisão da corrente limite primária do TC descreve a grandeza maior da


corrente com defeito, em que o TC cumpre a precisão especificada. Além desse
nível, a corrente secundária do TC é distorcida e pode ter efeitos graves no
desempenho de proteção do IED.

Na prática, o fator limite real de precisão (Fa) difere do fator limite de precisão
nominal (Fn) e é proporcional à relação da carga nominal do TC e carga real do TC.

O fator limite real de precisão é calculado usando a fórmula:

Sin + Sn
Fa ≈ Fn ×
Sin + S
A071141 V1 PT

Fn o fator limite de precisão com a carga externa nominal Sn

Sin A resistência secundária interna do TC

S a carga externa real

11.1.1.2 Proteção de sobrecorrente não direcional

A seleção do transformador de corrente


A proteção de sobrecorrente não direcional não estabelece altos requisitos sobre a
classe de precisão no fator de limite de precisão real (Fa) dos TCs. É, entretanto,
recomendado selecionar um TC com Fa de no mínimo 20.

A corrente primária nominal I1n deve ser escolhida de tal forma que a força térmica
e dinâmica da entrada de medição de corrente do IED não seja excedida. Isso é
sempre preenchido quando

I1n > Ikmax / 100,

Ikmax é a corrente de falha mais alta.

A saturação do TC protege o circuito de medição e a entrada de corrente do IED.


Por isso, na pratica, mesmo correntes primárias nominais algumas vezes menores
podem ser usadas do que às dadas pela fórmula.

Configurações recomendadas de corrente start


Se Ikmin é a menor corrente primária na qual o maior estágio de sobrecorrente
configurado pode operar, a corrente inicial deve ser configurada usando a fórmula:

Current start value < 0,7 x (Ikmin / I1n)

736 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 11
Requisitos para transformadores de medição

I1n é a corrente primária nominal do TC.

O fator 0,7 leva em consideração a imprecisão de proteção IED, erros de


transformador de corrente, e imperfeições dos cálculos de curto-circuito.

O desempenho adequado do TC deve ser verificado quando a configuração de


proteção de sobrecorrente do estágio alto é definida. O atraso no tempo de
operação causado pela saturação de TC é tipicamente pequeno o suficiente quando
a configuração de sobrecorrente é notadamente menor que Fa.

Ao definir os valores de configuração para os estágios baixos, a saturação do TC


não precisa ser levada em consideração e a configuração da corrente inical é
simplesmente de acordo com a fórmula.

Atraso na operação causada pela saturação de transformadores de


corrente
A saturação do TC pode causar uma operação IED atrasada. Para garantir a
seletividade do tempo, o atraso deve ser considerado quando configurando os
tempos de operação de IEDs sucessivos.

Com modo de tempo definido de operação, a saturação do TC pode causar um


atraso que é tão longo quanto o tempo da constante do componente DC de corrente
de falha, quando a corrente é somente levemente maior que a corrente inicial. Isso
depende do fator de limite de precisão do TC, no fluxo remanescente do núcleo do
TC, e na configuração do tempo de operação.

Com modos de tempo inverso da operação, o atraso deve sempre ser considerado
como sendo tão longo quanto a constante de tempo do componente DC.

Com o modo de tempo inverso de operação e quando os estágios de configuração


altos não estão sendo usados, o componente AC da corrente de falha não deve
saturar o TC menos que 20 vezes a corrente inicial. Caso contrário, o tempo de
operação inversa pode ser prolongado ainda mais. Portanto, o fator de limite de
precisão Fa deve ser escolhido usando a fórmula:

Fa > 20*Valor inicial de corrente / I1n

O Valor inicial de corrente é a configuração de corrente de pickup primária do IED.

11.1.1.3 Exemplo de proteção de sobrecorrente não direcional trifásica

A figura seguinte descreve um alimentador típico de média tensão. A proteção é


implementadas como proteção de sobrecorrente de três estágios de tempo definido.

Série 615 737


Manual Técnico
Seção 11 1MRS757783 A
Requisitos para transformadores de medição

A071142 V1 PT

Figura 374: Exemplo de proteção de sobrecorrente três estágios.

A falha de corrente de três fases máxima é de 41.7 kA e a corrente mínima de curto


circuito de três fases é de 22.8 kA. O fator limite de precisão do TC é calculado em
59.

A configuração inicial de corrente no estágio baixo (3I>) é selecionado para ser


cerca de duas vezes a corrente nominal do cabo. O tempo de operação é
selecionado de forma que seja seletivo com o próximo IED (não visível na figura
acima). Os ajustes para o estágio alto e instantâneo são definidas também de forma
que a graduação seja assegurada com a proteção abaixo. Ainda, os ajustes de início
devem ser definidos de forma que o IED opere com a menor falha de corrente e
não opere na máxima corrente de carga. Os ajustes para todos os três estágios
também estão na figura acima.

No ponto de vista da aplicação, o ajuste cabível para o estágio instantâneo (I>>>)


neste exemplo é de 3 500 A (5.83 x I2n). No ponto de vista das características de
TC, o critério fornecido pela fórmula de seleção do transformador de corrente e
também o ajuste do IED é consideravelmente menor do que o Fa. Nesta aplicação,
a carga nominal do TC poderia ter sido selecionada em carga muito menor do que
10 VA por razões econômicas.

738 Série 615


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1MRS757783 A Seção 12
Conexões físicas do IED

Seção 12 Conexões físicas do IED

12.1 Conexões de aterramento de proteção

1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
11 11
12 12
13 13
14 14
15 15
16 16
17 17
18 18
19 19
20 20
21 21
22 22
23 23
24 24

A070772 V1 PT

Figura 375: O parafuso de aterramento de proteção está localizado entre os


conectores X100 e X110

O fio terra deve ser no mínimo 4,0 mm2 e o mais curto possível.

12.2 Conexões binárias e analógicas

Todas as conexões binárias e analógicas são descritas nos manuais


de aplicação específica do produto.

Série 615 739


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Seção 12 1MRS757783 A
Conexões físicas do IED

12.3 Conexões de comunicação

A conexão de comunicação frontal é um conector tipo RJ-45 usado principalmente


para configuração e ajuste.

Para RED615, o módulo de comunicação posterior é obrigatório devido à conexão


necessária para a comunicação de proteção diferencial de linha. Se a comunicação
de estação for necessária para REF615, REM615 ou RET615, será necessário, por
sua vez, um módulo de comunicação posterior opcional. Várias conexões de
comunicação opcional estão disponíveis.

• Conexão galvanizada de Ethernet RJ-45


• Conexão ótica de Ethernet LC
• Conexão serial de fibra de vidro tipo ST
• Conexão serial EIA-485
• Conexão serial EIA-232

Equipamentos e cabos de fibra óptica são muito sensíveis à poeira e


à sujeira. Você deve manuseá-los com cuidado. Se a fibra se
separar do modem, ajuste a cobertura protetora no transmissor/
receptor. Mantenha a cobertura de proteção durante o transporte.

Se contaminados, limpe os conectores ópticos com um bastão de


limpeza. Os produtos de limpeza recomendados são álcool metílico,
álcool etílico, álcool isopropílico e álcool isobutílico.

12.3.1 Conexão frontal Ethernet RJ-45


O IED é fornecido com um conector RJ-45 no LHMI. O conector é utilizado para
configuração e ajustes. A interface doPC deve ser configurada de modo que se
obtenha o endereço de IP automaticamente. Existe um servidorDHCP dentro do
IED apenas para a interface frontal.

Os eventos e os ajustes de valores e todos os dados de entrada como, por exemplo,


valores memorizados e registros de distúrbios podem ser lidos pela entrada frontal
de comunicação.

Apenas um dos possíveis clientes podem ser utilizados para a parametrização por vez.

• PCM600
• LHMI
• WHMI

O endereço de IP padrão do IED através desta entrada é 192.168.0.254.

740 Série 615


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1MRS757783 A Seção 12
Conexões físicas do IED

A entrada frontal suporta o protocolo TCP/IP. Um cabo crossover padrão de


Ethernet CAT 5 é utilizado comporta frontal.

A velocidade da interface do conector frontal é limitada a 10 Mbps.

12.3.2 Conexões traseiras de Ethernet


O módulo de comunicação de estação de barramento Ethernet é fornecido ora com
uma conexão galvânica RJ-45 ou uma cone xão óptica muti modoLC, dependendo
da variante do produto e a opção de interface de comunicação selecionada. Um par
de cabos blindados trançados CAT 5e é utilizado com o conector RJ-45 e um cabo
ótico multi modo (≤2 km) com o conector tipo LC.

Ainda, os módulos de comunicação com conectores múltiplos de Ethernet


permitem o desvio do tráfico de Ethernet. As variantes incluem um switch interno
que controla o tráfego de Ethernet entre o IED e a estação de barramento. Neste
caso, o tipo de rede utilizado pode ser em anel ou em cadeia. No tipo de topologia
de loop , um ciclo de Ethernet de auto-cura é fechado por um switch gerenciado
que suporta o Rapid Spanning Tree Protocol. Em redes de topologia de cadeia, a
rede é de barramento ou sem switches, onde a estação de barramento começa a
partir da estação cliente, ou com um switch para conectar alguns dispositivos e a
cadeia de IED série 615 à mesma rede.

Módulos de comunicação incluindo conexões X1, X2, e X3 de Ethernet podem


utilizar a terceira entrada para conectar quaisquer outros dispositivos (por exemplo,
um servidor SNTP, que é visível para toda a sub-rede loca) à estação de
cabeamento. No RED615, a primeira porta de Ethernet X16 é dedicada à
comunicação diferencial de linha e não pode ser utilizada para a comunicação da
estação de barramento.

O endereço de IP padrão do IED pela porta traseira de Ethernet é 192.168.2.10 com


o protocoloTCP/IP. A taxa de transferência de dados é de 100 Mbps.

12.3.3 Conexão traseira Serial EIA-232


A conexão EIA-232 segue a padronização TIA/EIA-232 e se destina a ser usada
com uma conexão ponto-a-ponto. Esta conexão suporta fluxo de comunicação de
controle de hardware (RTS, CTS, DTR, DSR), full-duplex e half-duplex.

12.3.4 Conexão traseira Serial EIA-485


o módulo de comunicação EIA-485 conforme padrão TIA/EIA-485 e se destina a
ser usado em um esquema de barramento de fiação em cadeia com comunicação
multi-ponto de 2 fios half-duplex ou 4 fios full-duplex.

Série 615 741


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Conexões físicas do IED

O número máximo de dispositivos (nós) conectado ao barramento


onde o IED é usado é de 32, e o comprimento máximo do
barramento é de 1200 metros.

12.3.5 Conexão de comunicação de proteção


A porta de comunicação de proteção utilizando link dedicado é fornecida com um
modo único ou uma conexão multi-modos com um conector do tipo LC. A
comunicação LC (X16/LD) é sempre o principal item no módulo de comunicação.

A porta não pode ser utilizada com qualquer outra rede de comunicação Ethernet.
A velocidade de interface é 100 Mbps.

Utilize link direto. Switches, hubs ou roteadores não são permitidos


entre os IEDs.

Se for utilizado fio piloto galvânico como link de comunicação de proteção, o


modem de fio piloto RPW600 é exigido. O link de comunicação de proteção
sempre exige dois modens em um esquema de proteção, assim entregues em pares
de unidades mestre (RPW600M) e seguidor (RPW600F). Um cabo de fibra ótica
de modo único com conectores do tipo dual LC é utilizado para conectar RED615
com o modem RPW600. O comprimento mínimo recomendado para este cabo é 3 m.

A porta de comunicação X16/LD de RED615 é utilizada tanto para


o link de fibra ótica direto quanto para conexão com o modem de
fio piloto.

O modem RPW600 possui um isolamento de nível incorporado de


5 kVAC (RMS, 1 min) contra potencial terra na conexão de fio piloto.

12.3.6 Conexão óptico ST traseira de série


A comunicação serial pode ser utilizada opcionalmente, por meio de uma conexão
óptica ou em loop ou topologia em estrela. O estado da conexão ociosa é iluminada
ou com luz apagada.

12.3.7 Interfaces e protocolos de comunicação


Os protocolos de comunicação suportados dependem do módulo de comunicação
posterior opcional.

742 Série 615


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Conexões físicas do IED

Tabela 532: Interfaces e protocolos de comunicação de estação suportados


Interfaces/ Ethernet Serial
Protocolos 100BASE-TX
100BASE-FX LC1) EIA-232/EIA-485 Fibra óptica ST
RJ-45
IEC 61850 ● ● - -
MODBUS RTU/ - - ● ●
ASCII
MODBUS TCP/IP ● ● - -
DNP3 (serial) - - ● ●
DNP3 TCP/IP ● ● - -
IEC 60870-5-103 - - ● ●
● = Suportado

1) Não disponível para RED615

12.3.8 Módulos de comunicação da parte traseira

COM0001 COM0002 COM0003 COM0005 COM0006 COM0007


RJ-45 LC RS485+IRIG-B RJ-45+ARC LC+ARC RS485+IRIG-B+
ARC
GUID-9942EA65-7B6F-4987-BD1A-9A88B0B222D6 V1 PT

Figura 376: Opções do módulo de comunicação

Série 615 743


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Conexões físicas do IED

COM0008 COM0010 COM0011 COM0012 COM0013 COM0014 COM0023


RJ-45+RS485+ LC+RS485+ RJ-45+RS485+ LC+RS485+ RJ-45+RS232/485+
IRIG-B IRIG-B IRIG-B+ARC IRIG-B+ARC RS485+ST+
IRIG-B
GUID-07821EE0-53E5-44A8-82BF-1C1D652DD21E V1 PT

Figura 377: Opções do módulo de comunicação

744 Série 615


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Conexões físicas do IED

COM0031 COM0033 COM0034


3xRJ-45 3xRJ-45+ LC+2xRJ-45+
ST+ARC ST+ARC
GUID-AF5B9B14-A1F1-4EED-96AD-DA0665226860 V1 PT

Figura 378: Opções do módulo de comunicação

Tabela 533: Interfaces de comunicação de barramento de estação inclusas nos módulos de


comunicação
Módulo ID RJ-45 LC EIA-485 EIA-232 ST
COM0001 1 - - - -
COM0002 - 1 - - -
COM0003 - - 1 - -
COM0005 1 - - - -
COM0006 - 1 - - -
COM0007 - - 1 - -

COM00081) 2 - 1 - 1

COM00101) 2 - 1 - 1

COM0011 1 - 1 - -
COM0012 - 1 1 - -
COM0013 1 - 1 - -
COM0014 - 1 1 - -
COM0023 1 - 1 1 1
COM0031 3 - - - -
COM0033 3 - - - 1
COM0034 2 1 - - 1

1) Disponível somente para RED615

Série 615 745


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Conexões físicas do IED

Tabela 534: Descrições LED para COM0001-COM0014


LED Conector Descrição1)
X1 X1 Situação e atividade de link X1/LAN (RJ-45 e LC)
RX1 X5 Atividade de recebimento de 2 fios/4 fios COM2
TX1 X5 Atividade de transmissão de 2 fios/4 fios COM2
RX2 X5 Atividade de recebimento de 2 fios COM1
TX2 X5 Atividade de transmissão de 2 fios COM1
I-B X5 Atividade de sinal IRIG-B

1) Dependendo do módulo COM e configuração jumper

Tabela 535: Descrições LED para COM0008 e COM0010


LED Conector Descrição1)
X16 X16 Situação e atividade de link X16/LD
X1 X1 Situação e atividade de link X1/LAN
X2 X2 Situação e atividade de link X2/LAN
Atividade de recebimento de 2 fios COM1/Atividade de recebimento de
RX X5 4 fios COM2
Atividade de transmissão de 2 fios COM1/Atividade de transmissão de 4
TX X5 fios COM2
Atividade de recebimento de 2 fios COM2/Atividade de recebimento de
RX X5/X12 4 fios COM2
Atividade de transmissão de 2 fios COM2/Atividade de transmissão de 4
TX X5/X12 fios COM2
I-B X5 Atividade de sinal IRIG-B

1) Dependendo da configuração jumper

Tabela 536: Descrições LED para COM0023


LED Conector Descrição1)
FX X12 Não utilizado por COM0023
X1 X1 Situação e atividade de link LAN (RJ-45 e LC)
FL X12 Não utilizado por COM0023
RX X6 Atividade de recebimento de 2 fios/4 fios COM1
TX X6 Atividade de transmissão de 2 fios/4 fios COM1
RX X5 / X12 Atividade de recebimento de fibra ótica ou 2 fios/4 fios COM2
TX X5 / X12 Atividade de transmissão de fibra ótica ou 2 fios/4 fios COM2
I-B X5 Atividade de sinal IRIG-B

1) Dependendo da configuração jumper

746 Série 615


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Conexões físicas do IED

Tabela 537: Descrições LED para COM0031-COM0034


LED Conector Descrição
X1 X1 Situação e atividade de link X1/LAN1
X2 X2 Situação e atividade de link X2/LAN2
X3 X3 Situação e atividade de link X2/LAN3
RX X9 Atividade de recebimento de fibra ótica COM1
TX X9 Atividade de transmissão de fibra ótica COM1

12.3.8.1 Locais e conexões de jumper COM0001-COM0014

1 2 3
X8
X9
X7
1 23
X4
X6
X5

A070893 V2 PT

Figura 379: Conectores de jumper no módulo de comunicação

Série 615 747


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Conexões físicas do IED

Tabela 538: Conectores de jumper EIA-485 de 2 fios


Grupo Conexão de jumper Descrição Notas
X4 1-2 Polarização habilitada COM2
A+ Conexão de 2 fios
2-3 Polarização
desabilitada A+
X5 1-2 Polarização habilitada
B-
2-3 Polarização
desabilitada B-
X6 1-2 Terminação de
barramento habilitada
2-3 Terminação de
barramento
desabilitada
X7 1-2 Polarização habilitada COM1
B- Conexão de 2 fios
2-3 Polarização
desabilitada B-
X8 1-2 Polarização habilitada
A+
2-3 Polarização
desabilitada A+
X9 1-2 Terminação de
barramento habilitada
2-3 Terminação de
barramento
desabilitada

O barramento deve ser polarizado em uma extremidade para garantir uma operação
isenta de falhas, o que pode ser feito usando-se resistências de pull-up e pull-down
no módulo de comunicação. Em conexão de 4 fios, as resistências de pull-up e pull-
-down são selecionadas com o ajuste dos jumpers X4, X5, X7 e X8 para a posição
ativada. A terminação do barramento é selecionada com o ajuste dos jumpers X6 e
X9 para a posição habilitada.

Os jumpers foram ajustadas para padrões sem terminação e sem polarização.

748 Série 615


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Conexões físicas do IED

Tabela 539: Conectores de jumper EIA-485 de 4 fios para COM2


Grupo Conexão de jumper Descrição Notas
1-2 Polarização habilitada
A+
X4
2-3 Polarização
desabilitada A+ 1)
1-2 Polarização habilitada
B-
X5 COM2
2-3 Polarização Canal TX de 4 fios
desabilitada B- 1)
1-2 Terminação de
barramento habilitada
X6 2-3 Terminação de
barramento
desabilitada1)
1-2 Polarização habilitada
B-
X7
2-3 Polarização
desabilitada B- 1)
1-2 Polarização habilitada
A+
X8 COM2
2-3 Polarização Canal RX de 4 fios
desabilitada A+ 1)
1-2 Terminação de
barramento habilitada
X9 2-3 Terminação de
barramento
desabilitada1)

1) Configuração padrão

É recomendável habilitar polarizando apenas em uma extremidade


do barramento.

A terminação é habilitada em cada extremidade do barramento.

É recomendável fazer o aterramento direto do sinal a partir de um


nó e através do capacitor de outros nós.

Os módulos de comunicação opcionais incluem suporte para comunicação serial de


EIA-485 (conector X5). Dependendo da configuração, os módulos de comunicação
podem hospedar duas portas de 2 fios ou uma porta de 4 fios.

Série 615 749


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Conexões físicas do IED

As duas portas de 2 fios são designadas como COM1 e COM2. Alternativamente,


se houver apenas uma porta de 4 fios configurada, o nome da porta será COM2. A
conexão ST de fibra ótica utiliza a porta COM1.

Tabela 540: Conexões EIA-485 para COM0001-COM0014


Pino Modo de 2 fios Modo de 4 fios
10 COM1 A/+ COM2 Rx/+
9 B/- Rx/-
8 COM2 A/+ Tx/+
7 B/- Tx/-
6 AGND (aterramento isolado)
5 IRIG-B +
4 IRIG-B -
3 -
2 GNDC (caixa via capacitor)
1 GND (caixa)

12.3.8.2 Locais e conexões de jumper COM0023

O módulo de comunicação opcional suporta a comunicação serial EIA-232/


EIA-485 (conector X6), comunicação serial EIA-485 (conector X5) e comunicação
serial de ST óptico (conector X12).

São suportadas duas portas de comunicação independentes. As duas portas de 2


fios são designadas como COM1 e COM2. Alternativamente, se houver apenas
uma porta de 4 fios configurada, o nome da porta será COM2. A conexão ST de
fibra ótica utiliza a porta COM1.

Tabela 541: Opções de comunicação das duas portas independentes


conector X6 de COM1 conector X5 ou X12 de COM2
EIA-232 ST óptico (X12)
EIA-485 2 fios EIA-485 2 fios (X5)
EIA-485 2 fios EIA-485 4 fios (X5)

750 Série 615


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Conexões físicas do IED

X 19
X 11
X 20
X 21
X6

X8
X5

X9
X7
1 2 3
X 26
3 2 1

X 17
X 18
X 16
1 2 3
1 2 3
X 13
X 15
X 14
X 27
X 28

1 2 3
3 2 1

2
4
6

X3
X 25 X 24
5
3
1

GUID-D4044F6B-2DA8-4C14-A491-4772BA108292 V1 PT

Figura 380: Conexões de jumper no módulo de comunicação COM0023

O tipo de conexão da porta COM1 pode ser EIA-232 ou EIA-485. O tipo é


selecionado com a configuração dos jumpers X19, X20, X21, X26.

As jumpers são definidas para EIA-232 como padrão.

Tabela 542: Conectores de jumper EIA-232 e EIA-485 para COM1


Grupo Conexão de jumper Descrição
X19 1-2 EIA-485
2-3 EIA-232
X20 1-2 EIA-485
2-3 EIA-232
X21 1-2 EIA-485
2-3 EIA-232
X26 1-2 EIA-485
2-3 EIA-232

Série 615 751


Manual Técnico
Seção 12 1MRS757783 A
Conexões físicas do IED

Para garantir uma operação isenta de falhas, o barramento deve ser polarizado em
uma extremidade usando-se resistências de pull-up e pull-down no módulo de
comunicação. Na conexão de 4 fios, as resistências de pull-up e pull-down são
selecionadas com a configuração dos jumpers X5, X6, X8, X9 para a posição
habilitada. A terminação do barramento é selecionada com o ajuste dos jumpers X7
e X11 para a posição habilitada.

Os jumpers foram ajustados para padrões sem terminação e sem polarização.

Tabela 543: Conectores de jumper EIA-485 de 2 fios para COM1


Grupo Conexão de jumper Descrição Notas
X5 1-2 Polarização habilitada
2-3 A+
Polarização
desabilitada A+1)
X6 1-2 Polarização habilitada
2-3 B- COM1
Polarização Conector X6 traseiro
desabilitada B- 1) Conexão de 2 fios

X7 1-2 Terminação de
2-3 barramento habilitada
Terminação de
barramento
desabilitada1)

1) Configuração padrão

Tabela 544: Conectores de jumper EIA-485 de 4 fios para COM1


Grupo Conexão de jumper Descrição Notas
X5 1-2 Polarização habilitada
2-3 A+
Polarização
desabilitada A+1)
X6 1-2 Polarização habilitada
2-3 B- COM1
Polarização Conector X6 traseiro
desabilitada B- 1) Canal TX de 4 fios

X7 1-2 Terminação de
2-3 barramento habilitada
Terminação de
barramento
desabilitada1)
Tabela continua na próxima página

752 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 12
Conexões físicas do IED

Grupo Conexão de jumper Descrição Notas


X9 1-2 Polarização habilitada
2-3 A+
Polarização
desabilitada A+ 1)
X8 1-2 Polarização habilitada
2-3 B-
Polarização Canal RX de 4 fios
desabilitada B- 1)
X11 1-2 Terminação de
2-3 barramento habilitada
Terminação de
barramento
desabilitada1)

1) Configuração padrão

A conexão da porta COM2 pode ser EIA-485 ou ST óptico. O tipo de conexão é


selecionado com o ajuste dos jumpers X27 e X28.

Tabela 545: A conexão serial de COM2 X5 EIA-485/ X12 ST óptico


Grupo Conexão de jumper Descrição
X27 1-2 EIA-485
2-3 ST óptico
X28 1-2 EIA-485
2-3 ST óptico

Tabela 546: Conectores de jumper EIA-485 de 2 fios para COM2


Grupo Conexão de jumper Descrição
X13 1-2 Polarização habilitada A+
2-3 Polarização desabilitada A+
X14 1-2 Polarização habilitada B-
2-3 Polarização desabilitada B-
X15 1-2 Terminação de barramento
2-3 habilitada
Terminação de barramento
desabilitada

Série 615 753


Manual Técnico
Seção 12 1MRS757783 A
Conexões físicas do IED

Tabela 547: Conectores de jumper EIA-485 de 4 fios para COM2


Grupo Conexão de jumper Descrição Notas
X13 1-2 Polarização habilitada
2-3 A+
Polarização
desabilitada A+
X14 1-2 Polarização habilitada
2-3 B-
COM2
Polarização
Canal TX de 4 fios
desabilitada B-
X15 1-2 Terminação de
2-3 barramento habilitada
Terminação de
barramento
desabilitada
X17 1-2 Polarização habilitada
2-3 A+
Polarização
desabilitada A+
X18 1-2 Polarização habilitada
2-3 B-
Polarização Canal RX de 4 fios
desabilitada B-
X19 1-2 Terminação de
2-3 barramento habilitada
Terminação de
barramento
desabilitada

Tabela 548: Conexão X12 de ST óptico


Grupo Conexão de jumper Descrição
X3 1-2 Topologia em estrela
2-3 Topologia em anel
X24 1-2 Estado inativo = Luz acesa
2-3 Estado inativo = Luz apagada

Tabela 549: Conexões de EIA-232 para COM0023 (X6)


Pino EIA-232
1 DCD
2 RxD
3 TxD
4 DTR
5 AGND
6 -
7 RTS
8 CTS

754 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 12
Conexões físicas do IED

Tabela 550: Conexões de EIA-485 para COM0023 (X6)


Pino Modo de 2 fios Modo de 4 fios
1 - Rx/+
6 - Rx/-
7 B/- Tx/-
8 A/+ Tx/+

Tabela 551: Conexões de EIA-485 para COM0023 (X5)


Pino Modo de 2 fios Modo de 4 fios
9 - Rx/+
8 - Rx/-
7 A/+ Tx/+
6 B/- Tx/-
5 AGND (aterramento isolado)
4 IRIG-B +
3 IRIG-B -
2 -
1 GND (caixa)

12.3.8.3 Locais e conexões de jumper COM0008 e COM0010

O módulo de comunicação EIA-485 segue a norma TIA/EIA-485 e se destina a ser


usado em um esquema de fiação de barramento em cadeia com comunicação
multiponto, bidirecional alternada, de 2 fios ou 4 fios. A comunicação serial
também pode ser utilizada por meio de uma conexão óptica, que é usada em anel
ou topologia em estrela.

Dois canais de comunicação seriais de 2 fios paralelos podem ser usados ao mesmo
tempo. Também pode ser usado um conector óptico serial em paralelo com um
canal serial de 2 ou 4 fios.

O número máximo de dispositivos (nós) conectados ao barramento


onde o IED é usado é de 32 e o comprimento máximo do
barramento é de 1200 metros.

Série 615 755


Manual Técnico
Seção 12 1MRS757783 A
Conexões físicas do IED

1 2 3
X8
X9
X7
X3
X6
X5
X 16
3 2 1

1 2 3
X 24
X 15

GUID-FDC31D60-8F9F-4D2A-A1A2-F0E57553C06B V1 PT

Figura 381: Conectores de jumper no módulo de comunicação

Tabela 552: Conectores de jumper EIA-485 de 2 fios


Grupo Conexão de jumper Descrição Notas
Polarização habilitada COM1
1-2 A+ Conexão de 2 fios
Polarização
X3 2-3 desabilitada A+
Polarização habilitada
1-2 B-
Polarização
X5 2-3 desabilitada B-
Terminação de
1-2 barramento habilitada
Terminação de
barramento
X6 2-3 desabilitada
Tabela continua na próxima página

756 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 12
Conexões físicas do IED

Grupo Conexão de jumper Descrição Notas


Polarização habilitada COM2
1-2 B- Conexão de 2 fios
Polarização
X7 2-3 desabilitada B-
Polarização habilitada
1-2 A+
Polarização
X8 2-3 desabilitada A+
Terminação de
1-2 barramento habilitada
Terminação de
barramento
X9 2-3 desabilitada

O barramento deve ser polarizado em uma extremidade para garantir uma operação
isenta de falhas, o que pode ser feito usando-se resistências de pull-up e pull-down
no módulo de comunicação. Em conexão de 4 fios, as resistências de pull-up e pull-
-down são selecionadas com o ajuste dos jumpers X3, X5, X7 e X8 para a posição
habilitada. A terminação do barramento é selecionada com o ajuste dos jumpers X6
e X9 para a posição habilitada.

Os jumpers foram ajustados para padrões sem terminação e sem polarização.

Tabela 553: Conectores de jumper EIA-485 de 4 fios para COM2


Grupo Conexão de jumper Descrição Notas
Polarização habilitada
1-2 A+
Polarização
X3 2-3 desabilitada A+
Polarização habilitada
1-2 B-
COM2
Polarização Canal TX de 4 fios
X5 2-3 desabilitada B-
Terminação de
1-2 barramento habilitada
Terminação de
barramento
X6 2-3 desabilitada
Tabela continua na próxima página

Série 615 757


Manual Técnico
Seção 12 1MRS757783 A
Conexões físicas do IED

Grupo Conexão de jumper Descrição Notas


Polarização habilitada
1-2 B-
Polarização
X7 2-3 desabilitada B-
Polarização habilitada
1-2 A+
COM2
Polarização Canal RX de 4 fios
X8 2-3 desabilitada A+
Terminação de
1-2 barramento habilitada
Terminação de
barramento
X9 2-3 desabilitada

Tabela 554: Conectores de jumper para o tipo de conexão serial COM1


Grupo Conexão de jumper Descrição
X16 1-2 EIA-485 selecionado para
COM1
2-3 FO_UART selecionado para
COM1
X15 1-2 Topologia em estrela
selecionada para FO_UART
2-3 Topologia em anel selecionada
para FO_UART
X24 1-2 Estado inativo do canal
FO_UART: Luz acesa
2-3 Estado inativo do canal
FO_UART: Luz apagada

É recomendável habilitar polarizando apenas em uma extremidade


do barramento.

A terminação é habilitada em cada extremidade do barramento.

É recomendável fazer o aterramento direto do sinal a partir de um


nó e através do capacitor de outros nós.

Os módulos de comunicação opcionais incluem suporte para comunicação em série


EIA-485 (conector X5). Dependendo da configuração, os módulos de comunicação
podem hospedar duas portas de 2 fios ou uma porta de 4 fios.

758 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 12
Conexões físicas do IED

As duas portas de 2 fios são designadas como COM1 e COM2. Alternativamente,


se houver apenas uma porta de 4 fios configurada, o nome da porta será COM2. A
conexão ST de fibra ótica utiliza a porta COM1.

Tabela 555: Conexões EIA-485 para COM0008 e COM0010


Pino Modo de 2 fios Modo de 4 fios
9 COM1 A/+ COM2 Rx/+
8 B/- Rx/-
7 COM2 A/+ Tx/+
6 B/- Tx/-
5 AGND (aterramento isolado)
4 IRIG-B +
3 IRIG-B -
2 GNDC (caixa via capacitor)
1 GND (caixa)

12.3.8.4 Conexões e localização dos jumpers COM0033 e COM0034

Os módulos de comunicação opcionais incluem suporte para comunicação serial de


ST óptico (conector X9). A conexão ST de fibra ótica utiliza a porta COM1.

Série 615 759


Manual Técnico
Seção 12 1MRS757783 A
Conexões físicas do IED

3 3
2 2
X15 1 1 X24

GUID-4CAF22E5-1491-44EF-BFC7-45017DED68F4 V1 PT

Figura 382: Conexões de ponte no módulo de comunicação COM0033

760 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 12
Conexões físicas do IED

3 3
2 2
X15 1 1 X24

GUID-E54674FD-2E7F-4742-90AB-505772A0CFF4 V1 PT

Figura 383: Conexões de ponte no módulo de comunicação COM0034

Tabela 556: Conectores X9 de ponte de ST óptico


Grupo Conexão de jumper Descrição
X15 1-2 Topologia em estrela
2-3 Topologia em anel
X24 1-2 Estado inativo = Luz acesa
2-3 Estado inativo = Luz apagada

12.3.9 Dispositivos Ethernet industriais recomendados


ABB recomenda três switches Ethernet industriais de terceiro.

• RuggedCom RS900
• RuggedCom RS1600
• RuggedCom RSG2100

Série 615 761


Manual Técnico
762
1MRS757783 A Seção 13
Dados técnicos

Seção 13 Dados técnicos

Tabela 557: Dimensões


Descrição Valor
Largura estrutura 177 mm
caixa 164 mm
Altura estrutura 177 mm (4U)
caixa 160 mm
Profundidade 201 mm (153 + 48 mm)
Peso IED completo 4.1 kg
Unidade plug-in apenas 2.1 kg

Tabela 558: Fonte de alimentação


Descrição Tipo 1 Tipo 2
Uauxnominal 100, 110, 120, 220, 240 V AC, 24, 30, 48, 60 V DC
50 e 60 Hz
48, 60, 110, 125, 220, 250 V DC
Uauxvariação 38...110% de Un (38...264 V AC) 50...120% de Un (12...72 V DC)

80...120% de Un (38.4...300 V
DC)
Limiar de partida 19,2 V DC (24 V DC * 80%)
Carga de fonte de tensão DC < 12,0 W (nominal)/< 18,0 W DC < 12,0 W (nominal)/< 18,0 W
auxiliar sob condição inativa (max) (max)
(Pq)/condição de operação AC< 16,0 W (nominal)/< 21,0 W
(max)
Ripple na tensão auxiliar DC máx de 15% do valor DC (em frequência de 100 Hz)
Tempo de interrupção 30 ms em Vnnominal
máxima na tensão DC
auxiliar sem reset de IED
Tipo de fusível T4A/250 V

Série 615 763


Manual Técnico
Seção 13 1MRS757783 A
Dados técnicos

Tabela 559: Entradas de energização


Descrição Valor
Frequência nominal 50/60 Hz
Entradas de Corrente nominal, In 0.2/1 A1)2) 1/5 A3)
corrente
Capacidade de resistência
térmica:
• Continuamente 4A 20 A

• For 1 s 100 A 500 A

Resistência da corrente
dinâmica:
• Valor de meia-onda 250 A 1250 A

Impedância de entrada <100 mΩ <20 mΩ


Entradas de Tensão Nominal 60...210 V AC
tensão
Capacidade de tensão:
• Contínuo 2 x Un (240 V AC)

• Para 10 s 3 x Un (360 V AC)

Carga na tensão nominal <0.05 VA

1) Opção de código para entrada de corrente residual


2) Não disponível para RED615 e REU615
3) Corrente residual e/ou corrente de fase

Tabela 560: Entradas de energização


Descrição Valor
Entrada de sensor Tensão nominal atual 75 mV...2812.5 mV1)
de corrente (no lado secundário)
Capacidade de tensão 125 V
contínua
Impedância de 2-3 MOhm2)
entrada a 50/60 Hz
Entrada de sensor Tensão Nominal 6 kV...30 kV3)
de tensão
Capacidade de tensão 50 V
contínua
Impedância de 3 MOhm
entrada a 50/60 Hz

1) É equivalente à faixa de corrente de 40A - 1250A com um 80A, 3mV/Hz Rogowski


2) Dependendo da corrente nominal utilizada (ganho de hardware)
3) Esta faixa é coberta (até 2*nominal) com uma proporção de divisão do sensor de 10 000 : 1

764 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 13
Dados técnicos

Tabela 561: Entradas binárias


Descrição Ajuste
Faixa operacional ±20% da tensão nominal
Tensão Nominal 24...250 V DC
Drenagem de corrente 1.6...1.9 mA
Consumo de energia 31.0...570.0 mW
Tensão de limiar 18...176 V DC
Tempo de reação 3 min

Tabela 562: Entradas RTD/mA


Descrição Valor
Entradas RTD Sensores RTD 100 Ω de platina TCR 0,00385 (DIN 43760)
suportados 250 Ω de platina TCR 0,00385
100 Ω de níquel TCR 0,00618 (DIN 43760)
120 Ω de níquel TCR 0,00618
250 Ω de níquel TCR 0,00618
10 Ω de cobre TCR 0,00427
Faixa de
resistência
suportada 0...2 kΩ
Resistência de
conexão máxima
(medição de três
fios) 25 Ω por conexão
Isolamento 2 kV (entradas para aterramento de proteção)
Tempo de
resposta <4 s
Corrente de
sensor de sRTD/
resistência Máximo de 0,33 mA rms
Precisão de Resistência Temperatura
operação
± 2,0% ou ±1 Ω ±1°C
10 Ω de cobre: ±2°C
entradas mA Faixa de corrente
suportada 0…20 mA
Impedância de
entrada de
corrente 44 Ω ± 0,1%
Precisão de
operação ±0,5% or ±0,01 mA

Tabela 563: Saídas de sinalização e saída IRF


Descrição Ajuste
Tensão Nominal 250 V CA/CC
Capacidade contínua do contato 5A
Gerar e conduzir por 3,0 s 10 A
Tabela continua na próxima página

Série 615 765


Manual Técnico
Seção 13 1MRS757783 A
Dados técnicos

Descrição Ajuste
Gerar e conduzir por 0.5 s 15 A
Capacidade de ruptura quando a constante de 1 A/0.25 A/0.15 A
tempo do circuito de controle L/R<40 ms, em
48/110/220 V DC
Carga mínima de contato 100 mA e 24 V CA/CC

Tabela 564: Relés de saída de potência de polo duplo com função TCS
Descrição Valor
Tensão Nominal 250 V AC/DC
Capacidade contínua 8A
Fazer e transportar por 3,0 s 15 A
Fazer e levar para 0,5 s 30 A
Capacidade de ruptura quando a constante de 5 A/3 A/1 A
tempo do circuito de controle L/R<40 ms, em
48/110/220 V DC (dois contatos conectados em
série)
Carga mínima de contato 100 mA e 24 V AC/DC
Supervisão do circuito de disparo (TCS):
• Faixa da tensão de controle 20...250 V AC/DC

• Drenagem da corrente por meio do circuito ~1,5 mA


de supervisão

• Tensão mínima sobre o contato TCS 20 V AC/DC (15...20 V)

Tabela 565: Relés de saída de potência de pólo simples


Descrição Valor
Tensão Nominal 250 V AC/DC
Capacidade contínua do contato 5A
Gerar e conduzir por 3,0 s 15 A
Gerar e conduzir para 0.5 s 30 A
Capacidade de ruptura quando a constante de 1 A/0.25 A/0.15 A
tempo do circuito de controle L/R<40 ms, em
48/110/220 V DC
Carga mínima de contato 100 mA e 24 V AC/DC

766 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 13
Dados técnicos

Tabela 566: Interfaces de Ethernet


Interface de Protocolo Cabo Frequência da
Ethernet transferência de
dados
Frente Protocolo Cabo padrão Ethernet CAT 5 com conector 10 MBits/s
TCP/IP RJ-45
Traseiro Protocolo Cabo de par trançado blindado CAT 5e 100 MBits/s
TCP/IP com conector RJ-45 ou cabo de fibra ótica
com conector LC

Tabela 567: Interface serial posterior


Tipo Conector contador
Porta serial (X5) Conector contador com 10 pinos Weidmüller BL
3.5/10/180F AU OR BEDR
ou
Conector contador com 10 pinos Weidmüller BL
3.5/9/180F AU OR BEDR1)
Porta serial (X16) Conector D-sub com 9 pinos DE-9
Porta serial (X12) Conector ST óptico

1) Dependendo do módulo de comunicação opcional

Tabela 568: Ligação de comunicação de fibra óptica


Conector Tipo de fibra Comprimento Distância Atenuação de curso
de onda máxima permitida1)
LC Núcleo de fibra de 1300 nm 2 km <8 dB
vidro MM 62.5/125
μm
ST Núcleo de fibra de 820-900 nm 1 km <11 dB
vidro MM 62.5/125
μm

1) Atenuação máxima permitida causada pelos conectores e cabos conjuntamente

Tabela 569: Ligação de comunicação de proteção em fibra ótica disponível no RED615


Comprimento de Tipo de fibra Conector Atenuação de Distância
onda curso permitida1)
1300 nm MM 62.5/125 μm LC < 8 dB ≤ 2 km
1300 nm SM 9/125 μm2) LC < 8 dB ≤ 20 km

1) Atenuação máxima permitida causada pelos conectores e cabos em geral


2) Usar fibra monomodo com o comprimento mínimo recomendado de 3 m para conectar RED615 ao
modem RPW600 do cabo piloto.

Série 615 767


Manual Técnico
Seção 13 1MRS757783 A
Dados técnicos

Tabela 570: IRIG-B


Descrição Valor
IRIG formato de código de tempo B004, B0051)
Isolamento 500V 1 min.
Modulação Não-modulado
Nível de lógica Nível TTL
Consumo de corrente 2...4 mA
Consumo de energia 10...20 mW

1) De acordo com o padrão 200-04 IRIG

Tabela 571: Sensor de lente e fibra óptica para proteção de arco


Descrição Ajuste
Cabo de fibra óptica incluindo as lentes 1.5 m, 3.0 m ou 5.0 m
Faixa de temperatura de serviço normal das
lentes -40...+100°C
Temperatura máxima de serviço das lentes, máx +140°C
1h
Raio mínimo de curvatura admissível da fibra de 100 mm
conexão

Tabela 572: Grau de proteção do IED de montagem embutida.


Descrição Valor
Lado frontal IP 54
Parte traseira, terminais de conexão IP 20

Tabela 573: Condições ambientais


Descrição Valor
Faixa de temperatura operacional -25...+55ºC (contínua)
Faixa de temperatura de serviço de tempo curto • REF615, REM615 e RET615: -40...+85ºC
(<16 h)1)2)
• RED615: -40...+70ºC (<16 h)1)2)

Umidade relativa <93%, sem condensação


Pressão atmosférica 86...106 kPa
Altitude Mais de 2000 m
Faixa de temperatura de transporte e -40...+85ºC
armazenamento

1) Degradação nos desempenhos MTBF e IHM quando fora da faixa de temperatura de -25...+55ºC
2) Para IEDs com uma interface de comunicação LC, a temperatura operacional máxima é de +70 ºC

768 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 13
Dados técnicos

Tabela 574: Testes ambientais


Descrição Valor do Teste de tipo Referência
Teste de calor seco (umidade • 96 h em +55ºC IEC 60068-2-2
<50%) • 16 h em +85ºC1)2)

Teste de frio seco • 96 h em -25ºC IEC 60068-2-1


• 16 h em -40ºC

Teste do calor úmido, cíclico • 6 ciclos (12 h + 12 h) em IEC 60068-2-30


+25°C…+55°C, umidade
>93%

Teste de armazenamento • 96 h em -40ºC IEC 60068-2-48


• 96 h em +85ºC

1) Para IEDs com uma interface de comunicação LC, a temperatura operacional máxima é de +70 ºCoC
2) Para RED615 +70oC, 16 h

Série 615 769


Manual Técnico
770
1MRS757783 A Seção 14
IED e testes de funcionalidade

Seção 14 IED e testes de funcionalidade

Tabela 575: Testes de compatibilidade Eletromagnética


Descrição Valor de tipo de teste Referência
Teste de distúrbio de explosão IEC 61000-4-18
1 MHz/100 kHz: IEC 60255-22-1, classe III
IEEE C37.90.1-2002
• Modo comum
2,5 kV

• Modo diferencial
2,5 kV

Teste de descarga eletrostática IEC 61000-4-2


IEC 60255-22-2
IEEE C37.90.3-2001
• Descarga de contato
8 kV

• Descarga aérea
15 kV

Testes de interferência de
frequências de rádio
10 V (rms) IEC 60255-22-6, classe III
f=150 kHz-80 MHz IEC 61000-4-6
10 V/m (rms) IEC 61000-4-3
f=80-2700 MHz IEC 60255-22-3, classe III
10 V/m ENV 50204
f=900 MHz IEC 60255-22-3, classe III
20 V/m (rms) IEEE C37.90.2-2004
f=80-1000 MHz
Testes de rápidas IEC 61000-4-4
perturbações transitórias: IEC 60255-22-4
IEEE C37.90.1-2002
• Todas as portas
4kV

Teste de imunidade à IEC 61000-4-5


sobretensão IEC 60255-22-5
• Comunicação 1 kV, linha à terra

• Outras portas 4 kV, linha à terra


2 kV, linha a linha
Campo magnético de IEC 61000-4-8
frequência de potência (50 Hz)
• Contínuo
300 A/m
• 1-3 s
1000 A/m

Quedas de tensão e 30%/10 ms IEC 61000-4-11


interrupções de curta duração 60%/100 ms
60%/1000 ms
>95%/5000 ms
Tabela continua na próxima página

Série 615 771


Manual Técnico
Seção 14 1MRS757783 A
IED e testes de funcionalidade

Descrição Valor de tipo de teste Referência


Teste de imunidade de Entradas binárias apenas IEC 61000-4-16
frequência de potência: IEC 60255-22-7, classe A
300 V rms
• Modo comum

150 V rms
• Modo diferencial

Teste de emissão EN 55011, classe A


IEC 60255-25
• Conduzido

0,15-0,50 MHz < quase pico 79 dB(µV)


< média 66 dB(µV)
0,5-30 MHz < quase pico 73 dB(µV)
< média 60 dB(µV)
• Irradiada

30-230 MHz < quase pico 40 dB(µV/m)


mensurado a 10 m de distância
230-1000 MHz < 47 dB(µV/m) quase pico,
medido a uma distância de 10 m

Tabela 576: Testes de Isolamento


Descrição Valor de tipo de teste Referência
Testes Dielétricos IEC 60255-5 e
IEC 60255-27
• Teste de tensão 2 kV, 50 Hz, 1 min
500 V, 50 Hz, 1 min, comunicação
Teste de tensão de impulso IEC 60255-5 e
IEC 60255-27
• Teste de tensão 5 kV, 1,2/50 μs, 0,5 J
1 kV, 1,2/50 μs, 0,5 J, comunicação
Medição de Resistência de IEC 60255-5 e
Isolamento IEC 60255-27
• Resistência de
Isolamento >100 MΏ, 500 V DC

Resistência da ligação de IEC 60255-27


proteção
• Resistência
<0.1 Ώ, 4 A, 60 s

772 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 14
IED e testes de funcionalidade

Tabela 577: Testes mecânicos


Descrição Referência Requisito
Testes de vibração (sinusoidal) IEC 60068-2-6 (teste Fc) Classe 2
IEC 60255-21-1
Choque e teste de colisão IEC 60068-2-27 (teste do choque Classe 2
Ea)
IEC 60068-2-29 (teste do impacto
Eb)
IEC 60255-21-2
Teste sísmico IEC 60255-21-3 Classe 2

Tabela 578: Segurança do produto


Descrição Referência
Diretiva LV 2006/95/EC
Padrão EN 60255-27 (2005)
EN 60255-1 (2009)

Tabela 579: Conformidade EMC


Descrição Referência
diretiva EMC 2004/108/EC
Padrão EN 50263 (2000)
EN 60255-26 (2007)

Série 615 773


Manual Técnico
774
1MRS757783 A Seção 15
Normas e regulamentos aplicáveis

Seção 15 Normas e regulamentos aplicáveis

EN 50263
EN 60255-26
EN 60255-27
Diretiva EMC 2004/108/EC
Diretiva EU 002/96/EC/175
IEC 60255
Diretiva de Baixa Voltagem 2006/95/EC

Série 615 775


Manual Técnico
776
1MRS757783 A Seção 16
Glossário

Seção 16 Glossário

ACT Ferramenta de configuração do aplicativo no PCM600;


Status de Trip
AIM Módulo de entrada analógica
CAT 5 Um tipo de par de cabos trançados projetado para a
integridade alta do sinal
CAT 5e Uma versão melhorada do CAT 5 que adiciona
especificações para interferência extrema
CB Disjuntor
CBB Bloco de Construção de Ciclo
CPU Unidade central de processamento
CT Transformadores de corrente
CTS Limpar para enviar
DCD Detecção de dados do transportador
DFT Transformada discreta de Fourier
DHCP Protocolo de Configuração de Hospedagem Dinâmica
DNP3 Um protocolo de distribuição originalmente
desenvolvido pela Westronic. O grupo de Usuários
DNP3 detém a propriedade do protocolo e assume a
responsabilidade por sua evolução.
DSR Conjuntos de Dados Prontos
DT Tempo definido
DTR Terminal de dados pronto
EEPROM Memória eletricamente apagável somente de leitura
EIA-232 Padrão de comunicação serial de acordo com a
Associação de Indústrias Eletrônicas
EIA-485 Padrão de comunicação serial de acordo com a
Associação de Indústrias Eletrônicas
EMC Compatibilidade Eletromagnética
Ethernet Um padrão para conectar uma família de tecnologias
de rede de computador com base em estrutura para
uma LAN
FLC Corrente de carga plena
FPGA Field programmable gate array (FPGAs)

Série 615 777


Manual Técnico
Seção 16 1MRS757783 A
Glossário

GOOSE Evento de Subestação Orientada pelo Objeto Genérico


GPS Sistema de posicionamento global
HMI Interface homem-máquina
IDMT Tempo mínimo inverso definido
IEC IEC International Electrotechnical Commission
IEC 60870-5-103 Padrão de comunicação para equipamento de
proteção; Um protocolo serial mestre/escravo para
comunicação ponto a ponto
IEC 61850 Padrão internacional para comunicação e modelagem
de subestação
IED Dispositivo eletrônico inteligente
IP Protocolo de internet
IRIG-B Grupo de Instrumentação Inter-range do formato do
código de tempo B
LAN Rede de área local
LC Tipo de conector para fio de fibra de vidro
LCD Tela de Cristal Líquido
LED Diodo Emissor de Luz
LHMI Interface homem-máquina local
Modbus Um protocolo de comunicação serial desenvolvido pela
companhia Modicon em 1979. Originalmente utilizado
para comunicação em dispositivos PLC e RTU.
MV Média tensão
PC Computador pessoal; policarbonato
PCM600 Gestão de IED de proteção e controle
Pico a pico A amplitude de uma forma de onda entre o valor
positivo máximo e o valor negativo máximo; Um
princípio de medição em que a grandeza de medição é
feita pelo cálculo da média dos valores de picos
positivo e negativo sem a inclusão do componente DC.
O modo pico a pico permite uma saturação do TC
considerável sem enfraquecer o desempenho da
operação.
Pico-a-pico com O princípio de medição semelhante ao modo pico a
backup de pico pico mas com o início da função em duas condições: o
valor pico a pico está acima da corrente inicial
estabelecida ou o valor de pico está duas vezes acima
do valor inicial estabelecido
PLC Controlador lógico programável

778 Série 615


Manual Técnico
1MRS757783 A Seção 16
Glossário

PPS Pulso por segundo


RAM Memória de acesso randômico
RCA Também conhecido como MTA ou ângulo de base.
Ângulo característico.
RED615 IED de proteção diferencial de linha e controle
RET615 IED de proteção e controle de transformadores
RJ-45 Tipo de conector galvânico
RMS Valor eficaz
ROM Memória somente de leitura
RTC Relógio de tempo real
RTD Detector de temperatura por resistência
RTS Pronto para Envio
Rx Receber/Recebido
SBO Selecione antes de operar
SCL Idioma de configuração da subestação
SMT Ferramenta de Matriz de Sinal em PCM600
SNTP Simple Network Time Protocol
SOTF Mudança para falha
ST Tipo de conector para o fio de fibra de vidro
SW Software
TCP/IP Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo de
Internet
TCS Supervisão do circuito de trip
TRMS Valor eficaz
Tx Transmitir/Transmitido
UTC Tempo universal coordenado
WAN Rede de área ampla
WHMI Interface homem-máquina de web

Série 615 779


Manual Técnico
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